edição 02/2014

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Equipe Técnica: Simone Almeida

Micheli Moreira

Aleska Drychan

Jéssica Mendonça

Sheila Costa

Capa: Ariane Oliveira

Arte final da capa :Nathalia Werneck

Contatos : revistaalternatival@hotmail.com www.facebook.com/pages/Alternativa-L Apoio e Realização

Carta àleitora

Quando apresentamos uma ideia Original frente a alguns que jamais enxergarão além dos próprios olhos, logo nos devolvem uma série de impedimentos.

Alternativa L ultrapassou barreiras ao unir-se com pessoas disposta , cada uma à sua maneira , para produzir uma publicação voltada para você leitora que ama e respeita outras mulheres. Alguns cavalheiros (sim, não somos radicais) também contribuiram em alguns textos da nossa publicação .

Agradecemos a todos que tornaram possível concretizar uma ideia.

E para decepção dos cri-críticos de plantão e nossa satisfação lançamos a 2a edição da Alternativa L .

Apresentamos um aflorar de nossas convicções em "Descobrir-se" lésbica , a poesia na "Inspiração " , e o não menos "Importante Amor " , dicas do nosso Elemento Cultural , Aconteceu e acontece a "Visibilidade Lésbica e Bissexual " , uma reflexão sobre Religião X Homossexualidade e mais " Enfride-se " .

Acreditamos que muitas mulheres desejam expressarem-se ,portanto Alternativa L convida para ser uma opção de sua comunicação.

Boa leitura Equipe Alternativa L

Descobrir-se

Os meios de comunicação esgotam as formas de contar as agruras das “saídas do armário” dos homossexuais masculinos, mas pouco se fala do assumir-se ou descobrir-se das mulheres, passando a falsa impressão de que não sofremos, não possuimos medos ou dúvidas e que toda a pressão familiar e social só recaia sobre os homens gay. Conversamos com 3 leitoras de gerações diferentes que nos revelaram toda sua rebeldia em assumirem –se lésbicas ou bissexuais e o preço pago por essa ação.

ELA ( Bianca Remohi– 18 anos)

Tudo começou com apenas um olhar...um toque... Todos nós, em algum momento de nossas vidas, paramos e nos perguntamos quem realmente somos. Medimos nossos atos, nos surpreendemos com os nossos desejos, descobrimos um novo “eu” a cada sentimento. Como todo cidadão nos encaixamos na sociedade, nos privamos de algumas verdades, e as vezes até mentimos para nós mesmos. Tentamos ser muitas vezesaquilo que não somos , tememos a realidade, escondemos os nossos desejos. Mas, já percebeu que não podemos nos esconder dos nossos próprios pensamentos? Pois é, eu percebo a cada momento...Eu percebo nela. Quem é ela? O que tem nela? Uma noite, um instante, uma aventura singela. Um toque, um olhar, uma piscadela.

Seu jeito inocente mas ao mesmo tempo provocante. Seu sorriso puro, malicioso, perturbante

O que ela tinha que me hipnotizava de forma tão constante? Ela era um mistério, e com certeza um que eu adoraria desvendar. Mas, isso tudo era loucura. Espera... eu nunca dissera ser normal. O que estava acontecendo? Ah, esses desejos. Eu não estou entendendo! Não importa mais, quero me derreter em seus beijos. Como isso foi acontecer? Seu toque, seu jeito, seus devaneios. Suas carícias, seus encantos, seus anseios. Tarde demais, eu já me rendi, muito antes de entender o que estou fazendo aqui. Não quero voltar à realidade, está bom aqui. Não quero ligar para o demais, viver o sentimento é o que há dentro de mim. Quero me entregar à essa fantasia. De seu riso frouxo à uma linda melodia. Das borboletas no estômago à um toque perigoso do desconhecido. Às experiências de um novo que agora me faz todo o sentido. Ao desejo do reencontro antes mesmo do fim aqui proposto. Me entregar à esse amor bandido para outros, mas puro e inocente, incrível e indecente, novo e inexplicavelmente livre. Me entregar à essa sensação de que nada mais importa, de que somos eu e ela contra o mundo lá de fora. Sim, só ela me importa. Me conforta. Com um toque, uma piscadela. Ela. Linda, tão dela. Ela. Meu novo “eu”, graças à ela. Por Bianca Remohi

Certa Certeza

Antes de me assumir eu vivia uma mentira, dia após dia, mentindo para todos a minha volta, e principalmente, para mim mesma. Eu sabia que era diferente, mais tentava me encaixar na na sociedade, tentava ser igual a todo mundo, não queria ser o que eles chamavam de ''anormal''. Até que eu percebi que eu era igual a todo mundo, que não era anormal, e sim humana, só que com gostos diferentes. No início eu tive medo, medo do que as pessoas iriam falar de mim, e principalmente, medo do que os meus pais iriam me dizer. Mais eu já estava cansada de viver uma mentira, então decidi ir fazendo isso aos poucos, comecei contando aos meus amigos mais próximos, e o que eu ouvi deles foi: ''Não importa o que você gosta, e sim a pessoa incrível que você é''. Ouvir essas palavras de algumas pessoas muito especiais para mim, foi uma das melhores coisas que me aconteceu durante esse processo. Com o tempo, todos que me conheciam, já me conheciam sabendo a pessoa que eu realmente sou e que eu gosto de mulheres. E conforme o tempo foi passando, todos a minha volta sabiam, menos os meus pais, esperei ficar segura comigo mesma antes de conversar com eles, até que esse dia chegou, e bom, ouvi muitas coisas que eu não queria, pois a reação de ambos não foi nada agradável, mais eu já sabia que iria ser assim e já tinha me preparado para isso.

Eles até hoje não gostam de falar do assunto, reclamam do meu jeito de se vestir e do meu cabelo curto, mas o que importa é que eu parei de mentir pra eles, para os meus amigos, para mim mesma. E bom, posso dizer com toda certeza que hoje eu sou feliz de verdade, pois não vivo mais uma mentira, e tirar tudo isso de dentro de mim foi um alívio enorme, me deixou mais leve, me deixou tranquila e em paz comigo mesma. Hoje, só faço o que eu gosto de fazer, e se isso incomoda a sociedade, então é problema deles, pois nunca deixarei de ser feliz por conta do que eles falam, acham, ou deixam de achar. Sou feliz com minhas escolhas, e principalmente, sou feliz comigo mesma.

Bruna Schimdt. ( 19 anos)

Meu nome é Simone de Oliveira , tenho 38 anos me descobri gostando de outra mulher por volta dos 10 anos de idade e me sentia estranha ( estavámos nos anos 80 e não era comum falar sobre o universo homossexual na minha familia tão pouco na tv, pelo menos no horário que eu podia assisti-la.) Acreditava que só eu era assim: estranha.

Na adolescencia contei para minha mãe sobre mim e ela me entendeu e me respeitou ,aliás foi a única pessoa que sempre me apoiou em tudo, ela já foi embora deste mundo, mas antes de partir me deixou todo seu carinho e me ensinou a respeitar-me e nunca permitir que alguém me faltasse o respeito devido à minha vida sexual, afinal a vida é minha.

Uma das coisas divertidas que me lembro da adolescencia era a aventura para você conhecer alguém, eu costumava frequentar as danceterias ou barzinhos da rua Santo Antonio,no centro de São Paulo, a Sky era local certo, sempre com gente jovem e alguns barracos, mas gostava de ir lá , era uma época boa.... Faz tempo que não saio a noite, as coisas mudaram muito, a internet tirou um pouco da magia da noite paulistana . Após muitos encontros e desencontros em 2013 eu me casei no civil com uma mulher que além de tudo é minha amiga e cumplice, somos felizes e a única coisa que me falta é o carinho da minha mãe .

Inspirações (continuação)

Guilherme Fernandes

Primeira vez que dançamos juntos, o céu parecia estar sob nossos pés, não importava quem éramos, porque juntos éramos um só.

Não queria soltá-lo jamais, nunca enquanto existir...

Te perder foi muito difícil, foi como viver em volta de um luto inexistente.

Pensei em lutar de novo, mas a minha luta se tornara inútil, sabia que não teria resposta.

Fui de encontro ao meu coração, porque ele com certeza correria pra seus braços, e em segundos estaria no céu novamente.

Às vezes tento construir raiva de você, tentar te odiar que seja, pra que eu não lembre, não precise mais de ti, mas isso parece impossível, pensando assim eu o torno mais fácil ainda em minha mente, quase que uma entrada rotineira, cativa em meus turbulentos pensamentos.

Procurava um grande amor e quando acreditei que o encontrei, ele não acreditou.

O que importa é o importante amor.

Pensar em algo a longo prazo é algo que dá medo, é uma aposta onde nunca saberemos se vamos ganhar ou perder, o que realmente é importante pensar é que se houver vontade, não teremos com o que se preocupar, o ganho vai ser bem maior do que imaginamos. O que vou tratar aqui é sobre relacionamento, e em como gestos mínimos podem fazer grandes mudanças na duração do convívio, não é uma receita, mandinga, macumba e nem conselhos, são algumas dicas em que eu acredito que irá mudar pra melhor seu caso, quero deixar claro que não sou especialista e tenho déficit de romantismo, então vou tratar de forma clara e sem nem um pingo de mel o assunto, sorry,. Fui uma pessoa difícil de lidar, e com a chegada do amor, virei um bobo difícil, uma coisa muito clara era que se eu quisesse que fossemos para frente eu teria de ter paciência e me entregar sem medo, pois se acreditamos em que apostamos, não há porque ter medo, se você entender isso, você vai estar mais que encaminhado, outra coisa muito clara era que eu tinha que respeitar os limites e fazer o outro entender os meus, mas é muito melhor que

algumas coisas possam ser adaptadas para que possam servir para os dois, seria interessante os dois aprenderem a se entregar um ao outro, assim indico jogos para conhecer o seu amad@, tipo um cara a cara , onde você encara e é afrontado, psicologia do confronto, você acaba conhecendo um lado que antes era desconsiderado, é comum ter medo no inicio, no meio, e muitas vezes no fim, então comunique se, é obvio que comunicar o que pensamos é importante, se eu não exponho o que penso sobre o que não me agrada ou que me agrada, como haverá adaptação?!,

Converse bastante, e por fim é muito gostoso demonstrar seu amor, como um bilhete dizendo coisas simples depois de muitos anos de convivência, por que gostamos de ser lembrado da nossa importância e do como o outro é fundamental, ame e não se engane, não confunda carinho com safadeza para não morrer só, é um ultraje contra o que é puro. Sei que tudo é muito simples, mas sempre vejo relacionamentos não durarem por arrogância, não leia só por ler, entenda a importância da leitura em sua vida!

Jonathan Souza Foto: Alternativa L

Elemento Cultural

Micheli Moreira

Cássia Eller, o MusicalPara as paulistanas e fãs de Cássia Eller, o mês de setembro será mais florido que o normal! Estreará no dia 19/09 o musical que irá resgatar a trajetória da artista que será vivida no palco pela atriz Tacy de Campos. O repertório mostrará a convivência da cantora com outros grandes artistas como Caetano Veloso e Nando Reis.

De 10/09/2014 a 10/11/2014 Centro Cultural Banco do Brasil Rua Álvares Penteado, 112- Centro CEP: 01012-000- São Paulo (SP) Tel.: (11) 3113- 3651/ 3652 Segunda, quinta, sexta e sábado: 20h. Domingo: 19h. Preços: Inteira R$ 10,00 – Meia R$ 5,00

Dica: Os ingressos são vendidos às quartas feiras a partir das 9h e costumam acabar e 20 minutos .

WWW.MANCHETEONLINE.COM.BR

Orange is the new black, é um seriado americano, que estreou na Netflix em 2013, baseado no livro de Piper Kerman, que aborda sua experiência na prisão. Esta é uma série de comédia dramática vivida por Piper Chaperman (Taylor Schilling)

Piper mora em Nova York e teve que cumprir 15 meses em uma prisão federal feminina, há muito tempo atrás participou do transporte de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, em favor de sua exnamorada Alex Vause (Laura Prepon) que é uma peça importante para a cartel internacional de drogas.

Este fato ocorreu há 10 anos antes da série, e com o decorrer do tempo Piper viveu sua vida de classe média alta tranquila, ficou noiva de Larry Bloom (Jason Biggs), quando Piper fica presa reencontra Alex que menciona ela no seu julgamento causando sua prisão, elas reanalisam seu relacionamento e lidam com suas companheiras de prisão. Impossível largar esta série, Piper poderia ser você ou sua melhor amiga. (Aleska Drychan)

Enfride-se

Frida Kahlo, pintora mexicana tratada pelos críticos como surrealista, mas seus temas eram totalmente realistas, intensos retratando sua vida conturbada. Pela primeira vez o Brasil receberá um acervo fotográfico inteiramente dedicado a grande e talentosa pintora Frida Kahlo. A exposição foi aberta ao público desde julho deste ano e ficará em Curitiba até o dia 02 de novembro, Paulistanas que tiverem a oportunidade de dar um pulo até o Sul vale a pena conferir esse maravilhoso trabalho!

Texto :Simone Almeida e Micheli Moreira

A revista Alternativa L homenageia a artista com fragmentos de dois de seus auto retratos nas páginas desta edição.

Você na Alternativa L

Pensando em nossas leitoras sortearemos uma ecobag ou sacochila em patchwork para quem enviar matérias para a seção :Descobrir-se , lembrando que a Alternativa L reserva-se o direito de selecionar e resumir os textos recebidos.

Religião x Homossexualidade

Há muitos conflitos quando o assunto é religião e a homossexualidade, principalmente quando falamos das igrejas evangélicas e/ou da Igreja Católica Apostólica Romana. Infelizmente, ainda nos dias atuais a segregação de alguns grupos cristas para com os homossexuais (ainda mais severa conosco, mulheres lésbicas e bissexuais tidas como o sexo frágil). Certo é que, comparar a religião com Deus (deuses, universo, energias maiores, seja lá no que você acredite) é uma comparação um tanto equivocada, mas não entraremos nesta questão. A grande questão que fica quando nos deparamos com o preconceito estampado na cara da maioria das religiões é a intolerância, o preconceito e a falta de amor. Muito irônico, pois é justamente o amor a base das mesmas (pelo menos na teoria). Conversamos com uma de nossas leitoras que é ex membro de uma igreja evangélica. Ela nos contou um pouco sobre suas experiências e vivencias com o grupo Confira :

Nome, idade, profissão e opção sexual?

Luana Sampaio, 25 anos, Call Center, lésbica.

Qual sua opinião em relação a igreja e a forma como a mesma trata as questões da homossexualidade?

Creio que há distorções dos ensinamentos bíblicos que gera preconceito e exclusão dos homossexuais nas igrejas.

Você frequenta ou já frequentou alguma igreja? Se sim, como é/ era a tua relação com os demais membros da comunidade cristã na qual você frequenta/ frequentava?

Frequentei por 18 anos, sempre tive uma boa relação com os membros da igreja, porem após assumir minha homossexualidade comecei a enfrentar preconceito, onde muitos se referiam propositalmente aos homossexuais como maldição, então acabei saindo da igreja.

Como você lidava com o preconceito sofrido pelos membros da igreja?

No começo achava que eles estavam certos e suplicava pelo livramento, mas com o tempo fui estudando a bíblia e comecei a ver que nenhuma forma de amor é pecado, tentei compartilhar meu entendimento, mas em vão.

De que modo compartilhar?

Explicando através da própria bíblia, por exemplo, todos sempre utilizam Sodoma e Gomorra para justificar seus preconceitos, então estudei todo o contexto onde fica claro que o pecado ali citado seria a luxuria e não o homossexualismo em si. Utilizei também Romanos que fala sobre o não julgar, pois o que é imundo pra você não é para o próximo. Tentei mostrar o amor de Deus por nos independente do pecado, que fica claro em João, onde diz que O que for a Ele jamais será lançado fora. Obs.: Romanos 14:4 João 6:37.

Qual mensagem você gostaria de deixar para as garotas que irão ler essa entrevista e podem estar passando por situações semelhantes com a sua?

Que o amor de Deus é incondicional, Ele deu o seu filho para a salvação de todos e não só dos héteros. Independente do que te falem, do quanto te julgam não se deixem abalar, não perca o amor por Deus, pois Ele jamais deixará de te amar. Sejam reflexo do amor do Pai, sejam exemplos de amor e compaixão independente da sua opção sexualidade, pois só com o bem venceremos o mal do preconceito. Procurem conhecer a palavra e não que os outros te apresente-a. Leiam a bíblia.

O que você acha sobre esta questão? Mande teu relato, experiências, teus pensamento sobre religião e o impacto que a mesma tem na vida de mulheres que gostam de outras mulheres.

Você na Alternativa L

Reservamos este espaço para você leitora, divulgar suas poesias, músicas, desenhos, textos, pensamentos, etc. Envie o material para o e-mail: revistaalternatival@hotmail.com. Sinta- se a vontade! Poesia de Anna Beatriz

Jardim do idem Abaixo à teoria da Eva das prostitutas que virão e se Adão, era viado ou não eu não quero saber.

Da maçã nasce a desculpa cria santa cria puta criatura só não cria mulher.

De um pedaço da tua costela posso fazer o que eu quiser ai de quem me disser como eu devo me sentar Talvez o paraíso seja brega demais pra nós dois, amor...

Visibilidade Lésbica

Texto e Fotos: Micheli Moreira e Simone Almeida Dia 29 de Agosto de 2014

DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA E BISSEXUAL

Na Idade Média mulheres "mal comportadas " eram mortas na fogueira por serem fiéis à própria essência , e por não seguirem regras impostas por nossa conhecida sociedade machista,sexista..

Na sociedade atual que para nossos padrões pouco mudou ,a discriminação e um ódio eterno pelas mulheres só ganharam nova roupagem . A fogueira continua sob diversas formas conhecidas de opressão e agressão , começando por impedimentos dos nossos direitos .

O I Seminário Nacional de Homossexuais Femininas e Bissexuais foi realizado em 29/09/1999 para debates e questões ,bem como denúncias e discriminação no próprio universo LGBT .

E o conhecido espaço LGBT , a Praça do Largo do Arouche (SP) e outros pontos da cidade, foi palco no último 30 de Agosto do Festival da Visibilidade Lésbica e Bissexual.Para desespero de muitos estamos em diversos setores da sociedade , o Festival e outras manifestações reforçam nossa VISIBILIDADE .

A Batucada Feminista apresentou a Oficina da Fuzaca fazendo muito "barulho" entonando palavras de ordem como "O corpo é da mulher ela dá pra quem ela quiser ." ou "Somos mulheres e não mercadoria ."

O Festival também contou com oficinas de rua (cartazes, estêncil), a poesia ácida de Formiga , a Dj Gabriela e o hap de Luana Hansen divulgando seu cd .E não poderia faltar uma homenagem para Vange Leonel, falecida em Julho.Ativista mais que atuante feminista lésbica, escritora (Grrrrl: Garotas Iradas , Balada para Meninas ) e cantora , quem não se recorda da Noite Preta ? Mais uma ativista se foi mas as que permacem lutam porque assim como Vange são defendidos direitos e não privilégios. Mulheres, uni-vos .

E por quê 'Mulheres bem comportadas não fazem história ? "

A autora dessa máxima é Maria Shriver , jornalista norte-americana. Certamente para entrar no hall da história é preciso agir ,ter atitudes inesperadas às que hipócritas aí fora pensam que nos determinam. Mulheres decididas que não se permitiram viver à sombra de ninguém, dispostas a quebrarem regras e estereótipos .A compreensão e aceitação disso na nossa conhecida sociedade causam náuseas .Mas enfim, mulheres que marcaram nosso tempo despertando em outras o desejo de não permanecerem paradas no próprio tempo, precisamos de exemplos ? Catarina , a Grande (mãe dos russos ), Cleópatra (utilizou-se de Estratégia para tornar-se Rainha do Egito ), Frida Kahlo(suas telas eram Realistas e não Surrealistas) , e nossa Musa do modernismo Anita Malfatti. Por aqui Maria Evangelina Leonel Gandolfo,mulher mal comportadíssima que influenciou muitas de nós a "nadarem contra a corrente ."Obrigada Vange Leonel . ALTERNATIVA

L lembra que no RJ os vagões destinados as mulheres é uma realidade e dependendo de nós permanecerão estacionados em mentes retrógadas.

A escritora gaúcha "mal comportada" , Clara Averbuck também deixa clara sua posição : "Não queremos políticas públicas que limitem nossos espaços.Punição para quem assedia e liberdade para as mulheres é o que queremos . Não é segregando que se protege . "

Os vagões da segregação são cor de rosa mas a história também é feita por todas as cores.

Simone

Mulheres comportadas não fazem História. Sejamos todas “mal comportadas”

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