Especial
Eleições 2014 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, A, 15 DE SETEMBRO DE 2014
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Atual primeira-dama do Estado, Edilene ajuda o marido à frente do Fundo de Promoção Social
Braço direito de Eduardo, Sandra Braga é a suplente dele no Senado
A arquiteta Juliana Ramos respira política ao lado do marido, Marcelo Ramos
Elas almejam ser a primeira-dama do AM Sempre ao lado dos maridos, as primeiras-damas deixaram de ser apenas coadjuvantes na administração do governo JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO
O
estigma de “dondocas” remetido às primeiras-damas a cada pleito, torna-se menos usado para indicar o perfil das mulheres, que ao lado de seus maridos representam o Estado dentre a classe política brasileira. No Amazonas, o cargo após, a passagem de Nejmi Aziz, ficou ainda mais em evidência, estando à população mais interessada em conhecer e acompanhar as ações de quem pode influenciar e muito as políticas públicas aplicadas nos mais variados âmbitos. O ditado popular sugere que ao lado de um grande homem, existe uma grande mulher. E da presença de grandes mulheres no processo que se desenrola, o eleitor não pode reclamar. Dentre os principais nomes, que postulam a vaga que atualmente é ocupada pela senhora Edilene Gomes, esposa do governador José Melo (Prós), e que briga pela continuidade do trabalho da família frente ao Executivo, estão os de Juliana Monteiro Maranhão Ramos Rodrigues; Sandra Backrmann Braga; Silvana Castro; Selma Navarro
e Jussileide Massulo. Com perfis dotados de capacitação profissional, as possíveis primeiras-damas do Amazonas possuem em comum a dedicação ao lar, a criação dos filhos e deverão apostar na sensibilidade habitual as mulheres para conquistar o voto aos companheiros de vida. Aos 32 anos, Juliana Ramos é casada com o deputado estadual e candidato ao governo, Marcelo Ramos (PSB). Mãe da pequena Marcela Maranhão Ramos, de 1 ano e 3 meses, está ao lado de Marcelo Ramos há 10 anos. Formada em administração pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), acumula ainda a formação em arquitetura e urbanismo pela Universidade do Norte. Conciliando o curso de pósgraduação em arquitetura e iluminação, Juliana Ramos participa ativamente na criação do filho mais velho do companheiro, o enteado Gabriel Ramos de 17 anos. Amante do teatro, Juliana, participa de um curso na Artcena e pretende se dedicar ao teatro musical. “Agora como estamos em época de campanha, e sem rotina. Mas geralmente eu malho às seis da manhã, levo meu enteado
na escola e minha filha também. Como profissional liberal, meu escritório é em casa mesmo. Vou visitar clientes, realizar projetos e acompanhar obras”, explica Juliana. Preocupada com o futuro político do Estado, Juliana é enfática ao falar do apoio que tem dado à carreira do marido. “Desde o começo apoiei
MUDANÇA
A socióloga Maria Fernandes destacou que o desempenho das primeiras-damas deixou de ser percebido pela população como coadjuvante, e sim como peça fundamental no governo meu marido a ser candidato ao governo do Amazonas, pois sou cidadã comum e quero ter boa saúde, educação, segurança e tudo que nos pertence. Estou empenhada na campanha, porque quero mudança e uma vida digna para todos”, ressaltou. Comprando o sonho político do esposo, dona Sandra Braga acumulou a experiência de ser primeira-dama por três vezes. A primeira
quando seu marido, o senador e candidato ao governo Eduardo Braga (PMDB) foi prefeito de Manaus e as outras duas vezes, quando Braga teve nas mãos a gestão do Estado. Primeira suplente do marido no Senado Federal, ao lado dele, ela gerou as filhas Brenda, Bruna e Bianca. Sandra Braga Empresária e bacharel em letras pela Universidade Federal do Amazonas, lecionou em escola pública e ficou conhecida pela elegância e sensibilidade para as questões sociais. Com laços familiares ligados ao município de São Paulo de Olivença, no Alto Solimões, Sandra Braga é presença constante nas ações que envolvem a campanha de Eduardo Braga. Durante a gestão de Eduardo Braga exerceu a função de presidente do Conselho de Desenvolvimento Humano (CDH), implantando projetos como o Jovem Cidadão e o Pronto Atendimento Itinerante (PAI). Atual primeira-dama do Amazonas, Edilene Gomes de Oliveira possui a experiência de quem já passou pelo cargo de secretária. Mãe de dois filhos ela é formada em administração.
Papel importante no governo Segundo dona Edilene, ser primeira-dama é uma função de muita responsabilidade. “Hoje já desenvolvemos por meio do Fundo de Promoção Social, ações fortes de apoio financeiro às instituições sociais. Somente este ano, nossas ações já beneficiaram diretamente, mais de sete mil pessoas em cerca de 30 projetos”, comentou. Na campanha pró-reeleição do seu esposo, Edilene, diz não abrir mão do apoio às instituições sociais. Mas, que é necessário avançar em novas necessidades, projetos como o Viver Melhor são lembrados por ela. “Nesse propósito de qualidade de vida, também vamos construir mais centros de convivência para famílias de Manaus e do interior”, frisou. Silvana Castro Ribeiro da Costa, esposa do deputado estadual e candidato Chico Preto (PMN), é mãe de Antônio Silvestre e Mariana. Empresária, ela está ao lado do marido na briga pela disputa estadual.
Para a socióloga Maria Fernandes, o desempenho das primeiras-damas deixou de ser percebido pela população como coadjuvante em um governo. Com um papel fundamental nas articulações, elas, segundo a socióloga, podem auxiliar ainda na resolução de impasses e oferecer além do ombro amigo, conselhos que podem ser aproveitados e convertidos em políticas públicas sensíveis às necessidades da sociedade. “Com um desempenho atuante e preocupado, essas mulheres podem surgir como um diferencial no governo de seus maridos. Não basta apenas estar ao lado deles nos palanques, com o eleitorado cada dia mais esclarecido, elas tiveram que mudar de postura e arregaçar as mangas. O comportamento dos eleitores do século 21 pede isso, caso contrário, em um caso mais sério, o posicionamento de uma primeira-dama pode até destruir a imagem de um governador”, analisou.