MANAUS, SÁBADO, 23 DE ABRIL DE 2016
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Pódio
C1
PAULISTÃO
Corinthians pronto para semifinal Pódio C3
Vascaínos e flamenguistas fazem festa no aeroporto MÁRCIO MELO
DIEGO JANATÃ
Delegações cariocas foram recebidas calorosamente pelo torcedor amazonense, que lotou o saguão do aeroporto
Atencioso, meia Nenê parou para atender torcida vascaína no saguão do aeroporto THIAGO FERNANDO
T
orcedores de Vasco e Flamengo fizeram questão de receber suas equipes em Manaus. Na noite de ontem (22), alvinegros e rubro-negros lotaram o saguão do aeroporto internacional Eduardo Gomes para apoiar os elencos, que se enfrentam amanhã (24) pela semifinal do Campeonato Carioca na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. A primeira delegação a chegar foi a cruz-maltina. Desembarcando em solo manauense às 17h (de Manaus), os jogadores foram novamente recebidos com carinho. Segundo a Polícia Militar do
A estudante Jacqueline Oliveira conseguiu ficar mais perto dos seus ídolos
Amazonas, no total, mais de 600 vascaínos estiveram no saguão de desembarque. Revelação do clube de São Januário, o zagueiro Luan afirmou que esse carinho demonstrado pelos torcedores só ajuda a motivar mais ainda todos do clube. “Já recebemos este mesmo carinho semana passada. Ficamos felizes de chegar no aeroporto e receber esse carinho novamente. Agora temos que retribuir em campo, fazer um grande jogo, dar nossa alma e sair de lá com a vitória para essa torcida”, disse o atleta. Último jogador a desembarcar, Nenê afirmou que “não tem preço” ser recebido da maneira que foram. Ele agradeceu aos torcedores amazonenses e fez
questão de parar para tirar fotos e dar autógrafos. Com apenas 12 anos, o jovem Victor Barbosa ficou emocionado ao ver os seus ídolos de perto. O estudante não conseguiu esconder a felicidade ao cumprimentar o camisa 10 vascaíno, Nenê. “Foi muito emocionante ver de perto esses caras. Conheci o Nenê. Não sei o que falar. Acredito na vitória do Vasco. Vamos vencer por 3 a 0”, apostou o jovem torcedor. Festa rubro-negra Duas horas mais tarde foi a vez do elenco flamenguista chegar em Manaus. Mais de mil torcedores estiveram presentes no local, contudo, uma
em especial se destacou na multidão. Enquanto os jogadores desciam do avião, a estudante Jacqueline Oliveira, 19, viu o começo do seu sonho se realizar. Cadeirante, a torcedora foi carregada pela torcida, que gritou para que os organizadores liberassem a sua entrada na área reservada do desembarque. Emocionados pela paixão da jovem, os próprios membros da comissão do Flamengo foram buscá-la para que ela realizasse seu sonho. Após o encontro, muito feliz e emocionada, Jacqueline falou sobre o acontecido e ainda apostou em uma goleada sobre o Vasco na arena. “Foi uma emoção única. Não
consegui comprar os ingressos porque esgotaram rápido. Tive que vir para o aeroporto, porque só assim poderia vê-los. Estou arrepiada e tenho certeza que vamos golear o Vasco por 5 a 0”, disse a torcedora. Diferente do rival, os jogadores do Flamengo não pararam para falar com os torcedores. Durante o desembarque, apenas o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Melo, conversou com a imprensa. O dirigente agradeceu o apoio e afirmou que o Flamengo se sente em casa jogando em Manaus. “Estamos em casa. Aqui é impressionante o carinho que recebemos”, disse o dirigente rubro-negro. Ambos os times realizaram
treinamento neste sábado na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Às 10h será o Vasco e às 15h o Flamengo.
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Projeto ensina lutas nas escolas O Projeto Segundo Tempo, da Prefeitura de Manaus em parceria com o Ministério dos Esportes, vem recebendo inovações. Na escola municipal Irmã Dulce, no bairro Petrópolis, Zona Sul, e no Complexo Esportivo do Vicentão, no bairro Aleixo, Zona CentroSul. Nessas unidades, além das atividades com futebol, as crianças têm ações voltadas para o aprendizado de matemática e artes marciais. Na escola municipal Irmã Dulce, cerca de 90 crianças, com idade entre 8 a 12 anos, participam do Programa Matemática Viva, cujo objetivo é unir atividades de matemática aplicadas na sala de aula com jogos de xadrez. A ideia nasceu da necessidade dos alunos da comunidade São Sebastião em melhorar o desempenho na disciplina. Como estariam na escola no contraturno das aulas, a proposta foi aceita
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pela direção da escola. De acordo com a coordenadora do projeto na escola, Bárbara Boaventura, as crianças que estudam do 1° ao 5° ano têm, entre as alternativas depois do horário escolar, aulas de xadrez, treinos de futsal, handebol e queimada. “A procura dos pais para matricular seus filhos no Projeto tem aumentado quando eles sabem do sucesso do projeto, que oferece inclusão dos alunos por meio de atividades físicas e intelectuais depois das aulas”, disse Bárbara. Mikael Henrinque, 10, aluno do 4° ano do ensino fundamental, é um dos muitos participantes do Projeto Segundo Tempo. Antes, depois das aulas, ficava na casa com a avó. Agora, o maior sonho do garoto é ser um ginasta olímpico. “Antes eu ficava na rua porque não tinha o que fazer, mas agora fico ocupado na
escola, aprendendo e praticando esportes”, contou ele, ao explicar que na escola aprende várias modalidades esportivas com a educação física. “Aprendi também a jogar xadrez e hoje já brinco com minha família em casa”, afirmou o estudante. Artes marciais Artes marciais como estratégia de um futuro melhor para as crianças é a fórmula de tirá-las do mundo das drogas. Essa foi a saída encontrada pelo professor de Educação Física, Inácio Cruz, também coordenador de núcleo do Programa Segundo Tempo no Complexo Esportivo do Vicentão, no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul. O espaço conta com dois campos de areia, quadra de areia para voleibol e outra construída para atividades educativas, onde são realizadas todas as manhãs, de 8h
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SEGUNDO TEMPO
Alunos da escola municipal Irmã Dulce, entre 8 e 12 anos, participam de aulas de artes marciais
até as 12h, aulas de introdução ao boxe e ao taekwondo. Ali, os professores graduados Inácio Cruz e Evandro Pereira, monitores das atividades, unem os conhecimentos adquiridos nas artes marciais para ensinar o caminho de disciplina e concentração às crianças da comunidade. Nas escolas, a aceitação do programa foi grande, maior
ainda quando os professores aliaram às aulas recreativas de futebol, aulas de lutas olímpicas, como: jiu-Jitsu, boxe e taekwondo. Colocar o filho no programa Segundo Tempo, com aulas de boxe, foi algo encantador para a dona de casa Jucinéia Fernandes, mãe do Roberti Gomes, de 8 anos. “Eu me preocupava muito com meu
filho, pois ele nunca foi de dar trabalho, mas ele era muito na dele, e muito recatado. Tinha medo dele se machucar ou ser machucado por alguém, então fiquei sabendo das aulas de boxe próximo da minha casa. Hoje, vejo meu filho mais confiante, querendo ser mais independente, sem querer ser rebelde, sempre na disciplina”, contou.
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