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Ele me olhou de lado. — Espero que não tenha me passado piolho. Eu bufei de raiva. Se alguém estava espalhando piolhos alienígenas por aí era Daemon. O celular da minha mãe tocou, e ela o tirou do bolso do pijama, derramando café no chão. O rosto dela se iluminou, do jeito que ele sempre fazia quando Will ligava para ela. Meu coração despencou quando ela se virou e se dirigiu à cozinha. — Will — sussurrei, me levantando antes de me dar conta. Daemon estava bem atrás de mim. — Você não sabe com certeza. — Eu sei. Está nos olhos dela - ele faz com que ela brilhe. — Eu queria vomitar, tipo, falando sério. De repente, eu vi a minha mãe no chão do quarto, sem vida, morta como Carissa. Pânico desabrochou e criou raiz. — Preciso dizer a ela porque Will se aproximou dela. — Dizer o que a ela? — Ele me bloqueou. — Que ele vem aqui para se aproximar de você... que ele a usou? Não acho que isso vá suavizar alguma coisa. Eu abri a boca, mas ele tinha razão. Ele colocou as mãos nos meus ombros. — Não sabemos se foi ele que ligou ou o que aconteceu com ele. Veja Carissa — ele disse, mantendo a voz baixa. — A mutação dela era instável. Não demorou muito para… fazer o que fez. — Então isso quer dizer que é permanente. — No momento ele não estava fazendo com que me sentisse melhor. — Ou que esvaneceu. — Ele tentou novamente. — Não podemos fazer nada até sabermos com o que estamos lidando. Troquei o peso do corpo de um pé para o outro em inquietação, olhando por cima do ombro dele. Estresse se estabeleceu em mim como uma bola de sete toneladas em cima dos meus ombros. Era muita coisa para aguentar. — Cada coisa no seu tempo. — disse Daemon, como se lesse os meus pensamentos. — Vamos lidar com as coisas no tempo certo. É tudo o que podemos fazer.

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