Especial
Eleições 2014 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO DE 2014
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Em último programa na TV, candidatos pedem votos EBC
Ontem, encerrou o programa para os candidatos ao governo. Maioria fez agradecimento, pediu votos e fez cobranças
O horário eleitoral gratuito começou no dia 19 de agosto. Na necessidade de segundo turno, a programação voltará no dia 11 outubro e terminará no dia 24, dois dias antes do novo pleito
O
programa eleitoral gratuito, vinculado no rádio e na televisão voltado para os candidatos ao governo do Amazonas e deputados federais, chegou ao fim ontem e os principais postulantes ao cargo majoritário aproveitaram o espaço para agradecer aos eleitores o apoio adquirido ao longo dos meses que antecederam o pleito do próximo domingo (5). No programa de despedida, foi possível identificar apenas acusações pontuais, já que os candidatos utilizaram boa parte do tempo para destacar as visitas feitas ao interior do Estado. Responsável por abrir a programação, o candidato do PCB, Luiz Navarro, destacou os ideais comunistas e pediu um voto de confiança dos trabalhadores no projeto da legenda. Abel Alves (Psol) convocou a população a marchar por um Amazonas mais justo. “Vamos juntos pela utopia de um Amazonas mais justo. Deposito em ti, amazonense, a esperança no futuro”, discursou. O socialista Marcelo Ramos optou por aguçar a consciência crítica dos eleitores, pedindo que no momento do voto sejam desconsiderados aquela ideologia dos candidatos “que roubam, mas fazem”. O representante do PSB enfatizou que o voto é um instrumento importante de mudança. Ao contrário de outros programas, onde ele disparou inúmeras críticas aos principais adversários, Ramos proferiu um discurso ameno.
“É sempre a mesma coisa, muitos eleitores escolhem aqueles candidatos que sabem que vão ganhar. Avalie o histório e as promessas desses candidatos”, ponderou. Já o esquerdista Herbert Amazonas (PSTU) usou como pano de fundo para o programa da legenda unidades básicas de saúde e hospitais. Ao lado de simpatizantes, ressaltou uma das suas principais propostas de governo, que é a criação de Conselhos Populares, que, segundo ele, seriam os responsáveis pela administração das principais frentes de trabalho da sua
DESPEDIDAS
No programa de despedidas foi possível identificar apenas acusações pontuais, já que os candidatos utilizaram boa parte do tempo para destacar as visitas feitas ao interior do Estado gestão. “Vamos valorizar os servidores da saúde, vamos lutar para o fim das filas”, disse. Já o candidato Chico Preto terminou o seu programa da mesma forma que começou, ao lado da esposa e dos filhos. O candidato do PMN falou da importância de um governo unido com as igrejas e famílias e, dentre as promessas destacadas, enfatizou a intensificação de ações para a consolidação do ensino integral no Estado. Chico Preto disse estar travando uma verdadeira luta “entre David e Go-
lias”, fazendo uma alusão aos principais adversários, o atual governador José Melo (Pros) e o ex-governador e senador, Eduardo Braga (PMDB). Com menos um minuto de programa, conforme determinação da Justiça Eleitoral, o peemedebista Eduardo Braga usou um ataque moderado ao citar a administração que o sucedeu, formada por Omar Aziz (PSD), que agora disputa a vaga disponível no Senado, e José Melo, que luta pela reeleição. Braga, que evitou o clima de “já ganhou”, comparou o processo de escolha dos candidatos a uma partida de futebol. “Você vota em quem está na reserva, ou em quem está acostumado a jogar?”, lembrando que seu opositor direto nunca tinha comandado o Estado de maneira direta, sempre figurando no segundo escalão dos governos. Entre as imagens dos comícios realizados ao longo da campanha, Braga listou as principais promessas contidas em seu plano de governo, com melhores condições de acesso aos serviços de saúde e emprego de qualidade no interior. “Esse povo trabalhador precisa de melhores condições de emprego, para que não tenha que abandonar suas raízes”, assinalou. Eduardo Braga ainda teve concedido um direito de resposta, onde intitulou como inverídicas informações divulgadas por José Melo, que colocou em 22% o nível de criminalidade no Estado. Braga sustenta o aumento dos níveis do último governo em 35,9%, como demonstra o relatório contido no Mapa da Violência.
Resumo das propostas de campanha O programa da coligação Fazendo Mais Por Nossa Gente, de José Melo, foi aberto pelo candidato a vice, Henrique Oliveira (SDD), que pediu um basta ao “passado de truculência”. Em sua participação, José Melo enfatizou seus principais projetos e lembrou-se da importância dos micro e pequenos empresários e na consolidação da economia do Estado. “Vamos construir um banco do povo e para o povo. Serão R$ 1,2 bilhões, cada micro empresário terá à sua disposição R$ 15 mil e pagará com uma taxa de 3% de juros, 7% a menos do que o cobrado por bancos privados. Além disso, ele terá orientação técnica à sua disposição”, e emendou: “Na saúde, serão 900 novos leitos e cinco hospitais. Levaremos médicos especialistas para 14 cidades polos do interior”. José Melo não deixou de fora as promessas voltadas para a segurança, onde se comprometeu com a abertura de cinco mil vagas para a Polícia Militar e a construção de 47 mil habitações.
Programa na TV termina hoje A oportunidade de entrar na casa dos eleitores por meio da rádio e televisão acaba hoje para os candidatos à Presidência da República e deputados federais. O período obedece à legislação eleitoral. O horário gratuito de propaganda eleitoral começou no dia 19 de agosto. Na necessidade de segundo turno, a programação voltará no dia 11 de outubro e termina no dia 24, dois dias antes do segundo turno. Neste caso, os blocos serão de 20 minutos no rádio e na TV. Segundo dados da Receita Federal, este ano a União deixará de arrecadar R$ 839,5 milhões em impostos, ligados às inserções veiculadas entre 19 de agosto e 24 de outubro. O montante destinado a custear o horário elei-
toral gratuito deste ano representa um aumento de quase 39% em relação aos R$ 604,2 milhões que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos em 2010,
ARRECADAÇÃO Segundo dados da Receita Federal, este ano a União deixará de arrecadar R$ 839,5 milhões em impostos, ligados às inserções veiculadas entre 19 de agosoto e 24 de outubro quando também foram eleitos presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. O cálculo não leva em conta a inflação do período. DIVULGAÇÃO
JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO
Hoje termina o programa eleitoral para presidente