Caderno C
Senna recebe homenagens pelo mundo Pódio C2 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2014
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Arena: erros e acertos ANDRÉ TOBIAS E THIAGO BOTELHO Equipe EM TEMPO
E
m seu 5º evento-teste, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima apresentou algumas falhas recorrentes de outras ocasiões. Uma delas foi a questão dos assentos marcados. Muitos torcedores reclamaram da numeração impressa no ingresso não estar sendo obedecida pelos torcedores. O administrador Wilson Costa pagou caro por um ingresso na área VIP e sofreu com o problema. “Gastei R$ 120 para assistir o jogo em pé. De tratamento VIP isso aqui não tem nada, ou então esse é o padrão e eu não sabia. Meu ingresso era para o anel superior, mas me mandaram aqui para baixo porque a parte de cima foi reservada para as autoridades”, reclamou Wilson. O problema foi registrado em vários pontos do estádio. Muitas pessoas chegaram a assistir ao jogo em pé. Mas a marcação dos assentos não foi o único problema encontrado no estádio que recebeu a partida entre Nacional e Corinthians. O tumulto maior foi nas catracas que dão acesso as dependências da arena. O consultor de vendas Jacob Vinhote estava na bronca por conta da demora enfrentada para entrar na área interna e pela falta de sinalização no entorno do palco que receberá quatro partidas de Copa do Mundo. Ele destacou também o tempo perdido durante o percurso até o local da partida. “Muita lentidão no acesso ao estádio. Está muito mal sinalizado e ninguém sabe nos passar a informação correta. O trânsito é tão grande que tive de descer no Plaza e vir
FOTOS: DIEGO JANATÃ
Partida entre Nacional e Corinthians revelaram mais dificuldades da Arena da Amazônia, como a falta de acessibilidade dos torcedores para a àrea interna do estádio e a falta de controle nos acentos marcados. Cadeirantes elogiaram o estádio andando até aqui. Morei 12 anos em São Paulo e para entrar no Morumbi ou Pacaembu não gastava 10 minutos. Sou amazonense, mas reconheço que temos de evoluir muito para atender os turistas de forma satisfatória. Passei mais de 30 minutos na fila porque as catracas estavam com problemas na leitura de alguns ingressos”, criticou Jacob. Catracas A administradora Ana Letícia sofreu com o mesmo problema enfrentado por Jacob
CATRACAS
A marcação dos assentos não foi o único problema encontrado no estádio que recebeu a partida entre Nacional e Corinthians. O tumulto maior foi nas catracas que dão acesso às dependências da arena Lentidão na hora da liberação dos torcedores na catraca de entrada provocou aglomeração de torcedores e tumulto no estádio
nas catracas. Para ter acesso ao estádio, ela revelou ter perdido mais de 20 minutos. Ela corroborou também com o consultor de vendas no quesito sinalização, onde registrou a falta dela em todo o entorno da arena. Outra recorrente falha já nas dependências do estádio foi a questão da transmissão de dados. Quem tentou se conectar com a internet, enviar sms ou até mesmo fazer ligações, teve dificuldades. Faltando 40 dias para a abertura do Mundial, problemas relacionados à internet parecem ser o calcanhar de Aquiles da maioria dos estádios que sediarão jogos.
Acesso a cadeirantes agradou os torcedores Contudo, melhoras foram registradas no segundo evento-teste de maior público na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. O cadeirante André Matos, 70, aproveitou a passagem do seu time de coração por Manaus e levou toda a família para prestigiar o Timão. Pela segunda vez no estádio, ele foi só elogios à acessibilidade. “Gostei muito, não tive dificuldade nenhuma no acesso ao
espaço reservado aos cadeirantes”, avaliou. Os problemas registrados nos primeiros jogos realizados na arena acerca de lanchonetes e banheiros parecem ter sido resolvidos. Nos primeiros, não houve registro de confusões ou filas quilométricas como em partidas anteriores. Os toilets funcionaram perfeitamente e não existiram maiores reclamações. Porém, o preço dos produtos
continuou desagradando quem desejou tomar um refrigerante e comer um salgado no estádio. Preços dos alimentos “R$ 5 um salgado e R$ 4 um refrigerante. Está caro, esse é o valor de um almoço lá fora. Em qualquer lanchonete por aí um salgado desse custa R$ 2,50. Acredito que os valores está no padrão FIFA”, esbravejou Francisco Moreira, 51.
A assessoria de comunicação da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa) informou que ontem, 30, o coordenador Miguel Capobiango convocou uma reunião com os responsáveis pelos principais setores da arena para tratar dos problemas ocorridos na partida entre Nacional e Corinthians. O objetivo do encontro foi estudar formas para que os erros não voltem a acontecer.
O tumulto na entrada da arena não pôde ser controlado nem com o policiamento reforçado
Torcedores reclamaram de ter comprado ingresso com assento marcado e ter o local já ocupado
Nacional se defende dos problemas
Próximo teste: Princesa x Santos
O diretor-executivo do Nacional, Claudio Silva, lamentou os problemas ocorridos durante o evento. Apesar do clube ter sido o mandante e o responsável pelo jogo, ele eximiu a entidade de culpa por conta dos erros das catracas na entrada. Sobre a reclamação de muitos torcedores relacionado à mar-
A partida entre Princesa do Solimões e Santos, válida pela segunda fase da Copa do Brasil, será o próximo teste da Arena da Amazônia Vivaldo Lima. O jogo, que acontece no dia 8 de maio, às 20h30, disponibilizará 20 mil ingressos aos torcedores. A inscrição para aquisição dos bilhetes pode ser feita por meio do site www2.
cação de assentos, apontou problemas culturais do povo pela desobediência ao estabelecido nos ingressos. “A responsabilidade das catracas era do Estado, da arena. Os ingressos foram testados um dia antes e estava tudo em ordem. Quando chegou ao momento deu aquele problema. Sobre os
assentos, isso aí é cultura do povo. O estádio é para 40 mil e tinha 35 mil lugares tomados. Teve muito assento sobrando que não foi ocupado. O clube não pode ser responsável por acompanhar cada torcedor em seu assento. No bilhete fica bem claro o setor, a cadeira e onde cada um deve sentar”, alegou.
amazonasfutebol.com.br. A troca dos ingressos acontece nos dias 6 e 7 de maio, na Arena Amadeu Teixeira, das 8h às 17h. De acordo com o diretor do time de Manacapuru, Raphael Maddy, as entradas custarão R$ 20 (Arquibancada meia), R$ 40 (Arquibancada inteira), R$ 50 (VIP meia) e R$ 100 (VIP inteira). Ele espera,
que a partir de amanhã, o clube disponibilize os ingressos nos pontos de vendas físico, que ainda não foi definido quais serão. “Esperamos começar a vender os ingressos amanhã pela tarde. Serão três pontos em Manacapuru com uma carga de 5 mil bilhetes e o resto será vendido em Manaus”, revelou Maddy.