TCC de Graduação em Arquitetura e Urbanismo - Alan Oliveira 2021

Parque Esportivo Villares

Apropriação de Espaço Urbano e requalificação de área degradada Estudo para implantação Parque Esportivo Sorocaba | 2021

Alan Oliveira | RA: B91534-0

Alan Oliveira | RA: B91534-0

Apropriação de Espaço Urbano e requalificação de área degradada Estudo para implantação Parque Esportivo Trabalho de Final de Graduação apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paulista de Sorocaba.

Orientador: Profª. Drª Teresinha Maria Fortes Bustamante Debrassi Sorocaba 2021

Introdução Com o desenvolvimento da cidade no decorrer do tempo, o uso de sua área central passou por diversas mudanças, de forma que elementos que antes favoreciam seu desenvolvimento hoje se tornaram barreiras e sinônimo de abandono e degradação, podendo ser utilizadas para atender a crescente demanda por lazer, recreação, contato com a natureza e outras atividades relacionadas ao bem‐estar social, bem como, minimizar os problemas ambientais e ecológicos. Considerando esta perspectiva, este trabalho propõe uma nova alternativa para utilização de área urbana degradada, abandonada e subutilizada permitindo que possa ser recuperada em benefício da população, do município e do meio ambiente, através da implantação de um parque esportivo.

De acordo com Sanches (2011) áreas em situação de abandono em uma cidade levam à depreciação do entorno. A falta de identidade da comunidade com o local favorece o abandono e o surgimento da criminalidade, enquanto a transformação de áreas degradadas transformam o problema em oportunidade, acolhendo a sociedade e valorizando seu entorno.

A implantação de uma nova área vegetada com o uso de mecanismos que auxiliam na drenagem urbana, na mobilidade e na contenção de cheias, além de oferecer alternativas para problemas atuais do local criam novas áreas de lazer e recreação associadas à elementos que favorecem a prática de esportes, proporcionando à população mais qualidade de vida.

Além de proporcionar benefícios à saúde, atividades físicas contribuem para o desenvolvimento das crianças e adolescentes, pois auxiliam na formação social, ensinando a respeitar regras e conviver em grupo, trabalhando em equipe e permitindo sua inclusão na sociedade.

Objetivos Este projeto busca acima de tudo a recuperação de uma área industrial degradada permitindo a apropriação do espaço urbano pela população eliminando barreiras criadas na área central do município, propondo elementos que favoreçam a qualidade do espaço urbano e demonstrando a importância do meio ambiente revertido em benefícios sociais, psicológicos e físicos à população.

Objetivos Específicos • RECUPERAR O MEIO AMBIENTE - Recuperar uma área, hoje degradada, promovendo o tratamento e preservação do meio ambiente através de alternativas naturais como a fitorremediação, transformando a paisagem local em um ambiente vegetado que proporcione a fauna e flora local um novo refúgio; • PROMOVER A PRÁTICA DE ESPORTES – Promover uma transformação social através do esporte através do projeto de um centro esportivo que ofereça novas alternativas para a prática de esportes, permitindo a integração com a área externa do parque; • NOVAS CONEXÕES PARA A CIDADE - Permitir a conexão entre os bairros que circundam a área do parque através de caminhos vegetados, tornando-se alternativas que favorecem a mobilidade; • PROPORCIONAR UM LOCAL PARA LAZER E INTEGRAÇÃO SOCIAL – Proporcionar identidade e um novo significado ao local, aproximando a comunidade em um ambiente público de integração social; • AUXILIAR NA DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS EVITANDO CHEIAS - Utilizar o local como uma bacia de contenção de águas pluviais, permitindo comportar um volume maior de água em situação de cheias, e através das áreas permeáveis auxiliar na drenagem e na vazão deste volume.

Justificativa Com a intenção de recuperar uma área degradada que cumpra a função de infraestrutura verde para cidade e proporcione neste espaço integração entre vias, eliminando barreiras, promovendo a recuperação do meio ambiente, criando um mecanismo de auxílio na drenagem de águas pluviais e através disso promover a integração social, proporcionando elementos voltados ao lazer e à pratica de atividades físicas, o projeto busca devolver este espaço para as pessoas proporcionando um ambiente mais saudável.

De acordo com Nahas (2006), manter uma vida ativa através da pratica de atividades físicas possui importância significativa para a melhora da qualidade de vida e para o desenvolvimento saudável, pois ajuda na saúde mental, física e social, diminuindo níveis de ansiedade e estresse, ajudando no controle de doenças como: doenças do coração, diabetes, câncer, além de auxiliar na integração social de diversas faixas etárias, contribuindo para o bem estar dos indivíduos.

“Do ponto de vista ecológico, a população urbana carece de oportunidades de um maior contato com as áreas naturais, e a cidade, de abrigar maior da biodiversidade, como corredores ecológicos, parques e áreas de conservação, sem falar nos serviços ambientais que as áreas verdes promovem, de minimização de enchentes, assoreamento, erosões, controle da temperatura e melhoria da qualidade do ar.“ (Sanches, 2011, p.28).

Outro ponto importante é o número elevado de habitantes e de pessoas que passam a maior parte do tempo dentro da cidade reafirmando a necessidade de um ambiente que possa ser utilizado para atividades esportivas, lazer, convívio social e cultural, desenvolvendo e valorizando o espaço.

Parque do Ibirapuera. Fonte:<https://exame.com/brasil/em-primeirodia-de-abertura-parque-ibirapuera-recebe-65-mil-visitantes/> Acesso em Maio de 2021

Metodologia Essa proposta de intervenção urbana está dividido em 04 etapas que darão embasamento para seu desenvolvimento, sem perder a essência de pensar em um projeto que seja atrativo, de forma a atender as necessidades impostas pela topografia, adversidades e elementos do local, conservando o contexto histórico de um elemento que faz parte do desenvolvimento do município.

01. Levantamento de dados a. Dados históricos da cidade e do complexo construído para abrigar a empresa metalúrgica; b. Dados obtidos através de Mapas do entorno; c.

Dados para análise do terreno.

02. Fundamentos teóricos Para embasamento de conceitos como: a. Criar espaços públicos atrativos; b. Elementos necessários para centros esportivos; c. Promover a recuperação de áreas degradadas; d. Benefícios obtidos através da pratica de atividades físicas; e.

A valorização de espaços públicos e os impactos na vida de seus moradores.

03. Estudo de caso Analise de projetos de parques urbanos e de centros esportivos que promoveram uma mudança significativa em seu entorno.

01. Parque da Juventude; 02. Le Parc du Chemin de L’Ile - Nanterre - França 03. Ginásio de Esportes do Colégio São Luís

04. Definições Através da composição de um anteprojeto, amparado pelo programa de necessidades e do conceito e partido (arquitetônico e paisagístico) que permita a apresentação de uma proposta consistente de projeto que integre o atendimento das necessidades, a recuperação de uma área degradada, associados ao objetivo de desenvolver um ambiente que promova o bem-estar através de elementos atrativos para a população.

Parque do Ibirapuera Fonte:<https://www.frontliner.com.br/parque-ibirapueracompleta-65-anos-com-programacao-especial/> Acesso em Maio de 2021

Sumário

01 Objeto de Estudo ................................... 06 02 Problemática ......................................... 20 03 Políticas Públicas ................................... 24 04 Estratégias Adotadas ............................ 33 05

Estudos de Caso ................................... 37

06 Conceito | Partido | Público Alvo........ 48 07 Projeto Urbanístico ................................ 49 08 Projeto arquitetônico ............................ 58 09 Considerações Finais ............................ 87 Referências Bibliográficas ............................ 88

01

Objeto de Estudo

Caracterização de área de intervenção com base nos estudos sobre a região para formação de Partido do Projeto.

Caracterização do local Dados Territoriais e Ambientais do Município Caracterização da área escolhida Contexto histórico - O município As mutações sofridas pelo Rio Sorocaba As mutações e o histórico de enchentes História da Indústria no Município O legado das indústrias no município História da Villares

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Caracterização do local O MUNICÍPIO DE SOROCABA Sorocaba está localizada no interior do estado de São Paulo. É a nona mais populosa do estado e a trigésima segunda no Brasil, com população estimada em 687.357 habitantes, conforme estimativa do IBGE para 2020, levando em consideração , sendo uma capital regional. Possui uma área de 450,38 km².

Dados Territoriais e Ambientais do Município Com área da unidade territorial de 450,382 km², o Município está localizado em uma região com bioma dividido entre Mata Atlântica e Cerrado, oferecendo abrigo a diferentes tipos de vegetação e de fauna.

Sorocaba possui aproximadamente 15.938,7 km² de parques, sendo que 13.293,2 m² estão dentro de APP, conforme levantamento realizado (PAIFER, 2020).

Sendo uma das dez cidades mais populosas do estado, Sorocaba possui características predominante empresarial para industrialização e serviços, o que estimula a circulação de moradores de outros municípios, devido as oportunidades de trabalho e de ensino.

Em 2010 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Sorocaba obteve nota de 0,798.

Considerada uma nota alto, foi obtida em função dos índices de longevidade, renda e educação.

TERRITÓRIO E AMBIENTE Fundação .....................................................

1654

Área da unidade territorial [2019] .............

450,4 km²

População estimada [2020] ......................

687.357

População no último censo [2010] ...........

586.625

Sorocaba tem grande representatividade no Produto Interno Bruto (PIB) paulista, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018, em 2016 Sorocaba foi responsável por 3,95% do PIB.

Área da unidade territorial [2019] .............. 450,4 km² População estimada [2020] ......................... 687.357 Esgotamento sanitário adequado [2010] ... 98 % Arborização de vias públicas [2010] .......... 82,2 % Urbanização de vias públicas [2010] ......... 48,5 % Bioma [2019] .................................................. Mata Atlântica / Cerrado

Mapas do Brasil e de São Paulo (Fonte: https: <//cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sorocaba/panorama>. Acesso 08/2020. Editado pelo autor)

Mapa do Estado de São Paulo

Mapa do Brasil

Mapa do Município de Sorocaba

Mapa de Sorocaba (Fonte Google Earth, 08/2020. Editado pelo autor) 7

Caracterização da área escolhida Terreno da antiga fabrica Villares Localizada às margens do Rio Sorocaba, possui área de 240 mil metros quadrados, próximo ao Centro da cidade em um ponto considerado nobre.

Dimensão: 240.000 m² Utilização anterior:

Sede de antiga metalúrgica

Ano da construção:

1937

Situação da construção:

Em processo de demolição

É uma área particular com grande potencial urbanístico e de uso, que está inutilizada, degradada e em estado de abandono, criando uma barreira na cidade que não permite sua ocupação.

Mapa do Município de Sorocaba 8

Mapa do Município de Sorocaba (Fonte Google Earth, 08/2020. Editado pelo autor) Área do terreno (Fonte Google Earth, 2020. Editado pelo autor)

Imagens do local escolhido

Área do terreno (Fonte Google Earth, 2020.

Editado pelo autor)

03

Foto da entrada da antiga empresa em direção ao Rio Sorocaba (foto autoral)

04

Área interna do terreno atrás do supermercado Coop (foto autoral)

01

Entrada principal da antiga empresa (foto autoral)

02

Foto da entrada da antiga empresa em direção à Rua Padre Madureira (foto autoral)

05

Área interna do terreno atrás do supermercado Coop (foto autoral)

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Imagens do local escolhido

Área do terreno (Fonte Google Earth, 2020.

Editado pelo autor)

08

10

Foto da linha férrea em direção ao terreno (foto autoral)

09

Foto da linha férrea sentido Oeste (foto autoral)

06

Foto da linha férrea sentido Leste (foto autoral)

07

Foto da linha férrea em direção ao terreno (foto autoral)

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Ocupações irregulares próximas da subestação (foto autoral)

Imagens do local escolhido

Área do terreno (Fonte Google Earth, 2020.

Editado pelo autor)

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Ponto de acesso futuro - R. João Ferreira da Silva (Imagem do Google Maps)

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Linha férrea elevada – Acesso ao parque pela R. D. Abreu Medeiros(Imagem do Google Maps)

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Vista da ponte da R. Padre Madureira em direção (Imagem do Google Maps)

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Entrada principal da antiga metalúrgica R. Padre Madureira (Imagem do Google Maps)

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Ponto de acesso futuro - R. Rafael Laino (Imagem do Google Maps)

11

Imagens do local escolhido

Área do terreno (Fonte Google Earth, 2020.

Editado pelo autor)

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12

Chegada do Córrego Lava-pés ao Rio Sorocaba (Imagem do Google Maps)

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Trajeto do Córrego Lava-pés (foto autoral)

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Linha férrea elevada - Acesso futuro pela Av. Dom Aguirre (Imagem do Google Maps)

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Ciclovia- Ponto de acesso futuro pela Av. Dom Aguirre (Imagem do Google Maps)

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Vista do lago da antiga metalúrgica (foto autoral)

Contexto histórico -

O município de Sorocaba

Após encontrar minério de ferro, no fim do século XVI, Afonso Sardinha e seu filho e Clemente Álvares que estavam no morro Araçoiaba à procura de ouro, logo comunicaram este fato ao Governador Geral e com isso se iniciou a exploração na região, estabelecendo a Vila de Nossa Senhora do Mont Serrat, vindo a ser transferido para Itavuvu.

Em 1654 foi construída a igreja de Nossa Senhora da Ponte pelo Cap. Baltazar Fernandes, atualmente ela é conhecida como igreja de São Bento. Este local foi sua casa de moradia no lajeado, onde fundou-se um povoado com o nome de Sorocaba, que em tupi-guarani, significa terra (“aba”) fendida ou rasgada (çoro).

Com a condição de que fosse construído um convento e mantivessem uma escola na região, para promover o povoamento do local, a igreja foi doada aos Beneditos de Paranaíba.

Com o tempo o pelourinho de Itavuvu foi transferido para Sorocaba formando a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.

O primeiro marco na economia de Sorocaba foi o bandeirismo, quando os Sorocabanos movimentaram-se além das linhas de Tordesilhas, montando entrepostos comerciais e de mineração. Outro ciclo iniciou-se com o Coronel Cristóvão Pereira de Abreu, que conduziu até Sorocaba a primeira tropa de muares. Mas tarde, Sorocaba tornou-se sede das feiras de muares. A Cidade, por força da sua privilegiada situação geográfica, transformou-se no eixo geo-econômico, entre as regiões norte e sul do Brasil, empenhados na mineração e na exploração das reservas florestais o norte; e na produção de animais de carga e de corte - o sul.

Apareceram em 1852, as primeiras tentativas fabris. No entanto, o comércio do algodão cru revertia melhores lucros aos sorocabanos. A cultura do algodão desenvolveu-se grandemente, a ponto de Luís Matheus Mailasky, o maior comprador de algodão da zona, construir em 1870, a Estrada de Ferro Sorocabana (inaugurada em 1875), para escoar a produção local. A ferrovia foi um dos fatores de desenvolvimento industrial, que teve início com a Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, primeira metalúrgica da América Latina, onde emergiu um dos grandes Sorocabanos, Francisco Adolfo de Varnhagem, o Visconde de Porto Seguro.

A partir da queda das exportações do algodão, os Sorocabanos passaram a aproveitar a produção local.

Assim Manoel José da Fonseca inaugurou, em 1882, a Fábrica de Tecido Nossa Senhora da Ponte; logo em 1890 apareceram as Fábricas Santa Rosália e Votorantim que deram início ao parque industrial de Sorocaba, justificando o título de “Manchester Paulista”.

Av. Dom Aguirre / Rio Sorocaba Disponível em: http://www.memorialsorocaba.com.br/historiade-Sorocaba. Acesso em 09/2020.

Conforme mapas da abaixo, é possível observar o crescimento da mancha urbana do município, que se iniciou próximo do Rio Sorocaba na região onde hoje é o centro da cidade e foi se expandindo com maior volume à margem esquerda do rio.

Trechos extraídos do site “Memorial - Câmara Municipal de Sorocaba” Disponível em:

Margens do Rio Sorocaba na altura do Terminal São Paulo Fonte:<http://sorocaba.cidadeinterativa3d.com.br/galeria/riosorocaba/?cbg_tz=180>

http://www.memorialsorocaba.com.br/historia-deSorocaba. Acesso em 09/2020.

A expansão da mancha urbana de Sorocaba às margens do rio

1800

1920

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2019

Mapas da Expansão da Mancha Urbana de Sorocaba. Fonte: Levantamento realizado para TCC - Paulo PAIFER, 2020. Editado pelo autor.

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História da Indústria no Município Feiras de Muares, a chegada do trem e a indústria têxtil Foi com a decadência dessas Feiras de Muares depois de 1850, em razão principalmente do advento dos transportes motorizados, notadamente como consequência da criação e expansão das linhas férreas pelo Brasil, que apareceram na cidade, já em 1852, as primeiras tentativas fabris de Sorocaba. Assim, logo em 1852 surgiram as primeiras iniciativas fabris em Sorocaba.

Passando também por uma época de plantio de algodão, que era exportado, porém após uma retomada do mercado pelos americanos, tornando a matéria prima brasileira menos procurada.

Em função da baixa na exportação, alternativas de aproveitamento regional foram buscadas, nascendo então a Fábrica de Tecidos “Nossa Senhora da Ponte”, em 1882, fundada por Manoel José da Fonseca, que abriu caminho para que novas fabricas aparecessem, e em 1890 estabeleceram-se as fábricas Santa Rosália, Santa Maria e Votorantim, somando-se a já existente Nossa Senhora da Ponte.

Sorocaba e a metalurgia

destaque ao Tropeirismo e às célebres Feiras de Muares. Sobreviveram essas fábricas de fiação e tecelagem até bem perto das décadas de 70 e 80 do século passado, quando já não podiam suportar a concorrência de manufaturados vindos dos chamados `Tigres Asiáticos´, onde sobretudo a mão de obra era das mais baratas do mundo, sem contar a reduzida tributação de importados.

Porém, Sorocaba, felizmente, já não mais dependia economicamente dessa atividade fabril do setor têxtil, em vista da grande evolução que a nova industrialização aberta nos primeiros anos da década de 60, com a política industrial então implantada no primeiro governo do prefeito Armando Pannunzio.

Localização das Primeiras Fábricas de Sorocaba Fábrica Santo Antônio

1910

Estrada de Ferro Sorocabana

Fábrica Santa Rosália

1870

1890

Siderúrgica Nossa Senhora Aparecida 1937

Fábrica Nossa Senhora da Ponte

1881

“A metalurgia sorocabana por outro lado, como fonte de economia para a cidade, não se limitou às explorações de ferro no Morro do Araçoyaba nos primórdios da povoação da região onde futuramente Baltazar Fernandes faria prosperar sua Vila de Nossa Senhora da Ponte e depois, já durante a experiência de Reino Unido e Império no século XIX, com a Real Fábrica de Ferro de São João de Ypanema. Os ferreiros também manufaturavam em suas pequenas forjas na cidade, depois da segunda metade do século XIX principalmente, machados, foices, enxadas e facões.

Coube ao alemão Fernando Schnor no entanto, já no início do século XX, montar em Sorocaba a primeira verdadeira Fábrica de Facas e Facões, que ainda em 1940 podia ser vista à rua da Penha. Em 1913, surgia igualmente a pequena Fábrica de Enxadas “Nossa Senhora Aparecida”, na rua XV de Novembro. Ao contrário de todas as outras iniciativas metalúrgicas que houve em nossa cidade, aquela fábrica de enxadas da rua XV cresceu, desenvolveu-se assustadoramente e constituiu-se na célebre Indústria Metalúrgica “Nossa Senhora Aparecida”, instalada posteriormente à rua Padre Madureira e que subsistiu praticamente até a virada do milênio, mesmo se agregada nos anos 90 ao Grupo Villares.”

LEGENDA Fábrica São Paulo

Chegado o século XX, a expansão fabril-industrial de Sorocaba continuou. Aquelas pequenas fabricas têxteis que haviam sido fundadas no final do século anterior cresceram, tornandose verdadeiras potencias industriais, ao lado de muitas outras fábricas de fiação e tecelagem que surgiam na cidade de ano para ano.

Sorocaba transformara-se rapidamente, assim, numa cidade operária, de economia baseada essencialmente em seu parque fabril, deixando para a História importantes ciclos precedentes, com 14

Primeiras Fábricas Rio Estrada de ferro Área do terreno

1909

Fábrica Santa Maria

A expansão industrial de Sorocaba

Centro de Sorocaba

0

100 200 300

500

1000

1909

Mapa das primeiras fábricas de Sorocaba Fonte: Desenvolvido pelo autor com base no Google Earth, 2020 / 2021 e informações do site TURISMO SOROCABA. Disponível em: <http://turismo.sorocaba.sp.gov.br/categorias_visite/arquitetonicos-religiosos/> Textos extraídos da matéria “Vocação industrial vem desde o início da povoação da região” do Diário de Sorocaba.

Fonte: <http://diariodesorocaba.com.br/noticia/222425.> Acesso em Setembro de 2020.

O legado das indústrias no município

Fábrica de Tecidos Nossa Senhora da Ponte Fonte:<https://biblioteca.ibge.gov.br/bibliote ca-catalogo.html?id=446520&view=detalhes>

Na passagem do século XIX para o século XX a Industria têxtil foi considerada o principal ator na economia Sorocabana. Suas instalações que serviram para abrigar as tecelagens que impulsionaram a economia hoje fazem parte da memória coletiva, pois ajudaram a construir a história de muitas famílias, hoje muitas delas encontram-se deterioradas, abandonada ou esquecidas.

Em 1881 surgiu Fábrica de Tecidos Nossa Senhora da Ponte, a primeira das fabricas a ser fundada, seguida pelas fábricas Votorantim e Santa Rosália. Logo mais tarde, no inicio do século XX surgiriam outras como a Fábrica São Paulo, Santa Marial e Santo Antônio, alavancadas pelos investimentos da Companhia Nacional de Estamparia (Cianê). Estes empreendimentos foram sendo instalados estrategicamente ao longo do leito ferroviário e próximo ao Rio Sorocaba , local que, além de facilitar o recebimento de insumos e o escoamento da produção com destino à exportação via porto de Santos, também possuía baixo custo de investimento inicial pois os terrenos eram pouco valorizados, correspondendo à periferia da cidade.

Estes empreendimentos industriais eram rodeados por suas respectivas vilas operárias, dando início ao surgimento de novos bairros e para o desenvolvimento de novas regiões, que foram adensando a malha urbana em seu entorno.

Fábrica São Paulo - Acervo: Oficina Geo Histórica Adolfo Frioli Fonte:<http://www.brasilbook.com.br/es.asp? e=40&numero=8>

Após a decadência do setor no município e o fechamento dessas indústrias, que faziam parte da memória da população, suas localizações já não eram mais atrativas para a instalação de novas industrias, levando muitas delas a permanecerem fechadas e sem uso, o que levou muitas dessas empresas a terem suas instalações adaptadas a novos usos. Como é o caso da Fábrica de Tecidos Santa Rosália, que teve suas instalações adaptadas ao uso como hipermercado Extra e da Fábrica Nossa Senhora da Ponte, que após um breve momento abrigando a biblioteca municipal (1996-2004), teve sua estrutura modificada e hoje juntamente com sua vizinha, a Fábrica Santo Antônio, abriga o Shopping Pátio Cianê.

O complexo da Estrada de Ferro Sorocabana, possui a maior parte de suas instalações vazias, utilizada apenas para reforma de vagões. Os trilhos que transportavam passageiros até 1999, hoje são apenas passagem para vagões de carga. Sendo, O único elemento desta época que é utilizado pela prefeitura e continua a receber manutenção é a Estação Ferroviária de Sorocaba que abriga o Museu de Arte Contemporânea e que atualmente encontra-se fechado.

Trecho de “Controle e Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas”, p.02.

Após passar pela administração dos grupos Villares e Gerdau, a Siderúrgica Nossa Senhora Aparecida teve suas atividades encerradas e seu edifício, assim como e o complexo da antiga Estrada de Ferro Sorocabana EFS encontram-se atualmente abandonadas e assoladas pelo vandalismo. Um dos anexos da Siderúrgica Nossa Senhora Aparecida, antigamente utilizado como usina elétrica a diesel, foi nomeado pela prefeitura como Usina cultural, e após passar por reformas é utilizado pela prefeitura em ocasionais eventos, porém permanece isolado da área urbana.

Estes elementos que impulsionaram o crescimento do mercado e do capital da região, fornecendo empregos e movimentando a economia de Sorocaba, foram marcos na história do município e da região, porém hoje com as mudanças sofridas no cenário urbano se tornaram elementos que segregam a malha, podem ter seu uso revertido em benefício da população e novamente fortalecer a economia local, se tornando ferramentas que favorecem o bem estar das pessoas e do meio ambiente.

“A concentração das fábricas, a industrialização e a necessidade de mão-deobra nos apresentam aglomerações, chamadas de cidades, com qualidade de vida precária e condições insuficientes de saneamento.

Muitas cidades da Europa de então, enfrentam graves problemas com a poluição do ar, com as pestes decorrentes de precários sistemas de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário, além de problemas com o acúmulo de resíduos em vias públicas. Cabe destacar o advento dos automóveis e as transformações pelo qual teve que passar todo o sistema viário para dar vazão a mais esse fluxo nas área urbanas.”

Disponível em: <http://observatoriogeograf icoamericalatina.org.mx/eg al10/Procesosambientales/I mpactoambiental/06.pdf> Fábrica de Tecidos Santa Rosália, fundada em 24 de outubro de 1890 Fonte:<http://turismo.sorocaba.sp.gov.br/cat egorias_visite/arquitetonicos-religiosos/> 15

História da Villares O complexo construído próximo ao centro da cidade foi fundada em 30 de abril de 1937 por Luiz Pinto Thomaz, a partir de uma fábrica de enxadas que se localizava na Rua 15 de Novembro.

Com histórico de mais de 83 anos dentro da cidade, abrigando empresas Metalúrgicas que impulsionaram o crescimento do mercado e do capital da região, fornecendo empregos e movimentando a economia de Sorocaba.

Seu surgimento em 1937 sob o nome de Metalúrgica Nossa Senhora Aparecida, foi uma das pioneiras da área metalúrgica na cidade e teve início com a produção e ferramentas agrícolas, passando por uma expansão em 1940, onde foram instalados o primeiro forno para produzir aço e os dois primeiros trens laminadores.

Em 1974, a fábrica passou se chamar Siderúrgica Nossa Senhora da Aparecida e em 1994 a aciaria da fábrica foi desativada.

Em 1988, o controle acionário da Siderúrgica Nossa Senhora Aparecida foi adquirido pelo Grupo Villares, cujo nome social passou a ser Aços (Ipanema) Villares S. A., posteriormente passou para a razão social de Aços Villares S.A. Em 1996, o setor de alta liga, passou a denominar-se de Villares Metals S.A., com linhas de produção em Sorocaba e Sumaré.

Em 2000, a Villares teve seu controle acionário adquirido pelo grupo espanhol Sidenor.

Em 2005, a Sidenor foi adquirida pelo grupo Gerdau, e a Villares passou a denominar-se Gerdau, produtora de aço e laminado do grupo Gerdau.

Metalúrgica Nossa Senhora da Aparecida e ao fundo o Rio Sorocaba em Sorocaba, SP Fonte:<https://biblioteca.ibge.gov.br/bibliotecacatalogo.html?id=446519&view=detalhes>

Em 2014, estabelecida no complexo da antiga Metalúrgica Nossa Senhora Aparecida, construída a 77 anos, a unidade da Gerdau anunciou o encerramento de suas atividades e de cerca de 160 postos de trabalho. A unidade de Sorocaba foi desmontada e teve sua produção de laminados transferida para outras plantas da empresa, devido ao cenário de incertezas da indústria do aço no Brasil e no mundo, levando a empresa à necessidade de otimizar seus processos operacionais.

Margeando a lateral esquerda do Rio Sorocaba, com área com 240 mil metros quadrados, está instalada em um ponto considerado nobre da cidade e alvo de especulação de empresas particulares, ocasionando muitos boatos sobre futuras instalações de shopping centers, supermercados e condomínios.

Em meio a um cenário de especulação, em 2014 os vereadores de Sorocaba aprovaram o projeto de lei do vereador José Crespo (DEM) que buscava declarar o imóvel particular pertencente ao Grupo Gerdau Área de Utilidade Pública, visando a desapropriação judicial ou a através aquisição pela Prefeitura por meio de acordo, impedindo que seja adquirida para fins de projetos imobiliários.

Localizada em um ponto estratégico da cidade, do ponto de vista mobilidade urbana e transporte público, sendo a proposta de Crespo que no local seja implantado um complexo multimodal de passageiros contendo estações rodoviárias intermunicipal e suburbana, terminal de integração, estação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). E que ofereça heliponto, hotel, restaurantes, lanchonetes, centro de convenção etc.

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Galpões da Metalúrgica abandonados após a desocupação Fonte:<https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/560204/gerd au-fechara-siderurgica-em-sorocaba>

As mutações sofridas pelo Rio Sorocaba

Mapas obtidos no blog Terceira Margem. Disponível em: <https://terceiramargem.org/2019/07/12/mapas-antigosrevelam-um-rio-sorocaba-mais-selvagem-saiba-como-era-opercurso-antes-das-obras-de-retificacao/>. Acesso em Maio de 2021

Área escolhida para o projeto

Testemunha da expansão e do desenvolvimento do município, o Rio Sorocaba é considerado o maior e mais importante afluente da margem esquerda do rio Tietê, possui 180 km de extensão em linha reta e 227 km considerando seu leito em trajeto natural (Smith, 2003).

Pertencente à bacia do rio Sorocaba e Médio Tietê, é formado pelos rios Sorocabuçu e Sorocamirim, que se encontram no município de Ibiúna e vão se juntando com outras pequenas nascentes até o seu primeiro represamento, dentro dos limites do município de Votorantim, o reservatório de Itupararanga.

Responsável pelo abastecimento da agricultura, pecuária, favorecer atividades industriais, por satisfazer outras necessidades desde as primeiras povoações do município e até transportar pequenas embarcações por seu leito.

O Rio como conhecemos hoje sofreu diversas mutações em suas características naturais ao longo da ocupação e do desenvolvimento urbano do município, conforme aponta o levantamento e estudo realizado por Paifer (2020) sobre as o rio e suas mutações, como a construção de uma ponte em 1891, para atender à chegada da estrada de ferro Sorocabana, que acarretou no aterramento de uma parcela da área para impedir seu espraiamento. Essa obra teve reflexo em 1929, que devido ao grande volume de chuvas da época ocasionou enchentes e prejuízos à população.

Outra modificação sofrida em suas margens foram as obras de barragem da represa de Itupararanga, entre os anos de 1908 e 1909. Propiciando a construção de usina hidrelétrica, considerada a segunda do estado de São Paulo.

Legenda Percurso atual

Meandros do antigo percurso Destaque da área escolhida para o projeto e diferença entre a sinuosidade do trajeto antigo e da atual situação do rio.

Outros impactos negativos sofridos, ocorreram nas décadas de 1960 a 1990 com o excesso de poluição decorrente do lançamento de esgoto doméstico e resíduos industriais, o que ocasionaram alterações físico-químicas da água, impactando várias espécies de peixe e gerando odor desagradável de esgoto que fez com que os frequentadores se afastassem do local.

Mapas obtidos no blog Terceira Margem com a sobreposição de imagem do Google Editado pelo autor. Conteúdo disponível em: <https://terceiramargem.org/2019/07/12/mapas-antigos-revelam-um-riosorocaba-mais-selvagem-saiba-como-era-o-percurso-antes-das-obras-deretificacao/>. Acesso em Maio de 2021. Editado pelo autor

17

As mutações e o histórico de enchentes Com a definição da malha urbana e dos interesses para atender aos interesses de distribuição do sistema viário. Tratando-se de uma cidade que não teve seu crescimento planejado, tendo em alguns casos apenas uma via para algumas áreas específicas, e outras situações em que o crescimento desordenado da cidade conduziu a evolução da cidade para o total favorecimento dos automóveis, deixando um histórico de equívocos cometidos pelo poder público que fragilizam algumas áreas do ponto de vista ambiental e do bem estar de seus habitantes.

Um exemplo desta situação é a Av. Marginal Dom Aguirre, que constitui o maior eixo estruturador da cidade, onde seu favorecimento é voltado ao trafego de veículos e para chegar ao estado atual, o Rio Sorocaba sofreu diversas alterações em seu percurso, onde seus meandros que anteriormente permitiam a redução de seu fluxo e sua expansão em períodos de cheias. Essas modificações cobraram seu preço ao longo da história, com o comprometimento da mata ciliar, aumento da impermeabilização do solo e o desmatamento a cidade e a população sofreram com diversas inundações e enchentes ao longo dos anos.

1929

1977

1982

1983

1987

1991

1994

A seguir são apresentadas algumas imagens de um alagamento ocorrido no ano de 2007 na região do Parque das Águas, local próximo da área de intervenção, também localizado às margens do Rio Sorocaba em seguida serão apresentadas notícias retiradas do acervo do Jornal Cruzeiro do Sul, em ordem cronológica, onde é evidenciado que este problema persiste há décadas.

Mesmo com as intervenções da prefeitura, para conter o problema, como a construção da bacia de contenção (2006) e o Parque Porto das Águas (2008), não foram o bastante para sanar as problemáticas de alagamentos e inundações da região de intervenção.

Alagamentos na região do Pq. das Águas Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul, levantamento realizado por Paulo PAIFER, 2020 18

Histórico de alagamentos em ordem cronológica sofridos por Sorocaba.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul, levantamento realizado por Paulo PAIFER, 2020

1997

2004

2005

2005

2005

2005

2006

2006

2008

2008

2010

2015

2017

2017

2017

2017

2020

Histórico de alagamentos em ordem cronológica sofridos por Sorocaba.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul, levantamento realizado por Paulo PAIFER, 2020 19

02

Problemática

Principais elementos que impactam na qualidade do espaço em estudo.

Conceito de área degradada Causas da degradação Efeitos da degradação Soluções Áreas verdes e seus benefícios Relação de parques do município Distribuição de parques do município

20

Conceito de área degradada

Degradação no interior terreno escolhido (foto autoral).

O conceito de área degradada pode possuir diversos significados, tornando-se um termo que oferece margem à interpretação do ouvinte, que pode variar de acordo com o ramo de atuação.

Segundo Sanches (2011), o termo de área degradada pode estar relacionado a modificações, perturbações e distúrbios do ecossistema, impostas pelo homem, alterando as características físicas, químicas e biológicas, afetando a qualidade de vida do local. Em uma outra perspectiva, no contexto urbano, a degradação de uma área está associada a perda da função urbana de uso do solo.

Como o objeto de estudo deste trabalho se refere a uma área específica da cidade proveniente de área utilizada pela indústria que hoje encontra-se abandonada, este termo é entendido aqui como um local vazio, abandonado, com resquícios de demolição e sem valor social e, onde suas características físicas, químicas e biológicas encontram-se comprometidas pelo abandono e pela poluição em geral.

Apesar deste trabalho tratar de um local específico, locais como este não são incomuns em meio a cidade, que possuem em seu histórico diversos usos e motivos para o abandono, locais que devido ao seu estado atual não agregam valor econômico, ambiental ou social para seu entorno, locais onde a falta de investimento e cuidados pelo poder público favorecem a criminalidade e a ocupação irregular, causando insegurança à comunidade que vive em seu entorno.

Segundo Sanches (2011), o termo brownfields utilizado no mundo todo se refere a este tipo de área, locais cujas instalações de origem industrial ou comercial encontram-se abandonadas, porém nos EUA este termo se refere a áreas com potencial risco de contaminação.

O termo direlict lands, utilizado na Grã-Bretanha se traduz com mais assertividade para o tema abordado neste estudo, onde se refere a “áreas ou terrenos remanescentes de atividades industriais encerradas conceito que transmite mais a ideia de uma extensa área abandonada, sem necessariamente vincular com a questão da contaminação.” (Sanches, 2011, p.36).

Efeitos da degradação São inúmeros os problemas ocasionados por áreas abandonadas, dentre eles podemos citar os observados no local escolhido, tais como, a falta de identidade da população local, a fragmentação do tecido urbano, a desvalorização de imóveis do entorno, o surgimento da criminalidade e atividades ilícitas, além da fragilidade ambiental ocasionada pela impermeabilização do solo, pela supressão da camada vegetal da mata ciliar e pelo risco de contaminação por resíduos de materiais utilizados na antiga indústria.

Soluções

O potencial de reutilização de uma área degradada pode ser medido por sua localização, dimensão e toda gama de benefícios que sua revitalização pode proporcionar. Além disso, sua contribuição de forma sustentável para infraestrutura da cidade, atuando como mecanismo de proteção contra alagamentos e um facilitador na locomoção de pessoas.

Indiretamente, os benefícios obtidos pela revitalização deste espaço podem ser obtidos através da arrecadação de impostos, devido ao interesse imobiliário e do investimento de comércios, estimulando novos negócios voltados ao lazer e atividades esportivas que podem ser revertidos em novas melhorias para o local.

Causas da degradação

Córrego Lava-pés no interior terreno escolhido (foto autoral).

O tipo de degradação abordado neste trabalho pode provir de diversas origens, entretanto, pode se dizer que está diretamente ligado à mudanças econômicas, fatores políticos ligados a definição de uso para o local, à desindustrialização da área central, o fechamento de setores industriais, o rigor da legislação ambiental relacionados à emissão de poluentes e ruídos, dificuldades de tráfego, limitações no espaço físico, o custo elevado em áreas centrais de imóveis juntamente às suas taxas e impostos e a pressão popular contra determinados tipos de atividades.

Exemplo de Direlict Lands, degradação no interior terreno escolhido Fonte: <https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/destino-daarea-da-gerdau-continua-indefinido/> Acesso em Maio de 2021 21

Áreas verdes e seus benefícios Um problema comum em grandes centros urbanos é o crescimento da área impermeabilizada decorrente do crescimento da mancha urbana que vem acompanhado do desmatamento.

Conforme observado por Sanches (2011), do ponto de vista ambiental, essa escassez de áreas verdes e permeáveis podem influenciar diretamente no microclima da região, causando desequilíbrios ambientais, na temperatura, no ciclo de chuvas, na recarga do lençol freático, na qualidade do ar e das águas e impactando diretamente no risco de inundações.

Logo abaixo, na Tabela 1, Sanches (2011) apresenta grande parte dos serviços ambientais organizados com suas implicações ecológicas e sociais.

Tabela 1.

Serviços ambientais das áreas verdes de acordo com Sanches (2011) Funções Implicações Ecológicas Implicações Sociais Interceptação, absorção e reflexão de radiação luminosa Fotossíntese, Produção Primária Líquida Fluxo de energia Biofiltração

Contenção do processo erosivo

Economia de nutrientes e solos Favorecimento do processo sucessional

Infiltração de água pluvial

Redução do escoamento superficial Recarga de aquífero Diminuição na amplitude das hidrógrafas

Movimentos de massas de ar Fluxo de organismos entre fragmentos rurais e o meio urbano Atenuação sonora

22

Manutenção do equilíbrio dos ciclos biogeoquímicos Manutenção das altas taxas de evapotranspiração Manutenção do micro clima Manutenção da fauna Eliminação de materiais tóxicos particulados e gasosos e sua incorporação nos ciclos biogeoquímicos

Manutenção do clima

Manutenção da diversidade genética Aspectos etológicos da fauna

Conforto térmico Conforto lumínico Conforto sonoro Manutenção da biomassa com possibilidade de integração da comunidade local

Margens do Rio Sorocaba Fonte: <https://vivaavidasa.com.br/riosurbanos-e-limpos-sim-e-possivel/> Acesso em Maio de 2021

Melhoria na qualidade do ar da água de escoamento superficial Prevenção de deslizamentos, voçorocas, ravinamento e perda de solos Preservação dos recursos hídricos para abastecimento e recreação Prevenção de inundações Conforto térmico e difusão de gases tóxicos e material particulado do ar Aumento na riqueza da flora e da fauna Realce na biofilia Conforto acústico

Exemplo de área verde urbana Fonte:<https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educac aoambiental/2019/03/11/a-importancia-das-areas-verdesurbanas/> Acesso em Maio de 2021

Distribuição de parques no município Parques do Município (ordem por dimensão)

Legenda Rios e lagos

Área do Município

Parques

Área de intervenção

Principais rodovias

Análise de dados levantados Área em m²

Área em %

Área total de Parques do Município

15.938.700 m²

3,54%

Total de área verde dentro dos Parques

4.386.199 m²

27,52%

Relação Parques x Áreas Verdes

Vegetação

Área (ha)

Área total

Cobertura Vegetal

Dentro de APP

Fora de APP

1º

Parque Linear - Armando Pannunzio (Lei. N. 8.521/08 - Decreto n.

19.518/11)

1074

10.740.000 m²

0,50%

100,00%

0,00%

2º

Parque da Cidade (Decreto n. 17.883/09 - 17.902/09)

120

1.200.000 m²

28,14%

48,91%

51,09%

3º

Parque Natural Municipal Corredores da biodiversidade (Lei n. 10.071/12)

62,47

624.700 m²

49,62%

34,80%

64,20%

4º 5º

Parque Municipal Mario Covas (Lei n. 6.416/01) Parque Pirajibu (Decreto n. 16.432/09)

52,67 46,8

526.700 m² 468.000 m²

83,14% 48,44%

36,43% 53,53%

63,57% 46,47%

6º

Parque Pedro Paes de Almeida - Horto Municipal (Lei n. 2.815/88)

21,75

217.500 m²

72,04%

31,88%

68,12%

7º

Parque Raul de Moura Bittencourt (Lei n. 7.301/04)

20,58

205.800 m²

31,06%

49,50%

50,50%

8º

Parque Santi Pegoretti Maria Eugênia (Lei n. 7.807/06)

20,56

205.600 m²

29,69%

75,12%

24,88%

9º

Parque Maria Barbosa Silva - (Lei n. 7.855/06 - Decreto n. 17.887/09)

16,39

163.900 m²

2,98%

75,12%

24,88%

10º

Parque Natural da Cachoeira - Dr. Eduardo Alvarenga (Lei n. 7.379/05)

15,82

158.200 m²

17,95%

79,48%

20,52%

11º

Parque Miguel Gregório de Oliveira (Lei n. 6.443/01)

15,25

152.500 m²

26,69%

82,66%

17,34%

12º

Parque Natural Chico Mendes (Lei n. 3.034/89)

15,17

151.700 m²

77,73%

30,26%

69,74%

13º

Parque Quinzinho de Barros - Zoológico (Lei n. 1.087/63)

13,15

131.500 m²

32,70%

18,05%

81,95%

14º

Parque Yves Ota (Lei n. 7.405/06)

12,03

120.300 m²

45,87%

63,84%

36,16%

15º

Parque Flávio Trettel - Vila Formosa (Lei n. 8.446/08)

11,95

119.500 m²

9,17%

48,85%

51,15%

16º

Parque Carlos Alberto de Souza (Decreto n. 14.418/05 Lei n. 5.963/99)

10,43

104.300 m²

20,71%

61,16%

38,84%

17º

Parque Ouro Fino (Lei n. 9.963/12)

9,69

96.900 m²

47,60%

79,25%

20,75%

18º

Parque Natural Dr. Bráulio Guedes da Silva (Lei n. 4.934/95 Lei n.

4043/92)

9,38

93.800 m²

71,55%

61,45%

38,55%

19º

Parque Maestro Nilson Lombardi (Lei n. 8.449/08)

7,31

73.100 m²

0,00%

0,00%

100,00%

20º

Parque Jd. Botânico (Decreto n. 18.567/10 Lei n. 9.918/12)

6,51

65.100 m²

18,43%

0,00%

19,80%

21º

Parque Dos Espanhóis (Lei n. 8.536/08)

4,74

47.400 m²

9,17%

66,71%

33,29%

22º

Parque Brigadeiro Tobias (Decreto n. 19.372/11 Lei n. 9.889/11)

4,56

45.600 m²

28,28%

94,79%

5,21%

23º

Parque Natural Antônio Latorre (Lei n. 7.985/06)

4,45

44.500 m²

19,10%

6,57%

93,43%

24º

Parque Antônio Amaro Mendes - Jd. Brasilândia (Lei n. 8.440/08)

3,35

33.500 m²

22,08%

75,16%

24,84%

Parque Da Biquinha (Lei n. 9.956/12) Parque Natural João Pellegrini (Lei n. 7.665/06) Parque Parque Da Água Vermelha (Lei n. 3.403/90)

2,88 2,59 2,02

28.800 m² 25.900 m² 20.200 m²

86,80% 10,31% 50,54%

67,02% 43,04% 93,21%

32,98% 56,96% 6,79%

Área do Município:

450.382.000 m²

População estimada [2020]:

687.357 pessoas

População no último censo [2010]:

25º 26º 27º

586.625 pessoas

28º

Parque Municipal Professora Margarida L. Camargo (Lei n. 7.155/04)

1,91

19.100 m²

11,00%

58,56%

41,44%

29º

Parque Natural Juracy Antônio Boaro (Lei n. 7.940/06)

1,87

18.700 m²

71,00%

73,20%

26,80%

30º

Parque Walter Grillo (Lei n. 8.506/08 - Decreto n. 18.287/10)

1,56

15.600 m²

40,38%

43,72%

56,28%

31º 32º 33º

Parque Kasato Maru (Lei n. 7.845/06) Parque Do Éden (Decreto n. 18.468/10) Parque Steven Paul Jobs (Lei n. 10.070/12)

0,94 0,81 0,28

9.400 m² 8.100 m² 2.800 m²

17,29% 7,40% 96,42%

100,00% 85,73% 94,79%

0,00% 14,27% 5,21%

13.293.240 m²

2.587.003 m²

Densidade demográfica [2010]: Relação m² de Parque x Habitante

1.304,18 hab/km² 23,19 m² por habitante

Arborização de vias públicas:

82,20%

Urbanização de vias públicas:

48,50%

ÁREAS TOTAIS

1593,87 ha 15.938.700 m² 2.193.100 m²

FONTE: Levantamento de áreas realizado para TCC - Paulo PAIFER, 2020.

23

03

Políticas Públicas

Analise de mapas do Município e do raio de 1 km entorno do terreno escolhido, para que permitam maior embasamento sobre as características locais.

Análise do cenário atual da cidade – Políticas Públicas Matriz de Diagnóstico Diretrizes de projeto

24

Análise do cenário atual da cidade

ANÁLISE São predominantes as edificações de baixo gabarito, aumentando à medida que se aproximam do centro da cidade.

0

250

500

1000m

0

250

500

1000m

CHEIOS E VAZIOS LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

ANÁLISE O local já possui adensamento consolidado, com grande concentração de residências em seu entorno.

Nota-se a proporção das antigas indústrias em relação ao volumes das quadras e a concentração de imóveis em seu entorno. Nota-se também a segmentação criada por estas grandes áreas industriais.

LEGENDA 1 a 3 Pavimentos 3 a 6 Pavimentos 6 a 12 Pavimentos Rio Sorocaba Área do terreno

Mapas de Cheios e Vazios e Mapa de Gabaritos (Fonte: Desenvolvido pelo autor com base no Google Earth, 2020 / 2021)

0

250

500

1000m

GABARITOS DAS EDIFICAÇÕES LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA 25

Análise do cenário atual da cidade LEGENDA

LEGENDA Área de Preservação Permanente - APP

MCA – Macrozona de Conservação Ambiental – várzeas ou planícies aluviais

Rio Sorocaba

Rio Sorocaba

Área de intervenção

Áreas pertencentes a bacia de drenagem pouco extensas - área urbanizada Área de intervenção

0

250

500

1000m

0

250

500

MACROZONEAMENTO

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

MACROZONEAMENTO DO MUNICÍPIO

26

1000m

ANÁLISE

ANÁLISE

Através deste mapa, observamos a suscetibilidade ao risco de alagamento, o que direciona edificações para a parte mais alta do terreno na face sudeste.

É possível perceber a grande faixa da área de APP, que condiciona o projeto a uma ocupação menor no uso de edificações.

Conforme Plano Diretor trata-se de uma área de várzea e planícies aluviais com grandes restrições à ocupação, inviabilizando o uso do local para residencial, principalmente para implantação de grandes edifícios e condomínios.

Esta área condiciona o terreno a projetos sem grandes estruturas principalmente nas proximidades com o Rio Sorocaba.

APP’s DO MUNICÍPIO

Análise do cenário atual da cidade LEGENDA

FRAGILIDADE AMBIENTAL

ÁREA DE RISCO

0

250

500

0

1000m

RECURSOS HÍDRICOS E MANANCIAIS LOCAIS

250

500

1000m

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

MACROZONEAMENTO DO MUNICÍPIO

ANÁLISE

ANÁLISE

Através deste mapa, observamos a presença do Rio Sorocaba e do Córrego Lava-Pés que cruza o terreno, possibilitando a possibilidade de tratamento para integração deste elemento ao parque de forma positiva.

Observamos a predominância da área de média para alta fragilidade ambiental.

APP’s DO MUNICÍPIO

27

Análise do cenário atual da cidade

LEGENDA

LEGENDA

DECLIVIDADE DO SOLO (EM GRAUS)

VEGETAÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO LOCAL Vegetação Estágio Avançado

0 – 5º

Vegetação Estágio Médio

5-15º

Vegetação Estágio Inicial

>15º

Mata Ciliar Vegetação Pioneira Cerrado Campo Cerrado Vegetação Rupestre Mata de Várzea Eucalipto / Pinus 0

250

500

1000m

Cultura 0

Pastagem/Campo Antropico

VEGETAÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO LOCAL LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

Solo Exposto Equipamentos Sociais

250

500

1000m

DECLIVIDADE DO SOLO LOCAL LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

Mineração

ANÁLISE

Sede de Propriedade

ANÁLISE

Comércio e Serviços Podemos observar neste mapa os resquícios de uma área industrial, resultante do crescimento da cidade, em uma área com predominância de uso residencial e comercial.

VEGETAÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO 28

O local possui declividade média de 0 a 5º com declive voltado para o Rio Sorocaba.

Uso Predominantemente Residencial Uso Predominantemente Industrial

DECLIVIDADE DO SOLO DO MUNICÍPIO

Análise do cenário atual da cidade

Terminal Santo Antônio

SISTEMA VIÁRIO LOCAL LEVANTAMENTO NO RAIO DE 1km DA ÁREA ESCOLHIDA

LEGENDA

0

250

500

1000m

SISTEMA DE INTEGRAÇÃO

LEGENDA

Terminais Urbanos

Pontos de ônibus

Área para Terminal e Transporte Intermodal TTI (Propostas)

Trajetos dos ônibus Rio Trajetos a pé Área do terreno 0

TRANSPORTE PÚBLICO

250

500

1000m

Terminal São Paulo

LEVANTAMENTO DO ENTORNO DA ÁREA ESCOLHIDA

Distâncias a pé:

Análise

Localização

Podemos perceber a segmentação existente na cidade e o quanto às conexões para o pedestre são prejudicadas pelas barreiras atuais do local onde foi proposto o projeto e pela antiga estação Ferroviária, em que as linhas de ônibus circulam e não existem trajetos para o pedestre.

A implantação do projeto neste local permitirá fácil acesso para pessoas que vem de outros bairros e de outras cidades, pois o terreno fica próximo dos dois terminais de Sorocaba e da Rodoviária, que se localiza mais a Sudoeste.

•

Terminal Santo Antônio:

15 minutos / 1,1 km

•

Terminal São Paulo:

13 minutos / 1,0 km

•

Rodoviária:

23 minutos / 1,8 km 29

Análise do cenário atual da cidade Análise Parque Porto das Água Parque das Água

Aeroporto de Sorocaba

Parque do Paço Municipal - Prefeitura de Sorocaba

Sorocaba Shopping Terminal Santo Antônio

Estádio Municipal Walter Ribeiro - CIC Supermercado Extra

Parque Villares Supermercado Coop

Shopping Pátio Cianê

Santa Casa de Sorocaba

Centro de Sorocaba

Rodoviária de Sorocaba Conjunto Hospitalar de Sorocaba

Zoológico Municipal Quinzinho de Barro

LEGENDA Principais elementos

Terminal São Paulo

Hospitais Rio Instalações abandonadas Centro de Sorocaba Área do terreno

0

MAPA DE ENTORNO LEVANTAMENTO DO ENTORNO DA ÁREA ESCOLHIDA

30

500

1000

2000m

Localizado próximo do centro da cidade a área possui diversos elementos que favorecerão o uso da população com a facilitação do deslocamento.

Matriz de Diagnóstico Temas Tecido urbano

Paisagem urbana

Local escolhido

Temática escolhida

Deficiências

Tecido urbano consolidado, composto por bairos residenciais e de comércio e serviços com poucas opções de modificação Barreiras naturais criadas pelo Rio Sorocaba entre os principais eixos da cidade

Potencialidades

Objetivos

Diretrizes (Propostas)

Potencial para criar novas conexões

Criar conexões que facilitem o deslocamento entre os bairros

Desenvolver projeto utilizando as ruas existentes para criar novas conexões e aumentar o fluxo em extremidades do bairro

Possibilidade de criar novas conexões e pontos e áreas de lazer

Facilitar o acesso ao parque e criar um link com a ciclovia existente

Desenvolver um projeto de conexão que utiliza pontes para travessia do rio

Área com baixa densidade de cobertura arbórea, apenas 5% da área

Potencial ambiental e paisagístico.

Revegetação da área para contribuir Criação de um projeto paisagístico com a arborização da cidade Revitalização das barreiras existentes (guarda-corpo)

Contaminação pelo córrego que é depositado diretamente no Rio Sorocaba

Área com potencial para realizar o tratamento hídrico

Recuperar recurso hídrico, qualitativo, Criar uma faixa de tratamento do córrego através de quantitativo e paisagístico. fitorremediação

Pouco espaço para biodiversidade local

Área com grande potencial para recuperação da biodiversidade

Ampliar o espaço que possibilite a existencia de seres vivos

Desenvolver projeto paisagístico com mais áreas arborizadas e ampliação de lagoas

Previsão de utilização da linha existente Linha ferroviária que cria uma barreira para implantação de VLT, possibilitando entre a área e os bairros que à contornam mais conexões

Reduzir as barreiras físicas impostas

Desenvolver um projeto de conectando a malha existente ao parque

Barreira criada pelos muros da antiga indústria

Permite tornar o local mais permeável para pessoas

Integrar o espaço à cidade tornando- Planejar uma setorização de espaços de forma que o o de uso público parque seja aberto e permita acesso livre

Degradação, estado de abandono e furtos em construções existentes

Recuperação de local e elementos para uso do programa

Tornar o local mais seguro e a área mais utilizada

Área residual de uma área indústria que atualmente está inutilizado

Local com enorme potencial de aproveitamento pela população e para recuperação ambiental e paisagística.

Moradores sem a consciencia de pertencimento

Possibilita a trazer a população para seu interior e integrar espaço à cidade

Contexto histórico que envolve o local e delimita a atuação

Utilizar elementos para recriar

Considerar o contexto histórico sem descaracterizar totalmente local

Área com riscos de alagamento

Possibilita a drenagem do solo em uma área mais ampla, armazenando parte do volume de água acumulado

Evitar alagamentos e tornar o solo mais permeável para água pluvial

Ausência de parques de grande porte na região

Oportunidade devido a carência de elementos na cidade que proporcionam os benefícios de um parque

Ausência de espaços que integram atividades esportivas e de lazer em um ambiente natural

Utilizar a infraestrutura existente, localizada em uma área privilegiada para proporcionar novos usos e benefícios Permitir que o público se aproprie dos espaços

Oferecer uma estrutura que permita atividades de lazer Esporte, além de oferecer benefícios para Cidade Proporcionar à população um espaço adequado com diversas Aumento do interesse da população por possibilidades para prática de atividades esportivas e ambientes naturais atividades físicas em ambientes abertos e fechados

Projetar um espaço para aproximar o público para seu interior tornando o local mais seguro pela presença de pessoas Desenvolver um projeto que conecte e ofereça diversas opções de atividades e benefícios à cidade Planejar o projeto de espaço público que aproxime o público Desenvolver projeto buscando manter e recuperar elementos que conectem o novo uso à história da indústria local Através do projeto paisagístico proporcionar áreas para drenagem e expandir Lagoas para criar uma bacia de contenção de águas pluviais Desenvolver projeto paisagístico proporcionando elementos para lazer e recreação Projetar uma área que integre os espaços abertos com a sede esportiva, de forma a criar um espaço amplo e com diversas possibilidades de uso

Áreas existentes para recreação e prárica de atividades físicas que não oferecem Possibilita a criação de novos espaços estrutura adequada

Projetar um ambiente estruturado que proporcione Oferecer uma estrutura que permita a diversas opções de lazer e prática de atividades utilização em diversos horários do dia esportivas, para públicos, idades e horários diferentes.

Permite recuperação de espaços para Espaços existentes no entorno com pouco aumentar seu uso ampliar a área de aproveitamento atuação

Integrar estes espaços de forma a aumentar seu uso

Ampliar a área do parque utilizando os espaços existentes no entorno para propor atividades integradas 31

Diretrizes de projeto Eixos de atuação Resultados esperados com a proposta Alternativas para prática de esportes

Cuidados com a saúde

Esporte como meio de transformação social

Meio Ambiente

Valorização e potencialização de áreas verdes

Refúgio da fauna e flora

Regulação de microclima

Mobilidade

Alternativas para deslocamento

Rotas alternativas e agradáveis

Redução da necessidade de carros e ônibus

Drenagem Urbana

Tratamento de recursos hídricos

Auxílio na contenção de cheias

Ampliação de área de drenagem urbana

Esporte, Lazer e Recreação

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Estratégias Adotadas

As estratégias para o projeto foram baseadas no desenvolvimento sustentável de um projeto que qualifica as áreas verdes urbanas, duscando responder as principais questões ambientais abordadas, como: Recuperação do meio ambiente, falta de conectividade dos bairros, baixa qualidade do ar, alagamentos, permeabilidade do solo, falta de áreas verdes e falta de equipamentos públicos de esporte e lazer do porte apresentado.

Implantação de áreas verdes

As intervenções têm por objetivo sanar esses problemas e traçar um conjunto de metas que consolidam o conceito de urbanismo ecológico, de infraestrutura ecológica e infraestrutura verde em diferentes escalas do projeto.

Recuperação de áreas degradadas

Arborização

Árvores sugeridas para o Parque Uso de fitorremediação Algumas classificações da fitorremediação

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Implantação de áreas verdes As áreas verdes urbanas mencionadas como objetivo deste projeto são idealizadas como áreas de uso público que proporcionem o contato das pessoas que vivem em áreas urbanas com a natureza, fazendo o uso de áreas vegetadas, praças e jardins públicos, áreas de conservação ambiental, lagoas de contenção e recuperação de recursos hídricos.

A ausência de áreas verdes no meio urbano, conforme menciona Sanches (2011) é um problema comum em grandes aglomerados urbanos, sendo fruto do avanço desenfreado da urbanização sem um planejamento voltado à preocupações ambientais, causando aumento da impermeabilização do solo, diminuição da vegetação, desmatamento de zonas periféricas e a redução da mata ciliar, causando desequilíbrios nos ciclos e processos naturais.

Segundo Mota (2016), a incorporação de elementos naturais no ambiente urbano além de melhorar funções ecológicas e ambientais, proporcionam melhora da qualidade do espaço urbano, impactando diretamente na qualidade da vida das pessoas, além de proporcionar oportunidades de integração social, lazer, recreação, esporte, pesquisas e educação. Áreas verdes urbanas não somente tornam a paisagem e o meio urbano mais agradáveis, mas atuam beneficiando a absorção e filtração de poluentes, redução de ruído, auxiliando na regulação do microclima, proporcionando abrigo para fauna e flora.

Arborização A arborização urbana bem planejada atua oferecendo diversos benefícios ecológicos ao meio ambiente e à qualidade do espaço urbano, em poucas palavras podemos citar: • Aumentam a umidade atmosférica refrescando o ar, a diferença de temperatura entre regiões arborizadas e áridas numa mesma cidade pode chegar a mais de 4ºC. As árvores refrescam o ambiente na medida em que modificam o grau de umidade local oriunda da liberação do vapor d’água para a atmosfera por meio do processo de evapotranspiração, diminuindo assim o calor superficial; • A estabilidade microclimática, isto é, uma cidade adequadamente arborizada apresenta um clima mais ameno, sem grandes variações de temperatura, pois as copas das árvores, repletas de folhas, absorvem radiação solar, que seria transformada em calor caso incidissem diretamente, diminuindo a reflexão e proporcionando sombra;

Recuperação de áreas degradadas Áreas centrais com a malha já consolidada, como é o caso do local de estudo, possuem poucas possibilidades de aumentar consideravelmente a cobertura vegetal das imediações, sendo justamente estes os locais onde há maior necessidade de prover áreas verdes, devido a densidade populacional. Com isso a conversão de áreas desocupadas e degradadas em áreas vegetadas de uso público trazem vida para estes espaço, através da identidade e do senso de pertencimento proporcionado à população local, e através de visitantes que encontram neste espaço oportunidades de lazer e recreação, gerando novos negócios e criando novas oportunidades e investimentos.

• Reduzem ou aumentam a velocidade dos ventos; • Melhoria da qualidade do ar, pela adsorção de material particulado, redução dos níveis de dióxido de carbono, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, contribui significativamente para redução da poluição do ar; • A redução da poluição sonora através do amortecimento das ondas de som por barreiras verdes e pelas copas das árvores; • Melhoria no paisagismo ou do aspecto visual da cidade: principalmente em diferentes épocas de floração multicores, criando diferentes sensações durante as estações do ano; • Melhoria da saúde física e mental da população: em face de todas as melhorias já citadas; • Abrigo e alimento para animais, principalmente pássaros.

Legenda

Imagem ilustrativa da matéria “Arborização urbana diminuiu clima ao redor em até 8ºC e traz inúmeros benefícios”. Disponível em: < https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/especialpublicitario/energisa-ms/cidade-dasarvores/noticia/2019/07/05/arborizacao-urbana-diminuiu-climaao-redor-em-ate-8oc-e-traz-inumeros-beneficios.ghtml >. Acesso 34 em maio de 2021.

0,1 a 2% 2,1 a 3% 3,1 a 5% Conteúdos extraídos do estudo “Biorremediação de áreas contaminadas” – Disponível em: <http://abes-es.org.br/wpcontent/uploads/2016/09/modulo-06-tecnologias-biorremediacao.pdf>.

Acesso em: Maio de 2021

5,1 a 10% 10,1 a 37,4% Zonas

Mapa da Cobertura Arbórea de Sorocaba Relação por setor censitário (IBGE).

Fonte/arte: Trabalho de Conclusão de Curso - Jeferson Fernando de Paula Filho (2020).

Árvores nativas sugeridas para o Parque

Oiti - Licania Tomentosa

Araçá do Campo - Psidium Cattleianum

Quaresmeira - Tibouchina Granulosa

Jacarandá Caroba - Jacaranda Macranta

Pacari / Dedaleiro - Lafoensia Pacari

Pata de Vaca - Bauhinia Forficata

Ipê-amarelo - Handroanthus Chrysotrichus

Mulungu - Erytrina Speciosa

Jucá / Pau-ferro - Libidibia Ferrea

Pitangueira - Eugenia Uniflora

Mutambo - Guazuma Ulmifolia

São-João - Senna Phlebadenia 35

Uso de fitorremediação

Classificações da fitorremediação

Além do benefícios obtidos através da inserção da vegetação e de elementos naturais no meio urbano, mencionados anteriormente, quando falamos de áreas degradadas e contaminadas podemos contar com algumas espécies de plantas para obter ainda mais benefícios ambientais, como a recuperação de solos, sedimentos e sistemas de aquíferos. Este processo é chamado de fitorremediação, que por meios naturais utiliza sistemas vegetais, que por sua vez atuam em processo de limpeza, “removendo”, “reduzindo” e ou “imobilizando” elementos nocivos e substâncias indesejadas presentes no ar, na água e no solo e melhorando a qualidade que foi tirada desta por contaminantes que se aglomeraram em determinadas regiões.

Dependendo da estratégia a ser utilizada ou da propriedade do poluente, a fitorremediação pode ser classificada em:

Essa técnica faz uso de espécies vegetais que possuem a capacidade de absorver estes elementos nocivos e armazenálos em sua estrutura, onde serão metabolizadas, promovendo transformações químicas nas moléculas, podendo, em alguns casos, transformar estes contaminantes em produtos menos tóxicos ou inofensivos ao ecossistema.

Fitoestimulação: ocorre na proliferação de microrganismos degradativos presentes na rizosfera, associados e/ou beneficiados pela presença vegetal promovem a degradação de contaminantes, usando secreções da planta como fonte de carbono e energia. Além disso, as plantas podem secretar elas próprias enzimas biodegradativas. A aplicação da fitoestimulação limita-se aos contaminantes orgânicos.

A fitorremediação é uma solução viável e econômica, por isso pode ser aplicado em grandes áreas com contaminantes orgânicos e inorgânicos com resultados obtidos a longo prazo.

Essa técnica tomou impulso pois verificou-se que a rizosfera (zona do solo ao redor das plantas) dessas plantas apresentava a capacidade de transformar moléculas.

Neste projeto, o tratamento se dará através Jardins Filtrantes empregando macrófitas aquáticas no tratamento sequencial de efluentes, buscando tratar o Córrego Lavapes que corta o terreno e é despejado no Rio Sorocaba.

Macrófitas aquáticas (que se alimentam e se desenvolvem) Água poluída

Depuração de corpo hídrico

Fitoextração: plantas que absorvem contaminantes pelas raízes, os quais são nelas armazenados ou são transportados e acumulados nas partes aéreas.

Fitodegradação: plantas que metabolizam contaminantes orgânicos que serão degradados ou mineralizados dentro das células vegetais por enzimas específicas.

Fitovolatilização: onde a volatilização ocorre na absorção e conversão de poluentes em estado líquido e sólido pelas raízes onde serão convertidos em formas não tóxicas e depois liberados na atmosfera em estado gasoso.

Fitoestabilização: cujos contaminantes são incorporados às moléculas da parede vegetal ou ao húmus do solo precipitando os metais sob formas insolúveis, aprisionando o contaminante e limitando sua difusão no solo, através de uma cobertura vegetal.

Rizofiltração: utiliza plantas terrestres para absorver, concentrar e/ou precipitar contaminantes em meio aquoso, particularmente metais pesados ou elementos radiativos, através do seu sistema radicular. As plantas são mantidas num sistema hidropônico, no trajeto do efluente que é absorvido pelas raízes, que concentram os contaminantes.

Barreiras hidráulicas: quando se utiliza árvores de grande porte e com raízes mais profundas para remover grandes quantidades de água presentes do solo em lençóis subterrâneos, onde os contaminantes presentes na água são metabolizados e vaporizados junto com a água.

Capas vegetativas: utiliza coberturas vegetais, feitas sobre aterros sanitários, utilizados para minimizar a infiltração de água da chuva e conter a disseminação de poluentes, permitindo a biodegradação, evaporação e transpiração, promovendo a aeração do solo através das raízes e evitando a exposição destes poluentes a céu aberto.

Conteúdos extraídos do estudo “Biorremediação de áreas contaminadas” – Disponível em: <http://abes-es.org.br/wpcontent/uploads/2016/09/modulo-06-tecnologiasbiorremediacao.pdf>. Acesso em: Maio de 2021 36

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Estudos de Caso

Os estudos de caso foram escolhidos devido à sua semelhança em alguns aspectos com os objetivos a serem atingidos pelo projeto proposto e pela forma eficiente como os temas foram abordados de forma eficiente.

Parque da Juventude O parque da Juventude traz como aspecto principal o poder da ressignificação do espeço. A transformação do espaço urbano preza também por entender e implementar neste projeto todo sucesso obtido na concepção dos diversos setores deste complexo, como sua proposta espacial, seu programa, acessos e o equilíbrio entre o espaço esportivo e a área vegetada.

Le Parc du Chemin de L’Ile - Nanterre - França O Parc du Chemin de l'Ile, ao contrário dos parques urbanos tradicionais, é relativamente incomum, pois além de proporcionar uma nova paisagem ao local, recuperação e controle da poluição dos recursos hídricos, também combina equipamentos públicos, paisagem urbana e valor ecológico.

Ginásio de Esportes do Colégio São Luís - SP O projeto do Ginásio de Esportes do Colégio São Luís abriga grande diversidade de atividades em um espaço compacto e com difícil acesso, devido à agitada rotina da cidade. Estes aspectos foram considerados como estratégias para uma construção rápida e com baixo consumo durante a construção, com materiais que oferecem agilidade no processo construtivo. Outra questão importante é a forma como as atividades ocupam um espaço reduzido, permitindo que maior parte do terreno seja preservada sem ocupação.

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Parque da Juventude - SP Ficha Técnica Local: Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Carandiru, São Paulo – SP Projeto: De 1999 com uma proposta vencedora do Concurso Nacional de Plano Diretor para a área.

Etapas de conclusão: 1ª etapa (2002) - Conclusão do Parque Esportivo 2º etapa (2004) – Conclusão do Parque Central 3º etapa (2007) – Conclusão do Parque Institucional Área total: 240.000 m² Autores Arquitetura e coordenação: Aflalo & Gasperini Paisagismo: Rosa Grena Kliass Arquitetura Paisagística Público: Recebe cerca de 18.000 visitantes aos domingos

Introdução: O parque da Juventude foi escolhido como um dos temas de estudo de caso realizado, pois representa como a mudança de uso de um espaço pode representar a ressignificação de seu espaço e de seu valor para a sociedade, como instrumento para proporcionar o bem estar para a população.

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essa ressignificação, podendo ser adaptados para atender às necessidades de um novo contexto de sociedade.

também uma significativa e simbólica reconversão de usos de um espaço.

De um ponto de vista histórico, percebemos como as transformações sofridas no decorrer do tempo proporcionaram mudanças não apenas na paisagem urbana, mas em seu significado para a sociedade.

Este estudo além de buscar apresentar o poder da ressignificação para transformação do espaço urbano preza também por entender e implementar neste projeto todo sucesso obtido na concepção dos diversos setores deste complexo, como sua proposta espacial, seu programa, acessos e o equilíbrio entre o espaço esportivo e a área vegetada.

Temos neste objeto de estudo um exemplo de como o uso que destinamos à uma área dentro do espaço urbano, seja ela necessária ou não naquele local, podem representar barreiras marcadas pela insegurança e pelo desconforto que representam à sociedade, e de como essa perspectiva pode ser alterada através de um novo uso, resinificando reestabelecendo novas memórias afetivas à população.

No passado o local abrigava a Casa de Detenção do Carandiru, o maior complexo carcerário da América Latina, que ficou marcado pela lembrança da violência e das tragédias que ocorreram ali, como a que ocorreu no ano de 1992 , sendo este o maior massacre da história dos presídios brasileiros.

Com isso temos também a clareza de que uma área em si é apenas um espaço e que a importância de um espaço é representado pelo elemento estabelecido naquele local, podendo ter o seu valor afetivo alterado drasticamente com

Hoje, reconvertido em um parque público com aproximadamente 240.000m², o Parque da Juventude e a Biblioteca de São Paulo representam, não só um espaço de lazer e cultura para a população da cidade de São Paulo, mas

Passado e Futuro Contexto Histórico Localizado no município de São Paulo, no bairro de Santana, um dos mais antigos da zona norte de São Paulo, o bairro que anteriormente era conhecido como Fazenda de Sant’Ana, propriedade da Companhia de Jesus, na "São Paulo dos Campos de Piratininga“ atuou como cinturão verde. No início do século XIX as terras da fazenda foram divididas em sesmarias.

Localizada fora dos limites urbanos da capital de São Paulo, inicialmente possuía características rurais.

Em meados do século XIX, as dificuldades de acesso à Santana, que nesta data produzia uvas e vinhos, atrasaram seu desenvolvimento, foi então que para abastecer o reservatório da Consolação a “Companhia Cantareira e Esgotos” resolveu captar água na Serra da Cantareira, para isso, foi necessário criar uma forma de transportar trabalhadores e materiais de construção. Para atender à essa necessidade, Governo do Estado construiu uma pequena linha férrea provisória do “Tramway Cantareira” ou “Estrada de Ferro Cantareira”, ligando a população ao centro urbano da cidade, aumentando o interesse em povoar a região. Com isso, investimentos em infraestrutura urbana permitiram o desenvolvimento do bairro e a

A Nova Proposta Denominado como “Parque Carandiru - Centro de Valorização do Homem”, a proposta apresentada sob a coordenação de Roberto Aflalo Filho, foi vencedora do Concurso Nacional de Plano Diretor para a área.

Na proposta, o espaço que ficou marcado por um passado trágico permitiu que uma nova história fosse construída a partir dali. Com um plano para atender à área em três segmentos, construindo uma nova paisagem, proporcionando um espaço esportivo e uma área institucional. Oferecendo à população um ambiente que proporcionasse lazer, cultura, esporte e interação social em espaços com muita área verde.

criação de novos bairros na metrópole.

A ocupação dos terrenos foi realizada com disparidade e de forma desordenada.

O Carandiru No passado, o local, que hoje abriga o Parque da Juventude, abrigou a Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como "Carandiru“, devido ao córrego de mesmo nome sobre o qual a penitenciária foi construído.

O Carandiru chegou a ser aberto à visitação da população após sua inauguração e até foi considerado como um dos cartões-postais da cidade. Porém, após a década de 1940 entrou em decadência, quando atingiu sua lotação máxima.

E mesmo com a construção de novos pavilhões a superlotação aumentava.

No ano de 1992, devido ao descaso da administração pública passou por uma trágica e intensa rebelião que resultou na morte de 111 presidiários, ficando conhecido como o “Massacre do Carandiru”, considerado um dos episódios mais sangrentos que marcou a história, que marcou o Brasil de forma negativa.

Em 2002 a casa foi desativada, parte de sua estrutura foi demolida até a transformação no que é hoje o Parque da Juventude.

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Fases da construção Parque Esportivo Em 2003, o parque Esportivo foi entregue, com aproximadamente 35 mil metros quadrados, 14,6% da área total, este setor, com acesso pela Av. Zaki Narchi, faz a ligação desta via com o Parque Central.

Seu programa é composto por 10 quadras poli-esportivas, pista para skate, circuito de arborismo que fica junto à porção preservada de mata atlântica. Além de possuir equipamentos urbanos como luminárias, bebedouros, lixeiras de alumínio e espaço para guardar bicicletas que garante maior conforto e segurança. O parque esportivo funciona de forma independente dos demais, permitindo uso noturno.

1ª etapa (2002) Conclusão do Parque Esportivo

Existem também edificações que abrigam os vestiários coletivos, bar/lanchonete, integrados espacialmente através de uma grande marquise. A área é estruturada pela Alameda Principal, passeio arborizado por Guapuruvus (Schizolobium parahyba), Paus-Brasil (Caesalpinia echinata) e Jequitibás-rosa (Cariniana legalis), criando eixo alinhador de todo o Parque.

Parque Central Entregue em 2004, a área conta com 90 mil metros quadrados, de uma área composta de áreas verdes tratadas e com desenho paisagístico respeitando espécies existentes. O tratamento paisagístico tem como partido a predominância de vegetação, seja em extensos gramados ou arborização, percursos sinuosos de diferentes escalas para pedestres permitirão, além do passeio, o acesso ao Bosque das Tipuanas, que envolve as pérgolas remanescentes.

2º etapa (2004) Conclusão do Parque Central

“Nossa proposta era criar um oásis urbano , onde os visitantes pudessem sentar à sombra das árvores para ler um livro ou descansar” diz José Luiz Brenna, co-autor do paisagismo.

Alterações topográficas foram criados para quebrar a estaticidade visual do terreno planificado e para cobrir resquícios de entulho da demolição. Trilhas foram adicionadas e paus-ferro foram plantados na extensão da alameda. Este espaço apresenta um perfil mais natural, voltado a contemplação e ao bem natural.

Parque Institucional Entregue em 2007, um conjunto de edifícios propostos pelo escritório Aflalo & Gasperini, tendo como elementos principais o conjunto de quatro edifícios da antiga Casa de Detenção, um novo teatro e a grande Praça. A reconversão de uso desses edifícios contempla atividades de ensino, cultura, formação profissional e abrigo de instituições do terceiro setor.

Constituindo uma grande esplanada voltada para a Av. Cruzeiro do Sul, com acesso direto da estação Carandiru do Metrô.

Os dois pavilhões reciclados são: Pavilhão-04 (Centro de Inclusão Digital e Centro Paula Souza) e Pavilhão-07 (Centro de Cultura). Desta esplanada nasce o eixo estruturador ligando este setor aos Parques Central e Esportivo.

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3º etapa (2007) Conclusão do Parque Institucional

Le Parc du Chemin de L’Ile - Nanterre - França Ficha Técnica Localização: Nanterre, França.

Conclusão da obra: 2006

Área do terreno: 145.000 m²

Clientes: EPADESA (Proprietário), Conseil Général des Hauts de Seine (Condutor de Operações), Conseil Régional d'lle de France, Ville de Nanterre.

Arquitetos paisagistas: Mutabilis Paysage et Urbanisme, Guillaume Geoffroy Dechaume, Gilles Clément paysagiste, Chemetov et Huidobro C+H+ Architecture, Atelier Cépage BET Ecologie uKits.

Introdução Sendo parte de uma revitalização realizada nas margens do Rio Sena, a cidade de Nanterre construiu o eco- parque o Parc du Chemin de l'Ile acima do nível superior do Sena, trouxe as águas do Sena para dentro do parque, como forma de proporcionar experiências ricas para as pessoas que passam por ele e com o principal objetivo de melhorar a qualidade de suas águas enquanto realiza seu tratamento sem a necessidade de processos químicos não naturais.

Primeiramente, a água é captada por meio de um Parafuso de Arquimedes, para que possa subir até o nível do parque, os demais processos funcionam por gravidade, seguindo o fluxo d’agua. A água captada é filtrada por uma série de jardins flutuantes purificadores, formando tanques de plantas halófitas, localizados logo no início o trajeto e seguindo por um trecho em que se expõe através de piscinas, fontes e cascata.

A água chega poluída de Paris, passando pela zona de filtragem e sendo devolvida limpa ao rio.

"Considerar a natureza como aliada e não como convidada" (SEINE, 2012), esta foi a ideia que impulsionou o arquiteto paisagista Guillaume Geoffroy-Dechaume, idealizador do parque Chemin-de-l'lle.

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Passado e Futuro O projeto Um dos principais compromissos na execução do parque é o aproveitamento de materiais e recursos naturais disponíveis no local. Um exemplo disso é o uso da argila existente no próprio local para a impermeabilização dos jardins filtrantes, lajes de concreto para fundações, velhas cercas de concreto triturado usadas como fundações para passagens, árvores e plantas removidas e transformadas em fertilizante natural para plantações, além disso, os vigilantes do parque são policiais montados a cavalos (SEINE, 2012).

Em seu programa, estão incluídas áreas recreativas para crianças pequenas, crianças com mais de 7 anos, jardins familiares, parque canino e o caminho de sirga ao longo do Sena.

Nanterre está a 9km de Paris. Este programa tem sentido por sua inserção urbana, afinal está próximo a escolas uma universidade.

Sua atitude sustentável tem repercussão na vida das crianças que utilizam o parque.

O Parc du Chemin de l'Ile, ao contrário dos parques urbanos tradicionais, é relativamente incomum, pois além de proporcionar uma nova paisagem ao local, recuperação e controle da poluição dos recursos hídricos, também combina equipamentos públicos, paisagem urbana e valor ecológico.

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Benefícios ao meio ambiente Tratamento realizado

A purificação da água se dá através da passagem por sete tipos de bacias dispostas em cascata, onde as plantas que adornam as lagoas foram selecionadas pois atuam conforme a necessidade da evolução da qualidade da água, de acordo com o seu perfil de tratamento.

A planta utilizada na primeira bacia utiliza é a

taboa (Typha angustifolia) para quebrar as cargas orgânicas. Na segunda bacia são utilizadas a cavalinha (Equisetum fluvial), a íris amarelo (Iris pseudacorus) e a íris azul (Iris sibirica) para matar germes. Na última bacia são utilizadas plantas que oxigenam a água: nenúfares (Nymphaea alba), falso lótus (Nymphoides peltata), glicérico áquatica (Glyceria aquática). Dessa forma, quando a

água retorna ao Sena, está carregada com compostos nitrogênio, fósforo e bactérias.

novamente orgânicos,

grandes gramados.

Várias esculturas contemporâneas também foram colocadas em todo o parque.

No programa do parque também contamos área para cães, áreas para bicicletas, jardins, parques infantis, hortas comunitárias, etc.

Além da recuperação do meio ambiente, o ambiente oferece abrigo a pequenos animais, aves, anfíbios e insetos se apropriaram do espaço, encontrando abrigo e alimentos.

O parque possui cenários para se desfrutar da paisagem circundante: bancos, mesas e

Passeios existentes

Planta do Parque Lagoas filtrantes 43

Ginásio de Esportes do Colégio São Luís - SP Ficha Técnica Localização: SP, Brasil Início do projeto: 2012 Conclusão da obra: 2015 Área do terreno: 5480 m² Área construída: 9062 m² Materiais predominantes: Aço / Alumínio Diferenciais técnicos: Design / Eficiência Acústica / Eficiência Energética / Eficiência Térmica / Sustentabilidade Arquitetos: URDI Arquitetura

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Introdução Majestosamente erguido sobre estrutura metálica e lâminas de vidro, a atual configuração do Ginásio de Esportes do Colégio São Luís é parte de um planejamento arquitetônico que teve como objetivo oferecer uma estrutura que atendesse à novas necessidades educacionais, sendo implantado ao longo de 12 anos em vários setores da escola.

Visando uma nova interação entre o espaço público e o privado, o novo projeto arquitetônico utiliza grandes aberturas, o propicia uma nova forma de interação entre a cidade e os estudantes, de forma a traze o verde das árvores e a cidade para dentro do espaço dedicado aos estudantes, que dispõem de um complexo multiuso, com infraestrutura para realização de eventos esportivos e outros espetáculos.

História do colégio “Fundado pelos padres jesuítas, a instituição foi inaugurada no dia 12 de maio de 1867, em Itu, cidade próxima à São Paulo. Por muitos anos, o colégio desenvolveu uma educação séria, baseada nos preceitos religiosos. Chegou a receber a visita de D. Pedro II, quando percorria o País em 1875, em suas rotineiras viagens.

Em 1918, o colégio se estabeleceu na Avenida Paulista, no então número 17.

“Nem só de glórias se faz uma história, mas os períodos difíceis sempre fortalecem. Abalado por sucessivas epidemias de varíola e febre amarela, que forçaram a suspensão das aulas e

acometeram metade da população de Itu, o Colégio São Luís perdeu muitos de seus alunos e professores e saiu em busca de um novo lar em São Paulo”.

Por sorte, o Colégio Anglo-Brasileiro estava vendendo sua sede, numa avenida inspirada nas grandes vias europeias, que seria a primeira da cidade a receber asfalto e arborização.

Porém, na mudança para a Avenida Paulista, em 1918, houve mais um surto: a gripe espanhola se alastrou pela cidade e um pavilhão da escola foi cedido para funcionar como hospital. As aulas só recomeçaram em fevereiro de 1919, iniciando uma nova era para

Vista aérea do Colégio São Luís, em Itu, fim do século 19

o colégio. Também foi marcado pela criação do Banespa, pelo incentivo à imigração japonesa e pela inauguração do Carandiru.

Altino Arantes foi um dos primeiros entre vários homens públicos que se formaram no São Luís”.

“Em 1943, o Colégio abriu as portas do Ensino Médio Noturno, que recebe até hoje quase 500 jovens oriundos de escolas públicas, oferecendo bolsas de estudo para que tenham educação de qualidade. O ano de 1948 (…) foi a data de criação da Faculdade de Economia São Luís, uma das primeiras da cidade”.

“Entre as décadas de 60 e 70, a industrialização se acelerou e os casarões começam a dar lugar

aos edifícios, verticalizando a paisagem da Avenida Paulista. O antigo prédio do Colégio também foi substituído por uma construção vertical, que permitiu a criação de uma infraestrutura completa, com piscina, ginásio coberto, quadras e laboratórios”.

O colégio foi crescendo de forma desorganizada, até que em 2005 planejou-se uma grande reforma, realizada ao longo de 12 anos pelo escritório da Urdi Arquitetura. No início, apenas com intervenções modestas – como o novo espaço de refeitório e calçadas externas, que culminaram com o complexo esportivo/cultural.”

Vista área do colégio em 1924, ainda com seu grande jardim na avenida cheia de árvores

Conteúdo extraído do site “Série Avenida Paulista – Casarões e Edifícios” Disponível em: https://serieavenidapaulista.com.br/2019/06/26/a-historia-do-colegio-sao-luis/. Acesso em 10/20clube20.

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Nova ocupação do espaço O projeto Para atender a demanda de espaços mais amplos e a de reorganização que o setor esportivo necessitava, os elementos distribuídos neste espaço foram redistribuídos e a utilização de elementos móveis, como uma arquibancada retrátil, permitindo que mesmo sem dispor de uma área mais ampla o espaço fosse multiplicado com áreas multiuso.

Mantendo a mesma área do antigo edifício, que foi demolido, o Ginásio aumentou a quantidade de quadras esportivas de uma para quatro, aproveitando o espaço da laje para abrigar duas delas em um campo gramado.

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A temperatura interna é controlada graças ao projeto arquitetônico, que permite a renovação de ar e vidros que controlam a radiação solar recebida, conta também com aberturas permanentes posicionadas de forma estratégica para trazer ar fresco constantemente para as quadras e com portas deslizantes que permitem controlar a intensidade do vento.

01 01. Vista superior do edifício.

A fachada de vidro, que além de permitir a entrada de luz natural, permite também que seu as massas verdes das copas das árvores se integrem ao seu espaço interno, já que em seu interior existem poucas áreas verdes.

02. Imagem de área de convívio protegida do sol.

“A construção como um todo sofria com a ausência de áreas verdes. Nós brincávamos que o antigo Ginásio do Colégio São Luís parecia um bunker, pois era completamente fechado, sem literalmente nenhuma janela”, comentam Liba e Barbour em relação a algumas demandas que o novo projeto precisava atender.

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03. Interior do Ginásio.

04. Campo de futebol no teto do edifício.

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05. Circulação interna protegida por brises

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Materiais e técnicas Por estar em meio à cidade, em um local extremamente movimentado, optou-se por utilizar materiais que tornavam a execução mais prática, sem ficar dependente da produção dos elementos no canteiro de obras e como forma de agilizar todo o processo.

Para que isso fosse possível, foi utilizada estrutura metálica, possibilitando vencer grandes vãos e proporcionando agilidade e leveza ao projeto.

No piso foi utilizado em granilite, fornecido em placas pré-fabricado, assim como algumas partes de seu fechamento lateral utilizou painéis placas Os fechamentos laterais são na maior parte em vidro e brises, que permitem aproveitamento da luz solar e dos ventos, sem expor o edifício diretamente aos reios solares.

O ginásio conta com brises, posicionados para permitir aproveitamento da iluminação natural e do vento sem expor seu interior em excesso e diminuindo a incidência da radiação solar dentro do edifício.

O edifício conta com um sistema de captação de águas pluviais que permitem abastecer um reservatório de 60 mil litros, que é utilizada em seu interior.

Por estar em meio a cidade, o edifício faz uso de um sistema acústico que garante maior conforto durante a realização de eventos, para controlar ruídos internos e externos.

O edifício se conecta com a cidade de eliminando as barreiras que antes existiam em sua antiga concepção, permitindo ver e ser visto, acolhendo não apenas seus alunos, mas toda a comunidade.

Grande parte dos edifícios da agitada Avenida Paulista foi feita de concreto, então, à primeira vista, a opção seria manter o estilo. Porém, devido a questões logísticas, como restrições de acesso de caminhão, e à possiblidade de montagem no próprio local, a estrutura metálica foi escolhida, o que contribuiu também para reduzir o tempo de construção do ginásio.

02

“A estrutura foi fundamental para a obra. Nós tiramos partido disso como linguagem, deixando a construção esteticamente leve, com conforto térmico, acústico e energético, o que foi alcançado em conjunto com o vidro”, explica Liba, mencionando um outro importante material.

01. Interior do Ginásio.

02. Estrutura préfabricada e piso em granilite.

03

03. Estrutura metálica e fechamento em vidro.

01

04. Teto do ginásio, com tratamento acústico

04 47

06

Conceito Partido Público Alvo Conceito Devolver o espaço para a cidade buscando transformações através do esporte, oferecendo um ambiente que favoreça hábitos de vida saudáveis em contato com a natureza e proporcione a qualidade do espaço urbano.

Público Alvo O projeto proposto possui escala regional, tendo como público alvo os moradores de Sorocaba e das cidades vizinhas, e principalmente nos bairros do entorno que não dispõem de parques urbanos e de equipamentos voltados à atividades

Partido Propor elementos que ofereçam novas propostas para população abordando temas que auxiliam na qualidade do espaço público: -

48

esportivas

e

principalmente

modalidades

olímpicas.

Em resumo, está proposta de projeto visa atender o público em geral através da apropriação do espaço público, oferecendo

atividades

que

direcionam

crianças

e

Promover o contato das pessoas que vivem em áreas urbanas com a natureza (relação homem/natureza);

adolescentes através da educação e da cultura no esporte, e

-

Aumento de áreas públicas para recreação e lazer;

neste local eventos esportivos, campeonatos escolares,

-

Promover a prática de esportes diversificados;

atividades ao ar livre, jogos de mesa exposições, feiras,

-

Criar um ambiente vegetado e saudável;

-

Melhorar a mobilidade com novas conexões na malha urbana;

-

Propor elementos para recuperação de rios e prevenção de cheias.

atendendo a públicos de diversas idades que encontrarão

ensaios, atividades esportivas, contemplação à natureza, etc., favorecendo a população, o Município e o Meio Ambiente.

07

Projeto Urbanístico

Fluxograma do Parque Acesso 7

WCs Pistas de skate e bike Acesso 1

Área de alimentação

Estacionamento

Acesso 6

Conexões por passarelas

Área de eventos

Centro esportivo

Área externa de convívio

Acesso 5 Área de vegetação

Acesso 2

Área esportiva Meio ambiente

Bacia de contenção

Acesso 4 Lagoas filtrantes

Área de preservação

Acesso 3 veículos carga e descarga

FLUXOGRAMA - PROGRAMA DE USOS DO PARQUE ESCALA DO TERRENO

49

Setorização e Micro clima LEGENDA

CONEXÕES COM AS ZONAS DA CIDADE

TRAJETO SOLAR

Considerado um dos pontos mais importantes para definição de novas conexões para a cidade.

VENTOS PREDOMINANTES

É possível observar a importância desta área para permitir novas conexões e proporcionando uma área convidativa para passeios e para prática de atividades físicas.

ÁREA DE INTERVENÇÃO

LEGENDA

PRINCÍPIOS DE PROJETO

RIO SOROCABA

• Conectar zonas da cidade com trajetos para pedestres e ciclistas;

FERROVIA

ÁREA DO TERRENO ESCOLHIDO

ANTIGAS INSTALAÇÕES (DEMOLIDAS)

0

• Proporcionar um espaço para lazer onde a conservação do meio ambiente é um fator diferencial para melhorar a qualidade do local.

ZONA NORTE ZONA LESTE

500

1000m

ESTUDO DE MICRO CLIMA

ZONA SUL

ESTUDO DO MICRO CLIMA

CENTRO

250

LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 1km

PRINCÍPIOS DE PROJETO

Através da análise das condições climáticas, o estudo do micro clima permite potencializar o conforto na utilização dos equipamentos e edificação idealizados.

O estudo foi utilizado como elemento norteador para o posicionamento de elementos assim como permite estabelecer estratégias para contornar condições menos favoráveis.

• Considerar o trajeto solar para posicionar elementos que reduzam a incidência de radiação no interior da edificação; • Em função do trajeto solar, posicionar pontos de iluminação zenital, permitindo aproveitamento de luz sem aumentar a temperatura em seu interior; • Definir o posicionamento e sentido de quadras em locais abertos; • Permite estruturar o passeio público de forma que a arborização crie sombreamento em ruas e pátios; • Utilizar a incidência de luz para posicionar painéis de energia solar na cobertura na edificação; 0

250

500

1000m

CONEXÕES COM AS ZONAS DA CIDADE LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 1km 50

• Posicionar aberturas em diferentes faces para permitir a circulação de ar e através de brises permitir seu controle, assim como o de incidência de radiação; • As faces norte e noroeste devem receber elementos que permitam o sombreamento, minimizando o uso de energia para resfriamento.

Barreiras x Proposta de Acessos LEGENDA RIO SOROCABA MUROS E CERCAS LINHA FÉRREA

0

125

250

500m

0

BARREIRAS EXISTENTES

DEFINIÇÃO DE ACESSOS

LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 150m

LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 150m

125

250

500m

LEGENDA PORTAIS DE ACESSO

BARREIRAS EXISTENTES

CONEXÕES DE ACESSO AO PARQUE

O espaço e sua utilização anterior é um elemento de divisão de zonas na cidade, por ser uma área restrita, com seus muros e cercas. Além disso o local se encontra em ima intersecção criada pelo Rio e pela malha ferroviária, que estabelecem limites físicos nesta área.

CONEXÕES EXTERNAS

PRINCÍPIOS ADOTADOS

DEFINIÇÃO DE PORTAIS

• Utilizar passarelas para permitir a conexão com o outro lado do Rio e com o outro lado da rodovia;

Tendo como um dos princípio transpor as barreiras existentes, os portais foram posicionados nos principais acessos e criando acessos em pontos externos ao Parque, permitindo total conexão com a cidade.

• Conectar a área interna com a ciclovia existente e com a pista de caminhadas que segue para o Parque da Águas e para Votorantim, um eixo já adotado pela população para prática e atividades físicas; • Eliminar as barreiras físicas dos muros e cercas permitindo integração com a cidade; • Estabelecer conexões com as vias voltadas para Zona Sul; • Conectar todos os acessos tanto pelo eixo quanto pelo entrono, permitindo facilitar diversos percursos, oferecendo variedade de trajetos e experiências.

PRINCÍPIOS ADOTADOS • Interligar acessos principais pela conexão de caminhos no interior e ao redor do Parque; • Estabelecer conexões entre o Parque e os bairros do entorno através de passarelas; • Permitir tanto o uso de caminhos mais curtos como caminhos mais agradáveis, para contemplação, lazer e prática de atividades físicas.

51

Conexões e Fluxos ESTÁDIO MUNICIPAL WALTER RIBEIRO

LEGENDA

0

125

250

500m

MAPA DE CONEXÕES

MAPA DEFINIÇÃO DE FLUXOS DE ACESSOS

LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 150m

LOCAL LOCAL EE ENTORNO ENTORNO COM COM RAIO RAIO DE DE 150m 150m

PRINCÍPIOS ADOTADOS Propondo novas conexões com vias principais de forma a encurtar caminhos na cidade e proporcionar novas alternativas nos trajetos convencionais.

• Interligar acessos principais pela conexão de caminhos no interior e ao redor do Parque; • Estabelecer conexões entre o Parque e os bairros do entorno através de passarelas; • Permitir tanto o uso de caminhos mais curtos como caminhos para contemplação e prática de atividades físicas; • Conectar interior do Parque com ciclovia existente; • Propor uma conexão que integre o espaço do Parque ao Estádio Municipal de Sorocaba Walter Ribeiro, de forma a torná-lo parte do programa e promovendo eventos esportivos.

52

0

125

250

500m

Setorização

Principais elementos do Parque LEGENDA PRINCIPAIS ELEMENTOS

SETORIZAÇÃO Levando se em consideração aspectos existentes, como os maciços verdes estabelecidos, declividade do terreno, áreas com risco de alagamento, entre outros, definiu-se esta configuração.

01 CENTRO ESPORTIVO 02 PISTA DE ATLETISMO 03 QUADRAS DESCOBERTAS

PRINCÍPIOS DE PROJETO • Posicionar a construção do setor esportivo em um ponto onde o risco de alagamento seja menor e próximo dos acessos;

• Com o intuito de promover a recuperação das águas vindas do Córrego Lava-pés e parte do Rio Sorocaba, foi definido um trecho para tratamento por processos naturais, antes de devolvê-lo ao seu curso natural;

08

10

• Ampliar a área onde estão os maciços verdes de forma a criar um ambiente mais isolado para abrigar pequenos animais a temperatura em seu interior;

06

07

05 LAGOAS FILTRANTES 09 03

04

08 05

• Como forma de proporcionar um ambiente mais tranquilo e proporcionando positivas barreiras visuais e sonoras dos fluxos intensos da cidade, o eixo central foi definido como área de convívio e lazer, comunicando-se com os outros setores e integrando acessos externos.

04 ÁREA DE ESTAR, LAZER E RECREAÇÃO

06 BACIA DE CONTENÇÃO DE CHEIAS 07 ILHA / REFÚGIO FAUNA

02

08 RECUPERAÇÃO DE FLORA

01

09 MIRANTE 10 PASSARELA 0

150

300

600m

LOCAÇÃO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 150m

LEGENDA

PLANO E MASSAS

ESPORTIVO

Considerando aspectos existentes, principais acessos e proximidade com elementos âncora para definição de elementos de projeto.

CONVÍVIO, LAZER E RECREAÇÃO

Tendo como referencia a proximidade com o rio, vias de acesso, córrego e mata existente , além do perfil natural do solo e a pavimentação das edificações antigas.

TRATAMENTO DE ÁGUA CÓRREGO E RIO ÁREA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

PRINCÍPIOS DE PROJETO

BACIA DE CONTENÇÃO DE CHEIAS

• Posicionar construções em pontos de menor risco de alagamento e próximo dos acessos; • Utilizar pavimentação de construções antigas para áreas de circulação e convívio; • Tratar a água do córrego e parte da água do rio criando novos atrativos;

SETORIZAÇÃO DE ESPAÇO URBANO LOCAL E ENTORNO COM RAIO DE 150m

0

150

300

600m

• Compreender e respeitar fluxo de elementos naturais e pré-estabelecidos potencialização de qualidades.

para

53

Referências de projeto Urbanístico 01. Passeios por lagoas filtrantes (Le Parc du Chemin de L’Ile - Nanterre – França).

02. Área de passeio em ambiente natural (Parque São Lourenço – Curitiba).

03. Integração de parque e área esportiva (Parque da Juventude – São Paulo).

04. Estruturas metálicas para criação de mirante utilizando chaminé antiga (Orquideorama - Medellin, Colômbia).

05. Chaminé utilizada na indústria antiga a ser incorporada como estrutura do mirante.

06. Passarelas para pedestres (Ponte sobre o Millennium Park, em Chicago - EUA).

07. Passarela com elementos naturais (Vancouver Land Bridge)

04

05

01

54

02

06 05

03

07

Projeto Urbanístico - Implantação

N

LEGENDA Acesso de pedestres

PRINCÍPIOS ADOTADOS

Acesso de veículos (carga e descarga) Área de APP

QUADRO DE ÁREAS

ÁREA DO TERRENO: ÁREA DO TERRENO + ENTORNO: ÁREA TOTAL CONSTRUIDA: LAGOAS FILTRANTES: LAGO: ILHA: CALÇADAS: CICLOVIA:

TO DO PROJETO: CA DO PROJETO: ÁREA PERMEÁVEL:

Área de APP 240.000,00 m² 300.444,84 m² 26.410,42 m²

7.653,82 m² 20.437,10 m² 10.404,10 m² 5,45 km 79.709,38 m² 3,20 km 16.402,64 m²

PAVIMENTO TÉRREO: 1º PAVIMENTO: 2º PAVIMENTO: RESERVATÓRIO DE ÁGUA:

O edifício em estudo localiza-se no ponto sul-sudeste do terreno, por tratar-se de uma área que oferece risco de alagamento, foi escolhido este local para implantação por se tratar do ponto mais alto do terreno e que além disso respeita a área de APP das margens do Rio Sorocaba.

• Considerado o trajeto solar para posicionamento de brises verticais como forma de reduzir o excesso de incidência direta de radiação no interior da edificação, sem criar uma barreira na transparência da edificação, utilizada como elemento atrativo e convidativo; • Em função do trajeto solar, posicionar pontos de iluminação zenital voltados para a face sul, permitindo aproveitamento de luz sem aumentar a temperatura em seu interior, pela incidência direta de radiação solar;

9.142,13 m² 10.094,07 m² 7.151,42 m² 290,57 m² 7% 16.219,10 m² 0,11 26.410,42 m² 85,14% 204.332,82 m²

• Posicionar aberturas em diferentes faces elevando o pavimento térreo, permitindo maior circulação de ar e através de brises permitir seu controle, assim como o de incidência de radiação; • As faces norte e noroeste devem receber elementos que permitam o sombreamento, minimizando o uso de energia para resfriamento.

Edifício Esportivo

IMPLANTAÇÃO DO TERRENO CORTE LONGITUDINAL

55

Projeto Urbanístico – Implantação de elementos MODALIDADES ESPORTIVAS Passarela ampla permitindo a circulação de pedestre e ciclistas.

Proposta de integração do Parque Esportivo Villares com o Estádio Municipal Walter Ribeiro, possibilitando a realização de campeonatos e conexão de praças do entorno.

ÁREA EXTERNA Reservatório de Detenção de Cheias com ilha de refugio da fauna.

N

01

02

03

04

08

05

Área de preservação Área e preservação com trilhas elevadas do solo utilizando deck de madeira.

Lagoa de Fitorremediação para tratamento da água do córrego e água captada no Rio.

08

3,2km de ciclovia

06 07

04

07

01

01. Atividades de corrida em pista 02. Lançamento de martelo/ disco 03. Salto em altura 04. Lançamento de dardo 05. Salto triplo e extensão 06. Lançamento de peso 07. Salto com vara

Captação mecânica de água utilizando um Parafuso de Arquimedes, que coletará a água do rio para tratamento e formação de lagos.

08. Quadras de basket e volei Pista de atletismo

LEGENDA

FLUXO DA ÁGUA Captação mecânica de água do rio Processo de Fitorremediação Edifício Esportivo

Drenagem do rio durante cheias Chegada do córrego Lava-pés

0

IMPLANTAÇÃO DO TERRENO CORTE 56

LONGITUDINAL

Circuito de bikes BMX

75

150

Rampas modulares para prática de skate, BMX, patins, trotinete, entre outros.

300m

Retorno de água tratada para o Rio Sorocaba Imagens ilustrativas dos elementos propostos.

Cortes do terreno Barreira Vegetal

| Linha | férrea

|

Edifício|Esportivo

|

Praça de acesso

|

| Torre Mirante

CORTE XX

Torre de chaminé antiga

CORTE TRANSVERSAL Vila Senger

Lagoa |

|

Linha férrea

|

Área de piqueniques

|

| Lagoa | Ilha Refugio Fauna

|

Passarela Rio Sorocaba

Av. Dom Aguirre

Bacia de contenção de cheias

|

Edifício Esportivo

|

Pista de Atletismo

Barreira Vegetal

DETALHE 01

CORTE YY CORTE LONGITUDINAL Edifício Esportivo

|

Estacionamento

|

Área de conservação ambiental

CORTE ZZ CORTE LONGITUDINAL

|

DETALHE 01

Lagoa

|

Ilha Refugio Fauna

|

Lagoa

|

Área de conservação ambiental

|

Rio Sorocaba

|

Ciclovia

Bacia de contenção de cheias

X Z

N

Y

Z Y

DETALHE 01

DETALHE 02

X PLANTA CHAVE - TERRENO

BACIA DE CONTENÇÃO DE CHEIAS

BACIA DE CONTENÇÃO DE CHEIAS

SEM ESCALA

57

08

Fluxograma de ambientes do Ginásio Esportivo Projeto Arquitetônico

FLUXOGRAMA DE AMBIENTES PROJETO ARQUITETÔNICO

58

Referências para projeto arquitetônico

09 07. Programa de usos diversificado em espaço verticalizado (Colégio São Luís - SP) 08. Brises e vãos amplos para equilíbrio de iluminação e ventilação (Colégio São Luís - SP) 09. Elementos vazados para fechamento lateral (Concurso MASTERPLAN).

07

08 59

Diagrama de Usos Reservatório de água Barrilete

PLANTA CHAVE SEM ESCALA Circ. Vertical Escadas de emergência e elevadores

COBERTURAS

Barrilete | Reservatório de água

LEGENDA AMBIENTES Reservatório de água Barrilete Circ. Vertical (escadas de emergência | elevadores) Banheiros Passarelas sobre as quadras

2º PAVIMENTO

Arquibancada Jogos | Administrativo

ALA DE JOGOS

Pátio para estudos Administrativo Circulação da arquibancada das piscinas Circ. Vertical (escadas de emergência | elevadores) Banheiros

ALA DE GINÁSTICA Rampas

1º PAVIMENTO

Ala de Jogos | Ala de Luta e Dança | Ala de Ginástica Olímpica | Arquibancada Ala Aquática|

ALA DE LUTAS E DANÇAS

ALA AQUÁTICA Escadas

Quadras Ala de Ginástica artística Ala de Lutas e Dança Arquibancada das piscinas Circulação vertical - Rampas Circulação vertical - Escadas Circ. Vertical (escadas de emergência | elevadores) Banheiros

N

PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

DIAGRAMA DE USOS PROJETO ARQUITETÔNICO 60

PAVIMENTO TÉRREO

Pátio Principal | Pátio de Atividades Livres | Comedoria | Piscinas

Pátio de atividades livres Comedoria Piscinas Circulação vertical - Rampas Circulação vertical - Escadas

Axonométrica de Projeto

Diagrama de fluxos

PLANTA CHAVE SEM ESCALA

COBERTURAS

Barrilete | Reservatório de água

2º PAVIMENTO

2º PAVIMENTO

Arquibancada Jogos | Administrativo

1º PAVIMENTO

Ala de Jogos | Ala de Luta e Dança | Ala de Ginástica Olímpica | Arquibancada Ala Aquática|

1º PAVIMENTO ACESSO PRINCIPAL

N DIAGRAMA DE USOS PROJETO ARQUITETÔNICO

PAVIMENTO TÉRREO

Pátio Principal | Pátio de Atividades Livres | Comedoria | Piscinas

PAV. TÉRREO

61

Axonométrica de Projeto 2

VEDOS ADOTADOS A edificação foi idealizada para comportar-se como o pátio de uma grande escola, com área totalmente permeável, permitindo maior circulação de ar entre os ambiente e permitindo a circulação de pessoas, com restrição em algumas áreas. Em função dos diversos ambientes abertos e da utilização de grandes beirais, utilizou-se um número reduzido de componentes para fechamento e vedação, conforme tabela abaixo:

Iluminação zenital

1

1

PLANTA CHAVE

COBERTURA

COBERTURAS

Barrilete | Reservatório de água

4

4

Arquibancada Jogos | Administrativo

Quadras

4

Telhas metálicas termoacústicas

Proporcionam leveza à estrutura e controle de propagação de sons e de temperatura, reduzindo a necessidade de ar-condicionado e de grandes estruturas

Iluminação zenital na Ala de Jogos

Aproveitamento de luz natural sem aumentar a temperatura em seu interior

Brises metálicos móveis

Controle da incidência direta de raios solares, diminuindo a necessidade de utilização de ar-condicionado

Placas cimentícias com tratamento termoacústico em fibra de vidro e resina

Garantem leveza, agilidade no processo construtivo, baixo consumo de água na produção, conforto térmico e não propagam chamas .

Coberturas

2º PAVIMENTO

4

RETORNO SUSTENTÁVEL

SEM ESCALA

3 4

MATERIAIS

Paredes

4 1º PAVIMENTO

Ala de Jogos | Ala de Lutas e Danças | Ala de Ginástica Olímpica | Arquibancada Ala Aquática|

4 4 Piscinas

1

2

3

Telha metálica termoacústica

Iluminação zenital com vidro

Brise metálico móvel no sentido horizontal

4

5

Brise metálico móvel no sentido vertical (textura: madeira)

Placas cimentícias com tratamento termoacústico

5

N

PAVIMENTO TÉRREO

5

SISTEMA CONSTRUTIVO PROJETO ARQUITETÔNICO 62

Pátio Principal | Pátio de Atividades Livres | Comedoria | Piscinas

Diagrama de Estruturas LEGENDA N

N

DIAGRAMA DE ESTRUTURAS – PAVIMENTO TÉRREO SEM ESCALA

N

DIAGRAMA DE ESTRUTURA PERSPECTIVA

PLANTA CHAVE

SENTIDO LONGITUDINAL

SEM ESCALA

DIAGRAMA DE ESTRUTURAS – 1º PAVIMENTO SEM ESCALA

SISTEMA ESTRUTURAL ADOTADO O sistema estrutural proposto é composto por colunas cilíndricas de concreto moldado em formas de papelão nos pátios do abertos e laje nervurada em concreto, juntamente a estrutura composta por perfis metálicos com I e treliças metálicas, para atender aos vão maiores com carga reduzida.

A composição mista permite otimizar a dimensão de vigas e favorece a proporção dos vãos entre pilares.

N

DIAGRAMA DE ESTRUTURAS – 2º PAVIMENTO SEM ESCALA 63

Projeto Arquitetônico - Implantação

PLANTA CHAVE IMPLANTAÇÃO - PAVIMENTO TÉRREO - NÍVEL 0,00 / 555,53 64

ALA AQUÁTICA| ACESSO PRINCIPAL | COMÉRCIOS, RESTAURANTES E COMEDORIA | PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

SEM ESCALA

Projeto Arquitetônico - Plantas

VEDOS O piso térreo possui paredes apenas na área das piscinas, onde optou-se pelo uso de paredes em placas cimentícias, garantindo leveza, durabilidade, agilidade no processo construtivo, baixo consumo de água na produção e conforto térmico ao edifício, ficando o restante do edifício elevado, deixando este pavimento para uso livre.

O uso de vãos abertos garantem eficiência energética devido ao aproveitamento da ventilação natural gerando diminuição na necessidade de uso de ar condicionado, pela circulação de ar que favorece também outros ambientes.

Na área central do edifício, utilizou-se jardins internos, que além de contribuir para o embelezamento paisagístico, tem grande impacto nas condições climáticas dos ambientes, pois proporcionam um ambiente mais úmido e fresco, purificando e melhorando a qualidade do ar.

MALHA ESTRUTURAL A malha estrutural do piso térreo varia de acordo com o bloco em que é utilizada, utilizando pilares de concreto nos vão maiores, sendo: ALA AQUÁTICA Pilares metálicos MALHA DE 50 x 8m - Com vedos em placas cimentícias com isolante termoacústico em seu interior e vidro;

IMPLANTAÇÃO - PAVIMENTO TÉRREO - NÍVEL 0,00 / 555,53 ALA AQUÁTICA| ACESSO PRINCIPAL | COMÉRCIOS, RESTAURANTES E COMEDORIA | PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

LEGENDA ACESSOS

CIRCULAÇÃO VERTICAL

AMBIENTES

A1

ACESSO PRINCIPAL - PÁTIO

C.1

RAMPAS

1

PÁTIO PRINCIPAL | 2.095,15 m²

A2

ACESSO PISCINAS

C.2

ESCADAS

2

PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES | 4.685,2 m²

A3

ACESSO PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

C.3

ELEVADORES

3

COMÉRCIO E SERVIÇOS | 2.003,45 m²

A4

ACESSO DE SERVIÇO

C.4

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

4

PISCINAS | 5.010,87 m²

PÁTIO PRINCIPAL | COMEDORIA Pilares redondos de concreto MALHA DE 14 x 14 m - Sem fechamentos; PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES Pilares redondos de concreto MALHA DE 25 x 16 m - Sem fechamentos.

65

Projeto Arquitetônico - Plantas

VEDOS O primeiro pavimento possui vedos na área da arquibancada das piscinas, na Ala de Lutas e Danças, na Ala de Ginástica Olímpica, e nas salas de apoio das quadras, sendo estes ambientes de acesso controlado, ficando o restante do edifício livre para circulação e uso livres.

Para conter a incidência de radiação solar direta optou-se por utilizar brises metálicos móveis, que garantem uma boa troca de calor, ventilação natural e transparência, não comprometendo a estrutura do edifício.

MALHA ESTRUTURAL A malha estrutural deste pavimento possui pequena variação em relação ao térreo, passando a utilizar mais estruturas metálicas e em uma malha menor, sendo: ALA AQUÁTICA Pilares metálicos MALHA DE 50 x 8m - Com vedos em placas cimentícias com isolante termoacústico em seu interior, vidro e brise metálicos; ÁREA DE ESTAR - MULTIUSO Pilares redondos de concreto MALHA DE 14 x 14 m - Sem fechamentos;

PLANTA - PRIMEIRO PAVIMENTO - NÍVEL 5,60 / 561,13 ARQUIBANCADA DA ALA AQUÁTICA | ALA DE LUTAS E DANÇA | ALA DE GINÁSTICA ARTÍSTICA | ALA DE JOGOS

LEGENDA

66

AMBIENTES

ACESSOS

CIRCULAÇÃO VERTICAL

A1

ACESSO PRINCIPAL - PÁTIO

C.1

RAMPAS

A2

ACESSO PISCINAS

C.2

ESCADAS

A3

ACESSO PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

C.3

ELEVADORES

A4

ACESSO DE SERVIÇO

C.4

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

5

ÁREA DE ESTAR - MULTIUSO | 784,30 m²

6

GINÁSIO POLIESPORTIVO | 4.537,35 m²

7

ALA DE DANÇA E LUTAS | 1.288,05 m²

8

ALA DE GINÁSTICA ARTÍSTICA | 1.469,65 m²

9

ARQUIBANCADAS DAS PISCINAS | 2.587,50 m²

13

ARQUIBANCADAS DAS QUADRAS | 2.003,35 m²

GINÁSIO POLIESPORTIVO Pilares metálicos MALHA DE 7 x 20 m Com vedos em concreto e vidro ALA DE DANÇA E LUTAS Pilares redondos de concreto MALHA DE 14 x 14 m Com vedos em concreto e vidro; QUADRAS Pilares metálicos MALHA DE 25 x 16 m Sem fechamentos.

Projeto Arquitetônico - Plantas

VEDOS O segundo pavimento é composto por áreas e uso específico e possui vedos na área de circulação da arquibancada das piscinas, no setor administrativo e nos acessos das arquibancadas das quadras, com acesso controlado, ficando o restante do edifício livre para circulação e uso livres.

Na Ala das piscinas, optou-se pelo uso de brise metálico móvel na horizontal, possibilitando a troca de calor e a vedação do ambiente quando necessário.

Todo o edifício possui um formato de pirâmide inversa, de forma que a cobertura e os ambientes superiores proporcionem sombra aos demais ambientes, reduzindo a necessidade do uso de ar-condicionado e possibilitando o uso dos ambientes em diversos horários do dia.

MALHA ESTRUTURAL A malha estrutural deste pavimento possui segue reduzida em relação ao primeiro pavimento, sendo: ALA AQUÁTICA Pilares metálicos MALHA DE 50 x 8m - Com vedos em placas cimentícias com isolante termoacústico em seu interior, vidro e brise metálicos;

PLANTA - SEGUNDO PAVIMENTO - NÍVEL 11,20 / 566,73 ADMINISTRATIVO | ARQUIBANCADAS DA ALA DE JOGOS (QUADRAS POLIESPORTIVAS)

LEGENDA ACESSOS

CIRCULAÇÃO VERTICAL

AMBIENTES

A1

ACESSO PRINCIPAL - PÁTIO

C.1

RAMPAS

10

ÁREA DE ESTAR - REUNIÕES | 442,80 m²

A2

ACESSO PISCINAS

C.2

ESCADAS

A3

ACESSO PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

C.3

ELEVADORES

A4

ACESSO DE SERVIÇO

C.4

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

11 12 13

SETOR ADMINISTRATIVO | 417,50 m² MIRANTE | 994,00 m² ARQUIBANCADAS DAS QUADRAS | 2.003,35 m²

SETOR ADMINISTRATIVO Pilares redondos de concreto MALHA DE 14 x 14 m - Com vedos em concreto e vidro; ÁREA DE ESTAR Pilares redondos de concreto MALHA DE 14 x 14 m - Sem fechamentos; ARQUIBANCADAS DAS QUADRAS Pilares metálicos MALHA DE 25 x 16 m - Sem fechamentos.

67

Projeto Arquitetônico - Plantas Calhas para captação de água pluvial

VEDOS E ESTRUTURA Reservatórios subterrâneos de água

Calhas para captação de água pluvial

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20% TELHA METÁLICA ZIPADA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO MÍNIMA = 2,5%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA ZIPADA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO MÍNIMA = 2,5% TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 10%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA ZIPADA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO MÍNIMA = 2,5%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

TELHA METÁLICA TERMOACUSTICA INCLINAÇÃO = 20%

A cobertura da Ala Aquática e na Ala de Jogos foi pensado de forma a oferecer leveza ao projeto, possibilitando a utilização de grandes vãos na malha estrutural dos pavimentos abaixo, possibilitando amplitude para as quadras e piscinas.

Para possibilitar atender a necessidade dos grandes vãos, sem deixar de lado a temperatura interna e o controle de ruído gerado, foram utilizadas treliças metálicas e telhas metálicas termoacústicas.

Na cobertura da Ala Aquática, optou-se pela telha metálica zipada termoacústica, que além de garantir o controle termoacústico possibilita seu uso em grandes vãos e permite atender o desenho curvo deste bloco.

Na Ala de Jogos optou-se pela telha metálica termoacústica e pelo uso de aberturas zenitais, com fechamento em vidro, voltadas para a face Sulsudeste, de forma a permitir o aproveitamento de iluminação natural sem prejudicar a temperatura em seu interior, pela incidência direta de radiação solar.

APROVEITAMENTO DE RECURSOS

Outro elemento importante que garante o aproveitamento de recursos naturais e a eficiência energética é o uso de captação de águas pluviais e seu armazenamento para uso em reservatórios subterrâneos, resultando em economia no consumo.

LEGENDA AMBIENTES 14 15

BARRILETE RESERVATÓRIO DE ÁGUA

PLANTA DE COBERTURA COBERTURAS | RESERVATÓRIO DE ÁGUA

Reservatórios subterrâneos de água

TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA D

68

CORTE ESQUEMÁTICO DD

D

PLANTA CHAVE – CORTE SEM ESCALA

N

Projeto Arquitetônico – Cortes B

A

B

A

N

PLANTA CHAVE SEM ESCALA

CORTE AA SENTIDO TRANSVERSAL

CORTE BB SENTIDO LONGITUDINAL 69

Projeto Arquitetônico – Cortes N

C

C

D

D

E

E

PLANTA CHAVE SEM ESCALA

CORTE CC SENTIDO LONGITUDINAL

CORTE DD SENTIDO LONGITUDINAL

CORTE EE SENTIDO LONGITUDINAL 70

Projeto Arquitetônico – Corte humanizado

CORTE AA SENTIDO TRANSVERSAL

A

A PLANTA CHAVE SEM ESCALA

71

CORTE CC-02

Projeto Arquitetônico – Corte humanizado

CC-02

CORTE CC-01 SENTIDO LONGITUDINAL

CC-01

C

C

PLANTA CHAVE CORTE CC-01

SEM ESCALA

CORTE CC-02 SENTIDO LONGITDINAL 72

Projeto Arquitetônico – Elevações

Cobertura metálica

Cobertura metálica com tratamento termo acústico e iluminação zenital em vidro

Laje em concreto impermeabilizado Inclinação 3%

Cobertura metálica zipada com tratamento termo acústico

Fechamento das paredes em placas cimentícias

Cobertura das escadas em vidro

ELEVAÇÃO 01

Brise metálico móvel

Fechamento em vidro

SENTIDO LONGITUDINAL

Cobertura metálica com tratamento termo acústico e iluminação zenital em vidro

Cobertura metálica zipada com tratamento termo acústico

Brise metálico móvel

01

02

ELEVAÇÃO 02 SENTIDO TRANSVERSAL

Fechamento em vidro

PLANTA CHAVE - VISTAS SEM ESCALA 73

Projeto Arquitetônico – Elevações

Cobertura metálica zipada com tratamento termo acústico

Laje em concreto impermeabilizado Inclinação 3%

Fechamento das paredes em placas cimentícias

Cobertura metálica

Cobertura metálica com tratamento termo acústico e iluminação zenital em vidro

Cobertura das escadas em vidro

Fechamento em vidro

ELEVAÇÃO 01

Brise metálico móvel

SENTIDO LONGITUDINAL

Cobertura metálica zipada com tratamento termo acústico

Fechamento das paredes em placas cimentícias

Guarda-corpo em vidro H=1,20m

04

ELEVAÇÃO 02 SENTIDO TRANSVERSAL

74

Porta de acesso para atletas

Fechamento em vidro

03 PLANTA CHAVE - VISTAS SEM ESCALA

Projeto Arquitetônico – Detalhes PASSARELAS QUADRAS POLIESPORTIVAS PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES

N

PLANTA CHAVE SEM ESCALA

CORTE DETALHE CORTE DETALHE 01 BRISE VERTICAL DAS QUADRAS POLIESPORTIVAS

75

Projeto Arquitetônico – Detalhamentos PROJETO E EXECUÇÃO

DETALHE A – COBERTURA E BRISE

Para este ginásio foi especificado estrutura metálica para poder atender aos grandes vão em ter pilares, necessários para permitir abrigar 01 piscina olímpica com dimensão de 50 x 25 m e uma piscina para saltos ornamentais com dimensão de 20 x 18 m.

O espaço conta com arquibancada para 736 pessoas sentadas e pode receber eventos esportivos de pequeno porte.

Todo o fechamento deste ambiente é em placas cimentícias com isolante termoacústico, vidro e brises metálicos horizontais que permitem a troca de ar do ambiente. A cobertura é estruturada por treliças metálicas com fechamento em telha metálica termoacústica zipada, ideal para atender a grandes coberturas curvadas garantindo uma estrutura leve e controle da temperatura interna. A cobertura possui calhas que permitem a captação de água pluvial em diversos pontos reduzindo o montante acumulado a ser despejado no ponto mais baixo. A captação destina essa água para reuso.

CORTE DETALHE 02 COBERTURA E BRISE HORIZONTAL DAS PISCINAS

N

PLANTA CHAVE 76

SEM ESCALA

DETALHE A COBERTURA E BRISE

Projeto Arquitetônico – Detalhamentos DETALHE B – ILUMINAÇÃO ZENITAL DA COBERTURA

CORTE DETALHE 03 ESTRUTURA VEDOS DAS QUADRAS POLIESPORTIVAS

N

PLANTA CHAVE SEM ESCALA

PROJETO E EXECUÇÃO Este espaço foi pensado para receber eventos esportivos de pequeno porte. Disponibilizando de 02 quadras menores de 27x16m ou de 01 quadra utilizando o espaço total de 40x20m. A arquibancada deste espaço possui espaço para 676 pessoas sentadas.

O pavimento térreo é todo aberto, possibilitando a circulação de ar por todo o ambiente e a utilização em qualquer horário com a liberdade para realizar atividades diversas. Os demais pavimentos também são abertos, para possibilitar a circulação de ar, porém possuem brises móveis verticais em chapas metálicas com pintura texturizada na cor madeira para diminuir a incidência direta de raios solares.

O ginásio, no primeiro pavimento conta com cobertura metálica termoacústica para auxiliar na temperatura externa e iluminação zenital voltada para a face sul, para auxiliar na iluminação interna.

Para auxiliar na leveza da estrutura, foi especificada a utilização de laje nervurada no pavimento térreo, com fechamento do forro em madeira, abrigando a passagem de tubulações. Também foi especificado a utilização de estrutura metálica (pilares e vigas) nos pavimentos acima do pavimento térreo e cobertura em treliça metálica, de forma a garantir a resistência de todo o conjunto sem abrir mão da leveza.

DETALHE B – ILUMINAÇÃO ZENITAL DA COBERTURA 77

Máscaras de Radiação ANÁLISE - PREDOMINÂNCIA DE VENTOS

NNO

FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE VENTOS

VERÃO No verão, os ventos ocorrem com maior frequência na face Nordeste (NE), chegando a 15,8% de frequência de ocorrência, sendo sua velocidade predominante de 3m/s, semelhante em todas as faces.

ENE

OSO

INVERNO No inverno, os ventos ocorrem com maior frequência na face Nordeste (NE), chegando a 21,0% de frequência de ocorrência, sendo sua velocidade predominante no verão é de 3m/s, semelhante em todas as faces.

SSE

PLANTA DO PAVIMENTO TÉRREO - LATITUDE: 23.49540

VELOCIDADE PREDOMINANTE DE VENTOS

FACHADA NOR–NOROESTE (NNO) ORIENTAÇÃO: 340° ALFA= 48° | BETA= 46º | GAMA= 48º

FACHADA SUL–SUDESTE (SSE) ORIENTAÇÃO: 160° ALFA= 56° | BETA= 85º | GAMA= 0º

ÉS–NORDESTE (ENE) ORIENTAÇÃO: 70° ALFA= 56° | BETA= 68º | GAMA= 0º

FACHADA OÉS–SUDOESTE (OSO) ORIENTAÇÃO: 250° ALFA= 41° | BETA= 46º | GAMA= 0º

ANÁLISE - INSOLAÇÃO

78

FACHADAS NO SOLSTÍCIO DE VERÃO

FACHADAS NO SOLSTÍCIO DE INVERNO

NNO - NOR-NOROESTE – Não recebe incidência direta de luz solar nesta época.

NNO - NOR-NOROESTE - Recebe insolação das 10:30 às 15:00.

SSE - SUL-SUDESTE - Recebe insolação das 6:04 às 8:40 da manhã.

SSE - SUL-SUDESTE – Não recebe insolação

ENE - ÉS-NORDESTE - Recebe insolação das 8:15 até às 11:00 da manhã.

ENE - ÉS-NORDESTE - Recebe insolação das 9:15 até às 12:00.

OSE - OÉS-SUDOESTE - Recebe insolação das 13:15 às 17:30.

OSE - OÉS-SUDOESTE - Recebe insolação das 13:15 às 17:15.

Mobiliário Urbano O mobiliário urbano sugerido foi definido para permitir a padronização de forma flexível para o ambiente, através de produtos pré-fabricaos de uma mesma linha, proporcionando conforto, resistência e inovação em um design limpo.

Conteúdos extraídos do site do fabricante - AMOP SYNERGIES Disponível em: <https://www.grupoamop.com/idx/idx/default,230,1>.

Acesso em: Maio de 2021 * Projeto e descrição fornecidos pela empresa

AR PURO - Cadeira Coletiva

Mesa Modular

Stop Bicicleta Stadium

Banco Algeciras C

Bebedouro Mia

Banco AMC

Abrigo de Contentor Duplo

79

Mobiliário Urbano Além do mobiliário urbano para uso convencional, o projeto sugere o uso linha de rampas modulares para prática esportes radicais como skate, BMX, patins em linha, trotinete, circuito de bike, entre outros. Dessa forma, permite que uma gama de público maior encontre no parque atividades esportivas.

MINI RAMP 140 – Rampa montável

PUMP TRACK – Circuito de bikes BMX 80

Conteúdos extraídos do site do fabricante - AMOP SYNERGIES Disponível em: <https://www.grupoamop.com/idx/idx/default,230,1>.

Acesso em: Maio de 2021 * Projeto e descrição fornecidos pela empresa

Pavimentação e Iluminação PLACA DE PISO DRENANTE

ILUMINAÇÃO

Feitas com concreto poroso, as placas drenantes de concreto para pavimentos intertravados permeáveis permitem que a água seja drenada. Além de atérmicos e antiderrapantes, são os pisos ecológicos, contribuindo para um ambiente mais sustentável e ajudando a evitar inundações. Devem ser executados por empresas especializadas em pavimentação, pois devem considerar vários aspectos assim como o nível do lençol freático e as condições de suporte e permeabilidade do solo, entre outros.

Sun Stay - Iluminação solar integrada

Este produto que está apoiado na legislação atual vigente de controle de escoamento das águas pluviais nos empreendimentos (lei 11.228 de 25 de junho de 1992), e atende às solicitações das autoridades e de mercado, que pede cada vez mais um posicionamento de caráter ecológico às empresas de construção.

Ideais em ambientes externos, podem ser usados em espaços públicos ou privados, como calçadas ecológicas, praças, garagens, estacionamento, passeios, entre outros usos.

Tem alta aderência e alta resistência ao atrito (principalmente em rampas), e podem ser utilizados até em locais de manobra e trânsito de veículos.

Iluminação solar integrada com bateria, painel solar e carregador integrado na luminária, permitindo o uso de energia solar.

Benefícios • Leva iluminação a lugares sem acesso a rede elétrica • Economiza energia • Preserva a paisagem já que caminhos para cabos não são necessários • Favorável ao ambiente • Estrutura resistente para tempo de vida útil longo.

Utilização: Em postes de 10 a 14 metros, utilizados em praças.

Lanterna Solar

PISO GRAMA

Lanterna solar com bateria integrada para montagem no topo do poste com alturas de 4 e 6 metros.

É um piso drenante utilizado em solos com grama. Possui resistência ao tráfego intenso, facilidade na remoção e reaproveitamento das peças e permeabilidade superior a 50% de sua área.

Utilização: Em postes de 4 metros, utilizados em vias para pedestres.

Com foco direcionado poluição visual.

para

baixo evita

a

Possui grande variedade de cores, utilização de produtos recicláveis em sua composição, alta resistência ao atrito, uso de vários tipos e tamanhos de granilhas, dois tipos de acabamento superficial.

Conteúdos extraídos do site do fabricante - DRENALTEC Disponível em: <https://www.drenaltec.com.br/>.

Acesso em: Maio de 2021 * Projeto e descrição fornecidos pela empresa

Conteúdos extraídos do site do fabricante - PHILIPS Disponível em: <https://www.lighting.philips.com.br/prof/luminariasoutdoor/road-and-urban-lighting>.

Acesso em: Maio de 2021 * Projeto e descrição fornecidos pela empresa 81

Projeto Arquitetônico - Perspectivas P2

P1

P3

N N

PLANTA CHAVE 01 TERRENO - SEM ESCALA

P1

PERSPECTIVA 1 - ENTRADA DO PÁTIO PRINCIPAL SEM ESCALA

P2

P3 82

PERSPECTIVA 3 - PÁTIO DE ATIVIDADES LIVRES SEM ESCALA

PERSPECTIVA 2 - ALA AQUÁTICA SEM ESCALA

PLANTA CHAVE 02 EDIFICAÇÃO - SEM ESCALA

Perspectivas – Área externa

P4

PERSPECTIVA 4 – SETOR ESPORTIVO SEM ESCALA

PERSPECTIVA 5 – QUADRAS EXTERNAS

P5

SEM ESCALA

P6

P4 P5

N

P6

PERSPECTIVA 6 – PASSARELA SEM ESCALA

PLANTA CHAVE 01 TERRENO - SEM ESCALA

83

Perspectivas – Acessos

P7

PERSPECTIVA 7 – PRAÇA DO EDIFÍCIO SEM ESCALA

P8

P8 84

PERSPECTIVA 8 – PRAÇA DO EDIFÍCIO SEM ESCALA

N

PLANTA CHAVE 01 TERRENO - SEM ESCALA

P7

Perspectivas – Jardim interno

P9

PERSPECTIVA 9 – TÉRREO - JARDIM INTERNO SEM ESCALA

P10

PERSPECTIVA 10 – 2º PAVIMENTO - RAMPAS SEM ESCALA

N P10 P11

N

P11

PERSPECTIVA 11 – 2º PAVIMENTO - JARDIM INTERNO SEM ESCALA

PLANTA CHAVE 01 TERRENO - SEM ESCALA

P9

PLANTA CHAVE 02 EDIFICAÇÃO - SEM

ESCALA

85

Perspectivas – Ala Aquática

P12

PERSPECTIVA 12 – PISCINA OLÍMPICA SEM ESCALA

P13

PERSPECTIVA 13 – PISCINA OLÍMPICA SEM ESCALA

N P12

P13

N P14

P14 86

PERSPECTIVA 14 – SALTOS ORNAMENTAIS / ARQUIBANCADA SEM ESCALA

PLANTA CHAVE 01 TERRENO - SEM ESCALA

PLANTA CHAVE 02 EDIFICAÇÃO - SEM ESCALA

09

Parque Porto das Águas

Considerações Finais

Parque as Águas

Como ponto central deste estudo está a importância do meio ambiente e da prática de atividades físicas, que somados resultam em benefícios sociais, psicológicos e físicos para a população.

Parque Linear (APP)

Este projeto propõe à cidade um novo elemento na busca pela qualidade de vida da população, proporcionando acima de tudo a reapropriação do espaço urbano e a requalificação de uma área degradada.

Criando novas conexões para a cidade, e permitindo a relação homem/natureza o parque se tornará um elemento de descompressão, que irá integrar esporte, lazer possibilitando transformações sociais em um ambiente saudável e repleto de áreas verdes, que favorecerão a flora e a fauna e permitirá maior eficiência na drenagem de águas pluviais, auxiliando na prevenção de alagamentos.

De maneira geral o projeto proposto se integra ao Parque Linear do entorno do Rio Sorocaba, possibilitando que o pedestre se torne o protagonista da cidade e componente importante da paisagem urbana, colocando em prática os pontos ressaltados por Gehl no livro “Cidade para pessoas”, onde o primeiro aspecto a ser considerado é a necessidade de permeabilidade física entre as edificações e o espaço urbano. Ao contrário do cenário atual, onde os elementos existentes segregam a cidade criando barreiras físicas.

Parque Villares

Parque do Paço Municipal - Prefeitura de Sorocaba

Parque Linear (APP)

LEGENDA Parque Linear ao longo do Rio (APP) Rio Sorocaba

0

500

1000

2000m 87

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