MANAUS, QUINTA-FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 2015
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‘Mão amiga’ da FAF à M1 Eventos
Presidente da FAF, Dissica Valério, disse que tomou a medida para ajudar o evento a não ter prejuízos
Federação de Futebol reduz pela metade cota que tem direito sobre a arrecadação bruta do Torneio Super Séries
E
m portaria assinada na última sexta-feira, 9, o Presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Dissica Tomaz Valério, determinou que a cota de 5% da arrecadação bruta dos jogos disputados na Arena da Amazônia a que a entidade tem direito, será reduzida pela metade para o torneio Super Séries, triangular disputado por Flamengo, Vasco e São Paulo a ser realizado no final deste mês. O minicampeonato é organizado pela empresa M1 Eventos, que tem ligação com a Rede Calderaro de Comunicação, dirigida por Dissica Calderaro, filho do presidente da FAF. O documento afirma que a redução da cota para 2,5% deve-se “ao baixo interesse dos torcedores na aquisição dos ingressos para o Torneio Super Séries”. O PÓDIO publicou na edição do dia 7 de dezembro do ano passado que em dez jogos disputados por clubes, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima arrecadou cerca
de R$ 13 mi. Deste montante, R$ 685.604,25 foram para os cofres da FAF, que leva a “bolada” sem ter custos nenhum, apenas por ser a entidade que rege o futebol local. Ajuda De acordo com Dissica Valério, a empresa M1 Eventos procurou FAF informando problemas com a venda dos bilhetes e solicitou a isenção do repasse ou uma ajuda para que não houvesse prejuízos no torneio. “A direção da empresa nos procurou e eu sentei para conversar. Eles queriam a isenção do repasse e eu disse que não era viável. A partir daí chegamos na cota de 2,5%. Eles estão tendo dificuldades com a venda dos ingressos e resolvemos ajudálos. Qualquer evento que corra risco, sempre estaremos disponíveis para conversar e ajudar, afinal, temos o interesse que a Arena da Amazônia seja utilizada pelo futebol. No último jogo
do Flamengo, eles (M1 Eventos) tiveram prejuízo de R$ 500 mil reais e não houve redução da nossa parte. Desta vez, resolvemos ajudar. É melhor ganharmos R$ 50 mil ou R$ 60 mil do que não ganharmos nada”, disse. Indagado se a ligação da Rede Calderaro de Comunicação com a M1 Eventos teria facilitado a decisão, o presidente da FAF foi enfático ao afirmar que isso é uma conspiração das “más línguas”. “Isso não tem nada a ver. O meu filho não é sócio em nada dessa empresa. O pessoal fala muito. Ele é amigo do Marcelo Alex (proprietário da M1 Eventos), mas isso não influenciou em nada a decisão da federação. Como disse, qualquer evento que corresse o mesmo risco, tomaríamos essa decisão”, concluiu. Tentamos contato com a empresa M1 Eventos, para falar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.
Arrecadação Em todos os jogos disputados na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, quer seja de times locais ou não, o mandante da partida ou empresa responsável pela organização da peleja tem que repassar 5% da receita bruta do evento para a Federação Amazonense de Futebol (FAF). A Fundação Vila Olímpica (FVO), que é a responsável pela manutenção do estádio, tem direito a 10% da renda total. Segundo Dissica Valério, somente a FAF abriu mão de receber o valor intregal do repasse.
JIU-JÍTSU
RICARDO OLIVEIRA
Campeão de quase tudo, lutador quer ir mais longe neste ano
Jovem quer lutar o Mundial de 2015 Com apenas 13 anos, o amazonense Mateus Lima já se destaca no jiu-jitsu brasileiro. Faixa laranja da academia Elton Roberto, filiada ao clube Pina, o jovem conquistou em 2014 o primeiro lugar no campeonato amazonense na categoria pluma (até 45 quilos), o titulo do campeonato de jiu-jítsu de Boa Vista e o segundo lugar na tradicional Copa Artur Neto. Nesse ano, o garoto que pratica o esporte desde 2012 e se considera “guardeiro” (tipo de joga em que o atleta prefere ficar por baixa durante a luta), pretende sur-
preender seus adversários e conquistar o maior titulo do esporte: o campeonato mundial de jiu-jítsu que será realizado em São Paulo (SP), provavelmente no próximo mês de setembro. “Comecei a minha preparação para lutar o Open em fevereiro, porém, o meu maior objetivo é lutar o Mundial que vai ser em São Paulo. Fora isso também quer disputar com chances de conquistar todos os campeonatos do Amazonas”, ressaltou Mateus. Orgulhoso dos feitos conquistados por seu filho, Josué Lima, 42, afirma que
Mateus só conseguiu chegar ao topo da categoria, graças a sua força de vontade fora do comum para um menino de pouca idade. “Sinto muito orgulho do meu filho porque sei de seu esforço. Apoio sempre, pois sei que essa é sua paixão. Foi ele que pediu para treinar. Ele que foi na academia se matricular. Não falta um dia. Quando não tem por algum motivo, fica chateado em casa. Acredito que o jiu-jítsu está em sua alma. Ele já nasceu com isso. Isso é motivo de orgulho para a família e os conhecidos”, revelou Josué.
Bom na escola Mateus não faz sucesso apenas dentro dos tatames. Segundo seu pai, o garoto não esquece que sua prioridade é a escola. Cursando o oitavo ano do ensino médio, o jovem atleta consegue conciliar a rotina de treino com os estudos. “Ele sempre foi bem na escola. Não falta e estuda muito. Nunca tive problemas. Ele sabe que tem que estudar. Ele não falta aula e nem treino”, ressaltou o pai que afirmou que a única dificuldade encontrada pela família é a falta de patrocínio.
ALBERTO CÉSAR ARAÚJO
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