ALBERTO CESAR ARAUJO
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MANAUS, TERÇA-FEIRA, 19 DE MAIO DE 2015
Cariocas têm pior início de Brasileirão em 10 anos Juntos, Flamengo, Vasco e Fluminense conquistaram apenas um terço dos pontos possíveis em duas rodadas
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io de Janeiro (RJ) Se fora de campo o Flamengo se vangloria de ser o time mais rentável do Brasil, dentro das quatro linhas os resultados ruins nas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de 2015 (derrota para o São Paulo e empate em casa com o Sport) ajudam os times cariocas a conquistarem uma marca negativa. Juntos, Flamengo, Fluminense e Vasco obtiveram uma vitória, três empates e duas derrotas, o que lhes rendeu um terço (33,3%) dos pontos possíveis, o que configura o pior início de Brasileirão em dez anos. Apenas na Série A de 2004 houve um desempenho pior dos cariocas nas duas primeiras rodadas: conseguiram 20,1% dos pontos. Na época, eram quatro equipes do Estado no Nacional – em 2015, o Botafogo disputa a Série B. Até agora, o Vasco não marcou nenhum gol, nem sofreu, com duas partidas zeradas. O Fluminense conseguiu
a vitória solitária diante do Joinville, mas foi goleado em seguida pelo AtléticoMG. E o Flamengo sofreu para empatar em casa com o Sport, além de perder do São Paulo fora. O rendimento fraco neste início do Brasileiro aumenta os temores de queda do nível técnico do Estado após abalos financeiros. Além do Botafogo, maior endividado na Série B, o Vasco enfrenta sérias restrições orçamentárias para montar o seu time no começo da gestão Eurico Miranda, e o Fluminense perdeu o apoio da Unimed, o que o obrigou a reduzir custos. Esse início claudicante do futebol carioca, é óbvio, ainda é um indicativo pois há bastante tempo para recuperação. Em 2009, os times do Estado também tinham obtido apenas 39% dos pontos nas duas primeiras rodadas, e os rubro-negros acabaram campeões. Resta saber se há chance de algo similar nesta temporada.
Campeão Carioca, Vasco não fez nenhum gol em duas partidas neste Brasileirão
IRRITADO
Fraco rendimento da equipe no início do Brasileirão coloca em risco o cargo de Vanderlei Luxemburgo
Confusão está de volta à Gávea Rio de Janeiro (RJ) - O ambiente no Flamengo ficou pesado depois do empate por 2 a 2 com o Sport domingo, no Maracanã. Mais do que o resultado, a maneira como a equipe se comportou em campo deixou a cúpula muito irritada. Isso aumenta a pressão em relação ao trabalho do técnico Vanderlei Luxemburgo, considerado insatisfatório pelos dirigentes, embora ninguém se atreva criticar publicamente o comandante.
A eliminação nas semifinais do Campeonato Carioca já foi vista com maus olhos. Porém, a saída precoce na competição permitiu uma de intertemporada em Atibaia (SP). A expectativa era de que o time entrasse “voando” no Brasileirão. Mas o que se viu até aqui é preocupante. Na estreia, uma derrota por 2 a 1 para o time misto do São Paulo. Depois, o péssimo desempenho contra o Sport no Maracanã.
“Logicamente que não estamos satisfeitos com um ponto em dois jogos. É nítido que o trabalho precisa ser reforçado e vamos trabalhar para isso”, disse Alexandre Wrobel , vice-presidente de futebol, na saída do Maracanã. Ciente de que a responsabilidade pode começar a cair ainda mais nas costas da comissão técnica, Vanderlei Luxemburgo tratou de dividir responsabilidades com
todos no grupo. “Quando o time vence, é por nós, e quando o time perde, é por nós também. Se em toda derrota aparecer um culpado, a situação fica insustentável. O resultado de hoje e a nossa busca nos vinte minutos finais, mostram que podemos crescer lá na frente. Precisaremos recuperar, de algum jeito, esses pontos que deixamos de somar dentro de casa”, reconheceu em coletiva.
Andrés não concorda com pedido salarial de Guerrero São Paulo (SP) - Com a ressalva de que a decisão não é sua, mas sim do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez deu sua opinião a respeito da situação de Paolo Guerrero. O peruano tem contrato com o clube até 15 de julho e tem pedido US$ 7 milhões apenas como prêmio pela assinatura de um novo acordo. “Se for com o que está pedindo, se não abaixar, a minha opinião é de que não renovem. Ele que vá para o Palmeiras, Flamengo, São Paulo, para onde quiser ir. É direito dele. Ninguém tem que ficar bravo. Se ele estivesse mal, estaria tomando pontapé. Ele está no papel dele. Não tem mercenário”, disse o superintendente de
futebol, no “Programa Mesa Redonda”, da TV Gazeta. Embora tenha sido o presidente mais vitorioso da história do clube, Andrés advertiu que se limita a conversar com os demais membros da diretoria. “Quem está negociando é o Roberto (de Andrade, atual mandatário)”, falou, não sem ressaltar novamente seu entendimento sobre o negócio com o centroavante. “Não cabe o que estão pedindo. Quem vai decidir é o presidente. ‘Pô, mas ele vai para o Palmeiras’. Que seja feliz. Agradecemos por tudo o que ele fez em campo, o gol do Mundial. Mas também não fez de graça. Ele que vá jogar onde quiser. É minha opinião, e já dei”, falou. ALAN MORICI/FRAME
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FLAMENGO
NA SECA
Vasco quer reforçar o ataque Rio de Janeiro (RJ) - O elenco do Vasco ainda não está fechado para o Campeonato Brasileiro e o presidente Eurico Miranda já orientou o vice de futebol, José Luis Moreira, a observar o mercado e buscar pelo menos mais dois nomes. O principal objetivo é reforçar o ataque, que ainda não marcou no Campeonato Brasileiro. Os empates sem gols com o Goiás
e o Figueirense mostraram a deficiência do elenco. Recentemente, Eurico admitiu a busca por reforços, mas deixou evidente que não vai fugir da política salarial do clube. Ele citou como exemplo a negociação com o apoiador Fellype Gabriel, que pediu um salário acima do que o clube poderia pagar e acabou aceitando
defender o Palmeiras, que ofereceu um salário maior. “Só vou contratar um jogador se ele puder se enquadrar dentro da realidade do Vasco. Não podemos fazer loucuras, pois temos uma política de controle de gastos. Tenho um teto salarial”, disse à CNT. O teto salarial do Cruz-Maltino hoje é de R$ 150 mil. A única negociação em vigor
envolve o atacante equatoriano Duvier Riascos, que vem sendo pouco aproveitado no Cruzeiro. O Vasco sofre a concorrência do Botafogo, mas conta com o bom relacionamento com os dirigentes cruzeirenses para tentar o acerto. Recentemente o Cruz-Maltino conseguiu que a Raposa liberasse Dagoberto e ainda pagasse parte dos salários. Contrato do peruano encerra em julho e ele deve sair do clube