Pódio - 6 de agosto de 2015

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Vasco fecha contratação de Nenê

Olimpíada MANAUS, QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2015

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Estádio receberá seis jogos das Olimpíadas

Por torneio de futebol olímpico, Arena da Amazônia permanece sob administração da Fundação Vila Olímpica (FVO) IVE RYLO

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processo licitatório responsável por repassar a administração da Arena da Amazônia para a iniciativa privada foi adiado em mais um ano. Tudo porque o espaço construído para receber os jogos da Copa do Mundo da Fifa em 2014, também será palco de partidas da fase eliminatória do torneio de futebol das Olimpíadas Rio-2016. Até lá, o governo continua a arcar com a manutenção do espaço avaliada em R$ 600 mil mensais. Em outubro de 2013, a empresa de consultoria Ernst Young foi contratada pelo governo do Estado para encontrar o melhor modelo de gestão para o estádio. Além do destino da arena, a empresa também iria apresentar um estudo para o Centro de Convenções do Amazonas (CCA), Vila Olímpica e a Arena Amadeu Teixeira. Na época, foi divulgado que o estudo feito pela empresa custaria, aproximadamente, R$ 1 milhão. Um ano após o repasse do resultado da consultoria, a arena continua sob administração pública do Estado. De acordo com o presidente da Fundação Vila Olímpica, Aly Almeida, antes das Olimpíadas a licitação não pode ser aberta. “Ninguém pode fazer nada agora antes das Olimpíadas. Se fizermos não vai ter Olimpíada. As providências de licitação só poderão ser feitas depois. Porque,

como vamos alugar um negócio se assumimos o compromisso com as Olimpíadas?”, questionou. Ele apontou que é um privilégio a arena ser palco de dois eventos mundiais em curto espaço de tempo. “A prefeitura e o governo assumiram um compromisso. Nos sentimos privilegiados em receber as Olimpíadas, muitos estádios queriam e não podemos abrir mão. Privatização agora nem pensar”, analisou. Até os jogos, o governo continua a investir na manutenção do estádio, com cerca de R$ 600 mil por mês. Em um ano de cortes no orçamento por conta da crise, a verba para manutenção do espaço vem de eventos realizados e do planejamento governamental. “Esse dinheiro vem dos alugueis que a gente faz e do governo que já tem orçamento para isso. A arrecadação de visitas na arena e aluguéis de jogos dão uma renda boa”, disse. Ele explicou que em 2014, entre jogos e shows foram 23 eventos após o mundial. Este ano foram realizados três jogos do torneio Super Series, e dois do campeonato amazonense. “Na minha administração a coisa vai funcionar. Não vai ter problema de arena suja, abandonada, um elefante branco”, garantiu Aly. Até o final de 2015, a arena já tem 19 eventos agendados. Há também a possibilidade de receber dois jogos do Campeo-

nato Brasileiro da Série A: Fluminense e Santos e Santos e São Paulo. A Federação Amazonense de Futebol (FAF) também tem quatro jogos agendados no estádio. O próximo será Nacional e Remo, na próxima segundafeira (10), às 20h30. “A renda do aluguel dos jogos dos times da Série A é de R$ 300 mil, R$ 400 mil. No último jogo do Nacional, a arena ficou apenas com R$ 5 mil. É pouco, mas estamos abrindo”, explicou. De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, a arena é aberta para visitação de escolas, turistas e público em geral. A entrada é R$ 10. “La eles conhecem a história da arena, que substituiu o Vivaldão, passeiam pelo estádio e ainda ganham folder com a história. A arena está viva. Ontem mesmo assinei um contrato com a desembargadora Socorro Guedes e o governador para que nela seja feita a biometria do TRE. Estamos recebendo 1.800 pessoas por dia”, disse. Ele lembrou que, de acordo com a comissão olímpica, a Arena da Amazônia foi a mais bem avaliada internacionalmente, dada seu estado de preservação. “A África do Sul e a Grécia estão com seus campos abandonados, cheios de mato. Os governos trancaram no cadeado e não investiram mais nenhum centavo e hoje virou um elefante branco. Ao contrário da nossa arena”, assegurou.

Barezão terá calendário alterado O campeonato amazonense deste ano terminou em 20 de junho. Em 2016, por conta do torneio olímpico haverá alteração no calendário e o Barezão terá que ser encolhido. De acordo com Aly Almeida, todos os campos de futebol de Manaus serão fechados para receber as equipes olímpicas. “Nossos campos estão preparados para receber o torneio. A partir de abril não pode haver evento, eles não querem ter problemas com o gramado para não correr risco. As equipes chegam em julho para treinamento e dia 4 agosto começam os jogos. O campeonato amazonense terá que ser antes de abril ou depois das Olimpíadas”, disse. Em Manaus serão realizados seis jogos da fase preliminar. Somente, após o sorteio em março, é que serão conhecidas as equipes que disputarão jogos na arena. “Temos a possibilidade de receber mais um jogo, talvez uma semifinal”, afirmou Aly. Serão disponibilizados às

equipes olímpicas o estádio Carlos Zamith, que comporta 4 mil torcedores; o Ismael Benigno (Colina) que comporta 12 mil; e a Arena da Amazônia, com capacidade para 45.597 pessoas. “Sou técnico e não político. Sei a importância, mesmo nosso

RETROCESSO

O campeonato amazonense deste ano teve quatro meses de duração, mas o torneio olímpico vai novamente encolher o estadual, forçando os clubes a terem pouco de tempo de pré-temporada futebol na última série, de um estádio bom para levantar o futebol. Nenhum clube, nem federação pode falar que não tem estádio. Faltam os clubes fazerem a parte deles. Muitos não conseguem nem lotar o Zamith. O governo já deu a estrutura e o dinheiro. Foram R$ 250 mil para 10 clubes”, lembrou.


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