Diário Oficial - Alerj Notícias (10/09/15)

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2 ESTA PARTE É EDITADA ELETRONICAMENTE DESDE 1º DE JULHO DE 2005

PARTE II PODER LEGISLATIVO

ANO XLI - Nº 165 QUINTA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2015

Alerj vai doar R$ 1,6 milhão para barco da Uerj

Terminal em Angra tem licença prorrogada

Fórum discute crise do setor automotivo

Reitor conversa com presidente da Casa e recebe ajuda >Página 2

Deputado coloca prefeita e secretário frente a frente >Página 2

Evento contou com a participação do governador Pezão >Página 3

Comissão estuda proibir Uber Audiência na Alerj contou, pela primeira vez, com diretor do serviço no Brasil Foto: Lucas Moritz

VANESSA S CHUMACKER

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Foto: Iara Pinheiro

Taxistas do Rio uniram-se para barrar a aprovação do funcionamento do aplicativo na cidade. Ontem, o diretor do Uber, Daniel Mangabeira (em pé) participou de audiência

Capital

IMPRESSO

Prefeito do Rio decide destino do app na cidade Na capital fluminense, a Câmara de Vereadores aprovou, no fim de agosto, a proibição do aplicativo Uber, sob pena de multa (R$ 1.360) e apreensão do veículo. Dos 48 vereadores presentes na sessão, 43 votaram a favor. A norma seguiu para o

prefeito Eduardo Paes, que tem 15 dias para sancioná-la. O Uber é um aplicativo com o qual usuários cadastrados podem pedir um motorista particular. Ele já funciona em 300 cidades ao redor do mundo e, no Brasil, está em São Paulo,

Belo Horizonte e Brasília, além do Rio. Na capital paulista, o serviço também provoca polêmica. Ontem, taxistas pararam as principais ruas da cidade para protestar e acompanhar a votação de projeto de lei que proíbe o aplicativo.

Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) estuda proibir aplicativos que atuam no serviço de transporte particular de passageiros, como Uber e Resolve Aí. Em audiência pública ontem (09/09), o vice-presidente da comissão, deputado Dionísio Lins (PP), disse que os aplicativos são ilegais e precisam ser impedidos de atuar. O parlamentar vai enviar à mesa diretora ofício pedindo que o projeto de lei 3.022/15, de sua autoria, seja colocado em pauta para votação em regime de urgência: “O Uber é ilgeal, considero transporte pirata. O Resolve Aí está ocupando pontos de táxi, quero saber de onde veio a licença”. Para o presidente da comissão, deputado Marcelo Simão (PMDB), os serviços estão tirando a vaga de profissionais regularizados e habilitados para a função de taxista. “Essa concorrência é desleal”, definiu o parlamentar. Regulamentação Representante do Uber no Brasil, Daniel Mangabeira disse que o aplicativo é uma nova forma de fazer transporte urbano e de prestar serviço na cidade. “O Uber está aqui numa discussão muito maior, de um mercado novo”, disse. Ele destacou que leis federais permitem o funcionamento do serviço. “De acordo com a legislação brasileira, operamos no mercado de forma legal, porém, ainda não regulamentada. O Uber não é concorrente, é complementar e não entra em conflito com os táxis. Ele con-

tribui para reduzir o número de carros nas ruas”, afirmou. Estudo feito pelo aplicativo, acrescentou Mangabeira, apontou que 80% dos passageiros usariam o próprio carro se não houvesse o Uber e 70% iriam de táxi. “É importante discutir a regulação em benefício da cidade”, disse. Ele propôs a criação de uma taxa, a ser paga pelos motoristas do Uber, e que seria revertida para um fundo de investimento na melhoria de ônibus, táxis e trens da cidade. De acordo com Mangabeira, a medida será implantada na Cidade do México, onde o aplicativo já é regulamentado. Legislação Segundo o presidente da Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi do Brasil (Aamotab), André de Oliveira, o Uber é uma prestação de serviço “ilegal”. “Queremos desmascarar essa farsa. Já temos 30 mil táxis no Rio. Aumentar o número de carros na rua vai provocar um caos no trânsito”, disse. “Já temos aplicativos, como o 99 Táxis e o Easy Táxis, que atendem muito bem, inclusive com oferta de táxis de luxo, especiais ou executivos.” O secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que não cabe ao Governo do Estado legislar sobre o transporte de passageiros. “É competência dos municípios a questão da regulação do transporte individual de passageiros por cobrança. Se Id: 1883487 existe necessidade de mudança, o fórum é a Câmara de Vereadores. A posição do Estado é fazer cumprir a lei, e ela diz que o sistema individual de passageiros por cobrança só pode ser feito por táxis registrados”, afirmou Osório.


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