XI Congresso ALAIC - GT1 - Parte 2/2

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demais. Normalmente, são solicitados trabalhos de reforço e as provas perdidas são realizadas em outra data, posterior ao término da peregrinação. Este ano, a Irmandade saiu da Paróquia de São João, em Conchas, com mais de 40 irmãos, no dia 25 de maio às 9h e depois de percorrer a região, com 25 pousos em locais diferentes, voltou para a mesma paróquia no dia 27 de junho. 4. O RITUAL O ritual de celebração da Festa do Divino no bairro de Sant´Ana começa quando a Irmandade, que já está sendo esperada pela comunidade, dá o sinal de sua presença com tiros de trabuco. O festeiro local responde com um tiro de rojão e, dessa forma, ambos vão se comunicando. Em seguida, a comunidade, vai caminhando ao encontro da Irmandade, que chega uniformizada com trajes azuis com divisas no ombro. A cor das divisas identifica o cargo: branco para o Diretor; branco e vermelho para o Vice; verde para o Capelão; e, vermelho para os demais. No meio do caminho entre ambos os grupos, há os “amortalhados”, que são pessoas que se enrolam em um pano branco e se deitam no chão para que a Bandeira do Divino passe por cima delas. Fazem isso para cumprir as “Promessas do Divino”. Os membros da Irmandade fazem a passagem “pulando” sobre essas pessoas. Quando os dois grupos se encontram, o violeiro e os cantadores fazem as saudações com cantigas cuja autoria das letras se perdeu no tempo. Contudo, há indícios que tenham sido escritas por volta de 1850 22. Depois das saudações de encontro, todos seguem para a Praça da Igreja de Sant ´Ana, onde o Mastro do Divino é levantado. Esse momento, imediatamente anterior à celebração da missa de louvor, também é marcado pelos tiros do Trabuqueiro. Na missa, o violeiro e os cantadores pedem pouso e comida à comunidade anfitriã.

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http:://www.aranhaturismo.com.br acesso em 18.06.10


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