Eleições 2014 - 29 de agosto de 2014

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Especial

Eleições 2014 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2014

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PRIMEIRO DEBATE FOI MORNO FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

Com regras confusas, duelo entre os candidatos, na Band, teve poucas batidas de frente Horário de fechamento desta edição:

4:00

MÁRIO ADOLFO Equipe EM TEMPO

O

primeiro debate das Eleições de 2014 teve momentos de embates ora virulentos, ora sonolentos, e regras confusas que chegaram a cofundir, em alguns momentos, até mesmo o apresentador Otávio Ceschi Jr. Foram 03:00 de programa com os candidatos José Melo (Pros), Eduardo Braga (PMDB), Marcelo Ramos (PSB), Chico Preto (PMN) e Abel Alves (Psol), que ficaram frente à frente. O critério para a escolha dos candidatos favoreceu somente aqueles partidos com representação na Câmara dos Deputados. As regras complicadas e o sorteio feito pelo apresentador acabaram trazendo, várias vezes, Chico Preto e Abel à cena, escondendo José Melo e Eduardo Braga que, quando tiveram chance de se confrontar, escolheram candidatos diferentes para comentar suas respostas. De acordo com as regras explicadas pelo mediador, o primeiro bloco dedicou três minutos para que os candidatos pudessem fazer sua apresentação. No segundo, eles fizeram a pergunta, diretamente, um para o outro, tendo ainda um minuto para o direito à réplica e tréplica. No terceiro bloco, os cinco candidatos foram sabatinados por jornalistas da TV Rio Negro/ Band. No quarto bloco, os candidatos tiveram a oportunidade de voltar a se confrontar, fazendo perguntas entre si. As considerações finais ficaram reservadas para o quinto e último bloco. Por várias vezes, Otávio Ceschi caiu na gargalhada

quando, no sorteio dos nomes, sobrava apenas um candidato que teria que perguntar para ele mesmo, já que os outros já haviam perguntado e respondido. Por duas vezes, isso aconteceu com Braga, que também acabou rindo. O tão esperado momento de colisão entre José Melo (Pros) e Eduardo Braga (PMDB) aconteceu somente no segundo bloco, quando Eduardo atacou o governo de Omar Aziz e de Melo, dizendo que eles tiveram R$ 20 milhões a mais na arrecadação e alguns projetos “estão devagar, quase parando”. José Melo respondeu que o aumento da receita foi resultado de uma política financeira “inteligente e honesta” e devolveu com outra alfinetada, dizendo que o “nosso governo” (o dele e de Omar) pagou a conta da Ponte Sobre o Rio Negro, da Arena e “o povo vai pagar a do Prosamim”. A rota de colisão que causou mais estragos e rendeu um direito de resposta ao candidato Eduardo Braga foi protagonizada pelo candidato Marcelo Ramos, ao responder a uma pergunta de Eduardo sobre a fuga recorde de 170 detentos de um presídio da capital. Braga usou o pronome pessoal “eles” ao culpar o governo de Melo e Omar, e Marcelo ramos respondeu perguntando “eles quem, Eduardo?”. E passou ao ataque: — Vocês! O Omar era seu vice-governador e o Melo seu secretário de governo. Você

os elegeu e tem responsabilidade por isso. Você pode até criticar, mas tem que fazer ajoelhado no milho. Eduardo Braga pediu direito de resposta e ganhou. Teve um minuto, que foi usado para ele dizer que trabalha desde os 17 anos e que construiu seu patrimônio com esforço pessoal. O candidato do Psol, Abel Alves, foi o primeiro a chegar aos estúdios da Band, na avenida André Araújo, às 20h. Ao passar no corredor formado pelas torcidas dos candidatos, declarou a um repórter que “o importante não é chegar por primeiro ao

CONFRONTO

A rota de colisão que causou mais estragos foi protagonizada por Marcelo Ramos e rendeu um direito de resposta a Braga debate, mas sim na corrida ao governo do Estado”, disse Abel, exibindo o chapéu e o bigode que o deixam com cara de Santos Dumont. José Melo e Eduardo Braga chegaram praticamente juntos aos estúdios da Band, na avenida André Araújo, por volta das 21h. Do lado de fora, as claques se digladiavam aos gritos de “primeiro turno! Primeiro turno! Primeiro turno”, referindo-se aos resultados da pesquisa que dão como favorito Braga. A galera próJosé Melo respondia com grito de “Melo! Melo! Melo!”. Na chegada, o governador avaliou sua campanha como positiva, limpa e de propostas. “Vamos fazer uma campanha equilibrada e sem

agressões. A política já evoluiu bastante para isso”. —Todos os dias, dobro os olhos e agradeço a Deus por ter a oportunidade de trabalhar mais pelo nosso povo —, disse o candidato do Pros, trajando um impecável terno azul marinho. Eduardo Braga também chegou prometendo um debate de propostas e ideias. Fez cobranças e críticas em relação a alguns setores. Disse que iria debater a necessidade de adotar mudanças urgentes na educação e saúde, “que estão devagar demais”. Marcelo ramos veio a pé e exibindo uma camiseta pedindo a “Paz na Eleição”. Em letras expressivas, era possível ler a frase: “Respeite seu adversário, eleição não é briga de torcida”, dizia a inscrição da t-shirt. O primeiro debate das eleições 2014 teve início às 22h, com o apresentador Otávio Cresci Jr., da rede Bandeirantes, apresentando as regras, discutidas previamente entre os candidatos. Mas antes, o mediador apresentou cenas dos candidatos chegando ao estúdio da emissora. Antes de começar o confronto, Cresci explicou que o debate seria realizado na primeira quinzena de agosto, mas foi adiado devido à tragédia que matou Eduardo Campos. No tempo para as apresentações, Abel Alves fez um protesto pelas regras eleitorais que barraram a participação de dois candidatos, Herbert Amazonas (PSTU) e Luiz Navarro (PCB). Abel também lamentou a ausência de uma candidata mulher na disputa pelo governo do Amazonas.

DIEGO JANATÃ

Candidatos ao governado do Amazonas realizaram, ontem, o primeiro debate ao vivo

Melo foi recepcionado pelos correligionários em sua chegada

Braga também foi bastante aplaudido ao chegar na emissora

Marcelo Ramos chegou usando uma camisa pedindo paz


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