Especial
Eleições 2014 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO DE 2014
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AÉCIO X DILMA
Corrupção marca
duelo em 3º debate FOTOS: DIVULGAÇÃO
Ataques indiretos, ironias e corrupção na Petrobras marcaram o terceiro debate deste 2º turno
Aécio questionou a presidente sobre os escândalos envolvendo a Petrobras e a inflação
Dilma chamou o tucano de “pessimista” e disse que o país está em crescimento e com inflação controlada
O
s candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) iniciaram o terceiro debate televisionado neste segundo turno, realizado pela Rede Record, ontem (19), sem fazer acusações diretas. De acordo com a ordem do confronto definida por sorteio, Dilma foi a primeira a perguntar e questionou o candidato tucano sobre a simplificação do sistema tributário brasileiro, com a universalização da Lei do Simples. Antes de comentar, Aécio agradeceu pela “qualidade” da pergunta da candidata, referindo-se aos ataques feitos entre ambos nos dois últimos debates. “Governar é aproveitar as boas ideias. Os programas são das pessoas, dos brasileiros. Acredito é que podemos avançar ainda mais”, afirmou o senador, que depois declarou que o crescimento do governo Dilma será um “dos mais baixos dos últimos anos”. Em seguida, Aécio alfinetou a candidata petista questionando em que lugar o seu governo falhou “no enfrentamento” da criminalidade e na política de combate às drogas. O tucano também afirmou que o cresci-
mento do país é um dos “mais baixos” dos últimos governos. A petista rebateu a afirmação: “O senhor é muito pessimista. Não acredito que o país vá crescer somente 0,3% este ano. O senhor precisa refazer esses gastos”, afirmou a candidata, que citou dados sobre o Mapa da Violência do Estado de Minas, quando
FALHAS
O presidenciável Aécio Neves alfinetou a candidata petista questionando em que lugar o seu governo falhou “no enfrentamento” da criminalidade e na política de combate às drogas Aécio era governador do Estado: — Dos 853 municípios do Estado, apenas 443 possuem delegacias. Isso significa um incentivo ao crime, incentivo à impunidade dos agressores e dos homicidas. Acredito que é muito grave que 56% dos homicídios seja entre jovens de até 29 anos. Após abordar temas como
a recessão técnica do país apontada pelo F.M.I, e a flexibilização das leis trabalhistas, o clima começou a esquentar quando Aécio questionou Dilma sobre o escândalo da Petrobras. O tucano lembrou que a candidata à reeleição afirmou neste sábado, em entrevista coletiva em Brasília, que houve desvios na estatal, e questionou: “O tesoureiro João Vaccari Neto continuará como tesoureiro do partido e como membro de Itaipu. Ele deixará seus funções, após ser citado por envolvidos no caso de corrupção da Petrobras. Você confia nele? A petista não respondeu ao tucano, e afirmou ser contra o “engavetamento” de casos. “Eu fico estarrecida com o senhor falando em governança, com todos aqueles escândalos tucanos engavetados”, rebateu Dilma, que citou os casos Sivam, o mensalão tucano e os processos ligados ao metrô de São Paulo”, afirmou.
Delação, segurança e educação Dilma continua o assunto na próxima pergunta, e pergunta sobre os escândalos do PSDB. Ela cita novamente os casos e pergunta se houve prevaricação no governo tucano, ou se Aécio confia nos suspeitos. “Se não foi comprovada a culpa, as pessoas são inocentes”, rebateu Aécio Neves. No segundo bloco, os candidatos voltaram a falar sobre a Petrobras, mas desta vez, sem citar a corrupção, mas sobre a gestão da estatal. Aécio lembrou que, em 2010, o governo federal fez “uma grande campanha” para que o trabalhador brasileiro investisse seu fundo de garantia em ações da estatal. Segurança “Eu acho que o povo está querendo escutar propostas”, diz Dilma após responder sobre corrupção e caso Petrobras no final do primeiro bloco e no começo
do segundo. A presidente retoma o tema da segurança pública e diz que é preciso unificar as ações de segurança pública. Aécio diz que quer fortalecer a Polícia Federal, que teve o pior investimento nos últimos 5 anos. Em uma nova pergunta, Aécio diz que os bancos públicos sairiam fortalecidos de seu governo. “É justo que a Caixa e o Branco do Brasil estejam recebendo atrasado o dinheiro do tesouro? Eles (os funcionários da Caixa e do Banco do Brasil) serão fortalecidos no nosso governo”, disse o tucano. A presidente afirmou que a “relação do governo com os bancos públicos é grande, e que teve seus lucros ampliados, seus juros diminuídos e a inadimplência reduzida”. Dilma cita que Armínio Fraga afirmou que iria diminuir a participação dos bancos públicos.