Revista Alimentação Animal n.º 128

Page 1


COMUNICAÇÃO NA FILEIRA AGROALIMENTAR

INFORMAR PARA DESMISTIFICAR

Diretor-Executivo da IACA

COMUNICAÇÃO NA FILEIRA AGROALIMENTAR: INFORMAR PARA DESMISTIFICAR

A indústria agroalimentar enfrenta atualmente diversos desafios de comunicação, devido às preocupações públicas relacionadas com o bem-estar animal, a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar. A era digital trouxe consigo tanto oportunidades quanto desafios para a comunicação: por um lado, as organizações podem agora alcançar um público mais amplo e diversificado, aproveitando a instantaneidade e o alcance global das plataformas digitais; por outro lado, enfrentam uma responsabilidade acrescida em garantir que a informação divulgada é precisa e fiável. Num mundo onde a desinformação prolifera e as fake news ganham força, é crucial manter uma comunicação transparente e baseada em ciência, que aborde convenientemente as preocupações de todas as partes interessadas e que construa uma ponte de confiança entre a indústria e os consumidores. O evento da IACA, realizado a 8 de maio, destacou essa necessidade e refletiu sobre a importância de uma comunicação sólida e bem fundamentada. Numa mesa-redonda que deu voz a diferentes perspetivas e abordagens, foi sublinhado que todos aspiramos a um planeta mais sustentável e que, para tal, é necessário equilibrar a sustentabilidade ambiental com a capacidade de produção de alimentos, sem comprometer a competitividade das empresas e a segurança alimentar. Para alcançar esse objetivo, é fundamental investir continuamente em inovação e no desenvolvimento de novas soluções mais sustentáveis. Neste âmbito, um tópico particularmente relevante diz respeito à "proteína do futuro", onde as tendências emergentes incluem a utilização de proteínas animais hidrolisadas (derivadas de coprodutos) e a introdução de ingredientes à base de insetos. Estas representam fontes ricas em proteína, altamente nutritivas e com atividade funcional relevante, ou seja, com benefícios para a saúde dos animais. Estas abordagens não só diversificam as fontes de proteína disponíveis, como também podem contribuir significativamente para a redução da pegada ambiental associada à alimentação animal, nomeadamente quando a sua produção está assente em práticas eficientes e em cadeias de valor locais. Da mesma forma, a utilização de tecnologias emergentes pode desempenhar um papel crucial na promoção da sustentabilidade do setor. Por exemplo, tecnologias como a inteligência artificial e a biotecnologia permitem otimizar processos de produção, reduzindo o consumo de recursos naturais, minimizando a geração de resíduos e melhorando a eficiência alimentar dos animais. Desta forma, é possível não apenas aumentar a produtividade e a rentabilidade para os produtores, mas também mitigar impactos ambientais negativos, assegurando uma produção sustentável e responsável a longo prazo.

Todos estes avanços devem ser comunicados ao público de uma forma clara e acessível, utilizando suporte científico adequado, por forma a desconstruir mitos e a garantir que os consumidores compreendem e aceitam a adoção destas soluções. Esta comunicação deve ser contínua e proativa, utilizando múltiplos canais de informação para alcançar diferentes públicos-alvo. A educação do consumidor é um elemento-chave neste processo, uma vez que consumidores bem informados estão mais propensos a apoiar práticas sustentáveis e a tomar decisões de compra conscientes. Essa comunicação deve ser uma responsabilidade partilhada por todos os intervenientes do setor, que devem colaborar para o fornecimento de dados e informações necessárias para suportar as posições que defendem. Em suma, o futuro da comunicação na fileira agroalimentar reside na capacidade de inovar e adaptar-se às novas realidades. Projetos colaborativos que educam e promovem a partilha de conhecimentos para desmistificar ideias pré-concebidas sobre o mundo rural e a produção alimentar, são cada vez mais necessários e importantes numa comunicação pública, que se quer credível e baseada na ciência. O sucesso na comunicação não se mede apenas pela disseminação de informações, mas também pela capacidade de ouvir diferentes perspetivas e incorporar feedback construtivo. É por isso importante gerar um debate positivo e inclusivo na sociedade civil, numa ótica de atitude colaborativa, que será certamente importante para que a indústria possa responder eficazmente aos desafios globais e contribuir para um sistema alimentar mais saudável, responsável e sustentável. Esta atitude será determinante para moldar o futuro da indústria agroalimentar e garantir que esta continue a evoluir em harmonia com as necessidades ambientais e sociais do nosso tempo.

PROGRAMA

9:00 h Receção dos participantes

9:30 h Sessão de Abertura Rui Caldeira, FMV-UL, António Isidoro, IACA, Jorge Henriques, FIPA

09:45 h A desflorestação no Brasil e o seu Impacto na produção agropecuária global Paulo Roberto Molinari, Safras & Mercado

10:15 h O futuro da alimentação animal na União Europeia Pedro Cordero, FEFAC

10:45 h Os desafios da Comunicação na cadeia agroalimentar

Álvaro Bárez, CESFAC

11:15 h Intervalo para café

11:30 h

12:00 h

Apresentação dos Projetos de Comunicação: – MAPA: Movimento de Apoio à Produção e Ambiente, Graça Mariano, APIC – B-Rural, Rui Almeida, CONSULAI

Mesa Redonda – “Como devemos Comunicar?”

Moderador – José Diogo Albuquerque, Agroportal

Catarina Labau, GoalDone – Guilherme de Sousa, jornalista da TSF

Magda Teixeira, FeedInov – Susana Fonseca, Plataforma ZERO

13:30 h Almoço

14:30 h Sessão "Insetos: A proteína do futuro?"

PATROCINADOR

Jorge Henriques-FIPA
Pedro Cordero-FEFAC
António Isidoro-IACA
Rui Caldeira-FMV/UL
Mesa Redonda, Moderador: José Diogo Albuquerque, Agroportal – Catarina Labau, GoalDone – Magda Teixeira, FeedInov – Susana Fonseca, Plataforma ZERO – Guilherme de Sousa, jornalista da TSF

O PAPEL INSUBSTITUÍVEL DA INDÚSTRIA AGROALIMENTAR

Se dúvidas houvesse, na conjuntura gerada pela pandemia e, posteriormente, pela guerra, a indústria agroalimentar afirmou sempre o seu papel insubstituível na dinamização da economia nacional e na garantia do abastecimento alimentar. A FIPA foi, desde a primeira hora, parceira incontornável dos órgãos decisores e dos intervenientes na cadeia de abastecimento.

Temos defendido que o país necessita de ter uma visão clara para a criação de uma rede de infraestruturas sólida e competitiva, particularmente ao nível portuário, de forma a garantir o regular abastecimento de matérias-primas e o regular fluxo de exportações, e reforçar as capacidades necessárias para a criação de stocks de segurança.

A redução da dependência externa no abastecimento de matérias-primas deverá ser uma prioridade. Tendo presente a sua importância estratégica para a soberania alimentar, as políticas devem ser definidas em boa articulação entre os decisores políticos e os agentes económicos.

Com uma colaboração muito ativa do lado da IACA, temos procurado influenciar o rumo das posições nacionais no âmbito da PAC, integrando atualmente o Comité de Acompanhamento Nacional do Plano Estratégico da PAC.

Temos acompanho desenvolvimentos políticos e legislativos que têm relação direta com o futuro do setor tais com as novas técnicas genómicas e a desflorestação.

Sabemos que os próximos tempos continuarão a ser marcados por uma elevada imprevisibilidade e muitos desafios se colocarão à vida das empresas. Necessitamos, por isso, de garantir um elevado espírito de cooperação e união em prol da competitividade e da sustentabilidade da indústria portuguesa agroalimentar, nas dimensões económica, ambiental e social.

Trabalhamos, com a mesma determinação de sempre, em torno destes objetivos, traçando para isso três pilares estratégicos: 1) inovação e crescimento, 2) alimentação, nutrição e saúde, 3) economia circular. Em todos eles identificamos

prioridades claras e coincidentes com a rota de afirmação do setor.

Pretendemos continuar a implementar a nossa "Agenda Estratégica 2030" e assumir um papel ativo ao nível das opções no âmbito dos mecanismos de apoio à recuperação e resiliência.

Queremos, naturalmente, continuar o caminho do diálogo junto do Governo e do Parlamento e garantir a representação do setor junto dos mais diversos parceiros e diferentes plataformas colaborativas.

Estamos, ao mesmo tempo, bem cientes de toda a turbulência que não abranda. Cadeias de abastecimento estranguladas, preocupante tendência inflacionista, tensões políticas internacionais e constrangimentos energéticos são apenas os exemplos mais marcantes da conjuntura que nos acompanhará por muitos meses.

A tudo isto, a FIPA continuará, em conjunto com as suas associadas a trabalhar em prol de uma indústria mais competitiva.

Termino, felicitando a IACA pela organização de mais uma Reunião Geral da Indústria e, em particular, por ter escolhido o tema da comunicação na fileira agroalimentar, pois este é um dos grandes desafios que temos pela frente.

A DEFLORESTAÇÃO NO BRASIL E O SEU IMPACTO NA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA GLOBAL

Economista e Diretor de Safras & Mercado, Brasil

A partir do final de 2024, a nova lei de proteção ambiental chamada de “Green Deal” entrará em vigor na Europa. Esta lei tenta impor ao comércio europeu regras para impedir a importação de produtos que derivem de países ou locais que não utilizem práticas de sustentabilidade e/ou não cumpram as suas regras de combate à deflorestação.

Para o agronegócio europeu e norte-americano, onde não há mais espaço para grandes movimentos de deflorestação, as regras invadem o ambiente das práticas agropecuárias. Contudo, para países em regiões de expansão do uso territorial, como a América do Sul e África, a deflorestação nos parece uma denominação genérica ao extremo, se sobrepondo a regras ambientais de cada país.

Os conflitos comerciais surgirão a partir de 2025. O risco de desabastecimento europeu é o grande ponto de discussão, porque os fornecedores mundiais de alimentos não terão tempo hábil para se enquadrar em todas as exigências europeias, em particular o Brasil.

Teremos reflexos nos preços, desabastecimento, dificuldades para o setor europeu encontrar fornecedores nas novas regras? Esta deve ser a trajetória mais provável.

O EUDR – Regulamento sobre Produtos Livres de Deflorestação começará a ser aplicado a partir de 30 de dezembro de 2024. Alinhada com a estratégia Global Gateway da UE, a iniciativa visa apoiar os países parceiros na transição para cadeias de valor agrícolas sustentáveis, livres de desflorestação e legais, contando com o esforço colaborativo da Comissão Europeia e dos Estados-Membros da UE, incluindo a Alemanha, os Países Baixos e a França. Esta é uma decisão europeia dentro do seu ambiente de interesses e objetivos na política de ESG - Environmental, Social and Governance, seguindo o alinhamento com a ONU em seus objetivos até 2030.

Devemos entender que a entrada em vigor do EUDR – Regulamento sobre Produtos Livres de Deflorestação interferirá no fluxo de commodities com destino à Europa e a duração desta interferên-

cia dependerá da capacidade dos países produtores e exportadores em se adaptar ao sistema de rastreabilidade imposto pela União Europeia. As questões que precisamos responder são:

– Há interesse dos países produtores em se adaptar a estas exigências?

– Há tempo suficiente para esta adaptação?

– Há recursos disponíveis aos produtores para converter suas áreas tradicionais em áreas enquadradas pela rastreabilidade europeia?

– Há prêmios nos preços para produtos rastreados?

– A ausência de condições de venda para a Europa levará a produção para outros mercados, como a Ásia?

– Outros mercados importadores seguirão a linha europeia de restrições?

No mercado internacional de commodities, em especial para o complexo soja e do milho, notamos que as decisões ambientais, até aqui, não têm modificado o ambiente de preços e abastecimento global. Em particular, os preços se alteram por problemas climáticos, expansão agressiva da demanda, situações geopolíticas, mas, dificilmente, por decisões envolvendo exigências impostas por importadores e/ou pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Os preços do milho e da soja, após 2007, apresentaram mudanças históricas de patamar. Usando a Bolsa de Chicago como formador mundial dos preços destas commodities, notamos que o milho partiu de uma média de US$ 2.70/bushel para um novo padrão de US$ 3.60 a 3.80/bushel. A soja passou de US$ 5.80 para US$ 8.00/bushel como novo padrão mínimo de preços. O que modificou estas médias foi a associação da ampliação da demanda global com a necessidade de se produzir mais nos países produtores. Para produzir mais, os países produtores precisam promover uma ampliação horizontal – acréscimo de área plantada – e/ ou uma ampliação vertical – acréscimo de fatores de produção/tecnologia.

Paulo Molinari

Fluxo de comércio da soja mundial:

Este modelo implica que, para atender a demanda global crescente via demografia e/ou renda, os países produtores precisam investir em área e tecnologia para agregar oferta compatível com a expansão pretendida. Sem este quadro, estaríamos fadados a ampliação da fome em nível mundial e graves problemas sociais. Por isso, os preços sobem, para que produtores, indústrias de insumos e investidores possam viabilizar, de forma capitalista, a expansão natural da oferta de alimentos em termos mundiais. Isto implica em dizer que países com menor capacidade de expansão de área cultivável e/ou de agregação de tecnologia por fatores climáticos regionais podem estar dependentes, de forma constante, de importações daqueles países conseguem gerar a produção demandada. Se houver bloqueios para esta expansão,

os países que sofrerão mais com a ausência de alimentos serão justamente os que não dispõe mais de área disponível para ser ampliada nos plantios.

O caso brasileiro expõe desta combinação de fatores. Há um apelo de demanda global não atendido por exportações dos Estados Unidos e Europa. O Brasil tem investido fortemente em tecnologia e áreas novas de plantio para atender esta demanda global crescente, em todos os segmentos. Se analisarmos o agronegócio norte-americano e europeu, notamos que as áreas disponíveis para a ampliação de produção são limitadas ou exigem muita tecnologia para a produção, ou seja, alimentos mais caros. Se o Brasil não tivesse expandido a sua produção, assim como em toda a América do Sul, não há dúvidas que a situação atual da oferta de alimentos no mundo seria muito diferente.

Hoje em dia, o Brasil produz soja para atender especialmente a demanda chinesa. Produz milho e atende mais de 150 países com exportações. A China tem projeção de chegar a uma demanda de soja de 150 milhões de toneladas até 2030 e o Brasil está preparado para atender esta demanda. A ampliação de área plantada e produtividade seguem colocando o Brasil nesta trajetória, sem utilizar a Amazônia. Portanto, quanto maior for o apelo para que o Brasil exporte maiores volumes de milho e soja, maior será a influência sobre as decisões de área plantada e tecnologia. Não estamos certos de que o mercado mundial está disposto a ver o Brasil ou a América do Sul ausente deste contexto de ampliação de oferta para atendimento da expansão da demanda. O crescimento de área plantada no Brasil não se presta a atender apenas sua demanda interna, mas, sim, para atender o apelo da demanda global.

O consumo mundial de soja vem crescendo, em média, 40 milhões de toneladas a cada quinquênio e o do milho chega a 130 milhões de toneladas. Isso significa necessidade permanente de expansão da produção brasileira de grãos, pois há uma demanda internacional crescente. Do contrário o ritmo de crescimento da produção seria mais lento. Na corrida ambientalista, o Green Deal europeu criou mais um argumento de forma a impor a sua versão global de “controle” sobre os países produtores, sem avaliar claramente os efeitos para o seu próprio abastecimento local.

Note-se que os mercados de commodities são muito sensíveis.

Somente em 2024, pragas na produção de cacau na África geraram um surto de alta de preços nesta commodity em patamar recorde. Uma seca no Vietnã provocou altas importantes no café e possível ajuste de abastecimento global. Nos últimos três anos, foram registradas perdas de produção acentuadas nas safras de grãos da América do Sul devido aos fenômenos La Nina e El Nino, com preços altíssimos no ambiente internacional de soja e milho. Qualquer medida que afete a capacidade dos mercados de regularem o abastecimento global implicará em surtos de aumento de preços e provável desabastecimento.

A Europa tenta impor uma visão global que atinge a produção de alimentos ou a sua capacidade em regular o abastecimento: “Ao promover o consumo de produtos «livres de deflorestação» e ao reduzir o impacto da UE na deflorestação e na degradação florestal a nível mundial, espera-se que o novo Regulamento (UE) 2023/1115 relativo a produtos não deflorestados reduza as emissões de gases com efeito de estufa e a perda de biodiversidade” No Regulamento sobre Produtos Livres de Deflorestação (EUDR), que entrará em vigor em 30 de dezembro de 2024, dois pontos podem ser considerados especialmente relevantes:

– A proibição de importação de alimentos de áreas com desmatamento;

– O impacto nos custos que serão gerados por novas auditorias e processos de rastreabilidade previstos pela norma.

A lei prevê autorizar importações pela União Europeia provenientes apenas de regiões livres de deflorestação, o que impõe aos países exportadores a implantação de um processo de rastreabilidade. Esta regra exigirá diligências de fiscalização, enquadramento em normas e um certificado de rastreabilidade.

Exigir este tipo de instrumento de países que não dispõem de novas áreas a deflorestar, com um agronegócio consolidado e guarnecido, nos parece muito simples, como os Estados Unidos, onde Associação dos Produtores de Soja criou um certificado de sustentabilidade, que só foi possível porque não há mais deflorestação por lá.

O Brasil não está preparado para este tipo de imposição agressividade normativa imposta externas às leis nacionais. O país dispõe do seu Código Florestal que estabelece os limites percentuais em que determinada região, fazenda ou produtor rural podem exercer a exploração comercial da propriedade. Na Amazônia, por exemplo, o Código Florestal impõe 80% de reserva florestal da propriedade e utilização apenas de 20% da área para atividade econômica. O que o Regulamento sobre Produtos Livres de Deflorestação (EUDR) prevê vai contra o Código Florestal brasileiro, mas serve como orientação de atuação para as empresas multinacionais europeias instaladas no país. No bioma amazônico brasileiro, estão instaladas as principais empresas de comércio mundial, as trading companies como Cargill, Bunge, Olam, Dreyfus, Cofco e Amaggi, algumas delas, inclusive, detêm portos importantes em Santarém e Barcarena, no estado do Pará. Isto quer dizer que as empresas multinacionais podem utilizar o bioma amazônico para seu fluxo de comércio, enquanto os produtores brasileiros não podem utilizar a região para sua atividade econômica/social?

Para a construção de infraestrutura logístico-operacional visando ao escoamento da soja e milho para os portos destas multinacionais, muitas áreas foram deflorestadas. As operações destas empresas podem ser embargadas pela nova lei europeia? Aos olhos das leis brasileiras, a resposta seria não, pois estas empresas estão operando em harmonia com o ambiente do Código Florestal nacional. Contudo, existem trading companies embargando a compra da produção de grãos de fazendas localizadas em áreas definidas como restrita para a produção, segundo o Regulamento sobre Produtos Livres de Deflorestação (EUDR), mesmo com tais produtores estando plenamente habilitados pela regra ambiental brasileira. O que se nota é um conflito entre as regras de compliance ambiental das trading companies multinacionais que operam no Brasil e a própria legislação brasileira.

A lei europeia anti-deflorestação rompe as fronteiras de atuação jurídica e impõe para as empresas globais uma obediência que se sobrepõe as leis locais dos países produtores. A grande pergunta é: o que é Deflorestação?

– A lei europeia define a palavra de forma genérica e aplicável a qualquer deflorestação;

– A lei brasileira é mais precisa e estabelece regras do que se pode, ou não, exercer em termos de atividade econômica e social para a população e para o país;

Há um conflito claro entre as duas leis e o que se espera é que a legislação de um país não seja implantada a força em outro país. O Brasil seguirá amparado pelo seu próprio Código Florestal e não alterará a sua legislação e atuação em razão de uma imposição externa. O resultado deste quadro não parece ser favorável ao abastecimento local europeu, considerando que a Europa importa cerca de 15 milhões de toneladas de soja, 20 milhões de toneladas de farelo de soja e, somente a Espanha, mais de 3 milhões de toneladas de milho, com grande parte destes volumes tendo o Brasil como origem. Desta forma, alguns potenciais efeitos globais de curto prazo podem ser esperados, tais como:

1 - O Green Deal afetará primeiramente as trading companies, as quais tentarão se enquadrar ao novo sistema;

2 - A restrição à compra de produtos de origem das áreas de “deflorestação” se sobrepõe a legislação florestal brasileira e deverá ser tema de discussão jurídica internacional;

3 - Este tipo de restrição já ocorre internamente no Brasil nas áreas demarcadas (trading companies);

4 - O custo da rastreabilidade não está inserido nos preços internacionais neste momento, mas isso será inevitável. Estima-se que um processo de certificação gere custo adicional de US$100/tonelada (o preço FOB atual da soja no Brasil é US$ 430/tonelada);

5 - O Brasil tem um objetivo econômico e social na exploração de suas terras e não se acredita que alterará o seu Código Florestal em razão de uma restrição comercial externa;

6 - Caso outros países importadores não venham a adotar a mesma regra ambiental europeia, o Brasil poderá mudar o seu perfil comercial passando a se dedicar mais à Ásia em suas vendas;

7 - A Europa poderá se abastecer em outras regiões do Brasil, não oriundas de “deflorestação”, bem como em fontes da Argentina e Estados Unidos;

8 - Em anos de crises de abastecimento global (quebras de produção), a Europa teria um custo adicional em relação aos demais consumidores mundiais e sérias dificuldades de manter seus volumes de importação;

9 - A partir de 2030, a combinação de oferta e demanda e as restrições à elevação de área plantada no Brasil teriam impacto em até 50% nos preços das commodities de exportação, possivelmente contribuindo com a ampliação do quadro da fome em nível global;

10 - Outros biomas, como o africano, acabarão sendo atingidos na tentativa de equilibrar o abastecimento mundial com a restrição à produção brasileira;

11 - Não acreditamos que os produtores brasileiros estejam dispostos a avançar na adoção de custos de rastreabilidade em prêmios que cubram esta operação.

Conclusões:

1. Haverá potencial disputa judicial internacional entre a legislação brasileira e a europeia no ambiente da OMC (Organização Mundial do Comércio);

2. O Brasil não alterará o seu Código Florestal para se adequar a legislação europeia;

3. A definição do que é “área de deflorestação” será necessária para orientar adequadamente as análises de cada caso concreto;

4. Espera-se um acréscimo de despesas da ordem de 25% nos preços FOB para a soja brasileira que tenha que atender aos critérios de certificação com destino à Europa;

5. Há opções de abastecimento às exportações para a Europa, no próprio Brasil, de grãos com origens distantes das regiões de “deflorestação”;

6. A restrição ao crescimento da área brasileira de produção agrícola na região Norte (Amazônica) poderá motivar o avanço da agricultura em outros ecossistemas globais, como a África;

COMUNICAÇÃO: A TAREFA PENDENTE DO SETOR

Responsável pela comunicação da Confederação Espanhola de Fabricantes de Alimentos Compostos para Animais (CESFAC)

AGROALIMENTAR

Desde a sua conceção que o setor agroalimentar se tem dedicado à tarefa de produzir alimentos. Tem-no feito em quantidade suficiente (para satisfazer a procura crescente da população mundial), através de uma grande variedade de produtos, a preços acessíveis para a grande maioria da população e com padrões de qualidade e segurança cada vez mais elevados. As instalações insalubres onde os alimentos eram produzidos há não muitos anos pouco se assemelham aos modernos armazéns da atualidade onde a inovação dos processos desempenha um papel essencial. No entanto, houve uma tarefa que foi negligenciada: comunicar todos estes avanços à sociedade como um todo. A tarefa de realçar a importância de um setor agroalimentar do qual, recordo, depende a nossa própria sobrevivência.

Ponto de partida

O desafio que o setor agroalimentar enfrenta em matéria de comunicação é cada vez maior, tendo em conta que vivemos em sociedades nas quais o fosso entre o mundo rural e as cidades é cada vez maior. Sociedades nas quais encontrar as prateleiras dos supermercados cheias de alimentos se tornou uma imagem banal e nas quais, por vezes, sentimos que, não muito longe, a fome e a pobreza são o "pão nosso de cada dia". Sociedades nas quais os membros mais jovens do agregado familiar (e alguns dos seus pais) desconhecem por completo a origem e a forma como são produzidos os alimentos que chegam à sua mesa. Tudo isto faz com que, por exemplo, onde o setor vê uma moderna exploração suinícola, uma parte da sociedade vê um foco de poluição por chorume que esgota os recursos hídricos da zona para produzir carne que será consumida a milhares de quilómetros de distância do local onde é produzida... ao mesmo tempo que, paradoxalmente, esquecem que vivem numa cidade assolada pela poluição atmosférica onde os cidadãos têm de levantar a cabeça para respirar numa carruagem de metro cheia de pessoas às primeiras horas da manhã.

O facto de se ter negligenciado a área da comunicação e da valorização do setor agroalimentar fez com que outros assumissem o seu discurso. Há mais de 50 anos, as organizações ambientais descobriram o poder da comunicação e, desde então, têm captado a atenção dos meios de comunicação social em matéria de questões alimentares. Convenhamos que, no que diz respeito à comunicação, fizeram-no muito bem desde então e continuam a fazê-lo agora, dedicando uma grande parte das suas estratégias e recursos

económicos à comunicação. Esta insistência fez com que, no imaginário comum, o consumo de carne se tenha convertido em algo "negativo" para a saúde e que, por exemplo, uma boa parte da sociedade europeia continue a pensar que a carne de frango que comemos é tratada com hormonas (algo que já foi proibido há muito tempo). A isto há que acrescentar a enorme quantidade de mensagens que nos chegam através das redes sociais e que tornam difícil, hoje em dia, discernir o que é verdade do que é um embuste em benefício próprio. O ponto de partida não é propriamente animador. No entanto, nunca é tarde para tentar inverter esta situação. E isto pode fazer-se através do investimento em comunicação, assim como através do apoio a iniciativas que visam introduzir nas escolas conteúdos relacionados com a realidade da produção de alimentos, a sua origem e a importância das pessoas que tornam possível que todos os dias tomemos o pequeno-almoço, o almoço e o jantar.

Comunicação agroalimentar

Ter consciência da necessidade de apostar na comunicação agroalimentar significa criar uma estrutura diferenciada das restantes áreas da empresa. Não vale a pena pensar que a comunicação pode ser articulada com a área de marketing de uma empresa, pois os objetivos não são os mesmos. Na minha opinião, a comunicação merece uma estrutura própria, diferenciada das restantes e, se possível, com acesso e comunicação permanentes com a direção geral. Porquê uma estrutura deste género? Através dos instrumentos de comunicação, é possível gerar credibilidade, confiança, transparência e uma imagem positiva da entidade que comunica. Em suma, criar valor. Tudo isto através da criação de uma relação estável com os meios de comunicação social, da seleção e gestão corretas das redes sociais, da geração de conteúdos próprios, do acompanhamento das notícias que afetam a atividade, da manutenção de um sítio Web, do planeamento da presença da empresa ou entidade em feiras ou eventos... em suma, um planeamento que dependerá, em grande medida, dos recursos disponíveis.

Este planeamento deve também ter em conta o público a quem nos dirigimos. Devemos prestar atenção, em primeiro lugar, à comunicação interna. Ouvir "a nossa gente", "o setor". É importante conhecer as suas preocupações e necessidades e é importante que a própria estrutura seja a primeira a ter conhecimento das notícias geradas pela entidade. E, obviamente, em segundo lugar, a parte mais "mediática":

Álvaro

a comunicação externa. As mensagens que queremos enviar aos meios de comunicação social, cujo impacto pode ser setorial (uma mensagem dirigida ao nosso próprio setor) ou geral (à sociedade como um todo).

Quem comunica? Todos nós comunicamos. Desde o momento em que nos levantamos até ao momento em que nos deitamos. Em todas as nossas ações, de uma forma ou de outra, comunicamos. A forma como nos expressamos, a forma como nos vestimos, a forma como ouvimos... tudo comunica. O silêncio também comunica. É por isso que devemos colocar-nos nas mãos de profissionais da comunicação ("Cada macaco no seu galho!"). Em particular, o jornalismo e a comunicação agroalimentar tornaram-se mais profissionais e especializados nos últimos anos. Existem jornalistas e comunicadores que fizeram da especialização a sua imagem de marca e é neles que o setor agroalimentar deve apoiar-se no momento de desenvolver as suas mensagens. Quer seja através de um departamento de comunicação dentro da empresa (idealmente), através de uma agência de comunicação ou de profissionais externos, ou ainda através do apoio de equipas de comunicação das associações ou organizações interprofissionais que representem os interesses do setor.

Como comunicar? Tal como a jornalista agroalimentar espanhola Lourdes Zuriaga assinalou em várias ocasiões, devemos comparar a comunicação com a rega. Em muitas das suas intervenções como presidente da Associação

Espanhola de Jornalistas Agroalimentares, Zuriaga fez a seguinte analogia: quando se trata de planear o abastecimento de água de uma exploração agrícola, podemos fazê-lo de duas formas: esperar que chova ou planear um sistema de rega. Quem optar por esperar pela chuva pode deparar-se com uma seca prolongada, o que pode afetar os seus resultados. No entanto, quem decidir criar um sistema de rega, obterá resultados fiáveis. Por sua vez, pode regar de duas formas: rega por inundação ou rega gota a gota. Uma comunicação eficaz pode ser comparada a este último tipo de sistema de rega. Uma gota a gota que, pouco a pouco, se vai instalando e que, no fim, obtém resultados. Tudo isto através de planeamento e estratégia. Esta estratégia inclui também a formação de porta-vozes, aqueles que vão dar a cara pela empresa (que nem sempre têm de ser os responsáveis máximos).

O mais importante é perceber a comunicação como um investimento, e não como uma des-

pesa. Quais são as vantagens de uma comunicação eficaz? Dá-nos prestígio, capacidade de comunicar diretamente com os meios de comunicação social e estabelecer a nossa organização como uma referência de informação (e que não sejam outros a comunicarem por nós). Permite-nos controlar a nossa própria mensagem, a nossa própria história. Dá-nos pistas sobre se, quando chegar o momento, temos ou não de avançar e comunicar. E, muito importante, ajuda-nos a prepararmo-nos para uma crise de reputação. Uma crise que afeta todos os setores de atividade e que, mais cedo ou mais tarde, atinge a todas as empresas do setor.

Comunicação em alimentação animal

O que pode o setor da alimentação animal comunicar? Há uma série de ideias que podem ser de interesse para as empresas e organizações que trabalham no setor da alimentação animal comunicarem à sociedade como um

mundo. Um setor que alimenta os animais de estimação que são cada vez mais numerosos nas famílias. Um setor que fixa a população no território, que cria economia nas zonas rurais e que aplica a inovação. Existe uma infinidade de histórias de sucesso que merecem ser contadas, apenas é necessário que alguém as identifique e as conte. Quais são os desafios que o setor enfrenta em matéria de comunicação? Estamos a falar do declínio do consumo de carne, da imagem insultada do setor pecuário junto de determinados estratos da sociedade... A defesa do modelo de produção europeu e os regulamentos sobre a desflorestação são outros desafios de comunicação que o setor da alimentação animal enfrenta. Sem esquecer o desafio de lidar com as fake news relacionadas com o setor. Em suma, a comunicação deve fazer parte do ADN das nossas empresas e organizações. Compreendendo isso, é possível começar a

MOVIMENTO AMBIENTE E PRODUÇÃO ALIMENTAR – MAPA

O Movimento Ambiente e Produção Alimentar foi criado com a participação de mais de trinta entidades, direta ou indiretamente, ligadas aos setores da produção agrícola, da criação de animais para consumo, da produção e distribuição agroalimentar.

bilidade dos sistemas, a segurança dos alimentos e o bem-estar animal.

É importante reforçar este papel do Agricultor/ Produtor agropecuário porque não há ambientalista mais eficaz do que um produtor responsável.

E este pretende ser o papel do MAPA: esclarecer e desmistificar algumas perceções através da partilha de conhecimento com base em evidência científica comprovada e sustentada, para ajudar a um debate na sociedade civil com contributos positivos e educativos que permitam ao setor continuar a evoluir, a alimentar em segurança as comunidades e a contribuir para um mundo mais saudável e sustentável. Neste âmbito, temos vindo a apresentar com mais detalhe o nosso propósito e o âmbito da nossa ação com o objetivo de valorizar e destacar, junto da sociedade civil, todos os que fazem do mundo rural uma realidade.

O MAPA é constituído por um grupo abrangente, que pretende, numa só voz, construir de forma positiva mensagens verdadeiramente esclarecedoras, que ajudem a clarificar ideias pré-concebidas sobre o mundo rural e sobre o seu papel no bem-estar animal, na manutenção, na preservação e no equilíbrio da natureza e na vida quotidiana das pessoas. Acreditamos que os produtores e agricultores são ambientalistas por natureza. E porquê? Porque são os profissionais do mundo rural que vivem, conhecem e gerem os recursos e os processos de produção e transformação. São eles que cuidam e alimentam os animais e produzem os alimentos que todos nós integramos nas nossas dietas. Estes profissionais possuem um conhecimento multidisciplinar, que lhes permite cumprir as regras e as exigências que garantem o equilíbrio e a sustenta-

Iremos divulgar as boas práticas que já se aplicam na criação de animais, nomeadamente no âmbito do Bem-Estar, que infelizmente não têm sido do conhecimento da opinião pública, razão pela qual,

Graça Mariano
Porta-voz do MAPA

vimos agora, finalmente, comunicar com os consumidores, que são os destinatários da comunicação do MAPA.

Os consumidores portugueses e mesmo os consumidores europeus são abalroados com demasiada informação, que acaba por ser desinformação, produzida e divulgada por grupos ruidosos que não prestam um bom papel à sociedade, embora, acreditamos, possam ter boas intenções, mas não conhecendo o Mundo Rural e nem as Boas Práticas que se aplicam, estas pessoas falam e escrevem do que não sabem, criando alarmismos desnecessários.

Neste contexto, os consumidores ficam desnorteados e acreditam ser necessário mais regras, quando estas já se aplicam e são cumpridas.

Ao longo dos últimos tempos foi criada, felizmente, a consciência do Bem-Estar Animal,

face ao facto de se saber que os animais são seres sencientes.

Contudo, os consumidores não sabem que o Bem-Estar Animal tem implicação direta com a rentabilidade e com os custos de criação, pois desconhecem que a aplicação dos requisitos de Bem-Estar Animal evita doenças dos animais e os consequentes custos com veterinários, medicamentos e rejeições nos matadouros. Sendo assim os criadores os principais interessados na aplicação do Bem-Estar animal, já que se não fosse pela relação próxima que mantêm com os animais, seria pela falta de rentabilidade que teriam.

Os consumidores sabem muito pouco do que já é feito em termos de bem-estar animal, por falta de comunicação adequada e em regra ficam admirados quando são confrontados com as exigências regulamentares e

com as Boas Práticas que os criadores de animais aplicam.

A legislação europeia é a mais exigente em todos os níveis, nomeadamente no âmbito do Bem-Estar Animal. Havendo um controlo muito apertado a este tipo de atividade pelas autoridades competentes.

O MAPA adotou outra terminologia, preferindo referir “Criação de animais”, em vez de produção animais ou pecuária, porque não se trata apenas de uma atividade económica, mas sim de uma relação próxima entre o homem e o animal.

Há uma entrega total dos cuidadores, que, precisam de cuidar dos animais, pelo menos, duas vezes por dia.

Na verdade, as políticas preconizadas para fixar a população ao interior, só poderão ter sucesso se assentes em atividades como a criação de animais, pois obrigam de facto

soluções inovadoras

em nutrição animal

Serviços Laboratoriais

Análise Nutricional

Serviços de Diagnóstico

Produtos

Pré-misturas

Alimentos Complementares

Serviços Técnicos

Veterinários

Serviços de Formulação

Assistência Veterinária

Apoio Técnico a Explorações

Qualidade

Controlo de Especi cações:

- Matérias-primas

- Pré-misturas

- Alimentos para Animais

Avaliação de Processos de Fabrico:

- Homogeneidade de Misturas

- Avaliação de Contaminações

- Monitorização de Matérias primas

- Monitorização de Alimentos para Animais

à permanência da população no interior do país.

Adicionalmente, existem sistemas de certificação voluntária em bem-estar animal que são aplicados em explorações de animais vivos, em transportes e em matadouros. Contudo, estes sistemas voluntários ainda mais exigentes que os requisitos impostos pela legislação europeia, acarretam custos mais elevados, que se refletem no custo final da carne. Infelizmente e apesar de os consumidores estarem conscientes, não estão preparados para pagar mais pelos alimentos sujeitos a certificação voluntária em Bem-Estar Animal. Manifestam interesse no Bem-Estar Animal à entrada do supermercado, mas tal não se verifica no momento da aquisição da carne certificada.

O MAPA tem um compromisso inalienável: Transparência. Conhecimento. Verdade. Credibilidade. Propomo-nos a trazer à luz evidências científicas, sociais e éticas para desmistificar preconceitos e criar valor para todos os que fazem do mundo rural a sua vida.

Acreditamos que os produtores e agricultores são ambientalistas por natureza. Possuem um conhecimento multidisciplinar que lhes permite cumprir as exigências que garantem o equilíbrio e a sustentabilidade dos sistemas, a segurança dos alimentos e o bem-estar animal. Acreditamos que quem vive e trabalha no mundo rural, cuida: dos recursos e dos processos de produção e transformação. São estas pessoas que acompanham e alimentam os animais e produzem os alimentos que todos nós integramos nas nossas dietas. Acreditamos na Alimentação Equilibrada não só nas pessoas como também no fornecimento de dietas equilibradas ajustadas às necessidades nutricionais dos animais face à fase de desenvolvimento.

Iremos comunicar humanizando os diversos produtores de alimentos:

• Mostrar quem são, o que fazem e como fazem;

• Contar as suas histórias e experiências;

• Capitalizar os pontos fortes;

• Assumir os pontos de melhoria; Iremos contar as suas histórias e mostrar o que é ser um ambientalista na prática

/ no dia-a-dia. Iremos divulgar histórias de pessoas reais, ambientalistas que são produtores, que fazem verdadeiramente a diferença ao mesmo tempo que nos alimentam a todos.

A nossa estratégia de comunicação assenta em três pilares:

1. Marketing de influência

[• Fileira • Governo/Partidos Políticos • Instituições com relações com o setor • Público em geral]

• Estabelecimento e gestão de relações de continuidade com os diferentes órgãos de comunicação social;

• Desenvolvimento de press releases regulares sobre os temas da campanha para produção de conteúdos jornalísticos (artigos, notícias, entrevistas);

• Criação de dossiers de imprensa, detalhados com conteúdos científicos que sustentem de forma credível as mensagens que se pretendem transmitir.

2. Publicidade [Televisão]

A TV continua a ser o maior meio de comunicação de massas e, integrada numa estratégia de comunicação que tem como foco principal o esclarecimento e sensibilização da população, é um meio que irá permitir construir uma imagem e um posicionamento sustentado do Mundo Rural e dos princípios que defende. Iremos divulgar dois filmes 60’’, nesta fase, na SIC Noticias, na CNN Portugal e na CMTV em horário nobre.

3. Redes sociais [Facebook • Instagram • YouTube]

Estamos a construir páginas dedicadas ao projeto de forma a marcar uma presença nas redes sociais com conteúdos ajustados à tipologia de mensagens inerente ao âmbito do projeto, utilizando um tom coloquial e mensagens simples, diretas, esclarecedoras próximas do utilizador. Queremos criar conteúdos semanais no Instagram, no Canal Youtube, no Facebook e ainda no Website.

Acreditamos que é preciso comunicar! Acreditamos que:

VOCÊ TEM A AMBIÇÃO DE CRESCER

NÓS TEMOSOS RECURSOS

PARA O APOIAR

Estamos aqui para o ajudar a concretizar a ambição de crescer.

Temos um conhecimento profundo de nutrição e produção animal, sustentado em 100 anos de experiência, na presença em 75 países e numa forte aposta em Investigação.

Como seu parceiro de negócio, queremos ser a força motriz do seu crescimento, através das melhores soluções nutricionais e mais sustentáveis práticas de maneio.

Desta forma, cumprimos a nossa missão de alimentarmos animais saudáveis com responsabilidade.

De Heus, ao serviço da nutrição dos seus animais.

B-RURAL – COMUNICAR A EVOLUÇÃO DO SETOR A UMA SÓ VOZ!

32% dos portugueses acredita que a agricultura não evoluiu nos últimos anos. A iniciativa B-RURAL tem como objetivo evidenciar não só a evolução, como a modernização e inovação nas atividades agrícola e florestal em Portugal. O B-RURAL visa valorizar a agricultura e a floresta numa comunicação proativa que impacte a sociedade civil.

“A

AGRICULTURA EVOLUIU, SÓ VOCÊ É QUE NÃO

VIU." – é este o mote do B-RURAL. A iniciativa, cofinanciada pela Comissão Europeia e promovida pela CONSULAI – nasce da necessidade de estabelecer um ponto de contacto entre a realidade urbana e a realidade rural.

Iniciada em agosto de 2023, a iniciativa já desenvolveu diversas atividades, direcionadas a três grupos concretos: agentes do setor agrícola e florestal, estudantes universitários e media e sociedade civil. Para os agentes do setor, a iniciativa desde o seu começo fez várias auscultações de stakeholders externos e setoriais, e preparou diversas ferramentas para dar voz ao setor – como uma Enciclopédia de Avaliação de Impacto da PAC (Política Agrícola Comum), ou a criação de um Observatório de análise do seu impacto;

Website B-RURAL: Infografia com indicadores evolutivos monitorizados pela iniciativa

Protocolo de Cooperação com Associações de Estudantes Universitários: AEISA e IAAS Coimbra

ou o Observador. Em março, a iniciativa desenvolveu uma press-trip com jornalistas em visita a explorações agrícolas que, revelam a evolução visível do setor, reforçando o papel do agricultor como uma fonte de informação fidedigna. Vários artigos emergiram destas visitas, nomeadamente no Público, no Diário de Notícias e no Jornal Económico.

Aproximando-se da comunidade universitária, o B-RURAL estabeleceu protocolos de cooperação com seis associações de estudantes, apoiou visitas de campo e outras atividades, e está a implementar conferências universitárias de norte a sul do país, com dinâmicas que visam estreitar a perceção do gap entre o mundo rural e o mundo urbano, comunicando o setor e as suas oportunidades para estudantes de várias valências e disciplinas de estudo. Além disso, através da colaboração com jornalistas e líderes de opinião, foi possível comunicar em artigos de opinião publicados em diversas plataformas de comunicação generalistas, como o Jornal de Notícias

Press-trip: Grupo de jornalistas em visita a JBI Group e The Summer Berry Company

Duas campanhas de outdoors disseminaram mensagens-chave sobre eficiência hídrica e biodiversidade em 50 pontos da cidade de Lisboa, alcançando aproximadamente 3.700 000 pessoas em cada campanha. "Julgo que nunca foi tão evidente a necessidade de o setor primário ter uma estratégia de comunicação concertada. Este setor evoluiu muito nos últimos anos. Mas tem comunicado de forma muito reativa. É preciso mostrar o que se faz bem a quem não

Rui Almeida CONSULAI

Campanha de Outdoors: Segunda vaga de comunicação em Lisboa

conhece. Esse é o propósito do B-Rural.", afirma Pedro Santos, Diretor-geral da CONSULAI Para comunicar mais e melhor, combatendo tendências de desinformação, o B-RURAL lançou um videocast intitulado “TO B OR NOT TO B-RURAL”, na qual desmistifica os principais mitos associados a diversas culturas agrícolas e florestais. Os episódios contam com a

apresentação do presidente do ISEG, Prof. João Duque, e já podem ser acompanhados no canal de YouTube da iniciativa.

TO B OR NOT TO B-RURAL: Episódio sobre Frutas e Hortícolas com Gonçalo Santos Andrade

"O B-Rural destaca a vitalidade e modernidade do setor agrícola e florestal em Portugal, sublinhando a sua relevância não apenas para as comunidades rurais, mas também para aqueles que residem nas grandes cidades.", afirma Rui Almeida, gestor da iniciativa. "Com o apoio ativo das associações agrícolas e florestais, queremos promover e fortalecer estes setores, enfrentando o afastamento entre o mundo urbano e o mundo rural. Este esforço visa desmistificar tendências de desinformação, promovendo uma comunicação clara e colabo-

rativa entre ambas as realidades." esclarece o também Diretor Operacional da CONSULAI. Com um trabalho dedicado e uma estratégia robusta, fundamentada em dados sólidos e uma comunicação atraente, a iniciativa convidou as associações agrícolas e florestais a participarem neste esforço conjunto de comunicação unificada. Várias associações e confederações de peso no setor já se comprometeram com o B-RURAL, mostrando interesse em estabelecer essa proximidade com a iniciativa, para que possam ter uma comunicação mais forte e que possa também informar a sociedade num todo.

O acolhimento desta iniciativa junto dos vários grupos-alvo, em particular pelos agentes do setor, mostra que o B-RURAL veio para ficar! A CONSULAI tem coordenado esta estratégia e levado a cabo todas as atividades, mas sempre com um apoio próximo e colaborativo junto das associações setoriais, para que também elas possam apoiar, promover e estimular mais ações e estratégias para a comunicação do setor no futuro!

Saiba mais sobre esta iniciativa no website – https://b-rural.com/

FINALMENTE TEMOS COMUNICAÇÃO NO SETOR AGRÍCOLA

Chegou o dia em que passámos da fase de “temos que comunicar”, para a fase “o que estamos a comunicar”.

São ótimos sinais, poder estar a debater a forma como o setor está a comunicar, contando com as apresentações dos dois projetos para o efeito: MAPA: Movimento de Apoio à Produção e Ambiente, e o B-Rural, apresentados pela Graça Mariano, da APIC, e pelo Rui Almeida, da Consulai, respetivamente, e com uma mesa redonda com especialistas de comunicação e experiência no setor agrícola. Mais uma vez a IACA é percussora, a promover este debate nesta altura. Percussora, porque o primeiro livestreaming, realizado no nosso setor, foi o evento da IACA em parceria com o Agroportal: Live streaming: preparar a Fileira Animal para os Desafios da Sociedade, a 6 de Abril 2017.

Parabéns à APIC e à Consulai, por terem tomado estas iniciativas. A Comunicação está a rolar. E o que podemos dizer sobre estes projetos e o estado de arte da Comunicação neste momento? São três as conclusões que tiramos no debate:

• Primeiro, neste momento o mais importante é fazer. Estes dois projetos de comunicação são bem-vindos, aplaudidos, e se houverem mais no futuro, melhor. A articulação será sempre bem-vinda, mas o moto é fazer;

• Segundo, o setor deve comunicar exemplos daquilo que faz bem. Exemplos de práticas culturais sustentáveis devem ser comunicadas, por exemplo nas redes sociais. Este tipo de comunicação, deveria também ser feito pelos agricultores, publicando diretamente nas redes sociais;

• Finalmente, a comunicação pelo setor, divulgação de boas práticas e bons exemplos, devem ser feitos com base em ciência, com rigor científico, para serem objetivos e não serem questionáveis.

A agricultura produz alimentos, é responsável por dois terços do território. É um setor focado em produzir mais utilizando cada vez menos recursos, com base em tecnologia. É um setor moderno e sustentável. Merece que haja essa noção e reconhecimento da sociedade. Mas, isso só acontecerá, com Comunicação, e do próprio setor. À agricultura não bastará ser, é preciso parecer.

José Diogo Albuquerque

COMUNICAÇÃO NA INDÚSTRIA AGROALIMENTAR: UMA NECESSIDADE URGENTE

A realização da mesa-redonda “Comunicar na Fileira Agroalimentar: Informar para Desmistificar”, promovida pela IACA no âmbito da Reunião Geral da Indústria, reafirmou a urgência de uma comunicação transparente e eficaz na indústria agroalimentar. Como profissional de comunicação defendo vigorosamente a necessidade de inovar neste campo para combater a desinformação persistente e estabelecer relações sólidas com o público em geral e demais stakeholders.

Apesar da sua importância económica e social, a indústria agroalimentar em Portugal está envolta em preconceitos e desinformação que minam a sua reputação. A disseminação de conceitos distorcidos gera uma desconfiança generalizada, comprometendo toda a cadeia dentro do setor. Não obstante, é igualmente preocupante a falta de ação do setor em comunicar de maneira oportuna e abrangente. A complexidade do setor implica reconhecer a importância de uma relação que deve primar pela reciprocidade mútua, criando assim uma via dupla para um diálogo entre diferentes perspetivas. Há que não esquecer o desnível de acesso à informação entre públicos. Essa realidade não só cria uma barreira natural à comunicação, como pode gerar uma assimetria de interesses e poder entre aqueles que produzem o conhecimento e os que o recebem. Portanto, para efetivar uma comunicação verdadeiramente inclusiva, é fundamental promover o conhecimento de forma acessível e educativa. A chave para enfrentar todos estes desafios, reside na inovação da comunicação, indo além dos métodos convencionais. É fundamental que o setor adote uma postura de transparência, pense “out of the box” e perca o medo de comunicar. Importa assegurar uma comunicação bidirecional e interativa, que priorize o diálogo. Parabenizo, por isso, a organização desta iniciativa pela inclusão de uma variedade de profissionais e perspetivas nesta mesa-redonda. Este enfoque participativo não só amplia o alcance e a eficácia da comunicação, como também fomenta um envolvimento mais profundo.

Nesse sentido, o setor precisa entender e reconhecer que comunicar a mesma mensagem para diferentes públicos é uma estratégia ultrapassada. Segmentar mensagens, canais e públicos é essencial para uma comunicação eficaz.

Como ex-jornalista, reconheço ainda a particular importância dos meios de comunicação social na

disseminação de informações sobre a indústria agroalimentar. No entanto, é responsabilidade do setor incentivar o jornalismo a aprofundar-se nesta temática, posicionando-se como fonte credível para os jornalistas e incentivando uma cobertura precisa e responsável.

A colaboração é igualmente fundamental. A indústria agroalimentar deve unir esforços para criar uma frente comum de comunicação. Entidades como o FeedInov CoLAB têm o potencial de liderar esforços que promovam boas práticas e estratégias comunicacionais padronizadas. Trabalhar em conjunto fortalece a mensagem e amplia o seu alcance. Os associados do FeedInov e qualquer empresa do setor podem beneficiar de seu know-how e serviços de comunicação, especialmente no que se refere à gestão de comunicação de crises.

Investir em comunicação é uma prioridade incontestável. É necessário entregar a comunicação a profissionais altamente qualificados e integrar a comunicação com os avanços da ciência. Devemos reconhecer que somos os principais responsáveis quando uma mensagem não atinge o seu objetivo. Porque a eficácia da comunicação está intrinsecamente ligada à forma como é transmitida.

PROGRAMA

14:30 h O setor bioindustrial dos insetos - uma realidade atual em Portugal e no mundo Daniel Murta, InsectERA

15:00 h

15:30 h

Avaliação da aceitabilidade dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais em utilizar proteínas de insetos em alimentação animal

Tiago Magalhães, DGAV

Os insetos nos alimentos compostos para animais: oportunidades de mercado e perspetivas de aceitação pelo consumidor

Bruna Filipa Faria, Universidade Católica

16:00 h Debate

16:30 h Encerramento

COLABORAÇÃO

COFINANCIADO POR:

"A PROTEÍNA DO FUTURO?" REPORTAGEM DA VOZ DO CAMPO, MEDIA PARTNER DO EVENTO

“Os insetos são utilizados para converter desafios, como é o bagaço da azeitona, em oportunidades”

A Agenda Mobilizadora InsectERA foi criada juntando players de toda a cadeia de valor que pretendem explorar o potencial dos insetos como ferramenta bioindustrial e soluções bioindustriais.

A Agenda InsectERA abrange todo o ciclo de inovação, desde a investigação e desenvolvimento até ao fabrico e comercialização de produtos no mercado, assente em métodos de produção tecnologicamente avançados. Durante o período de implementação da Agenda, de 2023 a 2025, irão desenvolver-se múltiplos projetos e iniciativas que visam fomentar a economia circular e alavancar o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços de elevado valor acrescentado. Daniel Murta, da InsectERA, conta que o setor bioindustrial dos insetos nos últimos anos evoluiu de forma muito rápida. “Estamos a falar de pequenas unidades que produziam alguns quilos por dia ou mesmo por mês, agora são unidades que produzem toneladas de produtos derivados de insetos todos os dias”, regista com satisfação Daniel Murta que dá como exemplo a EntoGreen, unidade que fundou e que converte todos os dias dezenas de toneladas de bagaço de azeitona e de outros subprodutos vegetais em produtos derivados de insetos.

O que são produtos derivados de inseto?

Daniel Murta, explica: “Temos dois produtos essenciais para alimentação animal: óleos e proteínas animais transformadas de inseto, que é um concentrado proteico, mas que é muito mais que proteína porque tem um bom equilíbrio nutricional. É um produto que em pequenas incorporações da alimentação animal faz a

diferença, melhores taxas de conversão e acima de tudo maior bem-estar e saúde animal e isso reflete-se na sua produção”. Na alimentação de peixe em aquacultura por exemplo reduz a dependência de importação de fontes tradicionais como a farinha de peixe ou a soja, contribuindo para produzir os produtos que usamos para os peixes em Portugal, em cadeias curtas de produção. Mas também dá cartas nas aves, contribuindo para maiores índices de produção, ou nos suínos, em que há um grande impacto a nível de nutrição de animais jovens.

Refira-se também a alimentação para animais de companhia com proteína de inseto. No âmbito da Agenda Mobilizadora, a petMaxi lançou recentemente no mercado a primeira ração em Portugal. Caracteriza-se por ser indicado para animais com sensibilidade (problemas de pele, perda de pelo, entre outros) e sintomas alérgicos.

“Os insetos são utilizados para converter desafios, como é o bagaço da azeitona, em oportunidades. Essas oportunidades são a proteína e óleo, mas também os fertilizantes”, defende Daniel Murta.

Fertilizante Orgânico de inseto

O fertilizante orgânico de inseto é muito rico em matéria orgânica que contribui para a saúde dos solos. Além disso, existem restícios de quitina no fertilizante que tem sido apontado como um elemento interessante no crescimento vegetal. Em Portugal será distribuído pela Siro durante seis anos.

AVALIAÇÃO DA ACEITABILIDADE DOS FABRICANTES NACIONAIS DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS NA UTILIZAÇÃO DE PROTEÍNAS DE INSETOS EM ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Tiago Magalhães DGAV

Com a adoção e entrada em vigor do Regulamento (UE) 2021/1372 de 17 de agosto de 2021 foi permitida na União Europeia a utilização de proteínas animais transformadas provenientes de insetos de criação na alimentação de aves de capoeira e suínos. Tais desenvolvimentos legais impulsionaram um estudo sobre a aceitação do mercado de proteínas de inseto de criação, tendo em conta a dependência das importações de matérias-primas proteicas para alimentação animal, tanto na União Europeia como em Portugal.

O estudo desenvolvido teve como objetivo perceber se os fabricantes nacionais de alimentos compostos utilizam e dependem de soja e seus coprodutos como principal fonte de proteína nos alimentos compostos para aves de capoeira e suínos, bem como entender em que fases de desenvolvimento das aves de capoeira e dos suínos é administrada a soja e seus derivados enquanto principal fonte proteica. Pretendia-se ainda com este estudo aferir qual a aceitabilidade dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais em utilizar proteínas de inseto de criação em alimentos compostos para aves e suínos.

Os resultados deste estudo indicaram que 90.1% dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais utilizam soja e

seus derivados como principal fonte de proteína na formulação das dietas em espécies animais para as quais é possível utilizar insetos de criação.

Em aves de capoeira, as fases de desenvolvimento em que os inquiridos alegaram utilizar soja e seus derivados como principal fonte de proteína foram as galinhas poedeiras, os frangos de engorda e os pintos de carne em crescimento, respetivamente. Relativamente à utilização de soja e seus derivados como principal fonte de proteína nos alimentos compostos para suínos, as respostas dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais recaíram respetivamente nos porcos de engorda, em leitões em iniciação e nos porcos em acabamento. No que se refere à utilização de proteínas de insetos de criação, das duas análises realizadas durante o estudo, segundo o agrupamento dos fabricantes em 3 grupos em função do volume anual de produção, o grupo de fabricantes que produz entre 20-80 mil toneladas por ano obteve uma maior taxa de respostas positivas no conjunto de perguntas grau de interesse, perspetiva e preço, enquanto os fabricantes de alimentos compostos que produzem entre 0-20 mil toneladas por ano obtiveram uma maior taxa de respostas positivas no conjunto de perguntas produção.

ALIMENTAÇÃO

À luz da análise bivariada qui-quadrado, com os fabricantes nacionais de alimentos compostos agrupados em 2 grupos (fabricantes que produzem entre 0-20 mil toneladas por ano e fabricantes que produzem >20 mil toneladas por ano) obteve-se uma relação significativa entre os fabricantes nacionais de alimentos compostos que produzem >20 mil toneladas por ano e a predisposição para utilizar proteínas de inseto de criação caso o preço destas seja competitivo quando comparado com a principal fonte de proteína utilizada nos alimentos compostos, bem como uma relação entre os fabricantes nacionais de alimentos compostos que produzem entre 0-20 mil toneladas por ano e a predisposição para produzir proteínas de inseto para incorporar nos seus próprios alimentos compostos para animais.

Os insetos nos alimentos compostos para animais: oportunidades de mercado e perspetivas de aceitação pelo consumidor

HÁ UM GRANDE POTENCIAL PARA O INSETO SER UMA NOVA FERRAMENTA NA BIOINDÚSTRIA

Coube a Bruna Filipa Faria, em representação da Universidade Católica, apresentar o tema “Os insetos nos alimentos compostos para animais: oportunidades de mercado e perspetivas de aceitação pelo consumidor”. Em declarações à nossa reportagem, Bruna Filipa Faria, considera que os insetos são proteína de futuro, bem como as suas próprias frações. Aliás, para a responsável, há um grande potencial para o inseto ser uma nova ferramenta na bioindústria. Com bases em evidências científicas, na sua apresentação falou numa linha do inseto como ingrediente para alimentação composta, sendo proteína ou de outra fração do inseto. A integração de insetos na alimentação humana também foi abordada por Bruna Faria. O estudo que serviu de base à sua apresentação também analisou a aceitação dos consumidores a, por exemplo, uma galinha que foi alimentada a insetos ou a peixe de aquacultura alimentado a insetos.

“Os insetos na alimentação composta entram aqui numa ótica de sustentabilidade”.

“Os insetos na alimentação composta entram aqui numa ótica de sustentabilidade. Por exemplo, no caso da alimentação de peixes em aquacultura, em que convencionalmente é usada a farinha de peixe, aqui a utilização do inseto é para mitigar o impacto das farinhas de peixe”, frisa Bruna Filipa Faria, argumentando ao mesmo tempo, “todos os estudos até à data mostram que a integração de insetos na alimentação composta para animais tem muito maior aceitação do que para consumo humano. O consumo de insetos para alimentação composta pode ser uma solução para integrar este setor que vem aqui promulgar uma sustentabilidade (…). Acredito

que uma comunicação sobre os benefícios ecológicos da utilização de insetos na alimentação, bem como dos ganhos em sustentabilidade e saúde, pode mitigar a recusa dos insetos e eles podem vir a integrar a alimentação de compostos animais e até a indústria de cosmética.”

Utilização de insetos enquanto fonte proteica alternativa na alimentação animal

“A NOSSA EXPETATIVA É QUE ESTE PROJETO TENHA VIABILIDADE ECONÓMICA E DIMENSÃO DE ESCALA”

O encontro contou com a presença da Direção Geral de Alimentação e Veterinária – DGAV. Foram apresentados estudos e desenvolvimentos de projetos associados à Agenda Mobilizadora InsectERA, projeto que conta também com a participação da DGAV. Durante o encontro, conversámos com o chefe de divisão desta entidade, José Manuel Costa, o qual assume que “as autoridades competentes também têm um papel importante a desempenhar em termos de risco de segurança alimentar”.

José Manuel Costa, referiu ainda que “é preciso desmitificar. É preciso divulgar ao consumidor tudo aquilo que está adjacente à parte da comercialização e da produção.

O maior ganho é a confiança que os consumidores possam ter nos produtos de origem animal, sabendo que eles estão efetivamente a ser bem produzidos, de acordo com as regras de segurança que estão devidamente estabelecidas e controladas ao longo do tempo e quando chegam ao seu prato as condições garantam que os produtos têm qualidade e segurança adequada ao seu consumo”.

Já sobre a utilização de insetos enquanto fonte proteica alternativa na alimentação animal, para o chefe de divisão da DGAV, é um processo que têm abraçado desde 2016 não só em termos da regulamentação e autorização das proteínas de insetos na criação de alimentos para alimentação de animais, como também em termos de investigação pois estão afetos à Agenda Mobilizadora InsectERA. “A nossa expetativa é que este projeto tenha viabilidade económica e dimensão de escala. Ou seja, tudo aquilo que está a ser produzido tenha quantidade suficiente para ser utilizado e que possa ser alternativa à matéria-prima de eleição, designamente a soja”, conta.

Autor: Paulo Gomes – Fonte: "Voz do Campo"

Concentrado de Colostro 100% Natural.

Imunidade e Desempenho.

O sistema imunitário dos animais recém-nascidos da maioria da espécie mamífera é transmi�do e desenvolvido apenas pelo colostro. O B.I.O.Ig, um producto concentrado de colostro bovino, consegue fornecer as substâncias bioa�vas necessárias como as imunoglobulinas e os fatores de crescimento.

Devido à nossa tecnologia avançada, todos os ingredientes são preservados ficando totalmente disponíveis. Cien�ficamente provado em diversos ensaios clínicos, o B.I.O.Ig ajuda a imunidade e o desempenho dos animais nos primeiros dias de vida.

Contacte-nos: João Maria Barreto · Technical Sales Manager · +351 910 884 754 · barreto@biochem.net

SERÃO OS INSETOS A PROTEÍNA DO FUTURO?

A questão da proteína constitui, desde há muito tempo, na União Europeia e fora dela, um dossier absolutamente estratégico, tendo ganho particular relevância, pelos desafios que temos pela frente, sobretudo depois da guerra da Ucrânia e o desenho de um novo mapa geopolítico, claramente bipolar.

Ligados à proteína estão temas tão importantes para a toda a cadeia alimentar, humana e animal, como as trocas comerciais, a Política Agrícola Comum (PAC), segurança alimentar, combate às alterações climáticas, alterações nas dietas com as novas tendências, redução das emissões, economia circular, sustentabilidade, desflorestação ou novas técnicas de melhoramento de plantas como as NGT, que ainda estão a ser discutidas em Bruxelas.

A definição de uma estratégia ou de um Plano Europeu de Proteína não é novo e foi colocado pela primeira vez, na década de 70, na sequência do embargo da soja, proveniente dos EUA para a Europa. Foi aliás para evitar novos conflitos e fazer face à rápida expansão da cultura no Brasil e Argentina, que foram firmados os acordos de Blair House, em novembro de 1992 entre os Estados Unidos e a União Europeia durante o Uruguai Round (precursor do GATT e mais tarde da atual Organização Mundial do Comércio), com importantes negociações comerciais multilaterais. Esses acordos diziam respeito aos compromissos de redução de subsídios à exportação e subsídios internos no setor agrícola.

Abordaram ainda algumas questões bilaterais relacionadas com as trocas comerciais agrícolas, em que as oleaginosas teriam um papel relevante para os EUA – aliás foi bem visível nas tensões com o então Presidente Trump, em que a soja ficou de fora das retaliações aquando dos conflitos do alumínio e do aço e da aviação comercial – e os cereais, para a União Europeia.

garantia que matérias-primas como o tremoço, ervilha, fava…fossem privilegiadas relativamente à soja.

Aquelas culturas não tinham um foco na alimentação animal, sobretudo devido a questões de competitividade. Talvez para determinados nichos de mercado, mais ligados à produção biológica ou sem OGM. De resto, muitos Estados-membros apostaram, em maior ou menor grau, no quadro da PAC, no quadro da política de desenvolvimento rural, no desenvolvimento destas culturas, designadamente em França.

No entanto, quando se retiravam os apoios, as produções eram mais reduzidas, ou seja, o problema da dependência não estava resolvido, longe disso.

Em junho de 2017, o então Comissário Agrícola Phil Hogan, lançou, curiosamente, no XXVIII Congresso da FEFAC realizado em Córdoba, o debate para (mais) um Plano que seria discutido ao longo de 2018, na sequência de pressões do Parlamento Europeu e da assinatura de um conjunto de 14 Estados-membros, em julho de 2017, da European Soy Declaration, com um forte apelo à produção de culturas proteicas na União Europeia, no sentido de reduzir a independência da Europa, sobretudo em fontes de alta proteína.

Mais tarde, na crise da BSE, colocada a questão da substituição das farinhas de carne por outro tipo de proteínas, designadamente as proteaginosas, a escolha seria entre um plano europeu de proteína ou aumentar as importações de soja. Realizados diferentes estudos, e numa altura em que a PAC iniciava um processo de maior escrutínio e de redução do seu peso no orçamento comunitário, a conclusão foi clara: para que as culturas proteicas produzidas na União Europeia fossem competitivas para a Indústria e para os agricultores, teriam de ser fortemente subsidiadas e, mesmo assim, nada

A pandemia e sobretudo a invasão da Ucrânia pela Rússia veio criar novos desafios, colocando a nu as nossas vulnerabilidades e fragilidades, bem como as habituais contradições, já num contexto de Green Deal e da Estratégia “Do Prado ao Prato”, acentuando não só a segurança alimentar como prioridade estratégica, bem como as discussões de alto nível sobre a Autonomia Estratégica Europeia e, mais recentemente, no quadro do Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura, o que significa sobre a revisão da PAC pós-2027, quando é claro que o desenho da PAC e os PEPAC estão a dar respostas insuficientes aos desafios que temos pela frente e que são completamente diferentes dos que nortearam a aprovação da atual PAC durante a Presidência portuguesa da União Europeia.

É sabido que a dependência gera exposição, volatilidade, incerteza e riscos acrescidos pelo que faz sentido reduzir a dependência da União Europeia no seu aprovisionamento em proteína. Isto é tanto mais verdade quanto é sabido que existe um aumento da procura, seja, pelas exportações de produtos de origem animal necessários a uma população crescente a nível mundial, seja pelas dietas, vegetarianas ou veganas, sem esquecer a

maioria da população (90%) que consome carne, leite, ovos e pescado, e que continuará a consumir.

Partimos do princípio de que teremos uma União Europeia com vontade e afirmação de desempenhar um papel ativo e relevante no abastecimento à escala global. Aliás, essa deve ser uma das prioridades estratégicas da Europa no quadro das eleições para o Parlamento Europeu e de uma nova Comissão Europeia.

Nesta perspetiva, não faz sentido falar num Plano Europeu de Proteína em que cabem apenas as culturas proteicas como no passado, mas olhar para o problema de uma forma holística, incluindo todas as fontes de proteínas possíveis, à luz da circularidade e da sustentabilidade do aprovisionamento, em que os coprodutos desempenham um papel bastante relevante, mas também outras alternativas como os insetos.

Foi exatamente para analisar e avaliar a utilização de produtos derivados de insetos que a IACA integrou o InsectERA, tanto mais que para além das suas características e valores nutricionais – que podem ser consultadas nas Fichas Técnicas da IACA e disponíveis em www.sana-alentejo2020.pt – têm comprovados benefícios na produção e saúde animal.

Neste momento existe mercado ao nível dos petfood e aquacultura, mas a proteína e o óleo de inseto têm um elevado potencial na alimentação de animais jovens, desde os pintos ao desmame de leitões e, com destaque para o óleo, no leite de substituição de vitelos. Não temos dúvidas de que o potencial existe, na Agenda Mobilizadora do InsectERA estamos a trabalhar para que a utilização de insetos seja uma realidade sustentável no curto e médio prazo mas temos a noção de que, nos próximos anos, será muito difícil substituir as proteínas “tradicionais” como a soja, a não ser que nos confrontemos com disrupções de mercado ou limitações legais, o que não seria de todo admissível para quem sempre defendeu, como nós, a liberalização dos mercados e a livre escolha, em função dos interesses das empresas, da competitividade e sustentabilidade e das preferências dos consumidores.

Não temos dúvidas de que iremos desenvolver soluções nutricionais inovadoras, sem

utilizar mais recursos naturais, com base em produtos locais, com menor pegada ambiental, utilizando coprodutos que de outra forma não seriam valorizados.

No entanto, ainda que a Indústria não tenha qualquer dogma ou resistência à utilização destas fontes de proteína, com destaque para os monogástricos, o fator preço ainda constitui o grande elemento diferenciador. Resta ainda a aceitação pelo consumidor, mas não pensamos que esse seja um fator limitante e no InsectERA estamos a trabalhar ativamente na vertente comunicacional.

Em conclusão, a proteína de insetos poderá constituir uma alternativa interessante e competitiva, necessitando ainda de escala para satisfazer as necessidades do mercado.

Até lá, com exceção de nichos de mercado, temos de continuar a contar com a soja, cada vez mais sustentável e responsável, seguindo as Diretrizes do Guia da FEFAC, para assegurar a sustentabilidade e competitividade da Indústria nacional de alimentos compostos para animais.

Como sempre, competirá ao mercado decidir se os insetos serão, ou não, a proteína do futuro.

A MELHOR SUPEROU-SE

As regras de ouro de uma fitase:

•Resultados superiores devido a uma maior atividade a pH muito baixo: poupança superior nos custos de formulação e na produção animal.

•Melhorar a sustentabilidade: a sua utilização permite formular dietas sem P inorgânico.

•O produto de maior termoestabilidade do mercado, que resiste a condições extremas de processamento dos alimentos.

• Disponibilização de serviços de valor acrescentado, para uma melhor otimização dos alimentos.

Contacte o nosso Distribuidor autorizado, Reagro SA.

Email : inove.tec@reagro.pt

Axtra® PHY GOLD
Danisco Animal Nutrition & Health

A PROPRIEDADE INDUSTRIAL COMO UM INSTRUMENTO COMPETITIVO APLICADO À INDÚSTRIA DO FABRICO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS

A indústria do fabrico de alimentos compostos para animais é um dos mais importantes setores no panorama agroalimentar nacional e internacional, representando uma importante faceta da cadeia alimentar.

São várias as inovações industriais alcançadas neste importante setor da economia e os direitos de Propriedade Industrial (PI) surgem como um instrumento fundamental para a competitividade, exercendo uma importante função estratégica para o sucesso de uma empresa nesta área económica.

Além de uma estratégia empresarial relacionada com a investigação, a criação e o marketing de produtos, torna-se essencial a proteção dos direitos que lhes estão associados. Assim, uma efetiva política de proteção das marcas, design e invenções permitirá que a empresa detenha o uso exclusivo dos seus produtos e o direito inerente de impedir terceiros de os utilizarem sem o seu consentimento.

Das várias modalidades de PI existentes, destacam-se as marcas e as patentes que podem ser passíveis de utilização estratégica pelo setor da indústria de alimentos compostos para animais.

As marcas exercem uma função primordial na indústria, pois são elas que distinguem e individualizam determinado produto dos seus concorrentes. Por sua vez, as patentes são a modalidade de PI que protege as criações de carácter tecnológico, vulgarmente conhecidas como invenções. Considerando que este setor da indústria realiza investimento em investigação, desenvolvimento e inovação, para a criação e o melhoramento de produtos e/ou métodos de produção, as patentes desempenham um papel fundamental na proteção dessa inovação tecnológica desenvolvida, com um contributo bastante significativo para o sucesso de uma empresa.

De realçar que, sem os direitos de PI, os investimentos feitos pelas empresas no desenvolvimento de novos produtos ou processos ficam em risco, uma vez que ao não apostar na sua proteção, está-se a

possibilitar a sua apropriação por terceiros. Esta abordagem fragiliza a posição de uma empresa, por não obter a exclusividade de atuação no mercado que lhe permitiria obter um retorno aumentado sobre o investimento inicial, tendo um impacto direto nos seus lucros.

Uma correta gestão dos direitos de PI confere não apenas vantagens financeiras, mas também é relevante ao nível da estratégia comercial definida para uma dada empresa, tornando-a mais competitiva em relação aos seus concorrentes.

Uma maior capacidade de uma empresa para ter sucesso no seu processo de inovação pode ser sinalizada pela detenção de direitos de PI, constituindo assim um fator essencial de competitividade e inovação no mercado global.

Por fim, importa referir que, dadas as especificidades das várias modalidades de PI, a parceria com peritos em PI revela-se um ponto-chave para se atingir este sucesso, permitindo uma eficaz identificação das inovações desenvolvidas pela empresa e seleção das apropriadas modalidades e vias de proteção, constituindo aspetos vitais para uma estratégia de PI bem-sucedida.

Isaura Monteiro
Agente Oficial de Propriedade
Intelectual no Dept. de Patentes e Designs da RCF PI.

YOUR GLOBAL SUSTAINABILITY SOLUTION.

Sustainable farming practices are foundational to the growth and production of U.S. Soy. Recently, the U.S. Soybean Export Council (USSEC) mapped U.S. Soy’s strategic objectives directly to the U.N. Sustainable Development Goals (SDGs) – 17 goals that aim to end poverty, protect the planet, and ensure all people enjoy peace and prosperity by 2030. With the strategic objectives tied directly to specific SDGs and the targets under those goals, the U.S. Soy industry has identified areas where we can have the greatest impact in supporting progress toward global sustainable development.

U.S. Soy is committed to supporting these goals and sustainable development to 2030 and beyond.

Sourcing verified sustainable U.S. Soy that meets EU sustainability requirements is simple with the U.S. Soy Sustainability Assurance Protocol (SSAP). The SSAP certificate offers an origin specific, sustainability verification of U.S. Soy. Indicate to your soy supplier that you require a U.S. Soy SSAP certificate for your U.S. soy purchase.

ALIMENTAÇÃO ANIMAL INVESTIGAÇÃO

Os resultados demonstram que BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS é capaz de adsorver completamente (> 90%) FB2, FB3, AFB1, AFB2, AFG1, AFG2, STC, ZEA e T-2 em pH 3. Além disso, a adsorção para FB1 (78 ,2%), OTA (73,2%) e HT-2 (57,9%) são considerados muito elevados nas condições de simulação de estômago testadas. A nível intestinal, a eficácia do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS é excelente para FB2, FB3, AFB1, AFB2, AFG1, AFG2, STC e ZEA (> 90%); elevado para T-2 (83,3%), FB1 e OTA (>73%); e bom para HT-2 (31,6%), testado em pH 6. Além disso, o produto é caracterizado por apresentar baixos níveis de dessorção. Portanto, BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS é um produto com alta eficácia comprovada contra as micotoxinas mais perigosas e prevalentes na nutrição animal: FB1, FB2, FB3, AFB1, AFB2, AFG1, AFG2, STC, ZEA, OTA, T-2 e HT -2.

Bioproteção: uma estratégia inovadora para mitigar o deoxinivalenol (DON)

O DON é uma das micotoxinas mais comuns nos cereais e nos seus subprodutos em todo o mundo (EFSA, 2013; Gruber-Dorninger et al. 2019). A exposição ao DON induz estresse oxidativo a nível celular, imunossupressão, deterioração da barreira intestinal e redução do desempenho animal. (Mishra et al., 2014).

Nestes casos, a utilização de ingredientes fitogênicos é de grande interesse devido à sua ampla gama de efeitos benéficos. Para mitigar os efeitos negativos das micotoxinas, BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS inclui na sua fórmula extratos bioativos ricos em silimarina (silibinina, > 80%) e curcumina (curcuminóides totais, > 90%).

Para validar a eficácia do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS na mitigação do DON, o ensaio de diacetato de diclorodihidrofluoresceína (H2-DCFDA) foi realizado para avaliar o efeito do produto na mitigação do estresse oxidativo celular (ROS) induzido por DON nas células do fígado (HepG2). O estudo foi realizado em colaboração com a Universidade de Valência (Espanha) e os resultados são ilustrados na figura 4.

BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS demonstrou aliviar o estresse oxidativo induzido por DON, reduzindo a produção de ROS nas células do fígado em mais de 50%. Este efeito é atribuído ao poderoso efeito antioxidante proporcionado pela combinação dos princípios ativos da silimarina e da curcumina.

Amplo espectro de ação: proteção contra micotoxinas emergentes e mascaradas

Além das micotoxinas reguladas, é importante estar atento à ocorrência de micotoxinas emergentes, como a beauvericina e as

enniatinas A, A1, B, B1, e micotoxinas mascaradas, alteradas pelo metabolismo de plantas, fungos ou animais. Esses grupos de micotoxinas não são determinados rotineiramente em matérias-primas e/ou rações, portanto, podem passar despercebidos. No entanto, o desafio que representam no setor agroalimentar não deve ser subestimado devido à sua elevada toxicidade em animais produtivos. Dentre os efeitos nocivos das micotoxinas emergentes e mascaradas, destacam-se danos hepáticos, estresse oxidativo e alteração intestinal; o que, consequentemente, provoca uma redução no desempenho da produção. Além disso, a ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas sem aplicação de estratégias preventivas pode afetar alimentos de origem animal, colocando em risco a saúde pública.

Foi realizado um estudo em colaboração com o Laboratório Agroalimentar Biotech da Universidade de Valência (Espanha), para demonstrar a eficácia do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contra micotoxinas emergentes, como a beauvericina e diferentes enniatinas, bem como a micotoxina mascarada ZEA-14-glicoronídeo.

O estudo simulou as condições do trato gastrointestinal em pH 3, simulando as condições do estômago, e em pH 6, simulando o intestino. Os resultados da avaliação são apresentados na Figura 5.

5. Eficácia in vitro do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contra micotoxinas emergentes e mascaradas.

Os resultados demonstram que o produto BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS tem excelente eficácia contra as micotoxinas emergentes avaliadas: beauvericina, enniatina A, enniatina A1, enniatina B, enniatina B1. Em relação ao ZEA-14-glucoronídeo, a eficácia do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS foi muito elevada, 93,4% em pH 3 e 92,6% em pH 6.

Atividade anti-endotoxina do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS

As endotoxinas, também conhecidas como lipopolissacarídeos (LPS), são o principal componente da membrana externa da parede celular das bactérias Gram-negativas. O trato gastrointestinal é o lar de trilhões de bactérias comensais, portanto as endotoxinas estão sempre presentes no intestino (Reisingeret al., 2016). Além disso, a exposição às micotoxinas potencializa os efeitos tóxicos das endotoxinas. As micotoxinas alteram a integridade intestinal e promovem a translocação de endotoxinas para a circulação. A nível circulatório, as endotoxinas produzem uma forte resposta inflamatória que é potencializada pela presença de micotoxinas (Ren et al., 2019). Portanto, a adsorção simultânea de micotoxinas e endotoxinas mitiga o efeito negativo sinérgico de ambas as toxinas.

Figura 4. Eficácia in vitro do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS na mitigação de ROS induzidas por DON em células HepG2.
Figura

Figura 6. Mecanismo de aglutinação de endotoxinas por mananoligossacarídeos (MOS) de produtos de levedura.

Para neutralizar as endotoxinas na nutrição animal, uma das principais estratégias é a utilização de aditivos com capacidade de ligação no trato digestivo para reduzir a sua biodisponibilidade. BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contém uma mistura de produtos de levedura selecionados com efeito pós-biótico capaz de mitigar endotoxinas. A parede celular da levedura e a levedura hidrolisada do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS são ricas em mananoligossacarídeos (MOS) que proporcionam um efeito de ligação a toxinas, além de um efeito imunoestimulante e modulador da microbiota intestinal (ver figura 6). Para avaliar a capacidade de aglutinação do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contra endotoxinas de Salmonella spp. e E. coli, foi realizado um estudo in vitro em colaboração com o Laboratório Molendotech Ltd. (Reino Unido). A Figura 7 mostra os resultados de adsorção de endotoxinas do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS

Figura 7. Eficácia in vitro do BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS contra endotoxinas de Salmonella spp. e E. coli.

BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS liga 73% das endotoxinas de Salmonella spp. e 24% de endotoxinas de E. coli. Os resultados ilustram que BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS adsorve simultaneamente micotoxinas e endotoxinas, evitando o seu potencial efeito sinérgico, protegendo assim a saúde animal.

Conclusão

Os estudos científicos evidenciados demonstram a capacidade do BIŌNTE ® QUIMITŌX ® PLUS não apenas de mitigar os efeitos das micotoxinas mais perigosas e prevalentes, mas também de micotoxinas e endotoxinas mascaradas emergentes. Esses efeitos são atribuídos à formulação única de ingredientes do produto antimicotoxina BIŌNTE ® QUIMITŌX ® PLUS : materiais adsorventes de alto desempenho, fitogênicos bioativos e leveduras selecionadas com efeito pós-biótico.

Autor: Departamento Técnico de BIŌNTE ®

Micotoxinas mais prevalentes

Aflatoxinas (AFB1,AFB2,AFG1, AFG2,STC)

Fumonisinas (FB1,FB2,FB3)

(ZEA)

Toxina (T2)

HT2

Ocratoxina (OTA)

14-

Zearalenona
Micotoxinas emergentes
Beauvericina (BEA)
Eniatina A (EN A)
Eniatina B (EN B)
Eniatina A1 (EN A1)
Eniatina B1 (EN B1)
Micotoxinas mascaradas
Zearalenona
Glucoronida (ZEA-14G)
Endotoxinas
Salmonella Typhimurium
Escherichia coli
Descubra mais:

EFEITO DOS ß-1,3-GLUCANOS NO COLOSTRO, NA

QUALIDADE E NA SAÚDE DOS LEITÕES DESMAMADOS

NUMA EXPLORAÇÃO HIPERPROLÍFICA DE PORCAS

NETO R.1 , BUKOWSKA P1, WEALLEANS A.1, VAN HAMME V.1

RESUMO

A qualidade do colostro é extremamente importante, uma vez que a sua ingestão irá determinar o desempenho dos leitões. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto de um β-1,3-glucano de algas (AletaTM, Kemin) no colostro de porcas hiperprolíficas, na viabilidade e no desempenho dos leitões antes e depois do desmame.

O estudo foi efectuado numa exploração de 1200 porcas e teve 2 fases:

1: Grupo de controlo C (n=25) e grupo BG (n=22 porcas)

2: Lote de controlo C (n=87 porcas) e 3 lotes de BG (1 a 3) de 87 porcas cada um

Ambos os grupos receberam uma dieta basal e o grupo BG foi suplementado com 1 g/porca/dia de β-1,3-glucano desde os 85 dias de gestação até ao desmame. O colostro foi recolhido (Fase 1) e avaliado (IgG e IgA). Os leitões nascidos vivos (BA), mortos (BD), leitões fracos (WP) (<700g) ao nascimento, peso ao desmame (WW) e porcos desmamados por porca (WPS) foram registados e analisados em ambas as fases. Na fase 2, foram também avaliadas a diarreia pré e pós-desmame, a mortalidade e os tratamentos. Os dados foram analisados na função Fit Model do JMP 16. Na Fase 1, foram observados aumentos significativos (p<0,05) na IgA: 25,7 e 15,3 (SED=15,3) e IgG: 114,9 e 74,3 mg/ml (SED 74,3) para BG e C, respetivamente. Na Fase 2, o peso ao desmame foi mais elevado nos grupos BG do que no C e aumentou em cada lote , 6,7, 7,2, 7,5 e 7,8 kg para C, BG1, BG2 e BG3, respetivamente (P<0,05).

Os resultados destes estudos apoiam a ideia de que o β-1,3-glucano de algas melhora a qualidade imunológica do colostro, conduzindo a maiores pesos ao desmame e a outros parâmetros de saúde que determinam o desempenho dos leitões

INTRODUÇÃO

O peso à nascença dos leitões (Smith et al. 2007, Fix et al 2010.), o peso ao desmame e a viabilidade podem ter um grande impacto no desempenho e na saúde do porco ao longo da sua vida (Collins et al 2017). É bem aceite que os suínos mais pesados ao desmame têm um melhor desempenho após o desmame (Collins et al. 2017), são mais robustos e também

1 Kemin Europa n.v., Toekomstlaan 42, 2200 Herentals, Belgium

permitem dietas menos especializadas ou por um período de tempo mais curto, e são também mais receptivos às condições ambientais após o desmame. Tem sido dada muita ênfase ao número de leitões nascidos vivos; um elevado número de leitões nascidos vivos é uma caraterística desejável, mas em algumas raças vêm com pesos de nascimento mais baixos, aumento da mortalidade pré-desmame (Calderon Diaz et al 2017) (se não forem implementadas práticas de gestão específicas) e aumento da competição pelo colostro. A melhoria da concentração de imunoglobulinas no colostro seria benéfica, uma vez que muitas doenças neonatais e dos leitões ao desmame estão relacionadas com os níveis de imunoglobulinas de anticorpos derivados da mãe (E. coli, Clostridium Streptococcus, etc.). A saúde no início da vida também terá impacto no peso ao desmame e no desempenho antes do desmame.

A ferramenta mais conhecida para aumentar o peso ao desmame é, sem dúvida, o aumento da idade de desmame, sendo que cada dia extra resulta num aumento do peso ao desmame dos leitões em cerca de 250 g por dia. No entanto, isto tem alguns inconvenientes, como a diminuição da taxa de parto e outros problemas de gestão dos lotes. As ferramentas que podem resultar na melhoria da qualidade do colostro serão benéficas, pois apoiarão a resistência dos leitões a algumas doenças e a um melhor crescimento pré-desmame, resultando potencialmente em menos diarreia e melhor desempenho pós-desmame.

A diminuição de leitões de peso leve e a redução da variabilidade ao desmame também é um resultado desejável. Os β-1,3-glucanos demonstraram ser capazes de melhorar a qualidade do colostro, aumentar a concentração de IgG e IgA disponíveis no colostro (Neto et al. 2023) ou a ingestão, mas também a saúde dos leitões após o desmame, reduzindo a mortalidade dos leitões (Silva et al. 2023). Quando oferecidos durante o final da gestação, os β-1,3-glucanos também modulam e beneficiam a imunidade mediada por células dos leitões nascidos de porcas que receberam β-1,3-glucanos. AletaTM contém um β-1,3-glucano altamente biodisponível. Aleta™ é uma fonte de β-1,3-glucanos de algas. Em resposta à ligação de β-1,3-glucanos, as células imunitárias tornar-se-ão mais ativas e iniciarão uma cascata de sinalização que estimula a atração, formação e ativação de outras células imunitárias e anticorpos (imunoglobulinas).

Ricardo Neto

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto dos β-1,3-glucanos de algas na qualidade do colostro de porcas hiperprolíficas, na viabilidade e no desempenho dos leitões durante o período pré-desmame e o impacto dos β-1,3-glucanos de algas durante o período pós-desmame.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para este estudo, foi escolhida uma exploração de 1200 porcas, desde o nascimento até ao desmame, na República Checa. As porcas eram da raça Danbred e a exploração era positiva à gripe H1N1, tanto nas porcas como nos leitões, e à S. Suis Serotipo 2 e à Glasserella parasuis serotipo 4,5,10 e 11.

O estudo foi dividido em duas fases.

• FASE 1: com o objetivo de avaliar o impacto dos β-1,3-glucanos na qualidade do colostro e o potencial impacto na saúde e no desempenho dos leitões.

• FASE 2: com o objetivo de avaliar o impacto dos β-1,3-glucanos no peso ao desmame dos leitões, na utilização de antimicrobianos, na redução de leitões leves ao desmame e na redução da mortalidade pré e pós-desmame.

FASE 1

Foram incluídas no estudo 47 porcas. As porcas foram colocadas num de dois grupos, um grupo de controlo (n=25 porcas), que recebeu a dieta basal e um grupo BG (n=22 porcas) que recebeu a dieta basal suplementada com 1 g/porca/dia de β-1,3-glucanos desde o dia 85 de gestação até ao parto e também durante a lactação com a dieta de lactação suplementada com β-1,3-glucanos (1 g/porca/dia). A FASE 1 foi efetuada lado a lado. Um resumo do desenho do ensaio para a FASE 1 pode ser visto na tabela 1.

Grupo Tratamento gestação Tratamento lactação

Controlo Dieta basal Dieta basal

BG

Dieta basal + 1 g / porca /dia de β-1,3-glucanos a partir de 35 dias antes do parto

Dieta basal + 1 g / porca /dia de β-1,3-glucanos até o desmame

Tabela1. Resumo da conceção do estudo da FASE 1

O colostro foi recolhido dos dois primeiros pares de tetas entre o parto do primeiro leitão e a expulsão da placenta. O colostro foi avaliado quanto à presença de IgG e IgA, utilizando o método ELISA Sandwich e quantificando-o depois com uma curva de calibração. O desempenho da porca (número de leitões nascidos vivos, nascidos mortos, número de leitões fracos por desmame e número de leitões desmamados por porca e por ninhada) foi registado e analisado.

FASE 2

Para a segunda fase, foram incluídos no estudo lotes de parição consecutivos, com um grupo de controlo (87 porcas) seguido de três lotes de 87 porcas cada, com um total de 348 porcas incluídas na FASE 2. Na Fase 2, as porcas receberam β-1,3-glucanos durante toda a gestação e lactação. Um resumo do desenho do ensaio pode ser consultado na tabela 2.

Grupo Tratamento gestação Tratamento lactação

Controlo Dieta basal Dieta basal

BG Dieta basal + β-1,3-glucanos (1g/ porca/dia) Dieta basal + 1 g/porca/dia na dieta de lactação

Tabela 2. Resumo do desenho do ensaio do estudo FASE 2

As porcas dos grupos suplementados, BG1, BG2 e BG3, receberam β-1,3-glucanos durante pelo menos 30 dias antes do parto e durante a lactação. Durante a FASE 2, foram seguidos os seguintes parâmetros:

• Número de leitões nascidos vivos

• Número de leitões nascidos mortos

• Número de leitões nascidos com baixo peso vivo (<700g)

• Peso dos leitões ao desmame

• Mortalidade pré-desmame e causa de morte

• Mortalidade pós-desmame e causa de morte

• Número de leitões com diarreia antes e depois do desmame

• Número de leitões tratados e causa do tratamento

RESULTADOS E DISCUSSÃO

FASE 1

Para a FASE 1, apesar de se terem registado melhorias numéricas nos parâmetros de desempenho das porcas, quando se comparam as porcas do grupo de controlo e as que receberam β-1,3-glucanos (grupo BG), não se observaram diferenças significativas. Um resumo dos parâmetros de desempenho das porcas na FASE 1 pode ser consultado na tabela 3.

Leitões nascidos vivos/ninhada Leitões nascidos -mortos/ninhada leitões fracos por ninhada leitões desmamados

Controlo18.7 1.2 1.7 12.4

Tabela 3. Resumo dos resultados do desempenho das porcas durante a FASE 1, lado a lado.

A análise das amostras de colostro das porcas incluídas na FASE 1 mostrou que, de acordo com estudos anteriores, os β-1,3-glucanos resultaram num aumento significativo da concentração de IgA (15,3 mg/ml no grupo C e 25, 7 mg/ml no grupo BG (SED=15,3, P=0,0012). E, para IgG, 74,3 mg/ml no grupo C e 114,9 mg/ml no grupo BG (SED 74,3, P=0,0031). Os resultados da análise das imunoglobulinas do colostro (IgA e IgG) podem ser vistos na Figura 1.

Figura 1. Resultados da análise do colostro para IgA e IgG. a,b Os diferentes sobrescritos indicam uma diferença significativa entre os tratamentos (p<0,05)

Para a FASE 1, o peso dos leitões ao desmame também aumentou numericamente no final dos 29 dias de lactação. Os pesos foram de 6,6kg no grupo C, em comparação com o peso médio ao desmame dos leitões do grupo BG, 6,9 kg. O número de leitões desmamados com baixo peso ao desmame foi numericamente mais baixo (150 e 90 leitões para os grupos C e BG, respetivamente). Um resumo dos resultados do desempenho produtivo dos leitões ao desmame pode ser visto na figura 2.

Leitões, n Grupo

Mortalidade no porco desmamado

Leitões fracos, n Peso médio dos leitões ao desmame (kg)

Figura 2. Resumo dos pesos ao desmame, número de leitões fracos e mortalidade na fase pós-desmame para os grupos C e BG.

FASE 2

Não foi observada qualquer diferença significativa no desempenho produtivo das porcas no parto; um resumo dos resultados do parto dos 4 lotes pode ser visto na tabela 4.

Nascido vivoNado-mortoBaixo peso à nascença (<0.7kg)

Tabela 4. Resumo do desempenho da parição para os diferentes grupos durante a FASE 2.

O desempenho da lactação dos 4 lotes teve, no entanto, diferenças significativas entre os lotes em diferentes parâmetros. Como se pode ver na Tabela 5, o número de porcos desmamados por porca e por ninhada no grupo C e nos grupos BG 1 e BG3 foi significativamente maior do que no grupo BG2, (P<0,05). Para além disso, o peso médio da ninhada (kg) ao desmame foi significativamente mais elevado em todos os grupos de BG (P<0,05). O peso médio da ninhada de porcas ao desmame no grupo C foi significativamente inferior ao do grupo BG (P<0,05). O peso médio do leitão ao desmame no grupo C também foi significativamente inferior ao dos grupos BG (P<0,05). Portanto, o BG aumentou o peso da ninhada e o peso médio ao desmame.

Leitões desmamados / porca / ninhada Peso médio da ninhada ao desmame (kg)

Controlo 13.0a

Peso médio do leitão ao desmame (kg)

Tabela 5. Resumo do desempenho das porcas ao desmame para os diferentes grupos durante a FASE 2. Os diferentes sobrescritos indicam P<0,05 dentro do mesmo parâmetro/coluna.

Para avaliar a saúde dos leitões antes do desmame, podemos utilizar a mortalidade antes do desmame e a percentagem de leitões tratados. Não foi possível calcular diferenças significativas, apesar das diferenças numéricas muito importantes, devido ao facto de apenas se registarem

Mortalidade antes do desmame (%)Leitões tratados (%)

Tabela 6. Resumo dos parâmetros de saúde antes do desmame.

os números totais. Um resumo da mortalidade pré-desmame e da percentagem de animais tratados pode ser visto na tabela 6. Para avaliar o impacto dos β-1,3-glucanos na redução da heterogeneidade, podemos considerar o número de leitões com pouco peso ao desmame e o número de leitões abaixo do que seria considerado um peso de desmame aceitável. Os resultados foram muito interessantes e, embora não tenha sido possível efetuar uma análise estatística, os 4 grupos apresentaram diferenças numéricas muito importantes. Com o grupo de controlo a atingir 46% de leitões fracos ao desmame, enquanto o grupo BG atingiu um máximo de 26% classificados como fracos, para além disso, o peso médio dos leitões fracos era também pelo menos 1 kg mais leve ao desmame, 4,6 kg para o grupo de controlo e 5,7, 6,2 e 5,6 kg para BG1, BG2 e BG3, respetivamente. Um resumo do impacto dos β-1,3-glucanos nos leitões fracos ao desmame pode ser visto na Figura 3.

Grupos

% Leitões fracos Peso médio do leitão fraco (kg)

Figura 3. Resumo do número de leitões fracos ao desmame nos 4 grupos diferentes.

Para a avaliação pós-desmame da FASE 2, é preciso notar que houve um surto de diarreia nos leitões das ninhadas de primíparas. Este surto afetou principalmente os grupos BG 1 e BG 2, com 25,19% e 13,06% dos animais com diarreia, respetivamente, enquanto 0% e 1,86% dos leitões do BG 3 e do Controlo tiveram diarreia. Isto resultou num aumento da mortalidade no grupo BG 2 (3,2%), a mortalidade no BG1 e BG3 foi numericamente mais baixa do que no controlo 1,65, 1,7 e 2,7 respetivamente. A percentagem de animais tratados refletiu o surto de diarreia, com o grupo BG 3, já não afetado pela diarreia, a ter numericamente menos animais tratados do que o controlo. Um resumo dos resultados de saúde pós-desmame pode ser visto na tabela 7.

Mortalidade % Diarreia %animais tratados %

Tabela 7. Resultados de saúde pós-desmame.

CONCLUSÃO

O colostro é a primeira fonte de imunidade dos leitões mas também de energia e é fundamental para um bom começo de vida. As melhorias no colostro levarão a uma melhor saúde dos leitões, isto foi observado neste estudo, sendo a descendência das porcas que recebem β -1,3-glucanos mais saudável, com menos diarreia

Controlo BG 1 BG 2 BG 3

pré-desmame, menor mortalidade pré-desmame e maior peso de leitões ao desmame, reduzindo o número de leitões fracos ao desmame. Essas melhorias também foram realizadas no período pós-desmame, quando mesmo na presença de um surto de diarreia, os grupos com β-1,3-glucanos ainda apresentavam uma mortalidade numericamente menor.

Os β-1,3-glucanos demonstraram que a sua suplementação nas dietas das porcas é economicamente viável e terá retorno com as melhorias alcançadas na qualidade dos leitões ao desmame.

BIBLIOGRAFIA

Calderón Díaz, J.A., Boyle, L.A., Diana, A., Leonard, F.C., Moriarty, J.P., McElroy, M.C., McGettrick, S., Kelliher, D., García-Manzanilla, E., 2017. Early life indicators predict mortality, illness, reduced welfare and carcass characteristics in finisher pigs, Preventive Veterinary Medicine, Volume 146, Pages 94-102,ISSN 0167-5877,https://doi.org/10.1016/j. prevetmed.2017.07.018.

C.L.Collins, J.R. Pluske, R.S.Morrison, T. N. McDonald, R.J. Smits, D.J. Henman, I.Stensland, F.R. Dunshea, 2017. Post-weaning and whole-of-life performance of pigs is determined by live weight at weaning and

the complexity of the diet fed after weaning, Animal Nutr., Volume 3, Issue 4, 2017, Pages 372-379, ISSN 2405-6545,https://doi.org/10.1016/j. aninu.2017.01.001.

Fix J.S., Cassady J.P., Holl J.W., Herring W.O., Culbertson M.S., See M.T., Effect of piglet birth weight on survival and quality of commercial market swine, Livestock Science, Volume 132, Issues 1–3,2010,Pages 98-.,ISSN 1871-1413,https://doi.org/10.1016/j.livsci.2010.05.007.

Neto R., Bukowska P., Guetta E.N. , Ravichandran S., Wealleans A., Van Hamme V., 34. Effect of an algae β-1,3-glucan on colostrum quality and piglet viability, Animal - science proceedings, Volume 14, Issue 6, 2023, Pages 751-752, ISSN 2772-283X, https://doi.org/10.1016/j.anscip.2023.08.035.

Silva J., Silva I. , Soto M., Wealleans A., Neto R., Folque P., Monteiro D., 38 (P3-3). Effect of an algae β-1,3-glucan on piglet pre weaning performance and health, Animal - science proceedings, Volume 14, Issue 6, 2023, Pages 755-756, ISSN 2772-283X, https://doi.org/10.1016/j. anscip.2023.08.039.

Smith AL, Stalder KJ, Serenius TV, et al. Effect of piglet birth weight on weights at weaning and 42 days post weaning. J Swine Health Prod. 2007;15(4):213–218.

SECÇÃO DE PRÉ-MISTURAS E ADITIVOS

OBJETIVOS DA SPMA – PRESENTE MANDATO

• REFIT – acompanhamento do processo de revisão do Regulamento (CE) nº 1831/2003 relativo aos aditivos destinados à alimentação animal, que se espera finalizado em 2025;

• Sustentabilidade & Inovação – promoção de Soluções e Estratégias Nutricionais Avançadas para a melhoria da Sustentabilidade circular na produção animal, em alinhamento com o Feed Sustainability Charter 2023, divulgado pela FEFAC;

• Alimentos Medicamentosos – continuação da monitorização do fabrico nacional das empresas associadas e acompanhamento da implementação de novas regras dos limites máximos de contaminações cruzadas de Alimento Medicamentoso em espécies não alvo;

• Micotoxinas e Substâncias Indesejáveis – acompanhamento da futura legislação e recomendações sobre micotoxinas em Alimentação Animal (novas tolerâncias e âmbito de aplicação) e outras substâncias indesejáveis;

• Green Feed e Rotulagem – acompanhamento do novo quadro regulamentar em alinhamento com a COPA/COGECA, FEFAC e FEFANA. Para já, não haverá obrigatoriedade de rotulagem verde, para os alimentos para animais, numa perspetiva B2B; são sugestões/encorajamento de comunicação para o futuro;

• Submissão de informações aos Centros Antiveneno –  acompanhamento do processo de submissão de informação relativa às misturas de substâncias colocadas no mercado e que sejam classificadas como perigosas, bem como da plataforma em que tal será feito (CIAV e/ou ECHA);

• Imagem do setor – contribuir para a dignificação e prestígio do setor da Alimentação Animal enquanto resposta aos desafios do Pacto Ecológico Europeu, clarificando eventuais mitos estabelecidos;

Eventos – Integrar as XIII Jornadas de Alimentação Animal no Evento Comemorativo dos 30 anos da SPMA.

NOTÍCIAS

#Partilhando Sucessos

Ana Sofia Santos nomeada Secretária-Geral da Animal Task Force

A Animal Task Force (ATF), sediada em Bruxelas, anunciou oficialmente, no último mês de maio de 2024, a nomeação de Ana Sofia Santos como sua nova Secretária-Geral, marcando um momento significativo como a primeira mulher portuguesa a assumir um cargo desta natureza nesta organização

A ATF é uma parceria público-privada europeia que se destaca como líder em conhecimento especializado, representando as principais partes interessadas da investigação, indústria e dos agricultores, em toda a Europa. Atuando na vanguarda das questões relacionadas com o setor pecuário, a ATF trabalha para garantir a base científica promovendo um setor pecuário com práticas sustentáveis e inovadoras.

Ana Sofia Santos possui uma sólida formação académica, sendo licenciada em Engenharia Zootécnica, mestre em Produção Animal e doutorada em Ciência Animal. Atualmente, desempenha funções enquanto CEO do FeedInov CoLAB, uma estrutura que se destaca pelo seu compromisso em unir a indústria pecuária e a academia, promovendo a inovação e incentivando práticas responsáveis no setor. Nos últimos anos, Ana Santos tem também integrado a direção da Associação Portuguesa de Zootecnia, evidenciando assim a sua influência no avanço da ciência animal.

As suas áreas de investigação abrangem a sustentabilidade dos sistemas de produção, estratégias de alimentação animal, fisiologia digestiva e práticas de gestão, estão em sintonia com a missão da ATF na promoção de práticas equilibradas e inovadoras no setor da produção animal. O seu interesse pessoal pela comunicação no campo da ciência animal ressalta a abordagem abrangente do seu trabalho, destacando ainda a importância de uma divulgação eficaz do conhecimento científico.

Nesse sentido, a nomeação de Ana Sofia Santos não apenas reflete o reconhecimento das contribuições de Portugal para o setor e comunidade científica europeia, mas também representa um passo significativo na promoção da colaboração e avanço da agenda de responsabilidade ambiental e inovação em toda a Europa.

O FeedInov CoLAB congratula-se com a sua nomeação, acreditando que este será um passo promissor para a consolidação da importância de soluções baseadas em conhecimento científico no setor pecuário na Europa e em Portugal.

Projeto Planeta Leite

No Dia Mundial do Ambiente (5 de junho) foi apresentado publicamente, no âmbito da agenda de sustentabilidade da Lactogal, o PROJETO PLANETA LEITE!

Esta iniciativa da Lactogal, em colaboração com o FeedInov CoLAB e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, pretende responder às exigências ambientais através de um estudo detalhado com dezenas de explorações agrícolas portuguesas.

Uma monitorização que abrangerá práticas de gestão e utilização de recursos, emissões gasosas, o uso da água e energia, e que permitirá o cálculo da Pegada Ambiental. Com a presença de vários convidados especiais, destacamos a participação do Secretário de Estado da Agricultura, João Moura. A apresentação do Projeto Planeta Leite contou com as intervenções de Ana Sofia Santos, Diretora de Ciência e Inovação da FeedInov, e Henrique Trindade, Professor Catedrático da UTAD. A investigadora do FeedInov, Ana Raquel Rodrigues, integra também o núcleo de trabalho deste projeto, desenvolvido ainda em parceria com a Agros, Lacticoop e Proleite.

Será também objetivo do projeto caracterizar os sistemas de produção e recolher indicadores de sustentabilidade, promovendo assim a inovação tecnológica e um impacto positivo no setor e na sociedade. Do programa do evento ficamos a conhecer a estratégia desta Agenda através da comunicação de Carlos Soares, Coordenador do Planea-

mento Estratégico da Lactogal, depois de uma sessão de abertura do evento, a cargo de José Capela, presidente do Conselho de Administração da Lactogal.

Seguiu-se, ainda, o debate “Leite, Uma Força do País”, onde se falou das tendências de futuro do setor leiteiro, dos desafios ambientais da produção de leite e da importância da inovação neste setor. À mesa para debater estes e outros temas estiveram o ex-ministro da Agricultura, Arlindo Cunha, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI, Gonçalo Lobo Xavier, Diretor Geral da APED e Emídio Gomes, Reitor da UTAD.

# SAVE THE DATE

XIII Jornadas e II Fórum de Alimentação Animal 2024: Inovação e Conhecimento em Santarém

Nos dias 18 e 19 de setembro de 2024, Santarém será palco das XIII Jornadas e do II Fórum de Alimentação Animal. O evento, a realizar-se no Convento S. Francisco, promete dois dias intensivos de debate e partilha de conhecimento sobre as últimas tendências e inovações na alimentação animal.

A organização, da IACA e FeedInov CoLAB, está a preparar o programa detalhado, que será divulgado em breve, juntamente com as datas para submissão da call for abstracts. Profissionais, investigadores e especialistas do setor são convidados a marcar estas datas nas suas agendas e a ficarem atentos às atualizações para não perderem esta oportunidade de aprofundar conhecimentos e networking

Escolas de Santarém recebem atividades educativas sobre insetos e preservação ambiental

O Projeto “FeedInov Vai à Escola” continua a expandir as suas iniciativas educativas. Destacando o papel vital dos insetos na natureza, as últimas ações realizadas alcançaram 240 alunos do município de Santarém, incentivando a preservação da biodiversidade desde a infância.

A iniciativa conjunta visou destacar o papel fundamental dos insetos na natureza, desde a alimentação animal até a produção de fertilizantes orgânicos, conhecidos como Frass. A sensibilização abrangeu alunos, com idades entre 3 e 10 anos, sobre a importância crucial da preservação da biodiversidade e do meio ambiente desde tenra idade. Entre 10 de abril e 5 de maio, foram realizadas, neste âmbito, 12 ações que beneficiaram 240 alunos. A abrangência das ações junto de três agrupamentos diferentes demonstrou a amplitude geográfica da iniciativa, com estabelecimentos de ensino distribuídos em diferentes regiões do concelho de Santarém. Essa diversidade reflete o compromisso do FeedInov em alcançar o maior número possível de estudantes.

Esta parceria de sucesso entre o FeedInov, EntoGreen e Município de Santarém tem planos já em vista para o próximo ano letivo de 2024/2025, visamos ampliar ainda mais a nossa abordagem, tornando-a mais inclusiva e impactante. Ao trabalharmos juntos, podemos criar um futuro mais sustentável para todos.

# REDE TEMÁTICA EUROPEIA

2º Workshop Nacional da Rede Temática EUnetHorse* em Portugal

No âmbito do Projeto “FeedInov Vai à Escola”, integrado na carta educativa do município de Santarém, o FeedInov CoLAB, promotor deste projeto, e a EntoGreen (marca da Ingredient Odyssey, S.A. e associada do FeedInov), uniram forças para levar uma jornada educativa sobre insetos e preservação ambiental a cinco escolas e jardins de infância do município.

A 19 de abril, os principais especialistas e profissionais do setor equino nacional reuniram-se com o objetivo de reavaliar desafios cruciais deste setor em Portugal. Em foco estiveram as prioridades-chave como a promoção da biosegurança contra doenças emergentes; a urgência de melhorar a rentabilidade diante dos custos de produção e da instabilidade do mercado. A promoção da sustentabilidade ambiental esteve também em destaque. A iniciativa decorreu nas instalações da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (FMV-UL), parceira neste projeto.

Os participantes tiveram oportunidade de reexaminar os principais desafios de saúde e bem-estar dos cavalos em Portugal, incorporando as informações e insights compartilhados no evento europeu

anterior. Isso inclui a necessidade urgente de promover medidas de biosegurança para prevenir doenças emergentes.

Além disso, o evento destacou, entre outros pontos, a importância da sustentabilidade ambiental no setor equino. Com a adaptação às mudanças climáticas em foco, questões como a escassez de água e a gestão eficaz de recursos naturais, como pastagens e resíduos, estiveram também em discussão.

No aspeto socioeconómico, o workshop retomou a necessidade de melhorar a rentabilidade do setor, que enfrenta os desafios dos altos custos de produção e a volatilidade do mercado. Paralelamente, neste mesmo dia, ocorreu uma Reunião do Conselho Consultivo Nacional, com representantes de 10 importantes entidades, para discutir o impacto do projeto a nível nacional e medidas para as políticas do setor equino em Portugal.

Alemanha recebe Encontro Anual EUnetHorse e o 2º WorkShop Europeu

Entre 21 e 24 de maio, o FeedInov CoLAB marcou presença em Göttingen (Alemanha), para o Encontro

Anual da Rede Temática Europeia EUnetHorse* e 2º WorkShop Europeu. No primeiro dia de trabalhos explorámos os avanços de cada Work Package, com destaque para o WP2, onde o FeedInov atua como Líder e National Facilitator Momento também de consolidação de uma rede ativa de múltiplas partes interessadas em França, Portugal, Espanha, Bélgica, Suíça, Alemanha, Roménia, Polónia e Finlândia. Recorde-se que o objetivo deste projeto é aumentar a resiliência e o desempenho das explorações equinas frente a crises ambientais, sociais, sanitárias, económicas ou políticas. Para isso, é necessário promover práticas, ferramentas e soluções que: melhorem a resiliência e o desempenho socioeconómico; assegurem o bem-estar e a saúde animal nas explorações; aumentem a sustentabilidade ambiental do setor. No 2º dia do Workshop Europeu, da Rede Temática EUnetHorse, os diferentes países que integram o projeto, incluindo Portugal através do FeedInov, trabalharam na seleção de soluções para o setor equino da UE. Num matchmaking de necessidades e soluções, os parceiros finalizaram uma lista exaustiva de soluções “validadas e prontas a implementar, ao nível da exploração”, composta pelos resultados de cada país. Este Workshop teve a organização do FeedInov. Destaque, ainda, para o último desta iniciativa em que mergulhamos na fascinante realidade equina que a Alemanha tem a oferecer! Parceiros e criadores de cavalos dos vários países da Europa que integram o projeto, reuniram-se em Pferde am Arkusberg em Gleichen. E em Reitstall Pavel em Calden-Fürstenwalde. Para encerrar este dia no terreno, seguiu-se uma conversa sobre o desporto equestre na Alemanha.

* Projeto financiado pela Comissão Europeia

Galeria de fotografias do Encontro Anual EUnetHorse e 2º Workshop Europeu

# INOVAÇÕES E EVENTOS

Êxito na Feira Nacional do Porco

O FeedInov CoLAB e a sua associada IACA – Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais marcaram presença significativa na 26ª Feira Nacional do Porco. Com o lema “Desafiar o Futuro com o Sabor da Tradição”, este evento, organizado pela Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, decorreu de 16 a 18 de maio no Parque de Exposições do Montijo. Na inauguração do evento, tivemos a honra de receber o Ministro da Agricultura e Pesca, José Manuel Fernandes, no stand da IACA / FeedInov. Acompanhado por Jaime Piçarra, Secretário-Geral da IACA, e uma vasta comitiva, a sua visita permitiu destacar a importância e o prestígio do setor. Destaque também para a conferência “Serão os Insetos a Proteína do Futuro?" – Divulgação da Agenda InsectERA, organizada pela IACA no âmbito da Agenda Mobilizadora Insectera. A conferência contou com a participação de vários especialistas, como Ana Santos, Diretora para a Ciência e Inovação e o investigador Tiago Mariano, do FeedInov. As discussões tiveram como foco os benefícios dos insetos como fonte sustentável de proteína, destacando o seu papel crucial na alimentação animal e humana no futuro.

FeedInov partipa no XV Encontro Nacional de Médicos Internos de Saúde Pública

A iniciativa, decorrida a 15 de maio, contou com a participação da nossa investigadora Ana Raquel Rodrigues, que representou o FeedInov, contribuindo significativamente com a sua apresentação intitulada “Meio ambiente e produção leiteira: uma visão holística para minimizar os potenciais impactos na saúde pública”.

Durante o workshop, foram abordados temas cruciais, como o bem-estar animal e a sustentabilidade. Seguiu-se uma visão 360° da saúde animal em bovinos de leite, a rastreabilidade e qualidade do leite, e, por fim, o meio ambiente e a produção leiteira, oferecendo uma visão holística sobre como minimizar os potenciais impactos na saúde pública. Foi enfatizado o papel vital de uma força de trabalho unificada na promoção de práticas de saúde proativas e na sustentabilidade da produção leiteira.

Tratou-se de um evento enriquecedor que reforçou o compromisso do FeedInov com a saúde pública e a sustentabilidade no setor de produção de bovinos de leite.

“Grupos Operacionais EIP-AGRI: Inovação na prática”

Com mais de 3.400 projetos de Grupos Operacionais (OGs) já reportados à Comissão Europeia e mais por vir até 2025, a conferência da Rede CAP da UE sobre “Grupos Operacionais EIP-AGRI: Inovação na Prática” é uma celebração das conquistas e um impulso para o futuro da inovação agrícola, florestal e rural. Para além disso, o evento que ocorreu no Estoril, a 7 de maio passado, visou realçar os Grupos Operacionais e os seus trabalhos e resultados, com o intuito de promover o networking entre grupos e outros projetos pertinentes, como é o caso do EUnetHorse, um projeto no qual o FeedInov está ativamente envolvido. O nosso representante, Marcelo Leitão, investigador do FeedInov, esteve presente para trazer consigo valiosos insights sobre inovação e prática na Rede CAP da UE.

Ovibeja: FeedInov Colab e CONFAGRI unem esforços pela sustentabilidade

O FeedInov CoLAB marcou presença na 40ª edição da Ovibeja, em parceria com a CONFAGRI, apresentando o Jogo didático (mobile game disponível offline) “A Quinta do Vale”. Com o objetivo de impulsionar a Educação para a Sustentabilidade, a iniciativa alcançou cerca de 4000 crianças, nos dias 2 e 3 de maio, proporcionando aprendizagem e diversão através deste jogo inovador.

A colaboração entre o FeedInov e a CONFAGRI destacou o seu Stand, no evento Ovibeja, como um espaço de referência para crianças e famílias. A CONFAGRI distribuiu pacotes de leite às crianças, enquanto apresentávamos “A Quinta do Vale”, explorando temas essenciais como a biodiversidade e economia circular.

O jogo “Quinta do Vale” encontra-se disponível para download na Google Play Store. Use este link para aceder e fazer o download gratuito: https://play.google.com/store/apps/details...

COMUNICAR O SETOR

Reunião Geral da Indústria discute importância da comunicação

A presença do FeedInov na Reunião Geral da Indústria foi relevante, sublinhando a importância da inovação na indústria agroalimentar. A mesa-redonda sobre “Comunicar na Fileira Agroalimentar: Informar para Desmistificar” foi um momento de reflexão profunda, onde se discutiu a vitalidade da comunicação transparente e eficaz para enfrentar os desafios do nosso tempo.

O FeedInov contou, entre os oradores desta mesa, com a participação de Magda Teixeira, responsável de Comunicação deste laboratório colaborativo.

I CONGRESSO

Realizou-se, no dia 12 de Abril, na Quinta da Atela, o I Congresso VIPORC – VALPOR tendo como temas principais:

• SANIDADE/BIOSSEGURANÇA;

• BEM-ESTAR ANIMAL;

• PRODUTIVIDADE;

• NUTRIÇÃO.

Foram, ainda, entregues os Prémios VIPorc. Destacamos algumas fotos do Evento.

ALIMENTAÇÃO ANIMAL – FEFAC DIVULGA 12 RECOMENDAÇÕES PARA A AGENDA ESTRATÉGICA DA UNIÃO EUROPEIA 2024-2029

No passado dia 31 de maio, a FEFAC publicou um documento com 12 recomendações-chave para a Agenda Estratégica da UE 2024-2029. O objetivo é claro: para apoiar a reflexão das instituições da UE sobre a forma de melhorar a competitividade, a resiliência e a circularidade dos setores europeus dos alimentos para animais, da pecuária e da aquicultura, os membros da FEFAC reviram as suas prin-

cipais recomendações setoriais na sequência das eleições da UE.

Para além deste contributo, trata-se de uma estratégia proativa para alavancar investimentos significativos para acelerar a transição verde, promover oportunidades de crescimento sustentável e apoiar a autonomia estratégica da UE, o que inclui uma reflexão sobre a natureza sistémica da produção de biomassa e das atividades de biorrefinação (alimentos para animais, géneros alimentícios, bioenergia e outras utilizações não alimentares) na Europa.

Este documento estratégico foi apresentado pelo Presidente da FEFAC, Pedro Cordero, na 68.ª Reunião Anual Pública da FEFAC,

realizada em Bruxelas, reunindo mais de 120 parceiros da cadeia de valor do setor agroalimentar.

As recomendações abordam questões como a forma de diversificar e proteger as nossas cadeias de abastecimento estratégicas, como promover a inovação e a investigação, incluindo no setor da defesa, para ajudar a Europa a alcançar a neutralidade climática e como garantir a nossa segurança alimentar através de um setor agrícola próspero.

Abordam igualmente a forma de desenvolver uma economia mais circular e eficiente em termos de recursos e de reduzir as dependências estratégicas.

III JORNADAS TÉCNICAS DIN

No passado dia 6 de junho de 2024, no Monte Real Hotel Termas & SPA decorreram as III Jornadas técnicas da DIN, S.A. que reuniram prestigiados profissionais do setor da nutrição animal, no mercado nacional e internacional. A equipa colocou todo o empenho na organização deste evento porque o conhecimento veiculado e a partilha gerada através do convívio entre os presentes criaram sinergias, fortaleceram parcerias e, acima de tudo, foram uma mais-valia para o futuro de todas as entidades presentes.

Engº Nuno Guedes a falar sobre projetos de I&D da DIN III Jornadas técnicas DIN

HAPPYONE PREMIUM PROTEÍNA

DE INSETO É O NOVO ALIMENTO PARA CÃES ADULTOS DA PETMAXI E CONTA COM 25% DE PROTEÍNA DE INSETO

• Este alimento já se encontra no mercado português em mais de 50 pontos de venda físicos e online, incluindo clínicas veterinárias e pet shops

O happyOne Premium Proteína de Inseto é um dos primeiros produtos finais resultantes dos trabalhos desenvolvidos ao longo do último

ano no consórcio da Agenda Mobilizadora InsectERA, financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Este trata-se de um produto hipoalergénico inovador não só pela integração da proteína de inseto 100% portuguesa, a primeira ração do género em Portugal, como também pela partilha de uma visão focada no bem-estar e saúde dos animais e, essencialmente, pela evidente contribuição para a sustentabilidade ambiental, com uma estratégia de redução das cadeias de produção. Assim, esta ração nacional tem nos seus constituintes ingredientes exclusivamente obtidos dentro do território nacional, e em alguns casos na própria região, como é o exemplo a Proteína de Inseto da EntoGreen.

Este é um produto que para além de amigo do ambiente, pelas razões acima mencionadas, é de elevada qualidade integrando-se na gama Premium da petMaxi. Com incorporação de 25% de proteína de inseto, proveniente de um processo de transformação de subprodutos vegetais, como o bagaço de azeitona, este alimento monoproteíco caracteriza-se por ser indicado para animais com sensibilidade (coceiras, perda de pelo, entre outos) e sintomas alérgicos.

SHOW COOKING FARM TO FORK E INOVAR A GASTRONOMIA NA FNA24

As sessões de show cooking decorridas nos passados dias 11 e 14 de junho no Auditório Cozinha ao Vivo durante a Feira Nacional de Agricultura 2024, revelaram-se novamente um sucesso tendo esgotado as duas sessões com mais de 30 participantes cada.

Estas sessões, organizadas pela Agenda Mobilizadora InsectERA e financiadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), contaram com a participação da Escola Profissional do Vale do Tejo, com o Chef José Pereirinha e Chef Bruno Povas, e da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Estoril, com o Chef Rui Mota, que confecionaram várias iguarias com incorporação de farinha de insetos na receita. A degustação das iguarias salgadas e doces confecionadas pelos chefes e alunos das escolas foram harmonizadas com os Vinhos Tejo selecionados pela Quinta do Arrobe, com a Engª Regina Almeida, e pela Quinta da Ribeirinha, com o Engº Cesar Marques, um patrocínio Cidade do Vinho.

Em ambas as sessões foi possível ver na audiência elementos representantes de várias entidades regionais e nacionais na degustação de iguarias cujo ingrediente principal era a farinha de Tenebrio molitor e de Acheta domesticus, produzida em Santarém, pela Thunder

Foods e pela The Cricket Farming Company, respetivamente. Foi ainda notável verificar a abertura que todos os participantes apresentaram nesta segunda edição do show cooking InsectERA para a degustação destas inovações culinárias.

Este evento, nos moldes em que é desenhado, e que seja do nosso conhecimento, continua a ser o único no mundo a reunir entidades da mesma região e a compilar várias farinhas de inseto em iguarias confecionadas por Chefs num evento regional de tal dimensão.

IACA PRESENTE NA XXVI FEIRA NACIONAL DO PORCO

Desafiar o futuro com o sabor da tradição

A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores organizou, nos dias 16, 17 e 18 de maio de 2024 a XXVI Feira Nacional do Porco no Parque de Exposições do Montijo. Sob o lema “Desafiar o Futuro com o Sabor da Tradição”, a Organização pretendeu transformar a Feira Nacional do Porco num verdadeiro evento de fileira, atraindo as indústrias da carne de porco ao mesmo tempo que internacionalizou cada vez mais o certame. Afirmar a fileira da carne de porco como um setor dinâmico, moderno e com ligação estreita às tradições gastronómicas do nosso país foi o desafio proposto aos visitantes da XXVI Feira Nacional do Porco.

Com quatro áreas de exposição distintas, os visitantes encontraram um pavilhão dedicado à Gastronomia, outro dedicado aos equipamentos e maquinarias relacionados com a atividade da suinicultura, outro pavilhão mais setorial com a representação das empresas

de genética, laboratórios farmacêuticos, fabricantes de rações, indústrias cárneas, movimento associativo e setor institucional e ainda a área de exposição ao ar livre com a maquinaria pesada e a exposição de animais.

Durante os três dias, visitaram a XXVI Feira Nacional do Porco cerca de 10 mil pessoas, entre profissionais do setor a público generalizado que quis vir conhecer melhor a atividade suinícola em Portugal.

Para David Neves, Presidente da Comissão Organizadora da XXVI Feira Nacional do Porco, o evento foi de grande relevância institucional para o setor: “Desde a sua primeira edição que é um importante certame institucional que tem marcado a agenda política dos diferentes agentes que nos últimos anos se têm deslocado ao Montijo e comprovado que este é um setor dinâmico, pujante e evoluído.”

Já Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo, destacou o caráter inovador do certame e da atividade: “A Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores tem mantido um compromisso com a modernização da suinicultura nacional, com a

transição energética da pecuária e com a procura de novas soluções para a melhoria do desempenho competitivo do setor".

O Ministro da Agricultura e Pescas inaugurou a XXVI Feira Nacional do Porco, tendo sido o seu primeiro contacto com os empresários da fileira da carne de porco, mostrando-se bastante impressionado com a dinâmica, nível tecnológico e ambição do setor da suinicultura.

Confrontado com os problemas burocráticos associados ao processo de licenciamento das explorações pecuárias, José Manuel Fernandes confessou-se adepto do “licenciamento zero” e considerou inadmissível que a administração pública funcione como agente de bloqueio da atividade económica.

A XXVI Feira Nacional do Porco encerrou as suas portas no dia 18 de maio, estando já a organização a preparar a 27ª edição para os dias 14, 15 e 16 de maio de 2026.

A IACA esteve presente na Feira com um Stand, em parceria com o FeedInov, tendo tido a oportunidade de contactar com inúmeros parceiros, na divulgação das atividades e projetos de inovação, investigação e desenvolvimento.

Por outro lado, no dia 17 de maio, no âmbito do InsectERA, tivemos a possibilidade de levar a cabo uma Conferência sobre Insetos: “Serão os Insetos a Proteína do Futuro?" –Divulgação da Agenda InsectERA em que para além da divulgação da Agenda, tivemos apresentação de projetos concretos com utilização de insetos e uma Mesa-Redonda que contou com a presença da DGAV e da FPAS. Obrigado aos oradores e participantes.

FICHA TÉCNICA

ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Revista da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais – IACA NIPC- 500835411

TRIMESTRAL - ANO XXXV Nº 128

Abril / Maio / Junho 2024

DIRETOR

José Romão Braz

CONSELHO EDITORIAL E TÉCNICO

Ana Monteiro

Jaime Piçarra

Pedro Folque

Manuel Chaveiro Soares

Rui Gabriel

COORDENAÇÃO

Jaime Piçarra

Amália Silva

Serviços IACA

ADMINISTRAÇÃO, SEDE DE REDAÇÃO E PUBLICIDADE

(incluindo receção de publicidade, assinaturas, textos e fotos)

IACA - Av. 5 de Outubro, 21 - 2º E 1050-047 LISBOA

TEL. 21 351 17 70 (Chamada para a rede fixa nacional)

EMAIL

iaca@iaca.pt iaca.revista@iaca.pt

SITE www.iaca.pt

EDITOR

Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais – IACA

EXECUÇÃO DA CAPA

Salomé Esteves

EXECUÇÃO GRÁFICA

Sersilito - Empresa Gráfica, Lda.

Travessa Sá e Melo, 209 4471-909 Gueifães - Maia

PROPRIETÁRIO

Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais - IACA Av. 5 de Outubro, 21 - 2º E 1050-047 Lisboa

DEPÓSITO LEGAL Nº 26599/89

REGISTO

EXCLUÍDA DE REGISTO NOS TERMOS DO DISPOSTO NA ALÍNEA A) DO N.º 1 DO ART.º 12.º DO DECRETO REGULAMENTAR N.º 8/99, DE 9 DE JUNHO, REPUBLICADO PELO DECRETO REGULAMENTAR N.º 2/2009, DE 27 DE JANEIRO

AGENDA DE REUNIÕES DA IACA

Data

ABRIL 03

• Reunião do Conselho Fiscal, Lisboa

• Reunião do Projeto HubRAM

8 a 10

• Conferência do CPA (USDA e Comissão Europeia) em Washington, em representação da FEFAC 09

• Assembleia-Geral do CiB, Lisboa

• Simpósio de Nutrição Animal do Núcleo de Estudantes de Engenharia Zootécnica da UTAD, Bragança

• Assembleia-Geral da IACA, Lisboa

• Reunião Direção da IACA, Lisboa

• Comité de Gestão da Segurança Alimentar da FEFAC, Bruxelas

• Workshop sobre Salmonella do Comité de Gestão da Segurança Alimentar da FEFAC, Ghent

• Reunião do Board da FEFAC, Bruxelas

19

• Reunião do Steering Group da FEFAC, híbrido

• Sessão de Inauguração da Ovibeja

01 a 04• Participação na IDMA 24, Istambul

• Reunião Geral da Indústria – “Comunicação na Fileira Agroalimentar: Informar para Desmistificar”, Lisboa

• Divulgação da Agenda InsectERA – “Insetos: A proteína do futuro?”, Lisboa

14

• Evento da Finançor “Os desafios da alimentação num contexto de incerteza", Ponta Delgada, Açores

16 a 18• Feira Nacional do Porco, Montijo

22

• Reunião do Comité de Produção Industrial de Alimentos Compostos da FEFAC, virtual 23 a 24• VIII CONGRESO INTERNACIONAL DE ALIMENTACIÓN ANIMAL, Múrcia

27• Inicio das obras para a futura sede da IACA

30• Reunião do Board e do Colégio de Diretores da FEFAC, Bruxelas

30 a 31• Assembleia-Geral da FEFAC, Bruxelas e híbrido Data JUNHO

O6• Conferência da ACICO, Portugal's Commodities Exchange 2024, Lisboa

07

11

• Reunião com FeedInov para preparar as XIII Jornadas de Alimentação Animal e II Fórum de Alimentação Animal (online)

• Reunião do Grupo PEF EU GFLI, Bruxelas

• Assembleia-Geral do InsectERA e presença na Feira Nacional de Agricultura, Santarém

12• Reunião da EU CAP Network, Comissão Europeia (online)

18

• Comité de Alimentos para peixes da FEFAC, Bruxelas, híbrido

• Webinar IACA-Valorfito

19• Reunião de Direção da FIPA, Lisboa

21• Reunião do Grupo Ad-hoc da FIPA sobre Desflorestação, Lisboa

25• Reunião IACA e APEZ (online)

26

• Sessão de Reflexão sobre Cadeias de Abastecimento do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência, Lisboa

27• Celebração do Dia da Independência dos EUA, Lisboa

28• Reunião de Direção da IACA, híbrido

De acordo com o RGPD, de 25/05/2018, a IACA reconhece e valoriza o direito à privacidade e proteção dos dados pessoais, pelo que conserva esses dados(nome e morada) exclusivamente para o envio da Revista “Alimentação Animal”, que nunca serão transmitidos ou utilizados para outros fins. A qualquer momento, poderá exercer o direito de retirar esse consentimento enviando-nos um e-mail para privacidade@iaca.pt

Questão de peso

Conversão alimentar optimizada graças à proteção intestinal que oferecem

Maxiban e Monteban.

Maxiban, Monteban, Elanco e a barra diagonal são marcas registadas da Elanco ou suas filiais. © 2023 Elanco.

Aleta™ protege os porcos durante os períodos de desafios

Aleta é um beta-1.3-glucano derivado de algas com concentração superior a 50%, modulando a resposta imunitária, melhorando a qualidade do colostro, e a resposta em situações de stress e doença. Este potente imunomodulador com origem numa alga unicelular, Euglena gracilis, ajuda os animais nos períodos de stress e doença, melhorando a resposta vacinal. Melhora a qualidade e quantidade do colostro, resultando numa melhoria de viabilidade e performance dos leitões.

Esta melhor resposta imune tem como resultado uma melhoria nos parâmetros produtivos: •Índice de conversão

•Ganho de peso diário

•Redução da mortalidade

Para mais informação: 214 157 500 Campo Grande 35 - 8ºD, 1700-087 Lisboa, Portugal

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.