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Padrões requintados
ARQUIVO EM TEMPO
MANAUS, DOMINGO, 2 DE FEVEREIRO DE 2014
O bairro Adrianópolis possui um dos metros quadrados mais caros de Manaus
e econômicos
E
m Manaus, atualmente, o valor do metro quadrado mais caro varia entre R$ 7 mil e R$ 8 mil, e o mais barato apresenta uma média de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil. As áreas que abrigam o metro quadrado mais valorizado são o Adrianópolis (Zona Centro-Sul) e a Ponta Negra (Zona Oeste). Já os terrenos mais econômicos podem ser encontrados em bairros como o Santa Etelvina (Zona Norte). “O Adrianópolis sempre foi uma das áreas mais cobiçadas. E a Ponta Negra, com a inauguração dessa nova urbanização, acredito que ficará em pé de igualdade com o Adrianópolis”, analisa Eduardo Lopes, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM). Lopes comenta que a infraestrutura que existe há anos no bairro da Zona Centro-Sul – de shopping e supermercado, por exemplo – agora já faz parte da Ponta Negra e das adjacências. Entre os pontos negativos ele cita hospitais e escolas distantes. “O Adrianópolis fica mais perto de todas as escolas principais da cidade. A infraestrutura nesse bairro ainda é superior a da Ponta Negra, mas acho que as duas áreas vão acabar se equivalendo a partir de agora”, analisa. Os imóveis nessas regiões são mais caros porque a metragem quadrada é muito alta, explica o presidente do Sinduscon. Como exemplo, ele cita o residencial Terezina 275, localizado na rua Teresina. “É um imóvel muito grande, em torno de 500 metros quadrados, então, tem um valor muito alto. Mas, poderíamos ter um padrão de 100 metros quadrados por um valor final não tão alto quanto esse”, observa. Ele cita também
ALBERTO CÉSAR ARAÚJO
O metro quadrado mais caro de Manaus pode chegar a até R$ 8 mil e o valor mais barato, uma média de R$ 3 mil o Ônix Cristal Park, na Umberto Calderaro Filho, cujos números aproximam-se do Terezina. “Essas áreas são as mais privilegiadas e as mais caras. Então, obviamente, esses apartamentos serão muito mais requintados e também mais caros”, diz. A urbanização de áreas como as avenidas Mário Ypiranga Monteiro (antiga rua Recife) e Umberto Calderaro Filho (antiga Paraíba), também coopera para que os empreendimentos imobiliários conquistem uma valorização maior no mercado. “É nisso que os empreendedores certamente estão apostando”. Econômicos Em relação aos empreendimentos considerados mais baratos, normalmente localizados nas zonas periféricas da capital, Eduardo Lopes observa que o metro quadrado para imóveis da classe D está com uma média de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil. E enfatiza que um caso à parte dentro dessa análise é o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. “É um programa subsidiado. Não dá para levarmos em consideração porque o terreno é subsidiado, a infraestrutura é subsidiada. O valor da unidade habitacional de dois quartos é em torno de R$ 62 mil. Esse terreno tem um valor, o Estado ou o município pagam por esse terreno e têm que dividir pelo número de unidades”, analisa o presidente do Sinduscon. O valor do metro quadrado nesse caso, da faixa 1 do programa (em relação à renda mensal), fica abaixo de R$ 3 mil, em torno de R$ 2,5 mil. “Já o metro quadrado das faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida gira em torno de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil.
O condomínio Ephigênio Salles é outro local considerado de luxo por contar com grandes casas e inúmeros benefícios
Variações em diversas zonas de Manaus O consultor imobiliário Liandro Melo cita como local mais caro para se morar em Manaus o residencial Terezina 275, em Adrianópolis. São 18 andares, dois apartamentos por andar e metragem a partir de 535 metros quadrados. Os valores dos imóveis variam entre R$ 4,1 milhões até R$ 4,7 milhões. “Quando foi lançado custava cerca de R$ 2,5 milhões. A diferença por andar é de R$ 100 mil a R$ 200 mil e só existem sete unidades para venda, nos primeiros andares. O mercado amazonense tem potencial”, comenta. Entre as áreas mais baratas, Liandro lista apartamentos de condomínios antigos como Tocantins e Jornalistas,
VALOR
A corretora Soraya Velasque afirma que o Jardim das Américas continua sendo um local muito valorizado. Lá, existem imóveis cujo valor mais barato pode ser R$ 3 milhões na avenida Constantino Nery, avaliados a partir de R$ 130 mil até R$ 200 mil. Também é possível encontrar imóveis mais baratos em localidades na avenida Torquato Tapajós, próximas à barreira, em condomínios fechados, com
preços que variam de R$ 80 mil a R$ 90 mil. Soraya Velasque afirma que o Jardim das Américas continua sendo um local muito valorizado na cidade. Lá, existem imóveis cujo valor mais barato pode custar R$ 3 milhões e o mais caro pode variar de R$ 8,5 milhões a R$ 10 milhões. “Continua sendo uma área top de linha na cidade. E construir um imóvel lá com menos de R$ 3 milhões é inviável”, comenta a consultora imobiliária. Em segundo lugar, ela lista o condomínio Ephigênio Sales, com imóveis avaliados entre R$ 2,5 milhões e R$ 6 milhões. “São casas construídas em dois ou três lotes”, observa. Na avaliação da consultora
imobiliária Jaqueline Andrade, a área mais valorizada para se morar atualmente em Manaus é no Adrianópolis, seguida da Ponta Negra. “No Adrianópolis só têm sido construídos imóveis de alto padrão. Já na Ponta Negra é possível encontrar também de médio padrão”, afirma, frisando que o valor desse médio padrão fica entre R$ 490 mil a R$ 500 mil. “A diferença do valor do metro quadrado em relação ao médio e ao alto padrão é pouca, o que diferencia é o tamanho do imóvel”, diz. “Em Manaus, o metro quadrado padrão econômico custa R$ 3,2 mil. O médio fica entre 4 e 5 mil e o alto custa de 7 a 8 mil”.