Informativo Abinee - 5ª edição

INFORMATIVO

Ano V | Número 5 | Fevereiro 2014 | Rio Grande do Sul

Pela renovação da Lei de Informática Vinícius Roratto

Diretoria da Abinee apresentou os benefícios da Lei ao secretário da SDPI, Mauro Knijnik.

Na imagem: Anderson Jorge, Mauro Knijnik, Régis Haubert e Ivan De Pellegrin.

Leia o informativo em seu celular.

Editorial

T

ramita no Congresso a Proposta de Emenda Constitucional que dispõe sobre a prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos, mas sem a correspondente atenção ao tratamento que a Lei de Informática oferta às empresas brasileiras.

Segundo dados da Secretaria de Política de Informática, entre 1993 e 2011 – período de pleno funcionamento da Lei de Informática –, o número de empresas incentivadas aumentou de 150 para 500; o faturamento dessas companhias passou de R$ 8,4 bilhões para R$ 30 bilhões; o número de empregos saltou de 32 mil para 126 mil; os investimentos em pesquisa e desenvolvimento foram de R$ 200 milhões para R$ 1 bilhão; e o número de pesquisadores no País subiu de 2,6 mil para 8 mil.

Dado este cenário, é preciso engajamento do Governo Estadual para termos ações e empenho para que a Lei de Informática seja renovada, pois sua vigência está estabelecida até 2019.

Na hipótese de Manaus ficar com o seu benefício e o Brasil não renovar a Lei de Informática, torna-se inviável às empresas produzir fora da Zona Franca. Outrossim, a mudança para Manaus está fora de cogitação por parte das nossas empresas, conforme relato dos empresários, dada a articulação desenvolvida com suas cadeias produtivas locais. A manutenção das companhias no Estado gera arrecadação, empregos qualificados, investimentos em P&D&I, capital intelectual, desenvolvimento tecnológico nas empresas e nas instituições de pesquisa, entre outros benefícios.

Ressaltamos que a Abinee não é contra a Zona Franca de Manaus. O que se procura é igualdade nas regras para fomentar a competitividade e o progresso científico e tecnológico no País como um todo, sem a introdução de desequilíbrios regionais artificiais.

Vinícius Roratto

Régis Haubert Diretor regional da Abinee

Abinee organiza espaço estratégico para associadas

Qualificação para MPEs

A FEEAI 2014 (6ª Feira de Eletro-Eletrônica + Energia + Automação Industrial), que ocorre de 18 a 21 de março, em Joinville (SC), contará com um estande coletivo organizado pela Abinee e Semmegra (Setorial Metalmecânico do Vale do Gravataí). As entidades receberam apoio da SDPI (Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento), que financiou mais de 50% dos custos da feira. Com a divisão entre os participantes, o investimento de cada empresa ficou em menos de 3%.

A Feira é um lugar estratégico para as empresas do setor mostrarem as suas inovações ao mercado. Em sua última edição, reuniu visitantes de 15 estados brasileiros, mostrou a inovação de 96 marcas nacionais e internacionais e teve visitação de mais de sete mil profissionais de empresas de todo o país.

Com o estande, a Abinee vai favorecer a participação de dez empresas associadas, que ficarão juntas com outras cinco associadas do Semmegra. São elas: Azanonatec, BCM, Cim-Team, Farcel, IMS, Logmaster, Sultech, Vertex e Wiretec.

Chega ao segundo ano o Projeto de Desenvolvimento da Cadeia de Valor de MPEs, realizado pela Abinee e Sebrae, que busca atuar nas principais necessidades diagnosticadas em cada elo da cadeia de valor das micro e pequenas empresas do setor eletroeletrônico.

Já fazem parte do projeto as associadas da Abinee CAF e Sultech e também AG Cabos, Alfacomp, Datacabos, Monta Brasil, Mpress e PY3. As empresas que desejem participar das ações ainda este ano devem entrar em contato com a Abinee para solicitar o termo de adesão.

A novidade para 2014 foi a inclusão do Programa Rumo à ISO, no qual o Sebrae apoia em 80% – ou 85% para as empresas associadas da Abinee – na preparação para a certificação ISO 9001 e oferece ainda apoio de 50% nas despesas com a certificação inicial.

Fotos: Vinícius Roratto

Governo se mostra a favor da renovação

S

ecretário da pasta de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik recebeu com bons olhos a mobilização que a Abinee vem realizando no país em favor da renovação da Lei de Informática – que gerou mais de 90 mil empregos entre 1993 e 2011 e investimentos na casa de R$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento – e contra a prorrogação dos incentivos da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos, assunto que deverá retornar à pauta no Congresso. O encontro reuniu o assessor de coordenação da Abinee, Anderson Jorge de Souza Filho, o diretor regional da entidade, Régis Haubert, o presidente da AGDI, Ivan De Pellegrin, e o diretor-presidente do Badesul, Marcelo de Carvalho Lopes, em fevereiro, na sede da SDPI. “Existem empresas no Rio Grande do Sul beneficiadas pela Lei de Informática e que em contrapartida investem fortemente em pesquisa e desenvolvimento”, explicou Anderson Jorge de Souza Filho, que mostrou ao secretário o estudo Zona Franca de Manaus: Desafios e Vulnerabilidades, criado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas do Senado, que mostra que cada emprego gerado na Zona Franca custa R$ 200 mil em incentivos fiscais.

“Não somos contra a Zona Franca de Manaus, só queremos condições para competir”, defendeu Knijnik.

Inicialmente, previstos para durar até 1997, os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus primeiro foram esticados até 2013. Agora, o governo quer prorrogar até 2073.

Mauro Knijnik Secretário da pasta de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) Somos parceiros de qualquer luta que defenda os interesses da indústria nacional

Anderson Jorge Assessor de Coordenação da Abinee Queremos que as regras sejam iguais, tanto para a Zona Franca como para a Lei de Informática

Eventos FEEAI 2014 A 6ª Feira de Eletroeletrônica + Energia + Automação Industrial espera superar os números da última edição: visitação de quase 8 mil profissionais de 15 estados e participação de 96 marcas nacionais e internacionais.

Complexo Expoville – Joinville (SC) 18 a 21 de março ISC Brasil 2014 A 9a Feira e Conferência Internacional de Segurança vai reunir cerca de 150 expositores e receber mais de 10 mil compradores. Com mais de 37 anos e duas edições anuais nos Estados Unidos, a ISC é uma das maiores feiras mundiais do ramo de segurança. Evento apoiado pela Abinee.

Expo Center Norte - Pavilhão Verde - São Paulo (SP) 19 a 21 de março Cards, Payment & Identification Considerada a maior feira de tecnologia para o setor de Cartões, Meios Eletrônicos de Pagamento, Identificação e Certificação Digital da América Latina. Em 2013, reuniu 130 marcas expositoras e recebeu mais de sete mil visitantes.

Transamerica Expo Center – São Paulo (SP) 9 a 11 de abril TIC Brasil Com apoio da Abinee, o III Fórum TIC Brasil traz o tema “Discutindo as governanças corporativas”. O objetivo é apresentar soluções e melhores práticas de verificação dos recursos da Tecnologia da Informação e Comunicação na gestão pública, reunindo os grandes gestores de TIC do Governo Federal, Estaduais e Municipais.

Hotel Naoum Plaza Brasília – Brasília (DF) 23 de abril Forind Nordeste A 6a Feira de Fornecedores Industriais pretende atender demandas de energia, metalmecânica, elétrica e eletrônica, refrigeração, marcenaria e móveis. São esperados cerca de 300 expositores e mais de 10 mil visitantes. Evento com apoio da Abinee.

Centro de Convenções de Pernambuco – Recife (PE) 22 a 25 de abril

Paulo Pierobom

Presidente da Azanonatec A Azanonatec é especializada na criação de acessórios e software para plataforma POS (máquinas de cartão de crédito). Associada da Abinee, desenvolveu também um armário digital que pode ser aberto com biometria, cartão de aproximação ou código de barras.

Nilton Santolin

Como se dá o processo de inovação na Azanonatec?

O processo de “invenção” se dá puramente na observação de necessidade do mercado aliado a uma equipe capaz e criativa, o que é indispensável para uma inovação virar produto.

Quais os principais entraves do mercado hoje?

O custo Brasil nos impede de ser competitivo. A falta de incentivo a créditos fáceis também é um entrave. Não estou pedindo verbas a fundo perdido, quero pagar, mas essas linhas que se apresentam como, por exemplo, as do FINEP, não atingem a realidade das pequenas empresa, pois precisam garantias reais para valores muito superiores aos que demandamos.

Que perspectivas o senhor enxerga para o mercado elétrico e eletrônico nos próximos 5 anos?

O mercado em geral vai sofrer muito com essa desindustrialização paulatina, e empresa que não for criativa vai sentir muito. Para a Azanonatec, o caminho a seguir será muito mais intelectual do que industrial. O que vai pesar mais será o conteúdo do software embarcado do que o hardware utilizado.

Como foi o resultado do Prêmio Desafio Brasil que a empresa estava competindo?

Participamos do Prêmio Desafio Brasil com o intuito de divulgar nossas ideias e, se caso fôssemos vencedores, melhor.

Ficamos entre os seis finalistas do Rio Grande do Sul.

expediente Esta é uma publicação exclusiva da regional RS da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica Diretor regional: Régis Sell Haubert | Vice-diretor regional: Aderbal Fernandes Lima | Gerente regional: Oscar Rudy Kronmeyer Filho Gestor de projetos: Antônio Costa Sobrinho | Gestora de projetos: Virgínia Silva Dias | Suporte administrativo: Thiago Danelon Av. Ipiranga, 6681, conjs. 116/118 - Tecnopuc - CEP 90619-900 - Porto Alegre/RS - Telefone: (51) 3384.0020 - E-mail: abineers@via-rs.net - Site: www.abinee.org.br Produção editorial: Vicente Medeiros Comunicação | Tiragem: 1.000 exemplares