EM TEMPO - 8 de junho de 2014

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Plateia

MANAUS, DOMINGO, 8 DE JUNHO DE 2014

D5

Canal 1 plateia@emtempo.com.br

TV Tudo Procura por elenco Conflitos à parte, o diretor Dennis Carvalho trabalha em ritmo forte na formação do elenco de “Babilônia”. Os testes correm soltos no Projac para diversos personagens. A pré-produção da novela vai começar depois da Copa do Mundo. Quando a novela do Aguinaldo estrear, “Babilônia” entrará em linha de produção.

DIVULGAÇÃO

Visita Fabíula Nascimento, em passagem por Nova York, para participar do 12º Brazilian Film Festival, representando os filmes “Mato sem Cachorro” e “SOS Mulheres ao Mar”, visitou também os estúdios da TV Globo América. Lá, a atriz concedeu entrevista a Mila Burns para o “Globo Notícias”, que é transmitido pela Globo Internacional para os países das Américas.

Elas também curtem Segundo pesquisa do Combate, 35% do público que acompanha as transmissões do UFC no canal é constituído por mulheres, na contramão de muita gente que achava que a pancadaria despertava interesse apenas dos homens. De olho na audiência feminina o Combate não descarta agregar novos valores ao seu time, que reúne, atualmente, a comentarista Kyra Gracie, as repórteres Caryna Americano, Laís Lacerda, Carla Tank, a apresentadora Viviane Ribeiro e a correspondente Ana Hissa.

diretor Mauro Mendonça Filho pretende iniciar no fim deste mês as gravações da série policial “Dupla Identidade”, escrita por Glória Perez. Estão confirmados no elenco Bruno Gagliasso, Débora Falabella, Luana Piovani, Marcelo Novaes, Cris Nicolotti, Aderbal Freire Filho e Marisa Orth, entre outros.

Início de gravação De acordo com a Globo, o

Por outro lado O nome de Vera Fischer

REGI

Apertem os cintos Esta série policial promete mostrar um Bruno Gagliasso nunca antes visto na televisão, num trabalho de botar medo. O papel é o de um serial killer. Bruno encontra-se em Nova York e, na volta ao Brasil, nos próximos dias, irá priorizar “Dupla Identidade”.

ainda não aparece nas listas de elenco de “Dupla Identidade”. Cogitou-se a participação da atriz assim que surgiram as primeiras notícias sobre este trabalho. Porém, Glória Perez, quando consultada a respeito, preferiu não se manifestar. Esperando a vez A Globo, oficialmente, ainda não tem planos de produção para o “The Voice Kids”. O programa está no “pacote” do “The Voice”, mas por enquanto é só isso e apenas isso. Mudanças Kaká Marques vai deixar a direção do “Ritmo Brasil”, apresentado por Faa Morena.

Bate-rebate • Começam hoje as leituras da peça “Retratos e Canções”, com direção de Renato Andrade... • .... No elenco, Dani Moreno, que esteve em “Salve Jorge” na Globo, mais Paulinho Serra e Rodrigo Sant’anna. • Chegou ao fim um romance na nossa televisão com todos os ingredientes de um dramalhão dos novos tempos... • .... No “roteiro” protagonizado por dois rapazes e um quase senhor, traições e muita choradeira... • ... Mas o artista central desse drama já dá sinais de recuperação. Deu a chamada volta por cima e está no ataque novamente. • Rede TV! pretende fazer a coletiva do “Encrenca”, dia 16, em São Paulo. • O Esporte da Bandeirantes atravessa um dos seus momentos mais tranquilos.

Problemas de ‘Em Família’ A decisão da Globo em acabar com “Em Família” mais cedo, acabou respingando em autores da faixa nobre. “Império”, escrita por Aguinaldo Silva, próxima atração do horário, entrará no ar dia 21 de julho, uma semana antes do previsto. Pela ordem, “Babilônia”, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, teria que começar em janeiro. Teria. Os dois autores não consideraram nem um pouco interessante a ideia de estrear antes do Carnaval. Complicado.

Flávio Ricco Colaboração: José Carlos Nery

C’est fini Com André Bankoff no elenco, a segunda temporada da série “O Negócio”, sobre prostituição, estreia em agosto no HBO. Rafaella Mandelli, Juliana Schalch e Michelle Batista fazem as protagonistas. O canal já negocia uma terceira temporada com a produtora Mixer. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Márcio Braz* E-mail: plateia@emtempo.com.br

A invenção do Amazonas

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

A realização do primeiro voo direto entre Manaus e Europa (Lisboa) ofertado pela TAP Linhas Aéreas tem provocado polêmicas nas redes sociais a partir de uma montagem digital onde há uma comparação entre a chegada dos lusos nas terras tropicais no ano de 1500 e o referido voo onde ambos, segundo o que a charge nos sugere, os portugueses se deparam com índios, no primeiro caso, arredios e em situação de combate e, no segundo, cordiais com belas índias do folclore de Parintins recepcionando os turistas. A charge digital ou même como é chamado, não deixa de ser uma crítica criativa, com uma construção de conteúdo irônica e racional, longe dos pieguismos da crítica apaixonada. O même não faz críticas ao voo, evidentemente, mas sim a forma com que recepcionamos os turistas onde, de fato, temos insistido na diluição de nossa identidade descambando-a no folclore parintinense. Talvez o tema da identidade tenha sido o mais explorado por esta coluna, assim como o de políticas culturais e o regionalismo. Como sabemos, a identidade tem sido estudada ao longo de muitos anos por um sem-número de especialistas. Sérgio Buaque de Holanda, em “Raízes do Brasil”, foi um dos pioneiros no processo de compressão do tema voltado ás questões nacionais, sem sequer usar o termo. A herança ibérica e o personalismo do “homem cordial” (este último, sobretudo), são os principais vetores a marcar a identidade brasileira, segundo Holanda. Gilberto Freyre contribuiu para a identificação de nosso tipo nos apresentando estudos relevantes onde a intimi-

dade da casa grande e da senzala, as relações entre o coronel e as mucamas negras, forjaram o mestiço brasileiro identificados pelos traçosfísicos, cor, fala e outras formas de expressão. Neste sentido, cumpre-nos esclarecer que o mestiço é a composição por excelência do brasileiro. Não se enquadra, claro, na categoria de povos ou comunidades tradicionais, afinal, não é nem uma coisa e nem outra. É um tipo presente em muitas de nossas ações cotidianas e a reproduzimos de forma constante. Esta digressão sugere que a mestiçagem não só se deu entre negros e brancos, mas inúmeras culturas e povos também miscigenaram e contribuíram para a formação cultural do povo brasileiro. Logo, a identidade não deve ser fixada como algo e imutável. Ela é dinâmica, como a própria vida. No caso do Amazonas, inúmeros povos contribuíram para a formação social da Amazônia. Judeus, mulçumanos, africanos, barbadianos, italianos, entre outros, forjaram nossa identidade que podemos bem defini-la como diversa e plural. Logo, simplificarmos a riqueza de nossas expressões culturais, gestos, culinária e artes e reduzi-la a categoria folclórica especificamente boi-bumbá e dizer que esta é nossa identidade soa no mínimo estranho. A cultura do diálogo é importante para discutirmos o assunto e assim refletirmos sobre quem somos e de onde viemos. Parece mesmo que há uma confusão quando falamos de identidade. Já somos bem crescidinhos para compreender o tema o superarmos.

Márcio Braz* *ator, diretor, cientista social e membro do Conselho Municipal de Política Cultural

No caso do Amazonas, inúmeros povos contribuíram para a formação social da Amazônia. Judeus, mulçumanos, africanos, barbadianos, italianos, entre outros, forjaram nossa identidade que podemos bem defini-la como diversa e plural. Reduzi-la a boi-bumbá é estranho”


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