LIBERTADORES
Timão encara Nacional em Itaquera
Pódio MANAUS, QUARTA FEIRA, 4 DE MAIO DE 2016
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Pódio E2
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Tocha olímpica chega ao Brasil Capitã da seleção de vôlei, Fabiana Claudino foi quem deu início ao revezamento
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rasília (DF) - A tocha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 foi acesa em território nacional pela presidente Dilma Rousseff, ontem (3), em Brasília. Dilma realizou o ato simbólico no Palácio do Planalto após cerimônia e passou o artefato às mãos da jogadora de vôlei Fabiana Claudino, que deu início oficial ao revezamento da tocha. A chama olímpica chegou ao Brasil vinda da Suíça, onde esteve nas sedes da Orga-
nização das Nações Unidas e do Comitê Olímpico Internacional. Ela foi oficialmente acesa em Olímpia, na Grécia, em 21 de abril, e também foi levada em revezamento pelo país europeu. “O Brasil se torna agora o país das Olimpíadas com o acendimento da tocha olímpica. A emoção deste dia, sem sombra de dúvida, vai ficar marcada na nossa memória, no nosso coração e na história do nosso país. E também na história dos Jogos Olímpicos”, discursou a presidente Dilma Rousseff. Foi a mandatária quem acendeu oficialmente a tocha olímpica no país. Poucos segundos depois, o artefato estava na mão da bicampeã olímpica de vôlei Fabiana Claudino,
DIVULGAÇÃO
FOTOS: LULA MARQUES
Capitã da seleção de volêi dando início ao revezamento da tocha olímpica em Brasília
Ginasta Arthur Zanetti comemorando boa apresentação em torneio prepartório para os Jogos Olímpicos
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que desceu a rampa do Palácio do Planalto e deu início ao revezamento no Brasil. A central passou a tocha ao matemático Artur Ávila Cordeiro de Melo, que depois a entregou ao carateca Gabriel Hardy. O ginasta Ângelo Assumpção, a educadora Aurilene Vieira de Brito, a refugiada síria Hana Khaled Daqqah, a boxeadora Adriana Araújo, o surfista Gabriel Medina, a jogadora de vôlei Paula Pequeno e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima completaram a lista dos dez primeiros a carregá-la. “Eu sempre falo que cada coisa tem um sentimento. Hoje, foi uma emoção para a qual ainda procuro palavras. Só quem está ali, quem acende, quando você vê a rampa, saber que você é a primeira, é uma sensação pura, um carinho grande. Dedico a todos os atletas e ao povo brasileiro, que a gente consiga fazer algo bonito, que é o sonho de todos. Sei que todos estão se dedicando e correndo atrás”, disse Fabiana. Percurso A tocha passará pela mão de 12 mil pessoas por mais de 330 cidades do Brasil até chegar ao Maracanã em 5 de agosto, quando será utilizada para o acendimento da pira
olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro 2016. A cerimônia que marcou o acendimento da tocha em Brasília contou com a presença de atletas, autoridades e apoiadores da mandatária nacional, o que deu tom político ao evento. O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, discursou elogiando a presidente e ressaltando os grandes eventos esportivos que o Brasil sediou nos últimos anos, como os Jogos Pan-Americanos de 2007, os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. Após a fala de Leyser, alguns presentes à cerimônia tentaram puxar em coro a frase “não vai ter golpe”, utilizada pelos partidários do governo para protestar contra o processo de impeachment em vigor. A cerimônia ainda contou com discursos do presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, Carlos Arthur Nuzman, do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e do nadador Thiago Pereira. “Mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da história da democracia, o Brasil saberá conviver porque criamos todas as condições para dar a melhor recepção a todos os atletas e visitantes estrangeiros”, disse a presidente.
IMPASSE
Zanetti ficará fora do revezamento São Paulo (SP) - O campeão olímpico e mundial das argolas Arthur Zanetti está impedido no momento de carregar a tocha olímpica no revezamento. “Ainda não sei se vou conseguir a carregar a tocha. Meu advogado está resolvendo esta questão. Claro que seria muito legal levar a tocha. É um momento histórico para o meu país. Mas tem esta questão de patrocínio”, afirmou Zanetti, que esteve em Brasília para cerimônia de chegada do fogo. O advogado do ginasta, Marcel Camilo, tenta solucionar um impasse com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e a Caixa Econômica Federal, sua principal patrocinadora. O atleta já recebeu diversos convites, um deles do Comitê
Olímpico do Brasil (COB) para carregar o fogo em São Caetano do Sul (SP) mas não pode aceitá-los porque o Bradesco - patrocinador do revezamento - é concorrente direto da Caixa. O contrato da estatal com a CBG impede a promoção de uma empresa do mesmo ramo. O Artigo 13 do Termo de Compromisso assinado por todos os condutores autoriza, em caráter irrevogável e irretratável o Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, o COI (Comitê Olímpico Internacional) e os patrocinadores do revezamento a utilizar suas imagens de forma perpétua. Além disso, o participante também é obrigado a ceder direitos de voz e fotografia para fins comerciais ou não
aos envolvidos na organização. “Tem mais de um mês que fizemos uma solicitação à CBG e à Caixa para que o Arthur possa carregar a tocha e pedimos uma posição quanto a este possível conflito de interesse. Estamos esperando para poder responder aos convites. Não podemos assinar um termo que depois leve a uma rescisão contratual com a Caixa. Quando veio o convite, fiz este questionamento ao COB”, afirmou em entrevista ao site UOL Esporte Marcel Camilo, empresário e advogado de Zanetti. Outros atletas da seleção também já receberam o convite, mas vivem a mesma pendência de Zanetti para poder firmar o contrato.
03/05/2016 20:00:40