Ed12cap13

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Capítulo 13

I

Anatomia Interna

Constrição Apical A presença de uma constrição apical é imprevisível. Frequentemente, não existe constrição apical. Foi proposto que a junção cementodentinária forma a constrição apical; contudo, este conceito é incorreto. De fato, a junção é de difícil determinação clínica precisa,42 e a extensão intracanal do cemento é variável. Se uma constrição apical estiver presente, ela não é visível em uma radiografia e geralmente não é perceptível ao tato utilizando-se uma lima, até mesmo pelo profissional mais capacitado.

VARIAÇÕES DA ANATOMIA RADICULAR E PULPAR Exemplos representativos dos grupos de dentes estão esquematizados de forma diagramática no Apêndice, onde tanto os aspectos transversais quanto os longitudinais estão delineados. Além disso, a anatomia pulpar de cada grupo está representada em relação ao formato da cirurgia de acesso. Ocasionalmente, os dentes variam significativamente na anatomia radicular ou, mais provavelmente, na anatomia pulpar. Tais variações e anormalidades são mais comuns em incisivos laterais superiores,47-49 pré-molares inferiores,50 e molares superiores.51,52 A morfologia incomum da raiz tende a ser bilateral.53

Dens Invaginatus (Dens in Dente) O dens invaginatus, que é mais comum nos incisivos laterais superiores,54 resulta de uma dobradura interna do órgão do esmalte durante a proliferação, e é uma anomalia de morfodiferenciação (Fig. 13-15). Ele frequentemente resulta em

A

uma comunicação precoce da cavidade bucal com a polpa, requerendo o tratamento do canal radicular.55 O dens invaginatus mostra graus variáveis de severidade e complexidade.56,57 Os casos mais severos devem ser encaminhados para um especialista, pois requerem com frequência um tratamento especial, tal como uma cirurgia. O prognóstico de cada tratamento frequentemente é questionável. A invaginação é, em geral, visível nas radiografias; contudo, ela é frequentemente pequena e obscura. A escavação lingual nos dentes anterosuperiores representa uma forma menor do dens invaginatus.

Dens Evaginatus Uma variação do dens invaginatus,58 o dens evaginatus é mais comum nos pré-molares inferiores e em indivíduos de origem asiática, assim como nos nativos americanos e nos hispânicos. Clinicamente, o dens evaginatus aparece como uma proeminência pequena aberta na superfície oclusal, mas pode não ser óbvia radiograficamente (Fig. 13-16). Estes tubérculos frequentemente contêm uma extensão da polpa. Quando estes tubérculos frágeis fraturam, a polpa é exposta e torna-se necrótica, necessitando de apicificação. Existem diversas medidas de tratamento para prevenir esta exposição acidental da polpa. Um dos métodos é a remoção do tubérculo, antes que ele frature, com uma broca e, então, o capeamento, seguido de uma boa restauração.59

Cornos Pulpares Proeminentes Ocasionalmente, um corno pulpar estende-se para muito além na região da cúspide, resultando em exposição prematura por cáries ou em exposições acidentais durante os

B

Figura 13-15 Dens invaginatus. A, A invaginação é visível na superfície lingual (seta) deste incisivo de formato anormal. B, A

invaginação é revestida internamente por esmalte (seta). Através da comunicação com a polpa, a exposição resulta em necrose pulpar e patologia apical. Estas situações são difíceis de serem tratadas. (Cortesia do Dr. W. Johnson.)


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