JornalCana Edição 274/Novembro 2016

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LOGÍSTICA & TRANSPORTES

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PROCURA-SE! Usina investe na formação de mantenedores de frotas para suprir a escassez de profissionais da área LUIZA BARSSI, DE VALINHOS, SP

les estão escassos. Quase raros. Precisando atender as necessidades do crescimento da frota nacional e com a evolução tecnológica dos equipamentos, a Usina São José da Estiva em Novo Horizonte, São Paulo investe na formação de profissionais de manutenção na própria usina, os chamados pratas da casa, para manter a frota em atividade. Segundo o gerente de manutenção automotiva da empresa, Oudelso Val Junior, a usina tem visto que esses profissionais estão cada vez mais difíceis de ser encontrados. Uma forma lógica que adotaram para amenizar essa situação, foi investir em treinamentos dos profissionais que já prestam serviços para a empresa, de operadores a colaboradores da manutenção. Esse é um trabalho homeopático, onde os resultados não são imediatos, mas são sólidos com uma colheita garantida e farta. “Além de você sanar sua dificuldade em encontrar

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Oudelso Val Junior, gerente de manutenção automotiva da São José da Estiva

profissionais competentes, com os treinamentos, você também dá uma oportunidade para o colaborador crescer profissionalmente e consequentemente há um crescimento pessoal, com uma melhora da sua qualidade de vida e de sua família”, explica Oudelso. A São José da Estiva adota três principais ações, operador mantenedor, MPT — Manutenção Produtiva Total e Pit Stop, e

hoje possui 80% de seus operadores de colhedoras capacitados como mantenedor. No final de 2016 com a parceria da Empresa EBA esse quadro foi completado. Nessa capacitação participam além dos operadores, os líderes de colheita, líderes da manutenção e mecânicos. O operador mantenedor com os conhecimentos adquiridos, preenche um book durante a semana de trabalho dos serviços que serão realizados a cada oito

dias. Junto com esse Book os mecânicos da frente de colheita também efetuam um check-list nesse mesmo período. Todas essas informações são enviadas ao responsável da manutenção e dos controles — MPT. Esses por sua vez, vão providenciando as peças e agregados que serão utilizados na preventiva. O responsável pelo MPT analisa os problemas e verifica se é repetitivo ou prematuro. O ganho dessas ações se reverte em um tempo menor de parada e as intervenções são cirúrgicas. “Outro item que colabora muito com a manutenção, é que estamos trabalhando na colheita em turno de dez horas, onde nas quatro horas de intervalo, também efetuamos as preventivas”, comenta o gerente. O conjunto desses trabalhos reverte em maior disponibilidade e maior confiabilidade das colhedoras, consequentemente maior produção e um menor CRM. Anteriormente a implantação do operador mantenedor, possuía dois mecânicos por frente por turno, hoje a usina tem somente um mecânico por frente por turno. Para completar essa estrutura existe o Pit Stop, onde são efetuados pequenos reparos mecânicos e elétricos, calibragem, medição de sulco dos pneus e alinhamento, bem como a coleta de óleo para análise físico e química em laboratório próprio, regulagens dos freios e lubrificação. “O próximo passo será a realização das minirreformas”, finaliza Oudelso.


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