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Caderno C
Vasco tenta trinca diante da Chape Página C2 MANAUS, SÁBADO, 4 DE JULHO DE 2015
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Final para quebrar jejum S
antiago (Chile) - O dia de glória chegou. Qualquer que seja o vencedor da final da Copa América, entre Chile e Argentina, neste sábado (3), às 16h (de Manaus) no estádio Nacional de Santiago, soltará o grito de campeão engasgado há anos. A geração dourada do futebol chileno busca o título inédito em casa, enquanto Messi e companhia tentarão acabar com um jejum de 22 anos sem troféus, além de igualar o rival Uruguai, maior campeão do torneio, com 15 conquistas. Numa Copa América em que se esperava um show de craques que brilham na Europa, Neymar e James Rodríguez deixaram a desejar, e Messi espera saldar uma dívida histórica com sua torcida, assim como o chileno Alexis Sánchez, que não vem rendendo o esperado no torneio. Messi e Sánchez, que foram companheiros de clube no Barcelona, anotaram apenas um gol cada, mas o argentino teve uma grande exibição na semifinal, participando diretamente de quase todos os gols da vitória arrasadora por 6 a 1 sobre o Paraguai nas semifinais. Alexis, que foi o grande destaque do Arsenal nesta temporada, mostrou muita disposição nos primeiros jogos, mas pouca pontaria, e vem sofrendo com problemas musculares.
FICHA TÉCNICA ARGENTINA
Téc.: Gerardo Martino Romero Garay
Otamendi
Biglia
Mascherano
Zabaleta
Rojo
Pastore Di María Sánchez
Messi
Aguero Vargas
Aránguiz
Valdivia Vidal
Díaz
Mena
Isla Francisco Silva
Medel
Bravo
CHILE
Téc.: Jorge Sampaoli Local: Estádio Nacional (Santiago) Horário: 16h (de Manaus) Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
inclusive, se sente em casa quando joga em terras chilenas, já que venceu quatro das seis edições disputadas no país (1941, 1945, 1955 e 1991). “Tentaremos dominar a partida. O nosso estilo de jogo nos levou onde estamos agora, e vamos continuar jogando da mesma maneira”, prometeu Sampaoli, técnico do Chile. Uma estratégia que pode ser fatal diante da velocidade dos atacantes argentinos, que mostraram contra o Paraguai que sabem aproveitar os espaços deixados por rivais que tentam jogar de igual para igual. Para quebrar a escrita, a seleção chilena conta com uma das melhores gerações da sua história. “Não vou ser o único responsável por marcar Messi. Temos que fazer um jogo perfeito defensivamente, com muita comunicação entre todos”, avisou Gary Medel, ‘xerifão’ da zaga chilena. Lá na frente, além de Sánchez e Vidal, Sampaoli aposta no faro de gol do ex-gremista Eduardo Vargas, artilheiro da competição, que balançou as redes quatro vezes, duas na vitória suada por 2 a 1 sobre o Peru. Rivalidade Além da rivalidade dentro das quatro linhas, a final coloca frente a frente duas nações com histórico de tensões políticas, por isso jogadores de ambas as equipes pediram um clima de paz nas arquibancadas.
Aos 28 anos, Messi nunca foi campeão pela Argentina
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Pressão Diante do poder de fogo
da Argentina, o Chile contará com o apoio incondicional da torcida, que deixou passar os escândalos disciplinares de Arturo Vidal e Gonzalo Jara em prol da união nacional rumo ao título inédito. Além de derrubar um tabu histórico, a Roja terá que acabar com uma freguesia assustadora diante dos Hermanos, que nunca derrotou em 23 confrontos pela Copa América (18 derrotas, e cinco empates). A Argentina,
JUANGONZALEZ/AGIF
Chile e Argentina decidem a Copa América. Os chilenos nunca venceram uma competição e os argentinos não vencem há 22 anos
COPA AMÉRICA
Peru fica com terceira colocação
Paolo Guerrero marcou o segundo gol do Peru na partida e mostrou novamente oportunismo
Concepción (Chile) - O Peru é novamente o terceiro colocado da Copa América. Na noite de ontem (3) a seleção comandada por Ricardo Gareca bateu o Paraguai por 2 a 0 na cidade chilena de Concepción. Os gols que garantiram o resultado foram anotados por Carrillo e Guerrero, ambos na segunda etapa da disputa de terceiro lugar. Com o tento que anotou, o centroavante do Flamengo chegou a quatro na competição e empatou com o chileno Eduardo Vargas na artilharia. Com o triunfo, o Peru fica com a medalha de bronze da Copa América pela oitava vez em sua história, e a segunda consecutiva após superar a Venezuela pelo posto na Argentina, em 2011. O Paraguai, por sua vez, fica com a quarta colocação pela sétima vez. O Peru encerrou sua participação na Copa América com três vitórias, um empate e duas derrotas. Na primeira fase, se classificou como vice-líder do Grupo C, atrás do Brasil, após perder para a equipe verdeamarela na estreia, bater a Venezuela na sequência e ficar no 0 a 0 com a Colômbia. Passou pela Bolívia nas quartas de final sem levar sustos, fazendo 3 a 1, mas não resistiu à boa fase do anfitrião Chile, e sofreu
revés por 2 a 1 na semi. Já o Paraguai, que vinha de vice-campeonato na última edição da competição continental, fechou sua participação em território chileno com uma vitória, três empates e três derrotas. O time guarani começou a campanha com empate com a Argentina, depois venceu a Jamaica e ficou no 1
ARTILHEIRO
Com o gol marcado na disputa de terceiro lugar, o atacante Paolo Guerrero, novo reforço do Flamengo, chegou a quatro tentos na Copa América e se igualou ao chileno Eduardo Vargas a 1 com o Uruguai, placar que repetiu nas quartas de final diante do Brasil, mas avançou nos pênaltis. Na semi, no entanto, foi humilhado em seu reencontro com o Argentina, sendo goleado por 6 a 1. O jogo Trocando mais passes e demonstrando mais calma com a bola nos pés, o Peru era ligeiramente superior na partida.
Aos 25 minutos, quase marcou novamente. Após cruzamento de Reyna da direita, Lobatón dominou dentro da área, ajeitou e bateu, mas mandou por cima da meta. O Peru partiu para cima dos adversários desde o início da segunda etapa e, logo com dois minutos de bola rolando, conseguiu abrir o placar. Após cobrança de escanteio pelo lado direito, Guerrero cabeceou em cima da zaga paraguaia. Carrillo pegou o rebote na entrada da área e, de primeira, chutou com precisão no canto esquerdo para colocar sua equipe em vantagem. Após o gol, o Paraguai passou a ser mais dinâmico com a entrada de Benítez, que acertou bola na trave aos 21 minutos. A equipe guarani seguiu tentando o gol de empate, principalmente através de cruzamentos na área de Gallese. Os peruanos, por sua vez, exploravam os contra-ataques pelas laterais. Aos 45 minutos, o contragolpe voltou a funcionar para confirmar a vitória do Peru. Carrillo arrancou em velocidade pelo meio e abriu na direita para Sánchez, que fez o cruzamento rasteiro no meio para Guerrero, e o camisa 9 mandou entre as pernas de Villar para marcar seu quarto gol na Copa América.