Salão imobiliário - 27 de julho e 2014

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Financiamento ajuda no sonho da casa própria De janeiro a junho foram financiadas em todo o Brasil 256,1 mil unidades, número um pouco maior do que o de 2013

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esmo com a grande variedade de financiamentos imobiliários existentes no mercado, por meio de bancos e, até mesmo, algumas construtoras, muitas pessoas tem dúvidas sobre o processo. Pensando nisso, o EM TEMPO reuniu várias informações e dicas de como a modalidade funciona e quais as existentes no mercado. O seu perfil pode se encaixar em uma delas. De janeiro a junho deste ano foram financiadas em todo o Brasil 256,1 mil unidades, número um pouco maior do que o registrado no mesmo período de 2013 que ficou em 244,8 mil imóveis. O balanço é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), divulgado na última quinta-feira (24). As entidades financeiras são as únicas capazes de realizar legalmente o processo, por isso, fique atento, é o meio mais seguro de deixar tudo preto no branco. Cada um deles possui taxas e juros com valores diferentes um do

outro e prazos para pagamento da dívida. O que eles tem em comum é a exigência de uma expressiva quantidade de documentos. Portanto, o primeiro passo é pesquisar o banco que melhor atenda suas necessidades.

e o valor das prestações não pode comprometer mais do que 30% da renda familiar do comprador. No caso de trabalhadores autônomos a declaração do IR pode servir como comprovante em alguns casos.

Documentação Depois de escolher a agência e conversar com o gerente sobre as vantagens, possíveis descontos e sanar todas as dúvidas, é hora de reunir toda a documentação necessária. Ambos os negociantes, tanto comprador quanto vendedor devem apresentar os comprovantes exigidos pela financeira e do imóvel em questão, seja ele novo, usado ou na planta. O RG, CPF, comprovante de renda e declaração do Imposto de Renda (IR) são os básicos da pessoa física e não deve em hipótese alguma ter restrição cadastral nos órgãos de proteção ao crédito (SPC e Serasa). O comprovante de renda (holerite ou contracheque) serve para provar a capacidade de pagamento da dívida

Valores Depois de fazer uma varredura cadastral, análise de crédito do futuro comprador, a solicitação ser aprovada e o pagamento da entrada ser realizado, o banco paga ao vendedor o valor negociado. Daí em diante o comprador vai dever a instituição financeira, pois, ela quitou a dívida com o antigo dono, portanto, o que houve foi um empréstimo. Na negociação, os bancos exigem uma parte do valor total do imóvel, a popular entrada, que varia entre 10% e 20%. O gerente de empreendimentos da Kizen Imóveis, Nathanael Maia, destaca que a melhor forma de evitar juros altos é pagar a entrada com maior valor possível. Ele indica que investir em um planejamento financei-

ro para obter um montante considerável é muito vantajoso. “Serve para amenizar os juros, não comprometer a renda do comprador, evitar futuras surpresas desagradáveis como o impedimento de honrar alguma parcela do contrato e ajuda a diminuir a quantidade de parcelas que as vezes podem ser divididas em décadas”, enumera. FGTS O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é uma boa opção para ajudar a pagar o financiamento do imóvel. Ele faz parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), por isso, é totalmente legalizada a sua utilização. Esse recurso é muito usado na hora de dar a entrada no negócio. No entanto há regras para o seu uso como possuir três anos de trabalho sob esse regime; Não ser detentor de financiamento ativo no SFH firmado em qualquer parte do Brasil; Não ser proprietário, usufrutuário ou cessionário de outro imóvel residencial urbano, seja ele concluído ou em construção.

Modalidades facilitam o processo Além dos financiamentos oferecidos pelas construtoras, às vezes, negociados no próprio lugar onde o empreendimento está localizado, outras modalidades estão disponíveis no mercado, inclusive os bancos possuem suas linhas imobiliárias próprias. Opções Dentre as modalidades está o Sistema Brasileiro de Poupança e empréstimo (SBPE). Ele pode ser usado para aquisição de imóvel, lote urbanizado, residencial ou comercial e se destina a pessoas físicas, independente da faixa de renda. A Caixa Econômica financia entre 70% a 90% do valor, depende do perfil do comprador. A taxa de juros varia en-

tre 8,78% a 9% e o prazo de pagamento fica de 240 a 420 meses. Já o famoso programa Minha Casa, Minha Vida tem como alvo as famílias com renda bruta mensal até R$ 1,6 mil e que tiveram que ser realocadas ou reassentadas com renda no valor de até R$ 3.245. E existe, ainda, o Fundo de Desenvolvimento Social. Ele concede o financiamento às famílias cuja renda mensal é de até R$ 1,6 mil, sendo que o comprometimento dela não pode passar de 5% ou no mínimo R$ 25, a prestação. O proponente deve ser membro de entidade sem fins lucrativos e não possuir nenhum tipo de financiamento imobiliário e nem débitos junto a Receita Federal.

REPRODUÇÃO

MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014


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