Pódio - 30 de Maio de 2015

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ALAN MORICI/FRAME

Caderno C

Flamengo contrata Guerrero Pódio C4 MANAUS, SÁBADO, 30 DE MAIO DE 2015

esportes@emtempo.com.br

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Blatter é reeleito e segue como presidente da Fifa Com desistência do único concorrente ao cargo após o 1º turno, cartola garantiu mais quatro anos à frente da entidade rações continentais. Apenas a Uefa, que dirige o futebol europeu, apoiou o príncipe da Jordânia. Em uma referência indireta ao escândalo que tem abatido a entidade nos últimos dias, Blatter declarou que estará “no comando da nau chamada Fifa”, e que a trará “de volta à praia”.

‘É IMPOSSÍVEL RENUNCIAR’, DIZ DEL NERO São Paulo (SP) - Atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero disse ontem (29), no Rio, que não vai deixar o cargo apesar das investigações que culminaram na prisão de José Maria Marin, ex-presidente da entidade. Del Nero concedeu uma entrevista na sede da CBF, na Barra da Tijuca, para falar sobre o esquema de corrupção que está sendo investigado pelos Estados Unidos. “É impossível

renunciar. Isso não existe comigo. Até porque não há nenhuma razão para que eu venha renunciar. Eu não tenho nada a ver com isso”, disse o dirigente. Na entrevista, Del Nero evitou defender Marin, que foi detido na quartafeira (27), em Zurique, na Suíça. E afirmou ainda que não sabia dos esquemas. “É triste (a prisão de Marin). Mas temos que tomar providências. Ficamos chateados, mas temos que exercer a função a favor da CBF. E eu não tinha conhecimento (do esquema). Não assinei nenhum contrato na administração do Marin”,

disse Del Nero, que era vice-presidente da CBF na gestão de Marin. “A função do vice é colaborar com o presidente com aquilo que ele precisa. Vice-presidente não manda. Ele cumpre. Exatamente como um diretor. E eu procurava ser um bom diretor”, afirmou O dirigente desembarcou na manhã de ontem no Rio após abandonar o Congresso da Fifa. A saída do presidente da CBF surpreendeu a entidade máxima do futebol. Segundo Del Nero, a decisão foi tomada com o intuito de dar satisfação ao Brasil.

Presidente da CBF rechaçou possibilidade de renunciar ao cargo

JOEL RODRIGUES/FRAME

Desde 1998 à frente da Fifa, Joseph Blatter terá mais quatro anos de mandato

Romário faz visita a ministro Brasília (DF) - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu na tarde de ontem (29) o senador Romário (PSB-RJ) para tratar das investigações sobre as suspeitas de corrupção envolvendo dirigentes de futebol. O parlamentar solicitou apoio no andamento da CPI do Futebol, criada esta semana no Senado. Ele pediu a Cardozo e ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, presente à audiência, que ministério e PF

compartilhem informações com o colegiado. Também compareceram à reunião o assessor-chefe da Assessoria Especial da Casa Civil, Diogo Sant’Ana, e o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos. Romário anunciou na quinta-feira que conseguiu reunir o número mínimo de 27 assinaturas para criar a comissão parlamentar. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar se os dirigentes brasileiros.

Agora senador, Romário quer apurar escândalos na CBF

Receita investiga fraudes Brasília (DF) - A Receita Federal informou ontem (29) que investiga fraudes no futebol brasileiro há mais de uma década. Sem citar nomes - alegando sigilo fiscal -, o órgão afirmou que identificou irregularidades envolvendo inclusive alguns dos que estavam na operação promovida a pedido da Justiça americana na Suíça, que colocou na cadeia o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e outros seis

TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

nesta semana. Sua reeleição é marcada pela maior crise da história da entidade. Na quarta-feira (27), sete cartolas da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos em Zurique a pedido das autoridades americanas sob acusação de corrupção. Em discursos no congresso que começou na quinta (28), Blatter se defendeu das acusações. Ele adotou o tom de que as irregularidades foram cometidas individualmente e que não pode ser responsabilizado pelos atos dos envolvidos. “Gostaria de dividir a responsabilidade com vocês, isso é um governo. A responsabilidade é de todos na Fifa. São 209 federações, não podemos supervisionar todo mundo”, afirmou ontem. A reeleição de Blatter era esperada por contar com o apoio de cinco das seis confede-

RAFAEL RIBEIRO/CBF

Z

urique (Suíça) - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi reeleito ontem (29) para o seu quinto mandato à frente da entidade. Ele venceu seu único adversário, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein. “Prometo que vou entregar a Fifa ao meu sucessor com uma situação robusta”, afirmou Blatter em discurso após a eleição. O príncipe desistiu de participar do segundo turno depois que Blatter obteve 133 votos na primeira votação entre 209 federações. Pelas regras, como nenhum dos dois candidatos atingiu dois terços dos votos, haveria a necessidade de um segundo turno, quando então se exigia apenas maioria simples. Com os 133 votos, Blatter já tinha, em tese, essa maioria. O príncipe, que conquistou 73 votos, abriu mão da disputa. Três votos foram nulos. No cargo desde 1998, Blatter agora terá mais quatro anos pela frente como presidente da Fifa. “Eu gosto de vocês, gosto do meu trabalho. Não sou perfeito. Vamos fazer um bom trabalho juntos”, afirmou o cartola, sem mencionar o episódio de corrupção deflagrado

dirigentes da Fifa. Segundo a Receita, foram feitas três operações especiais desde 2002, em que foram investigadas 96 pessoas e empresas ligadas ao futebol no país. Essas auditorias resultaram na cobrança de R$ 4,47 bilhões em tributos, multas e juros. A área de Inteligência da Receita acionou o fisco norte-americano (Internal Revenue Service) para ter mais informações.


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