Michelle celmer paixão intensa (desejo 210)

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Desejo 210 - Paixão Intensa - Michelle Celmer

Então era mais um motivo para se separarem. — Quer que a acompanhe até sua suíte? — Acho que sim. Ainda me perco neste palácio. — Amanhã pedirei que Cleo faça um mapa para você. Dois dias antes Marcus pouco se importaria, mas agora desejava que Vanessa se sentisse confortável sempre no palácio. Era o mínimo que podia fazer. Levantou-se e sentiu o ar frio da noite na pele, estendendo a mão para ajudá-la. Vanessa tinha uma mão pequena e frágil, e foi bom segurá-la, porque ela perdeu o equilíbrio e quase caiu na piscina. — Tudo bem? — questionou ele, afastando-a da borda. — Sim. — Vanessa balançou a cabeça, agarrando a mão dele com força. — Não deveria ter tomado o último drinque. Foi demais. — Quer se sentar na cadeira? Ela pareceu pensar por um segundo e depois respondeu: — Acho melhor me deitar logo. Marcus pensou em sugerir que deitassem juntos, entretanto, nunca diria isso em voz alta. E, o mais importante, jamais faria tal coisa. É O cúmulo do constrangimento! Sentindo-se uma idiota, Vanessa se agarrou ao braço de Marcus que a conduzia pelo pátio. — E agora também vai pensar que sou alcoólatra — resmungou contrafeita. Marcus riu, fazendo surgir covinhas no rosto e deixando Vanessa acalorada. Ele precisava ser assim tão... charmoso? — Talvez pensasse se tivesse tomado dez drinques — respondeu ele, parando para Vanessa pegar seu celular e ambos calçarem as sandálias. — Mas só tomou três, nem terminou o último. Creio que a tontura tem mais a ver com a diferença de fuso horário. — E diferença de fuso horário pode dar tontura? — Claro, assim como o cansaço. Acredita que pode subir as escadas? Senão terei de carregá-la. E isso seria a humilhação final, refletiu ela. Não. Preferia se agarrar ao braço de Marcus. Ficava pensando como seria abraçá-lo de verdade. É claro que jamais faria isso e não estaria se sentindo assim se não fosse pelo álcool em seu cérebro. Bem, talvez se sentisse, mas jamais em tempo algum iria abraçá-lo ou acariciálo. Mesmo que estivesse feliz porque Marcus a elogiara por sua inteligência, coragem e sucesso. E deixara de lado a questão da beleza. Em geral sua beleza era o que a maioria das pessoas notava logo de início. O próprio Gabriel já mencionara centenas de vezes que ela era linda. Todavia Marcus parecia ignorar esse detalhe. — Acho que dou um jeito — murmurou ela. Mas ao chegarem às portas-janelas se deteve. — Será que poderíamos ir pelo jardim? — pediu Vanessa. — Por quê? Ela mordeu o lábio. — Estou envergonhada e receio que alguém me veja. Toda a criadagem já me julga uma pessoa horrível. Agora vão dizer que sou bêbeda e irresponsável. — O que importa? — Por favor — insistiu, empurrando Marcus na direção do atalho para o jardim. — Sinto-me tão estúpida. — Não precisa. Contudo se faz questão entraremos pela porta lateral. — Obrigada. Agora que se levantara Vanessa se sentia mais firme, mas continuou a segurar o braço dele. Só por garantia. Ou porque era bom. Marcus era alto, forte e passava a

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