TFG UNIMAR 2022 - Proposta de habitação de interesse social com uso da metodologia BIM

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PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM

ALINE DE BARROS OLIVEIRA VOL. 01 Nº 01 ISSN 1892021 CDD 720 NOV DEZ 2022

Monografia (TFG -Trabalho Final de Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Marília, Marília, 2022. Orientação: Prof. Ms. Wilton F. Camolese Augusto.

1.Moradia 2. Metodologia BIM 3. Habitação Social

OLIVEIRA, Aline de Barros

REVISTA TFG ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE MARÍLIA UNIMAR ARQUITETURA E URBANISMO ISSN 1892021 CDD 720 REVISTA TFG VOL. 01 NOV 2022

UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

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COORDENAÇÃO - ARQUITETURA E URBANISMO

· Prof. Ms. FERNANDO NETTO

ALINEDEBARROSOLIVEIRA DISCENTE

DOCENTESDOCURSO

PROFISSIONAISCONVIDADOS BANCA2022

SUMÁRIO RESUMO 14 ABSTRACT 16 INTRODUÇÃO 18 CONCEITUAÇÃO 20 PROBLEMATIZAÇÃO 26 JUSTIFICATIVAS 30 OBJETIVOS 34 HABITAÇÕES DURANTE A HISTÓRIA 36 BIM NA HABITAÇÃO SOCIAL 64 66 LEGISLAÇÃO
LEITURA DE PROJETOS CORRELATOS 72 ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO 94 DISPOSIÇÃO NO LOTE 104 PARTIDO ARQUITETÔNICO 106 PROJETO 110 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO 102 CONSIDERAÇÕES FINAIS 150 AGRADECIMENTO 152 REFERÊNCIAS 154

RESUMO

Em um contexto onde, mesmo sendo garantida pela Constituição Federal brasileira, a moradia adequada é um deficit da urbanização atual, o objetivo deste trabalho é gerar um projeto arquitetônico de uma habitação de interesse social usando da metodologia BIM para otimizar a construção, demonstrando que é possível evitar retrabalhos em projeto. Através de uma pesquisa de cunho bibliográfico, foi conceituado o que é uma moradia

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DIREITO DE HABITAR

e quais leis e normas devem ser seguidas para a garantia de ela seja dignamente habitável, e o que é a metodologia BIM e como ela auxilia em um projeto habitacional em grande escala. Para tanto, foram analisados três terrenos na cidade de Marília-SP e três projetos modelos de habitações de interesse social ao redor do mundo. Palavras-chave: Moradia. Metodologia BIM. Habitação social.

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In a context where, even being guaranteed by the Brazilian Federal Constitution, adequate housing is a deficit of the current urbanization, the objective of this work is to generate an architectural project of housing of social interest using the BIM methodology to optimize the construction, demonstrating that it is possible to avoid project rework. Through bibliographic research, it was conceptualized what is a house and what laws and norms must be followed to guarantee that it is worthily habitable,

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ABSTRACT

what is the BIM methodology and how it helps in a large-scale housing project. For that, three plots of land in the city of Marília – SP and three model projects of social housing around the world were analyzed.

Keywords: Home. BIM methodology. Social habitation.

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INTRO DUÇÃO 6ºArt.Sãodireitossociaisa educação,asaúde,aalimentação, otrabalho,amoradia,o transporte,olazer,asegurança,a previdênciasocial,aproteçãoà maternidadeeàinfância,a assistênciaaosdesamparados,na formadestaConstituição. (CONSTITUIÇÃOFEDERAL,2015). PAG. 18

Com uma visão de mercado onde o preço está acima da qualidade, as habitações sociais são vistas como fonte de renda para as construtoras e não são mais pensadas para aqueles que realmente precisam. Com propostas governamentais e órgãos regulamentadores, as habitações sociais da atualidade seguem modelos de mercado com apartamentos padronizados em tamanho e disposição.

metodologia BIM para que haja um maior desempenho dentro da construção. Utilizando do aplicativo REVIT como base para o desenvolvimento do projeto, será possível ver como algumas ferramentas da metodologia BIM são úteis. Neste trabalho será mostrado um projeto compatibilizado de uma torre residencial, composto por projeto arquitetônico, estrutural, hidráulico e elétrico. Também será demonstrada a quantificação de tais projetos, que é gerada de forma automática através do BIM.

O desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo uma proposta arquitetônica para um projeto de habitação social na cidade de Marília, São Paulo, utilizando ferramentas da tecnologia da PAG. 19

CON.CEI.TU.A.ÇÃO

Desde 1948, a moradia é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como sendo um direito fundamental a vida, tal qual a alimentação e a saúde. No Brasil esse direito é garantido pela Constituição Federal desde 2000. (SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBICA, 2013).

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (2013) para que uma moradia possa ser considerada digna e garantidora do direito social, ela precisa conter algumas características relacionadas a liberdade, a garantia e a proteção, por exemplo, liberdade para escolher onde residir sem interferência a sua privacidade, garantia da segurança da posse, e proteção contra a remoção forçada.

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A Habitação de Interesse Social (HIS) tem como objetivo garantir o direito a moradia adequada, ao passo que ela se caracteriza por ser uma moradia de baixo custo que atende as necessidades básicas da população, está voltada, principalmente, para aqueles que possuem baixa renda, que não tem acesso a uma moradia formal e que não tem condições de contratar um profissional da construção civil. (MOREIRA, 2020). Apesar de ser um direito garantido pela constituição, é errôneo pensar que o Estado tem a obrigação de efetivamente construir uma habitação

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para cada cidadão, ele é obrigado a garantir medidas para evitar a falta da mesma. (SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBICA, 2013). Sendo assim, a construção das habitações fica ao encargo do setor privado, que utiliza de programas sociais do governo, como Casa Verde e Amarela (antiga Minha Casa Minha Vida), para o desenvolvimento das construções, dessa forma, as HIS acabaram tornando-se objetos de oferta e procura, onde o foco é utilizar de meios baratos para a construção, obtendo um lucro maior. (MOREIRA, 2010).

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Uma forma de baratear o valor final da construção é utilizar da tecnologia para deixar o projeto cada vez mais próximo ao real, o que pode evitar gastos extras durante a mesma. Uma metodologia que poderia ser utilizada é a Modelagem da Informação da Construção, mais conhecido como BIM[1]. Esse tipo de metodologia fornece suporte para todas as fases projetuais, melhorando a integração de serviços dentro da construção civil.

1] BIM Building Information Modeling

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“Quandoimplementadodemaneira apropriada,oBIMfacilitaum processodeprojetoeconstrução maisintegradosqueresultaem construçõesdemelhorqualidade comcustoeprazodeexecução reduzidos“(EASTMAN;LEE; PAG. 25

PROBLEMATIZAÇÃO

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A rápida urbanização das cidades brasileiras, principalmente no século XX, foi a causa de uma precária forma de habitar, já que as cidades não estavam preparadas para abrigar essa elevada quantidade de pessoas. Graças a expansão desordenada a classe trabalhadora passa a viver nas partes mais periféricas da cidade, em habitações insalubres e inadequadas. Portanto, um processo de urbanização desorganizado junto a uma ineficiência de políticas públicas ligadas às habitações de uma população menos favorecida economicamente, não supriu a demanda por moradias. (MONTEIRO; VERAS, 2017).

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Desde 1995 a Fundação João Pinheiro (2021) calcula o deficit habitacional brasileiro e em uma pesquisa realizada em 2019 a Fundação concluiu que 25,2% do deficit habitacional no Brasil está concentrado em habitações precárias, onde 13,4% são domicílios improvisados, ou seja, locais construídos sem a finalidade de moradia, mas que são usados como tal.

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No contexto de necessidade social, Buonfiglio (2018) explica que a casa não pode ser satisfatória enquanto for pensada como um meio capitalista, onde a quantidade prima a qualidade, para ele esse pensamento guia as necessidades contemporâneas do século XXI, reduzindo a situação humana a uma condição limite.

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JUSTIFICATIVA

A escolha de um tema voltado para a Habitação de Interesse Social dentro do contexto brasileiro do século XXI se faz necessária, pois, como afirmou Buonfiglio (2018), as pessoas ainda veem a habitação como uma posse, a propriedade é maior que a qualidade, no sentido de que o valor transcende o uso.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (2013) explica que o direito humano é interdependente, indivisível e inter-relacionado, ou seja, violar o direito a moradia adequada pode afetar outros direitos essências a vida. Sendo assim, pensar uma habitação digna e econômica, principalmente para uma população de baixa renda é uma necessidade indiscutível.

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Por que Habitação de Interesse Social?

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Como já dito, as habitações passaram a ser vistas como objeto de oferta e procura (MOREIRA, 2010), nesse sentido as incorporadoras privadas, responsáveis pelo desenvolvimento desse tipo de projeto, visam baratear o custo de todas as etapas da construção, sendo assim, a proposta da metodologia BIM é fundamental, já que, como afirmam os autores

Eastman, Lee, Sacks e Teicholz (2021), essa metodologia é capaz de analisar a construção de forma geral, prevendo erros e listando os materiais de forma mais confiável, diminuindo os gastos. Ou seja, é possível gerar habitações dignas, que respeitem os direitos fundamentais, gastando o necessário.

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...Assim sendo, a propriedade (sob a forma de ...Assim sendo, a propriedade (sob a forma de terreno edificado ou sem edificação) possui um terreno edificado ou sem edificação) possui um valor permutável que transcende seu valor de uso e valor permutável que transcende seu valor de uso e atua como parte do circuito do capital. E, aqui, atua como parte do circuito do capital. E, aqui, ganha seu máximo de relevância como mercadoria ganha seu máximo de relevância como mercadoria essencial; objeto da geografia urbana. É dessa essencial; objeto da geografia urbana. É dessa perspectiva que a habitação como mercadoria se perspectiva que a habitação como mercadoria se situa também dentro do debate da economia situa também dentro do debate da economia política da urbanização. (BUONFIGLIO, 2018, p. 4) política da urbanização. (BUONFIGLIO, 2018, p. 4)

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OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é uma proposta projetual de um conjunto habitacional verticalizado voltado para habitações de interesse social. A intenção é utilizar ferramentas da metodologia BIM, como tabelas de quantitativos e compatibilização de projetos, para demonstrar que o BIM pode auxiliar em um desenvolvimento mais rápido de projeto, com menos erros.

Além disso, será levado em conta a regulamentação que consta no Programa Casa Verde e Amarela. A proposta também se preocupará com o respeito a acessibilidade, baseandose na norma vigente (NBR 9050: 2020). O bem-estar daqueles que utilizarão o espaço de moradia terá grande importância dentro do projeto, que contará com áreas de lazer.

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Segundo Bolfe e Rubin (2014) um crescimento urbano desordenado é capaz de prejudicar toda a cidade e a qualidade de vida de sua população. No caso do Brasil, o que mais afetou a urbanização desordenada foi a repentina substituição da mão-de-obra escravocrata para uma mão-de-obra livre,

assim como a mudança econômica de uma agroexportação para a industrialização. Para uma melhor compreensão do que foi o desenvolvimento de habitações no percurso da história brasileira é importante salientar a sequência de sistemas e políticas empregadas para tal:

Sistema Rentista (Cortiços) Vilas Operárias Institutos de Aposentadori as e Pensões (IAPs) Lei
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do Inquilinato
HABITAÇÕES DURANTE A HISTÓRIA PAG. 37 Fundação da Casa Popular (FCP) Sistema Financeiro da Habitação (SFH) / Banco Nacional de Habitação (BNH) Pós BNH Programa Minha Minha Vida (PMCMV) Programa Casa Verde e Amarela

SISTEMA RENTISTA

(C0RTIÇOS)

Cortiço Vila Barros, 1942

De 1889 a 1930, época conhecida como República Velha, a produção de habitação e regulamentação do mercado imobiliário era praticamente nula, isso porque o Estado era liberalista, ou seja, privilegiava a produção privada sem intervenção direta na construção de moradia. Os prédios eram ocupados por mais de uma família, cerca de 90% da população da época era inquilina, sem qualquer forma de financiamento da casa própria,

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além disso, o Código Civil não previa uma fixação nos preços dos aluguéis, sendo esses definidos através de contratos particulares entre locador e locatário. (BONDUKI, 1994). Esse era o sistema conhecido como rentista, onde a iniciativa privada produzia unidades habitacionais altamente densas em ocupação e caracterizadas por condições insalubres de moradia, os chamados cortiços. (LIMA; ZINARATO, 2014).

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O surgimento dos cortiços deu-se principalmente pela industrialização, fenômeno mundial do século XIX, que gerou uma expansão rápida no número de habitantes das cidades, sendo assim, os principais moradores dessas habitações eram os operários. (LEME; MOREIRA; NARUTO; PASTERNAK; 2006).

Segundo Bonduki (1994), São Paulo aumentou sua população seis vezes durante quatorze anos, o que fez com que cortiços e casas de aluguel atendessem quantitativamente as necessidades da população, apesar das superlotações. Mas a qualidade de vida era nula, tratando-se de células habitacionais de áreas reduzidas e precárias condições de vida, podendo ser considerado inimigo da saúde pública. Segundo Kowarick (2007) o cortiço poderia ser um cômodo sem janelas externas, situado nos porões, úmidos, sujeitos a infiltrações, sendo uma forma errônea de habitação.

A densidade habitacional e a precariedade de suas instalações sanitárias ameaçavam a cidade com os perigos da contaminação e disseminação de moléstias não apenas de ordem física , mas também de ordem moral. (DOMINGUES, 2017 , p. 22).

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Conforme Bonduki (1994), a visão liberal do Estado durante a República Velha é de que o governo não devia produzir casas para os operários, mas estimular o setor privado a isso, sendo que uma das soluções incentivadas é a produção de vilas operárias pelos próprios industriais. Essas vilas eram um conjunto de casas com aluguéis a baixo custo, ou oferecidas aos operários gratuitamente.

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A elite brasileira só começou a pensar a respeito da saúde do proletário no momento que percebeu que as questões voltadas para higiene e economia respingavam dentro da fábrica. Os empresários perceberam que as epidemias se iniciavam nos insalubres aglomerados urbanos e se alastravam por toda a cidade, e também notaram que se conseguissem diminuir o valor que os trabalhadores gastavam com moradia, poderiam diminuir o custo da mão-de-obra. (BOLFE; RUBIN, 2014; BUNDUKI, 1994).

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Vila Operária Maria Zélia São Paulo

A arquiteta Nilce A. Botas, afirma que o proprietário da fábrica, diferente dos proprietários de cortiços ou casas de aluguel, não está preocupado com o lucro que terá com os aluguéis das casas dentro da vila operária, pois o foco dele está no fato de que com a vila ele pode controlar os horários dos trabalhadores, aumentando o nível produtivo dos mesmos comparando-os a trabalhadores de outras fábricas que moram em condições precárias. (HABITAÇÃO..., 2018).

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INSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÃO (IAPS) E LEI DO INQUILINATO [2] Movimento armado político-militar que trouxe o fim da política da República Velha, ou Primeira República, tirando Washington Luís do poder e o entregando Getúlio Vargas Construção de conjunto habitacional do IAPI no bairro de Bangú. Destacase a proximidade com a linha férrea Arquivo Nacional PAG. 46

Após a Revolução de 1930[1], Getúlio Vargas, então presidente do país, começou a formular uma política econômica e social, com a necessidade de criar políticas dirigidas aos trabalhadores, uma das propostas instauradas foi a criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs). (BONDUKI, 1994). Com a realização do I Congresso de Habitação em São Paulo, em 1931, os IAPs passaram a buscar soluções para a questão da habitação da classe trabalhadora ligada à indústria e comércio, onde, em 1937, passaram a usar 50% de seu orçamento para investir em financiamento habitacional. (BOLFE, RUBIN, 2014).

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Os projetos de habitação dos IAPs têm alguns pontos que merecem destaque, como: introdução de blocos de apartamentos padronizados, utilização da arquitetura moderna[3], qualidade na habitação, solidez, tamanho dos apartamentos, utilização de profissionais para o projeto e levar em consideração a forma de acesso para os prédios. (BONDUKI, 1994).

Lima e Zanirato (2014), afirmam que os IAPs estavam ligados a trabalhadores formais, sendo que as classes populares informais continuavam sobre o predomínio dos aluguéis, o governo decide por vigorar a Lei do Inquilinato (1942), a qual regulamenta os valores dos aluguéis, congelando os preços então vigentes.

[3] pilotis, implantação racional e cartesiana, cobertura voltada para atividades recreativas, limpeza de ornamentação das fachadas

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Edifício Japurá, projetado por Eduardo Kneese de Mello nos anos 1940.

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A Lei do Inquilinato, conforme Bolfe e Rubin (2014), foi consequência de uma influência europeia no campo da habitação, a intenção era normalizar as relações locador e locatário, reduzindo os custos das residências populares e a ação da especulação imobiliária. Essa lei foi responsável por desestimular o aluguel por parte dos trabalhadores e

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estimular a ideia de casa própria, entretanto deu ao governo mais responsabilidade em tratar o problema da habitação, já que com o congelamento dos aluguéis os rentistas/locadores passaram a vender os imóveis, o que era financeiramente mais viável, agravando a crise habitacional.

Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, ("Pedregulho"), projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy em 1947 PAG. 51

O ano de 1946, já governo de Gaspar Dutra, é marcado pela criação da Fundação da Casa Popular (FCP), órgão voltado para o financiamento de moradia, infraestrutura, saneamento básico e outros tópicos essenciais para a habitação. Sendo o primeiro órgão do Brasil voltado para a centralização de uma política habitacional. (BOLFE; RUBIN, 2014; BONDUKI, 1994).

A política de habitação da época baseava-se na oferta de crédito imobiliário através da Caixa Econômica e dos IAPs, ou até por bancos incorporadores imobiliários, com o objetivo de aquisição da casa própria, a FCP, então, veio para centralizar a política habitacional.

(BOLFE; RUBIN, 2014; BOTEGA, 2007).

Núcleo Residencial Santo André Santos, Brasil, 1948
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FUNDAÇÃODA CASAPOPULAR (FCP)

Bolfe e Rubin (2014), e Bonduki (1994), explicam que o projeto FCP fracassa pelo fato de que os grupos que mais se beneficiariam estariam desinteressados na formulação de uma política social, ao passo que a Fundação não contava com apoio orçamentário. Os autores ainda lembram que a alta inflação da época desestimulava os investimentos o que provocava maior especulação dos grandes centros e a desarticulação do setor imobiliário. Agravando, mais uma vez, a crise imobiliária.

A hipótese que defendemos é que no período que estamos estudando se desenvolve um certo consenso a nível da sociedade de que a questão da habitação dos trabalhadores não se enfrenta através do livre jogo do mercado, mas que é indispensável a intervenção do Estado. (BONDUKI, 1994, p. 8).

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Sistema Financeiro da Habitação (SFH) / Banco Nacional de Habitação (BNH)

Conjunto Dale Coutinho, 1979
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Com o golpe militar de 1964, foi instaurada a Lei 4.380/64 que criou o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), instituindo o Banco Nacional da Habitação (BNH). A proposta do banco era adquirir apoio as massas populares através de uma política de financiamento, com o objetivo de estruturar o setor da construção civil habitacional, ou seja, previa estimular a construção de habitações sociais e o financiamento da casa própria. (BOLFE; RUBIN, 2014; BOTEGA, 2007;

Pelagrandeênfasedadaaoestímulodossetores associadosàconstruçãocivil,aatuaçãodoBNH priorizouaquantidadedeunidadesproduzidas, aomenorcustopossível,compoucaounenhuma preocupaçãocomaqualidadearquitetônicae urbanísticadosconjuntosconstruídos.(LIMA; ZANIRATO,2014,p.4). Já no governo
passa a
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LIMA; ZANIRATO, 2014).
de Costa e Silva, o BNH
receber a gestão dos Fundos de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a implementação do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, o que ampliou os capitais do banco, o que deixa claro que o mesmo tinha a possibilidade de ser o responsável da superação do déficit habitacional no país. (BOTEGA, 2007).

EssasCompanhiasforamconstituídassoba formadesociedadesdeeconomiamista, devendoopoderpúblico,EstadoouMunicípio, deterocontroleacionário.Emboraorganizadas sobaformadesociedadesporações,abertas, portanto,àparticipaçãoprivada,asCohabssão controladasintegralmentepelosetorpúblico.O desinteressedainiciativaprivadaemparticipar delasé,porsisó,indicadordapoucaatração que,atéomomento,essemercadoexercepara umaatuaçãoemmoldesempresariais.

(ANDRADE;AZEVEDO,2011,p.69).

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O BNH é entendido como o órgão promotor e financeiro de sistemas como as Companhias Habitacionais (COHABS) as quais definiam as normas reguladoras das operações de repasse, de financiamento e de retorno de crédito, vistas como agentes do BNH para o mercado. (ANDRADE; AZEVEDO, 2011; BOLFE; RUBIN, 2014).

Segundo Botega (2007), o BNH/SFH não conseguiu sobreviver as flutuações macroeconômicas que ocorreram no início dos anos 80, “onde a inflação atingira índices de 100% ao ano em 1981 e em 1982 (a partir de então não cessara de crescer mais chegando aos 1770% em 1989).” (BOTEGA, 2007, p. 70). Tendo o seu fim decretado no governo de José Sarney, o qual determinou que o mesmo seria incorporado pela Caixa Econômica Federal.

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Após a extinção do BNH/SFH, o então presidente Fernando Collor de Mello[4], em 1990, criou o Plano de Ação Imediata para a Habitação (PAIH), com capital imobiliário privado, prevendo a construção de 245 mil casas em 180 dias, entretanto esse prazo alongouse para mais 18 meses, o custo foi bem superior ao previsto, e o total de casas construídas foi de 210 mil. (BOTEGA, 2007).

Já em 1996, a Secretaria de Política Urbana apresentou a Política Nacional de Habitação, documento que continha propostas urbanas de programas habitacionais onde o financiamento não era mais um privilégio, mas algo palpável. (BOLFE; RUBIN, 2014).

Nos anos 2000 o então presidente Fernando Henrique Cardoso criou programas como Pró-moradia e Programa de Arrendamento Residencial.

O primeiro estava voltado para a urbanização de áreas precárias e o segundo para construção de novas habitações passíveis de arrendamento através de recursos do FGTS. (BOLFE; RUBIN, 2014).

A partir de 2003, no governo de Luís Inácio Lula da Silva, a política habitacional brasileira passou a ser vista como um arranjo institucional com a criação do Ministério das Cidade, desde então, foram criadas várias políticas públicas para sanar a questão da habitação, sendo que 2009 nasceu o Programa Minha Casa, Minha Vida. (BOLFE; RUBIN, 2014).

[4] Sendo o primeiro presidente eleito pós ditadura militar

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BNH Conjunto Valo Velho II, 2004 PAG. 59
PÓS

PROGRAMAMINHA

(PMC

PROGRAMACASAV

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CASA,MINHAVIDA

CMV)

VERDEEAMARELA

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Segundo Buonfiglio

(2018) o PMCMV é o exemplo mais marcante de habitação social de mercado, isso porque ampliou significativamente a produção habitacional para a baixa renda, tornando essa população beneficiários em potencial. É vista como ‘‘de mercado‘‘ porque a captura dos lucros públicos virá através da apropriação privada de empresas construtoras e incorporadoras.

O Art. 1º da Lei Nº 11.977, de 7 de julho de 2009, explica que o PMCMV tem por finalidade criar mecanismos de incentivo a produção e aquisição de novas habitações, assim como requalificar imóveis urbanos ou produzir reformas habitacionais em zonas rurais para famílias com renda mensal de até R$ 4.650,00 (Quatro Mil, Seiscentos e Cinquenta) reais. (BRASIL, 2009).

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Lina e Zanirato (2014) explicam de forma sucinta que o PMCMV está baseado na produção privada de unidade habitacionais, ficando a cargo do governo apenas o repasse de recursos, e a construtora ou incorporadora o desenvolvimento dos projetos e venda dos imóveis.

No governo de Jair Messias Bolsonaro, que teve início em 2019, é instaurada a Lei nº 14.118, de 12 de janeiro de 2021, instituindo o Programa Casa Verde e Amarela, que alterara o PMCMV, já que tem como finalidade promover o direito a moradias para famílias de áreas urbanas com renda mensal de até 7.000,00 (sete mil) reais e famílias de áreas rurais com renda anual de até 84.000,00 (oitenta e quatro mil) reais. (BRASIL, 2018).

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BIM NA HABITAÇÃO SOCIAL

Segundo Madruga e Ribeiro (2020), as ações relacionadas a produção de habitações sociais são baseadas na padronização de plantas e produção em massa, utilizando de materiais de má qualidade graças aos baixos orçamentos, ou seja, nada fora das soluções tradicionais. O que demonstra uma construção civil ultrapassada que usa de tecnologias antigas com menor produtividade e qualidade de execução inferior.

A metodologia de trabalho empregada no conceito BIM é capaz de chegar a um nível de desenvolvimento onde com apenas um arquivo central há a produção projetual de todas as disciplinas necessárias para uma edificação. Somado a isso está sua capacidade de quantificação de materiais gerando uma listagem mais certeira para a obra, diminuindo os gastos finais. (EASTMAN; LEE; SACKKS; TEICHOLZ, 2021; MADRUGA; RIBEIRO, 2020).

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Um ponto positivo dento do BIM e que pode se tornar essencial para um projeto de habitação social, é a capacidade que a metodologia tem de compatibilizar projetos, ou seja, mesmo desenvolvidos separadamente, é possível junta-los em apenas um arquivo, o que possibilita a percepção de equívocos projetuais, os quais, com a metodologia tradicional, seriam vistos apenas na obra. (EASTMAN; LEE; SACKKS; TEICHOLZ, 2021; MADRUGA; RIBEIRO, 2020).

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L .E. G .I. S.

Para o desenvolvimento da unidade habitacional na cidade de Marília, São Paulo, serão utilizadas as normas municipais vigentes, sendo que o projeto contará com uma torre habitacional, e construções complementares, como salão de festa e ambientes de lazer. A primeira norma para a concepção do projeto é o Código de Obras e Edificações do Município de Marília, se tratando da Lei Complementar nº 42, de 28 de setembro de 1992[5], que tem como objetivos orientar os projetos e execução de edificações do município, assim como assegurar a

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L .A .Ç. Ã .O

observância dos padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade e conforto das edificações. Através desta lei deve adotar e efetivar a execução de normas que garantem nas edificações as condições de acesso, circulação e uso conveniente a todos, inclusive a minoria.

[5] atualizada até a Lei Complementar nº 802, de 01 de novembro de 2017

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Outra norma vigente que será utilizada como base para o projeto é a Lei nº 4.455, de 18 de junho de 1998[6], mais conhecida como Lei de Zoneamento e Uso de Solo, a qual é responsável por fazer a divisão do município em zonas distintas para que a comunidade possa se desenvolver de uma forma harmônica, assegurando a qualidade de vida da população.

Para o zoneamento é levado em conta a densidade populacional das regiões, as características e tendências de cada uma, assim como elementos físicos predominantes, equipamentos públicos, infraestrutura, entre outros pontos.

Já a norma de acessibilidade, NBR 9050: 2020, estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados para melhores condições de acessibilidade dentro de projetos, construções, instalações e adaptações do meio urbano e rural. Tem por objetivo proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura de ambientes, edificações, equipamentos urbanos, inobstante de idade, de estatura, de limitação de mobilidade ou percepção.

[6] atualizada até a Lei nº 8786, de 22 de dezembro de 2021

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A norma de desempenho de edificações habitacionais, NBR 15575-1: 2013, busca atender requisitos dos usuários relacionado ao sistema que compõe edificações habitacionais, independentemente de seu material ou sistema construtivo. A forma para estabelecer o desempenho é pensada por meio da definição de requisitos (qualitativos), critérios (quantitativos ou premissas) e métodos de avaliação.

Para um projeto habitacional estar vinculado ao Programa Casa Verde e Amarela é necessário seguir os requisitos que constam na Portaria nº 959, de 18 de maio de 2021, que traz a implementação de empreendimentos habitacionais no âmbito da linha de aquisição subsidiada de imóveis novos em áreas urbanas. A finalidade é criar um padrão de atendimento de qualidade requerido para os empreendimentos habitacionais, como padrão de inserção urbana, concepção dos projetos, a execução das obras, e realização de ações ligadas ao pós-ocupação.

Um dos objetivos principais trazidos pela portaria é estimular a oferta de áreas urbanas para a construção de empreendimentos em locais que favoreçam o acesso adequado a serviços e equipamentos públicos.

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LEITURADEPROJE

Foram analisados três diferentes projetos relacionados a habitação social em pontos diferentes do mundo, o primeiro está localizado na França, outro na Suíça e o terceiro no Brasil. A localidade foi um dos fatores para a escolha dos mesmos, já que a intenção é verificar a diferença de material, de planta e estilo de projeto.

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ETOS CORRELATOS

Comparando os projetos europeus com o projeto sul-americano é perceptível que no Brasil os projetistas pensaram construções complementares a residência, projetando salões de festa e leitura.

Já nos projetos da França e Suíça os apartamentos são maiores e possuem diferentes formatos de planta na mesma torre.

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HABITAÇÃO SOCIAL

NICE , FRANÇA

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O projeto de habitação coletiva construído em 2014, tem a assinatura do escritório Comte e Vollenweider Architectes e está situado na 10 Avenue Sainte-Marguerite, 06200 Nice, França, compõe 748,00 m² de área construída em um terreno irregular de 1.190,00 m². A construção é subdividida em três blocos de quatro níveis, e tem por objetivo criar uma conexão com as diferentes escalas do entorno, o que é visto no corte demonstrado através da Figura 2. (HABITAÇÃO ..., 2016).

Figura 2 Corte da Habitação em Nice PAG. 75

Figura 1 Fachada da Avenida des Mandariniers Nice

Figura 3 Pavimento Térreo da Habitação em Nice

Figura 4 Pavimento Tipo 01 da Habitação em Nice

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O conjunto é composto por cinco tipos de apartamentos, como é possível verificar nas Figuras 3, 4 e 5. No apartamento “tipo 01“ há um quarto com banheiro amplo e sala e cozinha integrados; no apartamento “tipo 02“ há uma suíte, com banheiro pouco menor ao primeiro tipo de planta, a sala e cozinha são integradas; no apartamento “tipo 03“ há um corredor que separa a parte social da cozinha e sala integrados, com o intimo da suíte única; o apartamento “tipo 04“ é um duplex, sendo que no primeiro pavimento está a suíte, a cozinha e um lavabo, já no segundo pavimento há dois quartos, um banheiro e um ambiente de estar; no apartamento “tipo 05“ o corredor de circulação dá acesso para dois quartos, um banheiro, um lavabo e uma cozinha integrada com a sala. Na torre, além dos 13 apartamentos, há um subsolo voltado para o estacionamento de veículos.

Figura 5 Pavimento Tipo 02 da Habitação em Nice PAG. 77

Figura 6 Implantação da Habitação em Nice

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Com a implantação (Figura 6) é possível perceber que a planta irregular do conjunto acompanha o perímetro do terreno, para melhor aproveitá-lo. Outro ponto interessante é que pelo fato das fachadas norte-sul estarem voltadas para áreas de ruído e contaminação, elas possuem baixa permeabilidade, abrindo as faixas leste-oeste, sendo um dos lados voltado para o jardim projetado, sendo esses os pontos de maior iluminação natural. (HABITAÇÃO ..., 2016).

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LANGGRÜTSTRASSE O projeto de habitação social está localizado na cidade de Zurique na Suíça, possuí uma área construída de 1.115,00 m². Assinado pelo escritório de arquitetura Gus Wustemann Architects, o projeto de 2019 Figura 7 Vista Langgrütstrasse 107 PAG. 80

Figura 8 Vista do pátio Langgrütstrasse 107

tinha como objetivo ser de ótima qualidade espacial dentro de um preço acessível. Os arquitetos queriam utilizar da luz natural e preservar a privacidade dos condôminos. A construção foi implantada em um generoso pátio público, no cinturão verde de Albisrieden, faz parte de uma proposta do governo de Zurique para densificar seu espaço urbano. (PINTOS, 2019)

107
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Figura 9 Pavimento Térreo Langgrütstrass e 107

Figura 10 Pavimento Tipo Langgrütstrasse 107

Sendo uma torre de quatro pavimentos, o projeto Langgrütstrasse 107 possui dois apartamentos por andar com cinco tipos diferentes de plantas, como é possível ver nas Figuras 9, 10 e 11. No apartamento “tipo 01“, de 92,30 m², é composto por três quartos, um banheiro e um lavabo, uma cozinha separada da sala de jantar; no apartamento “tipo 02“, de 53,90 m², há um quarto, um banheiro, com diferencial para o closet separado, e uma cozinha que é separada do espaço de estar;

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Figura 11 Ático

Langgrütstrasse 107 no apartamento “tipo 03“, de 94,70 m², a planta é similar ao apartamento “tipo 01“, com diferencial apenas para o tamanho do lavabo, que no "tipo 03" é maior; no apartamento “tipo 04“ há dois quartos, um banheiro e uma cozinha separada da área de estar, em um total de 61,20 m²; no apartamento “tipo 05“, de 53,10 m², há uma suíte ampla com acesso para a cozinha que é separada do ambiente de estar. A falta de um ambiente de lazer pode ser vista como um ponto negativo no projeto, sendo que há apenas um terraço de uso comum locado no ático do prédio.

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O que mais chama atenção no projeto é que ele é basicamente um bloco sólido de concreto aparente esculpido para conter dois pequenos pátios internos, usados para iluminação natural, que combinados com portas de vidro amplas que permitem uma sensação de amplitude do espaço. Outro ponto que merece destaque é a utilização de elementos de concreto que saem da superfície para tornarem-se peças de mobília.

PAG.
Figura 12 Implantação Langgrütstrasse 107
84

O fato de pensar todos os espaços juntos, utilizando de um piso contínuo de concreto aparente aumenta a ideia de amplitude da unidade, e a utilização de madeira em alguns pontos específicos traduz uma ideia de sensibilidade e intimidade dentro de um projeto maciço. A utilização de uma rampa para o acesso principal ao conjunto de apartamentos, salienta a importância de pensar na acessibilidade dentro de um contexto de habitação social.

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Com assinatura de Boldarini Arquitetos Associados e Boldarini Arquitetura e Urbanismo, o projeto do Residencial Corruíras conclui uma área de 21.404,00 m², teve sua inauguração em 2011 e está localizado na cidade de São Paulo. O projeto foi uma ação da Secretaria Municipal de Habitação do Estado de São Paulo, a ideia era viabilizar reassentamento para os moradores da favela de Minas Gerais, a qual ladeia a obra. (RESIDENCIAL ..., 2014).

Figura 13 Fachada Residencial Corruíras PAG. 86

RESIDENCIAL CORRUÍRAS

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Figura 14 Vista Residencial Corruíras

No projeto do Residencial Corruíras os projetistas optaram por respeitar a declividade acentuada do terreno utilizando dele para projetar os pavimentos dos dois blocos habitacionais. Através do corte na Figura 14 e da implantação na Figura 15 percebese que há dois acessos para os blocos, um no nível inferior com a escadaria e um no nível superior com as rampas.

Figura 15 Implantação Residencial Corruíras

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Figura 16 Esquema 03 Residencial Corruíras

A circulação interna (vertical e horizontal) dos blocos de apartamentos é feita tanto por rampas como por escadas e elevadores, é interessante perceber a divisão dessa circulação, sendo que há quatro pontos de acesso vertical, o que facilita a locomoção dos moradores, isso pode ser entendido através das Figuras 16 e 17.

Figura 17 Esquema 04 Residencial Corruíras

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18 Pavimento nível 772,06 Residencial Corruíras
19
Residencial
20 Pavimento nível 782,94 Residencial Corruíras PAG. 90
Figura
Figura
Pavimento nível 777,50
Corruíras Figura

Nas Figuras 18,19 e 20 é nítido como a setorização dos prédios foi pensada, demonstrando que o objetivo era que todos os apartamentos tivessem fácil acesso a circulação, para isso eles foram subdivididos nos blocos. A figura 20 mostra que no bloco dá esquerda há uma subdivisão de três grupos com três apartamentos cada, já no bloco da direita há uma subdivisão de três grupos, onde nos dois laterais há três apartamentos cada e no interior há quatro apartamentos. Na figura 21 a subdivisão se mantém, acrescentando mais um conjunto de apartamentos internos em cada prédio, e as construções nas pontas superiores ficam para uso comum. Na imagem 20 é demonstrado que os pontos de uso comum se tornaram moradias.

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Para todos os apartamentos foi utilizado apenas uma planta tipo, composta por um corredor de circulação que leva para os dois quartos e um banheiro, uma cozinha fechada integrada com a lavanderia, sendo apenas as salas de jantar e estar integradas, como é demonstrado na Figura 21. A utilização de elementos vazados nos corredores de circulação dos blocos é um ponto marcante, já que ajuda na ventilação dos mesmos, como demonstrado na Figura 22.

Figura 22 Detalhe elemento vazado Residencial Corruíras

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Figura 21 Planta Tipo Residencial Corruíras

São 244 unidades divididas entre os dois blocos, sendo que um possui 7 pavimentos enquanto o outro possui 9. A circulação horizontal é feita por passarelas, o que valoriza o pensamento do espaço coletivo como um lugar de troca. Além disso, há espaços complementares a moradia que compõe atividades como o lazer, a recreação, a leitura e o estudo, onde no nível 777,50 metros estão os salões voltados para estudo e leitura, e no nível 772,06 metros está o pátio interno. (RESIDENCIAL ..., 2014).

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ANÁLISE DE IMPANTAÇÃO

Por ser um projeto de caráter residencial verticalizado é necessário que a localização seja em um ponto de fácil acesso para construções comerciais e de serviços, assim como, esteja próximo a pontos de entrada para rodovias ou avenidas de rápida circulação. Sendo um projeto de habitação de interesse social, é importante que seja locado próximo a pontos de ônibus, com uma circulação fácil e segura aos moradores.

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Figura 23 Zoneamento dos Terrenos

Para a escolha do local foi necessário a análise da Lei de Zoneamento do Município de Marília – SP, a qual delimita o município em zonas através do uso do imóvel. Construções residenciais verticalizadas com área de uso comum são classificadas como R-6, sendo permitidas na ZR 4 (Zona Residencial 4), na ZEC 3 (Zona Especial dos Corredores 3) e na ZEC 4 (Zona Especial de Corredores 4), e tolerado ZR 2 (Zona Residencial 2), na ZR 3 (Zona Residencial 3), na ZC (Zona Comercial) e na ZEC 2 (Zona Especial Corredores 2).

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95

TERRENO 01 RUABASSAN

Figura 25 Curvas de nível Terreno 01 Rua Bassan

A primeira opção área aproximada localizado na Rua Bassa está contida na próximo a entrada Transbrasiliana e que dá fácil acesso também possui dois proximidades. A rua composta por comércios, mercado e uma padaria.

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Conforme é visto na Figura 25 o terreno possui uma topografia pouco íngreme, é perceptível que há apenas um metro de desnível dentro do lote. O motivo para a sua não escolha é que, apesar de tantos aspectos positivos, comparados aos outros terrenos, não mostra-se a melhor opção, já que ao lado há uma construção abandonada que poderia desvalorizar o

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Figura 24 Terreno 01 Rua Bassan

O segundo terreno possui uma área aproximada de 2.086,30 m², se tratando da unificação[7] de três lotes (o primeiro com aproximadamente 755,00 m², o segundo com aproximadamente 737,80 m² e o terceiro com aproximadamente 593,50 m²) e está localizado na ZC (Figura 23), especificamente na Rua Dom Pedro II com a Rua Almirante Tamandaré (Figura 26). O terreno possui uma inclinação acentuada de 5,00 metros, com a parte mais baixa voltada para a rua Dom Pedro II, como é possível visualizar na Figura 27. Está próximo a Avenida Rio Branco, uma das

II [7] Para fins acadêmicos

Figura 26 Terreno 02

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Rua Dom Predro

TERRENO 02

RUADOMPEDROII

Figura 27 Curvas de nível Terreno 02 Rua Dom Pedro II

principais avenidas da cidade, na qual há comércios como farmácias e restaurantes. proximidades do terreno também há posto de saúde, um supermercado e scola. Um ponto negativo levado em qual foi crucial para a não escolha terreno em questão, é a falta de pontos ônibus, já que há apenas um locado na Rio Branco, e por ser um local custo de vida mais elevado, uma construção voltada para habitação social acaba não sendo viável.

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TERRENO 03

AVENIDAMARIAFERNANDES CAVALLARICOMRUAMARIA GIRALDICAVALLARI

Figura 29 Curvas de nível Avenida Maria Fernandes Cavallari

A terceira opção está localizada na Avenida Maria Fernandes Cavallari com Rua Maria Giraldi Cavallari (Figura 28), e está contida na ZR 3 (Figura 23), possui uma área aproximada de 2.401,22 m². Possui uma inclinação acentuada, trata-se de 3,00 metros de aclive para a Avenida Maria Fernandes Cavallari, conforme demonstrado na Figura 29.

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A localização do terreno é atrativa para um projeto residencial, isso porque logo ao lado há um posto de gasolina e um ponto de ônibus na frente, e na avenida há comércios, dentre eles há dois supermercados e algumas lanchonetes. Através da comparação com os outros terrenos, a terceira opção se tornou a mais viável para o desenvolvimento do projeto, haja vista que o mesmo possui localização favorável e trata-se de um terreno com possibilidade de futura ampliação, o que pode ser vantajoso para o complexo habitacional.

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Figura 28 Terreno 03 Avenida Maria Fernandes Cavallari
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SERVIÇO CONVÍVIO SERVIÇO ÍNTIMO SOCIAL

PROGRAMADE NECESSIDADESEPRÉDIMENSIONAMENTO

O programa de necessidades e o pré-dimensionamento dos ambientes para o projeto será feito com base na Portaria nº 959, de 18 de maio de 2021, a qual traz requisitos para projetos de habitação social que se enquadram no Programa Casa Verde e Amarela, assim como as medidas mínimas que serão abordadas pelo Código de Obras e Edificações do Município de Marília. Na Tabela 01 são demonstrados o prédimensionamento e o programa de necessidades base para o projeto final. Na Tabela 02 serão especificados os ambientes dentro dos apartamentos.

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D FLUXOGRAMA FLUXOGRAMA TÉRREO FLUXOGRAMA PAVIMENTO TIPO PAG. 104

DISPOSIÇÃO NO LOTE

O complexo residencial será dividido em partes exclusivas para serviço e convívio, as quais serão separadas dos prédios habitacionais, isso facilita a circulação e organização dentro do residencial. Conforme é demonstrado na Figura 35, os blocos residenciais ficaram na parte leste do terreno, sendo que as construções complementares para ficarão alojadas na

A organização do fluxo dentro do complexo se dá pela clara separação de funções, e de acessos. O fato de ter uma ligação direta da portaria com setores de convívio que permite visitantes faz com que o residencial seja mais seguro, caso o morador não queira, o visitante não tem acesso aos prédios dos apartamentos.

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FLUXOGRAMA COBERTURA

Ao pensar no projeto arquitetônico, a partir das pesquisas realizadas, foi levado em conta as necessidades básicas de moradia e bemestar. A volumetria seguirá o preceito do modernismo, resgatando os ideais de projetos lineares, com uma fachada livre de exageros ornamentais. Utilizará, também, das características do estilo contemporâneo, como a forte presença da vegetação. O foco é criar um residencial acessível, dessa forma a topografia será usada a favor do projeto, sendo assim ele será escalonado, sendo assim, os caminhos contarão com rampas de acesso. Na parte mais baixa do lote serão locadas as áreas de lazer, isso porque esta parte está no sentido norte do terreno, com maior incidência solar, o que é favorável para construções como piscinas. As partes de uso comum onde há forte incidência solar, serão protegidas por vegetações. Os acessos para o residencial serão concentrados na rua Maria Giraldi Cavallari, isso porque a mesma é menos movimentada que a Avenida Maria Fernandes Cavallari.

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PARTIDO ARQUITE TÔNICO

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Em suma, os principais materiais utilizados serão o concreto, o ferro e a madeira. O projeto será em alvenaria estrutural, e contará com áreas em concreto aparente, trazendo uma arquitetura mais limpa, com pouca ornamentação.

A madeira, a qual será utilizada para ornamentação das áreas de convívio, e o ferro será o apoio na cobertura da garagem dos moradores.

As cores pensadas para o projeto serão baseadas nas cores naturais dos materiais utilizados, como o cinza do concreto aparente. Áreas como coworking e academia contarão com cores mais sóbrias com pontos de iluminação que garantirão maior concentração nas atividades para os quais são voltados.

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PROJETO

VEJA
O PROJETO EM ALTA RESOLUÇÃO

RESIDENCIAL VILANOVA

L O C A L I Z A Ç Ã O

A habitação social está ligada diretamente a qualidade de vida, ou seja, o habitar deve trazer segurança, proteção, liberdade, e tantos outros direitos garantidos pela constituição. Pessoas de baixa renda, além de merecerem, tem o direito a uma moradia digna. Sendo assim, o Residencial Vilanova é um projeto que vai além do custo, o que só é possível através da utilização da metodologia BIM, que gera quantitativos de projeto e permite uma fácil compatibilização, o que traz segurança para a execução da obra. Segundo a Lei de Zoneamento do Município de Marília -SP, o terreno está contido na ZR3 (Zona Residencial 3), localizado no encontro da Rua Maria Giraldi Cavallari com a Avenida Maria Fernandes Cavallari. O lote irregular contém aproximadamente 5.384,00 m² com uma topografia marcante de 3,00 metros de desnível. A fachada frontal de 76,30 metros está localizada na Rua Maria Giraldi Cavallari, para garantir a segurança do entrar e sair de moradores.

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM

01/19
A
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof
CURVAS DE NÍVEL CORTE AA RUAMARIAGIRALDI CAVALLARI CAVALLARIFERNANDESAVENIDAMARIA 5,00 2,00 4,00 5,00 3,00 2,00
ORIENTANDO:
Aline
de Barros Oliveira
ORIENTADOR:
Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
Ms Fernando Netto
01 - Entrada de veículos 02 - Saída de veículos 03 - Acesso pedestre 04- Portaria 05 - Área para funcionários 06 - Lixo 07 - Salão de festa 08 - Carga e descarga 09 - Coworking 10 - Playground 11 - Quiosque 12 - Espaço pet I M P L A N T A Ç Ã O TFG - TRABALH UNIMAR UNIV ARQUITETURA E TÍTULO PROP SOCIAL COM US 02/19 13 - Piscina 14 - Piscina Infantil 15 - Vestiário
23

M P L A N T A Ç Ã O

No desenvolvimento do projeto foi levado em conta a insolação, pois trata-se de um projeto residencial, sendo assim, toda a implantação foi pensada para que os pontos de maior incidência solar fossem protegidos por vegetação.

Para trazer maior segurança, a portaria conta com um acesso separado para prestadores de serviço, e para a mesma finalidade, as vagas de visitantes são todas externas ao condomínio, o que permite um controle maior de entrada e saída daqueles que não residem no local.

Ao lado da portaria está o acesso dos funcionários, que conta com uma cozinha exclusiva e um banheiro PCD.

- TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 03/19
TFG
I
ORIENTANDO: Aline
de Barros
Oliveira ORIENTADOR: Prof.
Ms. Wilton Flávio Camolese
Augusto ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms Fernando Netto O estacionamento dos moradores fica no fundo do terreno, o que garante maior segurança para os pedestres dentro do condomínio, o que também permite um melhor aproveitamento da fachada do prédio. Vista estacionamento Fachada

Vista área de descanso próxima ao coworking

A ideia é que além do morar, aqueles que vivem no residencial possam usá-lo como um todo, sendo assim, os apartamentos foram elevados sob pilotis, gerando a integração do externo com o interno no pavimento térreo, além disso, a laje deste pavimento é nervurada, o que permite que os pilares tenham vãos maiores entre eles, possibilitando um melhor aproveitamento do espaço.

Vista pátio do térreo

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T É R R E O
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms Fernando Netto

T É R R E O

Rampa para acesso ao playground

Maior parte dos ambientes voltados para o uso comum está no pavimento térreo, e o acesso entre eles é feito através de rampas, o que facilita a mobilidade. As construções complementares e de convívio são: salão de festa, espaço coworking, academia, piscina integrada a um vestiário, quadra esportiva, playground, quiosque, espaço pet e um rooftop na cobertura.

Rampa para acesso à piscina e à quadra

USO
05/19
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM
DA METODOLOGIA BIM

O “ir e vir” deve ser fácil para todos, por isso, os acessos principais são feitos por rampas, já que o desnível do terreno foi usado como a base para o desenvolvimento de todo o projeto. Já a circulação vertical fica a cargo de um elevador e uma escada. As áreas de circulação dentro dos pavimentos residenciais, para que qualquer um tenha liberdade e facilidade ao locomover-se, além disso, o formato do prédio faz com que nessas áreas haja uma ventilação cruzada e a presença da luz natural, junto a uma vegetação que traz beleza e a sensação de bem-estar ao espaço.

Circulação nos pavimentos "tipo"

ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms Fernando Netto

PAVIMENTO TIPO - PNE

OBS.: O apartamento adaptado pode ser feito em qualquer andar "tipo"

Nos pavimentos residências, que vão do 1º ao 4º pavimento, há quatro apartamentos amplos, o que permite uma fácil adaptação para aqueles que portam algum tipo de deficiência. Eles contêm dois quartos, sendo um suíte, um banheiro, uma sala de tv, uma cozinha integrada a lavanderia e ao jantar e uma ampla varanda gourmet, na qual há a presença de vegetação.

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P A V I M E N T O T I P O
SUÍTE BHO SUÍTE BHO SALA DE TV DORMITÓRIO COZINHA/LAVAND. SALA JANTAR VARANDA ÁREA TÉCNICA VARANDA COZINHA/LAVAND. SALA JANTAR SUÍTE DORMITÓRIO SALA DE TV BHO ÁREA TÉCNICA BHO SUÍTE
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: PAVIMENTO TIPO Prof Ms Fernando Netto SUÍTE BHOSUÍTE BHO SALA DE TV DORMITÓRIO COZINHA/LAVAND. SALA JANTAR VARANDA VARANDA SALA JANTAR COZINHA/LAVAND. DORMITÓRIO SUÍTE BHOSUÍTE BHO SALA DE TV ÁREA TÉCNICA ÁREA TÉCNICA ÁREA TÉCNICA COZINHA/LAVANDERIA/ SALADEJANTAR DORMITÓRIO SUÍTE BHOSUÍTE SALADETV BHO VARANDA VARANDA COZINHA/LAVANDERIA/ SALADEJANTAR DORMITÓRIO SUÍTE SALADETV BHO BHOSUÍTE B B A A

P A V I M E N T O T I P O

A estrutura dos pavimentos residenciais é autoportante, feita través de blocos estruturais de concreto, com isso, pé direito dos apartamentos é de 3,03 metros, o que permitiu um rebaixo de gesso para a passagem de tubulação. As paredes internas dos apartamentos são de drywall. Seguindo o mesmo raciocínio, as construções complementares também são autoportantes.

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 07/19
Ilustração difer
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: BLOCOS DE CONCRETO DRYWALL
renciando as paredes Interior apartamento modelo
ORIENTANDO:
Aline
de Barros Oliveira
ORIENTADOR:
Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
Prof
Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 08/19 C O B E R T U R A
cobertura está localizado o rooftop, ambiente de estar para os moradores. Nele há bancos orgânicos de concreto e a presença da vegetação para intensificar a sensação de bem-estar. Planta rooftop
no roof
Na
Bancos
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof.
Augusto ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms Fernando Netto Implantação cobertura s de concreto ftop
Ms. Wilton Flávio Camolese
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 09/19 C O R T E S G E R A I S CORTE AA CORTE BB
ORIENTADOR
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms Fernando Netto

ARQUITETÔNICO

ESTRUTURAL

Para a demonstração da qualidade do projeto feito através da metodologia BIM, foi feita compatibilização do projeto estrutural, hidráulico e elétrico dos apartamentos, onde é possível ver se há incompatibilidades, sendo passiveis de solução ainda na fase projetual, evitando problemas na execução.

C O M
S TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 10/19
P A T I B I L I Z A D O

HIDRÁULICO

ELÉTRICO

ORIENTADOR
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
DE DIAGRAMAÇÃO:
Prof Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 11/19 C O M P A T I B I L I Z A D O S ARQUITETURA

As tabelas de quantitativo são geradas de forma automática dentro do aplicativo REVIT, que usa da metodologia BIM como base. Através delas é possível calcular com maior exatidão os valores a serem gastos dentro da construção, o que pode gerar uma economia e diminuir o desperdício de material dentro da obra. Neste trabalho é demonstrado os quantitativos elétricos, hidráulicos, estruturais (blocos de concreto) e arquitetônicos dentro do pavimento tipo.

ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:
ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto Prof Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 12/19 C O M P A T I B I L I Z A D O S
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms
Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 13/19 PORTARIA CORTE PORTARIA T É R R E O
AORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:
Prof Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 14/19 CORTE-ÁREAFUNCIONÁRIOS T É R R E O
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: ÁREAFUNCIONÁRIOS
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira
ORIENTADOR:
Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
Prof
Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 15/19 SALÃODEFESTA CORTESALÃODEFESTA T É R R E O
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:Prof Ms
Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 16/19 CORTEACADEMIA ACADEMIA
É R R E O
T
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: COWORKING CORTECOWORKING
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto Prof Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 17/19 PLAYGROUND T É R R E O
DIAGRAMAÇÃO: CORTE-PLAYGROUND
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
ORIENTADOR DE
Prof Ms Fernando Netto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 18/19 CORTE1-QUIOSQUE CORTE2-QUIOSQUEEESPAÇOPET T É R R E O
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof.
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO: QUIOSQUE E ESPAÇO PET Prof Ms Fernando Netto
Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TÍTULO PROPOSTA DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USO DA METODOLOGIA BIM 19/19 CORTE-PISCINAEVESTIÁRIO
É R R E O
T
ORIENTADOR DE DIAGRAMAÇÃO:
ORIENTANDO: Aline de Barros Oliveira ORIENTADOR: Prof. Ms. Wilton Flávio Camolese Augusto
PISCINAEVESTIÁRIO
Prof Ms Fernando Netto

CONSIDERAÇ

Com base em pesquisas científicas e livros, entende-se que no âmbito político houve um grande avanço no entendimento do que é uma moradia adequada, principalmente após o reconhecimento da moradia como um direito fundamental a vida. O morar deve trazer segurança, estabilidade e tranquilidade, com um custo que não impeça o morador de arcar com outros direitos fundamentais.

As construções de interesse social atuais não podem estar limitadas a projetos simples, o qual não leva em conta o bem-estar do morador. A habitação vai além da residência em si, é preciso pensar no lazer e no convívio das pessoas,

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ÇÕES FINAIS

elas precisam sentir que o local onde moram é um ambiente seguro e relaxante, dessa forma é essencial que haja nos residenciais ambientes complementares, capazes de garantir tais sensações aos moradores. O avanço que ainda precisa ser alcançado de forma mais concreta é a respeito do desenvolvimento do projeto, sendo que tecnologias ultrapassadas ainda são a base de construções de grande porte como residenciais. Compreender que a tecnologia BIM é capaz de gerar projetos completos e detalhados em uma menor quantidade de tempo é o próximo passo para a evolução na construção civil.

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A caminhada de formação não é fácil, porém fui abençoada por pessoas que me auxiliaram durante a minha jornada acadêmica. Em espacial meus pais, que me deram todo o suporte necessário pra que esta conclusão fosse possível.

Tive o privilégio de conhecer e trabalhar com grandes profissionais da arquitetura e engenharia da cidade de Marília-SP, e todos foram fundamentais a minha formação. Então meu "muito obrigada" a todos que passaram pelo meu caminho.

Agradeço grandemente aos meus professores, que muitas vezes me inspiraram a continuar no caminho da arquitetura, que hoje tornou-se a minha paixão. Em especial agradeço ao meu orientador, Wilton, por todo o suporte e ensinamento na reta final de graduação.

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A GRA DE CI MEN TOS

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