Revista lusitania

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Índice

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Editorial

À conversa com…

Lusitania

Fernando Nogueira

Alexandre Castro Caldas

Produtos e Soluções — Notícias

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Grupo Montepio

Portugalidades

Tendências e Inovações

Montepio Runner — Clube Pelicas — Lusitania Vida

Vinho A apologia das sensações

Vinho “A Copo”


Ficha técnica Revista Lusitania Consigo Nº 4, 1º semestre 2015

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Lusitania Somos Nós

Rede Lusitania

Equipa de Sinistros Automóvel — Balcão de Lisboa / Amoreiras — Balcão de Bragança

Lusitania expande rede de Agentes Loja

Propriedade Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. Rua de São Domingos à Lapa, 35 1249-130 Lisboa T.: (+351) 210 407 510 / 220 407 510 E.: comunicacao_imagem@lusitania.pt NIPC/Registo na CR Comercial de Lisboa: 501 689 168 Capital Social: 12.500.000 Euros Diretora: Susana Pascoal Coordenação Editorial: Rosa Andersen Redação: Rosa Andersen, Sara Fonseca, Clara Tavares

Filipe Antunes Paulo Oliveira

Agradecimentos: Alexandre Castro Caldas, Catarina Alvarez, Anabela Lima, Jorge Monteiro, ViniPortugal, Colaboradores e Mediadores Lusitania

Mediadores Ilídio Conceição Linha Medieval

Conceção e design: CARMEN, YoungNetwork Group Fotografia: Fernando Piçarra, Arquivo Lusitania, Shutterstock

Agentes Lusitania

Periodicidade: Semestral Tiragem: 6.000 exemplares Nº Registo: 126276 | Depósito Legal nº 348974/12 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Nota: Os artigos e opiniões expressos são da responsabilidade dos seus autores, podendo ser reproduzidos no todo ou em parte, desde que citada a fonte, bem como o autor do texto.

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Em Foco

Descobrir Portugal

Plataforma de negócios

Tomar

Aplicação móvel

Da herança dos Templários ao espólio da Modernidade

Segurança no email Declaração Inicial do Risco

Envie-nos as suas sugestões para: comunicacao_imagem@lusitania.pt


LUSITANIA CONSIGO

Editorial 2014 foi um ano muito proveitoso para a Lusitania no que concerne à inovação, implementação de soluções diferenciadoras e ao estreitar das relações com os seus mediadores. Muito se fez e, felizmente, muito há a fazer para quem quer ir mais longe, fazendo mais e melhor! A Lusitania assume e reforça a sua estratégia de crescimento orgânico, sustentado, assente numa rede de mediação profissional e dinâmica, que partilha os mesmos valores e forma de estar no mercado. Diferencia-nos a relação de proximidade e partilha que mantemos com os nossos mediadores e parceiros, e o serviço de qualidade que prestamos aos nossos clientes. Acreditamos e apoiamos as pessoas, incentivamos o talento interno e temos provas dadas da nossa capacidade de inovar e de implementar soluções únicas. A plataforma

Editorial Lusitania

de negócios da Lusitania, lançada em maio de 2014, é exemplo disso: uma ferramenta que contém as melhores funcionalidades de uma plataforma web, desenhada a pensar no mediador e no seu dia a dia. Um caso claro de sucesso, comprovado pela avaliação feita pela própria rede. Ainda com visibilidade, há que destacar o projeto Agentes Loja Lusitania, de âmbito nacional, que assenta na representatividade local da Lusitania, através da abertura de pontos de negócio – lojas de agentes, onde o mediador desempenha um papel fundamental e de elevado valor junto das respetivas comunidades. Com cerca de 100 lojas já em funcionamento, a Lusitania está cada vez mais próxima dos seus parceiros e clientes. Esta edição aborda, igualmente, um tema muito importante nos nossos dias, a demência. Algo que não conhecemos tão

Há que destacar o projeto Agentes Loja Lusitania, que assenta na representatividade local da Lusitania através da abertura de pontos de negócio.

bem e, talvez por isso, nem sempre saibamos como lidar, mas que é um problema que atinge cada vez mais pessoas. Para além do paciente, este é um tema que abrange toda a família e muito em particular o cuidador. Por vezes

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esquecemo-nos de cuidar de quem cuida de nós, ou dos nossos. Sensibilizar para o tema e conhecê-lo um pouco melhor é um dos desafios desta edição, através do projeto Cuidar Melhor, no qual a Lusitania muito se orgulha de poder participar e contribuir. Falar de portugalidade como um elemento diferenciador, de continuidade e exemplo de inovação, é também falar do setor vitivinícola nacional. Um setor em constante mutação e crescimento que, com muita criatividade, se vai ajustando às necessidades do negócio. Portugal está intimamente ligado ao vinho, assumindo um cunho de legado histórico que tem vindo a ganhar cada vez maior relevância e que faz parte da cultura económica e social do país. Esperamos que esta nova edição da revista Lusitania Consigo seja do vosso agrado.


Fernando Nogueira Presidente da Comiss達o Executiva da Lusitania Seguros

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Editorial Lusitania


À conversa com... Alexandre Castro Caldas Como podemos definir memória? Alexandre Castro Caldas éum conceituado Neurocientista e atual Diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Foi, atéfevereiro de 2004, Professor Catedrático de Neurologia na Faculdade de Medicina de Lisboa e Diretor do Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

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ez a licenciatura e o doutoramento na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde iniciou a sua carreira em 1974. Foi responsável pelo Laboratório de Estudos de Linguagem até 1998 e organizou o Centro de Neurociências de Lisboa em 1990. As suas publicações científicas incluem dois livros de texto e mais de 100 artigos em revistas internacionais, tais como: Brain, Neurology, NeuroImage, Journal of Cognitive Neurosciences, JINS e inúmeros capítulos em livros nacionais e internacionais. É membro de diversas sociedades internacionais e consultor de muitas revistas nacionais e estrangeiras. Ao longo dos anos, o seu trabalho tem sido reconhecido tendo recebido diversos prémios, de onde destacamos o Grande Prémio Medicina da Fundação Bial em 2002 e, mais recentemente, o Distinguished Career Award da International Neuropsychological Society, a que presidiu no ano 2000. O seu principal interesse científico relaciona-se com as Neurociências Cognitivas e com as doenças do Movimento.

À conversa com... Lusitania

A memória não é uma coisa, são muitas. O nosso corpo é feito de memórias. Temos memórias da espécie, memórias de procedimentos, memórias semânticas, memórias de episódios, memórias para perceber a linguagem e por aí fora. Tudo isso se soma no nosso organismo e é o que nos permite estar em relação com o mundo.

Porque éque a memória étão importante? Se lhe quisermos dar um sentido filosófico, é importante para não inventarmos sempre tudo. Se tivermos memória reconhecemos que algo já aconteceu, como se resolveu antes, por isso agora vamos resolver da mesma maneira. Se a cada desafio na vida eu tiver de inventar uma solução, é um desgaste enorme para o corpo humano. O corpo humano é um sistema económico, por isso quanto menos energia gastar, melhor. A repetição é fundamental para as aquisições, a todos os níveis. Um dos constrangimentos importantes é que algumas memórias têm prazos e se as treinarmos nas alturas próprias criamos matrizes úteis para o futuro.

Quando e como é que devemos treinar a memória? 8

Devemos estimular ao máximo as crianças, na fase em que o cérebro está mais plástico e se adapta a tudo, a decorarem coisas. Isso cria-lhes uma matriz de reutilização. Mais tarde o cérebro diz ‘este processo é parecido com o outro, vou usar este sistema’. Um exemplo que me serviu na vida e como médico foi: se eu aprender os rios de Portugal, quando chegar ao curso de Medicina aprendo melhor os nomes das artérias cerebrais, porque umas são ramos e outras afluentes. Por isso é fundamental estimular nas crianças o uso da memória e dos vários domínios.

Como éque a memória evolui ao longo da nossa vida? A memória é um sistema vivo que se vai modulando em grande parte durante o sono. A primeira fase do sono profundo é um período muito interessante porque é quando fazemos a codificação do que se passou durante o dia, das experiências. Conforme as experiências que vamos tendo, vamos remodelando o passado. Somos capazes de dizer que passávamos férias num sítio fantástico e na verdade fomos para lá dois anos, mas foi tão bom que ficou marcado. Se andarmos satisfeitos com a vida vamos buscar as coisas melhores para fazermos associação, se andamos mais tristes vamos buscar as coisas más.


As pessoas têm noção do quanto éimportante estimular a memória? As pessoas não têm noção do quanto é importante o cérebro que têm. Não têm noção do que têm dentro da cabeça. Acham que o computador é fantástico, quando têm dentro da cabeça uma coisa muito melhor e que se for bem trabalhado acaba por ser divertido. Brincar com o próprio cérebro.

Quais são os primeiros sinais a que devemos estar atentos para percebermos que algo não está bem? Não podemos confundir mau envelhecimento com doença. Uma pessoa pode envelhecer mal,

comportar-se quase como um demente, mas não estar doente. É importante que as pessoas façam exercício, que se mantenham ativas, para envelhecerem bem. Esse envelhecer bem, numa pessoa com a doença, ajuda um pouco. Suporta a tal reserva cognitiva, que é importante. Quando se soma o mau envelhecer com a doença é muito pior. No entanto, é preciso que as pessoas distingam. Qualquer pessoa pode ficar doente porque não sabemos porque é que a doença aparece. A demência degenerativa, Alzheimer ou outra, aparece a qualquer pessoa. Ninguém está protegido.

Conforme as experiências que vamos tendo, vamos remodelando o passado.

Ou seja, infelizmente não há nada que possamos fazer para o evitar? 9

Não. Podemos envelhecer bem e apoiar a nossa reserva cognitiva e, pelo menos durante um período, conseguirmos disfarçar melhor as nossas deficiências.

Quem éque reconhece a doença, em geral? É raro ser o próprio, a grande maioria das vezes são os familiares. O próprio perde um sistema de vigilância do seu próprio comportamento. Acha que está a fazer bem feito. O mais comum é a pessoa negar. Não está a disfarçar, mas nega essa evidência. E zanga-se quando os outros dizem que já lhes contou três vezes o mesmo. Não tem consciência que está a perder as competências. À conversa com... Lusitania


Que atitude éque um cuidador deverá ter com um doente com demência? Se o cuidador tem um sentimento negativo face à doença, que naturalmente tem, e se o expressar, o doente não o entende, fica agitado, incomodado e tudo corre pior. Faz muita impressão dizer isto, mas por vezes morre o cuidador e o doente fica melhor, embora seja absurdo. A ansiedade do cuidador pode representar um fator de agravamento e, portanto, é muito importante que o cuidador aprenda a fazer o seu teatro. Teatro de convívio com o doente, por mais que lhe custe e que sofra, que seja capaz de o fazer sem expressar muitas vezes aquilo que lhe vai na alma.

A maioria dos cuidadores consegue fazê-lo ou não? É muito difícil. É um processo muito exigente e penoso. Ao corrigir acha que está a ajudar, mas não está porque não é isso que a outra pessoa precisa.

Que cuidados éque temos de ter com os cuidadores? Há períodos em que os cuidadores se aguentam, há outros em que estão completamente de rastos. É preciso ser profilático e ir afastando o cuidador do doente, criando entre os dois uma forma de separação, porque o cuidador precisa de férias. À conversa com... Lusitania

Quem éque pode ajudar um cuidador? Têm de ser equipas multidisciplinares. A ajuda não pode ser uma coisa exclusivamente profissional. Não posso dizer ‘agora o senhor vai ajudar aquela pessoa’. Não sei se eles se vão entender. Temos de dar um pouco de nós próprios, para percebermos o que são os outros. Temos de nos envolver para percebermos como a pessoa é. E, a partir daí, entrar na vida dessa pessoa com o que ela precisa.

Neste contexto qual é o objetivo do Projeto Cuidar Melhor? Cuidar melhor é dar um rumo. As pessoas falam com a vizinha, com o farmacêutico, cada um diz a sua coisa e ficam completamente perdidas. Precisamos de ter um sítio em que as pessoas confiem, a confiança no sistema é o mais importante. Não sou contra a segunda opinião, mas há momentos em que temos de confiar. E é facílimo de por em causa porque os resultados não são muito evidentes e cada caso é um caso. Por isso nós precisamos de ter um sistema integrador. Representaria uma economia na saúde fantástica. Porque para além da economia do esforço dos familiares e do próprio, reduz a ansiedade e os medos e pode dar uma tranquilidade grande. Isto em todas as áreas

A ansiedade do cuidador pode representar um fator de agravamento e portanto é muito importante que o cuidador aprenda a fazer o seu teatro.

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da saúde. Precisamos de cuidar melhor de tudo.

Que conselho ou palavra deixaria a um cuidador? Uma palavra de coragem. Tem pela sua frente um trajeto difícil.

É também preciso ter coragem para, por vezes, dizer ‘Eu já não consigo ajudar’? Esse é o ponto, porque depois vêm os sentimentos de culpa e é muito difícil lidar com isso. Cada caso é um caso, temos de discutir com as pessoas e os profissionais têm de ter tempo para estar com elas. Senão não é possível, são relações humanas que são complicadas e têm de ser muito trabalhadas.


Projeto Cuidar Melhor O Projeto Cuidar Melhor, de intervenção na área das demências, arrancou no terreno em abril de 2013, da iniciativa de quatro parceiros: Associação Alzheimer Portugal, Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Montepio, contando atualmente com o apoio da Sonae Sierra e da Lusitania. Coordenado por Catarina Alvarez, conta com a adesão dos municípios de Cascais, Oeiras e Sintra. Como surge o Cuidar Melhor?

Quais são os vossos objetivos?

Surge da iniciativa de vários parceiros que se juntaram pois acharam que era importante criar um projeto que desse uma resposta aos cuidadores. É esse o enfoque. Temos uma dupla missão: incluir e promover os direitos das pessoas com demência e valorizar os cuidadores, familiares e profissionais que lhes prestam cuidados.

Perguntámos-lhes quantas pessoas tinham com diagnóstico formal e quantas tinham com suspeita de demência.

Por um lado formar profissionais nesta área específica, mas também sensibilizar a comunidade – estamos a trabalhar com escolas desde o final de 2014, com alunos do 10.º, 11.º e 12.º anos com vista a desconstruir preconceitos e veicular informação – e, por último, reduzir o isolamento social, através dos Cafés Memória. Aqui, convidamos cuidadores, doentes e familiares a saírem de casa e, pelo menos uma vez por mês, reunirem-se informalmente, num ambiente agradável e descontraído. Temos hoje oito Cafés Memória a decorrerem, com uma equipa de mais de 150 voluntários. Temos uma filosofia inclusiva: queremos receber as pessoas que precisam de nós e estar abertos à comunidade.

Obtivemos um resultado de 36%, que sobe aos 50% se olharmos apenas para os lares.

Como conseguem ajudar os cuidadores?

Em seguida, criámos uma resposta técnica no terreno, ou seja, gabinetes de apoio junto da comunidade, para conseguirmos uma respostade proximidade, especializada e multidisciplinar. Desde então, 520 cuidadores vieram ter connosco.

Os cuidadores das pessoas com demência muitas vezes levam o seu papel às últimas consequências. Acham que é uma responsabilidade e um dever que têm de cumprir sozinhos. Ora, a intervenção junto do cuidador deve ser

Em que consiste o vosso trabalho? Começámos por fazer um diagnóstico social junto de lares, serviços de apoio domiciliários e centros de dia.

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À conversa com... Lusitania


A intervenção junto do cuidador deve ser precoce pois a pessoa está perante um desafio que não conhece e muitas vezes não escolheu.

precoce pois a pessoa não nasce ensinada e está perante um desafio que não conhece e muitas vezes não escolheu. O nosso objetivo é informar, formar e ajudar. Queremos que a pessoa sinta confiança e se sinta apoiada. Há fases em que não precisam de nós tão ativamente mas, quando precisarem, que se tenha criado o laço necessário para saberem que está alguém disponível a ouvi-los. Não somos um gabinete onde se tira a senha e espera. Cada caso é um caso e o atendimento é personalizado.

Como éque se desdramatiza e valoriza o ato de cuidar? Cuidar melhor é, antes de mais, cuidar com respeito. As pessoas não perdem os seus direitos por terem demência, mas os cuidadores muitas vezes desconhecem os seus limites de atuação. Desdramatiza-se informando, formando e prestando o apoio psicológico necessário.

Atéonde gostava que o projeto evoluísse? Gostava que fosse replicado noutros concelhos e estamos a trabalhar nessa hipótese, nomeadamente, no Porto, e também que contribua para que a problemática das demências seja mais debatida em Portugal, para que se fale de forma mais frontal e aberta, e os cuidadores se sintam mais à vontade para virem procurar apoio. À conversa com... Lusitania

Na primeira pessoa Em finais de 2010, Anabela Lima começou a notar que o marido estava a ficar um pouco mais preguiçoso do que o normal, deixando de fazer tarefas de contabilidade de que tanto gostava, logo ele que sempre tinha sido tão organizado. O ‘amanhã faço’ passou a ser resposta rotineira, que não a descansava. “Começou a isolar-se de mim e dos filhos, a ficar mais cabisbaixo.” O despertar de que algo não estava realmente bem deu-se, uns meses mais tarde, quando lhe perguntou uma cor e o marido não soube responder. “Pedi-lhe uma toalha com uma cor e não me soube dizer qual. Achei que estava a brincar comigo.” Não estava. Foi difícil aceitar a realidade.

“Isto não está a acontecer, está cansado.” Afinal de contas tinha apenas 62 anos e estava ativo. O apoio que procurou junto do centro de saúde não foi, infelizmente, produtivo. “O seu marido que passeie mais e se divirta.” Anabela não aceitou a leveza da resposta e procurou um neurologista. “Foi a confirmação que tinha demência, tipo Alzheimer. Provavelmente um AVC que não demos conta. À época foi para o hospital, ninguém se apercebeu e as consequências estavam agora à vista.” Anabela não baixou os braços. Juntos faziam puzzles, contas, jogos. A luta diária acabou por a arrastar para uma depressão, até ao dia em que, numa consulta de psicologia, descobriu uma brochura do Projeto Cuidar

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Melhor. Leu, gostou e foi, nessa mesma semana, ao primeiro Café Memória. “Entrei muito nervosa e com medo e saí com uma grande tranquilidade. É isto que nós os dois precisamos.” Desde Abril de 2013 que não faltam os dois a um Café Memória, nem vivem sem a ajuda preciosa do Cuidar Melhor. Apesar do enorme esforço de procura de informação, formação e apoio emocional, ainda assim nem sempre é fácil. “Cada vez que o meu marido desce um degrau, eu desço dois ou três. Depois volto a subi-los, não desisto. É importante que nos sintamos bem para podermos cuidar melhor do doente. Agora sinto-me totalmente apoiada. Arranjei amigos e é muito importante termos amigos de verdade.”


LUSITANIA CONSIGO

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Lusitania — Produtos e Soluções — Lusitania reforça oferta Automóvel A pensar na segurança dos clientes, em particular na dos condutores, a Lusitania aumentou a oferta do Seguro Automóvel Lusitania Motore com o lançamento de duas novas coberturas, o Condutor Proteção Extra + e a Proteção 4x4 Patas.

Nova cobertura AUTO 4x4 PATAS livres de quaisquer preocupações e sempre descansados.

Um animal de estimação, quer seja cão ou gato, é de extrema importância para os seus donos, sendo considerado por muitos como parte da família.

Esta cobertura conta com dois níveis de capitais para garantir o pagamento das despesas de tratamento que o animal de estimação, seja cão ou gato, venham a necessitar, em caso de acidente. Pode ser contratada na subscrição de um novo seguro automóvel Lusitania Motore ou em qualquer momento de vida da apólice, caso já exista um seguro em vigor.

Fazem parte da rotina diária da vida e trazem alegrias e boas experiências, sendo indiscutível a sua importância, seja como companhia, educativa ou de guarda. Logo, todo o cuidado e atenção para com os animais são bem-vindos. A pensar desta forma, a Lusitania acaba de lançar uma nova cobertura do Lusitania Motore, o Auto 4X4 Patas. Os clientes podem agora transportar o seu fiel amigo de quatro patas no seu automóvel para qualquer lugar,

Agora já pode desfrutar ao máximo de todos os momentos felizes com o seu amigo de quatro patas e levá-lo de carro para todo o lado. 13

Produtos e Soluções Lusitania 01


Nova cobertura Condutor Proteção Extra A nova cobertura Condutor Proteção Extra+ é dirigida ao condutor do veículo e garante, em caso de acidente, com ou sem culpa, o pagamento das despesas de tratamento e uma renda mensal durante 10 anos. É extra no capital que coloca à disposição do condutor garantindo-lhe, em qualquer acidente, com ou sem culpa, o pagamento das despesas de tratamento e uma renda mensal durante 10 anos em caso de morte ou invalidez permanente, assegurando desta forma a estabilidade financeira da família.

O condutor beneficia, assim, através de três opções à escolha, da conjugação adequada de capital mais renda, de forma a responder às necessidades de novos hábitos, rotinas diárias e despesas que venham a surgir. Esta cobertura Condutor Proteção Extra + pode ser contratada na subscrição de um novo seguro automóvel Lusitania Motore ou em qualquer momento, caso já exista um seguro em vigor.

GARANTIAS

OPÇÃO 1

OPÇÃO 2

OPÇÃO 3

Despesas de Tratamento

6.000 €

12.000 €

24.000 €

500 €

1.000 €

2.000 €

48,36 €

96,72 €

193,44 €

Morte ou Invalidez permanente (renda mensal durante 10 anos) PRÉMIO COMERCIAL *

* Ao prémio comercial indicado acrescem as taxas fiscais, parafiscais, de fracionamento ou de ata adicional (quando aplicáveis) e deduzem-se os descontos comerciais que vigoram na apólice.

Produtos e Soluções 01 Lusitania

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SaÚde pleno e saúde livre com mais vantagens A Lusitania reformulou recentemente a oferta de seguros de saúde Lusitania Pleno e Livre, de forma a oferecer os melhores cuidados de saúde aos seus clientes e garantir, simultaneamente, uma maior competitividade no negócio. Foi melhorado o nível do preço praticado, através de novas soluções e, ao mesmo tempo, manteve-se a qualidade de coberturas e serviços já comprovados.

O Lusitania Casa Ideal demonstrou, ao longo dos anos, ser um dos produtos Multiriscos Habitação mais competitivos do mercado, tanto a nível de coberturas, como da competitividade dos seus prémios. As alterações agora introduzidas garantem maior flexibilidade na contratação, dando mais robustez ao produto mas mantendo as características diferenciadoras que permitem que este produto seja o sucesso que sempre foi, ajustado às necessidades dos clientes.

As grandes novidades associadas a estes produtos são: Inovação no serviço de assistência ao cliente: para além da assistência ao lar, os clientes podem agora contar com um apoio adicional, em caso de internamento hospitalar e em viagens ao estrangeiro.

Desta forma, o Lusitania Casa Ideal reformulou a aplicação das franquias no módulo base. Anteriormente aplicáveis a todas as coberturas, as franquias de 10% dos prejuízos de indemnização com o mínimo de 125€ e de 10% dos prejuízos de indemnização com o mínimo de 250€ são agora aplicadas apenas a cinco coberturas:

Aumento dos descontos para o agregado familiar de 15% para 20%, por pessoa segura. Extensão de idade de adesão ao seguro dos 50 para os 55 anos. Rede Bem-estar: descontos especiais e vantagens na área das medicinas complementares e do bem-estar físico e mental. Lusitania Plano E+: as apólices subscritas neste plano têm um desconto extra. Tal como o nome indica, a grande diferença entre o Saúde Pleno e o Saúde Livre está na liberdade e flexibilidade de escolha. Com o Lusitania Saúde Livre, o cliente pode optar por diferentes soluções de proteção para si e para a sua família, existindo a liberdade de escolha da clínica ou hospital da sua preferência e, ainda, a possibilidade de manter o seu médico

LUSITANIA CASA IDEAL RENOVADO

de sempre. Funciona por reembolso das despesas médicas efetuadas. Já o Lusitania Saúde Pleno é um seguro de saúde que dá acesso, direto e imediato, a uma rede privada de saúde e de assistência médica, na qual o cliente apenas suporta um pequeno copagamento. Mantém, no entanto, a possibilidade de consultar o seu médico / hospital de sempre, mediante reembolso das despesas junto da companhia.

Tempestades; Danos por água e pesquisa de avarias; Riscos elétricos - 1.º risco; Instalação elétrica; Furto ou roubo. No entanto, o Lusitania Casa Ideal continua também a manter a opção sem franquia nas coberturas base.

Com a Lusitania existem ainda mais razões para cuidar da sua saúde e da saúde do seu agregado familiar, de acordo com a solução de proteção que mais necessita e sempre com acesso à melhor assistência médica, descontos e copagamentos reduzidos. 15

Produtos e Soluções Lusitania 01


PROTOCOLO LUSITANIA FORÇAS DE SEGURANÇA Há mais de 15 anos que a Lusitania tem o privilégio de oferecer condições de contratação únicas e muito competitivas, através de um Protocolo de Seguros desenvolvido em função das necessidades das Forças e Serviços de Segurança, Forças Militares e outros Organismos do Estado. Este protocolo disponibiliza um seguro automóvel com quatro níveis de proteção específicos, para ligeiros de passageiros ou de mercadorias, e um conjunto amplo de coberturas para melhor proteção em caso de acidente ou roubo, a qualquer hora do dia ou lugar. Se, por outro lado, privilegia a mota como meio de transporte ideal para fugir às longas filas de trânsito e às dificuldades de estacionamento, este protocolo também tem uma solução de seguro de motas específico. Para ir mais além num serviço diferenciado e de qualidade, a Lusitania garante com este protocolo: Reforço de todas as modalidades do seguro automóvel com a inclusão gratuita da cobertura Proteção Jurídica, para defesa do cliente em processos penais em consequência de acidente de viação, reclamação de danos corporais e / ou materiais, reclamação em caso de reparação defeituosa do veículo seguro e adiantamento de cauções.

NOVA ASSISTÊNCIA EM VIAGEM PARA PESADOS Mais garantias, mais opções

A Assistência em Viagem é um fator que pode ser decisivo na escolha de um seguro. Se esta perceção está bem presente no caso de uma viatura ligeira, quando se fala de um veículo pesado, o serviço de Assistência em Viagem pode ter um impacto ainda maior. Desta forma, a Lusitania reavaliou a Assistência em Viagem a Pesados transformando-a numa mais-valia e num fator diferenciador. Neste sentido, estão disponíveis duas novas garantias e mais opções de capital na cobertura de Desempanagem e Reboque do Veículo na subscrição de novos seguros. Substituição de roda em caso de furo de pneus – NOVA GARANTIA Se ocorrer um furo num dos pneus do veículo seguro, o serviço de assistência organiza a sua substituição por um pneu sobresselente que já se encontre no veículo, suportando as respetivas despesas de deslocação e mão-de-obra. Se a substituição se revelar impossível, serão asseguradas as despesas de reboque até ao local escolhido pelo cliente.

Condições para que os seguros possam ser pagos de forma simples, segura e eficaz, através de débito direto. Pode optar pela modalidade que mais lhe convém, mensal, trimestral ou semestral, sem qualquer encargo de fracionamento. Disponibilização para o cliente e seu agregado familiar, de uma equipa dedicada e profissional, disponível para gerir a sua carteira de seguros, bem como para lhe prestar todos os esclarecimentos sobre subscrição / alteração de contratos, pagamentos, apoio em caso de sinistro, entre outros serviços. Para mais informações contacte: forcas.seguranca@lusitania.pt Produtos e Soluções 01 Lusitania

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Esta garantia será assumida até ao limite de 500€ por sinistro. Transbordo de mercadorias – NOVA GARANTIA Em caso de acidente ou avaria que impeça o veículo de prosseguir viagem e as mercadorias transportadas necessitem de ser transferidas para outra unidade móvel face à sua possível perecibilidade rápida, o serviço de assistência assistirá os intervenientes interessados em todas as ações que visem atuar em tempo útil e oportuno ao transbordo das mesmas. O serviço de assistência suportará as despesas de transbordo até um limite de 500€, por sinistro, ficando a cargo do cliente as despesas com a unidade móvel e outros meios eventualmente necessários. Desempanagem e Reboque do Veículo – MAIS OPÇÕES DE CAPITAIS Opção 1 – 450€ (remoção 300€) - corresponde ao capital atual; Opção 2 – 1.000€ (remoção 300€); Opção 3 – 1.500€ (remoção 300€).


NOVA PLATAFORMA DE TRANSPORTES LUSITANIA A primeira fase da nova Plataforma de Transportes da Lusitania está operacional. Procurando um serviço de excelência, a Lusitania lançou recentemente a sua Plataforma de Transportes, para emissão online de aplicações de apólices abertas de mercadorias transportadas. A plataforma é especialmente dirigida a clientes empresariais e a quem os assiste. Clara, simples e intuitiva, representa um importante passo no sentido da independência e rapidez, sem perda de qualidade de serviço ou de controlo das responsabilidades assumidas.

LUSITANIA ADERE AO CIDS

Quem está familiarizado com este tipo de negócio, conhece bem a importância que reside na disponibilização de uma forma cómoda e eficaz para a gestão de apólices abertas. Pois bem, ela está aí, à distância de um clique! Acessível através do sítio da Lusitania na internet e mediante código de acesso para completa segurança da informação, permite não só a emissão, como a consulta das aplicações e seu detalhe. Para breve, está também o lançamento da segunda fase deste projeto que se encontra em fase final de elaboração e irá permitir a emissão online de apólices temporárias.

No âmbito do Protocolo de Indemnização Direta ao Segurado (IDS), a Lusitania aderiu à condição especial CIDS, que reforça a qualidade do serviço prestado aos segurados ao permitir a regularização de um maior número de sinistros num menor espaço de tempo, quando se verifiquem os seguintes requisitos: Inexistência de danos corporais; Ausência da Declaração Amigável de Acidente Automóvel (D.A.A.A.), assinada por ambos os condutores. Na participação, terão obrigatoriamente de constar os seguintes elementos: Matrícula dos veículos intervenientes; Data do acidente; Hora do acidente; Descrição sumária; Local do acidente; Danos no veículo. As restantes condições do IDS são aplicáveis ao CIDS e, desde o dia 1 de fevereiro de 2015, que todos os sinistros ocorridos são regularizados através deste protocolo se enquadrados no mesmo. O CIDS vem, assim, alargar e complementar a abrangência deste protocolo e agilizar processos, ao desbloquear as situações em que os condutores não chegam a um acordo, recusando-se a assinar a declaração amigável de acidente automóvel.

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Produtos e Soluções Lusitania 01


— Notícias — LUSITANIA NO PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS A Lusitania Seguros aposta no patrocínio do Portugal Lés -a-Lés, o maior evento moto-turístico da Europa, que leva os participantes à descoberta de Portugal, em duas rodas. Cumprir a travessia do país com recurso apenas a estradas nacionais, municipais e caminhos de terra batida, sem entrar em autoestradas, itinerários principais ou complementares é o desafio da prova, que, em 2014, contou com 1300 motociclistas inscritos, batendo um novo recorde de adesão.

Notícias Lusitania 01 Lusitania

“A associação à Federação de Motociclismo de Portugal bem como a esta iniciativa ímpar, ligam a Lusitania a uma modalidade com milhares de fãs e ao património, paisagem e cultura portuguesas. Este evento marca a diferença pela forma como é organizado o passeio e a viagem, aliando o prazer de condução à segurança, pelo que estamos bastante orgulhosos por poder fazer parte desta ação tão diferente”, referiu Susana Pascoal, Diretora de Marketing e Inovação da Lusitania. Assumindo o seu estatuto de seguradora 100% portuguesa, a Lusitania reforçou

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com este patrocínio o seu posicionamento direcionado para o elemento portugalidade, bem como o lançamento da sua oferta direcionada para o segmento de duas rodas, a Solução Integral 2R. A 16.ª edição do Portugal Lés-a-Lés ligou Lagoa a Vila Nova de Gaia. Este ano, a 17ª edição contará de novo com a Lusitania como um dos principais patrocinadores, ao lado da BMW, BP Portugal e Michelin. As datas do evento são entre 7 e 9 junho e o ponto de partida será Sabrosa, em Trás-os-Montes, com destino a Albufeira.


LUSITANIA APOIA FRANCISCO LUFINHA A Lusitania apoia os desafios protagonizados por Francisco Lufinha, extreme kitesurfer e recordista mundial (mais de 200 milhas náuticas entre Vila Nova de Gaia e Sines, em 2013). O português, que detém o recorde mundial da viagem de kitesurf mais longa, sem paragens, foi o primeiro a ligar os dois pontos do arquipélago da Madeira nesta modalidade, em 12 horas consecutivas, num percurso de 300kms, sem paragens e com ondas que atingiram os dez metros. O próximo desafio é completar a ligação de Lisboa à Madeira em kitesurf. Lufinha anunciou, no seu treino de 36 horas na piscina olímpica de Oeiras, que vai tentar realizar esta travessia de 963 quilómetros

entre 36 a 43 horas. A partida será feita do Terreiro do Paço, em Lisboa, com chegada ao Funchal, uma distância de 520 milhas náuticas (943 quilómetros), acompanhado por uma equipa de oito pessoas em mar e três pessoas em terra. Para a ‘odisseia’, que deverá acontecer em junho, mas ainda sem data prevista, Francisco Lufinha refere que a “maior ameaça” será a falta de vento e o maior perigo será perder-se. “Sem vento não consigo atravessar, essa será a maior ameaça, mas o maior perigo é se, por acaso, me perder do barco de apoio, se tiver alguma avaria, mas isso é o cenário menos provável”, contou.

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Com o apoio da família, também ela ligada a desportos náuticos, Francisco Lufinha adiantou que a sua principal motivação é o desafio por si só. “Está-me no sangue ir mais além e querer fazer coisas diferentes. O número de horas no mar vai ser um abuso, mas eu sou um homem do mar”, concluiu. Para a Lusitania este patrocínio traduz-se numa maior visibilidade para a marca, amplificada pela prestação de um dos melhores desportistas de kitesurf mundiais e detentor de vários recordes, apostado em prosseguir em aventuras dedicadas à portugalidade e ao mar, valores presentes na companhia.

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LUSITANIA ASSOCIA-SE AO PROJETO CUIDAR MELHOR A Lusitania apoia o Projeto Cuidar Melhor reforçando assim a sua vertente social, de forma sustentada e comprometida. Este projeto visa contribuir, acima de tudo, para a inclusão e promoção dos direitos das pessoas com demência e para o apoio e valorização dos familiares e profissionais que lhes prestam cuidados. Resulta da iniciativa conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Montepio, da Associação Alzheimer Portugal e do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, à qual aderiram os municípios de Cascais, Oeiras e Sintra, a empresa Sonae Sierra e, agora, a Lusitania. O Cuidar Melhor tem como principais objetivos elaborar um diagnóstico atualizado do número de pessoas identificadas com demência em cada um dos concelhos em que atua, sensibilizar a população para esta problemática, criar gabinetes técnicos pluridisciplinares de apoio aos cuidadores, formar novos quadros na área específica das demências e desenvolver a rede de Cafés Memória em Portugal.

LUSITANIA APOIA EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA EM BENFICA

Os gabinetes técnicos prestam serviços de informação e encaminhamento para as respostas sociais, formação e apoio jurídico, estando também disponíveis novos serviços clínicos a preços sociais tais como: avaliações neuropsicológicas, sessões de estimulação cognitiva para as pessoas com demência e consultas de apoio psicológico para os cuidadores. Catarina Alvarez, Coordenadora do Projeto Cuidar Melhor considera que “esta parceria com a Lusitania ilustra o empenho cada vez maior por parte das empresas em apoiarem iniciativas do Terceiro Setor e, por essa via, contribuírem para a melhoria da qualidade de vida de pessoas que vivem em contextos de particular vulnerabilidade. É com muito orgulho que acolhemos este novo parceiro e agradecemos o seu precioso contributo para a concretização da nossa missão.” Para a Lusitania, o apoio a esta iniciativa é mais um contributo dentro do eixo da economia social que, neste caso, dignifica não só a vida das pessoas com demência, mas também as de todos os profissionais e familiares que os acompanham.

A promoção da segurança rodoviária junto das crianças do primeiro ciclo éo principal objetivo do projeto “Verdinhos”, que a Lusitania patrocina e para o qual estabeleceu uma parceria com a Junta de Freguesia de Benfica. Este projeto decorre junto às escolas primárias de Benfica e prevê a presença dos “verdinhos”, cuja função é a de mediar a passagem das crianças nas passadeiras. Para isso, foram escolhidos quatro locais, dois na EBI Pedro de Santarém e dois na EBI Quinta de Marrocos, escolas com alunos portadores de deficiências auditivas e onde este apoio é fundamental. O horário de apoio é prestado nas horas de entrada e saída das aulas. A economia social faz parte do ADN da Lusitania, pelo que é significativo apoiar um projeto ímpar como este, no qual é possivel ajudar a promover a educação e segurança rodoviária junto dos mais novos e, simultaneamente, potenciar a empregabilidade, com resultados visíveis e muito importantes em ambas as vertentes de atuação.

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PROgrama de rádio “encontros com o património” apoiado pela lusitania

Prémio voluntariado jovem atribui 25 mil euros ao projeto cicloficina

A Lusitania assumiu o patrocínio oficial do programa de rádio “Encontros com o Património”, emitido pela TSF. A Lusitania assumiu o patrocínio oficial do programa de rádio “Encontros com o Património”, da responsabilidade da Direção-Geral do Património Cultural, emitido pela TSF. A oitava série de 34 programas semanais começou a ser transmitida em outubro de 2014 e manter-se-á em antena até junho de 2015. Com sete anos de história, este é o único programa exclusivamente dedicado ao Património Cultural, nas suas mais diversas facetas, abrangendo todo o território português, incluindo as regiões autónomas. Para além da emissão na rádio, a TSF disponibiliza os podcasts do programa na internet, despertando o habitual interesse da comunidade lusófona espalhada pelo mundo. “Este patrocínio é muito importante para a nossa política de mecenato e para o eixo de apoio à cultura nacional, em que temos vindo a apostar ativamente. Trata-se do apoio a um programa de extrema qualidade com vários prémios nacionais e internacionais atribuídos, pelo que faz todo o sentido continuar no ar por muitas mais edições”, refere Susana Pascoal.

A Cicloficina dos Anjos, de Lisboa, venceu o Prémio Voluntariado Jovem Montepio pelo seu trabalho na promoção das bicicletas. Promover a utilização da bicicleta como meio de transporte urbano, a favor da mobilidade urbana sustentável, estimulando a criação e o desenvolvimento de laços comunitários de apoio mútuo, através do apoio técnico, voluntário e gratuito, à reparação e manutenção de bicicletas, foi a proposta apresentada pela Cicloficina dos Anjos, o projeto que a Fundação Montepio e a Lusitania distinguiram, em 2014, com o Prémio Voluntariado Jovem Montepio, no valor de 25 mil euros. Retirar os carros da estrada encorajando o uso da bicicleta, com a ajuda de mecânicos voluntários que reparam os velocípedes de forma gratuita, e dar aos ciclistas conhecimento para arranjarem as próprias bicicletas no futuro, convidando os participantes a contribuirem com mão-de-obra, numa

lógica de entreajuda e desenvolvimento de laços comunitários são os principais objetivos do Projeto Cicloficina dos Anjos, da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta. Rosa Félix, responsável pela Cicloficina, considera que, com este prémio, “teremos capacidade para dar um novo passo, consolidando e expandindo o projeto, permitindo defender ainda mais a bicicleta como meio de transporte urbano por excelência, apto a ser reparado por qualquer um e fomentando os valores da partilha e da autonomia. Para além de melhorarmos o serviço da Cicloficina, pretendemos criar cursos gratuitos de formação em mecânica da bicicleta e disponibilizar este meio de transporte a jovens, estudantes, desempregados e trabalhadores precários”.

Por isso, já sabe, se quer aprender algo de novo sobre o património nacional, ligue-se à TSF aos sábados, ao meio-dia.

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LUSITANIA patrocina exposição “500 anos da torre de belém”

prémios da academia portuguesa da história

A Lusitania apoia a comemoração dos 500 Anos da Torre de Belém, em Lisboa, patrocinando a exposição “A Magnífica e Formosa Torre”.

A Lusitania voltou a marcar presença na entrega de prémios das melhores obras publicadas durante 2014. O prémio Lusitania, que contempla estudos na área da História de Portugal, em qualquer época, galardoou desta vez a obra de Giuseppe Marcocci e José Pedro Paiva “História da Inquisição Portuguesa (1536-1821)”, editada no ano passado, pel’A Esfera dos Livros.

Esta mostra está patente ao público em 24 suportes MUPI localizados no exterior da Torre de Belém, incidindo na história deste ícone da cidade de Lisboa e da sua zona envolvente.

A Academia Portuguesa da História foi instituída em 1936, mas a sua criação remonta a 1720, como Real Academia Portuguesa da História, pelo rei D. João V.

A Torre de Belém é, sem dúvida, um dos monumentos mais marcantes de Portugal. Agora, através desta exposição, é possível conhecer os seus 500 anos num espaço público e acessível a todos.

Sinopse do livro: A primeira história da Inquisição portuguesa, desde a sua fundação, em 1536, ao seu ocaso, em 1821. Uma pesquisa única e original, baseada na consulta de arquivos e documentação, que permite perceber melhor este momento sombrio da nossa história. A história do Tribunal do Santo Ofício, das suas vítimas (judeus, bruxas, feiticeiros e outros), dos que morreram à sua mercê.

Esta celebração é organizada pela Torre de Belém / Direção-Geral Património Cultural (DGPC) e conta ainda com vários ciclos, exposições de pintura, concertos e congressos. Decorre até 15 de outubro de 2015, terminando com a realização do congresso internacional “SPHERA MUNDI – Arte e Cultura no Tempo dos Descobrimentos”, no Centro Cultural de Belém. Durante este período, será possível aceder a um conjunto de iniciativas culturais diversas e surpreendentes.

Edição/reimpressão: 2013 Páginas: 608

“A atuação da Lusitania, ao nível do mecenato, continua a privilegiar a cultura portuguesa. A Torre de Belém enfatiza o poder marítimo da época em que Portugal era pioneiro e tinha uma importância mundial estratégica incomparável”, refere Susana Pascoal.

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Editor: A Esfera dos Livros ISBN: 9789896264529 Preço: 25€

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EXPOSIÇÃO “a senhora do manto largo - um olhar contemporâneo”

ASF - Nova denominação do SUPERVISOR A designação do Instituto de Seguros de Portugal foi alterada pelo Decreto-Lei n.º 1/2015 para Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Esta designação foi formalizada a partir de 1 de fevereiro e, em conformidade, o sítio da Instituição na Internet mudou para www. asf.com.pt e o endereço de e-mail geral passou a ser asf@asf.com.pt.

Identificando-se com os valores da cultura portuguesa, a sede da Lusitania acolheu a exposição ”A Senhora do Manto Largo - um olhar contemporâneo” no final de 2014. Esta iniciativa surgiu de uma parceria entre a União das Misericórdias Portuguesas e a Cooperativa Árvore, que, nesse contexto, convidou 19 artistas a reinterpretarem, através do seu olhar contemporâneo e atual, a figura da Nossa Senhora do Manto ou da Misericórdia, resultando num total de 25 telas.

Mantêm-se inalteradas as competências de supervisão e regulação do setor segurador e de fundos de pensões atribuídos a esta Instituição, para garantia da proteção dos tomadores de seguros, das pessoas seguras, dos participantes e beneficiários.

Autores / pintores convidados: Acácio de Carvalho, Alberto Péssimo, Albuquerque Mendes, Armando Alves, Artur Moreira, António Gonçalves, Augusto Canedo, Benvindo de Carvalho, Evelina Oliveira, Graça Martins, Horácio Frutuoso, Joana Rêgo, Jaime Silva, José Emídio, José Maia, Luís Melo, Luísa Gonçalves, Mário Bismarck e Vítor Costa.

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LUSITANIA CONSIGO

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Grupo Montepio Montepio Runner Para quem aceita desafios A Associação Mutualista Montepio é uma associação mutualista, instituição nascida da sociedade civil orientada para as pessoas. Por isso, apresenta um novo projeto Montepio Runner, que traduz a importância da união entre pessoas e a determinação da instituição em acompanhar tendências e movimentos sociais, nomeadamente os identificados na área do bem-estar e, neste caso, no território do Running. Criado a partir do sucesso registado nas duas corridas Montepio, o projeto Montepio Runner pretende agregar vantagens e dinâmicas dedicadas a quem aceita desafios na área da corrida ou da caminhada. Para tal,

Notícias do Grupo 02 Lusitania

montepiorunner.pt

Próximos Eventos

reúne iniciativas, eventos, novidades, vantagens, descontos e benefícios, mas também uma solução financeira exclusiva, criada para facilitar a gestão do dia a dia dos amantes destas duas modalidades. Através da Solução Montepio Runner é possível beneficiar de um conjunto de vantagens em produtos financeiros, como o cartão de débito Montepio Runner, realizar transferências nacionais gratuitas através do Serviço Montepio24 ou usufruir de benefícios exclusivos nos seguros de proteção pessoal e saúde Montepio. Foram também desenvolvidas parcerias com outras marcas, na área do desporto e do bem-estar, através das quais os clientes e associados aderentes à solução ampliam as suas vantagens.

20 junho - Corrida Pelicas - uma manhã de diversão Estádio 1ºde Maio ( INATEL )

25 outubro - 3.ª Corrida Montepio - Rossio e Terreiro do Paço

Evento para crianças e jovens até aos 13 anos de idade. Neste dia, todos vão divertir-se.

“Correr uns pelos outros” é o lema da 3.ª edição da Corrida Montepio, iniciativa solidária que se desenvolve a partir de uma prova de corrida de 10 km e de uma caminhada de 5 km.

Até aos cinco anos, as crianças participarão nos jogos e diversões. Entre os seis e os 13 anos, integrarão provas desportivas na modalidade Estafetas. Esta prova conta com os parceiros Lusitania, Solinca e HMS Sports e o valor angariado com as inscrições será repartido por instituições de solidariedade social da área da infância, identificadas pela Fundação Montepio.

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O evento celebra a solidariedade e a entreajuda e conta, entre outros, com os parceiros Lusitania, Solinca e HMS Sports. O valor angariado pelas inscrições será entregue, na totalidade, a uma instituição de solidariedade social identificada pela Fundação Montepio.


Clube Pelicas Em cada mutualista, um amigo do mundo O Clube Pelicas é um projeto dedicado às crianças, através do qual o Montepio procura, de forma lúdica e pedagógica, contribuir para o desenvolvimento e formação cívica dos mais jovens, de acordo com os valores mutualistas. Integram o Clube Pelicas todas as crianças, associadas do Montepio Geral - Associação Mutualista, com idades compreendidas até aos 13 anos.

Como aderir? Para serem sócias do Clube Pelicas as crianças necessitam ser associadas, para tal bastará visitarem um balcão Montepio

e tornarem-se mutualistas.

passatempos exclusivos;

Vantagens • Integrar uma grande comunidade mutualista;

• Usufruir de descontos em vários locais, bastando, para tal, consultar o Guia de Descontos em clubepelicas.pt.

• Receber a revista VOA;

Corrida Pelicas

• Aceder à área reservada do sítio clubepelicas.pt, onde se encontram muitas surpresas, jogos, passatempos, anedotas, adivinhas e sugestões sobre como tornar o planeta Terra num lugar melhor para viver;

20 junho | 10h | Estádio 1 de Maio (Fundação INATEL) Uma manhã de diversão. ‘Crianças saudáveis para um futuro risonho’ podia ser o slogan deste evento que pretende, em ambiente de festa, estimular, desde cedo, comportamentos e hábitos de vida saudável. Para os mais novos, até aos cinco anos, haverá

• Aceder a soluções de poupança e previdência únicas; • Participar em eventos e

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um espaço de brincadeiras que contará com insufláveis, teatrinhos, pinturas faciais, entre outros. A partir dos cinco anos, as crianças integrarão provas entre os 200 e os 1 000 metros, dependendo do escalão a que pertencem. Sócio ou não do Clube Pelicas, o importante é participar. Até porque este evento também assume um cariz solidário. O valor das inscrições reverterá para instituições de solidariedade social da área da infância, selecionadas pela Fundação Montepio. O desafio está lançado!

Notícias do Grupo Lusitania 02


Lusitania Vida

Reforço da oferta de seguros de capitalização e soluções de aforro

Toda a indústria seguradora se depara com novos e exigentes desafios. Num mercado pautado pela crise social e económica, as seguradoras confrontam-se com a necessidade de se ajustarem ao novo regime Solvência II com as suas exigências e especificidades acrescidas. Eis uma mudança substancial na forma de equacionar as responsabilidades das companhias de seguros com os seus diversos parceiros de atividade e, de entre estes, com particular relevância, com os seus clientes. Trata-se de assumir novos compromissos de gestão e práticas operativas que aumentarão ainda mais a segurança proporcionada aos clientes de seguros,

Notícias do Grupo 02 Lusitania

em particular no ramo Vida. A sua implementação tem uma temporalidade bem concreta, definida e próxima: 1 de janeiro de 2016, pelo que o tempo urge e assume-se como um desafio.

Seguros de capitalização

( montante mínimo de 500€ com garantia total de capital e rendimento )

Lusitania Rendimento Variável

A Lusitania Vida antecipou para este ano de 2015 a adaptação às novas regras definidoras deste novo contexto que envolve o mercado segurador. Promoveu, assim, a mudança de toda a sua linha de soluções quer, para o mercado particular como de empresas, tanto nos seguros de poupança e de capitalização, como nos seguros de previdência ou universal life.

O rendimento é creditado anualmente na conta à ordem do cliente; • Permite resgate total sem penalização a partir do final do 3.º mês; • Não tem encargos do ponto de vista do cliente; • Oferece uma taxa de juro anual para a anuidade iniciada em 2015 de 2,75%.

Durante o primeiro semestre de 2015 foram lançados 13 novas soluções, algumas delas já campeãs de vendas.

O rendimento é creditado no final do contrato, juntamente com o capital investido;

Lusitania Investimento Total

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• Permite resgate total sem penalização a partir do final do 3.º mês; • Não tem encargos do ponto de vista do cliente; • Oferece uma taxa de juro anual para a anuidade iniciada em 2015 de 2,5%. PPR Rendimento Total

O rendimento é creditado no final do contrato, juntamente com o capital investido; • O capital investido é igual ao prémio pago e não tem encargo de gestão ou cobrança; • Oferece uma taxa de juro anual para a anuidade iniciada em 2015 de 2,5%.


Sistemas de aforro Lusitania Poupança Familiar • Permite uma poupança, com capital de previdência associado, por 10€ por mês por módulo contratado, independentemente da idade; • Tem um prazo de 10 anos e o prémio é constante; • Garante um capital de aforro no final do contrato, um capital de 2500€ por módulo em caso de morte por doença, e de 5000€ por morte por acidente; • Garante nos contratos subscritos em 2015 a rentabilidade de 2,5% sobre a 1.ª anuidade do contrato.

Lusitania Poupança Livre • Permite entregas no mínimo de 20€. Podem ser regulares, mensais, trimestrais, semestrais, anuais ou livres; • Possibilita o resgate em qualquer momento, parcial ou total, o aumento ou diminuição dos prémios, sua suspensão ou a retoma posterior; • Os contratos iniciados em 2015 têm uma taxa de rendimento mínima de 2%, acrescida de participação nos resultados.

Lusitania Poupança Reforma - PPR • É um PPR que permite entregas no mínimo de 20€. Podem ser regulares, mensais, trimestrais, semestrais, anuais ou livres; • O aumento ou diminuição dos prémios é possível assim como a sua suspensão ou retoma posterior; • Os contratos iniciados em 2015 têm uma taxa de rendimento mínima de 2%, acrescida de participação nos resultados. Foram ainda realizadas modificações no plano de previdência “Lusitania Proteção Vida” que pode ser contratado com as garantias Morte e IAD e Morte e ITP. É uma solução de previdência de carácter universal e com taxas fortemente competitivas.

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LUSITANIA CONSIGO

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Portugalidades Vinho A apologia das sensações É difícil defini-lo numa só frase, sob pena de se perder a sua verdadeira essência. Aquilo que o torna tão único, que faz despertar paixões, que desencadeia uma paleta rica de sensações quando fechamos os olhos e o saboreamos em toda a sua plenitude. Vinho. Para uns, subtil, elegante e ousado. Para outros, amadeirado, frutado ou envelhecido. Para todos, um verdadeiro néctar dos Deuses que atravessa o fio condutor da História, fazendo a ponte entre tradição e modernidade, adaptando-se ao evoluir da tecnologia e das vontades. Apreciar um bom vinho é simultaneamente simples e complexo. É viajar por um outro mundo, que nos envolve muito para além do copo, onde muito há ainda para explorar. Portugal tem-no envolto nas suas Portugalidades 03 Lusitania

raízes. No seu passado e no seu presente, de forma inegável.

O evoluir da História Envolta no encanto dos mitos e das histórias que perduraram ao longo dos séculos, a história do vinho em Portugal remonta à mítica civilização de Tartessos, 2000 a.C. e às plantações nos vales do Tejo e do Sado, a partir das quais se produzia vinho, usado como moeda de troca na vida quotidiana. Fenícios, Gregos e Celtas contribuíram para a sua importância crescente, consolidada na Península Ibérica com o Império Romano. A expansão do Cristianismo conferiu ao vinho um valor simbólico único, que ainda hoje perdura. A crescente produção gerou uma exportação importante, sobretudo a partir

dos séculos XV e XVI. Época fervilhante na capital, Lisboa assumia-se como o maior centro de consumo e distribuição do Império. Transportados em caravelas, os vinhos licorosos envelheciam em barricas nos porões, ao sabor das ondas do mar e de um ambiente quente, que operavam verdadeiros milagres. A toda esta bonança, seguem-se tempos duros e negros, causados pela doença do oídio e pela praga da filoxera, que devastaram a grande maioria das regiões vinícolas, à exceção de Colares, cujas vinhas estavam, e ainda hoje estão, protegidas pela areia. Uma época negra encerrada com chave de ouro, com o regresso à ribalta na Grande Exposição de Londres, de 1874. No século XX inicia-se um importante processo de 28

regulamentação e consolidação, fundamental para o desenvolvimento da qualidade e prestígio dos vinhos nacionais. Segundo o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Portugal tem hoje 29 Denominações de Origem e 11 Indicações Geográficas, um vasto conjunto de produtores das mais variadas dimensões, vinhas novas e modernas, selecionadas em função dos mercados a que se destinam e uma seleção de bons vinhos, reconhecidos internacionalmente como dos melhores do mundo.

Regiões de riqueza única Portugal ocupa hoje o 12.º lugar enquanto país produtor de vinho a nível mundial, segundo a ViniPortugal, com 14 regiões vitivinícolas onde se produz


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um néctar variado e de elevada qualidade.

e clima rigoroso, com invernos gelados e solos graníticos.

A região do Vinho Verde, no extremo Norte de Portugal, é das mais originais e diferenciadas, marcada por uma forte influência atlântica, com paisagens verdes e únicas, temperaturas frescas e chuva abundante, que levam a que as vinhas se concentrem ao longo dos vales dos principais rios.

Segue-se caminho pela região do Porto e Douro, uma das mais selvagens e agrestes do território nacional, berço do Vinho do Porto, um dos principais motivos de orgulho dos vinhos nacionais, de qualidade inexcedível, e rica em castas autóctones e extensas vinhas velhas.

Já no nordeste remoto do país situa-se a zona de Trás-os-Montes, de altitude elevada

Por se situar num vale encaixado a alta altitude, Távora-Varosa é especialmente talhada para a

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produção de vinhos espumantes, tendo sido a primeira região vitivinícola nacional a ser demarcada para a produção de espumante DOC, em 1989. À Bairrada, segue-se Dão e Lafões, região rodeada de montanhas, cujas vinhas se dispersam por pinhais a diferentes altitudes. Berço da conhecida e muito apreciada casta Touriga Nacional é igualmente palco de várias outras castas elegantes como a Trincadeira, Tinta-Roriz ou Alfrocheiro, entre outras. 30

À zona da Beira Interior, junta-se Lisboa, cujas colinas ondulantes albergam algumas das zonas mais produtivas de Portugal, com nove denominações de origem, agrupadas em três conjuntos geográficos característicos. A Sul de Lisboa, encontramos Bucelas, Colares e Carcavelos, a Centro, sobressaem Alenquer, Arruda, Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras, deixando a Norte as Encostas d’Aire. À região do Tejo soma-se a Península de Setúbal, origem do


Apreciar um bom vinho é simultaneamente simples e complexo. É viajar por um outro mundo, que nos envolve muito para além do copo, onde muito há ainda para explorar.

” reputado Moscatel, e o Alentejo, com as sub-regiões de Borba, Évora, Redondo e Reguengos a personificarem a verdadeira identidade da zona. A dureza do clima e a pobreza dos solos fazem das sub-regiões Granja-Amareleja, Moura e Vidigueira palco de vinhos mais quentes e suaves. A viagem pelas regiões não termina no Algarve, estendendo-se aos Açores e Madeira, esta última produtora de um vinho licoroso que, graças à sua capacidade de armazenamento

quase ilimitado, consegue perdurar durante mais de dois séculos.

(IVV). Ou seja, 2014 foi o quinto ano consecutivo de subida nas vendas de vinho para o exterior.

De Portugal para o Mundo

A qualidade dos vinhos nacionais já não é debatida a nível internacional, pois há o reconhecimento de que o produto é de elevada qualidade.

Com tamanha riqueza e capacidade produtiva, Portugal exporta hoje 45% dos vinhos que produz – e que representam 1,5% do valor total das exportações nacionais de bens – num total de 728,7 milhões de euros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho 31

Os consumidores procuram hoje uma boa relação qualidade / preço e diferenciação na oferta. Um reconhecimento de excelência, em artigos publicados no jornal USA Today ou na BBC que nos

aplaudem, “como uma geração revolucionária produtora de bons vinhos”. Destaques que se reproduzem nas revistas Wine Spectator e Forbes, entre várias outras publicações. O consenso de que o fazemos muito bem parece ter ganho dimensão mundial. Quando se trata de vinho para exportação, em 2014, os vinhos nacionais chegaram a 11 novos mercados, segundo o IVV, sendo que 56% do exportado, em valor, se destina a países da União Europeia. Portugalidades Lusitania 03


Despertar de sensações No entanto, não é só na qualidade do vinho que Portugal é aplaudido, até porque o seu prazer vai para além da simples essência. Associado desde sempre não só à gastronomia mas também a momentos de lazer, a paixão do vinho levou a uma crescente procura e descoberta por todo o património material e imaterial que o rodeia, das adegas às vindimas, dos passeios pelas vinhas às paisagens arrebatadoras, dos pratos servidos em perfeita simbiose às técnicas de relaxamento, recorrendo a este produto único. Num contexto de modernização e resposta aos pedidos dos apaixonados o enoturismo emerge de Norte a Sul. As empresas vitivinícolas aprofundaram a sua oferta, não só a nível de provas de vinho, visitas guiadas às instalações e vinhas, refeições temáticas e workshops, mas também na pisa ou mesmo na poda da uva. São hoje mais de meia centena de quintas, palácios e herdades, que visam potenciar o vinho como um todo, como uma experiência rica e completa, contribuindo para a divulgação do melhor que o nosso país tem. O reconhecimento não tardou. Em 2014, o Alentejo foi considerada a “melhor região de enoturismo no mundo para visitar”, novamente pelo USA Today, secundarizando regiões de excelência como La Rioja (Espanha) ou a Toscana (Itália). Já em 2015, o The Yeatman foi eleito o “Melhor Alojamento” nos Wine Tourism Awards, da revista Drink International.

Um futuro ou vários? Adaptado ao sabor de modas e tendências, o vinho tem evoluído a par da tecnologia e da curiosidade humana. Novas tendências emergem a uma velocidade vertiginosa. Vinhos biológicos, vinhos naturais, vinhos de graduação alcoólica elevada, vinhos sem álcool, vinhos sem madeira, vinhos com múltiplas passagens por barricas novas. Um sem número de experiências crescentes em torno de um produto que continua e continuará a ser considerado único. Muitas delas vingarão, outras tantas cairão por terra. Os mais tradicionais advogarão que se trata de ‘mais uma moda’, os ávidos de curiosidade falarão em evolução. Com o vinho não há um caminho absoluto, mas vários. Porque este é, em última análise, uma verdadeira apologia de sensações.

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Estilo Intransmissível São sete os estilos de vinho que se produzem em Portugal e que conjugam na perfeição com as melhores iguarias.

Vinho Branco Vinho Rosé Vinho Tinto Vinho Espumante Vinho do Porto Vinho da Madeira Vinho Moscatel

Da nobre Touriga Nacional à castiça Rabigato As regiões vitivinícolas portuguesas caracterizam-se por albergarem uma vasta heterogeneidade de castas, brancas e tintas, para todos os gostos. São mais de 30, com personalidades distintas e temperamento próprio, que dão corpo a vinhos únicos. De entre todos, um destaque especial é dado à Touriga Nacional, casta ‘embaixadora de Portugal’, por excelência, não só pela sua capacidade de adaptação a alterações climatéricas, mas também pela sua elevada qualidade. Originária do Dão e extremamente relevante no Douro, antes da crise da filoxera, esta casta nobre está hoje disseminada pelo Alentejo, Lisboa, Bairrada, Setúbal, Tejo, Algarve e Açores. A sua pele grossa permite obter um vinho de cor intensa e profunda e os seus aromas primários, fazem-no em simultâneo floral e frutado. Baga, Castelão, Touriga Franca ou Trincadeira são exemplos de outras castas que se juntam a este grupo de excelência, apreciado e reconhecido. As castas plantadas em Portugal têm tanto de nobre como de curioso, com a presença de castas de denominação castiça como é o caso da branca Rabigato. De origem duriense e muitas vezes erroneamente relacionada com a casta Rabo de Ovelha, tem apenas de engraçado o nome, pois a sua acidez penetrante torna-se inesquecível. E que não se pense que as castas brancas são inferiores às tintas, pois também a sua qualidade é saboreada em exclusivo, destacando-se, por exemplo as castas Alvarinho, Loureiro, Arinto, Encruzado, Bical, Moscatel ou Malvasia Fina.

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Riqueza a copo Beber vinho a copo é, cada vez mais, uma tendência em expansão em Portugal. E uma tendência com inúmeras vantagens, tanto para apreciadores apaixonados, como para curiosos em fase de descoberta. • Usufrua de um vinho especial a cada momento único da sua vida. A grande panóplia de castas e sabores dos vinhos nacionais merece ser explorada tanto quanto conseguir, sempre que a ocasião se proporcionar. Nada melhor do que fazê-lo a copo para conseguir encontrar aquele sabor único. • Descubra estilos e aromas inconfundíveis. A cada prato um vinho de excelência, à entrada, refeição ou sobremesa. Viaje por um mundo de sabores e aromas, nunca antes tão versáteis numa só ocasião. • Eleve o nível de qualidade em qualquer ocasião. Sozinho ou com amigos, a sós ou a acompanhar uma refeição, o vinho a copo permite-lhe descobrir vinhos de qualidade, a um valor mais acessível. • Deguste sem pressa. Aprenda e aprofunde nas degustações descontraídas que decorrem na Sala Ogival da ViniPortugal, situada no Terreiro do Paço, em Lisboa, e no Palácio da Bolsa, no Porto. A entrada é gratuita e os vinhos para degustação são de três regiões diferentes, alternando a cada três semanas. • Aprecie à temperatura correta. Não se esqueça que, quando se trata de vinho a copo, este deve ser bebido entre 9º e 11º caso se trate de um vinho branco rosé, entre 16º e 18º se for tinto ou entre 6º e 8º se se tratar de um espumante. • Aprofunde o seu conhecimento. A possibilidade de beber a copo contribui largamente para o aprofundar da cultura do vinho, ao promover, com maior facilidade, uma experiência variada.

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Portugalidades Lusitania 03


LUSITANIA CONSIGO

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Tendências e Inovações Vinho “A Copo”

Tendências e Inovações 04 Lusitania

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Opinião Jorge Monteiro, Presidente da ViniPortugal A vantagem de conciliar um consumo responsável com a diversidade da oferta O conceito de vinho a copo mudou muito nos últimos cinco anos. O vinho está mais valorizado e ficou na moda. Há uns anos, num passado bem mais próximo do que se poderia considerar, era vulgar o consumidor português chegar a um estabelecimento e pedir “um copo”. Regra geral a sua escolha era limitada, entre verde, maduro, branco, tinto ou palhete.

restaurantes irão aperceber-se que as suas vendas aumentarão. O vinho “A Copo” traz igualmente mais e novos consumidores: um branco Verde agora; um tinto Douro a seguir; para o meu convidado um Bairrada primeiro e um Alentejo a seguir; na mesma mesa podem conviver diferentes vinhos em função das preferências de cada pessoa, acabando-se com a ditadura da garrafa.

É certo que muitas outras transformações aconteceram, em paralelo. O vinho passou a ser engarrafado e por regra certificado, podendo ser com Denominação de Origem ou Indicação Geográfica, embora continuando a haver honrosas excepções, que confirmam a regra, pois existem alguns bons embora não certificados. Este passou também a ser um produto de consumo de natureza aspiracional. Mas será mesmo assim? O vinho servido “A Copo” passou a ser moda? Na verdade, talvez seja mais um desejo que realidade. Um muito representativo número de restaurantes introduziu na sua proposta o vinho “A Copo”, sobretudo, os que sabem fazer contas. Isto é, os que preferem faturar menos (vender menos garrafas) mas ganhar mais (maior margem por cada garrafa vendida em doses a copo). Nos restaurantes de gama alta é já uma tendência inquestionável. Não há um vinho “A Copo” mas sim uma carta de vinhos “A Copo”, com cinco ou mais alternativas à escolha do consumidor. À medida que vamos descendo na escala, esta tendência vai esmorecendo, embora se observem progressos assinaláveis, com cada vez mais restaurantes a aderirem a esta moda.

O vinho “A Copo” é uma excelente opção pois permite mais vinhos, mais regiões e mais produtores. No entanto, existe ainda muito trabalho a desenvolver para melhorar a qualidade do serviço, as cartas de vinho e o aconselhamento. Este último tão relevante para informar o consumidor.

Algumas razões aconselham a mudar de paradigma. Antes de mais melhorar a qualidade do serviço ao cliente. Mas também, adaptando-se a uma época em que o consumidor prefere uma “escolha inteligente”, em que mais importante que beber muito é beber bem (saber beber é saber viver), com maior apelo a um consumo moderado. E quando uma gestão do desperdício ganha peso, uma proposta de Vinho “A Copo” é sempre uma proposta ganhadora: ganha o consumidor (desperdiça menos, só paga o que bebe e pode diversificar nas suas escolhas) e ganha o vendedor pois pode aumentar a sua margem, ao mesmo tempo que alarga a sua oferta e alarga o leque de potenciais consumidores. E, a prazo, estes 37

Mas nem tudo são rosas. É certo que a conservação do vinho é um preconceito. Vender 5 doses de 15 cl é coisa que se faz bem num só dia ou preciso de investir muito em equipamentos de conservação? Eis um mito que urge desmontar pois há boas técnicas de venda que ajudam a “acelerar” a venda de vinhos de uma garrafa aberta. No entanto, mesmo que assim não fosse, existem soluções económicas de conservação de vinhos, a partir de uma ou duas centenas de euros. É certo que é um investimento, mas com elevado retorno e que, sem dúvida, compensará. As vantagens do vinho “A Copo” são inúmeras e o cliente poderá cada vez mais pensar “Para quê pagar uma garrafa se só quero beber um Copo?”. E afinal beber com moderação é mais fácil do que se pensaria. Tendências e Inovações Lusitania 04


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É no vinho que encontro a serenidade que a euforia teima em toldar e a energia que a rotina insiste em roubar.

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LUSITANIA CONSIGO

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Lusitania somos nós Equipa de Sinistros Automóvel Rui Alves, 40 anos, responsável pela Gestão de Sinistros Automóvel desde janeiro 2010 (ano em que integrou a companhia), lidera uma equipa de onze pessoas. Com 17 anos de atividade (1998), conta com experiência em responsabilidades diversas, da área comercial à gestão de sinistros de vários ramos (Auto, AT, IOD, RC). Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem: a minha família. Em criança queria ser: arqueólogo. O meu primeiro emprego: estafeta num escritório de advogados. O primeiro ordenado foi gasto em: todo depositado numa conta poupança-habitação. O meu livro preferido: “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley. A figura pública que mais aprecio: Nenhuma em particular. Se fosse um filme seria: “Momentos de glória” de Hugh Huddson.

Lusitania somos nós 05 Lusitania

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Pedro Baptista

Hugo Costa

Élvio Frade

Fale-nos um pouco da sua equipa e das suas funções. Na Direção de Sinistros sou, atualmente, responsável por três equipas: Auto Gestão Dedicada, Reembolsos e Convenções e Processos e Inovação. Embora com particularidades que caracterizam cada setor, a sua base assenta numa premissa única: o serviço ao cliente. Seja na gestão do sinistro de um particular, seja na de uma grande empresa ou mesmo na recuperação de valores através de pedido de reembolso, qualquer gestor de sinistros sabe que o seu trabalho é a face visível do serviço que uma seguradora vende: a efetivação do risco subscrito. Como é um dia normal nos sinistros auto? Uns dos fatores aliciantes desta função é que não existem dois dias iguais, pela simples razão de que também não existem dois

Rui Alves

Jaime Teixeira

João Pascoal

Cristina Gomes

sinistros iguais. Por norma, a gestão do processo de sinistro inicia-se com a abertura do processo, seguindo-se o levantamento dos danos (peritagens), a recolha de elementos de prova e as indemnizações consequentes. Todavia, num mesmo dia, o gestor pode ter de realizar tarefas que podem ir de um simples aluguer de viatura de substituição até uma definição de responsabilidades num acidente com vários intervenientes que apontem, por exemplo, as responsabilidades uns aos outros. Têm uma missão difícil pela sensibilidade do vosso trabalho e exposição constante. O apoio interdepartamental é importante para garantir este bom trabalho? Quando um cliente vem ter connosco encontra-se fragilizado, 41

João Paisana

Nuno Carvalho

acabou de ter um acidente que, no mínimo, afeta a sua rotina diária e com consequências que, por vezes, extravasam o simples dano material, entrando no domínio dos danos físicos. É neste momento que o cliente comprova o serviço que comprou, é aqui que vai constatar se fez bem em optar pela Lusitania. É, por isso mesmo, o momento mais importante do relacionamento de uma seguradora com o cliente, o que coloca a nossa missão sob escrutínio constante. Os sinistros são a cara da seguradora, o momento de verdade no pós-venda. O apoio dos outros departamentos da Lusitania é por isso da maior importância. Desde logo o Gabinete de Combate à Fraude, bem como os departamentos de Subscrição e de Produção, para avaliação da forma como o risco foi aceite e obtenção de documentação que

Elsa Teixeira

Christophe Batista

António Valente

suportou essa decisão. Assim como das Áreas Comerciais, cuja colaboração é importante para conseguirmos dar um rosto e conhecermos melhor o cliente que nos contacta e ao mediador do contrato. Também não conseguiríamos trabalhar sem as Tecnologias de Informação nem sem o apoio do Contact Center que, para nós, é uma verdadeira parceria. Que fatores são essenciais para o bom desempenho da atividade do vosso departamento? Uma vez que o nosso propósito máximo é o serviço prestado ao cliente e a sua satisfação, torna-se essencial a rapidez com que regularizamos os nossos processos de sinistro, assim como a utilidade e clareza da informação que lhes vamos transmitindo ao longo do processo. Não podemos, todavia, descurar a exigência que temos de Lusitania somos nós Lusitania 05


colocar na gestão de toda a nossa rede de prestadores de serviços: oficinas de reparação; oficinas de quebra isolada de vidros; rent a car; empresas de peritagem e de averiguação, clínicas... Estes parceiros acabam por interagir várias vezes com o cliente, pelo que é essencial que nos representem condignamente e dentro dos nossos interesses, daí ser tão importante, ao mesmo tempo que exigimos padrões de qualidade elevados, efetuarmos, em simultâneo, um controlo permanente dos seus níveis de serviço. Para que isto suceda o gestor de sinistros tem de conhecer bem o quadro legal que se aplica à gestão de sinistros automóvel bem como os nossos produtos, em particular do negócio automóvel. Existe mais conhecimento e razoabilidade por parte dos clientes sobre as coberturas contratadas quando ocorre um sinistro? O aumento da informação por parte dos clientes é uma realidade. Hoje o cliente é mais exigente, precisamente porque tem um conhecimento mais profundo do que tem contratado Mas também é mais consciente no momento de exigir, recebemos cada vez menos pedidos para garantias que os clientes não contrataram. Por essa razão a companhia tomou as devidas providências para corresponder a estes pedidos. Desde logo, procurando soluções que, em todas as fases do processo, garantam a resolução célere da necessidade do cliente, das quais destaco a Rede de Oficinas Recomendadas (ROR),

Lusitania somos nós 05 Lusitania

Uns dos fatores aliciantes desta função é que não existem dois dias iguais, pela simples razão de que também não existem dois sinistros iguais.

com o compromisso de início de reparação imediata, a rede QIV com substituição ou reparação do vidro na hora, e a criação de uma rede nacional de rent a car que nos permite entregar uma viatura de substituição em qualquer local do país. Por outro lado, dotando os gestores de sinistros dos meios tecnológicos que lhes permitam uma gestão ágil dos processos de sinistro que têm a seu cargo. Um sinistro bem resolvido é a melhor imagem que uma companhia de seguros pode ter? Estou totalmente comprometido com esta ideia, na qual acredito plenamente e defendo que é a melhor forma de reforço das relações com os clientes, potenciando a sua retenção. E aqui esclareço que, na gestão de sinistros, o cliente é tanto o nosso segurado como o lesado a quem foram causados danos. Procuramos regularizar todos os sinistros com os mesmos padrões de qualidade e celeridade. Um terceiro, hoje, pode ser o nosso segurado amanhã se, no momento de escolher, tiver tido uma boa experiência com a Lusitania. Não posso deixar de referir também o nosso mediador, o qual deve ser considerado pelo gestor de sinistro, como a extensão do cliente e, nesse sentido, relacionar-se com ele da mesma forma. O mediador trabalha e conhece a realidade de várias seguradoras, razão pela qual acredito plenamente que, na hora de sugerir ao cliente um seguro, vai ter em conta aquela seguradora que melhor serviço presta na

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regularização de sinistros. A todos os níveis, a imagem de um sinistro bem resolvido é a melhor publicidade que podemos ter. Qual a missão mais difícil nesta área? Sem dúvida recusar um sinistro a um cliente ou o enquadramento de um dano e conseguir manter o cliente. Recusar é fácil. Difícil é recusar um sinistro, fazendo-o de uma forma que permita ao cliente perceber a motivação para tal, de modo a que permaneça nosso cliente. E por muito que tentemos ser proativos, céleres e claros na nossa informação, reconheço que, por vezes, não conseguimos manter o cliente quando lhe recusamos o sinistro, por muito que a razão nos assista. Que conselhos ou motivação comunica à sua equipa no quotidiano? Ao contrário do que alguns pensam, que a gestão de sinistros é algo muito técnico feito por pessoas muito sisudas, a realidade é bem diferente. A tecnicidade tem, de facto, de existir, mas em prol da satisfação do cliente, pelo que, às minhas equipas tento passar constantemente a ideia de que somos a cara da Lusitania. É nos sinistros que o cliente comprova a qualidade do serviço que comprou, pelo que somos os atores principais na construção da boa imagem da companhia. Uma boa experiência leva à retenção do cliente e aumenta a possibilidade de outros clientes nos escolherem. Esta é a maior motivação que podemos ter, contribuindo para equipas de gestores que gostam do que estão a fazer.


Balcão de Lisboa / Amoreiras Pedro Gil, Gerente do Balcão de Lisboa / Amoreiras - extensão Lapa, 37 anos, trabalha na Lusitania desde 2009 e no setor segurador desde 1998. No seu dia a dia lidera uma equipa de oito pessoas. Gosta de trabalhar com e para pessoas, confessando-se um adepto das causas sociais.

Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem: uma esperança futura. Em criança queria ser: camionista. O meu primeiro emprego: operador de sistemas de informação na AXA Assistance. O primeiro ordenado: foi gasto a comprar roupa. O meu livro preferido: “Crónica dos Bons Malandros” do escritor Mário Zambujal. A figura pública que mais aprecio: Jesus Cristo.

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Lusitania somos nós Lusitania 05


João Castelo

António Delgado

Paula Teigão

Fale-nos um pouco da sua equipa. A equipa do balcão de Lisboa / Amoreiras - extensão Lapa é composta pelo gerente, quatro administrativos (um deles encontra-se na extensão Lapa), um consultor comercial interno e dois consultores comerciais externos. Toda a equipa está perfeitamente identificada com a estratégia da companhia e cada um, independentemente da sua função, sabe a importância e relevância dadas à componente comercial existindo, desta forma, um compromisso assumido para o sucesso de todos. Que área geográfica assiste o balcão e quantos mediadores estão incluídos na mesma? O balcão de Lisboa dá assistência a três dos concelhos com mais Lusitania somos nós 05 Lusitania

Pedro Gil

Sérgio Silva

Adriano Macedo

população do país: Lisboa, Loures e Odivelas. Garante ainda apoio a 208 mediadores, sendo que desses, 57, estão atribuídos ao gerente e consultores comerciais externos. Que fatores considera essenciais para motivar e liderar uma equipa? Sem liderança, somos um conjunto de pessoas dispersas por diversas direções, desmotivadas e perdidas. Um bom líder tem de inovar, ser original, centrar-se nos elementos da equipa, inspirar confiança e procurar o desafio constante de fazer mais e melhor. Na minha ação diária procuro sempre dar o exemplo, desafiando todos a partilharem as suas sugestões em prol de uma liderança motivadora e participativa.

Hugo Caria

Francisco Ramos

Quais os maiores desafios do vosso trabalho diário? O maior desafio que enfrentamos é o de “crescer com rentabilidade”. O mercado segurador tem registado, nos últimos anos, uma diminuição dos prémios médios o que, aliado à estratégia de crescimento da Lusitania, constitui um desafio constante, obrigando a que a área comercial, mais do que nunca, esteja perfeitamente identificada com a estratégia da empresa, inovando e diferenciando-se, não pelo preço, mas sim pela celeridade de resposta e qualidade de serviço, aliadas a um bom conhecimento dos produtos em comercialização. Como é que a Lusitania deve comunicar com os mediadores de modo a diferenciar-se no mercado? 44

A Lusitania, através do seu projeto de agentes loja, tem-se aproximado dos mediadores e clientes, o que lhe permite marcar a diferença como empresa de capitais 100% nacionais que é. Este desafio exige uma comunicação eficaz com a rede de mediação, para que estes se sintam como uma parte integrante, participando ativamente com sugestões de melhoria nos processos de venda. Quais os desafios que um comercial deve estar preparado para enfrentar? O desafio começa quando o consultor comercial vai abordar o mediador necessitando depois de o segmentar. Para tal, precisa de estar bem preparado e conhecer corretamente os protocolos e adequar a oferta aos objetivos presentes. Num mercado extremamente


competitivo e concorrencial, o consultor tem de ser o “primeiro a chegar”, antecipando problemas futuros e, acima de tudo, atingindo os objetivos delineados. Que qualidades são essenciais a um comercial de sucesso? Um consultor comercial de sucesso tem de ter bons conhecimentos técnicos, ser proativo, transmitir confiança, ter uma grande resiliência e estar constantemente focado nos desafios assumidos. É também essencial saber dizer que “sim” sempre que possível, mas também saber dizer que “não” quando a situação a isso exige, sem colocar em causa a parceria comercial existente com os agentes.

Qual o conselho que dá aos comerciais para um trabalho produtivo, organizado e com qualidade de serviço?

Tendo em conta a sua experiência, qual a principal preocupação dos clientes quando contratam um seguro? Existem dois grupos de clientes bens diferentes. Por um lado, aquele cliente que apenas procura o seguro obrigatório, aliado ao menor preço possível, que tem aumentado em número nos últimos anos, fruto da crise económica e financeira. Depois existe outro grupo que dá relevância à seguradora, ao produto, às coberturas, franquias e qualidade de serviço, tendo em conta a importância que dá à proteção do seu património e família. É essencialmente nestes clientes que temos de marcar a diferença, através de uma oferta alargada e inovadora. 45

Para um consultor comercial alcançar uma boa produtividade tem, em primeiro lugar, de delinear muito bem o seu plano de ação, acompanhando a concretização do mesmo através de uma monitorização periódica, tendo sempre como objetivo alcançar os resultados a que se propôs. É igualmente essencial estar sempre “próximo” dos seus agentes, em formações constantes, aumentando as competências da sua rede e estabelecendo uma relação comercial vinculativa e duradoura.

Como é que a rede comercial fortalece a projeção da boa imagem da companhia junto de clientes e mediadores? A rede comercial é a “cara” da empresa para o exterior e, como tal, tem um papel essencial na imagem da companhia. Para que essa imagem seja forte e possa ser projetada, é fundamental que os consultores comerciais possuam bons conhecimentos técnicos dos produtos em comercialização e estejam perfeitamente alinhados com a estratégia comercial da seguradora. Desta maneira, a área comercial saberá, de forma clara e potenciadora, valorizar os pontos fortes e diferenciadores dos produtos que vendemos, tanto junto dos mediadores como dos clientes. Lusitania somos nós Lusitania 05


Balcão de Bragança Celso Alves Pereira é Gerente do balcão de Bragança e tem 43 anos. Está na Lusitania desde novembro de 2009, trabalhando no setor segurador desde 1996.

Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem: sem a minha familia. Em criança queria ser: jogador de futebol. O meu primeiro emprego: AOTAD – Associação dos Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro. O primeiro ordenado foi gasto: na carta de condução. O meu livro preferido: “Código da Vinci” - Dan Brown. A figura pública que mais aprecio: Cristiano Ronaldo. Se fosse um filme seria: “Velocidade Furiosa”.

Fale-nos um pouco da sua equipa. A equipa do balcão de Bragança é composta por dois colaboradores, um administrativo / consultor comercial interno e um gerente. Apesar de pequena somos uma equipa na verdadeira aceção da palavra, perfeitamente identificada e orientada para os objetivos do balcão, caracterizada por uma forte determinação e total disponibilidade para enfrentar os desafios do dia a dia. Que área geográfica assiste o balcão e quantos mediadores estão incluídos na mesma? Lusitania somos nós 05 Lusitania

Ao balcão de Bragança está afeto o quinto maior distrito nacional em área geográfica (6.608 Km2), composto por 12 concelhos (Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Vinhais, Torre de Moncorvo, Miranda do Douro, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Alfandega da Fé, Vimioso e Freixo de Espada a Cinta). O balcão assiste 57 mediadores, dos quais 32 pelo gerente e os restantes pelo consultor comercial interno. Que fatores considera essenciais para motivar e liderar uma equipa? A identificação com a companhia e a responsabilidade compartilhada. Influenciar e mobilizar a equipa,

para que desenvolvam motivação para fazer o que deve ser feito, e o máximo potencial para atingirem os objetivos do balcão. Quais os maiores desafios do vosso trabalho diário? Os nossos maiores desafios diários são a concorrência das congéneres e a fidelização dos clientes, que nos obrigam a uma maior proatividade comercial, na procura da total satisfação dos nossos clientes, passando pela planificação e capacidade de uma resposta rápida e eficaz. Como é que a Lusitania deve comunicar com os mediadores de modo a diferenciar-se no mercado? 46

Através da proximidade, confiança, rigor e qualidade do serviço prestado aos nossos parceiros de negócio, fatores fundamentais para uma relação saudável e duradoura. Quais os desafios que um comercial deve estar preparado para enfrentar? O principal desafio é o da mudança. Num mercado exigente e em evolução, o comercial tem que ter a capacidade de se adaptar, para responder de forma rápida e assertiva aos novos desafios do mercado. O cliente hoje é mais exigente e conhecedor das suas necessidades, o que obriga o comercial a estar preparado para esses desafios.


Celso Pereira

Arnaldo Mendes

Que qualidades são essenciais a um comercial de sucesso? Considero que as qualidades essenciais para um comercial de sucesso são possuir um bom conhecimento do mercado, identificar-se com as linhas orientadoras da companhia e com os produtos e serviços que são comercializados. No entanto, é igualmente determinante planear, definir estratégias, estruturar, organizar e envolver a rede para assegurar o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidas. Além destas características, deverá ser líder, disponível, persistente, idóneo,

possuir uma atitude positiva e transmitir confiança.

expectativas, com alternativas que nos distingam da concorrência.

Tendo em conta a sua experiência, qual a principal preocupação dos clientes quando contratam um seguro?

Qual o conselho que dá aos comerciais para um trabalho produtivo, organizado e com qualidade de serviço?

A principal preocupação dos clientes é a proteção da sua família e do seu património e, ao mesmo tempo, a relação custo / benefício.

Acima de tudo, os comerciais deverão estar motivados, serem autoconfiantes, planearem de forma rigorosa a sua atividade, efetuarem uma boa gestão do tempo e escolherem os parceiros certos. Devem apostar na formação, acompanhamento / monitorização e numa assistência próxima que

Face à concorrência e à atual conjuntura é fundamental apresentarmos soluções ajustadas à necessidade de cada cliente, correspondendo e excedendo as suas 47

permita o fortalecimento da relação profissional, ganhando a sua confiança para uma relação coesa e duradoura. Como é que a rede comercial fortalece a projeção da boa imagem da Companhia junto de clientes e mediadores? Através da confiança. Quando um comercial consegue que os seus mediadores e clientes confiem nele, no seu profissionalismo e na sua ética, acabam por estabelecer relações sólidas, projetando dessa forma uma boa imagem da companhia.

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LUSITANIA CONSIGO

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Rede Lusitania Lusitania expande rede de Agentes Loja As 100 Lojas Lusitania já alcançadas são um claro exemplo do dinamismo e capacidade de implementação da companhia. Trata-se de um projeto estruturante, com a intervenção de várias áreas, para cuja concretização muito ajudou o profissionalismo e elevado espírito de equipa com que esse desafio foi abraçado. Quando for de viagem, visitar a família e amigos ou no seu trajeto diário, olhe em volta. Será cada vez mais fácil descobrir uma Loja Lusitania!

Para o crescimento orgânico e sustentável que a Lusitania pretende alcançar é muito importante reforçar os laços de parceria e afetividade com os seus mediadores. O projeto ‘Agentes Loja Lusitania’ insere-se nesse objetivo estratégico da companhia, permitindo ampliar, a nível nacional, a rede de agentes fidelizada, com profissionais especializados, de reconhecida competência e qualidade, que contribuem para a representatividade local, desenvolvimento do negócio e notoriedade da marca.

Rede Lusitania 06 Lusitania

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1 • AC NERES - Proença-a-Nova 2 • AQS - Oliveira de Azeméis 3 • AVMC - S. Tomé de Negrelos | Santo Tirso 4 • AUGUSTO FARIA - Barrosas | Felgueiras 5 • ARMANDO JORGE - Chamusca 6 • CÂNDIDO CEPEDA - Bragança

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7 • CARLOS OLIVEIRA - Ermesinde | Valongo 8 • CARLOS FERREIRA - Ferreira do Zêzere 9 • CASA MARQUES - Santo Tirso 10 • CARLOS PAIXÃO - Torres Vedras 11 • CELESTE CARDOSO - Fafe 12 • CARLOS GERALDES - Odivelas

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13 • DANIEL RAMALHEIRA - Leça da Palmeira | Matosinhos 14 • CERVO SEGUROS- Viana do Castelo 15 • DMSB - Vila Nova de Gaia 16 • CLIENTISSIMO - Lordelo | Paredes 17 • DARAL - Fornos de Algodres 18 • DSM - Braga

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19 • ECOFIL - Vila Nova de Gaia 20 • FILIPE ANTUNES - Alcácer do Sal 21 • GADANHO - Gandra | Paredes 22 • FILPOÇAS - Portalegre 23 • ELEMENTO VITAL - Leiria 24 • GESTÃO ACTIVA - Castro D’Aire

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25 • HÉLDER ANDRADE - Paços de Ferreira 26 • GOSAC - Aveiro 27 • HORA SEGURA- Braga 28• HORA SEGURA - Salamonde | Vieira do Minho 2 7

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29 • GESTICAPITAL - Vila Nova de Gaia

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30 • J. MARTINS INSURANCE - Vila Nova de Famalicão 31 • JOÃO CONCEIÇÃO NETO - Alijó 32 • JORGE FERNANDES - Lijó | Barcelos 33 • JOAQUIM SEQUEIRA - Maia 34 • JOSÉ MARQUES - Nazaré 35 • JÚLIO RODRIGUES - Vila Verde 3 1

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36 • M. COSTA - Arcozelo | Vila Nova de Gaia 37 • LUÍS MACHADO - Matosinhos 38 • MÁRIO JORGE MORGADO - Amarante 39 • ML - Ericeira | Mafra 40 • MFV - Ponte da Barca 41 • MMG II - Lamego

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42 • MMG - Tarouca 43 • PAULO ALVES - Celorico de Basto 44 • P. VALENTE - Vila Real 45 • PAUL A CRISTINA VIEIRA - Vila Real 4 3

46 • PEDRO PL ÁCIDO - S. Mamede de Infesta | Matosinhos

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47 • SEGURARAÚJO - Murça 48 • VALMESE - Caminha 49 • SARA SOUSA - Leiria 50 • SETSEGUROS - Setúbal

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Loja Agente Lusitania Filipe Antunes

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Em Alcácer do Sal, Filipe Antunes, 50 anos, é a cara da Lusitania, companhia com a qual trabalha há cinco anos, embora detenha uma experiência de 28 anos no setor segurador. Maria Piedade Bolotinha, 57 anos, responsável pelo atendimento ao cliente, integra a equipa deste mediador há quatro anos.

Como surgiu a mediação na sua vida? Fiz o curso de mediador no momento em que ficou claro para mim que, para exercer bem esta profissão, era necessário garantir uma elevada qualidade de serviço junto dos clientes. Qual o vosso maior desafio diário? O nosso maior desafio é, sem dúvida, chegar ao final do dia com todos os clientes satisfeitos. Aceitou ser o representante local da Lusitania em Alcácer do Sal, o que culminou na abertura da nova loja com a imagem da companhia. O que significa este desafio para si? Sempre gostei de desafios. Na altura, a Lusitania tinha pouca representação em Alcácer do Sal, pelo que prometi a mim próprio alargar a presença da companhia nesta região. Atualmente, o grande desafio é gerar cada vez mais representatividade e notoriedade à empresa. Sente que Alcácer do Sal, como cidade e zona, tem

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alguma apetência especial por uma área de negócio específica? Dedicam-se mais a particulares ou clientes empresariais? Tal como na maioria das localidades do interior, os clientes empresariais não abundam, infelizmente, havendo uma predominância do mercado particular, especialmente no ramo automóvel. Compete-nos tentar arranjar alternativas. Como tem fidelizado os clientes ao longo dos anos? Sente a necessidade de se adaptar constantemente? A fidelização dos clientes consegue-se prestando um serviço que atinja as expetativas e dando, sempre que possível, alternativas para as coberturas já existentes. Tendo em conta a sua experiência, qual a principal preocupação do cliente final quando contrata um seguro? Presentemente, o preço. Mais uma vez, compete-nos explicar que não deve ser essa a única preocupação, sendo útil a utilização de exemplos fora da atividade seguradora.

Rede Lusitania Lusitania 06


Filipe Antunes

Mª Piedade Bolotinha

Que conselho dá a um profissional de seguros que se inicia atualmente na atividade de mediação? Aconselho a que inicie a atividade com modéstia, com vontade de trabalhar, de estudar e de aprender. Caso contrário, deverá escolher outra profissão. Enumere três caraterísticas que, na sua opinião, não podem faltar a um agente de seguros? Reconheço três em particular: honestidade, verticalidade e ser trabalhador.

Rede Lusitania 06 Lusitania

Quais as experiências profissionais que guarda com maior satisfação?

Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem: os meus verdadeiros amigos e os meus cães.

Guardo com satisfação o ter feito grandes amizades através da atividade de mediação de seguros. Quais as suas perspetivas de negócio para o triénio 2014 / 2016? Tal como referi antes, aumentar cada vez mais a notoriedade e a representatividade da Lusitania.

Em criança queria ser: polícia, para poder multar quem se portasse mal. O meu primeiro emprego foi: arquivista técnico numa empresa de montagens industriais. O primeiro ordenado foi gasto: num leitor de CD, que tinham sido lançados há pouco tempo e eram caríssimos, pois detestava ouvir música com os “ratos” inerentes aos discos de vinil. O meu livro preferido é: “Os cavalos também se abatem”, de Horace McCoy, o qual mostra facetas obscuras da vida humana. A figura pública que mais aprecio é: Frederik Willem de Klerk, pois terminou com o sistema do apatheid sabendo que, ao fazê-lo, iria perder o cargo e todo o poder que tinha. Não encontramos muitas figuras com este perfil. Se fosse um filme seria: ...ainda está por realizar.

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Loja Agente Lusitania Paulo Oliveira

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Paulo Oliveira, 60 anos, é Agente Loja da Lusitania, no Porto. Partilha o escritório com Rita Oliveira (filha), atualmente com funções de gestão interna, apoio comercial e atendimento. Conta com 30 anos de experiência no setor segurador e colabora com a Lusitania desde 1989. Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem: a minha família. Em criança queria: ser empresário. O meu primeiro emprego: economista. O primeiro ordenado foi gasto em: não me lembro. O meu livro preferido é: “Guerra e Paz”, Tolstoi. A figura pública que mais aprecio é: Papa Francisco.

Como surgiu a mediação na sua vida? Em meados dos anos 80, trabalhava como economista numa empresa industrial e, um dia, por brincadeira, disse ao técnico comercial da seguradora que nos acompanhava – de quem era amigo pessoal – “que fácil deve ser trabalhar nesta área”. Perante a discordância do meu amigo, e para lhe provar a minha razão, disse-lhe que numa única semana lhe traria algumas propostas de seguro… Foi assim que consegui fechar cinco contratos e, entretanto, recebi um convite para iniciar um curso de mediação na seguradora. Qual o vosso maior desafio diário? Focalizamos o trabalho diário no acompanhamento permanente dos nossos clientes em todas as vertentes, procurando responder atempadamente a todas as suas solicitações, desde a simulação de condições para um novo contrato até à integral regularização dos processos de sinistro. Lutamos diariamente para corresponder às expetativas dos nossos clientes, procurando que estes se sintam satisfeitos com o serviço que prestamos. Aceitou ser o representante local da Lusitania no Porto, o que culminou na abertura da nova loja com a imagem da companhia. O que significa este desafio para si? Considero a abertura da loja com a imagem da Lusitania um passo muito importante no âmbito de uma relação de parceria que se pretende seja de longo prazo. Desde sempre pensei que a atividade de mediação deveria estar ligada apenas a uma seguradora, pois

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só dessa forma é possível ter um conhecimento profundo dos produtos que apresentamos aos clientes e, consequentemente, representar dignamente a companhia. Simultaneamente, vi na Lusitania uma estratégia de abordagem ao mercado e de respeito pelo cliente na qual me revejo, pelo que não hesitei em aceitar o desafio que me foi lançado pela área comercial da companhia. Sente que o Porto, como cidade e zona, tem alguma apetência especial por uma área de negócio específica? Dedicam-se mais a particulares ou clientes empresariais? O Porto, como qualquer outra grande cidade, obriga a ter soluções para todas as áreas e segmentos de mercado, desde o simples comércio até às grandes unidades industriais. No entanto, continuo convencido que a mediação de seguros tem uma componente de relação interpessoal muito forte, o que torna a área de clientes particulares fundamental para o desenvolvimento estruturado de uma carteira de seguros, em que a retenção de negócios é uma das chaves para o sucesso. Se o nosso cliente individual estiver satisfeito com o serviço que lhe prestamos, certamente nos aconselhará a outros e nos dará oportunidade de trabalhar com a empresa a que está ligado. Como tem fidelizado os clientes ao longo dos anos? Sente a necessidade de se adaptar constantemente? A fidelização dos clientes é hoje o maior desafio com que nos deparamos. As dificuldades económicas que se vêm sentindo nos últimos anos, tanto nas famílias como nas empresas,


Paulo Oliveira

Rita Oliveira

tornaram o preço um fator muito importante, quer na decisão de aquisição de uma nova apólice, quer na sua renovação. É por isso imprescindível prestar ao segurado um serviço muito competente e com grande disponibilidade, que o faça valorizar a intervenção da mediação. É preciso haver uma constante análise das ofertas da concorrência para que seja possível apresentar ao cliente soluções inovadoras e, como tal, mais interessantes antecipadamente. Também neste campo a Lusitania tem sido um ótimo parceiro, quer pelas sucessivas melhorias que vêm sendo feitas aos diversos produtos, quer pelas ferramentas informáticas de gestão que nos tem disponibilizado.

por necessidade do cumprimento de uma imposição legal, como é o caso do Acidentes de Trabalho e do Automóvel, levando-o a valorizar exageradamente o custo. E é aqui que o papel do mediador se torna mais relevante, salientando a importância que representa para qualquer entidade, seja um particular ou uma empresa, a transferência para a seguradora da proteção do património, as responsabilidades sociais e o apoio na doença e na reforma. Enumere três caraterísticas que, na sua opinião, não podem faltar a um agente de seguros?

Tendo em conta a sua experiência, qual a principal preocupação do cliente final quando contrata um seguro?

Penso que um mediador de seguros, como qualquer bom profissional de qualquer outra atividade, terá sempre de ser honesto, competente e transparente nas informações que presta ao cliente, mesmo que estas impeçam, num primeiro momento, a concretização de um negócio.

Alguns clientes nem sempre têm uma visão correta do que representa uma apólice de seguro, contratando-a por vezes apenas

Quer destacar alguma situação que o tenha marcado no exercício da sua atividade? 63

Lembro-me particularmente de um caso em que, depois de apresentar a apólice de Acidentes Pessoais a um profissional liberal, este ter-me dito que iria subscrever a apólice apenas para não me desiludir, pois não acreditava que algum dia a seguradora viesse a pagar indemnizações ao abrigo daquela apólice. Infelizmente, cerca de oito meses após a emissão do contrato, o segurado teve um acidente a jogar futebol com os amigos, em que sofreu uma fratura do períneo, tendo sido tudo tratado posteriormente pela seguradora. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje? Todos os dias tomamos decisões difíceis, cuja importância só mais tarde nos apercebemos. No meu caso particular, talvez o momento mais decisivo tenha sido quando decidi trabalhar exclusivamente na mediação de seguros e por conta própria, abandonando o “conforto” das funções de responsável financeiro numa empresa comercial.Reconheço

hoje que foi uma decisão de algum risco que se veio a mostrar posteriormente muito acertada. Quais as suas perspetivas de negócio para o triénio 2014 / 2016? A perspetiva de negócio para este triénio dependerá muito da evolução que a atividade económica venha a ter. Neste momento, penso que estão criadas as condições para um aligeirar da austeridade e consequente maior disponibilidade financeira por parte das famílias e das empresas, o que certamente levará a um aumento na procura de novas apólices, especialmente em áreas como a Saúde e os Benefícios Dados pelo Empregador. Por nossa parte, iremos a curto prazo terminar o processo de recrutamento de um novo colaborador, na expetativa de procurar uma maior captação de novo negócio, sem descurar o permanente acompanhamento dos nossos atuais clientes. Rede Lusitania Lusitania 06


Mediador Lusitania Ilídio Conceição Ilídio Conceição, sócio-gerente, 56 anos, trabalha há seis anos com a Lusitania e desenvolve a sua atividade no setor segurador há já 30 anos. A sua equipa é constituída por Sandra Carvalho, 42 anos, gestora de clientes, Rita Conceição, 29 anos, comercial e Cátia Leal, 25 anos, administrativa.

Qual a base da fundação e o que o motivou a iniciar este projeto? Após cinco anos de atividade profissional num corretor, senti o desafio de criar uma pequena empresa na mediação de seguros, inserida num setor da Economia em que o mutualismo é determinante pelo relacionamento humano e vertentes social e cultural. Pode-se falar de um projeto regional com realidades locais?

Perfil “fora de horas” Em criança queria ser: aviador, cientista.

Sim. No entanto, embora regional a imagem pode repercutir-se a nível nacional, sempre que a estrutura dos clientes tenha uma dimensão alargada. É de clientes com essa dimensão alargada que se fazem pontes de desenvolvimento, numa relação de interesses que envolvem os clientes, a sua seguradora e a mediadora como entidade relevante na ligação.

O meu primeiro emprego foi: tradutor. O primeiro ordenado foi gasto: a ajudar a família.

Quais as maiores sinergias que retiram com o vosso trabalho? A atividade seguradora, pela sua diversidade, é dos campos mais interessantes para se trabalhar e, curiosamente, dos mais completos campos de aprendizagem. Aprendemos com os clientes a conhecer necessidades que nunca Rede Lusitania 06 Lusitania

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Cátia Leal

Sandra Carvalho

Ilídio Conceição

Rita Conceição

tínhamos pensado e aprendemos com os técnicos um pouco mais sobre as soluções encontradas. Desta forma, todos ficamos melhor preparados.

Aos particulares, com um relacionamento de proximidade e recomendando medidas que lhes retirem preocupações com os vários riscos envolvidos.

Qual é o vosso maior fator de diferenciação face à concorrência?

Sentem a necessidade de se adaptar constantemente?

Pretendemos continuar a garantir uma assistência qualificada, devidamente programada e contínua, geradora da confiança entre as partes. Este é um dos pilares para que a concorrência esteja sempre num patamar secundário perante os nossos clientes. Como têm fidelizado os vossos clientes ao longo dos anos? Com um trabalho nem sempre fácil, estando atentos às necessidades, projetos e aconselhamento. Nas empresas, alertando para os novos riscos e coberturas, pois acabamos por ser quase parceiros nos negócios, transmitindo-lhes a mensagem de que connosco podem contar para poderem evoluir e crescer.

esclarecido que o seu descanso pode ter um preço, que é o de transportar para a seguradora as noites em que poderá dormir descansado. Óbvio que há dependências financeiras, que há uma procura por gastos menores, mas longas negociações geralmente geram êxitos.

Se me permitem, diria que o verbo adaptar não é o mais ajustado à nossa vida profissional. Preferiria usar o termo evoluir já que, enquanto profissionais, devemos estar sempre preparados para dar novas respostas às necessidades que um mercado em evolução nos impõe.

Que conselho dá a um profissional de seguros que se inicia atualmente na mediação? Primeiro, que se identifique com a filosofia mutualista que é a base teórica dos seguros e que o seguro não é, essencialmente, uma fonte de lucro. Que a atividade seguradora precisa de pessoas que a estudem e a levem a quem dela precisa: os segurados. Para isso é imprescindível uma assistência qualificada.

Temos de estudar realidades e oferecer as soluções que os clientes precisam. Podem nem sempre ser aceites, mas é nossa obrigação fazer esse trabalho. Tendo em conta a sua experiência, qual a principal preocupação do cliente final quando contrata um seguro? Existem diversos tipos de clientes, e devemos insistir junto deles para que fique sempre bem 65

Quais as experiências profissionais que guarda com maior satisfação? São felizmente algumas, nomeadamente, o sentir que trabalhamos com a colaboração de todos os colegas e amigos, que ajudamos todas as partes envolvidas a sentirem-se satisfeitas. Quais as suas perspetivas de negócio para o triénio 2014 / 2016? Apesar do abrandamento da economia há sempre mercados a reinventar.

Enumere três características que não podem faltar a um agente de seguros.

É necessária uma prospeção, beneficiando de eventuais projetos de publicidade. Procurar que, nas empresas, as mesmas se possam constituir como canais abertos para protocolos com funcionários em seguros coletivos alargados a familiares.

Conhecimento, simpatia e honestidade.

É uma forma de explorar novos canais. Rede Lusitania Lusitania 06


Mediador Lusitania Linha Medieval Luís Miguel Pereira Lopes, 47 anos, é sócio-gerente da Linha Medieval. Trabalha na Lusitania e com a atividade seguradora há 16 anos.

Qual a base da fundação da Linha Medieval – Mediação de Seguros e o que o motivou a iniciar este projeto? Com o desenvolvimento da carteira de seguros que fui angariando, em nome individual, entre 1999 e 2006, senti a necessidade de expandir o âmbito da minha atividade, com a abertura de um escritório que fosse para os meus clientes um local de referência, onde pudessem contar com um elevado nível de apoio e profissionalismo. Assim nasceu, em 2007, a Linha Medieval. Poucos anos mais tarde, com o aumento de dimensão e o estreitar de relações estabeleci uma parceria de agente principal com a Lusitania. Pode-se falar de um projeto regional com realidades locais?

Perfil “fora de horas” Hoje não consigo sem: a minha família. Em criança queria ser: jogador de futebol profissional do Sporting. O meu primeiro emprego: vendedor num armazenista de queijos e enchidos. O primeiro ordenado foi gasto em: numa marisqueira com os amigos.

Apesar de estar fisicamente situada em Torres Novas, a Linha Medieval conta com uma carteira de clientes mais abrangente, em distritos mais distantes, como Leiria e Lisboa, pelo que podemos afirmar que se trata de um projeto regional, que se preocupa com as especificidades locais de um concelho do interior do país. Quais as maiores sinergias que retiram com o vosso trabalho?

O meu livro preferido é: “Pai Rico, Pai Pobre” - Robert Kiyosaki. A figura pública que mais aprecio é: Luís Figo. Se fosse um filme seria: “Oficial e Cavalheiro”.

Rede Lusitania 06 Lusitania

Uma das mais-valias desta atividade consiste no 66

conhecimento de pessoas e realidades diferentes, nas mais diversas áreas de negócio, desde o pequeno negócio local à média empresa, situadas em meios geográficos de maior dimensão, e que permitem um contacto com as mais diversas personalidades, atravessando todas as classes sociais. Qual é o vosso maior fator de diferenciação face à concorrência? O que distingue a Linha Medieval da concorrência local e regional é fundamentalmente a qualidade do serviço. Procuramos oferecer aos nossos clientes um apoio de proximidade, articulando as suas necessidades com a oferta de produtos que temos disponíveis. Como têm fidelizado os vossos clientes ao longo dos anos? Sentem a necessidade de se adaptar constantemente? A necessidade de adaptação é uma preocupação constante. Procuramos apostar na formação da nossa equipa de profissionais com diversas ações para que consigam aconselhar o cliente na escolha do melhor produto e obter a sua total satisfação. Procuramos conhecer em profundidade os produtos que comercializamos, para que consigamos realçar as melhores qualidades de cada um. Tendo em conta a sua experiência, qual a principal


Patrícia Pereira

Luís Lopes

Elsa Graça

preocupação do cliente final quando contrata um seguro? Na conjuntura que atravessamos, constatamos que a preocupação do cliente particular centra-se cada vez mais no preço. No segmento empresarial, por seu lado, há também um enfoque na vertente da qualidade da prestação de serviços. Na presença deste cenário, o que propomos oferecer aos nossos clientes são soluções que apresentem um melhor equilíbrio entre estes dois fatores. Que conselho dá a um profissional de seguros que se inicia atualmente na mediação? Quem se inicia neste momento nesta atividade deverá estar consciente das dificuldades que o setor atravessa e das exigências que o exercício da mediação

de seguros obriga. Creio que o perfil mais apropriado é o de um indivíduo com elevado grau de responsabilidade e honestidade, que deve ainda possuir grande disponibilidade e estar preparado para oferecer um serviço com o mais alto grau de qualidade e profissionalismo. Só assim poderá ter sucesso nesta atividade. Enumere três características que, na sua opinião, não podem faltar a um agente de seguros. Os critérios que referi anteriormente aplicam-se não só a novos candidatos como também (e talvez com maior grau de importância) aos agentes que já operam no mercado. Não é demais realçar as três características que mais valorizamos: honestidade, responsabilidade e profissionalismo.

Quais as experiências profissionais que guarda com maior satisfação? As experiências mais gratificantes que posso salientar baseiam-se em situações em que manifestamente conseguimos ajudar os clientes, nos cenários em que estes esperam mais de nós, como é o caso do apoio na regularização de sinistros. É sempre com satisfação que ouvimos um agradecimento do cliente aquando da boa regularização de um sinistro, para a qual muito contribui o apoio e disponibilidade da companhia. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje? A situação mais difícil com que me deparei até hoje foi a recusa de cotação de um negócio, que, embora à partida nos pudesse

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proporcionar um elevado comissionamento, não oferecia as mínimas condições de rentabilidade. É cada vez mais importante a colocação de negócios, que ofereçam à partida uma perspetiva de rentabilidade sustentável. Só deste modo poderemos falar num modelo de parceria de sucesso entre clientes, mediadores e seguradoras. Quais as suas perspetivas de negócio para o triénio 2014/2016? Face ao atual cenário, as perspetivas de negócio para este triénio assentam fundamentalmente em duas vertentes: retenção e fidelização da atual carteira de clientes e, por outro lado, proporcionar um crescimento sustentável, com a conquista de novos negócios. Rede Lusitania Lusitania 06


LUSITANIA CONSIGO

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Em Foco

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Plataforma de negócios Lusitania Vantagens Únicas

A plataforma de negócios para mediadores foi um dos projetos mais desafiantes de 2014. A fasquia era alta: criar uma plataforma de excelência, funcional e intuitiva, incorporando as mais inovadoras práticas de navegação Web, Google e Facebook, adaptadas para ir ao encontro das exigências do dia a dia e das necessidades dos nossos mediadores. Acreditamos que a proximidade também existe à distância de um clique e quanto maior a capacidade de resposta que transferimos para os nossos mediadores, maior a qualidade do serviço prestado ao cliente. A plataforma de negócios da Lusitania é hoje uma referência no mercado, sendo inegável a preferência dos nossos mediadores por esta importante ferramenta de trabalho. Este reconhecimento é confirmado pelo inquérito recentemente realizado, onde se apurou a opinião de 1.000 parceiros. Em função de critérios e níveis de serviço previamente definidos, realçamos as seguintes respostas:

• 78% faz uma apreciação global

da aplicação entre boa e muito boa;

• 70% elege a nossa plataforma como

uma das três melhores do mercado. Uma vez mais, ficou clara a nossa capacidade de inovar, de nos excedermos e de surpreender.

Pesquisa global • Através de um único dado encontra tudo aquilo que se procura.

Eventos

Principais funcionalidades

• Registo dos factos mais relevantes, em cada momento, em cada uma das vertentes da carteira, clientes, apólices, recibos, sinistros e certificados provisórios.

Simulações;

Informação mais acessível

Consulta e emissão de certificados provisórios;

• Navegação “sem becos sem saída”, que

Consulta e emissão de apólices;

permite navegar em círculos entre as áreas de clientes, apólices, sinistros ou recibos, com o acesso a toda a informação à distância de um clique.

Consulta e cobrança de recibos;

Inserção de notas pessoais

Consulta e alteração de dados dos clientes;

Emissão de 2.as vias; Pré-abertura de sinistros;

• Transformação da nossa informação e da dos mediadores numa só.

Consulta de oficinas recomendadas e clínicas;

Módulo único de recibos

Consulta do saldo da conta efetiva;

• Possibilidade de atribuição de

Integração de dados (transferência de ficheiros);

descontos adicionais antes e após a emissão do recibo.

Subscrição e gestão de eventos;

Alertas

Consulta e importação de folhas de férias; Consulta da carteira e do comissionamento; Conteúdos (informação / documentos produtos); Propostas e cotações.

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• Informação no momento certo sobre quais os recibos em risco de anulação.

Carteira • Acompanhamento da evolução da carteira e do comissionamento.

Em Foco Lusitania 07


Aplicação móvel de Agilidade Comercial

Se a plataforma de negócio colocou o negócio à distância de um clique, o Projeto de Agilidade Comercial colocou-o à distância de um toque! Esta foi a premissa base de numa nova funcionalidade implementada pela Lusitania, em que a única face visível para a rede de medição é uma maior rapidez e eficiência nas respostas dos pedidos que coloca à companhia. Trata-se de um aplicação móvel (APP) que visa maximizar a capacidade de resposta e a agilidade comercial da sua rede Em Foco 07 Lusitania

comercial na gestão de pedidos efetuados pelos mediadores (aceitação, aceitação com alterações ou rejeição). À distância de um toque, no telemóvel, com toda a informação necessária e suficiente para uma tomada de decisão robusta mas, simultaneamente, rápida e eficiente. Tendo a rede comercial como objetivo primordial um acompanhamento constante e próximo, da sua rede de mediadores, o seu escritório é muitas vezes o escritório dos

mediadores que ao longo do dia acompanha. Daí a necessidade de lhes disponibilizar uma funcionalidade que, de uma forma flexível, permita responder às solicitações de negócio colocadas ao longo do dia. O desafio inerente a este projeto passou por: Desenvolvimento de aplicação móvel (APP) com informação relevante; Disponível 24X7 (online); 70

Rápida; Intuitiva; Monitorizável (acompanhamento da resposta); Acessível a toda a hierarquia comercial, para uma gestão eficaz dos pedidos e repostas. Um desafio que acreditamos ter sido vencido, dotando a Lusitania de uma agilidade comercial, dinâmica e inovadora.


Segurança no email: trancas à porta O email é um dos principais meios que usamos para comunicar eletronicamente, tanto na vida pessoal como profissional. É, igualmente uma ferramenta de negócio para as empresas, usada para difundir informação sobre os seus produtos e serviços, bem como para trocar correspondência com os seus clientes. O vasto universo de utilizadores e respetiva utilização massiva, tornaram o email uma das tecnologias preferencialmente usadas por criminosos para levarem a cabo ataques informáticos, explorando muitas vezes uma utilização incorreta dos utilizadores. Em seguida, identificamos alguns dos erros mais comuns na utilização do email, bem como perigos existentes e dicas para nos protegermos.

Autopreenchimento O autopreenchimento é uma funcionalidade existente na maioria dos programas cliente de email, como o Outlook ou Thunderbird. Ao digitar o nome da pessoa para quem desejamos enviar o email, o programa seleciona automaticamente o endereço dessa pessoa, evitando a necessidade de memorização do contacto. No entanto, se existirem contactos com nomes semelhantes, o programa pode selecionar um endereço de

email errado. Por exemplo, ao enviarmos um email com informação da organização para um colega de trabalho, o autopreenchimento pode selecionar um utilizador externo à empresa cujo nome é semelhante ao do colega. Como resultado, acabamos por enviar informações confidenciais a uma pessoa não autorizada. Para evitar esta situação devemos sempre verificar o nome e endereço de email antes de clicar em “Enviar”.

Cc / Bcc A maioria dos programas cliente de email têm outras duas opções de destinatário além do “Para:”: o “Cc:” e o “Cco:”. A opção “Cc:” significa cópia carbono e serve para manter outras pessoas copiadas e informadas. A opção “Cco:” significa cópia carbono oculta, que é similar 71

ao “Cc:”, mas com a diferença de ninguém poder ver quem foi incluído como destinatário “Bcc:”. O conhecimento do seu funcionamento é importante para evitar constrangimentos. Quando recebemos um email com pessoas copiadas, devemos decidir se respondemos apenas ao remetente do email ou a todos os copiados na lista “Cc:”. Se pretendermos responder apenas ao remetente devemos certificar-nos de que não usamos a opção “Responder a todos”, que incluirá todos na resposta. Com o “Cco:” o problema é diferente. Ao enviarmos um email sigiloso, podemos querer copiar alguém de forma privada utilizando o “CCo:”. No entanto, se esse destinatário copiado de forma sigilosa responder utilizando a opção “Responder a todos”, todos os destinatários do novo email irão saber que ele

em cópia de forma escondida através do “Cco:” no email original.

Listas de distribuição As listas de distribuição são um conjunto de endereços de email representados por um endereço de email único. Quando enviamos um email para este endereço, a mensagem vai para todos os que fazem parte dessa lista. Por este motivo, devemos ser cautelosos ao enviar um email para uma lista de distribuição, pois podemos inadvertidamente enviar informações confidenciais para uma pessoa não autorizada. Às listas de distribuição, por serem representadas por um endereço de email único, também se aplicam os erros identificados nos pontos anteriores. Em Foco Lusitania 07


Ataques de Phishing Phishing, um termo inicialmente usado para descrever ataques informáticos cujo objetivo era roubar credenciais de acesso às contas bancárias através da Internet (Home Banking), evoluiu e engloba agora qualquer ataque via email. Ou seja, são ataques sem um alvo específico, dirigidos a milhões de pessoas em todo o mundo, numa tentativa de enganar o maior número possível. Quanto maior o universo, maior a probabilidade de sucesso do ataque. O conceito de phishing é, usado em Engenharia Social, uma tentativa de persuadir o destinatário do email a levar a cabo uma determinada ação. Fingindo ser alguém conhecido, por exemplo um amigo, uma entidade conhecida e de confiança como um banco ou empresa fornecedora de serviços, etc. O atacante tenta convencer o utilizador alvo do ataque a clicar num link, abrir um anexo ou responder a uma mensagem. De uma forma geral, os ataques de phishing têm os seguintes objetivos: Recolha de dados: ao clicar no link do email o utilizador é direcionado para uma página onde lhe é pedido que coloque

Em Foco 07 Lusitania

o seu nome e palavra passe ou, eventualmente, dados do cartão de crédito ou cartão matriz. Estas páginas, com a mesma aparência e funcionalidade da de um banco ou loja online são na realidade páginas falsas, desenvolvidas por criminosos para o roubo de informação; Infeção do computador com links maliciosos: novamente recorrendo a um link, desta vez o utilizador é direcionado para uma página de Internet com conteúdo malicioso que, de forma silenciosa, lança um ataque ao navegador de Internet (Internet Explorer, Google Chrome, etc), na tentativa de infetar o computador e controlá-lo; Infeção do computador com anexos maliciosos: o utilizador é tentado a abrir um anexo, normalmente um ficheiro PDF, Word ou Excel, que contém um código malicioso que, uma vez executado, dá ao atacante o controlo do computador; Fraudes (Scam): campanhas fraudulentas, explorando situações ou acontecimentos recentes, cujo objetivo é a angariação de dinheiro das vítimas. Os exemplos mais comuns incluem notícias de que ganhou a lotaria (mesmo que nunca tenha jogado) e que precisa efetuar um pagamento para receber o prémio ou pedidos de caridade que surgem logo após um desastre.

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Como nos protegemos do Phishing?

mensagem, pode ser uma indicação de fraude;

Na maioria dos casos, abrir o email não constitui perigo. Recorde-se que o objetivo do phishing é persuadir o utilizador a levar a cabo uma ação (clicar no link, abrir o anexo ou responder a uma mensagem).

Suspeite de emails com anexos. Se não está à espera de os receber, o mais provável é serem maliciosos;

Dicas para identificar que o email é um ataque: Suspeite de qualquer email que peça uma ação imediata ou crie uma necessidade de urgência como, por exemplo, uma ameaça alarmista de fecho de conta; Suspeite de emails endereçados a “Querido cliente” ou qualquer outra saudação genérica. Se vier do seu banco, eles saberão o seu nome; Emails com erros gramaticais ou de escrita; Emails com promessas de dinheiro fácil com pouco ou nenhum esforço ou negócios que parecem demasiado aliciantes para serem verdadeiros; Passe o rato sobre o link sem clicar. Dessa forma é possível ver o verdadeiro destino do link. Se o link for “estranho” ou diferente do escrito na 73

Se recebeu um email inesperado de um amigo não significa que tenha sido ele a enviá-lo. O computador do seu amigo pode ter sido infetado e estar a enviar emails para todos os contatos. Neste caso, valide com o seu amigo se de facto foi ele que enviou o email; Se depois de ler um email achar que é um ataque de phishing ou scam, simplesmente apague-o. A utilização do email de forma segura, quer se trate do email pessoal ou profissional, é afinal de contas uma questão de bom senso e de seguir as boas práticas de utilização. Em caso de uso profissional deveremos ainda garantir o conhecimento e cumprimento de eventuais políticas de segurança em vigor na organização. Lembre-se, se algo parecer suspeito ou bom demais para ser verdade, é bem provável que seja um ataque. Nuno Rodrigues, Responsável de

Segurança de informação. Direção de Organização e Tecnologias de Informação.

Em Foco Lusitania 07


A importância da Declaração Inicial do Risco na formação do contrato de seguro Segundo o artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 72/2008, de 16 de abril (Lei do Contrato de Seguro), “Por efeito do contrato de seguro, o segurador cobre um risco determinado do tomador do seguro ou de outrem…”. O risco é, desde logo, definido na declaração inicial do risco como o conjunto de informações que devem ser unilateralmente prestadas ao segurador na proposta de seguro. Esta declaração deverá ser prévia, exata e completa, pois impõe-se ao tomador o dever de declarar com exatidão, antes da celebração do contrato, todas as circunstâncias que conheça e razoavelmente deva ter por significativas para a apreciação do risco pelo segurador, ainda que as mesmas não sejam questionadas nos formulários entregues (sistema do questionário aberto).

Carla Cadilhe

Em Foco 07 Lusitania

Responsável da Direção de Serviços Jurídicos e Compliance

Desta forma, minimiza-se a assimetria informativa existente na relação segurador / segurado: aquele que pretende ser segurado conhece, melhor do que ninguém, os seus próprios fatores de risco, sendo a pessoa mais indicada para fornecer todas as informações que o segurador necessita. No contrato de seguro, a confiança é fundamental nas declarações emitidas, já que, sem esta

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colaboração, não poderá o segurador avaliar corretamente o risco proposto nem calcular devidamente o prémio. Contudo, o segurador que tenha aceitado o contrato, a menos que haja intenção do tomador / segurado de obter uma vantagem, não pode prevalecer-se: a) Da omissão de resposta a pergunta do questionário; b) De resposta imprecisa a questão formulada em termos demasiado genéricos; c) De incoerência ou contradição evidente nas respostas ao questionário; d) De facto que o seu representante, aquando da celebração do contrato, saiba ser inexato ou, tendo sido omitido, conheça (por exemplo, o mediador ter conhecimento de que o condutor habitual não corresponde ao declarado na proposta); e) De circunstâncias conhecidas do segurador, em especial quando são públicas e notórias (não pode o segurador alegar que o segurado omitiu no questionário a miopia de que sofria, se este compareceu de óculos ao teste oftalmológico prévio à aceitação do risco 1 ).


Caso se verifique o incumprimento do dever do tomador, e excluídas as situações acima descritas, o segurador poderá recorrer aos mecanismos previstos nos artigos 25.º (omissões ou inexatidões dolosas) ou 26.º (omissões ou inexatidões negligentes), consoante tenha ou não existido intenção ou consciência do tomador de induzir o segurador em erro. No primeiro caso, a anulação do contrato, no prazo determinado; no segundo caso, a alteração ou cessação do contrato. Ambos acarretarão consequências no direito ao prémio e na cobertura de sinistros ocorridos. Porém, é requisito que o facto omitido ou inexato seja essencial para a apreciação do risco e que fosse exigível a sua declaração exata. Notese que, sem prejuízo de prova em contrário, presume-se a essencialidade de facto cuja declaração é pedida em questionário. Os tribunais portugueses têm vindo a pronunciar-se sobre esta matéria, tendo decidido que: I. O facto (omitido pelo tomador) de o condutor habitual da viatura segura ser portador de uma incapacidade motora que afeta a capacidade de condução, é essencial para a

dispensa o tomador do seguro do dever de declarar à seguradora a existência de um problema de saúde que sabe existir e os sintomas que já se manifestam com alguma gravidade. O incumprimento deste dever torna o contrato anulável, dada a sua relevância para efeitos de avaliação do risco. 4

No contrato de seguro, a confiança é fundamental nas declarações emitidas.

apreciação do risco a segurar, ainda que não seja questionado na proposta. Existindo nexo de causalidade entre o sinistro ocorrido e a incapacidade motora do condutor habitual, o segurador não está obrigado a cobrir o sinistro, seguindo-se o regime geral da anulabilidade do contrato. 2

II. É anulável o contrato de seguro pelo facto de o tomador ter omitido, deliberadamente, informação que sabia ser decisiva na vontade de contratar da seguradora – a circunstância de o condutor habitual do veículo ser alguém não habilitado legalmente para a condução automóvel. 3

IV. A participação do veículo seguro em provas de competição desportiva (Rally), comporta uma carga de risco acrescido. Com efeito, um segurado medianamente diligente, informaria a seguradora desse risco ou não submeteria o seu veículo à circulação no Rally sabendo ou podendo saber que o seguro não contemplava tal realidade. Omitida tal informação, aquando da celebração do contrato de seguro, poderá a seguradora invocar as declarações inexatas e a consequente invalidade do contrato celebrado. 5

seria suscetível de tornar o sinistro mais provável ou mais amplas as suas consequências. 6 VI. Importa que exista um nexo de causalidade entre a informação inexata ou omitida pelo segurado no momento da celebração do contrato de seguro e o sinistro, como condição da sua invocação pelo segurador para não cobertura do sinistro. Deste modo, é irrelevante a não indicação de padecer de doença psiquiátrica quando o segurado vem invocar como sinistro uma neoplasia renal. 7 Por fim, é fundamental referir que o dever a cargo do tomador mantém-se mesmo durante a execução do contrato (artigos 90.º a 94.º). 1

Acórdão do Supremo Tribunal

de Justiça, de 28-06-2007. 2

Acórdão do Tribunal da Relação

de Coimbra, de 11-02-2014. 3

Acórdão do Tribunal da Relação

do Porto, de 17-10-2014.

V. O facto declarado pelo tomador (valor da viatura diferente da real) é, ou devia ser, do conhecimento da seguradora, que tem meios de apurar o valor das viaturas que segura. O segurador não demonstrou a relevância do valor declarado da viatura para o agravamento do risco, ou em que medida essa circunstância

III. O desconhecimento da exata doença ou patologia de que padece – por falta de diagnóstico médico – não

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Acórdão do Tribunal da Relação

de Coimbra, de 17-06-2014. 5

Acórdão do Tribunal da Relação

de Coimbra, de 09-09-2014. 6

Acórdão do Tribunal da Relação

do Porto, de 27-01-2015. 7

Acórdão do Tribunal da Relação

do Porto, de 20-01-2014. Direção de Serviços Jurídicos e Compliance

Em Foco Lusitania 07


LUSITANIA CONSIGO

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Descobrir Portugal Tomar Da heranรงa dos Templรกrios ao espรณlio da Modernidade

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A divisa inscrita no estandarte quadrangular, branco e negro, no qual se destaca a cruz pátea a vermelho vivo, perdura ao longo da História: “Não para nós, Senhor, não para nós, mas para a glória em Teu nome”. A divisa dos Templários, a Ordem Religiosa que tinha por dever defender os Lugares Santos, é parte indissociável da história de Tomar. Vila medieval que deu origem a uma cidade próspera, nascida no interior do Castelo Templário, erguido em 1160, Tomar, a sede dos Pobres Cavaleiros de Cristo, desenvolveu-se nas margens do rio Nabão, envolta em misticismo e encanto. Os mesmos que têm feito perdurar o mito templário mesmo após a Ordem ter sido dissolvida, no século XIV, por ordem do Papa Clemente, por influência do Rei Filipe IV de França. Tomar não caiu, no entanto, com este revés da História, muito pelo contrário. Evoluiu em beleza e serenidade, fazendo perdurar o património histórico, ao mesmo tempo que evoluiu e se associou aos tempos modernos. Em Tomar respira-se um ambiente mágico, como se qualquer viajante entrasse numa outra dimensão, vivendo-se um dia a dia esfuziante, de cultura e renascer de tradições. O Castelo Templário, mandado construir por Gualdim Pais à semelhança dos castelos do Médio Oriente, e o Convento de Cristo, considerado Património Mundial pela UNESCO em 1983, são pontos de partida para uma visita única. A Janela do Capítulo, expoente máximo da arte manuelina, a Charola Templária, antigo oratório, o Claustro Principal, mandado construir por D. Filipe II, e a Porta de Almedina são pilares estruturais desta viagem no tempo. A rodeá-los, a Mata dos Sete Montes, cenário tão romântico quanto bucólico, que incita a passeios a pé, assim como a Calçada do Convento e o

miradouro da Ermida de Nossa Senhora da Conceição. Tomar tem quatro conventos, cada qual situado nos pontos cardeais da Rota dos Ventos: de Cristo, da Anunciada, de Santa Iria e de São Francisco. A cidade desenvolveu-se igualmente em cruz, em quatro braços correspondentes a cada um dos conventos. No centro, a Praça da República com a Igreja de São João Batista, erguida paredes meias com a Corredoura (rua comercial), onde ainda se encontra o mítico Café Paraíso, que mantém a traça original do século XIX. Perto fica a Sinagoga, o mais antigo templo sefardita em Portugal ainda intacto, e a Casa Memória Lopes-Graça.

Tomar, a sede dos Pobres Cavaleiros de Cristo, desenvolveu-se nas margens do rio Nabão, envolta em misticismo e encanto.

Desembocando na Levada, rua roubada ao rio Nabão no reinado de D. Manuel I, é possível hoje apreciar o Museu da Levada, onde antes se situavam moinhos de cereais e lagares de azeite. Junto à margem, a Casa dos Cubos, antigo armazém cuja estética foi já, por diversas vezes, premiada internacionalmente. Nada como atravessar o Nabão pela Ponte Velha e visitar os Jardins do Mouchão e a sua Roda da Rega ou dar um pulinho ao Núcleo de Arte Contemporânea, que faz a ponte entre o passado e o presente, em perfeita simbiose.

Tabuleiros e Iguarias A riqueza de Tomar não se esgota nos monumentos, mas perdura nas suas tradições. Realizada de quatro em quatro anos, a Festa dos Tabuleiros, ocorre no início de julho – a próxima será entre 4 e 13 de julho de 2015. A sua origem remonta ao século XIV, ao culto do Espírito Santo, uma verdadeira festa de colheitas, marcada por uma profusão de flores, pão e espigas de trigo nos tabuleiros. Os cortejos serpenteiam com música pelas ruas, enchendo a cidade de cor e diversão. As raparigas desfilam de branco, com uma fita 77

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colorida a cruzar o peito, levando ao alto os tabuleiros. Já os rapazes vão de camisa branca e mangas arregaçadas, com uma gravata da cor da fita da rapariga. A fechar, seguem os carros do pão, da carne e do vinho, puxados pelos bois do sacrifício simbólico. Para quem pretende usufruir do verdadeiro espírito da região, nada como parar na Casa das Ratas, antigo restaurante Casa Matrena, e dar vida ao ritual de petiscar numa adega, com mesas de madeira compridas e bancos estilo tasca, queijo seco, cozido à portuguesa ou a famosa mousse de chocolate caseira. A gastronomia é, aliás, um dos pontos fortes da região, numa panóplia de iguarias, das couves à D. Prior, à lampreia, cabrito, morcelas de arroz, cabidela, coelho na abóbora ou feijoada de caracóis. A lista é extensa, mas deliciosa, e culmina com as tradicionais ‘Fatias de Tomar’, confecionadas apenas com gemas de ovo batidas exaustivamente e cozidas em panelas de formato singular, criadas, há mais de 100 anos, pelo senhor Aurélio, um dos latoeiros da cidade.

Onde comer

Realizada de quatro em quatro anos, a Festa dos Tabuleiros, ocorre no início de julho. A próxima será entre 4 e 13 de julho de 2015.

Onde ficar Hotel dos Templários: Rodeado de jardins exuberantes, oferece uma vista privilegiada sobre o rio Nabão e o parque Mouchão.

Estalagem Santa Iria: Situada perto do Convento

de Cristo e da cidade velha, é ideal para quem pretende usufruir do espírito local.

Quinta da Velha Anunciada: Situada a poucos minutos de carro do centro da cidade, o seu edifício histórico possui uma vista privilegiada para o Convento de Cristo. Quinta do Valle: Encontre a paz e serenidade que tanto busca numa quinta do século XVI.

Sugestões dos Mediadores

Pela água adentro

Inês Matos Basílio A paisagem mais deslumbrante:

Nada como terminar a visita a esta mítica cidade do centro de Portugal indo um pouco mais além, com um passeio pelas praias fluviais da barragem de Castelo de Bode, onde é possível relaxar em atividades náuticas, como pesca, windsurf ou mergulho. Considerada a maior albufeira do país até ao enchimento da barragem do Alqueva, Castelo de Bode é hoje um verdadeiro oásis de tranquilidade. Embora o seu objetivo inicial fosse reter as águas provenientes do maciço da Serra da Estrela, para a produção de energia elétrica, é hoje um local ímpar de diversão, ideal para fechar com ‘chave de ouro’ a descoberta do imenso legado dos templários no nosso país. Descobrir Portugal 08 Lusitania

Alminhas: Uma ementa de pratos diversificados e criativos faz deste restaurante uma referência nacional, num ambiente de verdadeiro equilíbrio entre o clássico e o moderno. Casa das Ratas: Uma verdadeira experiência de degustação ‘à moda antiga’, num dos mais conceituados ex-libris da cidade. Taverna Antiqua: Restaurante temático, em plena Praça da República, onde pode desfrutar de uma refeição medieval, numa experiência única. O Sabor da Pedra: À beira da albufeira de Castelo de Bode, oferece uma vista panorâmica de excelência, em simbiose com os sabores da cozinha tradicional.

A Praça da República repleta de tabuleiros aquando da sua bênção, na mais espetacular Festa dos Tabuleiros ou Divino Espírito Santo, que se realiza de quatro em quatro anos na cidade de Tomar. A próxima decorrerá em julho de 2015.

Manuel Vitor Gonçalves Leal Uma experiência imperdível: Um passeio num barco insuflável, desde as termas do Agroal, com a sua grande nascente e praia fluvial no Rio Nabão, até à cidade de Tomar, passando pelo desfiladeiro escarpado e rochoso até Paredes, Porto de Cavaleiros, Sobreirinho, Prado e açude do Mouchão.

Conceição Gaspar, Capítulo Mediação Seguros Lda. O prato típico por excelência: Arroz de lampreia, bem como o cabrito no forno com batatas e grelos, acompanhado com bom vinho da região de Tomar.

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