Universidade CEU São Mateus - TFG | Arquitetura e Urbanismo - Centro Universitário Belas Artes

Allan Luduvice Feitosa

CEU UNIVERSIDADE

SÃO MATEUS

CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES SÃO PAULO 2018

CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES PROFESSOR ORIENTADOR: IVANIR REIS NEVES ABREU ALLAN

ALUNO: LUDUVICE FEITOSA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE CEU SÃO MATEUS

SÃO PAULO 2018

"Comecemos pelas escolas, se alguma coisa deve ser feita para 'reformar' os homens, a primeira coisa ĂŠ 'formĂĄ-los'."

(Lina Bo Bardi em Primeiro: escolas, Habitat, no 4, 1951)

SUMÁRIO 19

O PROJETO

02 DE ANÍSIO AO TERRITÓRIO CEU

21

O PROGRAMA

06

22

LEITURAS

24

O VOLUME

12 O LOCAL-LARGO DE SÃO MATEUS

29

PLANTAS, CORTES E IMAGENS

18

52

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01

08

INTRODUÇÃO

CEU EM TRÊS FASES

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

DO LOTE

INTRODUÇÃO

tado estudos para a elaboração de um projeto de Centro Educacional Unificado (CEU), assim como das respectivas conexões estruturais que o mesmo equipamento tem como premissa para a configuração de um território.

A metodologia parte do entendimento das experiencias educacionais pioneiras de Anísio Teixeira na cidade de Salvador, das iniciativas de Hélio Duarte na busca por espaços escolares alinhados com teorias pedagógicas a frente do modelo tradicional brasileiro e dos CIEPS cariocas de Darcy Ribeiro, que combatiam as desigualdades e assim como o Brasil da época, perseguiam a democracia e uma sociedade mais horizontal.

Nesse sentido, enquanto base teórica, há o levantamento e caracterização das transformações em que os Centros Educacionais Unificados foram submetidos no passar dos anos até o modelo atual.

O raciocínio é complementado pelos levantamentos e análises sobre o local, na subprefeitura de São Mateus, identificando potencialidades e demandas regionais e relacionando com os propósitos do equipamento visando construir um discurso projetual coerente. Relacionando também, com as referências adotadas a fim de, através de identificar possíveis situações, traços e relações que tragam luz a reflexão do projeto proposto.

Em linhas gerais, o objetivo é a concepção de um espaço focado em educação, cultura, esportes e lazer que seja um referencial na região.

Desenvolver um equipamento integrado à cidade que, através de seu impacto, seja um elemento transformador. Que redesenha e cria percursos e áreas públicas buscando a requalificação do espaço comum à sua volta.

Dentre todas as mudanças estruturais que o país demanda, talvez a educação seja uma das mais latentes. Através da ampliação do acesso a ela, da revisão constante de seus conceitos e a coerência e contextualização de seu conteúdo, pode se dizer que temos como consequência uma população mais consciente de seu papel na sociedade, de seus direitos e deveres, mais crítica e também atenta. A soma desses fatores geram benefícios em diversas frentes como, saúde, sociedades mais sustentáveis, igualdade e segurança, em resumo, qualidade de vida.

Anísio Teixeira, educador responsável pelas grandes mudanças na educação brasileira no século 20, defendia a escola como um direito de todos e lutou para que seus ideais fossem consolidados, produzindo e implantando escolas de diversos níveis. Seus ideais ecoam até os tempos atuais e deixaram na história da educação brasileira muitos exemplos, que através de elementos arquitetônicos foram consolidados.

Dentre tais projetos se encontra o Território CEU, que é a junção do Centro Educacional Unificado(CEU), implementado em São Paulo durante a Gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, com conexões e requalificações entre equipamentos pré-existentes na região de sua implantação. A configuração desse território foi implantada durante a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad.

Discutir a situação educacional brasileira se faz urgente, assim como a proposição de espaços que busquem integração e inclusão social em um país que apresenta, num panorama geral, profundas marcas de desigualdade social.

Portanto, aqui será apresen01

De Anísio

ao Território CEU N

o período que abrange a primeira república, o acesso a educação era limitado, sendo de acesso comum, apenas o que conhecemos hoje como ensino fundamental. Já o ensino secundário era considerado como não obrigatório e era ministrado apenas em escolas particulares.

Nesse cenário, na década de 1930 surge um movimento de renovação do ensino público brasileiro que baseado nos conceitos da Escola Nova, visava a construção de uma sociedade justa, democrática e moderna.

Anísio Teixeira se torna figura central nesse processo de transformação. Educador, jurista e teórico, Anísio percorreu o continente europeu e o norte americano em busca de novas experiências pedagógicas que pudessem ser base para uma nova abordagem no Brasil.

Ao retornar para o país, Anísio é convidado para se tornar secretário da educação do estado da Bahia. De posse do cargo, elabora o Plano estadual de educação escolar.

Inspirado pelos ideais do filósofo e educador americano, John Dewey, que defendia atividades práticas e a democracia como importantes elementos educacionais, Anísio Teixeira elabora o conceito de Escola-Parque.

A proposta se baseava na elaboração de um complexo escolar baseado em um determinado numero de escolas tradicionais, chamadas de Escolas-Classe, e uma escola de caráter especial que abrangesse nas suas atividades o ensino de artes, educação física, teatro, atividades sociais e profissionalizantes. Uma das premissas da renovação citada, era de uma educação em tempo integral, portanto, foi proposto que os alunos frequentariam ambas as escolas, a classe e a parque, em turnos alternados.

A primeira Escola Parque foi materializada através das mãos do arquiteto Diógenes Rebouças e foi implantada na cidade de Salvador em duas fases, 1947 e 1956, sob o nome de Centro Educacional Carneiro Ribeiro e concebido para atender 4000 alunos, sendo 2000 no período da manhã e a mesma quantidade no período da tarde. Com traços marcantes da arquitetura moderna o edifício alinha sua concepção com as ideias de que a Escola-Parque é uma proposta para uma educação completa, deve ser um ponto de convívio da comunidade e materializa-se através de conceitos da arquitetura moderna.

02

No estado de São Paulo, no final da década de 1940, acontece um acordo entre o estado e o município de São Paulo, o Convênio Escolar. O Convênio Escolar designou á prefeitura paulistana a construção de edifícios escolares, instalações auxiliares ao ensino e o atendimento pleno das demandas da população escolar, enquanto o estado foi incumbido da gestão educacional.

Sendo assim, a gestão municipal criou a Comissão Executiva do Convênio Escolar e colocou o arquiteto carioca Hélio Duarte na direção técnica.

Hélio Duarte, por conta de ter morado em salvador, teve contato com o conceito de Escola-Parque onde buscou referência para as escolas do Convênio. A influência é observada através de escolas que foram concebidas com programas ricos que abrangiam consultório médico e dentário, ginástica corretiva, hortas, museus escolares, anfiteatro, laboratórios e viveiros.

As configurações espaciais das escolas implantadas pelo Convênio eram semelhantes de U e H, com o programa dividido conforme sua função, em volumes de diferentes tamanhos e alguns elementos da arquitetura moderno como, panos de vidro com proteções, pilotis, coberturas planas ou meia-água, elementos vazados para promover uma integração entre meio ambiente e o interior do edifício.

Enquanto em salvador a Escola-Parque era uma resposta a uma tentativa de renovação na educação, em São Paulo não era essa a intenção do governo. Contudo, Hélio Duarte e sua equipe buscavam estar atualizados em relação as correntes educacionais mais evoluídas para assim estabelecer diretrizes para a arquitetura escolar proposta. Ainda nesse aspecto de diretrizes, o convênio buscava fortes relações com o meio de inserção de seus projetos visando também, a valorização social do escola a fim de vir a ser o ponto focal na comunidade.

Figura 1: Esquema do centro educacional Carneiro Ribeiro

Fonte: Imagem extraída do site http://seminarioculturamaterialescolar. blogspot.com.br/2011/05/estudos-anisio-teixeira-educacao-nao-e.html dia 01/12/2017 às 15:10

Figura 2: Centro Educacional Carneiro Ribeiro por Diógenes Rebouças

Fonte: Imagem extraída do site http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/artigo122877-1.aspx dia 01/12/2017 às 15:20

Figura 3: Croquis de escolas do Convênio Escolar de Hélio Duarte(1948)

Fonte: Imagem extraída do site http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/artigo122877-1.aspx dia 01/12/2017 às 15:20

03

Em um momento de retomada da democracia no país, nos anos 80, Darcy Ribeiro, que ocupou cargos de vice-governador e secretário da ciência e educação, revisita os conceitos de Escola-Parque no estado do Rio de Janeiro propondo os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs). Os CIEPs buscavam reequilibrar situações de desigualdade social nas áreas mais carentes através do ensino em tempo integral, ofereciam 3 refeições diárias, atendimento médico e odontológico e essa assistência se estendia aos sábados e domingos.

A materialização arquitetônica ficou a cargo do arquiteto Oscar Niemyer que junto com grupo de colaboradores, desenvolveu um projeto básico que abrangia em seu programa 24 salas de aula, refeitório, consultório médico, biblioteca e um ginásio de esportes. O projeto que dispunha de uma área construída de 7 mil m² demandavam lotes de 10 mil m², como a oferta de terrenos de grandes dimensões era escassa, adotou um programa mais compacto onde a quadra era alocada no pavimento de cobertura do edifício.

O programa destina no térreo consultório médico e refeitório que extrapola os limites do edifício. A circulação vertical acontece por meio de rampas na lateral do edifício e nos pavimentos superiores, destinados às salas de aula, possui circulação no centro.

Foram construídas cerca de 500 unidades dos CIEPs que adotavam estruturas de concreto pré-moldado para dar agilidade na sua construção,que em termos de tempo, levava cerca de seis meses para a obra ser entregue.

Tais peças estruturais pré-moldadas, configuram aberturas arredondadas na fachada que são preenchidas por peitoris coloridos e foram concebidas na etapa de projeto e executadas na fábrica de escolas que era coordenada por João Filgueiras Lima.

Figura 4: CIEPs no Rio de Janeiro

Fonte: Imagem extraída do site http://arqguia.com/obra/centros-integrados-de-educacao-publica-cieps/?lang=ptbr dia 01/12/2017 às 15:55 Figura 5: CIEPs no Rio de Janeiro - Fachada com aberturas arqueadas

Fonte: Imagem extraída do site http://www.valenca.rj.gov.br/?p=2785 dia 01/12/2017 às 16:20 Figura 6: CIEPs vista da Rampa e fachada

Fonte: Imagem extraída do site https://educacao.uol.com.br/album/mobile/2013/08/01/ conheca-projetos-que-influenciaram-os-ceus.htm dia 01/12/2017 às 16:10

04

De volta a cidade de São Paulo, no início do século vinte e um, mais uma vez os ideais de Anísio Teixeira são retomados. Dessa vez, de uma forma mais ambiciosa, o conceito da Escola-Parque é base para a criação dos Centros Educacionais Unificados (CEU). Os CEUs foram desenvolvidos sob a Gestão da ex-prefeita Marta Suplicy entre os anos de 2001 e 2004, começaram a ser implantados no mesmo período. O projeto básico foi desenvolvido pela equipe de arquitetos do departamento de edificações da Secretaria de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza.

Os CEUs são estruturas de grande porte localizados em regiões com elevados índices de vulnerabilidade social e, assim como os projetos já citados, tem como premissa a busca por um equilíbrio no acesso à educação, cultura, esporte e lazer. Sendo assim, seu programa abriga creche, ensino infantil e fundamental, teatro, parque aquático com três piscinas instalações esportivas, biblioteca, telecentro e estúdio para ensaios e produção musical.

Com modulação de ritmo bem marcado em concreto pré-moldado, os CEUs têm capacidade para atender 2400 alunos. Sua circulação vertical se da no centro do edifício e no pavimento superior chega se convertendo em corredores laterais que configuram grandes varandas, que reforçam o contato com o ambiente.

Quando inseridos nas comunidades, os CEUs se tornam praças e pontos de encontro que se abrem a sociedade inclusive aos fins de semana, favorecendo o desenvolvimento de melhorias urbanas na sua área envoltória.

Na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, o programa dos CEUs foi complementado com melhorias urbanas nas regiões em que se instalaram novas unidades do equipamento.

As melhorias buscam conexões entre equipamentos existentes, qualificação do espaço urbano no sentido que configuram em território que reforça características dos CEUs como centralidades da comunidade.

Figura 7: Vista aérea do CEU Parque Veredas

Fonte: Imagem extraída do site http://www.construbase.com.br/areas-de-atuacao/construcoes/centro-educacional.php dia 01/12/2017 às 16:25 Figura 8: Fachada do CEU mostrando ritmo da modulação

Fonte: Imagem extraída do site http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.055/517 dia 02/12/2017 às 11:11 Figura 9: Volume arredondado destacado abrigando a creche

Fonte: Imagem extraída do site http://www.arcoweb.com.br/projetodesign/ arquitetura/alexandre-delijaicov-andre-takiya-e-wanderley-ariza-centros-educacionais-23-10-2003 dia 02/12/2017 às 11:15

05

rém, com alterações claras na concepção arquitetônica. O edifício das classes passa a apresentar traços mais pesados, com janelas e aberturas consideravelmente mais estreitas, diluindo a relação interna do edifício com a comunidade. Adota-se também, uma materialidade baseada em placas de concreto aparente para o bloco do teatro, além de trazer um plano inclinado na vedação vertical com tiras de ornamento na vertical.

Sob a administração de Fernando Haddad (2013-2016), foi construído apenas uma unidade e a mesma, foge de ambos os padrões apresentados. Ainda assim, foram projetadas 16 novas unidades CEU que recuperam e complementam os traços da fase inicial do equipamento. Nesta que

CEU

em 3 fases A produção das unidades dos CEUs foi mais intensa nas gestões Marta Suplicy (2001-2004) e José Serra, que após renúncia foi substituído por seu vice Gilberto Kassab e então reeleito na eleição seguinte (2005-2012). Índices com base nos dados da prefeitura de São Paulo, indicam que o número de equipamentos realizados no período apresentado é de 61 unidades. É interessante notar que houve a preocupação da gestão de José Serra/Kassab de diferenciar os CEUs que seriam entregues durante seu mandato. As características iniciais dos CEUs se baseiam em 3 volumes sendo, um bloco horizontal e estreito que abriga as salas de aula, um volume circular destacado que é destinado à creche e uma volumetria ortogonal que abriga o núcleo esportivo assim como a sala do teatro. Contudo, na fase inicial, no bloco alongado, sua estrutura modulada de ritmo bem marcado pelos pilares em concreto pré-moldado, complementado pelos corredores laterais e uma fluidez no térreo traziam ares de leveza e de integração com o entorno. No que podemos chamar de segunda fase, quando muda o governo municipal, a característica organizacional baseada na divisão de funções se manteve, po-

Figura 10: Vista do CEU Rosa da China - Primeira Fase

Fonte: Imagem extraída do site hhttp://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/ Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/CEU-Rosa-da-China--Informacoes-Gerais dia 02/12/2017 às 12:40 Figura 13: Ilustração genérica baseada no modelo de CEU fase 1

Fonte: Autor, 2017

06

Figura 14: Ilustração genérica baseada no modelo de CEU fase 2

Figura 16: Exemplo de delimitação do Território CEU

Fonte: Autor, 2017

Fonte: Imagem extraída do site http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ ceu-vila-prudente/ dia 02/12/2017 às 13:00

Figura 11: Vista do CEU Formosa - Segunda Fase

Figura 12: Vista eletrônica do CEU Vila Prudente - Terceira Fase

Fonte: Imagem extraída do site http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/ Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/CEU-Formosa--Informacoes-Gerais dia 02/12/2017 às 12:50

Fonte: Imagem extraída do site http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ ceu-vila-prudente/ dia 02/12/2017 às 13:00

aqui será denominado terceira fase, o volume arredondado que abrigava a creche é suprimido e o programa é incorporado no bloco horizontal, os lotes escolhidos para a implantação dos edifícios são públicos e na maioria dos casos, já possui algum equipamento público e é previsto que sejam feitas melhorias urbanas na região de cada unidade para que se priorize a qualidade dos percursos realizados diariamente, pelos pais e crianças, até o CEU. E também para que o mesmo seja o elemento organizador de uma rede de equipamentos regionais, configurando o Território CEU.

Figura 15: Ilustração genérica baseada no modelo de CEU fase 3

Fonte: Autor, 2017

07

ReferĂŞncias

Figura 17: Vista diagonal

CENTRO PAULA SOUZA Arquitetos: Spadoni AA, Pedro Taddei Arquitetos Associados Localização:São Paulo, SP, Brasil Área: 29490.0 m² Ano do Projeto:2013

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos dia 04/12/2017 às 12:50 Figura 18: Vista interna

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos dia 04/12/2017 às 12:50 Figura 19: Fachada frontal

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos dia 04/12/2017 às 12:50

09

CEU PIMENTAS Arquitetos: Biselli + Katchborian Arquitetos Localização: Guarulhos, SP, Brasil Área: 16000 m² Ano do Projeto:2010 Localizado no bairro dos Pimentas, na cidade de Guarulhos, o CEU Pimentas se apresenta como um edifício horizontal com uma grande cobertura em estrutura metálica.

Sob a cobertura acontece o bloco esportivo com quadras e áreas livres, as piscinas ficam concentradas na parte externa do edifício. O restante do programa estruturas de concreto aparente.

A soma da grande cobertura metálica com os elementos aparentes e o concreto trazem traços fabris ao edifício.

Nesta unidade CEU são oferecidos cursos de línguas, artes visuais, grafite e diversas modalidades esportivas.

Além dos aspectos citados o que torna esse edifício um referencial é o fato do mesmo se tratar de um Centro Educacional Unificado que rompe com os padrões formais já apresentados neste caderno.

Os traços da modernidade estão presentes na divisão setorial do programa, contudo, quando o grande vazio, protegido por uma estrutura metálica que articula todo o programa, o edifício ganha uma contemporaneidade notável.

CENTRO PAULA SOUZA

Figura 20: Vista em diagonal

Arquitetos: Spadoni AA, Pedro Taddei Arquitetos Associados Localização:São Paulo, SP, Brasil Área: 29490 m² Ano do Projeto:2013

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados dia 04/12/2017 às 12:40 Figura 21: Fachada lateral de um dos volumes

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados dia 04/12/2017 às 12:40 Figura 22: Vista do pátio central

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados dia 04/12/2017 às 12:40

10

Centro Paula Souza é a instituição responsável pelo ensino técnico do Estado de São Paulo. Sob sua responsabilidade estão 268 escolas e faculdades.

Em uma tentativa do estado de liderar o programa de renovação do bairro da luz em São Paulo, em 2009, foi definido que em uma quadra de aproximadamente 7000 m² seria construído o edifício que abrigaria uma sede institucional mais uma escola técnica de nível médio.

O partido foi definido pelos autores como chão público com o intuito de garantir uma boa fruição pública através da oferta de uma praça no centro da quadra, interligando as ruas envoltórias.

O desenho consiste em dois edifícios independetes localizados nas laterias mais estreitas da quadra, interligados por coberturas com telhas perfuradas.

Sua materialidade é definida em concreto aparente, composto por lajes em grelha, e estruturas metálicas que se destacam nas passarelas, proteções solares e coberturas.

A referência projetual se dá pela ideia de uma edificação com térreo permeável oferecendo uma praça para a cidade e configurando uma situação de quadra com ocupação perimetral se mostrando pertinente em relação à um desenho de cidade que valoriza espaços de encontro e convívio.

PARQUE BIBLIOTECA FERNANDO BOTERO

Figura 23: Vista do edifício inserido na paisagem

Arquitetos: G Ateliers Architecture Localização: Medelin, Antioquia, Colômbia Área: 4146 m² Ano do Projeto:2009 Integrante de um plano de desenvolvimento ,que busca levar educação e cultura para uma população de baixa renda marginalizada das politicas sociais, o Parque Biblioteca Fernando Botero emerge na paisagem em meio a arquitetura tradicional do local, desenvolvendo um diálogo com contrastes e respeito.

O edifício consiste em um alongado e escuro bloco monolítico perfurado por aberturas ortogonais aleatórias e situado em uma situação topográfica que lhe garantem título de marco referencial na paisagem.

O programa abrange uma biblioteca, salas de leitura, teatro, escola de música e dança, oficinas de artes plásticas salas multiuso e brinquedotecas.

A construção de referencial arquitetônico na paisagem de uma comunidade dedicado a educação denota uma intenção de que a educação pode nortear o desenvolvimento social rumo a um futuro de oportunidades para todos.

E a materialidade contrastante ganha elegância por fazer parte de um volume que respeita o entorno e ainda busca referencia nos vizinhos.

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture dia 04/12/2017 às 12:45 Figura 24: Fachada Lateral

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture dia 04/12/2017 às 12:45 Figura 25: Vista interna

Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture dia 04/12/2017 às 12:45

11

O LOCAL Largo de São Mateus

N

12

São Paulo é uma cidade culturalmente diversificada, densa e de muitos cenários urbanos. A administração pública divide o município em subprefeituras com o intuito de garantir uma melhor gestão em cada região da cidade e dentre essa divisão, temos a subprefeitura de São Mateus.

São Mateus, que está localizado na zona leste da cidade paulistana, também faz divisa com os municípios de Santo André e Mauá.

O histórico da área passa por uma floresta habitada por índios, depois se torna uma fazenda, a Rio das Pedras e então, em 1946, se torna um grande loteamento idealizado pelo imigrante Italiano Mateu Bei, que tinha a visão de criar um bairro nobre. No entanto, a ocupação da região se deu de forma penosa pois, poucas pessoas se interessavam em morar a quatro horas do centro da cidade. Tal situação levou a oferta de 500 telhas e 2000 tijolos para quem comprasse um lote na região.

O tempo passou e em 2010 a região apresentou índices de cerca de 427 mil habitantes, configurando uma densidade demográfica de 110,54, maior que a média do município. Ainda no fator densidade, a região vem crescendo expressivamente e no período que abrange os anos de 1980 à 2010 o crescimento foi de 205.000 habitantes (Ver figura 15).

Em termos de vulnerabilidade a subprefeitura apresenta altos índices e um IDHM abaixo da média municipal (ver figura 17).

A atividade econômica predominante é a do comércio varejista, seguido pelo setor industrial metalúrgico, têxtil e químico. Ainda assim, em relação ao município, os índices são baixos, representando menos de 1% dos empregos formais da cidade. A renda família “per capita” margeia os R$600,00.

Em acesso à serviços, o ensino fundamental e médio atende cerca da metade da demanda para as faixas etárias correspondentes. A rede de atendiment socioassistencial fica muito à quem da demanda ofertando somente 13,9% para crianças, para jovens 8,1%, somente no distrito de São Rafael e para idosos 6,7%, também no distrito de São Rafael.

Uso predominantemente residen-

cial, com poucos edifícios verticais e mais 30% do território demarcado por ZEIS e cerca de 11% dos domicílios localizados em favelas. A rede de esgoto não atende 13% dos domicílios, valor acima da região leste 2(9,8%).

A região ainda demanda transporte público e não possui corredores de ônibus. Grande parte da população realiza deslocamentos a pé (40,5%).

Já a parcela que utiliza do transporte público, tem grandes gastos de tempo nos deslocamentos casa-trabalho.

Caracterizando-se como uma região de muitas carências urbanas a subprefeitura ainda apresenta áreas de vegetação sob pressão da ocupação urbana desordenada.

Figura 26

Fonte: SÃO PAULO. Caderno das Subprefeituras. Disponível em http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/ dia 02/12/2017 às 17:00 Figura 27

Fonte: SÃO PAULO. Caderno das Subprefeituras. Disponível em http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/ dia 02/12/2017 às 17:00 Figura 28

Fonte: SÃO PAULO. Caderno das Subprefeituras. Disponível em http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/ dia 02/12/2017 às 17:00

13

Figura 29: equipamentos do recorte definido para estudo

2 1 3 2

1 4

4

1

2 5 1

2 1

1 3 Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor. DisponĂ­vel em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 Ă s 12:00

N

14

O lote escolhido se encontra no distrito de São Mateus, em um ponto de convergência de sua região. Neste local há um cruzamento entre a AveÁREAS VERDES nida Sapopemba com a Avenida Ragueb Chohfi e também pontos das extremidades das avenidas, Mateu Bei e Adélia Chohfi. A confluência destes eixos mais TRANSPORTE a presença do Terminal metropolitano 1. TERMINAL METROPOLITANO de São Mateus e da futura estação 2. METRO SÃO MATEUS de metrô da linha prata, configura a região como uma centralidade local.

Ao longo do eixo da Av. Mateu ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Bei há uma forte presença de comércios 1. E.E. Walter Belian e serviços, destoando da caracterís2. E.E. Prof. Valentim Carra tica predominantemente residencial 3. E.E. João Sarmento Pimentel da subprefeitura. Consequentemente 4. EMEF Rodrigo Mello F. Andrade existe um volume considerável de pessoas transitando ao longo da avenida.

5. E.E. Prof João Camargo Já seguindo o eixo da Av. Ragueb Chofi sentido leste, vamos ao ENSINO INFANTIL encontro de duas grandes avenidas da região , Av. Jacú-Pêssego e Ari1. EMEI Ataulfo Alves canduva. Tais caminhos nos levam, 2. EMEI Elis Regina 3. Creche Municipal Maria Cursi respectivamente, ao Rodoanel Mário Covas, via expressa que circunda a 4. EMEI Jesuina Nunes Barbosa grande São Paulo , e à marginal Tietê.

Essa característica de centralidade como consequência de um ASSISTÊNCIA SOCIAL ponto de junção de eixos estrutu1. Ass. comunitária e beneficente radores, mais a presença de equiPd. José A. M. Moreira pamentos de mobilidade de alta, mé2. Sociedade Instrução e Socorros dia e baixa densidade, configuram uma situação favorável para a implantação de um equipamento com um programa sociocultural que por conta SEGURANÇA 1. 4º Distrito da Policia Civil do fácil acesso ao transporte público , democratiza seu alcance.

LOCAL DO PROJETO

SAÚDE

1. Pronto Atendimento São Mateus II CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL CONCENTRAÇÃO DE ASSENTAMENTOS IRREGULARES CORREDOR METROPOLITANO ABD METRO - LINHA PRATA AV. SAPOPEMBA AV. MATEU BEI

15

LOTE - PROJETO

Figura 30: zoneamento do recorte definido para estudo

Zoneamento demonstra uma grande diversificação dos usos da região. Vale destacar as ZEU_u que trarão ao distrito qualificação urbana articulada com o sistema de transporte coletivo.

Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor. Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:00

N

16

Figura 31: Macrozonas

Lote -Projeto

Delimitação das macrozonas apresentando um cenário que alia o desenvolvimento urbano qualitativo com a proteção e recuperação áreas verdes sob pressão de ocupação desordenada.

Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor. Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:05

N

Figura 32: Macroáreas

Lote - Projeto

O vetor da macroárea de estruturação urbana jaz parte do perímetro de incentivo ao desenvolvimento da região da Jacu-Pêssego.

Grande demanda para a redução da vulnerabilidade urbana

Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor. Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:10

17

N

Do lote

Figura 33: Vista aérea com áreas de interesse destacadas

Fonte: Google Earth. Adaptado Autor. 2017

N

Localizado ao lado da praça Felisberto Fernandes da Silva e entre as ruas Ursa Menor, Hiperion e Av. Sapopemba o lote se apresenta em condições de uso por um supermercado de efetividade sazonal.

Com localização privilegiada por ser lindeiro ao terminal metropolitano de São Mateus o lote ganha grande valor estratégico pela chegada da estação da linha 15-prata

do METRO e a futura construção de um terminal urbano de ônibus da SPTRANS. O conjunto de equipamentos configura em um grande terminal intermodal que gera um grande impacto em seu entorno. Portanto, durante a investigação, nos deparamos com uma proposta de requalificação urbana para a região que será adotada durante a elaboração da proposta.

1 2 3 4

4

-

Terminal Metropolitano Terminal SPTRANS Estação linha prata - METRO Lote de intervenção

Acessos subterrâneos Corredores de ônibus Monotrilho linha 15-Prata METRO

3

2

Dados do lote Área aproximada = 12570 m² C.A. = 4 = 50280 m² T.O. = 0,7 = 8799 m² Área permeável = 3142 m² Zoneamento = ZEU inserido na Macroárea de Estruturação Metropolitana e na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana.

1

Fonte: Imagem produzida pelo autor a partir da proposta de acessibilidade e mobilidade urbana por Valente Arquitetos, 2018.

18

O PROJETO

O PROJETO visam formar profissionais com a capacidade de pensar, discutir e propor as dinâmicas das cidades e dos espaços públicos sob o olhar de diferentes profissões.

Os cursos são arquitetura e urbanismo, engenharia civil, engenharia de mobilidade e transportes, engenharia ambiental e sanitarista, designer, geografia, administração pública e turismo. Para cada curso será disponibilizado sessenta vagas em dois turnos. Os cursos em média possuem de quatro a cinco anos de duração, o que resulta em uma média de dois mil e duzentos alunos por turno na instituição.

Complementando, soma-se ao conjunto, seguindo o programa básico do CEU, o bloco esportivo e o cultural, dotados de quadra poliesportiva, biblioteca e teatro. Ambos se tornam chave na dinâmica entre o espaço público e a universidade.

A predominância por espaços para ministrar aulas e sua disposição é crucial nas determinações formais e estruturais. Nesse âmbito, as salas de aulas serão divididas em dois grupos: Salas para aulas teóricas e expositivas e salas para realização de atividades e trabalhos .

Para as aulas expositivas o formato é de auditório com mobiliário fixo e dimensionado com base no módulo de 1,5m².

Já as salas de aulas praticas apresentaram ambientes flexíveis e generosos em sus dimensões, sendo capaz de abrigar e dar suporte a trabalhos de diferentes naturezas.

O cenário anteriormente proposto apresenta muitas qualidades em relação ao redesenho urbano pois, aproveita da implantação dos novos equipamentos para traçar uma cidade generosa com o pedestre, fluída para os veículos e eficiente no contexto que se apresenta.

Sendo assim o ensaio projetual que se segue, visa a integração com esse contexto através da coerência de seu programa, implantação permeável ao pedestre potencializando caminhos e conexões e estabelecendo um conjunto educacional como ensaio de uma cidade, assim como a cidade se apresenta como uma grande escola a céu aberto.

Por conta das características de centralidade polar, da integração espontânea com a rica presença de transportes públicos e buscando consolidar a rede de escolas e CEU's que a região possui, é adotado que o bloco educacional do conjunto será focado no ensino superior, tomando como referência universidades federais como a Universidade Federal do ABC, direcionando à um desenho contemporâneo de espaços de integração e convivência dentro do conjunto.

Portanto o programa pedagógico utilizado como base para o desenvolvimento e dimensionamento da proposta é o do Instituto das Cidades que tem em suas intenções configurar seu campus como uma pequena cidade e que seu entorno seja um grande laboratório de estudos que alimenta as discussões de seus cursos.

O programa abrange cursos que 20

O PROGRAMA AMBIENTES AULAS EXPOSITIVAS AULAS PRÁTICAS SANITÁRIOS LABORATÓRIOS EDUCACIONAL DIRETORIA SECRETARIA SALA DOS PROFESSORES ESPAÇOS DE USO MÚLTIPLO RESTAURANTE

QUANTIDADE 20 18 78 4 1 1 1 1

m² (un)

100 180 5 192 200 200 200 2337 410

m² (TOTAL)

2000 3240 390 768 200 200 200 2337 410 9745

CULTURAL

AMBIENTES BIBLIOTECA TEATRO

QUANTIDADE

1 1

m²(un) 2832 2472

m²(TOTAL)

2832 2472 5304

ESPORTIVO

AMBIENTES QUADRA POLIESPORTIVA PISCINA SEMI OLÍMPICA PISCNIA RECREAÇÃO VESTIÁRIOS SETOR TÉCNICO MANUTENÇÃO ESTACIONAMENTO

QUANTIDADE

1 1 1 2 1 1 1

m²(un)

385 300 82 103 703 58 684

m²(TOTAL)

385 300 82 206 703 58 684 2418

21

LEITURAS Predominâncias de usos

Residencial

N

Comercial

Intensidade dos fluxos

Fluxo baixo

Fluxo moderado

22

N

Fluxo intenso

Caminhos possĂ­veis de acordo com pontos de interesse

N

Eixo predominante Eixos complementares

23

O VOLUME

17467m²

1_situação atual lote nivelado na cota +820

2_Volume resultante do pré dimensionamento programático

24

3_Interligando o conjunto com o entorno através da criação de um percurso que conecta os desníveis da área.

25

_Educacional _Esportivo _Cultural

4_Aberturas no sentido de ligaçþes possíveis de acordo com pontos de interesse.

26

5_Volume destacado do bloco cultural rotacionado e aberturas zenitais incorporados dinamizando o conjunto.

6_Consolidadando a setorização do bloco educacional através da comunicação via passarela sobre área de praça.

N

27

Rua Hiperion

Com o intuito de conectar diferentes níveis nas extremidades da quadra se faz necessário executar uma movimentação de terras sobre uma demanda média de 8200m³de material.

Dessa forma é possível vencer o desnível de seis metros diluindo-o em rampas, platôs e escadas.

Rua Ursa Menor

Av. Sapopemba Praça Felisberto Fernandes da Silva

A predominância no programa são das demandas educacionais, dessa forma as salas de aulas configuram o módulo estrutural que define boa parte do conjunto.

O módulo reticular de 10x10 metros é aplicado no conjunto mais alongado, que abrigará o programa educacional e o esportivo.

Buscando peças estruturais mais esbeltas e ainda refletindo as características do método construtivo do CEU traducional, o pré moldadado em concreto, é adotado estrutura metálicas para os edifícios.

Circulação vertical

A Universidade CEU são Mateus se configura como um agrupamento de três edifícios que se conectam através da implantação de uma rua central. Via que permeia a quadra e articula o equipamento com o entorno, abrindo o equipamento para a cidade que se apresenta laboratório a céu aberto para os estudantes da mesma forma que o CEU surge como uma nova cidade para a sociedade.

28

PLANTAS, CORTES E IMAGENS

29

1

2

Implantação nv. 820 Esc 1/500 Área do lote: 12570 m² Área construída: 25921 m² Área ocupada: 4127 m² CA:2,06 TO: 0,32

11

7

9 6

-

Restaurante Quadra Poliesportiva sala de manutenção Vestiários Setor técnico/piscinas Estacionamento Recepção praça Café

9 - Acervo idosos 10 - Exposições 11 - Recepção Av. Sapopemba 12 - Acervo Infantil 13 - Acervo Jovens/gibiteca 14 - Sala de Jogos 15 - Máquinas Palco retrátil 16 - Camarins

N

1 2 3 4 5 6 7 8

30

10 8

3

5

6 4

15 14

13 12

31

1

2

3

4

Implantação nv. 824 Esc 1/500

11

8

9

-

Secretaria Atendimento secretaria CRAS Atendimento CRAS Vestiários Piscina Semi olímpica Piscina recreação Estúdio imagem

9 - Estúdio som 10 - Acervo Adulto 11 - Computadores 12 - Administração 13 - Palco 14 - Plateia 15 - Foyer

N

1 2 3 4 5 6 7 8

32

10

6

5

7

14

13

12

33

15

1

3

Planta nv. 828 Esc 1/500

5 -

4

Salas de aulas expositivas Laboratórios de informática Espaço de uso múltiplo/passarela Espaço de uso múltiplo Salas de aulas práticas Plateia Foyer mezzanino

N

1 2 3 4 5 6 7

34

2

6 7

35

1

2

4

Planta nv. 832 Esc 1/500

5

-

Salas de aulas expositivas Cobertura quadra poliesportiva-shed Espaço de uso múltiplo/terraço Espaço de uso múltiplo/passarela Espaço de uso múltiplo Salas de aulas práticas caixa cênica/maquinas Espaço dedicado a dança ao ar livre

N

1 2 3 4 5 6 7 8

36

3

7 8 6

37

1

3

2

4

Planta nv. 836 Esc 1/500

5

-

Diretoria Salas dos professores Salas de aulas expositivas Espaço de uso múltiplo/passarela Espaço de uso múltiplo Salas de aulas práticas Cobertura teatro

N

1 2 3 4 5 6 7

38

7

6

39

Corte A-A Esc 1/500

40

41

Corte B-B e D-D Esc 1/500

42

43

Corte C-C e E-E Esc 1/500

44

45

46

47

48

49

50

51

REFERÊNCIAS Artigos de Revistas Digitais: BASTOS, Maria Alice. A escola-parque: ou o sonho de uma educação completa (em edifícios modernos). aU. Pini, São Paulo, Ed. 178, janeiro. 2009. Disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/artigo122877-2.aspx. Acesso em 03/12/2017

Links: http://exame.abril.com.br/brasil/educacao-pode-mesmo-aplacar-a-violencia-veja-como/ http://exame.abril.com.br/brasil/so-11-3-da-populacao-adulta-tem-faculdade-diz-ibge/ http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/a-escola-parque-ou-o-sonho-de-uma-educacao-completa-em-122877-1.aspx http://www.oecd.org/edu/education-at-a-glance-19991487.htm http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/biografias/anisio_teixeira http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/enem/baixa-autoestima-afasta-alunos-de-publicas-do-enem/n1597208093056.html https://instrumento.ufjf.emnuvens.com.br/revistainstrumento/article/view/2863/1967 http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/rede-de-equipamentos/ http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/GEST%C3%83O-territorio_ceu_rede_de_equipamentos_e_espacos_publicos.pdf http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/territoriosceuprojetos/ http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/rede-de-equipamentos/territorios-ceu/projeto/ http://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos https://issuu.com/lucasbattisti/docs/tcc_1_-_lucas_r_b_souza http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/423 http://cidadeseducadoras.org.br/conceito/ https://novaescola.org.br/conteudo/1375/anisio-teixeira-o-inventor-da-escola-publica-no-brasil https://novaescola.org.br/conteudo/1711/john-dewey-o-pensador-que-pos-a-pratica-em-foco http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/artigo122877-3.aspx http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Page/PortalSMESP/CEUs--Enderecos http://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/alexandre-delijaicov-andre-takiya-e-wanderley-ariza-centros-educacionais-23-10-2003 http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.055/517 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/regionais/sao_mateus/historico/index.php?p=438 https://issuu.com/julianaarantes/docs/tfg_juliana_arantes_2015 http://www.fau.usp.br/disciplinas/tfg/tfg_online/tr/091/a024.html http://www.fau.usp.br/disciplinas/tfg/tfg_online/tr/092/a062.html#top https://www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/pedro-taddei-e-francisco-spadoni-etec-santa-ifigenia-e-centro-paula-souza-sao-paulo https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/arquiteto-pedro-taddei_spadoni-aa_/centro-paula-souza/901 https://www.archdaily.com.br/br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos http://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/ite/ceu/index.php?p=12&unidade=496 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.055/517 https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/alexandre-delijaicov-andre-takiya-e-

51

-wanderley-ariza-centros-educacionais-23-10-2003

Teses e Diessertações: ABREU, Ivanir Reis Neves. Convênio escolar: utopia construída. 2007. 334 p. Dissertação (Mestrado – Área de Concentração: Projeto de Arquitetura) – FAUUSP, São Paulo, 2007.

Livros impressos: HERTZBERGER, herman. lições de arquitetura. 2. ed. brasileira. São Paulo: martins fontes, 1999.

52

Lista de figuras Figura 1: Esquema do centro educacional Carneiro Ribeiro - Fonte: Imagem extraída do site http://seminarioculturamaterialescolar.blogspot.com.br/2011/05/estudos-anisio-teixeira-educacao-nao-e.html dia 01/12/2017 às 15:10 Figura 2: Centro Educacional Carneiro Ribeiro por Diógenes Rebouças - Fonte: Imagem extraída do site http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/artigo122877-1.aspx dia 01/12/2017 às 15:20 Figura 3: Croquis de escolas do Convênio Escolar de Hélio Duarte (1948) - Fonte: Imagem extraída do site http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/178/artigo122877-1.aspx dia 01/12/2017 às 15:20 Figura 4: CIEPs no Rio de Janeiro - Fonte: Imagem extraída do site http://arqguia.com/ obra/centros-integrados-de-educacao-publica-cieps/?lang=ptbr dia 01/12/2017 às 15:55 Figura 5: CIEPs no Rio de Janeiro - Fachada com aberturas arqueadas - Fonte: Imagem extraída do site http://www.valenca.rj.gov.br/?p=2785 dia 01/12/2017 às 16:20 Figura 6: CIEPs vista da Rampa e fachada - Fonte: Imagem extraída do site https://educacao.uol.com.br/album/mobile/2013/08/01/conheca-projetos-que-influenciaram-os-ceus.htm dia 01/12/2017 às 16:10 Figura 7: Vista aérea do CEU Parque Veredas - Fonte: Imagem extraída do site http://www. construbase.com.br/areas-de-atuacao/construcoes/centro-educacional.php dia 01/12/2017 às 16:25 Figura 8: Fachada do CEU mostrando ritmo da modulação - Fonte: Imagem extraída do site http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.055/517 dia 02/12/2017 às 11:11 Figura 9: Volume arredondado destacado abrigando a creche - Fonte: Imagem extraída do site http://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/alexandre-delijaicov-andre-takiya-e-wanderley-ariza-centros-educacionais-23-10-2003 dia 02/12/2017 às 11:15 Figura 10: Vista do CEU Rosa da China - Primeira Fase - Fonte: Imagem extraída do site hhttp://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/CEU-Rosa-da-China--Informacoes-Gerais dia 02/12/2017 às 12:40 Figura 11: Vista do CEU Formosa - Segunda Fase - Fonte: Imagem extraída do site http:// portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/CEU-Formosa--Informacoes-Gerais dia 02/12/2017 às 12:50 Figura 12: Vista eletrônica do CEU Vila Prudente - Terceira Fase - Fonte: Imagem extraída do site http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ceu-vila-prudente/ dia 02/12/2017 às 13:00 Figura 13: Ilustração genérica baseada no modelo de CEU fase 1 - Fonte: Autor, 2017 Figura 14: Ilustração genérica baseada no modelo de CEU fase 2 - Fonte: Autor, 2017 Figura 15: Ilustração genérica baseada no modelo de CEU fase 3 - Fonte: Autor, 2017 Figura 16: Exemplo de delimitação do Território CEU - Fonte: Imagem extraída do site http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ceu-vila-prudente/ dia 02/12/2017 às 13:00 Figura 17: Vista diagonal - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/ br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos dia 04/12/2017 às 12:50 Figura 18: Vista interna - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/ br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos dia 04/12/2017 às 12:50 Figura 19: Fachada frontal - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com. br/br/01-26029/ceu-pimentas-biselli-mais-katchborian-arquitetos dia 04/12/2017 às 12:50 Figura 20: Vista em diagonal - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com. br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados dia 04/12/2017 às 12:40

53

Figura 21: Fachada lateral de um dos volumes - Fonte: Imagem extraída do site https:// www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados dia 04/12/2017 às 12:40 Figura 22: Vista do pátio central - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily. com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados dia 04/12/2017 às 12:40 Figura 23: Vista do edifício inserido na paisagem - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture dia 04/12/2017 às 12:45 Figura 24: Fachada Lateral - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com. br/br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture dia 04/12/2017 às 12:45 Figura 25: Vista interna - Fonte: Imagem extraída do site https://www.archdaily.com.br/ br/01-78071/parque-biblioteca-fernando-botero-g-ateliers-architecture dia 04/12/2017 às 12:45 Figura 26: População total e densidade demográfica, 1990 a 2010 - Fonte: SÃO PAULO. Caderno das Subprefeituras. Disponível em http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/ dia 02/12/2017 às 17:00 Figura 27: IPVS - Fonte: SÃO PAULO. Caderno das Subprefeituras. Disponível em http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/ dia 02/12/2017 às 17:00 Figura 28: População da subprefeitura em relação MSP, 2010 - Fonte: SÃO PAULO. Caderno das Subprefeituras. Disponível em http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/planos-regionais/arquivos/ dia 02/12/2017 às 17:00 Figura 29: equipamentos do recorte definido para estudo - Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor.

Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:00 Figura 30: zoneamento do recorte definido para estudo - Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor.

Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:00 Figura 31: Macrozonas - Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor. Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:05 Figura 32: Macroáreas - Fonte: GEOSAMPA. Adaptado Autor. Disponível em geosampa.prefeitura.sp.gov.br dia 04/12/2017 às 12:10 Figura 33: Vista aérea com áreas de interesse destacadas - Fonte: Google Earth. Adaptado Autor. 2017

54