EM TEMPO - 21 de abril de 2013

Caderno imobiliário lançado hoje

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXV – N.º 7.976 – DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

VILÃ DA CESTA BÁSICA ALEX PAZUELLO/AGECOM

JOEL ROSA

Farinha teve aumento de 202% em Manaus

POSSE

Omar entrega mais de 700 títulos de terra Governador Omar Aziz (foto) entregou, ontem, mais de 700 títulos definitivos de terra para moradores do bairro Colônia Antônio Aleixo. Última Hora A2

DIEGO CAJÁ

Na banca de Judite Pantoja, a rainha da farinha, 2 kg do produto estão custando R$ 20. Ela acredita que o Bolsa-Família está atraindo produtores para Manaus

DOMINGO

TERREMOTO

MATA 160 NA CHINA

Um terremoto de magnitude 7,0 que atingiu o sudoeste da China na manhã de ontem matou mais de 160 e feriu pelo menos 6 mil pessoas. Última Hora A2

POLE

Antiquários

O piloto alemão Nico Rosberg (foto) larga na pole position, no GP do Bahrein, e Massa é 4º. Última Hora A2 e Pódio E8

Comprar em antiquários ainda é mania de poucos, mas histórias e curiosidades não faltam para contar. Elenco 10 e 11

Lionel Messi (foto) enfrentou várias portas fechadas até ser consagrado.

Ilustríssima G4 e G5

DIEGO CAJÁ

Messi, o mito

Segundo o governo chinês, 140 mil pessoas terão de ser realocadas após a tragédia

Novos inventores Estudantes do Amazonas criaram projeto destinado a monitorar estacionamentos para portadores de necessidades especiais. Dia a dia C8

AMAZONENSE

Penarol

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Medo na aula

Nacional

Violência na escola é reprodução da violência na sociedade, dizem especialistas.

Saúde 1

Leão da Velha Serpa recebe o Leão da Vila Municipal hoje, em Itacoatiara, pela quarta rodada da Taça Cidade de Manaus. Pódio E2

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS.

TEMPO EM MANAUS

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Última Hora

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

Omar entrega 700 títulos de terra em dois bairros

CAÇADA EM BOSTON AP

Ação do governo do Estado beneficiou, com títulos definitivos e concessão de uso de propriedade para moradores do Colônia Antônio Aleixo e Puraquequara ALEX PAZUELLO/AGECOM

Barack Obama elogiou o trabalha de captura dos terroristas

Há questões sem respostas, diz Obama sobre atentado O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou na noite de sexta-feira, 19, o trabalho da polícia, que permitiu a captura do segundo suspeito dos ataques a bomba durante a maratona de Boston, mas destacou que ainda há “muitas questões sem resposta” sobre os atentados.

Ele assegurou que todas as forças de segurança do país continuarão investigando os Para Omar, o título definitivo garante segurança jurídica sobre a posse da propriedade e possibilita o acesso a políticas públicas

O

governador Omar Aziz esteve na manhã de ontem, no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste, onde entregou mais de 700 títulos definitivos e concessões de uso para moradores daquele bairro e da comunidade Bela Vista, no Puraquequara.

No Centro Social e Recreativo Frei Miller, onde foi realizado o evento, também foram montados estandes da Caixa Econômica Federal e da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), que estão ofertando crédito pré-aprovado para fi-

nanciar a reforma de casa, além de pequenos negócios para os proprietários.

“A posse definitiva do terreno dá ao morador a possibilidade de obter empréstimo para realizar pequenas reformas e até montar um negócio, sem contar que põe fim aos litígios e conflitos comuns em áreas não legalizadas”, observou o governador, ao ressaltar que ações como a que foi realizada neste sábado serão estendidas a todas as zonas geográficas da cidade.

“Temos muitos bairro consolidados há mais de 20 anos,

Alvorada A próxima ação de entrega de títulos em Manaus será no bairro Alvorada, Zona CentroOeste, e adjacências onde serão beneficiadas mais de três

mil famílias, como a de dona Elcir Farias Lemos, 57 anos, dos quais 10 morando com os três filhos em uma casa na Colônia Antônio Aleixo, da qual ela ainda não tinha a posse definitiva.

“Agora, que sou a dona de verdade e de fato, vou realizar o maior sonho da minha vida, que é ter uma casa boa”, disse Elcir. Assim que recebeu seu título, ela foi pedir informações no estande da Caixa sobre o empréstimo que pretende fazer para levantar uma casa de alvenaria, já que a dela ainda é de madeira.

FÓRMULA 1

Nico Rosberg é pole e Massa sai em 4º lugar no Bahrein Pela segunda vez consecutiva, um carro da Mercedes largará na frente do grid na F-1. Ontem, o alemão Nico Rosberg conquistou a pole position no treino classificatório para o GP do Bahrein, marcado para as 9h (horário de Brasília) de hoje, com o tempo de 1min32s330. O atual tricampeão e líder do Mundial, o alemão Sebastian Vettel, da RBR, completa a primeira fila, em segundo lugar. “Espero dar início

de verdade à minha temporada.”, afirmou Rosberg.

A segunda fila é da Ferrari. Com pneus mais macios, o espanhol Fernando Alonso fez o terceiro tempo. Já Felipe Massa escolheu outra estratégia, usou os compostos mais duros na última parte do treino, e marcou o sexto tempo, mas foi beneficiado pelas punições a Mark Webber e a Lewis Hamilton, pulando para o quarto lugar no grid.

DIVULGAÇÃO/SEMCOM

6,6 GRAUS

Terremoto na China mata 160 e deixa 6 mil feridos Um forte terremoto de 6,6 graus de magnitude atingiu uma área remota, principalmente rural e montanhosa da província de Sichuan, no sudoeste da China, ontem, matando pelo menos 160 pessoas e ferindo mais de seis mil. O terremoto ocorreu no condado de Lushan, perto da cidade de Ya’an e o epicentro teve uma profundidade de 12 quilômetros, afirmou o Serviço Geológico dos EUA. O tremor foi sentido por moradores de províncias vizinhas e na capital da província de Chengdu, fazendo com que muitas pessoas saíssem correndo dos prédios. A televisão estatal disse que 102 pessoas foram confirmadas mortas e mais de 2,2 mil estão feridas, 147 delas em estado grave. O presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang disseram que todos os

onde as pessoas ainda não possuem a titularidade do terreno.

Vamos resolver esta situação ainda este ano”.

Uma das determinações feitas pelo governador Omar Aziz é que o título seja expedido prioritariamente em nome da mulher, por ser ela quem fica com os filhos na maioria dos casos de separação.

atentados de Boston até que todas as dúvidas sejam respondidas e aproveitou para pedir à população que não se precipite em julgar os estrangeiros que chegam ao país.

Em um breve discurso na Casa Branca, Obama reconheceu que esta foi “uma semana difícil”, em referência ao atentado que deixou três mortos e 180 feridos em Massachusetts.

esforços estão sendo feitos para resgatar as vítimas e limitar o número de mortos.

Li chegou em Chengdu e estava a caminho da zona de desastre de helicóptero, informou a mídia estatal. A agência de notícias Xinhua disse que 6 mil soldados estavam se dirigindo para a área para ajudar nos esforços de resgate.

A maioria das mortes se concentram em Lushan, onde a água e a eletricidade foram cortadas. Imagens em sites de notícias chineses mostraram prédios derrubados e as pessoas ensangüentadas sendo tratadas em tendas fora do hospital, que apareceu apenas levemente danificado.

As equipes de resgate em Lushan resgataram 32 sobreviventes de escombros, segundo a Xinhua.

FEI MAOHUA_AP

Tremor provocou a saída às pressas de moradores de Sichuan

APREENSÃO

LOTERIAS

Drogas, armas e munição Policiais militares da Força Tática prenderam um casal acusado de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e posse de munições de uso restrito.

Sérgio Rubem da Silva Leite, 50 e Maria Hebe Figueira Barbosa, 44, foram presos na madruga de ontem, na rua Senna, bairro João Paulo, Zona Leste de Manaus.

De acordo com a polícia, a abordagem ocorreu no Bar do Barriga, local que acumula denúncias de moradores que afirmam que o ponto é bastante utilizado para o tráfico de drogas.

No momento da ação policial o casal portava dois revólveres, um de calibre 38 e o outro de calibre 22. Também foram apreendidos com os suspeitos quatro quilos de pasta base de cocaína, 130 trouxinhas de pasta de cocaína, uma balança eletrônica, 76 munições de calibre 22, dezenove munições de Calibre 38 e cinco munições de calibre 40.

O caso foi registrado no 30º Distrito de Polícia (DIP) e os suspeitos foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, porte ilegal de armas e munição de uso restrito.

MEGA-SENA Concurso nº 1486 (17/04/2013) 01

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TIMEMANIA Concurso n. 413 (18/04/2013) 31 33 61 64 66

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Time do coração ATLÉTICO/GO

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QUINA Prefeito Arthur Virgílio enfatizou a importância da vacinação

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INFLUENZA

Arthur Virgílio abre Dia de Mobilização contra a gripe A abertura do Dia D de Mobilização Nacional Contra a Influenza (gripe) em Manaus foi feita pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, ontem, no Parque Municipal do Idoso, na Zona Centro-Sul. Para atingir o maior número possível de pessoas, a prefeitura montou uma estrutura com 873 postos espalhados pela cidade. A vacinação teve início na segunda-feira, 15, e segue até sexta-feira, 26.

Até sexta, 19, um total de 72 mil pessoas já haviam sido vacinadas na capital.

Para o prefeito, a vacina é a principal ferramenta na prevenção de doenças. “Tive uma virose recentemente e até agora minha voz não voltou ao normal. Quem já pegou uma gripe muito forte, sabe o quanto o organismo

fica debilitado.

Por isso, é importante prevenir, se proteger”, lembrou Arthur, acrescentando que a prefeitura está empenhada em atingir a meta, que é a imunização de 245 mil pessoas dos grupos prioritários até a próxima sexta-feira.

“Montamos uma grande estrutura com mais de 800 postos, incluindo aí shoppings, supermercados e igrejas, locais de grande circulação de pessoas”, disse.

Além do prefeito, estiveram presentes no Parque do Idoso, os secretários municipal e estadual de Saúde, Evandro Melo e Wilson Alecrim, e o presidente da Fundação de Vigilância Sanitária, Bernardino Albuquerque. Ele, aliás, foi a primeira pessoa a ser vacinada.

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DUPLA DUPLA-SENA Concurso n. 1169 (19/04/2013) Primeiro sorteio 18

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FEDERAL Extração nº 04754 (17/04/2013) Prêmio 1º

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2º 71.988

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3º 37.236

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4º 91.084

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5º 07.528

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FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Opinião

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

Contexto 3090-1017/8115-1149

A3

Editorial

marioadolfo@emtempo.com.br

opiniao@emtempo.com.br

Jornalismo: o desafio de estar vivo Nos anos de chumbo, o trabalho da imprensa foi cerceado da maneira mais torpe de que se tem “notícia”. A ditadura chegou ao fim na metade dos anos 1980, para felicidade quase geral da nação (porque ainda há quem sinta falta...), quando o país pôde comemorar a volta da liberdade de expressão. No entanto, mortes como a do jornalista Tim Lopes, assassinado por traficantes, ainda ocorrem como um artifício para calar a voz do jornalismo comprometido com a verdade dos fatos e com a realidade nua a crua da sociedade brasileira.

Na semana passada, o jornal “Folha de S.Paulo” comentou as mortes de dois jornalistas da cidade de Ipatinga, em Minas Gerais. Os crimes alteraram a rotina e inibiram o trabalho da imprensa daquela região. A morte do repórter Rodrigo de Faria e do fotógrafo Walgney Carvalho, ambos funcionários do jornal “Vale do Aço”, teriam o dedo de policiais que fariam parte de um grupo de extermínio. Rodrigo produzia reportagens investigativas e tentava elucidar uma série de 14 homicídios ocorridos nos últimos anos na região, que não foram solucionados.

Infelizmente, não foram as primeiras nem serão as últimas mortes de profissionais da imprensa. Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas, o Brasil é o terceiro país onde mais profissionais da área foram assassinados em 2012, atrás apenas da Síria e da Somália. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou estado de “alerta especial” por conta do número de mortes de jornalistas. Tudo o que se pode fazer, no entanto, é garantir à sociedade que, apesar dos crimes, os operários da palavra nunca vão calar, mesmo conscientes do “difícil exercício de viver em paz”.

Barbosa contra “gigantismo” do Judiciário Um tema controverso que permanece na pauta do Senado é a criação de tribunais regionais federais (TRFs) nos Estados do Amazonas, Paraná, Ceará e Bahia.

Recentemente, a aprovação de quatro novos TRFs pela Câmara (PEC 544/2002) provocou dura reação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, preocupado com o “gigantismo” do Poder Judiciário.

Inconstitucional Além disso, alguns parlamentares sustentam que a medida é inconstitucional.

Eles consideram que a iniciativa de criação dos tribunais deveria ser do Judiciário, por meio de projeto de lei.

A cara de um...

O vereador amazonense Reizo Castelo Branco (PTB) deve evitar futuras viagens para os Estados Unidos. É incrível a semelhança do parlamentar com Dzhokhar Tsarnaev, 19 anos, o segundo suspeito dos atentados terroristas em Boston (EUA) preso na sexta-feira.

Bombou Ontem, o Facebook amanheceu repleto de postagens com as fotos de Reizo e Tsarnaev, “separados” por uma floresta amazônica.

Mas, ao contrário do muçulmano maluco, Reizo é de paz.

Guerra fiscal Ao contrário do vereador Marcelo Serafim (PSB), que detonou a proposta do senador Delcídio Amaral (PT-MS) ao projeto de reforma do sistema de cobrança do ICMS, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) aplaudiu o relatório.

Vantagens De acordo com a senadora, pela proposta de Delcídio serão mantidas as vantagens comparativas fundamentais, imprescindíveis, para a manutenção e fortalecimento da Zona Franca de Manaus.

Para todos La Grazziotin avalia que o

relatório mantém ainda a possibilidade de as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste seguirem se desenvolvendo para chegar próximo dos índices econômicos alcançados pelas Regiões Sul e Sudeste.

Meia farofa As peixarias de Manaus estão regrando a farinha nas mesas de seus clientes.

A ordem é evitar o desperdício. Com o preço pela hora da morte, a farinheira está vindo pela metade.

Fuga Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, vem fazendo de tudo para tentar fugir da pressão e polêmica envolvendo seu nome.

Refúgio na TV Para isso Feliciano, o odiado, tem participado de diversos programas da televisão brasileira para falar sobre as manifestações contra seu nome e assuntos relacionados aos movimentos LGBT. Nana, nina, não!

Na sexta-feira , 19, Feliciano ouviu um não ao ligar para a produção do “De Frente com Gabi”, da mesma emissora do “Programa do Ratinho”, no SBT, onde esteve na última segundafeira, 15.

Sem prestígio De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, apesar de a participação do pastor Silas Malafaia ter rendido boa repercussão e audiência, Fe-

APLAUSOS

elvis@emtempo.com.br

liciano não teria o mesmo prestígio do líder da Associação Vitória em Cristo.

Boiado Um novo convite foi feito a Malafaia.

Ele deve voltar no segundo semestre, enquanto Feliciano ficará boiado, sem seu ‘espaço’ no talk-show.

Missão cumprida A diretora social do Atlético Rio Negro Clube, Hebe Miranda, está deixando o cargo depois de 10 anos.

Antes de sair, escreveu uma carta ao EM TEMPO agradecendo a cobertura jornalística que o jornal deu ao clube. □ Gesto bonito, o de Hebe, se for levado em consideração que, no mundo egoísta e estressado em que estamos vivendo, poucos retornam para dizer “obrigado”.

Hannover A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) estuda a ideia de ter um estande próprio na edição do próximo ano da Hannover Messe.

Referência A feira da Alemanha é considerada a principal do mundo para a tecnologia e automação industrial e referência como indicador de tendências para o setor.

Ideia A ideia surgiu com a participação da autarquia na 66ª Hannover Messe, realizada de 8 a 12 de abril, na Alemanha.

VAIAS

Obras da Arena

Charge

Insegurança nas escolas IONE MORENO

JOEL ROSA

Para o avanço das obras na Arena da Amazônia que agradou ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, durante visita a Manaus.

Para a insegurança que reina nas escolas públicas de Manaus, onde já existe registro de alunos feridos à entrada do colégio.

João Bosco Araújo opiniao@emtempo.com.br

Saudades do latim Meu avô tinha o pomposo e belo nome de Francisco Pedro de Araújo Filho, nascido em Pernambuco e graduado em direito pela Faculdade do Recife.

Em Manaus, para onde imigrou, conhecido mais simplesmente como Araújo Filho, considerado e respeitado como jurista de brilho. Foi um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras, onde seu nome persiste como patrono de uma das cadeiras.

Infelizmente, não o conheci, a não ser pelas histórias que meu pai, além dos tios e tias, dele contavam, já que morreu em 1934, bem antes da minha nascença.

Além das narrativas e depoimentos orais, quando pude, li o livro que Péricles de Morais sobre ele escreveu: “A Vida Luminosa de Araújo Filho”. Tudo, enfim, desde muito cedo contribuiu para que a figura do meu avô ganhasse uma dimensão mítica na minha consciência e também nas minhas fantasias de criança e de adolescente.

Uma qualidade, já rara naqueles tempos e mais rara ainda à medida que os anos avançam, me impressionava demais, até porque repetida com frequência por quantos com ele haviam tido convívio pessoal: meu avô fora um latinista, isto é, falava e escrevia em latim clássico, além do português castiço, à altura do vernaculista que era. A mim, até pela falta do conhecimento presencial das suas peculiaridades pessoais, o domínio do latim era a marca maior que emergia da sua brumosa figura para a percepção fantasiosa do neto ainda verde.

Seus cadernos pessoais e as cartas recebidas dos companhei-

ros deixados no Recife, preservadas por meu pai, eram as provas materiais de que, nos momentos mais formais (ou mais pessoais) era no latim que exercia sua reconhecida verve.

Veio depois o tempo de estudante e lá, no tradicional Colégio Estadual, fui enfim apresentado ao estudo da língua latina, primeiro nas quatro séries ginasiais, sob o rigor do mestre Agenor Ferreira Lima. Foram quatro anos de convívio com os textos clássicos de Cícero, de Catulo, de Virgílio. A magia das apenas cinco declinações que cobriam e regiam as inflexões e a sintaxe de toda uma riquíssima língua.

Depois, o curso clássico com mais três anos de latim já então concentrados quase exclusivamente em Ovídio e ainda três anos de grego, o que mais incrementava a formação clássica.

Tudo isso agora me veio inopinado porque o assunto do mundo recai sobre o Vaticano, a renúncia de um papa e a assunção de outro, com as frases em latim mostrando sua beleza e sua precisão semântica. Acho que isso me faz resistir à desordem do inglês que, mesmo enriquecido de palavras latinas, conserva a confusa sintaxe anglo-saxônica.

O papa Francisco apresentouse como “servus servorum Dei”.

Sem precisar de artigos e preposições, ali estava “o servo dos servos de Deus”, com clareza e concisão totais.

Lembrei-me dos matemáticos italianos que, há décadas, trazidos para coordenar a pós-graduação da área, na USP, recomendaram ao ministro da Educação, Tarso Dutra, a volta do latim ao 2º grau para refinar a capacidade de inferência dos alunos.

João Bosco Araújo, Diretor executivo do Amazonas EM TEMPO

Tudo, enfim, desde muito cedo contribuiu para que a figura do meu avô ganhasse uma dimensão mítica na minha consciência e também nas minhas fantasias de criança e de adolescente”

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Opinião

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

Frase

Painel VERA MAGALHÃES

Se colar, colou

Vejo a presidente da República assustada com o processo eleitoral. Ela age em 2013 como se tivesse em 2014 e isso faz com que a conta para os brasileiros aumente mais

Com o resumo do acórdão do mensalão publicado, advogados dos condenados traçam a linha dos questionamentos ao resultado do julgamento. Criminalistas vão apontar “contradição’’ do STF (Supremo Tribunal Federal) ao rejeitar o desmembramento do processo por haver réus sem foro privilegiado e, depois, mandar o caso de Carlos Alberto Quaglia para a primeira instância. O argentino alegou que sua defesa não foi intimada na fase processual, e teve o recurso acatado.

Foco Já a defesa de José Dirceu vai se concentrar em eventuais inconsistências na condenação do ex-ministro, para tentar reduzir a pena e evitar o regime fechado, sem gastar energia com questões gerais do julgamento, como a do duplo grau de jurisdição.

Fila Advogados desconfiam da eficiência do sistema para fazer download do acórdão, que estará disponível no site do STF a partir de amanhã. Os escritórios enviarão representantes a Brasília incumbidos de só sair da secretaria do Supremo com o caudaloso documento em mãos.

Herdeiros É acirrada a disputa por duas vagas no Tribunal Superior Eleitoral entre Evandro Pertence e Erick Pereira, filhos de Sepúlveda Pertence (ex-STF) e Emmanuel Pereira (TST).

Sem pedigree O advogado André Ramos Tavares, derrotado para uma vaga do CNJ, corre por fora na briga.

Mineira Diante do impasse de sobrenomes ilustres,

a presidente Cármen Lúcia cogita quebrar a tradição e encaminhar lista sêxtupla, ou duas listas tríplices, ao plenário do Supremo. Se acontecer, será a primeira vez que o STF apreciará seis nomes na mesma sessão. Última... A despeito das dúvidas quanto ao êxito da empreitada, a Rede, de Marina Silva, decidiu que recorrerá mesmo ao STF caso o projeto que restringe acesso de novas siglas a fundo partidário e tempo de TV passe pelo Senado sem alterações. ...instância Os sonháticos pretendem alegar afronta a dois princípios constitucionais: o da anterioridade e o da razoabilidade. No QG da nova legenda, advogados estudam os precedentes legais para sustentar a ação.

Frete Escutas da Operação Fratelli, do Ministério Público, mostram a então chefe de gabinete de Cândido Vaccarezza (PT), Denise, pedindo ao empresário Olívio Scamatti, em 15 de julho de 2010, um avião emprestado para o deputado no dia seguinte.

Aécio Neves (PSDB-MG), senador, ao afirmar que vê a presidente Dilma Rousseff “assustada com o processo eleitoral” de 2014. Disse ainda que o governo usa “rolo compressor” para ganhar a eleição no W.O. (sem adversários).

Scamatti é acusado de ser o chefe do grupo que praticava fraudes no interior paulista.

Outro lado Vaccarezza afirmou que Denise foi demitida em 2010. Disse que precisava viajar urgentemente para São Paulo e não havia voos no horário.

A ex-auxiliar se dispôs a conseguir um avião emprestado com um amigo.

O petista justificou que quis pagar o combustível e não sabia de quem era a aeronave.

Olho da Rua opiniao@emtempo.com.br RICARDO OLIVEIRA

Expresso Entre as parcerias acertadas com Dilma, Fernando Haddad considera a mais próxima de sair do papel a que prevê crédito de R$ 1 bilhão para 66 km de corredores de ônibus. O projeto, da gestão de Gilberto Kassab, foi adaptado pelo petista.

Ufa! O prefeito acredita ter conseguido sinal verde para o financiamento de parte significativa de suas promessas de campanha, mas está apreensivo com os entraves de execução, sobretudo em licitação e licenciamento.

Tiroteio

Consegue identificar essa via, no centro de Manaus? É ela mesma. A avenida Eduardo Ribeiro. Esse lixo estava “descansando” na faixa de pedestres para quem quisesse ver. A única coisa que não se vê na Eduardo Ribeiro são as fachadas dos prédios. Porto de Lenha...

Dom Sérgio Castriani opiniao@emtempo.com.br

Estou curioso para saber quando a presidente Dilma vai convocar rede nacional de TV para anunciar a volta da política de alta dos juros”

Espaços violados

DO SENADOR AÉCIO NEVES, (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência, sobre a decisão do Copom de elevar em 0,25 ponto a taxa Selic para conter a inflação.

“Espaços Violados” é o título do livro escrito por Joaquim Hudson de Souza Ribeiro. Tem como subtítulo: uma leitura sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes em Manaus.

Publicado pelas edições UEA e pela Fapeam é fruto de uma tese de doutorado. Trata-se de uma abordagem séria e abrangente de um problema que acompanha a humanidade desde sempre e que nas nossas sociedades pósmodernas, apesar do repúdio de todos, persiste e resiste a todos os programas de erradicação.

Hudson, que possui vários títulos acadêmicos, inclusive o de doutor na área da geografia humana, nos ajuda a compreender o fenômeno.

A leitura do livro nos leva a refletir sobre a violência e sua abordagem em diferentes épocas e culturas, e como religiões, filosofia e direito a trataram.

Diferentes visões da corporalidade, da liberdade e do direito levam a diferentes perspectivas quando se trata da sexualidade.

Ao mesmo tempo o livro nos faz entrar na análise do que foi e do que é o processo de urbanização na Amazônia, processo este que está em continuidade com todo o processo colonizador que não primou pelo respeito aos direitos humanos, em especial os das mulheres. O estudo e a análise de casos concretos e de estatísticas dos diferentes centros e programas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes vai mostrando ao leitor um quadro que apesar de parcial elucida a trama macabra que envolve este tipo de violência.

Aos poucos vamos percebendo como toda a sociedade está envolvida neste processo doloroso

Contraponto

Estrela solitária Torcedor do Botafogo, Renan Calheiros (PMDB-AL) presidia a sessão na quarta-feira quando José Sarney (PMDB-AP) pediu a palavra. O presidente do Senado negou e deu preferência a Walter Pinheiro (PT-BA).

— Como eu, ele daqui a pouco vai ter que assistir ao jogo. Vamos, ao botafoguense, deferir essa preferência.

Eis que Pinheiro reagiu enfático: — Mas eu sou tricolor, presidente.

Renan deu a palavra ao alvinegro Jorge Viana (PT-AC).

— Fica caracterizado, então, que, ao botafoguense, garantiremos sempre a precedência!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

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cujas consequências na vida das pessoas e na vida da sociedade aos poucos vai sendo elucidada pela psicologia e pela psicanálise. O autor ainda mostra como esta violência condenada por todos acontece num clima de grande liberdade sexual, erotismo e fácil acesso a pornografia por parte de todos. Padre, o autor não poderia deixar de ter uma visão do fenômeno a partir da ética que brota do evangelho.

A solução não é fácil. Tornar os casos que se tornam públicos um espetáculo midiático nem sempre ajuda. Abordagens parciais não chegam a raiz do problema, e acabam muitas vezes constrangendo as vítimas ou culpabilizando exatamente quem não tem culpa. Certamente melhorar os serviços oferecidos pelo Estado, localizar melhor estes centros de atendimento, treinar o pessoal envolvido ajuda a melhorar a situação. Mas somente uma mudança cultural, que envolva a todos os atores sociais e segmentos da sociedade poderá gerar um futuro onde crianças e adolescentes sejam prioridade e possam viver em segurança, inclusive na sua vida afetiva.

Obrigado, Pe. Hudson pelo seu trabalho sério, que se transforma em ação no atendimento psicológico oferecido pelo senhor com um grupo de pessoas que se dispõem a mudar a situação ouvindo as vítimas. Que a leitura deste livro ajude a muitos a tomarem consciência do problema de maneira séria para fazer aquilo que está ao alcance não se contentando em assistir e comentar escândalos quando estes acontecem. A violência é cotidiana, silenciosa, e está em lugares onde menos se suspeita.

Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo Metropolitano de Manaus

O estudo e a análise de casos concretos e de estatísticas dos diferentes centros e programas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes vai mostrando ao leitor um quadro que apesar de parcial elucida a trama macabra que envolve este tipo de violência”

Política

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

A5

AM está passando por um momento difícil, diz Braga Líder do governo Dilma no Senado, o senador afirma que está preocupado com a movimentação dos outros Estados

A

bancada federal amazonense está otimista em relação à aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) nº 506A/2010, que tramita no Congresso Nacional e que prorroga os incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM), pelo fato de ela ter sido enviada pelo governo federal.

Entretanto, alguns parlamentares, como o senador Eduardo Braga (PMDB), se mostram preocupados sobre as articulações de outros Estados em Brasília.

Ele, que é líder da presidente Dilma Rousseff no Senado, acredita que o Amazonas está passando por um momento difícil. “É um momento delicado em que precisamos de cuidado, unidade e articulação. Não podemos, em hipótese nenhuma, perder essa vantagem. É importante que todas as entidades de classes do Estado se mobilizem em prol da ZFM.”, afirmou.

“Vejo uma movimentação muito grande aqui em Brasília, de entidades de classes e sociedade civil em favor dos outros Estados do Sul, Sudeste, Nordeste e até do Norte. Isso me preocupa”, disse Braga por telefone. Ele fez questão de frisar que não estava fazendo críticas direcionadas, mas que ficava preocupado com a capacidade de mobilização dos outros Estados.

Braga – que também atua como coordenador da bancada do Amazonas no Congresso afirmou que mesmo com todas as ameaças ao modelo, toda a bancada está mobilizada e bem preparada. “Atuamos de verdade”, garantiu. “Ou nós nos unimos ou vamos perder. As entidades de classes precisam se unir aos parlamentares”, alertou.

Procurado pela reportagem, o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Afonso Lobo, garantiu

DIVULGAÇÃO

que o governo do Amazonas tem participado ativamente de todas as reuniões e eventos sobre a defesa da Zona Franca de Manaus.

“Estamos atentos e de olho no Congresso Nacional. Inclusive, na próxima terça-feira, enviaremos um grupo de técnicos da Sefaz para participar da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que discutirá o relatório do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Eles darão suporte à nossa bancada e acompanharão o desenrolar das discussões”, disse.

As entidades empresariais do Estado garantem que estão atentas. O presidente da Federação das Indústrias do

AÇÃO

No último domingo, o governador Omar Aziz promoveu um grande encontro partidário com a presença de lideranças locais e do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em favor da ZFM Amazonas (Fieam), Antônio Silva, disse que a Federação está alinhada com a bancada federal e atenta às investidas contra as vantagens da Zona Franca.

“Temos combatido toda e qualquer intervenção que possa nos prejudicar”, revelou.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), Ralph Assayag, disse que está com freqüência em Brasília conversando com senadores de outros Estados. “É possível que alguns ajustes sejam feitos na abrangência da Suframa, mas nós teremos todas as garantias de benefícios”, observou.

Procurado pela reportagem para falar sobre a PEC da ZFM, Eduardo Braga se disse ‘preocupado’

Comissão instalada em março A comissão especial para analisar a PEC da ZFM foi instalada no mês passado e é composta por parlamentares de vários Estados e dos mais diversos matizes políticos. O presidente é o deputado federal Édio Lopes (PMDB-RR)

e o relator, o amazonense Átila Lins (PSD). Ele prometeu finalizar o relatório até maio e colocá-lo em votação em junho. O documento precisará de no mínimo 308 votos para aprovação e ainda seguirá para análise no Senado.

O deputado Francisco Praciano (PT) acha que o relatório da comissão terá dificuldades para ser aprovado, mas também acredita que o documento passará por ser um projeto da presidente.

Plínio Valério (PSDB), ape-

sar de ser da oposição a Dilma, também não vê dificuldades para a manutenção dos benefícios. “Nenhum governo é maluco de acabar com um modelo econômico que mantém a floresta preservada”, analisou.

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Política

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Cláudio Humberto COM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

www.claudiohumberto.com.br

É um casuísmo lamentável” Jornalista

EDUARDO CAMPOS (PSB-PE), sobre a pressão do governo para asfixiar novos partidos

‘Pizza’ do Itamaraty paralisa consulado em Sidney A lenta preparação da “pizza” no Itamaraty, para livrar o embaixador Américo Fontenelle das acusações de assédio moral e até sexual, já afeta o atendimento no consulado-geral em Sidney, Austrália. Com a paralisia e a acefalia, vistos de turismo e de negócios atrasam até trinta dias, após os pedidos de demissão, transferência ou licença médica das vítimas do cônsul-geral e do seu adjunto, Cézar Cidade.

Ritmo Patriota Uma nova investigação das acusações de assédio moral em Sidney parou dias atrás, dois meses depois de esta coluna revelar o caso.

No grito Fontenelle retomou calado o posto após férias em Brasília, mas Cézar Cidade mantém os gritos intimidatórios, dizem assessores.

O poder da amizade Fora alardear amizade com José Dirceu, Fontenelle lembra que o secretário-geral do Itamaraty, Eduardo Santos, é padrinho do seu filho.

Sinais de fumaça Cinco índios pediram socorro no celular após se perderem no mato, diz o site Campo Grande News. Seriam da turma do protesto em Brasília?

Seca: políticos brigam tentando mostrar serviço O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e seu indicado ao governo Dilma, ministro Fernando Bezerra (Integração), travam uma guerra, cidade a cidade, para ver quem “faz mais” no combate à seca.

Criam-se situações ridículas, como um deles expedir ordem de serviço para furar um poço e o outro mandar fazer, ao

lado, um conjunto de cisternas.

Combater a seca seriamente, que é bom, raramente se vê.

Assim é Quando se vêem num mesmo palanque, Eduardo Campos e Fernando Bezerra fazem juras eternas de “parceria” dos governos local e federal.

A vida como ela é A seca avança, Bezerra posa de candidato de Dilma a governador e Eduardo Campos tenta dar credibilidade ao seu projeto presidencial.

Dengoso Com dores no corpo típicas de dengue, o ministro Aloísio Mercadante (Educação) passa bem da “inflamação no intestino”. Longe de Dilma.

Calote consolidado O Tribunal de Contas da União lavou as mãos na briga pela devolução de R$7 bilhões de cobrança indevida das tarifas de energia, entre 2002 e 2009. Alegou “falta de competência” para dobrar a Agência Nacional de Energia Elétrica, que desqualificou o relatório e bateu pé no calote. À distância O senador Fernando Collor (PTB-AL) ficou contente quando soube de um ninho de tucanos se formando nos jardins da Casa da Dinda. Mas ficou na dele: continua com dificuldade de se aproximar de tucanos.

O cara é ele Empolgado com o projeto de governar Goiás, José Batista Jr, o Júnior do Friboi (PMDB), enumerou ao vice-presidente Michel Temer a longa lista de atributos necessários ao futuro governador do seu Estado.

Ao final, meio encabulado, concluiu orgulhoso: “Esse cara sou eu...”

Nova briga A título de desonerar o aço, o governo editou MP que prevê instalação de Centros Logísticos e Industrial Aduaneiro, como serão chamados os portos no interior, para competir com terminais portuários e aeroportos.

Conexões Preso em operação antidrogas, o colombiano Rafael Antonio Garavito promete revelar à polícia, nos EUA, conexões dos narcotraficantes das Farc no Brasil. Em São Paulo, negociava drogas em troca de mísseis e armamento, intermediados por autoridades da GuinéBissau, na África.

Sentença ignorada O governo do DF ignora decisão do Supremo que proíbe a inclusão dos Detrans entre órgãos de segurança. No DF, é vinculado à Secretaria de Segurança, os agentes têm armas e até revistam pessoas e veículos.

Roda da tortura Funcionários do consuladogeral em Atlanta (EUA) protocolaram no Itamaraty novo assédio moral, após a “pizza” em Toronto (Canadá) e o deixa-disso-disso em Sidney (Austrália): um motorista pediu demissão ao ser proibido de pedir assistência médica após sofrer um acidente.

Sistema injusto O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) critica a postura do governo de “passar a mão na cabeça de índios como se fossem coitadinhos”, ignorando “produtores rurais que sofrem para garantir sobrevivência”.

Pergunta aloprada Tiradentes morreu “enforcado” com a conta do supermercado?

PODER SEM PUDOR

Modelito coronel Governador da Bahia nos anos de chumbo, Antonio Carlos Magalhães chamou um político, João Ribeiro, para fazer dele prefeito nomeado prefeito de Pilão Arcado (BA), município de “segurança nacional”. Mas soube depois que dois dos vereadores da Arena no município recusavam apoio a Ribeiro. ACM mandou chamar os dois.

- Os vereadores de Pelão Arcado estão aí – avisou um assessor.

Ao entrar, a dupla encontrou ACM e Ribeiro esparramados nos sofás, papeando, rindo muito. Um dos vereadores se apressou, balbuciando: - Governador, estamos aqui para declarar apoio ao João Ribeiro.

DE AUTARQUIAS

AGU monitora uso de marcas A Advocacia-Geral da União (AGU) vai rastrear sites e redes sociais que usam indevidamente a imagem das autarquias e fundações. A intenção é coibir o uso dos nomes, siglas e logomarcas das instituições e impedir que internautas sejam enganados em ambientes virtuais. A atuação é uma das metas definidas pelo grupo de procuradores que compõe o programa de proteção do nome e imagem das autarquias e fundações

públicas federais.

O projeto segue sob a orientação do coordenadorgeral de Projetos e Assuntos Estratégicos da Procuradoria-Geral Federal, Ronaldo Gallo. Para ele, o uso indevido da imagem dessas instituições pode gerar prejuízo tanto para o Estado quanto para os cidadãos, principalmente em casos que criam a expectativa de que determinado serviço seja patrocinado ou recomendado pelo ente público.

“Um cidadão pode fornecer dados pessoais em sites não confiáveis por acreditar que eles têm alguma vinculação com órgãos públicos”, alertou. Ao identificar os sites, os procuradores vão orientar os responsáveis a remover as referências às autarquias e fundações com o objetivo de que a situação seja solucionada de forma pacífica e sem a necessidade de judicialização. Caso os responsáveis se neguem, a AGU proporá uma ação”.

Na semana passada, plenário começou a votar projeto que impede criação de siglas

Restrição a novas siglas na pauta de terça-feira

Na última quarta-feira, deputados do PSDB, PSB, PPS, PV, PSOL e PMN obstruíram a votação no plenário da casa

O

plenário da Camada dos Deputados poderá concluir, na próxima semana, a votação do projeto de lei 4470/12, do deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP), que impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura. O projeto será pautado a partir de terça-feira, em sessão extraordinária.

Faltam ser analisados destaques que tentam mudar pontos do texto, como a data de vigência. O PSDB,

por exemplo, propõe que a nova regra vigore a partir de outubro de 2013. Já o PPS remete a fevereiro de 2015.

O PSB, por sua vez, pretende excluir a incidência da nova regra sobre a distribuição do Fundo Partidário. Na noite da última quarta-feira, as lideranças partidárias entraram em acordo para transferir a votação para a próxima terçafeira, sem obstrução.

Obstrução O PSDB, o PSB, o PPS, o PV, o PSOL e o PMN obstruíram os trabalhos por mais de 12 horas na quarta-feira. Eles classificaram a aprovação do projeto como um “casuísmo”

do governo, que tentaria impedir o acesso ao tempo de propaganda eleitoral de partidos em processo de criação, depois de o PSD ter conquistado esse direito. Está em fase de criação, por exemplo, o “Rede Sustentabilidade”, da presidenciável, a ex-senadora Marina Silva.

Mudança Os demais partidos, defensores da mudança, argumentaram que a medida faz justiça às legendas que perderam correligionários e evita a criação de partidos de aluguel, sem pretensão de crescimento no cenário político-eleitoral.

Com a Palavra

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Pedro CARVALHO

‘A educação NO TRÂNSITO é a melhor AJUDA’

ISABELLA SIQUEIRA Equipe EM TEMPO

A FOTOS: RICARDO OLIVEIRA

o ocupar pela segunda vez a cadeira da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) e o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) o engenheiro Pedro Carvalho vem com a difícil missão de organizar e melhorar o fluxo viário de Manaus, um dos pontos mais caóticos da cidade.

Já neste primeiro trimestre de administração, Carvalho assumiu a “batata-quente” do aumento da tarifa de ônibus.

Especialista em gestão em Trânsito e Transportes, foi presidente da extinta Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU), na gestão do ex-prefeito Alfredo Nascimento (PR). No Ministério dos Transportes ocupou o cargo de Secretário de Gestão de Programas.

Em entrevista ao EM TEMPO, Carvalho falou sobre o os investimentos imediatos que estão sendo implantados no setor, dos principais gargalos viários na cidade e de como está fazendo para se desdobrar na presidência de duas pastas tão importantes da administração pública.

EM TEMPO: Pela segunda vez o senhor assume a pasta do transporte urbano e, agora com um ingrediente a mais: está acumulando o Manaustrans. Como está se desdobrando para manter essas administrações?

Pedro Carvalho: Ninguém faz nada sozinho.

Meus pilares são os diretores. Tenho colaboradores de primeira qualidade que nos ajudam nessa administração. Admito que administrar essas pastas são funções difíceis, mas estamos executando um trabalho de avaliação para saber como poderemos lidar melhor com isso.

Acredito que até maio seja finalizado esse levantamento, e então se decida como vão ficar os trabalhos.

EM TEMPO – Na semana passada, o prefeito Arthur Neto (PSDB) sinalizou com a possibilidade de desmembrar essa supersecretaria...

PC – Não tenho nenhum conhecimento sobre a questão.

O prefeito quando me convidou para assumir o cargo disse que poderia escolher, mas no final é ele quem vai determinar essa questão.

Nossa equipe gosta de desafios. O transporte coletivo tem essa etapa para vencer, como as licitações dos ônibus executivos, a questão dos mototaxistas, alternativos...

EM TEMPO – Atualmente, uma das maiores reclamações da população é a precariedade do transporte coletivo. O que o senhor tem a dizer sobre essas denúncias?

PC – Se formos analisar, as reclamações da população estão direcionadas ao nível do serviço. As principais críticas estão relacionadas à demora dos coletivos e do tempo que o cidadão fica dentro dos coletivos até chegar ao seu destino. Mas isso é decorrência da falta de um serviço que não foi feito em gestões passadas, como a construção de pistas exclusivas para ônibus. Em horário de rush, na avenida Djalma Batista, a velocidade média do tráfego é de dez quilômetros. Temos que trabalhar, mas adianto que não será um serviço para apenas uma gestão. Curitiba foi uma cidade que deu continuidade aos trabalhos de transporte e hoje é referência no setor. Posso garantir, sim, que iremos fazer um trabalho para aliviar essa questão. O prefeito já deu liberação para licitar a construção de três terminais: um na Cidade Nova (Zona Norte), outro no Jorge Teixeira e mais um no São José (Zona Leste). Estamos também iniciando um trabalho de reconstrução das plataformas dos canteiros centrais - antigas paradas do Expresso - porque até julho de 2014 não teremos disponíveis o sistema do Monotrilho e nem do BRT. Portanto, até lá teremos que agir de forma emergencial.

EM TEMPO: Porque o senhor decidiu recuperar esse sistema das plataformas centrais?

PC – Fomos até criticados quando anunciamos isso, mas é um investimento necessário. Esse sistema estava abandonado. O usuário que precisa utilizar esse serviço não tem segurança nenhuma.

E mesmo que provisório, não podemos deixar a população

nessa situação.

EM TEMPO: Nesses 110 dias de administração quais foram às medidas já executadas no setor de transportes?

PC – Já estamos fazendo algumas coisas que estão dando certo. Entre os exemplos está o acesso à Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Outra melhoria foi na avenida Mário Ypiranga (antiga Recife), em frente a uma rede de supermercados, no sentido centro-bairro.

Quem passa lá no período noturno percebe que o gargalo diminuiu. Construímos uma baia onde os coletivos não precisam mais parar na pista principal. Mas, não se resolve os problemas do sistema apenas com agentes de trânsito. Em muitos casos, é necessária a construção de obras grandes e caras.

EM TEMPO: Quais serão as próximas medidas emergenciais a serem executadas?

PC – Estamos estudando a criação de pistas exclusivas para coletivos. Inclusive temos um projeto que já está pronto que é para a rua Epaminondas, no Centro, que vai voltar a ser pista para uso apenas dos ônibus. Temos obrigação de dar prioridade aos coletivos, que em média transportam de 120 pessoas. Outro fator prioritário é que os coletivos fazem uma rota, não podem buscar vias alternativas para fugir do congestionamento, como podem fazer os motoristas de carros.

EM TEMPO: Quais são os pontos mais caóticos hoje na cidade?

PC – No Coroado, na Zona Leste, justamente na área onde foi feita a construção do viaduto, e na bola do Eldorado, no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul. No Eldorado, todas as manhãs o engarrafamento atinge até a avenida das Torres. A questão desses dois pontos não se resolve apenas com agentes de trânsito, são necessárias obras, e já estamos fazendo um estudo disso.

EM TEMPO: A que o senhor credita o crescente engarrafamento da cidade?

PC – Temos hoje uma po-

lítica federal de incentivo à compra do carro. Em Manaus, 4 mil a 5 mil veículos novos entram no mercado por mês e o espaço viário não consegue acompanhar isso. Por maior esforço que os técnicos e especialistas tenham, não é fácil resolver essa questão. A saída é o investimento no transporte público de qualidade para dar opção às pessoas de deixarem o carro em casa.

EM TEMPO: Na gestão passada, tivemos a campanha “Tô na Faixa” que apresentou um resultado positivo nas ruas. Novas campanhas de conscientização estão sendo preparadas?

PC – O Manaustrans já vem intensificando esse tipo de trabalho. Realizamos no mês de fevereiro e março a campanha “Volta às aulas”, que teve um resultado muito positivo. Teremos agora o “Dia Nacional pela Paz no Trânsito”. Na semana passada, promovemos, em parceria com o vereador Elias Emanuel, uma campanha voltada para o atendimento adequado ao idoso dentro dos coletivos. Somente nestes três primeiros meses tivemos 2 mil reclamações relacionadas a este segmento.

EM TEMPO: Os agentes de trânsito também têm sido alvos de muitas críticas da população. Como isso está sendo trabalhado no Manaustrans?

PC – Temos agentes de trânsito muito bons e que efetuam uma enorme dedicação ao setor. Agora, esses conflitos de multas são resolvidos na Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari). Atualmente, temos quase 400 agentes e claro que podem existir falhas, mas estamos trabalhando no sentido de melhorar.

EM TEMPO: Como a população pode ajudar na melhoria do trânsito?

PC – A educação no trânsito é a melhor ajuda. Todo mundo tem que colaborar. Não se pode jogar toda responsabilidade para o poder público.

O pedestre pode colaborar usando as passarelas e faixas, o motorista estacionando em locais adequados e não fechando cruzamentos, entre outras coisas.

Estamos estudando a criação de pistas exclusivas para coletivos.

Inclusive, a rua Epaminondas, no Centro, que vai voltar a ser pista para uso apenas de ônibus”

As reclamações da população estão direcionadas ao nível do serviço, à demora dos coletivos e do tempo que o cidadão fica dentro dos coletivos até chegar ao seu destino”

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Política

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

REPRODUÇÃO

Interior sem

transparência

Municípios têm até 27 de maio para se adequar à exigência federal SARA MATOS Equipe EM TEMPO

F

Os municípios brasileiros têm até 27 de maio para se adequarem à legislação e instalarem portais de transparências na internet

altando pouco mais de um mês para terminar o prazo de implantação do Portal de Transparência nos municípios brasileiros, seguindo exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), nenhum dos 61 municípios do interior do Amazonas ainda se enquadrou à determinação.

O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) e prefeito de Boca do Acre, Iran Lima (PSD), disse ao EM TEMPO que a entidade espera que este prazo seja cumprido pelos municípios.

De acordo com Iran, cerca de trinta prefeitos já aderiram ao projeto de implantação dos portais por meio de um termo de cooperação.

A proposta se resume em um só endereço eletrônico para todos os municípios do Estado: www.estadotransparente.com.br seguido de uma barra que fará a distinção por municípios. “Pelo menos trinta prefeituras já assinaram o termo com a empresa ‘E-Soluções’. Eu espero adequar os 61 municípios à LRF”, disse.

O governo federal, por meio do Ministério das Comunicações, possui um programa por nome “Cidades Digitais”, com um investimento de R$ 100 milhões para a implantação de banda larga em municípios

com até 50 mil habitantes. O prazo para inscrição desses municípios estava aberto até o último dia 5 deste mês.

O prefeito de Tabatinga, Raimundo Carvalho Caldas, o ‘Calango’, não se inscreveu e disse que contesta a forma como programas do governo federal são implantados. “A nossa preocupação com esses programas é para que realmente funcionem. No momen-

COMPROMISSO

Pelo menos 30 dos 61 municípios do interior do Estado já se comprometeram em implantar portais de transparência em suas cidades, por meio de um termo de cooperação

to estamos mais preocupados com as escolas, creches e as unidades básicas de saúde (UBS)”, contou.

Calango falou ainda de um processo inovação que implantou no município, referente à folha de pagamento dos funcionários da prefeitura, que antes era impressa. “Em março implantamos um programa em que as folhas são digitalizadas e disponibilizadas diretamente na conta bancária do funcionário. Isso ajuda a não desperdiçar papel”, disse.

TCE defende uso da internet Para o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), conselheiro Érico Desterro, os gestores dos municípios amazonenses precisam se adaptar com as prestações de contas feitas via internet. Ele disse que por conta do cargo que possuem, é de suma importância que saibam lidar com a ferramenta.

“Num futuro não muito distante, tudo será eletrônico, então eles precisam se adaptar. Todos temos obrigações que devem ser feitas pela internet. Eles são prefeitos, para isso que foram eleitos, para buscar as melhores condições para o interior”, enfatizou.

Neste ano o Tribunal de Contas disponibilizou um aplicativo por nome: ‘E-Contas’ para que os municípios fizessem suas prestações de contas via internet, ainda em caráter não obrigatório.

Pioneiro O único município que prestou contas usando a ferramenta da internet foi o de Guajará (distante 1.476 quilômetros de Manaus).

Este município é o mais distante da capital amazonense e possui apenas 13,9 mil habitantes, segundo estatística do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Logística, a vilã dos municípios Para o sociólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Gilson Gil, os 61 municípios do interior passam por muitas dificuldades de logística e infraestrutura.

“A internet é um dos meios mais difundidos para a transmissão de dados, mas sabemos das dificuldades dos municípios do interior do Estado, e para mim, o maior problema é a falta de mão-de-obra capacitada nessas localidades. Essas pessoas precisam passar por treinamentos”, disse o especialista.

Uma das principais dificuldades dos municípios do interior do Estado do

Amazonas é o acesso à internet, telefonia, e todos os outros benefícios que acompanham essas tecnologias.

Inclusão digital A inclusão digital é uma realidade distante para os cidadãos dessas localidades, que se sentem muitas vezes totalmente excluídos da “conexão” com o resto do mundo.

As obrigações públicas como prestações de contas feitas digitalmente já são uma realidade em algumas localidades do Brasil, e num futuro bem próximo todos esses trâmites terão que ser realizados via internet.

economia@emtempo.com.br

(92) 3090-1045

Economia B2

FOTOS:JOEL ROSA

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

Saldo positivo na geração de empregos no AM

Judite Pantoja, a “rainha da farinha”, mostra as duas opções de preços. Ela garante que os atrativos do Bolsa Família estão atraindo os produtores de Uarini para Manaus

A vilã da cesta básica

Farinha registrou um aumento de 202% em Manaus e acabou virando tema de discurso na tribuna do Senado Federal. O senador tucano Álvaro Dias afirmou que o produto virou “um artigo de luxo” MÁRIO ADOLFO Equipe EM TEMPO

P

rincipal ingrediente da culinária regional, a farinha de mandioca do Amazonas, quem diria, foi parar na tribuna do Senado. Na terça-feira (16) o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que dia sim dia não chuta o pau da barraca, foi à tribuna para denunciar para o Brasil que nos últimos 12 meses a farinha de mandioca aumentou 202% em Manaus, “virou um artigo de luxo”, disparou.

Apesar de ser conhecido por exagerar nas críticas ao governo do PT, dessa vez o tucano não exagerou.

Na sexta-feira, o quilo da farinha do Uarini tipo ovinha estava custando R$ 10. Em janeiro de 2013 custava R$ 6, e no mesmo período de 2011, R$ 4,50.

Se quiser optar pelo pacote maior, de dois quilos, o consumidor vai ter que desembolsar R$ 20. Quer dizer, a farinha ficou mais cara que o peixe.

Para explicar por que a principal acompanhante do peixe virou a grande vilã da cesta básica, o EM TEMPO foi ouvir quem realmente entende de farinha: Judite da Silva Pinheiro Pantoja, 55, a “rainha da farinha do Uarini”, cuja banca na feira da Manaus Moderna, às margens do rio Negro, no centro de Manaus, é conhecida como a única que vende a “legítima farinha do Uarini ovinha”, fabricada pelos produtores do município de Uarini, a 560 quilômetros de Manaus. A explicação

da feirante é simples: – Não tem mais quase ninguém fazendo farinha lá em Uarini. Veio todo mundo para Manaus, onde tem Bolsa Família, Bolsa Escola, Seguro-Desemprego, Bolsa “não sei o que...”.

Então, quem é que vai querer dar duro com toda essa facilidade? – questiona a “rainha da farinha”.

Outros vendedores da feira Manaus Moderna não acreditam na tese da “rainha da farinha”. É o caso do feirante Milton Souza, 43, que atribui a disparada do preço à cheia do rio que deixou as plantações de mandioca debaixo d’água. “É lógico que isso afetou

FARINHA D’ÁGUA Mas não é só a farinha do Uarini, até a farinha d’água, que já foi considerada “farinha de pobre”, está custando R$ 7 o quilo

a produção, reduzindo a oferta da farinha do Uarini”, diz o comerciante, advertindo, no entanto, que até a “farinha d’água, “que já foi considerada “farinha de pobre”, está custando R$ 7 o quilo.

Judite explica que sua farinha é legítima porque ela nunca comprou de outro lugar. É a mesmo fonte há 20 anos. Só que agora a situação ficou incontrolável porque não existe farinha para abastecer o mercado de Manaus. Ela chega a vaticinar que, se

a situação continuar como está, vai chegar um tempo em que a farinha do Uarini vai desaparecer.

“Com a produção reduzida e a elevação dos preços, que tem afastado o consumidor, não compensa mais vender farinha. Vai chegar um tempo em que vou ter que virar a rainha da pimenta-doreino, a rainha do colorau ou a rainha do cominho”, brinca ela, que já está vendendo outras especiarias para compensar a queda na venda da farinha.

No final do ano passado, Judite vendia em um só domingo uma média de 250 quilo de farinha. Hoje, quando consegue vender 150 quilos considera que o “dia foi bom”.

Bem ao lado da banca de Judite, o concorrente Fábio Albuquerque, 25, teve uma ideia inusitada para oferecer uma opção ao consumidor. Quem não pode levar 1 quilo de farinha por R$ 10, pode optar pela compra do pacote de meio quilo, ao preço de R$ 5.

– Foi uma sacada que deu certo. A maioria das pessoas está levando só o pacotinho de meio quilo –, garante Fábio.

Enquanto não aparecem sugestões para frear o aumento do preço da farinha, o alimento preferido dos amazonenses vai continuar contribuindo para que a inflação da cesta básica atinja o seu maior índice em 10 anos e o peixe frito passe a ser servido com purê de batata, batata frita ou salada. Farinha que é bom, nem pensar.

Milton Souza acredita que foi a cheia do rio que prejudicou a produção da farinha ARQUIVO EM TEMPO

Caderno B

Economia

ALBERTOCESAR

Casa de farinha: produtores apostam que a partir de julho o preço do produto deva cair

O boom da produção de farinha foi 2010 O município de Uarini talvez não fosse tão conhecido se não fosse a farinha. É comum nas feiras e mercados o amazonense, antes de comprar, perguntar “de onde é essa farinha?”. E só leva se vendedor responder “é lá de Uarini”. Há alguns anos essa farinha redondinha e amarelinha, que lembra a ova do peixe – daí o nome –, podia ser encontrada em todo lugar.

Mas, com tempo foi desaparecendo do mercado e, devido ao preço, acabou ocorrendo uma “separação do pirão” – o povão come

peixe com farinha d’água, bem mais barata, mas a classe média traça o tambaqui com a legítima farinha do Uarini e, mesmo assim, só se for a tipo ovinha.

Já houve um tempo em que o município de Uarini chegou a produzir até 30 toneladas por mês. Esse boom ocorreu, principalmente, em 2010, quando produtores receberam o apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam).

De acordo com os números revelados pelo próprio

Idam, naquele ano o número de famílias que desenvolvem a atividade aumentou, chegando a somar 1.700 produtores. Desse total, 230 chegaram a receber orientações, treinamentos e capacitação sobre a produção de boas práticas da farinha. Com isso, a produção “bombou”.

Uarini é formado por 55 comunidades rurais localizadas ao longo das margens do lago Uarini, rio Uarini, paraná do Uarini, rio Copaca, rio Japurá e rio Solimões, e tem uma população média de seis mil habitantes na zona rural do município.

B2

Economia

Micro e pequenas empresas Na contramão do crescimento da economia brasileiras, as micro e pequenas empresas têm mostrado fôlego e pulsação na

MICHELE GOUVÊA Equipe EM TEMPO

S

Cabeleireiro, André irá diversificar o empreendimento com curso de maquiagem e desfile em passarela

egmento de “peso” no desenvolvimento socioeconômico do Estado, as micro e pequenas empresas (MPE) responderam pela geração de 1.568 postos de trabalho com carteira assinada em território amazonense em fevereiro deste ano. Quando comparado o mês de fevereiro deste ano com o mesmo período do ano passado, o saldo de empregos gerados pelas MPEs apresentou aumento de 75%, segundo levantamento divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (SebraeAM), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O saldo positivo foi puxado pelas MPEs do ramo da construção civil, com 841 postos de trabalho, seguido pelo setor de serviços, com 335 novas vagas, e pela indústria de transformação, que gerou 226 admissões.

O comércio ficou com a quarta posição na geração de empregos, com 150 novos postos de trabalho. O resultado colocou o Amazonas em segundo lugar em ranking em empregabilidade, perdendo apenas para o Pará, com 1.665 postos de trabalho.

“As MPEs da construção civil fazem parte do encandeamento produtivo das médias e grandes empresas da construção e isso pode ser um facilitador nesse crescimento, embora as médias e grandes empresas não tenham tido um desenvolvimento tão positivo no período. Outro fator que pode justificar esse saldo são as construções de menor porte, que talvez tenham impulsionado o crescimento do setor”, especula o gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vicente Schettini.

Ainda segundo Schettini, no caso do setor de serviços, que apresentou o segundo melhor saldo positivo na geração de emprego, houve crescimento nos vários segmentos empresariais que compõem esse setor, sobretudo, no comércio varejista de alimentos. “Pelo número de empresas que estão entrando no mercado formal - dados do Sebrae indicam que de janeiro a 15 de abril deste ano 2.253 novas empresas se formalizaram - é possível dizer que o número de geração de empregos formais também deve apresentar crescimento nos próximos meses”, acredita.

Confiança

SEGMENTOS

Os segmentos das micro e pequenas empresas que apresentaram ascensão em fevereiro foram os da construção civil, setor de serviços e indústria de transformação A confiança na melhoria dos números de geração de emprego está apoiada nas perspectivas do empregador das MPEs. Um estudo do Sebrae com dados relativos ao primeiro trimestre de 2013, realizado com 5,6 mil micro e pequenos empresários, avaliou o grau de confiança do empregador com o mercado. No país a expectativa do investidor era de que houvesse aumento no faturamento de 47%, no Amazonas a expectativa desse percentual foi de 53%. No número de empregos a serem gerados, a expectativa no restante do país era de que houvesse aumento de 19% novos

postos de trabalho, enquanto que no Amazonas a projeção do setor era de que esse número crescesse em 25%.

“O empregador do Amazonas possui uma expectativa de crescimento bem superior à média nacional e isso se reflete nos números que estão sendo apresentados. As projeções otimistas são fruto do boom da construção civil, que está longe de apresentar declínio, das obras para a Copa do Mundo, do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” e de outras oportunidades que estão surgindo, ou por surgir no mercado, e que abrem um leque importante para as MPEs”, aponta Schettini.

Embora os números e as perspectivas sejam positivas para os diversos segmentos das MPEs, é importante observar alguns aspectos para que haja ainda mais e melhor ascensão, especialmente no que se refere a investimentos em tecnologia, expansão e mão de obra qualificada. O direcionamento de “forças” nesse sentido, conforme o diretor do Sebrae, pode fazer com que a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas possa apresentar números mais positivos. Dados do Sebrae indicam que a taxa de sobrevivência das MPEs em dois anos é de 59%, no restante do país esse percentual é de 73%.

“As MPEs precisam compreender a importância que possuem para o mercado. Elas estão em todas as áreas, segmentos e territórios contribuindo para o desenvolvimento e para a geração de empregos.

Hoje as MPEs têm participação de 20% no produto interno bruto (PIB) brasileiro, enquanto na Itália esse percentual é de 45%. São as MPEs que estão desenvolvendo o mundo, mas se não houver investimento em tecnologia, expansão e inovação não se consegue competir em grau de igualdade e o mercado faz sua seleção natural”, finaliza.

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lideram contratações no AM FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

diversificação de produtos e serviços, o que tem feito com que as contratações estejam em ascensão, conforme o Sebrae

A loja de bijouterias é fruto da parceria de entre dois chefes de cozinha

Aposta no mercado local Proprietária de uma loja de artigos para festas, a microempresária Ivanete Albuquerque está expandindo seus investimentos com a abertura de uma panificadora. Com o novo empreendimento a empresária irá gerar 29 novos postos de trabalho, distribuídos entre padeiros, confeiteiros, cozinheiros, funcionários para o salão, para o caixa e segurança.

“Vou disponibilizar serviços de café da manhã, almoço, confeitaria, lanche da tarde e bufê variado.

Apesar de o número de vagas ser relativamente bom, estou tendo dificuldades em contratar pessoas com experiência comprovada em carteira.

Estive pensando em viajar para fazer a seleção em outro Estado, mas depois resolvi procurar aqui mesmo, tendo em vista os custos que já temos com a abertura de uma nova empresa e com as contratações formais”, diz.

Quem também resolveu diversificar os investimentos foi o chefe de cozinha, Carlos Henrique da Mota, que abriu uma loja de bijuterias há três meses. De acordo com ele, até o momento a loja possui apenas uma funcionária, tendo em vista que os investimentos no empreendimento ainda não permitiram aumento no número de contratações. “Eu e meu sócio começamos esse empreendimento há pouco tempo No novo endereço, o empreendedor irá trabalhar com salão de beleza, com ateliê de moda e com a preparação para modelagem

e ainda estamos firmando a empresa, mas nossa intenção é de que mais para frente façamos outras contratações e também possamos expandir nosso projeto”, afirma.

O cabeleireiro André Estevam é outro micro empresário que tem projeto de expansão. Ele está em vias de finalizar a construção do ponto onde funcionará um salão e um ateliê de costura e de contratar

Estou tendo dificuldades em contratar pessoas com experiência em carteira.

Até pensei em fazer a seleção em outro Estado, mas desisti Ivanete Albuquerque, microempresária

seis profissionais para atuar no empreendimento.

“Estou investindo recursos próprios para diversificar o meu produto, tendo em vista que, além do salão e do ateliê, pretendo ministrar no meu novo endereço cursos de maquiagem, curso para misses e de passarela. Para se sobressair no mercado é preciso, além de qualidade no serviço oferecido, diversificação da oferta e para isso preciso de mais profissionais ao meu lado”, destaca.

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Economia

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Produtos amazônicos Alfredo MR Lopes para o ‘mundo ver’ alfredo.lopes@uol.com.br

A burocracia vesga

ARQUIVO EM TEMPO

Em dois meses, grupos empresariais chegarão ao Estado para fechar negócios com micro e pequenas empresas locais

Açaí, castanha, polpas de frutas, guaraná, sucos e pescado são alguns dos produtos ofertados JULIANA GERALDO Especial EM TEMPO

D

entro de dois meses, aproximadamente dez grupos de empresários vindos da América Central, América do Norte, Europa e África desembarcam no Amazonas para fechar negócios de importação (compra) de produtos regionais fabricados por micro e pequenos empresários da Região Norte, principalmente do Amazonas.

A estimativa do gerente executivo do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (CIN/Fieam), Marcelo Lima, é de que a rodada de negócios, em junho, movimente inicialmente US$ 2,5 milhões em negócios. “Mas o principal objetivo é estimular a exportação de produtos exclusivos do Amazonas como guaraná, sucos, polpas de frutas, pescado, açaí e castanha do Brasil”, explica.

Segundo ele, além do Amazonas, a visita pretende envolver empresários do Pará, Rondônia e Acre dos segmentos de alimentos, bebidas e cosméticos.

Entre os compradores confirmados estão EUA, México, Angola, Guatemala, Portugal, Itália, França, Espanha, Alemanha e Canadá.

Fomento Ao todo, de acordo com informações do centro de negócios, 60 empresas fabricam e comercializam produtos regionais, das quais apenas 20 possuem potencial para exportação. “Muitas das empresas estão em fase de preparação para vender seus produtos para o exterior, mas ainda enfrentam dificuldades com o custo da participação em eventos para prospectar negócios, que giram em torno de US$ 6 mil, em média”, relata Lima.

Além de trazer os compradores até aqui, o gerente executivo anunciou também a vinda de trading companies, empresas nacionais de grande porte que virão em outubro para auxiliar a venda dos micro e pequenos. “Como possuem a estrutura adequada, essas empresas comprarão os produtos e farão a exportação, preenchendo as lacunas do empresariado amazonense”, adianta.

Empresários Alguns empresários já colhem os frutos do sucesso com as exportações. O proprietário da empresa Polpas Manaca, Carlos Eduardo Jorgensen, ex-

PAÍSES

Entre os compradores confirmados para vir ao Amazonas fechar negócios estão os Estados Unidos, México, Angola, Guatemala, Portugal, Itália, França, Espanha, Alemanha e Canadá porta polpas de frutas regionais como açaí, taperebá e camu-camu para países como Suíça e China. “Só não exportamos mais porque nossa capacidade produtiva ainda é pequena e não teríamos condições de atender os pedidos, já que também precisamos dar conta do mercado interno”, comemora o empresário.

O gerente de marketing da Bombons Finos da Amazônia, Jorge Silva Junior, por sua vez, se prepara para entrar no mercado internacional. “Estamos terminando de estruturar a nova fábrica e, em 2014, iniciaremos a venda de chocolates para os EUA, França, Holanda e Portugal”, afirma.

Dados de exportações do Amazonas Nos três primeiros meses do ano, o Amazonas exportou o equivalente a US$ 245,4 milhões, 19,7% a mais frente ao mesmo período do ano passado. Apenas em março, quando as vendas de produtos amazonenses somaram US$ 87,9 milhões, o acréscimo foi de 12,9% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 14,3% na comparação com fevereiro deste ano, de acordo com a base de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

De acordo com o Mdic, a exportação de concentrado de bebidas, principal produto exportado, rendeu ao estado a cifra de US$ 63,3 milhões entre janeiro e março deste ano, um salto de 70,6% frente ao montante de US$ 37,1 milhões acumulados em igual intervalo de 2012.

A Argentina foi o país que mais adquiriu produtos fabricados no PIM (US$ 60,4 milhões), seguida da Venezuela (US$ 38,8 milhões) e da Colômbia (US$ 27,4 milhões).

De acordo com o CIN/ Fieam, a África, países do Caribe venezuelano e holandês, Colômbia, México e Panamá são destinos promissores para os produtos do Amazonas.

No relatório da Medida Provisória dos Portos, dado a conhecer ao público nesta semana, o governo, entre outras boas intenções, recomenda o funcionamento diuturno da estrutura portuária sob seu arbítrio. Numa leitura subliminar, se os portos terão que passar a funcionar em tempo integral, fica amenizado o gargalo logístico, num passe de mágica por meio de um decreto. De quebra, a medida autoriza entender um mea culpa, na medida em que a gestão pública obriga a si mesma a cumprir suas atribuições e responsabilidades, pois os portos funcionam com a presença do Estado para, entre outras tarefas, liberar embarque e desembarque de mercadorias.

“A partir de agora os portos terão atendimento tanto da Receita Federal quanto da Anvisa e de todos os órgãos necessários para liberação da importação e da exportação, de domingo a domingo, 24 horas por dia, caso necessário”, disse o relator. O decreto pontifício não deixa de ser irônico, para uma situação que é dramática, e se transfigura hilária à vista do que acontece na rotina diária de Manaus, Suape, Vitória, Santos ou Paranaguá. Na capital amazonense, o governo trabalha apenas com 50% do pessoal necessário à demanda do cotidiano, no horário comercial. Sem triplicar o contingente, a recomendação vai chover no molhado.

Dizer que recomendações como essa “...contemplam boa parte das reivindicações das empresas, dos trabalhadores portuários, incluindo a participação dos sindicatos nas negociações tanto em portos públicos quanto privados...”, significa que os usuários dos serviços portuários vão ter que sentar e esperar, pois o calendário dos concursos para recrutar servidores ainda não foi comunicado dos acertos da MP dos Portos. A rigor os usuários estão atrás de soluções muito mais simples, prosaicas, que se referem, por exemplo, à flexibilização da burocracia, fonte de tantos danos, atrasos e desânimo. Decididamente, é preciso aproximar a representação política da rotina diária da economia e da burocracia com seus históricos percalços.

Desde os primórdios da Zona Franca de Manaus, a atividade industrial, comercial, agrícola e de serviços que alimenta a dinâmica da economia, tem amargado prejuízos e embaraços de toda a ordem com a rotina da burocracia, fruto, certamente, da dificuldade de um entendimento produtivo e proativo à luz do interesse final da própria sociedade. É uma questão de ponto de vista. A falta de fiscais, que tem provocado estragos diários em diversos setores, agendas e cronogramas (os dados da indústria são eloquentes a respeito) poderia ser perfeitamente equacionada com a assiduidade do staff atual, no cumprimento

simples e direto do horário, como faz qualquer trabalhador do país.

Infelizmente esta não é a lógica nem a argumentação do serviço público. Apesar de vivermos novos tempos de prontidão funcional da informação e da comunicação digital e simultânea, verificada com a chegada da internet, a ação da burocracia segue alimentada pela lentidão crônica e atávica que descreve sua natureza e função.

Quem gera riqueza e comparece com uma parcela tão generosa de recursos precisaria ser tratado com mais distinção.

O Amazonas, segundo dados da Receita Federal, nos últimos 12 meses, contados em janeiro, compareceu com aproximadamente R$ 9 bilhões para os cofres da União, um percentual que costuma alcançar 65% das contribuições tributárias da Região Norte. Isso significa que uma rotina fluida, minimamente destravada - que concebe o setor produtivo como parceiro e passageiro da embarcação que navega no interesse público - resultaria em ganhos efetivos em todas as direções. Não é bem essa a prática. De 2005 a 2008, para ilustrar com um lapso temporal, o polo industrial, a par da escassez crônica de pessoal para exercício da fiscalização de praxe, sofreu com a paralisação de 481 dias dos servidores federais, da Receita, Agricultura e Vigilância, com prejuízos diversos e incalculáveis.

Sem entrar no mérito das razões paredistas, este exemplo ilustra essa dependência perniciosa de uma burocracia impositiva que penaliza e atrasa indiscriminadamente, justamente um parceiro que faz girar a roda da economia de onde brota, é interessante lembrar, toda a folia fiscal.

Açoitada pelos gargalos na logística dos transportes, nas comunicações e com um histórico nefasto de apagão energético, a economia local tem um longo caminho a percorrer para consolidar sua competitividade. As empresas instaladas em Manaus faturaram, em 2012, US$ 37,5 bilhões, submetendo-se a uma legislação que exige fiscalização rigorosa para liberação da carga importada e exportada pela ZFM, por parte de vários ministérios.

Uma fiscalização ainda longe de ser considerada ágil e eficaz, em parte justificada pela carência crônica no quadro de fiscais federais para exercício da função.

O retardo no desembaraço das cargas que chegam e saem pelo Polo Industrial de Manaus se deve em média à redução de 50% nas necessidades estimadas. Exceção feita aos fiscais da Receita que costumam coletar tributos com prontidão e eficiência. É vesgo o olhar da burocracia, compromete e atravanca toda a dinâmica da socioeconomia nacional, numa rotina que é insano alimentar e que o bom senso sugere rever.

Alfredo MR Lopes Filósofo e consultor ambiental

De quebra, a medida autoriza entender um mea culpa, na medida em que a gestão pública obriga a si mesma a cumprir suas atribuições e responsabilidades, pois os portos funcionam com a presença do Estado”

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Economia

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País

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Na era do boi transgênico ticamente modificada, na qual foram introduzidos genes específicos, combinados em laboratório, permitirá ao animal produzir um leite rico em proteína recombinante como a insulina, usada no controle da diabetes. Outros exemplos viáveis e positivos ao uso dessa tecnologia são a produção

de leite sem lactose, para as pessoas alérgicas; o acelerado ganho de peso, no caso do gado de corte; e o melhoramento da saúde do gado, tornando-o mais resistente às enfermidades.

O emprego da biotecnologia não para por aí. São inúmeras as suas vantagens principalmente para o consumidor, já que por meio da

CIÊNCIA

Por meio da transgenia, a ciência é capaz de criar um organismo genético que possa possuir genes de outras espécies em seu genoma, com isso, usá-lo para atuar no combate e no tratamento de doenças

pela Universidade Federal do Ceará.

Fora do país, registros apontam a utilização da transgenia na criação de outras espécies geneticamente mo difi cadas. A China criou ovelhas que produzem gordura boa para o coração. Na Argentina foi criada uma vaca cujo leite é bem próximo ao leite humano e na Nova Zelândia foi registrado a clonagem de uma vaca transgênica, no ano passado.

Por meio dessa ferramenta tecnológica, portanto, os cientistas poderão transferir para o DNA do animal a ser modificado os genes responsáveis por características associadas ao desempenho produtivo. Congelando embriões geneticamente modificados de animais de grande destaque produtivo, a ciência será capaz de recriá-los quantas vezes forem necessárias obtendose, cada vez mais, animais de excelência e qualidade.

DIVULGAÇÃO

transgenia poderá adquirir produtos do mais alto nível de qualidade.

A ciência aponta outros casos do uso da transgenia no Brasil. A tecnologia é amplamente utilizada na agricultura brasileira, principalmente nas lavouras de milho, soja e algodão. Também encontramos dados que apontam para o uso da transgenia nas plantas leguminosas, modificando geneticamente o feijão.

Em mamíferos, há registro da criação de dois cabritos geneticamente modificados,

DIVULGAÇÃO

P

or meio da transgenia, a ciência espera um animal que poderá ser resistente ao carrapato, a principal praga existente hoje na bovinocultura, e à mastite, que é a principal doença das vacas de leite.

O médico-veterinário e cientista da Embrapa Gado de Leite de Coronel Pacheco, MG, Luíz Sérgio de Almeida Camargo, pesquisador responsável pelo experimento de transgenia com bovinos leiteiros, deu um gigantesco passo na história da ciência brasileira. Nasceu no mês de abril, o primeiro bezerro geneticamente modificado por cientistas nacionais.

Os testes laboratoriais que comprovarão o sucesso do projeto, ou seja, se o bezerro é ou não um animal transgênico, ainda não foi liberado, mas as expectativas são enormes e positivas. Vale ressaltar que, independentemente do resultado e mesmo estando em fase experimental, a transgenia já foi incorporada à área da biotecnologia reprodutiva brasileira, e isso representa um marco histórico a ser comemorado no Brasil.

Para aqueles que ainda não sabem exatamente do que se trata a transgenia, pode-se afirmar que ela vai muito além da clonagem, já que objetiva a produção de proteínas recombinantes, ou seja, células combinadas geneticamente, não herdadas dos pais.

Por meio da transgenia, a ciência é perfeitamente capaz de criar um organismo genético em laboratório que possa possuir genes de outras espécies em seu genoma e, com isso, usá-lo para atuar junto ao combate e ao tratamento de doenças, como a diabetes e a hemofilia, por exemplo.

Pode-se mensurar a importância de tamanha evolução científica quando dados reais e completamente possíveis, são expostos. Para se ter uma ideia do grande passo dado, a criação de uma vaca gene-

Uma das possibilidades da transgenia é a capacidade de vacas produzirem leite sem lactose

Possibilidades da transgenia » Por meio da transgenia, a ciência é capaz de criar um organismo genético possuidor de genes de outras espécies em seu genoma e, com isso, usá-lo para atuar junto ao combate de doenças dos

bovinos. » Pode-se afirmar que a transgenia vai muito além da clonagem, já que objetiva a produção de proteínas recombinantes. » Animais resistentes ao carrapato.

» Bois com ganho de peso mais rápido. » Vacas resistentes à mastite. » Vacas produtoras de leite sem lactose. » Vacas produtoras de leite com insulina.

Mundo

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FOTOS: REPRODUÇÃO

Atentados que mudaram a história dos esportes

1972 Munique

A

s explosões perto da linha de chegada da maratona de Boston (Estados Unidos), que mataram três pessoas na segunda-feira, 15, e deixaram mais de 140 feridos, não foram o primeiro caso de ataque em eventos esportivos.

1972: Munique Membros do Setembro Negro, um grupo extremista palestino, tomaram como reféns atletas e dirigentes israelenses em 5 de setembro, durante os Jogos Olímpicos de Munique, reclamando a libertação de 232 compatriotas presos em Israel. Mataram dois atletas.

Nove israelenses morreram na intervenção da polícia alemã, assim como cinco dos oito sequestradores e um policial.

1996: Atlanta Eric Robert Rudolph detonou uma bomba de fabricação caseira no Parque Olímpico do Centenário, durante uma apresentação dentro do programa cultural relacionado com os Jogos, em 27 de julho. Uma mulher morreu ao ser atingida na cabeça por um dos pregos que havia no explosivo, enquanto outras 111 pessoas ficaram feridas. Um cinegrafista turco morreu vítima de um ataque cardíaco quando filmava a cena.

Rudolph afirmou que pretendia protestar contra o aborto. Era suspeito de outros três atentados com bomba, cometidos em Atlanta contra uma discoteca frequentada por homossexuais, um prédio de escritórios e uma clínica.

2006: Iraque A partir da queda de Saddam Hussein, o Iraque virou

2009 Sri Lanka

1996 Atlanta uma zona de perigo para atletas, vítimas de sequestros e assassinatos.

Em maio, 15 atletas e dirigentes da equipe nacional de taekwondo foram sequestrados e nunca mais foram vistos.

O técnico nacional de tênis foi morto por criminosos ao lado de dois atletas. O treinador da seleção de caratê também foi assassinado em 2009 em Mossul.

2008: Sri Lanka O atentado suicida de um suposto membro dos rebeldes separatistas dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil deixou 13 mortos, incluindo um ministro, e mais de 100 feridos na largada da maratona de Colombo, em 9 de abril.

2009: Sri Lanka Mais de 10 criminosos atacaram com granadas e armas automáticas o ônibus da seleção de críquete do Sri Lanka antes de uma partida amistosa contra o Paquistão em Lahore. O combate com as forças de segurança deixou oito mortos, seis guardas e dois civis. Seis jogadores ficaram feridos.

2010: Togo Dois dirigentes da delegação do Togo e o motorista morreram em Angola em um ataque contra o ônibus, que foi metralhado durante vários minutos em sua passagem pela região de Cabinda em 8 de janeiro, quando viajava para a disputa da Copa Africana de Nações em Luanda. Dois jogadores foram gravemente feridos.

O ataque foi reivindicado pelos separatistas da Frente de Libertação de Cabinda (FLEC). Togo ordenou o retorno da equipe ao país.

2006 Iraque

2008 Sri Lanka

2010 Togo

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Mundo

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A Venezuela de Maduro Após vitória apertada contra o adversário político Henrique Capriles, o presidente Nicolás Maduro chega ao poder legitimamente pelo voto popular. Mas, analistas avaliam seu governo e traçam um perfil do ex-caminhoneiro de Chávez

A

pesar de Nicolás Maduro ter sido proclamado vencedor das eleições presidenciais venezuelanas realizadas no domingo passado, a pequena margem entre a votação dos candidatos deve abalar permanentemente o chavismo.

Denúncias de irregularidades e o conflito violento entre manifestantes e a polícia podem trazer ainda mais problemas ao país que, apesar de seu presidente afirmar ser o continuador de uma revolução, entregou mais de 49% dos votos ao candidato oposicionista.

“Há várias denúncias de irregularidades”, afirma Juan Carlos Hidalgo, coordenador de Projetos para a América Latina do Cato Institute, em artigo do instituto. “Depois que as urnas fecharam no domingo, forças de segurança tiraram das seções eleitorais cédulas que ainda não tinham sido apuradas e capangas armados impediram que as pessoas participassem da contagem dos votos”.

Hidalgo se diz satisfeito com a posição dos Estados Unidos e Canadá, que pediram a recontagem dos votos, mas esperava uma posição diferente dos países da América do Sul, que se apressaram em reconhecer o candidato chavista como o vencedor - principalmente do Brasil.

Parece provável que o resultado de domingo não será modificado. Boa parte dos países já reconhe-

ce Maduro como presidente e, como destaca Hidalgo, a manifestação dos EUA em favor da recontagem poderá acabar sendo contraprodutiva para os esforços da oposição. Além disso, há inúmeras denúncias de cédulas que já teriam sido destruídas, o que efetivamente impossibilitaria a recontagem. A realidade, porém, é que Maduro enfrentará um país bem diferente daquele de Hugo Chávez.

O discurso de um governo revolucionário, apoiado pelos pobres e rejeitado apenas pelos ricos, está morto. Não é

Depois que as urnas fecharam, forças de segurança tiraram das seções eleitorais cédulas que ainda não tinham sido apuradas Carlos Hidalgo, coordenador do Cato

difícil se imaginar que a maior parte dos 49% dos eleitores que votaram em Capriles seja composta por venezuelanos pobres. Importante também são os centenas de milhares de eleitores que há alguns meses votaram em Chávez, mas que dessa vez escolheram Capriles.

Após o anúncio do resultado das eleições, Maduro adotou um discurso conciliador. Resta saber se o governo caminhará para o centro com o acirramento dos conflitos na Venezuela ou se Maduro continuará a culpar os Estados Unidos pela violência no país e a acreditar que lidera uma revolução.

As caras de Maduro Como se previa, Nicolás Maduro vai agora ocupar o lugar que, durante 14 anos, pertenceu a Hugo Chávez, derrotand o

Presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro chega ao poder (legitimamente) com uma pequena margem de voto e de apoio popular

Capriles Radonski, candidato da oposição, na qual se reúne a direita radical, a classe média devota de Miami e a burguesia moderada.

Mas conduzir a Venezuela não é mesma coisa do que ser motorista de veículos da Metrobus de Caracas. Além do caminho estreito que espera Maduro, o seu currículo ao volante não augura nada de bom: segundo relatos de ex-companheiros, o recorde de acidentes com veículos na capital pertence ainda ao antigo chofer, agora político.

Maduro, 50, não tem sequer o verbo e o magnetismo do falecido Comandante.

Mas o seu bigode, ao contrário dos fastidiosos discursos, já foi adotado pelos chavistas.

“Os bigodes não são casuais, são fruto de uma maturidade inevitável (da revolução)” ilustrou, humorada, Carola Chávez, escritora aficionada do PSUV, o partido que une as tendências, movimentos e partidos próbolivarianos. À falta de carisma e talento na prédica às massas, o retrato de Maduro é colorido por particularidades pop. Recordado pelo diário Últimas Notícias como um jovem rebelde “que não levava nada a sério e nunca chegava a horas”, ele foi guitarrista da banda rock Enigma e teve John Lennon e Mick Jagger entre as suas referências. Qual Santana crioulo, usava cabeleira afro e adorava passear pelas avenidas de Caracas no Ford Fairlane de 1957, do pai. Também foi guarda-costas, pitch de basebol e olhado de soslaio pelos socialistas dogmáticos daqueles anos oitenta. Não admira: além do comportamento roqueiro, o rapaz simpatizava com a Ação Democrática, partido social-democrata de fortes tradições, que o pai ajudou a fundar. A aproximação à esquerda revolucionária deu-se através de Cilia Flores, atual mulher, ex-procuradorageral da República.

Apaixonaram-se quando a advogada defendia militares presos, entre os quais Chávez, detido após o fracasso do golpe de Estado contra o presidente Andrés Pérez, em 1992.

O currículo político de Maduro é outra música. De sindicalista a ministro dos Negócios Estrangeiros, ocupou cargos de destaque no movimento bolivariano e no governo, até chegar à vice-presidência.

Fez amigos no estrangeiro e tem fama de bom negociador.

Besideatui sente consum estiam tem det ina, ubliculum IgnTabussi pribusa porunum movestes, quit quoditrio maionostru

Maduro não terá vida fácil à frente do governo venezuelano, dizem analistas políticos

Um guru indiano pelo caminho Paulo Portas, ministro português dos Negócios Estrangeiros, conhece o perfil de Maduro.

O relacionamento entre ambos vai além da cordialidade e do respeito, tendo a sintonia propiciado bons negócios a Portugal. Do ponto vista espiritual, também se intuem paralelismos. Em 2002, Portas disse que só a intervenção da Virgem de Fátima salvou Portugal da maré negra do Prestige. Há dias,

Maduro garantiu ter sido visitado pelo espírito de Chávez em forma de passarinho.

Nicolás é, de resto, um seguidor do controverso guru indiano Sai Baba, morto há dois anos. Nesta afeição que inclui passepartouts e medalhas com as imagens do “santo” da “religião do amor”, Maduro está acompanhado pela atriz Goldie Hawn, pela duquesa de York, Sarah Ferguson, e pelo fundador do Hard Rock Cafe,

Isaac Trigett. O provável sucessor de Chávez na liderança do país nunca vacilou na veneração, nem quando se multiplicaram acusações de envolvimento do líder religioso indiano em abusos sexuais e suspeitas de acumulação de uma fortuna colossal, nada espiritual. No fundo, Maduro adotou para a vida dois avatares, aos quais tributa uma devoção cega: Chávez e Sai Baba, cuja proteção reclama.

Caderno C

Dia a dia diadia@emtempo.com.br

(92) 3090-1041

Nova polêmica sobre drogas Páginas C4-C5

DIEGO CAJA

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

JOEL ROSA

Nelson Neto e sua bicicleta: experiências compartilhadas via site sobre cicloturismo selvagem

Diários de

bicicleta Montado em sua “magrela”, o paulista Nelson Neto alia conhecimento e aventura viajando pela América Latina e postando suas histórias no site Cicloturismo Selvagem

I

CHRIS REIS Equipe EM TEMPO

magine alguém viajando sozinho de bicicleta por toda a América Latina e, ainda, ter tempo e disposição para escrever em um site, diariamente, toda essa experiência, mas com doses didáticas de como chegar em cada lugar; dicas dos aspectos geográficos, econômicos e culturais; além de impressões pessoais de tudo. Essa pessoa existe e está em Manaus, é o cicloviajante Nelson Neto, um paulista que resolveu cruzar a América Latina em cima de uma “magrela” e criou o site Cicloturismo Selvagem (www. cicloturismoselvagem.com. br), onde narra suas aventuras.

Após passar por Boa Vista (RR), ficará na cidade por algumas semanas em Manaus e depois segue para Belém (PA).

Formado em história, Nelson conta que no final de 2006, ainda no segundo ano de faculdade, surgiu a oportunidade de visitar a família

em outra cidade. Na época estudava em Marechal Rondon (distante 175 quilômetros de Curitiba, onde a família morava). “Nem tinha ideia do que era cicloturismo. Levei aproximadamente 24 horas numa viagem que não duraria, com os conhecimentos que tenho hoje, mais de 8 horas. Entre os erros que cometi, comecei a empreitada às 12h e levei uma garrafa de água congelada. São situações impensáveis atualmente”, revela.

Nesse período, descobriu pela internet outras pessoas que faziam viagens assim. Após 1 ano já estava de “malas prontas” para seguir em direção ao Chile, onde chegou após 17 dias, saindo de Foz do Iguaçu (PR). Começava então a história do cicloviajante.

Para começar a aventura, Nelson explica que trabalhou arduamente durante 1 ano e guardou uma quantia suficiente para bancar a viagem. Ele conta que anda com cartão de débito, mas usa um macete para qualquer eventualidade.

“O meu dinheiro está no banco, pois se por acaso eu for assaltado - o que espero que não aconteça nunca-, não fico desprovido”, revela.

Na bagagem, o aventureiro leva, além de disposição,

INÍCIO

Para começar a aventura, Nelson Neto explica que trabalhou arduamente durante 1 ano e guardou uma quantia suficiente para bancar a viagem pela América Latina a bordo de sua bicicleta

aproximadamente 50 quilos divididos entre roupas, saco de dormir, colchão inflável, ferramentas, produtos para beber e comer e um guia dos lugares por onde passa.

Distante de casa Há nove meses longe de

casa, Nelson garante que já conheceu todos os países da América Latina e, claro, agora está completando o percurso (que deve demorar ainda cerca de quatro meses) conhecendo os Estados brasileiros. Ele destaca a Bolívia como país que mais o atraiu. “As pessoas se enganam e pensam que não há nada na Bolívia, porém é um lugar extremamente rico culturalmente”, avalia, completando que conheceu o maior deserto de sal do mundo, viu neve no Peru, esteve a mais de 4 mil metros de altitude na Cordilheira dos Andes e pedalou em Machu Picchu. “São experiências únicas”, constata.

No Brasil, Nelson cita o Pantanal como lugar que o encantou. “Pedalei ao lado de jacarés e vi os tuiuius”, diz. Porém ele também cita Manaus como um lugar que adorou conhecer.

“Destaco a variedade de frutas, que no Sul é algo restrito a quem tem dinheiro, e também achei interessante algumas expressões peculiares. Por aqui voltei ao Brasil, mas me

sinto em outro país”, analisa, lembrando que conheceu o Teatro Amazonas, o campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) - onde está pensando em fazer mestrado em história -, a praia da Ponta Negra e outros lugares não menos importantes, segundo ele. Entretanto, apesar de já ter inclusive encontrado um amor por aqui (que merece um capítulo extra), não deixou de perceber os problemas de Manaus. “O trânsito é complicado, a pavimentação das ruas deixa a desejar, os motoristas não respeitam os ciclistas. Porém, mesmo levando em conta tudo isso, a cidade me agrada muito”, constata.

Experiências A ideia de fazer um site, segundo Nelson, surgiu em 2010, quando sentiu a necessidade de compartilhar tudo que vivenciava. Para postar, usa um notebook e no final de cada dia faz um relato. No diário virtual têm preços de passagens, valores de hospe-

dagens, informações sobre distância, trajetos, dicas de lugares para visitar, além de aspectos econômicos e culturais do lugar e, claro, as impressões pessoais não faltam – afinal, é um diário.

Nelson conta que os posts são lidos em mais de 60 países e têm em média 3 mil acessos mensais.

Não existe patrocínio, de acordo com Nelson, para a viagem e nem para o site. Mas no endereço eletrônico existe um espaço para quem deseja apoiar com algum valor a iniciativa. “Parte da viagem é bancada com esse dinheiro, de pessoas que acham interessante e apoiam”, explica.

Na opinião dele, muitas pessoas desejam fazer o mesmo e o tem como inspiração, mas ele enfatiza que a atitude requer certa determinação. “Não é só pegar uma bicicleta e sair pedalando por aí. Antes de partir, fiz um estudo e também me preparei fisicamente”, conclui.

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por meio da leitura, as crianças têm acesso a um universo ilimitado de conhecimento que até hoje não consegue ser superado até mesmo pelos avanços tecnológicos que aparecem a cada dia

Livro infantil ainda abre as portas para a educação

Profissionais de hoje têm como desafio atrair os pequenos para a importância da leitura em meio aos atrativos da tecnologia IVE RYLO Equipe EM TEMPO

E

studiosos são unânimes em defender que o gosto pela leitura deve ser incentivado em tenra idade. No Dia Nacional do Livro Infantil - comemorado no último dia 18, em homenagem ao nascimento do escritor Monteiro Lobato - profissionais preconizam a vida longa a produções com temática infanto-juvenil, porta de entrada das crianças ao mundo da leitura.

A coordenadora das bibliotecas das escolas da rede estadual de ensino, Sônia Rodrigues, explicou que é desafio dos profissionais da educação chamar atenção dos jovens para a importância da leitura, em meio aos atrativos trazidos pela tecnologia. “O livro é superimportante e não deverá ser substituído. As outras tecnologias vieram proporcionar o complemento no aprendizado, até porque vivemos em

um país em desenvolvimento, e observamos ainda muitas crianças que não têm acesso às tecnologias e o livro ainda é a principal porta de entrada para o conhecimento”, observou.

Para ela, quanto mais cedo

DESAFIO

Segundo a coordenadora das bibliotecas da rede estadual de ensino, Sônia Rodrigues, o desafio dos profissionais da educação é chamar a atenção dos jovens para a importância da leitura as crianças forem expostas aos benefícios da leitura, maior será seu desenvolvimento.

“Precisamos trazer a criança para dentro da biblioteca, com os notebooks, os tablets, mas sem deixar o livro tradicional de lado. A tecnologia é muito importante, é um complemento.

É preciso saber usar os meios sem exclusão”, afirmou.

Autor de “Os passarinhos e outros bichos”, o escritor amazonense Tenório Telles acredita que obras literárias direcionadas ao público infanto-juvenil não devem perder espaço com os novos atrativos popularizados pelas novas mídias. Tenório acredita que a magia da leitura ainda é vivida por crianças e jovens.

“A diferença hoje é que o livro passa por transformações e surgem novos suportes, livros virtuais em geral. Alguns estudiosos afirmam que num futuro próximo, o livro, como nos conhecemos hoje em papel, dará lugar definitivamente aos livros eletrônicos. Isso não significa o fim do livro e nem da leitura, apenas a mudança na forma como as histórias são narradas e veiculadas. O prazer e o encanto da leitura vão prosseguir, porque as palavras continuarão sendo o veículo das conversas dos diálogos e da fantasia”, argumentou.

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Apesar de todos os atrativos tecnológicos, a tradição do livro infantil é considerada insuperável

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Cheia leva apreensão a quem mora nas margens CHRIS REIS Equipe EM TEMPO

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pesar de ainda faltarem mais de dois metros para as águas alcançarem o mesmo nível da cheia do ano passado, os moradores de alguns locais de Manaus, como a comunidade do Bariri, bairro Presidente Vargas, Zona Sul, já se mostram apreensivos. É o caso da dona de casa Maria Isabel Souza, 59, que teve a residência alagada na última enchente.

“Falta muito para as águas chegarem até onde alcançaram em 2012, entretanto a gente nunca sabe o que esperar da natureza. Porém, ano passado, nessa mesma época, já estava tudo cheio por aqui”, lembrou.

Da mesma forma pensa a vendedora Fátima Silva, 47, que viu seus móveis serem destruídos pela última enchente.

Há duas semanas, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou o primeiro boletim de previsão de cheia no Estado.

Apesar das constantes chuvas, a expectativa é que a marca fique entre 28,75 e 29,45 metros, considerada de grandes proporções, mas que ainda assim ficará abaixo das duas maiores enchentes registradas

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

Apesar da previsão do nível máximo do rio Negro abaixo do observado em 2012, moradores temem prejuízos com a enchente nos anos de 2009 e 2012.

De qualquer forma, a previsão é que provoque prejuízos às populações ribeirinhas.

O gerente de Hidrologia do CPRM, Daniel Oliveira, antecipou que o próximo boletim de alerta será divulgado no dia 2 de maio. Segundo ele, em Manaus no mês de janeiro choveu menos 17% do que

PREVISÃO

Há duas semanas, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou o primeiro boletim de previsão de cheia no Estado. Apesar das chuvas, a expectativa é que a marca fique entre 28,75 e 29,45 metros a média, porém nos meses seguintes choveu mais que a média: fevereiro (20,5% a mais) e março (16,5% a mais). Entretanto, Oliveira explica que a chuva de Manaus influencia, mas não se pode dizer que a cheia de 2013 será pequena ou grande somente baseada nela. De acordo com o órgão, nenhuma residência deve ser afetada com essa cota.

Famílias que moram em áreas sob risco de serem atingidas pela cheia começam a se preparar, apesar dos avisos oficiais

Município e Estado tomam precauções Para auxiliar as famílias que moram em palafitas, localizadas na orla de Manaus, a Defesa Civil Municipal deverá construir dez pontes em áreas de risco de enchente, como os bairros da Glória, Presidente Vargas, São Geraldo, Raiz e Educandos, que totalizarão 2,4 mil metros de pontes. Duas outras pontes já foram construídas no bairro da Glória na semana passada. Outra ponte,

com aproximadamente 140 metros de extensão, já está sendo construída por agentes da Defesa Civil na rua Oswaldo Cruz, Glória, Zona Oeste. A construção das pontes está dentro do Plano de Ação de Prevenção a Desastres da Defesa Civil de Municipal, que conta com o serviço de monitoramento da subida do rio Negro realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Ajuda Desde o dia 10, a Secretaria de Saúde do Estado (Susam), por meio do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), começou ajudar cinco municípios da calha do rio Juruá - Ipixuna, Itamarati, Carauari, Eirunepé e Guajará-, que começam a receber a primeira remessa de cestas básicas, kits de higiene pessoal, redes e medicamentos

fornecidos às famílias afetadas pela cheia.

De acordo com o titular do Subcomadec, tenente-coronel Roberto Rocha, apesar da subida do nível dos rios em diversas calhas, o cronograma de atendimento às famílias continua, por conta dos danos.

Nos próximos dias os municípios da calha do Alto Solimões serão incluídos no relatório de municípios afetados.

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Forçar a internação de viciados é a saída químicos a se Possibilidade de obrigar os dependentes um projeto de lei em internarem para recuperação, objeto de iliares e terapeutas fam trâmite no Senado, divide opiniões de IVE RYLO Equipe EM TEMPO

O

a necessidade de buscar ajuda, segundo o coordenador, as chances de abolir o consumo de drogas são grandes. A cada 10 jovens que buscam tratamento na fazenda, apenas dois têm recaída.

Para ele, o investimento em políticas públicas voltadas às necessidades dos jovens, com atenção ao acesso educação, esporte, saúde e cultura de qualidade são decisivos ao envolvimento ou não da juventude com o vício. “O que poderia gerar um quadro de melhor perspectiva seria o investimento pesado na educação básica e em políticas públicas sociais, que vai fazer com que famílias possam ter como amparar os filhos. A Paliativo dos internos das clíniÉ um remédio paliativo: ame- maioria é composta de pessoas que niza, mas não resolve”, defende. cas a questão da desagregação No modelo adotado pela fazen- têm iliar muito forte. Isso potenda, além de exames médicos, o fam a entrada no mundo das dependente precisa manifestar cializa as”, informa. o desejo de iniciar o tratamento drog reclama também da ausênEle so em busca da recuperação. “Ca investimentos em lazer aos contrário se torna um sanatório, cia de ns da periferia da capital. “No ele esta lá porque precisa e não jove ue Dez, por exemplo, tem o porque quer. Sei que muitas ve- Parq em que você pode fazer atizes a situação é desesperadora CSU des físicas. Em bairros mais da mãe ver o filho em situação vida s são poucas as opções depreciativa, mas forçar a inter- distante rte e lazer e contribui nação vai de encontro ao livre de espo com que o jovem vá consumir arbítrio”, conta. roubar”, lamenta.

Quando o dependente sente drogas,

pativa (CDH) e para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de ser encaminhada à Câmara dos Deputados.

Representantes de várias instituições de assistência a dependentes e familiares divergem sobre o tema. O projeto é uma medida paliativa, acredita o coordenador do grupo de Esperança Viva, Marcelo Augusto Jansen Sodré, que apoia famílias e dependentes químicos em tratamento pela Fazenda Esperança. “A internação compulsória vai de encontro às regras de internação da fazenda, que é de espontaneidade.

projeto de lei (PL) que prevê a internação compulsória aos usuários de drogas foi aprovado nesta semana pela primeira das três comissões de análise do Senado. O sinal verde foi dado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que recebeu a demanda em março de 2012.

O projeto tem gerado calorosas discussões que rompem os portões do Congresso e dividem a opinião pública.

O projeto 111/2010, de autoria do ex-senador Demóstenes Torres - que foi aprovado com algumas alterações -, defende que a melhor maneira de garantir tratamento aos dependentes químicos é por meio da internação forçada, determinada pelo juiz mediante laudo emitido por equipe de três profissionais de saúde, sendo um médico, com conhecimento no tratamento de dependência.

Dessa forma a comissão irá avaliar o grau de necessidade de cada usuário, visto como doente, para encaminhá-lo à internação.

A matéria segue pra discussão na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Partici-

Governo precisa dar as condições O diretor do Instituto Mundo Novo, que pediu para não ter o nome divulgado, observa que a internação compulsória, caso aprovada, demandaria alterações nas clínicas de recuperação existentes hoje. “Sou a favor da lei que traga benefícios, agora como poderão aplicar esta? Não vejo que nenhuma instituição da nossa região tenha condições de oferecer internação compulsória, que envolve uma série de coisas. Acho

que o governo tinha que atacar de outra maneira, se for para forçar a internação, que seja dada condições a clínicas especializadas para manter aquela pessoa”, analisa.

Ele explica que há 13 anos mantém o instituto, por onde já passaram cerca de 7 mil pessoas. Os internos que optam pelo tratamento são motivados e aconselhados a não desistir, mas têm livre arbítrio. “Creio que a clínica só funciona de maneira

voluntária, se a pessoa quiser.

A família pode ajudar. A forma compulsória pode vir a criar uma penitenciária”, imagina.

Para o diretor, a ideia surtirá bons frutos caso haja apoio do governo. “Não é só a lei que faz funcionar, tem que dar condições às clínicas, com profissionais.

Se tiver algum tipo de apoio vindo dos governos municipais, estaduais e federal, pode dar certo”, analisa.

Atitude para casos de sequelados O psicanalista Aluney Elfer, que trabalha há 19 anos com a recuperação de dependentes químicos, acredita que o projeto, se aprovado, pode até ser benéfico em casos especiais, que envolvem pessoas sequeladas. “Para pacientes altamente sequelados, acho que seria importante a internação porque compulsória, aqueenfr oas pess são olopsic e a físic s cida as, utrid desn te, men gica ição cond têm não que de escolher e em que houve ruptura dos laços familiares. Nesses casos especiais acredito que a internação compulsória surtiria efeito”, analisa.

Para os usuários que não preenchem tais requisitos observados por Elfer, a internação compulsória não seria a mais indicada. “Sei que existem muitos usuários que conseguem sair sem internação, só trabalhando o psicológico, com ajuda médica e da família. Assim, consegue resolver o problema em 60% dos casos, enquanto que com internação aproxima-se de 10%”, argumenta.

Há 11 anos, ele fundou o Instituto NAF (Núcleo de Apoio às Famílias) Brasil, que começou a orientar e dar suporte às famílias de dependentes químicos.

JOEL ROSA

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Pelo projeto de lei, viciados em drogas serão submetidos a internação forçada para recuperação da dependência

O problema dentro de casa

porque ele esO coordenador de tra- internação, ndo a vida em tamento do instituto, Ed- tava bota partilha. son Eustáquio de Souza, risco”, com Edson explicou que o ir53, defende a internação estava preso e compulsória em situações mão não lher em prosespecíficas. “Em alguns poderia esco abandonar o tracasos há necessidade de seguir ou “A ficha dele foi ser internado compulsoria- tamento. o tempo e ele mente, quando está botan- caindo com cia que estava do em risco a sua própria tomou ciên vida em risco e vida ou de outros. O pessoal botando a tratamento. Se da Cracolândia, por exem- concluiu o sair no outro plo, se não forem aborda- ele quisesse teria problema, dos compulsoriamente, vão dia, não porque a clínica não prende morrer”, observa. nte.

Após trabalhar há mais de ninguém”, gara r ressalado rden coo O endep a 10 anos no auxílio to men da fadentes químicos, ele teve de ta o envolvi pode fazer a prestar socorro ao próprio mília, que no tratamento. irmão, que teve problemas diferença r a verdade, nincom alcoolismo. “Tivemos “Para fala ga transbordanque fazer essa abordagem guém che , com querer. na minha família. Levamos do vontade no tratamento meu irmão sem ele querer Mesmo gam pressionae hoje ele está limpo. Ele livre, che ília é que ajuda chegou na clínica e o ‘que- dos. A fam a conseguir. Lá rer’ veio depois. Reunimos o interno compartilha toda a família e o levamos, dentro, ele s”, afirma. com responsabilidade para experiência

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Alunos produzem material didático sobre a história

Trabalho desenvolvido por acadêmicos da Ufam estimula o interesse pela disciplina por meio de passatempos FOTOS: UFAM/DIVULGAÇÃO

Seguindo orientações da professora Alba Barbosa (à esquerda), o material didático na forma de passatempos (centro) foi desenvolvido pelo acadêmico José Maria Chagas (à direita)

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icionários, caça-palavras, jogo dos sete erros e exercícios de raciocínio lógico sobre a história do Amazonas estão entre os materiais didáticos desenvolvidos pelos alunos do oitavo período do curso de licenciatura em história da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

A produção é resultado das atividades da disciplina Prática Integrada 7, ministrada pela professora Alba Barbosa.

Durante as aulas, os universitários foram estimulados a desenvolver estratégias para facilitar o aprendizado sobre

a história regional entre os alunos da educação básica.

“Ao fazer a proposta de confecção de material didático sobre a história local, tive a intenção de levar os alunos à reflexão da necessidade de transformar o conhecimento produzido na academia (conhecimento científico) em algo mais acessível aos alunos do ensino fundamental e médio, pois acredito que essa transposição de forma lúdica torna o processo de aprendizagem mais agradável para crianças e adolescentes. Os alunos do curso de história responderam muito bem a essa proposta,

com produções muito criativas”, comentou a professora.

O acadêmico José Maria Chagas elaborou uma coletânea de passatempos com quase 30 páginas. Na obra, é possível testar os conhecimentos sobre as populações indígenas, a Belle Époque Amazonense, as formas de trabalho nos seringais e saber um pouco mais sobre as personalidades que dão nome às principais ruas de Manaus. “O trabalho proposto pela professora Alba foi uma oportunidade para que eu aplicasse o conhecimento que adquiri durante as aulas de história da Amazônia. Li

ORIGEM

A produção do material didático é resultado das atividades da disciplina Prática Integrada 7, ministrada pela professora Alba Barbosa para o curso de história da Universidade Federal do Amazonas bastante para produzir um material rico, correto e tão diferenciado quanto a Amazônia. Aproveitei feriados e folgas para me dedicar ainda

mais à atividade e testar o material com meus amigos e familiares”, disse.

A maior parte da produção de José foi embasada nas obras dos professores de história da Ufam, os quais possuem produção extensa sobre o assunto. “Faço referência a essa produção científica nos passatempos. Ao concluir esse trabalho, percebo o quanto aprendi sobre a história regional. O mais gratificante é que esse meu aprendizado não para aqui, pois ele vai contribuir para que outras pessoas possam conhecer, de forma divertida,

a história do nosso Estado”, declarou o estudante.

A professora da disciplina destaca a carência desse tipo de material didático voltado para a história local e a intenção de publicar os trabalhos dos universitários.

“Embora haja uma grande produção acadêmica sobre a história do Amazonas, pouco do que é produzido alcança as escolas. Nesse sentido, creio que se conseguirmos divulgar o trabalho produzido por nossos alunos, estaremos contribuindo para diminuir essa lacuna”, declarou a professora Alba Barbosa.

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Quem precisa de invasões?

Iludidos com a ideia de obter terreno fácil e manipulados por quadrilhas especializadas em invasões, ocupantes acabam perdendo dinheiro “investido” nos lotes irregulares, enquanto criminosos permanecem fazendo mais vítimas FOTOS: IONE MORENO

Mulher observa movimentação em retirada de invasores: fuga do aluguel e perda de dinheiro ISABELLE VALOIS Equipe EM TEMPO

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om a ideia de poder ter um terreno próprio e, principalmente, ter que deixar de pagar o aluguel, famílias que na maioria das vezes vêm de outros municípios ou até mesmo de outros Estados à procura de uma vida melhor em Manaus acabam entrando na “onda” de conseguir seu pedaço de terra facilmente.

Recentemente ocorreu pela segunda vez a reintegração de posse de 18,5 mil metros quadrados de um terreno localizado na comunidade Nobre, Santa Etelvina, Zona Norte. Na primeira vez, cerca de 700 barracos foram destruídos, e na segunda mais de 150 barracos foram retirados novamente do local. Segundo a polícia que atuou na reintegração, 20% dos invasores eram famílias que haviam saído na primeira expulsão, mas os outros 80% vinham de lugares distintos.

Outro terreno que também passou pelo processo de reintegração, junto com a comunidade Nobre, foi a comunidade

Ocupantes da comunidade Nobre saem da área após ato de reintegração de posse: ilusão de ter, facilmente, um pedaço de terra

Linda Joia, no mesmo bairro, onde, em menos de dois meses, 67 mil metros quadrados foram invadidos.

Segundo os próprios ocupantes, esses lugares sempre são administrados por uma quadrilha que aparece no início das invasões. O grupo estuda o terreno, e a partir do momento em que percebem a facilidade de domínio, iniciam a invasão.

No caso da comunidade Nobre, por exemplo, nomes como “Capoeira” e “Pedrão” foram os mais citados pelos ocupantes. A dupla demarcava o terreno em lotes e os vendia em média de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Há relatos de moradores da comunidade - que por medo não quiseram se identificar - de que alguns lotes eram trocados por televisores ou até mesmo por um aparelho celular.

Quando se iniciava a reintegração, por estarem cientes dos seus crimes, os membros da quadrilha não retornavam ao terreno e deixavam os moradores, que haviam pago pelo local, à própria sorte.

Uma das vítimas dessas armadilhas, a dona de casa Mônica

Batista, 28, foi morar junto com o marido e os três filhos primeiramente na comunidade Linda Joia e depois na comunidade Nobre em busca de largar de vez o aluguel. “Como apenas meu marido trabalha e soubemos que um rapaz chamado Pedrão estaria vendendo lotes na comunidade, resolvemos arriscar poder ter algo próprio e diminuir as despesas, já que viemos do interior à procura de uma vida melhor”, explicou.

Mônica, que é natural de Autazes (a 113 quilômetros da capital), informou que é beneficiada pelos programas do governo Bolsa Família e Leite do Meu Filho, e com uma parte desse dinheiro, junto com outra parte que seu marido recebe, iriam pagar o terreno, mas por não entregarem os primeiros R$ 2 mil do lote foram expulsos.

“Minha sogra, por ter comprado um lote na comunidade Nobre, nos convidou para construir o barraco em uma parte do terreno, mas novamente perdemos na reintegração de posse, agora retornaremos para o aluguel até conseguir ganhar a nossa casa própria”, disse a invasora.

Uma parte dos invasores é manipulada por quadrilhas que se repetem nas atitudes criminosas

Quadrilha que faz novas vítimas Outra invasora, Gilsa de Souza, 31, veio para Manaus à procura de melhorias. Natural de Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros da capital), ela também teria comprado uma parte do terreno para deixar de pagar o aluguel, mas acabou perdendo o dinheiro e o lugar com a reintegração.

As invasões José de Alencar, Carbrás, Novo Milênio, Lagoa Azul, Grande Vitória e atualmente a comunidade Nobre são algumas que entram na lista das principais invasões dominadas por essa quadrilha.

Povoamento sem controle O processo de povoamento acelerado de Manaus começou após a implantação da zona franca, na década de 1960. Com esse avanço econômico, a cidade começou a ser visada e a crescer, tanto positivamente como negativamente, com o surgimento de invasões em diversas áreas, onde se abrigavam parte dos migrantes que aqui se alojavam.

Com essas invasões, várias áreas verdes foram destruídas, originando uma boa parte dos bairros da capital. No período da implantação da Zona Franca de Manaus, a população se concentrava nas regiões Sul, Centro-Sul, Oeste e Centro-Oeste do município, mas já viviam próximos das margens do igarapé.

Com a preocupação do crescimento desordenado o governo começou a investir

HISTÓRICO

Com as invasões em Manaus, várias áreas verdes foram destruídas, originando uma boa parte dos bairros da capital. Com a criação da Zona Franca de Manaus, a situação piorou em lotes para os migrantes que chegavam à capital, criando novos bairros. Mas as degradações ambientais foram as que mais marcaram, principalmente nas regiões leste e norte. Nos últimos 4 anos a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) tem agido incansavelmente para evitar que novas invasões e novos bairros surjam.

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Amazonas tem iniciativa pelas vagas de deficientes

Estudantes amazonenses criam projeto de monitoramento para estacionamentos para portadores de necessidades especiais DIEGO CAJA

Thábita Pêgas e Rodrigo Galvão mostram o protótipo do dispositivo que, colocado na vaga de estacionamento do deficiente físico, permite monitorar a correta ocupação contra os oportunistas DIVULGAÇÃO

GUILHERME ALVES Equipe EM TEMPO

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uscar vaga em estacionamento pode se tornar frustrante para alguns motoristas quando não encontram nenhuma disponível. E se você fosse um Portador de Necessidade Especial (PNE) e soubesse que a vaga destinada a você está sendo utilizada por alguém que simplesmente quis estacionar no local? O sentimento é de, no mínimo, indignação.

O direito a vaga de estacionamento exclusivo para portadores de necessidade especial é assegurada pelo decreto-lei de acessibilidade 5296, de 2004.

A lei estabelece que todos os locais públicos e privados de uso

coletivo devem ter no mínimo 2% de suas vagas reservadas para deficientes físicos.

Porém, mesmo após quase nove anos da regulamentação e o cumprimento em grande parte dos estabelecimentos, o público especial ainda sofre com a falta de consciência de alguns condutores.

Foi com esta preocupação que três ex-alunos da Fundação Nokia de Ensino optaram por criar em seus trabalhos de conclusão do ensino médio, obrigatório na instituição, soluções para o problema. Rodrigo Galvão, 18, Thábita Pêgas, 17, e Stephanie Araújo, 18, criaram o Monitoramento Eletrônico de Vagas de Estacionamento para Deficientes (Meved), projeto que lhes rendeu o terceiro lugar

em Ciências Sociais Aplicadas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, ocorrida em março, em São Paulo (SP).

A ideia surgiu após um dos alunos assistir uma matéria de telejornal que mostrava o alto número de infrações cometidas por condutores que estacionavam nas vagas para deficientes sem serem PNEs. “Nossos professores sempre explicam que devemos criar um projeto a partir de um problema, e após assistir a divulgação de uma campanha de fiscalização e seu alarmante resultado, decidimos criar algo neste sentido”, explicou Thábita.

O aparelho desenvolvido pelos jovens consiste em dois dispositivos: um deles – com

três leds de cores vermelha, verde e amarela - fica na vaga de estacionamento, e o outro fica com em posse do deficiente, e a comunicação entre os dispositivos ocorre via radiofrequência.

Ao chegar ao estacionamento, o dispositivo na vaga reservada acende uma luz vermelha.

Caso o motorista seja um portador de necessidade especial, ele aciona o seu dispositivo e em seguida a luz verde é acesa no equipamento, indicando a permissão de estacionar. Caso contrário, o condutor que não possui o dispositivo, ou seja, não é um PNE, não terá como acionar a luz verde, então uma luz amarela será acesa indicando que a placa do veículo foi fotografada.

Monitoramento seria ideal para evitar uso impróprio das vagas

Como conseguir o direito

Uma arma contra os ‘invasores’

O cartão que identifica o beneficiado para vagas especiais é específico para pessoas com deficiência física, visual ou com síndromes, e também para quem possui idade igual ou superior a 60 anos. A credencial pode ser adquirida gratuitamente de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 14h na sede do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), localizado na avenida Tefé,

A invenção não para por aí, após o registro da imagem do “invasor” da vaga, um arquivo é automaticamente enviado a um computador central que informa a infração em tempo real.

O projeto foi admirado inclusive pelo Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans). “Recebemos dicas do órgão e os diretores gostaram muito do projeto. Apenas disseram que tínhamos que reduzir a um chip o tamanho do dispositivo que fica em posse dos portadores”, contou Rodrigo.

Segundo o aluno, a solicitação do Manaustrans é completamente viável, e trabalhos estão sendo feitos em cima disso. Estão apenas aguardando o retorno da outra parcei-

850, bairro Japiim.

Os interessados devem apresentar o formulário de inscrição preenchido, comprovante de residência atualizado, cópia de RG e CPF. Para as pessoas com deficiência devem ser apresentados o laudo médico constando diagnóstico, CID, carimbo e assinatura o médico especialista.

A equipe percorre instituições públicas e privadas interessadas em oferecer o acesso ao documento.

ra de projeto, Stephanie, que está viajando, para marcar uma reunião com o instituto e iniciar alguns testes junto com agentes de trânsito.

De acordo com o inciso XVII, do artigo 181, na Lei 9.503/97 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) o veículo que estacionar em desacordo com a sinalização para vagas exclusivas representa uma infração leve, que enseja três pontos na habilitação, uma multa no valor de R$ 53,20 e remoção do veículo.

A punição é considerada pouco para os usuários do direito, porém na Câmara Federal tramita um Projeto de Lei (PL) que torna infração grave ou gravíssima o uso indevido de vagas de estacionamento para idosos e portadores de deficiência física.

Caderno D

Plateia MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

plateia@emtempo.com.br

DIEGO JANATÃ

Celdo Braga prepara DVD solo (92) 3090-1042

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Marcel Duchamp

para novos artistas Artista do século 20 é destaque na primeira obra literária lançada pelo artista plástico amazonense Óscar Ramos FOTOS: IONE MORENO

GUSTAV CERVINKA Equipe EM TEMPO

U

ma contribuição informal para a formação intelectual de novos e futuros artistas plásticos (ou multimídias), especialmente do Amazonas. Esse é o perfil da nova investida de Óscar Ramos, amazonense natural de Itacoatiara, com história de vida dividida em capítulos como a pintura e o cinema.

Agora, utilizando-se das palavras escritas e impressas no livro “Maya – um japiim na minha janela”, o artista plástico busca apresentar o francês Marcel Duchamp e como os pensamentos dele interferiram nas suas obras a uma nova geração.

Embora a aparição de Óscar Ramos como autor de uma obra literária seja pioneira, não constitui esse fato uma ausência da prática da escrita em sua vida. Ao contrário, escrever e desenhar, segundo o próprio artista, são atividades que o acompanham há anos.

“Eu sempre escrevi muito.

Meus exercícios sempre foram escrever e desenhar, as pinturas vieram depois. Mas nunca escrevi com a intenção de publicar. Somente na época da Tropicália, mas algo ínfimo, no Rio de Janeiro”, diz.

A ideia de transcender essa realidade, de acordo com o artista, veio há 3 anos, quando sentiu a necessidade de abrir uma nova porta artística e cultural na sua vida, praticamente ao mesmo tempo em que havia começado a escrever artigos e crônicas para uma revista institucional, geralmente abordando assuntos sobre cinema, mais especificamente sobre filmes, não sobre a filosofia do cinema. “Além desse tema, procurei escrever sobre memórias pessoais relacionadas à cidade de Manaus, nos anos 1950, por exemplo. Houve boa aceitação de público e crítica. E foi a partir da aproximação das pessoas que diziam que liam e gostavam dos textos, que decidi que um livro seria essa nova porta a se abrir”.

Obra O livro é uma tentativa de fazer com que esses novos artistas amazonenses tenham alguma noção da grandeza humana por trás da arte que fazem. “Eles (os novos artistas locais) são brilhantes apesar da pouca erudição, por ler menos, inclusive. Algo que não me conformo, porque tocam em pontos fantásticos, contemporâneos, em suas peças.

E mantêm uma insistência no fator amazônico sem ser o clichê que é o boi, por exemplo. Não é descritivo. Eles se livram disso”, diz.

Nesse contexto, Óscar Ramos reacende a luz sobre a figura do artista Marcel Duchamp, que na sua opinião

é a maior revolução artística da humanidade. “Quero despertar para a importância do Duchamp nas artes plásticas que faz hoje. Gasto muitas páginas sobre Duchamp, o verdadeiro artista do século 20. Tudo quanto foi revolução foi importante, mas quando ele surgiu foi quando as artes plásticas passaram a ser outra coisa. O pensamento dele é muito complexo. Tem um humor sarcástico. Eu lia tudo e me deprimia quando não entendia um pensamento dele, porque estava habituado a uma crítica de arte que é explicativa, como descrever o que é cubismo, por exemplo.

Duchamp jogou fora isso, mas não no sentido de desprezar. O que me encantava era quando ele dizia que tinha tirado as artes plásticas da visão e a tinha colocado no pensamento.

Eu pensava: para que ele pinta e se expressa?”, lembra.

Ramos narra que aos poucos se deu conta do que se tratava, fundamentalmente quando esteve em Londres (1972-78), e teve o contato com o livro “Marcel Duchamp – ou o castelo da pureza”,

SERVIÇO LANÇAMENTO DE LIVRO Título: “Maya – um japiim na minha janela” – livro Autor: Óscar Ramos Quando: dia 25 de abril, quinta-feira, às 19h Onde: Biblioteca Pública do Amazonas, Centro

Eles (os novos artistas locais) são brilhantes apesar da pouca erudição, por ler menos, inclusive.

Algo que não me conformo Óscar Ramos, artista plástico

escrito por Octavio Paz. Para exemplificar, Ramos remete ao escritor e arquiteto dos EUA, Buckminster Fuller, que dizia que o tempo é dividido em segundos, porque o segundo é o momento em que a experiência é captada. “Primeiro você pensa e entende o pensamento, no segundo seguinte, pratica. O Duchamp queria anular isso. Ele considera que a busca do entendimento era a obra de arte”, diz.

A forma como o francês influenciou Ramos durante sua carreira artística também é exposta em “Maya”. “Eu não entendo arte a não ser por meio de um processo evolutivo que não tem a ver com a história, mas sim com o trabalho de cada artista. A arte não evolui, mas o pensamento do artista”, afirma. “Para Duchamp, essa história funciona desde o momento que se consegue digerir isso. Na arte dele, podese imaginar num desenho em que aparece uma charrete, com o chofer sentado, o marcador da corrida ligado e parado em frente a um motel, que o cavalheiro alugou uma charrete para ir ao motel com uma moça, por exemplo”, completa.

Em sua obra, Óscar Ramos também fala de memórias de personalidades de Manaus nos anos 50

Percepção de arte brasileira O livro de Óscar Ramos traz, ainda, pontos importantes sobre sua percepção da arte brasileira, incluindo o cinema e o fato do pensador canadense Marshall McLuhan ter traduzido o que chama de sordidez do mercado da arte. “A arte brasileira virou esnobe, metida a besta, voltada para praias determinadas.

Todas as críticas que falam Marcel Duchamp é considerado um revolucionário artístico

de “A lavoura arcaica” (filme nacional dirigido por Luiz Fernando Carvalho), por exemplo, não falam do filme, somente do intelecto do filme. E ele traz uma série de coisas cinematográficas geniais. A única coisa que faz um filme genial é sua linguagem, apenas.

Artistas brasileiros pintam para a “inteligenzia” da crítica de arte”, diz.

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>> Nosso modelo

Fernando Coelho Jr. fernando.emtempo@hotmail.com - www.conteudochic.com.br

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Josué Neto, acompanhou a visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, às obras da Arena da Amazônia, na comitiva do governador Omar Aziz, na última quintafeira, e aproveitou para comunicar ao ministro que ele será homenageado com o título de Cidadão do Amazonas.

O deputado Fausto Souza é o autor da propositura que concede o título a Aldo Rebelo por seu apoio e incentivo ao esporte no Amazonas. A solenidade de entrega da honraria deve acontecer ainda no segundo semestre de 2013

>> Niver badalado . O editor deste espaço será homenageado na próxima sexta-feira, com um almoço badaladíssimo, no restaurante do Ceasar Business. . Um grupo de amigas está organizando o evento, reunindo somente mulheres do primeiríssimo time da cidade, num daqueles encontros sensacionais com mulheres lindas, chiques e perfumadas do melhor society de Manaus. Alta badalação AAA. Se preparem, a sexta-feira vai ferver! Nos vemos por lá!

Adriane Antony Gonçalves e Márcia Martins em evento cinco estrelas na cidade

. Em meio às discussões, em Brasília, sobre a prorrogação do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) por mais 50 anos, os incentivos à atividade industrial promovidos na área de atuação da Suframa continuam atraindo a atenção de investidores e governos internacionais. . Exemplo disso? A visita da comitiva de representantes do governo do Equador na sextafeira a empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) e à sede da autarquia. O objetivo da delegação, liderada pelo embaixador regional de Assuntos Comerciais do Equador, Patricio Salazar, é desenvolver a indústria daquele país, aos moldes do que ocorreu no Amazonas, e buscar a consolidação das relações entre Equador e Brasil, em especial com a região amazônica, por meio do Projeto Logístico de Transporte Manta-Manaus.

Pontos para nós.

>> Objeto de desejo . Quem imaginaria que esta simples pulseira tem o poder de monitorar muitas das suas atividades ao longo do dia? Esta é a proposta da Jawbone UP ( U$ 140 ) uma pulseira inteligente que pode controlar desde como você dorme, quanto se movimenta e como se alimenta. . Compatível com dispositivos iOS e Android, um aplicativo exibe seus dados coletados da pulseira e ainda permite que adicione itens, como refeições e humor ao longo de seu dia. Depois ele poderá fazer um estudo que você até conhecerá melhor seus próprios hábitos.

Modernidade pura!

>> Vitrine >> . Já está circulando pela cidade o Save The Date do festão de 15 anos de Isabella Simões Cavalcanti.

Os pais da aniversariante, Vanessa e Mano Cavalcanti serão anfitriões no dia 1º de junho. >>A Paradise Turismo está com uma promoção ótima para quem for a Paris, que ganha um guia prático da Cidade Luz com 10% a 12% de descontos na famosa loja de departamentos Printemps. >>O Bosque Clube está organizando um elaboradíssimo breakfast no Dia das Mães, homenageando as ‘mães bosqueanas’. O Clube de campo é um dos mais tradicionais da cidade. >>Os sabores da sorveteria Zero Grau – genuinamente amazonense – tem feito muito sucesso não só ente os manauenses, como também entre os turistas que circulam na cidade. Excelente! >>A juíza federal Vânia Cardoso de Moraes proferiu palestra especial ontem na Esmam - Escola de Magistratura do Amazonas, coordenada pela juíza Lúcia Viana. >>Silvinha Pessoa estreia idade nova neste domingo.

Cumprimentos da coluna.

O cantor Jorge, da dupla Jorge e Matheus, confirmado no Villa Mix que a empresária Bete Dezembro irá promover em Belém do Pará. Sucesso à vista

>> Movimentadíssimos os almoços de sexta no Village.

REPRODUÇÃO

TV

Patrícia Pillar no ‘Som Brasil’ Na próxima sexta-feira, o “Som Brasil” volta ao ar. Esta é a sétima temporada desde que o programa ganhou outro formato e passou a apostar em talentos desconhecidos do grande público, promovendo homenagens a importantes nomes da música popular brasileira.

A atriz Patrícia Pillar, que comandou o primeiro ano do “Som Brasil” pós-reformulação, volta agora ao palco da atração. “Sempre que posso, nos intervalos entre as novelas, apresento o musical. É interessante, pois mistura artistas consagrados com nomes que ainda vão fazer história”, diz ela, que, recentemente, interpretou a vilã Constância, no folhetim “Lado a Lado” (Globo). “Foi muito gostoso participar da trama. A Constância representa o que hoje ainda é parte da nossa elite. Era uma mulher egoísta, sem senso de justiça e nenhuma

sensibilidade social”.

Assim como no ano passado, o programa continua homenageando os estilos musicais que fazem parte da cultura nacional.

Na estreia, o samba ma-

ESTREIA

Na estreia, o samba malandro será o tema principal com músicas interpretadas por Diogo Nogueira, Sergio Lorosa, Aline Calixto, Flávia Menezes, a banda Os Virguloides e a orquestra Saga landro será o tema principal.

“Era um velho sonho nosso falar desse período em que a música se misturava com a malandragem e que eternizou nomes como Moreira da Silva [1902-2000] e Bezerra da Silva [1927-2005]. As

canções são inacreditáveis”, conta o diretor-geral do programa, Luiz Gleiser.

As músicas serão interpretadas por Diogo Nogueira, Sergio Lorosa, Aline Calixto, Flávia Menezes, a banda Os Virguloides e a orquestra Saga, que fará uma emocionante releitura de “Ópera do Morro”.

A bossa nova é o tema do programa que vai ao ar na última sexta-feira de maio.

Nele, Roberto Menescal refaz as melodias do repertório e é acompanhado por nomes como Celso Fonseca e Alaíde Costa, entre outros. “Ela foi aclamada pela plateia após interpretar ‘Onde Está Você’. É um dos momentos mais emocionantes”, diz Gleiser.

Outra novidade da temporada é o tema axé, nunca antes explorado pelo programa.

No palco, os representantes do ritmo serão os baianos Netinho, o ex-vocalista do Araketu, Tatau, e Sarajane.

A atriz Patrícia Pillar, que comandou o primeiro ano do “Som Brasil’’, volta ao programa

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Celdo Braga

prepara DVD solo O poeta e compositor amazonense traz para a frente das câmeras a perspectiva da natureza em poesia e música GUSTAV CERVINKA Equipe EM TEMPO

“O

poeta e o passarinho” é o título do novo DVD do poeta Celdo Braga, que está previsto para ser lançado até o fim deste ano. Desvinculado do Grupo Imbaúba, do qual é fundador e faz parte há pouco mais de cinco anos, o artista amazonense traz como diferencial a linguagem narrativa visual, partindo de uma perspectiva do elemento natural contemplado.

Segundo o poeta, a ideia central é oferecer o olhar do outro lado da história, do poema. Embora tenha uma conotação que perpassa por elementos como as árvores da região, os textos de uma forma geral referem-se às aves amazônicas. “Em um dos poemas, “A gaiola e o passarinho”, tivemos a ideia de colocar uma câmera dentro da gaiola e apresentar o olhar do pássaro. Meu trabalho está

sempre voltado aos elementos da natureza, mas até aqui nós, autores, aparecemos somente como espectador do que está sendo contemplado e agora, assim, podemos ter uma ideia de como um pássaro pode enxergar o que lhe

Meu trabalho está sempre voltado aos elementos da natureza, mas até aqui nós, autores, aparecemos somente como espectador Celdo Braga, poeta

passa”, explica.

Utilizando a habilidade de imitar cantos de pássaros regionais, Celdo Braga insere no material momentos que ele mesmo chama de intervenções musicais. “O

pássaro tem um fraseado e é a partir disso que faço a música, com flauta e violão.

Esses momentos, no DVD, são apenas instrumentais mesmo, sem voz”, diz o poeta, a exemplo do que acontece em canções que interpreta com o Grupo Imbaúba, onde dá destaque para a música “Chamando o vento”.

O projeto recebe a assinatura de Paulo Freire na produção e de Marcicley Reggo na concepção da identidade visual.

Além disso, parte do conteúdo já está gravada, embora seja uma parcela mínima frente ao que existe ainda para ser feito.

“O projeto já está formatado em sua linha a seguir, mas falta cair em campo, realmente.

Isso deve ocorrer a partir de junho, pois como sou membro do Conselho Municipal de Política Cultural (Concultura), estou esperando que se resolva o processo de eleição dos demais representantes da sociedade civil nessa entidade para que eu possa me dedicar melhor a esse trabalho”, justifica.

Paralelo ao seu trabalho no grupo Imbaúba, Celdo Braga prepara um DVD que traz músicas instrumentais e poesia

FOTOS: ARQUIVO EM TEMPO

Outros temas regionais na obra Além do pássaro, como elemento principal e emblemático, alguns dos poemas respingam sobre a temática das árvores. Um deles, por exemplo, traz a figura da canoa como elemento representativo do ciclo da vida, fazendo analogia a uma árvore que sempre quis passear pelos rios e igarapés. “É uma espécie de resignificação do ato de cortar árvores, sem querer com isso dizer que sou a favor do desmatamento. Apenas apresento a relação do homem com

a necessidade de se locomover, por exemplo, e que isso necessariamente não é prejudicial”, comenta.

Em resumo, o DVD traz poemas declamados em narrativas audiovisuais que surgem como pequenos videoclipes e interpretações musicais. “São basicamente textos de apelo à vida, com uma referência ambiental e o foco do trabalho poético é voltado para a questão amazônica”, diz Celdo Braga. No projeto, estão previstas as participações de duas atri-

zes também, que ajudarão na plástica dramática do conteúdo. Segundo o poeta, estão escaladas para essa função Karla Colares e Denise Bianca. Ao todo, o DVD será composto de oito poemas e quatro intervenções musicais.

Celdo Braga tem pouco mais de 30 anos de carreira, incluindo o período em que esteve no grupo Raízes Caboclas.

Em novembro do ano passado, comemorou esse aniversário com o Imbaúba e com o lançamento de um álbum reunindo 16 faixas autorais.

No novo trabalho, Celdo Braga mostra sua habilidade de imitar cantos de pássaros regionais DIVULGAÇÃO

TEATRO

Artrupe inicia montagem inédita PRISCILA CALDAS Equipe EM TEMPO

O texto “A casa de inverno”, escrito em 2011 pela catarinense Martina Sohn Fischer, será o segundo, de suas publicações, a ser encenado no Brasil. A dramatização, que está em fase de montagem, será apresentada pelo núcleo de teatro da companhia amazonense Artrupe Produções Artísticas. A estreia deve acontecer em julho.

O diretor do espetáculo, Taciano Soares, afirma que até o momento, a única composição de Martina que ganhou formas dramatúrgicas foi “Aqui”.

A encenação foi produzida pelo grupo paulista Club Noir. “Ao conhecermos seu trabalho não hesitamos em entrar em contato com ela para mostrar interesse em fazer uma montagem dos seus escritos”, conta.

Após uma análise de texto, o elenco, composto pelos atores Danilo Reis, Diego Bauer e Victor Kaleb, iniciaram as reuniões de preparação corporal.

Os trabalhos têm a coordenação da bailarina e uma das

diretoras da Artrupe, Hamyle Nobre. “A parte prática inicial se configura nos processos de preparação do corpo, da voz, além dos jogos dramáticos, que são os exercícios que levam à composição de cada personagem”, explica o diretor.

De acordo com Soares, o

Essa família está perdida entre seus sentimentos, o que ocasiona um desencontro. Eles não se reconhecem como parentes Taciano Soares, diretor

espetáculo tem como eixo principal uma relação familiar esvaziada de qualquer espécie de afeto, onde as personagens, integradas por uma mãe, um pai e um filho, não conseguem se entender. O diretor explica

que o “inverno” do qual a trama se refere está ligado ao congelamento de emoções e ternura. “Essa família está perdida entre seus sentimentos, o que ocasiona um desencontro.

Eles não se reconhecem como parentes”, comenta. “É um texto forte que mostra uma violência psicológica”, alerta.

O texto mostra uma mãe que não consegue manter um bom relacionamento com o filho e se acomoda com a situação.

Diferentemente da genitora ou do seu pai, o jovem deseja ter uma família que lhe transmita amor e carinho, porém, o mau estado de espírito que paira sobre todos não permite que haja uma harmonia.

Taciano Soares cita que a dramaturgia chega a ser tensa tanto por conta do contexto familiar quanto pelas diferentes formas de escritas desenvolvidas pela catarinense. Para o diretor, a montagem desse texto é um desafio. “Ela não segue uma estrutura clássica dramatúrgica, é isenta de rubricas e de sugestões de cenas. É um texto totalmente corrido”.

Taciano Soares já iniciou a leitura dramática de ‘A casa de inverno’, que estreia em julho

Aposta na cenografia da peça A cenografia será formada por um painel com fundo preto. O palco ainda terá um corredor no formato diagonal projetado em três níveis, como uma espécie de passarela, que será dividida pelos atores durante as cenas. A iluminação será simples, citada pelo diretor como “fria”.

O diretor explica que as cores

transmitem emoção e como a peça trata de uma temática séria, o mais ideal é a luz branca. “A proposta é não transmitir emoções. Tentamos passar ao máximo a realidade da história vivida pelos personagens”, comenta.

Uma das novidades adiantadas pelo diretor é que em alguns momentos do espe-

táculo haverá inserções de vídeos onde as personagens vão reproduzir a mesma cena que será mostrada no palco. “É um vídeo arte que será gravado anteriormente. Em algumas cenas, o ator não vai pronunciar os textos, mas vai somente atuar. A voz será transmitida pelo vídeo”, anuncia.

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RESENHA

Um ‘tempo’ precioso para ler C

PERFIL

Vera Lima é jornalista, editora de suplementos do EM TEMPO

om um texto primoroso, refinado e extremamente apurado, a escritora María Dueñas marca presença na literatura mundial com a estreia do romance “O Tempo Entre Costuras”.

O texto de Dueñas, vale ressaltar, está entre os mais bem traçados que já li nos últimos tempos e pode atender aos leitores mais exigentes. A escritora, que está com um segundo livro nas bancas (“A melhor história está por vir...”) já deve ter arrebatado, a essas alturas, uma legião de fãs, principalmente os que apreciam as obras de Juan Ruiz Zafón (“A sombra do vento”).

Dueñas já atrai para sua obra a partir do título meio enigmático e sedutor, com um toque de feminilidade e mistério. Na trama, que se desenvolve entre a Espanha e o Marrocos, em meio a uma intensa guerra civil, a espanhola Sira Quiroga se envolve em romances complicados e tramas misteriosas que prendem o leitor no

desenrolar do cotidiano dos principais, personagens que são obrigados a todo tipo de artimanhas para sobreviver nos caminhos tortuosos determinados pela guerra implacável que não poupa ninguém.

Eu simplesmente adorei o livro e posso recomendar de consciência tranquila porque, como citei no início, o texto é excelente e a escritora pode ser incluída entre os grandes de nossa época. Vale ressaltar que o best-seller espanhol alcançou índices de venda invejáveis, ficando entre os mais vendidos na Espanha por mais de 1 ano, batendo a marca de 550 mil exemplares. O sucesso editorial se espalhou por mais de 20 países.

Um fator interessante no enredo do livro é o desabrochar da costureirinha simples do início da história, Sira Quiroga, que ganha ares de Mata Hari (famosa espiã), no desenrolar da trama, levando o leitor a querer saber até onde vai sua audácia e coragem para

reconstruir sua vida após todas as dificuldades que é obrigada a enfrentar. Sira é um personagem intenso e envolvente que cativa e apaixona a cada página e nos leva a torcer para que dê tudo certo em sua vida.

Com maestria, Dueñas vai mostrando lentamente os episódios surpreendentes da vida da sua heroína.

Certamente uma boa dica de leitura para o fim de semana.

Sinopse Sira Quiroga é uma costureira simples que está prestes a se casar quando conhece um homem mais velho altamente sedutor que muda o rumo de sua vida. Apaixonada, ela abandona o quase futuro marido e segue outro caminho ao lado daquele que ela julga ser o grande amor de sua vida. Mal desconfia que o sedutor vai deixá-la em uma situação vexatória e que esse abandono vai determinar seus próximos anos e torná-la uma pessoa totalmente diferente.

Na trama, que se desenvolve entre a Espanha e o Marrocos, em meio a uma intensa guerra civil, a espanhola Sira Quiroga se envolve em romances complicados e tramas misteriosas”

SHOW

‘Palavra Cantada’ em Manaus Pela segunda vez em Manaus, a dupla Paulo Tatit e Sandra Peres se apresenta no dia 5 de maio, a partir das 17h, no Studio 5 Centro de Convenções, o espetáculo musical “Palavra Cantada”. O projeto que teve início em 1994 e pas-

sou por várias etapas, após um processo de metamorfose ganhou uma nova roupagem, mas com a mesma essência que conquistou pais e crianças de todo o Brasil.

Com seu show mais recente, “Brincadeiras musicais”, o Pa-

lavra Cantada, é responsável por sucessos como “Pé com pé”, “Sopa” (aquela que começa perguntando: “O que é que tem na sopa do neném?

Será que tem feijão, será que tem macarrão?”), além de dar novo formato a cantigas de

roda e canções de ninar. A apresentação faz parte do calendário de espetáculos da Mega Eventos.

O Palavra Cantada vem sendo aclamada pelo público e pela crítica do país como um trabalho diferenciado dentro da nossa cultura musical. Objeto de inúmeras matérias elogiosas, o selo recebeu vários prêmios que incentivaram-no a cumprir a difícil missão de unir sucesso com qualidade.

Seis dos 13 CDs lançados pela dupla foram premiados.

Os dois primeiros ganharam o prêmio Sharp de melhor álbum infantil: “Canções de Ninar” em 1994 -, que revolucionou o gênero com canções inéditas, e em seguida, veio “Canções de Brincar”, com composições da dupla em parceria com Arnaldo Antunes, Luiz Tatit e Edith Derdyk. Entre elas, os sucessos “Sopa” e “Ora Bolas”, ouvidas em pré-escolas de todo o país.

Evolução Musical Em 1996, foi lançado o CD “Cantigas de Roda”, que colocou uma roupagem atual nas cantigas tradicionais da música brasileira. Em 1998, foi a vez de “Canções Curiosas”, que também recebeu o prêmio Sharp de melhor disco infantil.

Em 2001, a dupla surpreende com um projeto audacioso: o CD-livro “Canções do Brasil – o Brasil cantado por suas crianças”. Projeto esse que envolveu pesquisa e gravação de músicas infantis pelos 26 estados do país. Interpretadas por crianças locais, essas músicas ressaltaram as particularidades culturais de cada região.

“Canções do Brasil” recebeu o Prêmio Caras de melhor disco

SERVIÇO SHOW DO PALAVRA CANTADA Quando: 5 de maio, às 17h Onde: Studio 5 Festival Mall Ingressos: Área VIP (centrais): R$ 60 (meia-entrada) e R$ 120 (inteira) / cadeiras laterais: R$ 50 (meia-entrada) e R$ 100 (inteira)

infantil e de melhor projeto gráfico. No mesmo ano, o “Palavra Cantada” realizou um grande show em Brasília para três mil educadores que lá se reuniam no Congresso Qualidade na Educação.

No ano de 2005, o “Palavra Cantada” lança um álbum duplo, “Pé com Pé”, com 15 canções inéditas.

DI VU LG AÇ ÃO

Sandra Peres e Paulo Tatit formam o Palavra Cantada

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Canal 1 plateia@emtempo.com.br

Bate–rebate

TV Tudo TV fechada A Oi TV ampliou em seu cardápio o número de canais em alta definição.

SporTV e Globo News foram os últimos a entrar.

Está organizado A Globo não pretende reunir os seus três comentaristas – Reginaldo Leme, Luciano Burti e Rubens Barrichello em todas as transmissões da Fórmula 1. Haverá um rodízio entre eles. Sempre dois de cada vez.

Como é a vida Houve um tempo, não tão distante assim, que as emissoras de TV eram impedidas de botar no ar o teipe de um jogo do domingo, por exemplo, antes das 10 da noite.

Isto porque as rádios eram muito fortes e não permitiam. O detalhe é que nem uma e nem outra

pagavam nada pela transmissão.

Como é a vida Houve um tempo, não tão distante assim, que as emissoras de TV eram impedidas de botar no ar o teipe de um jogo do domingo, por exemplo, antes das 10 da noite.

Isso porque as rádios eram muito fortes e não permitiam. O detalhe é que nem uma e nem outra pagavam nada pela transmissão.

Como é a vida 2 Ainda sobre este mesmo assunto, futebol, quando alguém tinha interesse no resultado de uma partida, ou ia ao estádio ou tinha que ouvir no rádio. Não havia outro jeito.

Hoje, além da TV, tem a Internet e tudo mais. Na tar-

DIVULGAÇÃO

No descanso Tiago Leifert retorna ao comando do “Globo Esporte” paulista em maio. A data certa será anunciada oportunamente.

Isto, antes de muito trabalho pela frente, com Copa das Confederações e nova edição do “The Voice”.

Estreia de hoje Quem acordar cedo neste domingo, mas muito cedo mesmo, terá a oportunidade de acompanhar a estreia do “Jornal da Semana”, no SBT, informativo criado para atender o mínimo de jornalismo de diário.

No ar, das 5h15 às 6h30, com Carol Castelo Branco.

de do domingo passado, por exemplo, tinha uns 18 jogos, daqui e de fora, sendo exibidos ao mesmo tempo.

Dois lados Está decidido e confirmado na Band, que o novo programa do José Luiz Datena, “Quem quer ser um milionário?”, será levado ao ar ainda este ano.

O problema está no “a partir de quando?”. Não tem nada resolvido até agora.

Reuniões No SBT, Eliana já participou de duas reuniões, com o vice, José Roberto Maciel, e com Daniela Beyruty, diretora da emissora e filha de Silvio Santos, para discutir sua renovação de contrato.

A apresentadora é uma das maiores audiências.

Márcio Braz E-mail: plateia@emtempo.com.br

Regionalismo: até quando?

O processo de formação das políticas públicas para a cultura no âmbito do Estado do Amazonas está inserido em um universo ainda muito recente, de um pouco mais de uma década, marco creditado à criação, no contexto da administração do então governador Amazonino Mendes, da Secretaria de Estado de Cultura, em 1997, responsável também pelo turismo e desporto.

Pela primeira vez o Amazonas rompia com a morosidade e a indigência intelectual de seus antigos gestores e criara, de fato, uma política cultural, com o estabelecimento de metas, ações, planos e cronogramas, subtraindo a dívida histórica do Estado em relação à cultura. Até então, a pasta de cultura consistia numa espécie de Gabinete Civil dos enjeitados, nomeando artistas de renome, sobretudo escritores, a cargos importantes do Executivo – muitos, por exemplo, componentes do histórico Clube da Madrugada -, e ainda, uma espécie de balcão assistencialista onde o artista tornava-se um pedinte a quem o Estado fornecia algumas migalhas, como foi o caso do pintor Hanneman Bacelar que confidenciava aos amigos sua frustação diante dessa condição.

O certo é que em exatos 16 anos, e sob a batuta precisa de Robério Braga, inúmeros corpos artísticos e festivais foram criados, oportunizando a bailarinos e jovens músicos o ingresso em filarmônicas e corpos de dança, assim como o lançamento de obras e documentos raros, fac-similados, sobre os vários aspectos da história regional .

Ainda que seja possível reivindicar a revisão de algumas ações, existe agora um modelo de gestão, com objetivos cla-

ros e passíveis, por isso mesmo, de críticas. Se antes as análises conjunturais sobre as políticas públicas para a cultura no Estado estavam condicionadas a ausências de perspectivas, atualmente já existe um material sólido, construído ao longo destes anos, para revisar, criticar, louvar ou questionar.

O Festival Amazonas de Ópera (FAO) é uma dessas ações, o que acontece é que parte das críticas ao festival são cercadas de diagnósticos regionalistas, e o regionalismo como sabemos é irmão gêmeo do preconceito e da política de guetos. O regionalismo foi criado por críticos e analistas do Sudeste do país com o intuito de explicar o “fenômeno” criativo e renovador da literatura brasileira nos anos de 1930,cujo princípio era o seguinte: se um paulista escrevesse sobre o cotidiano de um grupo de burgueses em Higienópolis, era considerado escritor brasileiro, mas Raquel de Queiroz e Guimarães Rosa, “escritores da realidade do sertão nordestino”, receberam a pecha de regionalistas.

Na tentativa de se forjar uma identidade para a Amazônia, jornalistas, intelectuais, artistas, políticos e outros asseclas coincidiam suas perspectivas com aquelas desenvolvidas pela ditadura Vargas (1937-1945), onde inúmeros “heróis” foram criados à revelia da própria história, fato esse que ainda permeia o índice de nosso livros escolares até hoje.

Enquadrar a arte amazonense apenas aos atributos do folclore é um truísmo descabido e provinciano a quem a nova geração tem o dever de se prevenir e se manter atenta aos perigos de pseudointelectuais e políticas castrativas.

Márcio Braz, ator, diretor e membro do Navi – Núcleo de Antropologia Visual da Ufam

Na tentativa de se forjar uma identidade para a Amazônia, jornalistas, intelectuais, artistas, políticos e outros asseclas coincidiam suas perspectivas com aquelas desenvolvidas pela ditadura Vargas

• Queridos do público português, Murilo Benício e Débora Falabella, Tufão e Nina de “Avenida Brasil”, serão convidados VIPs da rede de TV SIC. • Os dois estarão no dia 19 de maio, sexta, no “Gala Globos de Ouro”, evento promovido pela emissora.

• A rapidez com que equipes se movimentaram durante os atentados ocorridos em Boston chamou a atenção de todos.

• A capacidade operacional que a Globo possui nos Estados Unidos, atualmente, é uma coisa que impressiona. Tem até um caminhão link exclusivo.

• Pessoal da Comunicação do SBT jura de pés juntos que todas as decisões sobre as novelas já foram tomadas.

• Sabe-se quando vai terminar “Carrossel” e, consequentemente, estrear “Chiquititas”.

• Mas nada é falado agora para não armar a concorrência.

Então tá.

• O canal “Viva” vai reprisar, a partir do dia 5, a série “Ó Paí ó”, com Lázaro Ramos.

• Emerson Sheik, confirmando, será o entrevistado do “De Frente com Gabi”, neste domingo, no SBT.

C’est fini Em comunicado, Maca Rotter Alday, diretora-geral da Televisa Consumer Products, disse que o SBT é o principal cliente da Televisa no Brasil.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Numa dessas...

Nesta santa coluna, não faz muito tempo, se disse que não existe ainda um termo específico que classifique o profissional de televisão.

Por sugestão de um amigo, foi colocado televisista, a título de teste. E não é que alguém, num consultório médico, quando a atendente perguntou a profissão, já disse televisista.

Flávio Ricco Colaboração: José Carlos Nery

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MANAUS, DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Programação da TV SBT 5:30 Jornal da Semana 6:00 Arnold 6:30 Pesca Alternativa 7:30 Brasil Caminhoneiro 8:00 Aventura Selvagem 8:30 Vrum 9:00 Amazonas da Sorte 10:00 Domingo Legal 14:00 Eliana 18:00 Vamos Brincar de Forca 18:45 Sorteio da Telesena 19:00 Programa Sílvio Santos 23:00 De Frente com Gabi 0:00 True Blood 1:00 O Mentalista 2:00 Rizzoli & Isles 4:30 Igreja Universal

RECORD

Esta semana o canal SBT estreia o “Jornal da Semana”

TOURO - 20/4 a 20/5 Um dia oportuno para lidar com situações de conflito e com problemas graves. Pode sair ileso mesmo do contato com circunstâncias arriscadas. Mas também não abuse da sorte.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 É preciso encontrar espaços para a sua liberdade em meio às tensões na vida a dois. Não se sinta pressionado em seus relacionamentos.

Não se deixe oprimir pelos outros.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Um dia de ímpeto inovador no trabalho e na carreira profissional Você pode tomar atitudes mais ousadas, assumindo atitudes e soluções criativas a renovar sua atividade.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Os interesses se direcionam para caminhos ousados. Bom momento para viagens e planejar novas empreitadas. É tempo de expandir relações afetivas e amorosas.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 É favorável livrar-se de vínculos com o passado. Momento positivo para lidar com relações delicadas e situações perigosas Apesar do risco, conseguirá uma boa solução.

4:20 Festival de Desenhos

14:00 Programa do Gugu 22:15 Tela Máxima 0:15 Programação IURD

GLOBO 4:40 Sagrado - compacto 4:55 Santa Missa em Seu Lar 5:55 Amazônia Rural 6:25 Pequenas Empresas, Grandes Negócios 7:00 Globo Rural 7:55 Auto Esporte 8:30 Esporte Espetacular 11:30 Esquenta!

12:50 Temperatura Máxima - Encantada 15:00 Futebol 2013 - Campeonato Carioca – Fluminense X Bangu 17:00 Domingão do Faustão 19:45 Fantástico 22:05 Revenge 22:50 TUF - Em Busca de Campeões.

23:45 Domingo Maior - Ninja.

1:10 Sessão de Gala - Um Louco Apaixonado 2:45 Corujão - Águia 1 - O Res-

Oblivion: EUA. 12 anos. Tom Cruise interpreta um soldado responsável pela proteção dos últimos recursos naturais da Terra após uma guerra contra invasores alienígenas. Um dos poucos habitantes do planeta, ele passa a questionar as ordens e as informações passadas por seus superiores, habitantes de uma nave na órbita terrestre. Cinemark 2 – 12h30, 15h20, 18h10 e 21h20 (dub/diariamente); Cinemark 6 – 12h50, 15h40, 18h30 e 21h30 (dub/diariamente); Playarte 1 – 13h30, 16h (dub/diariamente) e 20h45 (leg/diariamente); Cinemais Millennium 2 – 15h30, 18h30 e 21h (dub/diariamente); Cinemais Millennium 3 – 14h30, 17h, 19h30 e 22h (leg/diariamente); Cinemais Plaza 2 – 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40 (dub/diariamente).

Alvo Duplo: EUA. 16 anos. Jimmy Bobo e Taylor Kwon pertencem a lados opostos da lei. O primeiro é um matador de aluguel, enquanto o segundo é um detetive da polícia de Nova York. Contudo, dois assassinatos implacáveis acabam reunindo a dupla numa perigosa jornada pelas ruas de Nova Orleans e pelos bastidores de Washington, em busca de vingança pela morte dos respectivos parceiros. Cinemark 5 – 14h, 16h20, 18h40 e 21h30 (dub/diariamente); Playarte 5 – 14h05, 16h05, 18h05, 20h05 (leg/diariamente) e 22h05 (leg/somente sexta e sáb); Cinemais Millennium 5 – 19h40 e 21h50 (leg/diariamente); Cinemais Plaza 7 – 15h, 17h, 19h e 21h10 (dub/diariamente).

Chamada de Emergência: EUA. 16 anos. Jordan Turner é uma experiente operadora do sistema de chamada de emergência norteamericano, que precisa lidar com o pedido de socorro da adolescente Casey Welson, que foi sequestrada. O suspense aumenta quando Jordan percebe que, para salvar a vida da menina, precisará lidar com uma conhecida voz do passado. Cinemark 2 – 16h30, 18h50, 21h10 (leg/diariamente) e 23h30 (leg/somente sexta e sáb); Playarte 6 – 13h10, 15h10, 17h10, 19h10, 21h10 (leg/diariamente) e 23h10 (leg/somente sexta e sáb); Cinemais Millennium 7 – 15h20, 17h20, 19h20 e 21h30 (leg/diariamente).

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Dia estimulante para as amizades e para o convívio com aqueles com quem reparte suas ideias e estilo de vida. Possível confusão nas relações que envolvam dinheiro e negócios.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Momento de dar batalha em direção às metas e conquistas principais. Você sairá vitorioso.

Hoje é um dia positivo para se ocupar com as questões materiais e financeiras.

5:00 Igreja Mundial 5:50 Popcorn TV 6:30 Santa Missa no Seu Lar 7:30 Fé na Verdade 8:30 Desenho 9:00 Expressão Esportes 9:30 Mackenzie em Movimento 9:45 Infomercial 10:30 Campeonato Brasileiro de Marcas 11:30 Gol, O Grande Momento do Futebol 12:00 Fórmula Truck 13:30 Terceiro Tempo 14:30 Futebol 2013 16:50 Terceiro Tempo 18:20 Polícia 24h 19:10 As Detetives 20:10 Os Simpsons 21:00 Pânico na Band 0:00 Fórmula Indy - compacto 0:15 Canal Livre 1:15 Las Vegas 1:35 Show Business 3:00 Igreja Mundial

Cruzadinhas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Exame para saber o sexo do feto "(?)

Garcia", romance (Lit.)

© Revistas COQUETEL 2013

Profissional responsável pelas matas 52, em Jogada Raio romanos de golfe (abrev.)

Caminhar Indivíduo para dis- sem imtrair-se portância Título inglês

Recurso para impedir alguém de gritar

Erva de xaropes caseiros As pessoas que têm muito dinheiro (?)-aid: é usado em machucados

Sílaba de "furor" Veículos espaciais Área de apresentação no circo

Nada, na linguagem da internet Cereal de mingaus Carro, em inglês

Estado do Norte Amparo; proteção

Cumprimento do dia a dia

Indústria (abrev.)

Cada peça que constitui a corrente

Indicação do sinal verde de trânsito Empresa de Correios (sigla)

Drama cantado (Mús.)

Vegetal como o cajueiro

Correia de cavalos Produção agrícola

Lista; relação

Nele deve começar a educação (dito)

"O (?) da Compadecida", filme

Elevada; grande Expressão mineira

Peitos; mamas Apenas; somente Encher em excesso; lotar

Saxofone (red.)

Interjeição de alívio Cama, em inglês

Causa do desgaste da sola do sapato

Povoado indígena Compartimento do chuveiro

BANCO

52

Solução

Mente e corpo

saudáveis

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 É tempo de ousar e renovar. Um dia de grande dinâmica para o trabalho e os negócios. Somente cuidado com negócios de risco e especulativos; nestes, você pode se dar mal.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Um dia para você se livrar de sua história passada, abrindo campo para tomar atitudes novas. Momento de autoafirmação da individualidade.

6:30 Igreja Internacional da Graça 7:30 Igreja Internacional da Graça 8:30 TV Kids 9:00 TV Shopping Manaus 10:00 Super Oferta 10:30 A Questão É 11:00 Igreja Internacional da Graça 12:00 Fique Ligado 13:00 Esporte Performance 14:00 Encircuito 15:30 A Questão É 16:00 TV Kids 16:45 Video Mania 17:30 Ritmo Brasil 18:10 O Último Passageiro 19:30 Te Peguei 20:30 Teste de Fidelidade 22:30 TV Shopping Manaus 23:30 Dr. Hollywood 0:30 É Notícia 1:30 Bola na Rede 2:30 Igreja Internacional da Graça

ESTREIA

LIBRA - 23/9 a 22/10 As ações em cooperação permitem maior ousadia e favorecem as mudanças. A empolgação é grande com algumas pessoas, trazendo benefícios para suas atividades.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Um dia de empolgação na vida amorosa e nas atividades empreendedoras e criativas. Seja mais pessoal e marque presença, mostrando a força de seus talentos naturais.

REDE TV

18:30 Domingo Espetacular

Cinema

BAND

NAS BANCAS

www.coquetel.com.br

P J R A S S O M S AI Ã O A S R O R R E NA N D A V E IA C R E N Ç A S IG A R A N U R E D E A S C M R A L T A V F A U S O R R O T A R A B O X E

ÁRIES - 21/3 a 19/4 Marte em bom aspecto com Urano indicam que você está disposto a lutar por seus sonhos mais idealistas. É tempo de afirmar seus valores e construir mais sua identidade.

12:00 Tudo a Ver

G U L T I A I A R IC D A B A N D F A O L A O P E R O L S EI O S O T U A B A A L D EI

GREGÓRIO QUEIROZ

Bíblia em Foco Santo Culto em Seu Lar Desenhos Bíblicos Record Kids Amazonas da Sorte

gate.

3/bed — car — ect — sir. 4/band — iaiá. 5/saião. 9/abarrotar.

Horóscopo

4:45 5:00 5:30 8:00 9:00

10:00 Record Kids

CONTINUAÇÕES Vai Que Dá Certo – 12 anos: Cinemark 1 – 13h, 15h e 17h10 (diariamente); Playarte 2 – 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30 (diariamente) e 23h30 (somente sexta e sáb); Playarte 10 – 13h55, 15h55, 17h55, 19h55, 21h55 (diariamente) e 23h55 (somente sexta e sáb); Cinemais Millennium 8 – 14h50, 16h50, 19h e 21h15 (diariamente); Cinemais Plaza 3 – 15h10, 17h20, 19h25 e 21h30 (diariamente).

Jack – O Caçador de Gigantes - 10 anos: Cinemark 4 – 11h30 (3D/ dub/somente sáb e dom), 14h10, 16h50, 19h30 e 22h10 (3D/dub/diariamente); Cinemais Millennium 1 – 14h10 e 18h50 (3D/dub/diariamente); Cinemais Plaza 5 – 14h50 e 19h40 (dub/diariamente).

Mama – 14 anos: Cinemark 1 – 19h20 e 22h (dub/diariamente); Cinemais Millennium 4 – 15h, 17h10, 19h10 e 21h20 (leg/diariamente); Cinemais Plaza 4 – 15h20, 17h30, 19h30 e 21h50 (dub/diariamente).

Invasão à Casa Branca – 16 anos: Cinemark 2 – 13h50 (dub/ diariamente); Playarte 4 – 13h35, 16h05, 18h35, 21h05 (leg/diariamente) e 23h35 (leg/somente sexta e sáb); Cinemais Millennium 6 – 16h45 e 21h40 (leg/diariamente); Cinemais Plaza 5 – 17h10 e 22h (dub/diariamente).

Os Croods – Livre: Cinemark 7 – 13h20, 15h50, 18h20, 20h50 (dub/diariamente) e 23h10 (dub/somente sexta e sáb); Playarte 3 – 13h30, 15h40, 17h50, 20h e 22h10 (dub/diariamente); Cinemais Millennium 5 – 14h40 e 16h40 (dub/diariamente).

GI Joe – A Retaliação – 12 anos: Cinemark 8 – 12h20 (dub/somente sáb e dom), 14h50, 17h20, 19h50 e 22h20 (dub/diariamente); Playarte 1 – 18h30 (3D/ leg/diariamente); Cinemais Millennium 1 – 16h30 e 21h10 (3D/leg/diariamente); Cinemais Plaza 8 – 14h30, 16h50, 19h20 e 21h35 (dub/diariamente).

A Hospedeira – 12 anos: Playarte 7 – 12h45, 15h15, 17h45, 20h15 (dub/diariamente) e 22h45 (dub/somente sexta e sáb); Playarte 9 – 13h30, 16h, 18h30, 21h (dub/diariamente) e 23h30 (dub/somente sexta e sáb); Cinemais Millennium 6 – 14h20 e 19h15 (dub/diariamente); Cinemais Plaza 6 – 14h, 16h30, 18h50 e 21h20 (leg/diariamente).

A Fuga – 16 anos: Playarte 8 – 20h25 (leg/diariamente) e 22h25 (leg/somente sexta e sábado).

Inatividade Paranormal – 16 anos: Playarte 8 – 14h25, 16h25 e 18h25 (dub/diariamente).

Plateia

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

::::: Sala de Espera A linda Simone Cury está aniversariando hoje. Vai ter comemoração intimista só para a family.

O rapper dos rappers americanos Chamillionaire estará entre nós, no próximo dia 11, no Tropical Hotel. Com única apresentação do internacional na Região Norte, o show faz parte da primeira edição do Favela Chic.

Vanessa e Mano Cavalcanti convidam para conferir os 15 anos da bonita Isabella. A festa que promete ser a mais concorrida da temporada acontecerá no dia 1° de junho, no Tropical Hotel.

Na próxima quinta-fei-

:::::

Jander Vieira

ra, no duplex do Saint Moritz, a festeira Eliane Schneider vai comandar jantar de aniversário para a querida Gigi Cunha – dona da badalada revista Em Visão.

jandervieira@hotmail.com - www.jandervieira.com.br jandervieira

::::: Chame o síndico

A competente Cynthia Luz comandou uma das festas mais concorridas e animadas da temporada, no Dulcila da Ponta Negra, anteontem. A Disco C serviu de cortina para celebrar o seu esperado aniversário.

O superintendente da Polícia Federal, Sérgio Lúcio Fontes, será agraciado com a cobiçada medalha Ruy Araújo, no próximo dia 24, na Aleam, às 11h. A proposição é de autoria do deputado Marcelo Ramos.

Segundo pesquisas, o Brasil tem o pior serviço de internet do mundo. Ainda segundo essas mesmas pesquisas, Manaus tem o pior serviço de internet do Brasil. Logo, se raciocinarmos e usarmos a lógica, Manaus tem a pior internet do mundo.

Será que a Anatel e a Net sabem disso? Mistério... Só para ilustrar a nota: uma amiga da coluna – do tipo unhae-cutícula – quase infartou ao receber sua conta (desde mês) do celular R$ 4.900,40, só de internet, sem nunca ter usado o tal serviço inoperante. Que tal?

André Bessa e sua Karina em noite de pura elegância e alto astral FOTOS: MANOEL NETTO

::::: Na hora Já estava mais do que na hora de passar o trator e recapear a Torquato Tapajós. A via, que é uma das portas de entrada de Manaus via aeroporto Eduardo Gomes, é uma vergonha no quesito asfalto. Cheia de ondulações e mesmo buracos, a avenida é um terror para os motoristas, ainda mais que ali todo mundo mete o pé no acelerador. Boa iniciativa essa da administração Aziz.

::::: Necessário Gracinha dividindo os confetes-com-flashes com o seu primogênito Rafael Villela.

O jovem-competente-médico está trocando de idade hoje.

Os cumprimentos da coluna

A coluna sabe que só construir viadutos e novas vias não será a solução para o problema do trânsito em Manaus, que é o pior do Brasil em matéria de mobilidade urbana. Mas, que é preciso um viaduto na área do Benarrós isso é fato! Ali, onde a avenida São Jorge se encontra com a Constantino Nery e ainda interliga com a Djalma Batista, o trânsito está insuportável.

Fica a dica para a PMM.

Grecemar Abrahim esbanjando seu invejável alto astral em jantar disputado no Palazzolo

André Reis e Fernanda Piva nos domínios da novíssima Hitech, do Amazonas Shopping, em noite de lançamento da grife Sony

D7

E o Mercadão?

Ok, o Paço da Liberdade finalmente foi entregue, na última quinta-feira, mas e como fica o Adolpho Lisboa?

Gente, o mercadão que é uma das caras do centro histórico de Manaus está na terceira gestão de prefeitos e não é entregue ao povo. Sem contar que isso causa um prejuízo enorme ao turismo da cidade. Uma coisa é certa: a obra está demorando mais que as pirâmides do Egito. Oremos.

D8

Plateia

MANAUS, DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013

MC Filipe Ret estreia nos palcos manauenses, hoje Rapper se tornou conhecido nacionalmente após divulgar suas canções cheios de desabafos por meio da internet

DIVULGAÇÃO

PRISCILA CALDAS Equipe EM TEMPO

“E

screver é um ato solitário e egoísta. É na composição que expressamos os sentimentos mais internos. É um verdadeiro desabafo”. Foi o que disse o MC carioca Filipe Ret ao falar sobre as fontes de inspiração para os seus textos, que ganham formas musicais ao tratarem sobre temas como amor, sofrimento, conflitos e até mesmo política.

Após ter dois shows cancelados em Manaus, o rapper se apresenta hoje no palco do Forte Apache, a partir de 17h.

Em entrevista ao EM TEMPO o artista falou sobre o show de lançamento do CD “Vivaz” e da curiosidade em conhecer a capital amazonense.

O MC conta que está ansioso para conhecer a cidade e principalmente para ter contato com o público baré. Ele relata que ao pensar na região a única imagem que lhe vem à mente é um show que assistiu por meio de um canal televisivo, onde a plateia estava, segundo ele, animada e acompanhava o artista que comandava o palco.

“Vi uma galera muito alegre.

Então, penso que ao desenvol-

ver o show, todos terão esse mesmo ritmo. Estou com boas expectativas”, destaca.

Ret ressalta que ao circular pelo Brasil os musicais acabam se tornando parecidos.

Porém, a energia da plateia é que torna os programas únicos. “A diferença está na vibe de quem nos assiste. É um estímulo poder ouvir as pessoas cantando nossas letras”, comenta. “Espero que em Manaus todos gritem, pulem e cantem comigo”, frisa.

De acordo com o artista, hoje, a noite será de lançamento do seu primeiro trabalho.

Ret informa que o álbum foi finalizado no final do mês de dezembro. Após quatro meses de divulgação do projeto, ele conta que o CD tem tido boa repercussão em todo o país. “ Tenho feito várias apresentações e estou feliz em poder chegar a mais esta cidade”, cita. As primeiras divulgações das músicas do MC foram lançadas na internet há 1 ano, fato que ele destaca como um divisor de águas em sua carreira, que já dura 10 anos. “Ao postar as músicas na rede as pessoas começaram a comentar e solicitar apresentações.

Foi a partir daí que surgiu esse CD”, explica.

DIVULGAÇÃO

O mexicano e baixobarítono Noé Colin fará sua estreia no Brasil no Festival Amazonas de Ópera

Com apenas 27 anos de idade, MC Filipe Ret já comemora 10 anos carreira como rapper e sucesso em todas as cidades do país

Apresentação terá uma hora de duração O show terá duração de uma hora, período em que Ret vai exibir as dez faixas existentes no “Vivaz”. Todas as composições são autorais e inéditas. Duas delas “Libertários não morrem” e

“Neurótico de guerra” foram apresentadas aos brasileiros ainda no ano passado.

Segundo o rapper, o nome dado ao álbum refere-se à realidade vivida pelos cariocas, que de acordo com

ele, vivem em uma eterna sensação de insegurança.

“Esse tema define o estado de espírito de quem vive no Rio de Janeiro. Somos vivos, enérgicos e sagazes”, frisa.

O CD fala de temas como

rebeldia, criação de poesias, profundidade e temas que levam ao deboche alheio.

Ret comenta que todas as faixas falam de questões que podem gerar interesse ao público feminino.

ÓPERA

Noé Colin é a estrela de ‘Parsifal’ Saindo de uma temperatura de 3 graus, direto de Viena (Áustria), para o calor de Manaus, a mudança de clima não é nada diante da missão que o mexicano e baixo-barítono Noé Colin terá pela frente, durante sua estreia no Brasil, em Manaus e no Festival Amazonas de Ópera (FAO).

Simpático e de sorriso farto, Noé fará o papel de Amfortas na montagem de “Parsifal”, do alemão Richard Wagner, cuja primeira apresentação acontece no dia 16 de maio, às 18h, no Teatro Amazonas.

Cidadão vienense, apesar de pisar em solo amazonense pela primeira vez, já conhece os artistas locais, como o maestro adjunto artístico do FAO, Marcelo de Jesus, com quem já se apresentou na Colômbia. Ano passado o baixo-barítono participou da produção de “A Mulher sem Sombra”, de Richard Strauss, quando conheceu Sérgio Vela, também mexicano, que assina a direção cênica e a cenografia

de “Parsifal”.

“O trabalho do Vela é muito interessante e apaixonante.

Ele já apresentou o projeto para a ópera de Wagner com toda a concepção do espetáculo, o que ajuda muito o cantor, que não perde tempo

ELENCO

No elenco, o tenor Michael Hendrick (Parsifal), a soprano Olga Segeyeva (Kundry, a mística que tenta Parsifal), o baixo-barítono Noé Colin (Amfortas, rei dos Cavaleiros do Santa Graal) e outros definindo conceitos. Seu outro destaque é porque sabe todos os textos de memória, de cabeça, é incrível”, diz Colin.

O mexicano-vienense viveu no palco lírico personagens com bastante garra, semelhantes ao Amfortas, como

Dom Pizzaro, de “Fidelio”, peça de Beethoven, e vai aproveitar toda essa experiência para a produção wagneriana. “A emoção é muito forte de poder fazer Amfortas. Musicalmente é muito enriquecedor, com melodia emocionante”.

Na história, Amfortas é um rei que acaba seduzido e ferido mortal e dolorosamente pela lança do Santa Graal.

Com 5 horas de duração e dois intervalos, “Parsifal”, segundo Colin, chamará atenção ainda pelo cenário inovador e surrealista. “Haverá tanto o toque para o público conservador, quando o mais moderno, para os jovens. Todos vão se satisfazer com o espetáculo”.

Quanto ao palco da apresentação, o baixo-barítono disse que o Teatro Amazonas é um tesouro que a cidade e o Brasil tem, de acústica perfeita e arquitetura fantástica.

Ingressos estão a venda na bilheteria do teatro ou pelo www.bestseat.com.br.

Mexicano radicado em Viena Noé Colin estudou na Escola de Belas Artes do Estado do México, e formou-se no Opernstudio da Ópera de Zurique. No seu repertório operístico constam mais de 65 papéis, do drama ao cômico. Ano passado, com a Ópera Nacional do México, fez “Die Frau ohne Schatten”, de Strauss, como Barak, e participou do Finnish National Opera em duas composições diferentes de Rossini.

Noé Colin já cantou em teatros, salas de concerto e festivais da Europa.