RICARDO OLIVEIRA
Caderno C
Jogo do Vasco não confirmado Página 2 MANAUS, SÁBADO, 10 DE MAIO DE 2014
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ALEX PAZUELLO/AGECOM
Arena pós-Copa
Governador José Melo recomendou à empresa de consultoria Ernest & Yung um estudo que apontará qual deve ser o modelo de gestão do estádio após a Copa do Mundo. Prefeito Arthur Neto quer conceder o estádio à iniciativa privada
O
governador do Amazonas, José Melo, afirmou na quinta-feira (8), durante a partida entre Princesa do Solimões e Santos, pela segunda fase Copa do Brasil, na Arena da Amazônia, que o Governo do Estado aguarda o resultado de um estudo encomendado à empresa de consultoria Ernest & Yung que vai apontar qual o modelo de gestão para o estádio após a Copa do Mundo. “É uma arena multiuso que servirá para o futebol e para outros tipos de atividades rentáveis. Contratamos a empresa Ernest & Yung, que está fazendo um trabalho de verificar o destino da arena e do complexo ao redor, no sentido de transformá-
la numa arena multiuso capaz de ter sustentabilidade. Só após esse estudo, poderemos dizer como será feito”, disse o governador. Custos A Arena da Amazônia custou cerca de R$ 670 milhões aos cofres públicos. Estudos apontam que o custo de manutenção do estádio é de R$ 6 milhões de reais por ano. Em visita ao presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Joseph Blatter, em Zurique, na Suíça, na semana passada, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, propôs a venda do nome e a concessão da Arena à iniciativa privada após a realização dos jogos da Copa do Mundo. A prática é comum
na europa, como no caso do estádio do Arsenal-ING, que se chama Emirates Stadium, em referencia a companhia aérea Emirates. Com a construção das arenas para a Copa, a prática deve se fortalecer também no Brasil. A Fonte Nova, na Bahia, por exemplo, se chama Itaipava Arena Fonte Nova. Sobre o próximo jogo teste na Arena, José Melo disse que ainda está sendo analisada a possibilidade de realização de uma outra partida antes da entrega do estádio para a Fifa. “Flamengo x Bahia está cogitado, mas ainda não tem nenhuma decisão”, disse o governador, que também falou sobre os jogos de inauguração dos estádios Carlos Zamith, no Coroado, zona
CUSTO
A Arena da Amazônia terá um curso mensal de R$ 500, um total de R$ 6 milhões ao ano. Fazer a concessão do estádio à iniciativa privada é a solução para o governo não arcar com essa despesa leste, e o Ismael Benigno, a Colina, em São Raimundo, zona oeste. Segundo Melo, o estádio do Coroado deverá ter Nacional x Princesa do Solimões e a Colina um clássico Galo-Preto (São Raimundo x Sulamérica). Ambos os estádios, que servirão de centro de treina-
mento para as seleções que jogarão em Manaus, estão em fase final de acabamento, com previsão de inauguração até o fim deste mês. O governador mostrou-se bastante otimista sobre a preparação da cidade para os jogos e disse que Manaus vai dar um show de controle e organização. Testes “Esses jogos servem para testarmos a funcionalidade da Arena. A cada partida, aprimoramos ainda mais, e os resultados que temos até hoje são animadores. A Arena tem uma bela funcionalidade, a questão do trânsito funcionado, gramado e iluminação impecáveis. Nossa arena vai ser admirada mundo afora
nos jogos que serão realizados aqui”, afirmou José Melo, ao declarar que quase tudo está pronto. “Acho que estamos praticamente preparados para recebermos a Copa. As obras do entorno da Arena estão praticamente prontas e o Centro de Comando e Controle Integrado de Segurança recebe nesse momento equipamentos e o mobiliário, o aeroporto está bem adiantado e a rede hoteleira também. Que venham os jogos, pois a nossa parte fizemos”. A Arena da Amazônia receberá os jogos Inglaterra x Itália, Portugal x Estados Unidos, Croácia x Camarões e Honduras x Suíça, todas pela primeira fase do mundial.