Akadémicos 12

Page 1

SUPLEMENTO DO SEMANÁRIO REGIÃO DE LEIRIA DE 2006 05 26 NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Parceria com a ESEL ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE LEIRIA 2006 05 26 SEXTA–FEIRA JORNAL MENSAL 0212 Rodrigo Guedes de Carvalho Sentado no Mocho “Diria que me estive a marimbar para a vida académica” 06 07 CAMPEONAS! 03 e 04 ATLETAS DO IPL OUTRA VEZ EM GRANDE

Ficha técnica

Director Francisco Rebelo dos Santos

Director executivo

Pedro Costa

presidente do Conselho

editorial

Graça Fonseca (presidente do conselho directivo da ESEL)

Coordenador técnico

António José Laranjeira

redacção e colaboradores: Ana Rosa; Ângela Duarte, Cláudia Moiteiro, Cristina Parente; Daniel Borges; Diana Combo; Dejanira Costa: Edite Felgueiras; Fátima Cordeiro; Fatu Buaró; Fernanda Branco; Filipa Gonçalves; Filipe Guerra; Liliana Martins; Mário Ventura; Marta Costa; Miguel Oliveira; Mónica Oliveira; Pedro Santos, Rui Formiga; Sónia

Olaio, Susana Raposo; Tatiana Silva; Telma Freire; Vânia Santos

paginação:

Paulo Marques

Departamento Comercial

Alda Moreira (Directora); propriedade

Empresa Jornalística

Região de Leiria, Lda.

Contribuinte N.º 500 096 805

redacção

Escola Superior de Educação de Leiria

Rua Dr. João Soares, Leiria akademicos@esel.ipleiria.pt

parceria

Escola Superior de Educação de Leiria

impressão

Mirandela, SA - Lisboa

Distribuição

Vasp

abertura

Doze números

Esta é a edição número 12 do Akadémicos. Normalmente, corresponderia a um ano de edições, dado esta ser uma publicação mensal. Mas, como o calendário do Akadémicos está intimamente ligado ao calendário escolar, esta edição comemora praticamente dois anos.

Não comemoramos de forma especial, até porque cada número é, para nós, motivo de festa. Porque remamos mais um pouco contra a maré, porque entusiasmamos (e entusiasmamo-nos) mais uns quantos, porque vamos fidelizando (acreditamos) leitores. Recordamos, apenas, as capas destes doze números, num exercício de memória que, neste caso, é também um ensaio de alegria. Porque nos ajuda a recordar as histórias de cada número, as polémicas (e algumas absolutamente risíveis, deixe-nos dizer!) de cada edição, o trabalho de cada mês.

Sempre dissemos que este jornal é tão especial que se constrói de cada vez que se faz. É tão único porque tem uma redacção flutuante (em função do ritmo académico), que oscila na disponibilidade, nos humores, nas oportunidades.

E é tão importante, afinal, porque traduz um esforço da Escola que o apadrinha, da direcção do curso que o enquadra e da equipa que o produz, para constituir uma ferramenta de aprendizagem preciosa, num mundo cada vez mais competitivo e em que a experiência é factor cada vez mais relevante, mesmo à entrada do mercado de trabalho. Este ano que termina já com a próxima edição foi um ano peculiar. Porque assistiu à passagem do testemunho do grupo fundador, para um grupo mais heterogéneo de colaboradores, mais jovens, mais inexperientes, mas nem por isso menos entusiasmado e menos empenhado.

Se há sentimento que nos inunda quando reflectimos sobre estes doze números é o orgulho. Orgulho do dever cumprido, orgulho de termos cumprido os objectivos a que nos propusemos, não obstante algumas resistências e desconfianças iniciais. Esse orgulho, no entanto, não nos tolda a capacidade de auto-crítica. Temos consciência de que, apesar de tudo, podíamos ter feito mais e melhor. E é essa convicção que nos permite ter margem para progressão e alimenta a expectativa de fazermos, edição a edição, um cada vez melhor Akadémicos. Só o poderemos lograr, no entanto, com o empenhamento e o apoio de toda a comunidade académica, a que não nos cansamos de apelar.

Para o mês que vem, cá estaremos, a iniciar uma nova série de doze números, O nosso desejo é que esteja connosco!

Con C ertos

14 de Junho, estádio Municipal de Leiria, 22h00 Daniela Mercury ao vivo no Estádio Municipal de Leiria.

Preços dos bilhetes: central especial, € 30; bancada, € 25; relvado, € 15. Bilhetes à venda no Espaço Mais Leiria, junto às Piscinas Municipais de Leiria.

3 de Junho, 21h30, Alcobaça

Artur Pizarro, concerto de piano no Cine-Teatro de Alcobaça, Alcobaça.

e x posição

De 12 de Maio a 31 de Dezembro, Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, Figueira da Foz

A exposição da Colecção Berardo, “O Vício da Liberdade - Arte e Desenhos Publicitários”, apresenta um conjunto de desenhos originais para publicidade. Entre os cartazes da mostra contam-se alguns assinados pelos mais famosos artistas publicitários britânicos, designadamente Edwin Byatt, Albert Buck, Reginald Mills, Louis Johnstone e Louis Shabner. Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, Figueira da Foz; de segunda a sexta-feira das 9h00 às 19h00 e sábados, domingos e feriados das 10h00 às 19h00.

p i ntura

De 17 de Maio a 19 de Junho, Cine-Teatro de Alcobaça, Alcobaça. Exposição de pintura por David Spitzer.

Feiras

De 6 a 18 de Junho, Alcobaça.

3ª Feira de Cerâmica Criativa Contemporânea, São Martinho do Porto, Alcobaça.

A feira reúne dezasseis ceramistas nacionais selec-

cionados, cujo trabalho se enquadra nos critérios de criatividade e contemporaneidade, definidos pelo organizador.

18 de Junho frente ao Mercado Municipal, Alcobaça. Feira de Antiguidades e Velharias. Frente ao Mercado Municipal, Alcobaça. Vender, comprar, trocar ou simplesmente admirar peças que preencheram o nosso passado.

2 de Junho a 2 de Julho, Ourém.

Fotografia de Sandra Martin, Galeria Municipal de Ourém.

Quarta a Domingo 9h00-13h00 e das 14h00-17h00

Terça de tarde: 13h00-17h00

Dança

3 de Junho, Leiria.

Páginas soltas na Praça Rodrigues Lobo, Leiria às 21h30.

A Escola de Dança Clara Leão apresenta duas coreografias de Dança Moderna na animação nocturna da Feira do Livro.

Literatura

23 de Junho a 2 de Julho, Alcobaça. Feira do Livro, São Martinho do Porto, Alcobaça. Mais de 3 mil títulos a preços especiais.

t u nas

tum’acanénica

26 de Maio, Orfeão de Leiria 11 de Junho, Vagos, Aveiro.

noctuna

9, 10, 11 de Junho, Monte da Caparica. - Capas Ricas - Festival de Tunas Femininas da Cooperativa Egas Moniz.

Normalmente costumo ir, este ano ainda não tive oportunidade porque tenho andado bastante ocupada com os trabalhos da escola. Mas tenciono ir, nem que seja só para comer umas pipocas.

Ainda não fui à feira de Maio este ano, pois para além de não ter muita disponibilidade, este não é um evento que me atraia muito.

Este ano não vou. Sempre morei em Leiria e já visitei a feira de Maio várias vezes. Para mim já não é uma novidade.

Vou…. Porque quero estar com os meus amigos, e aproveito para passar um bom bocado.

Estamosvaidosos,poisclaroqueestamosvaidosos

02
Leiriaénossa,Leiriaénossa,Leiriaénossaehá–deser,Leiriaénossaatémorrer 2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0 Akadémicos JORNAL MENSAL
01 ivone salgueiro, Serviço Social, ESEL
Vai lá, Vai...
inKérito | Vais à feira de Maio? Porquê? ana rosa e Marta Costa 03 02 01 03 sandra Mendes, Marketing, ESTG 02 Marina nogueira, Turismo, ESEL
akademicos@esel.ipleiria.pt
04 Miguel oliveira, CSEM, ESEL 04
Vai lá, Vai... uma agenda do mês Cristina parente

Ar do Minho cheirou a títulos…

Depois das batalhas − os torneios de apuramento open − eis que chegou a guerra: as fases finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU). O “campo de batalha” esteve montado durante cinco dias em Vila Real, sob égide da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD). Desde o primeiro dia de Maio que quatro concelhos receberam os melhores atletas do ensino superior português. Vila Real, Chaves, Sabrosa e Santa Marta de Penaguião foram os palcos escolhidos para o culminar de todo um ano desportivo, a reunião num curto espaço de tempo das mais diversas modalidades numa competição pelo título final, num evento que já marca presença como um dos maiores projectos desportivos a nível nacional. Foram 16 os títulos de campeões nacionais universitários que estiveram em disputa, repartidos, claro está, por diversas competições, num total de 10 modalidades colectivas e individuais e 16 campeonatos masculinos e femininos.

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) esteve presente, mais uma vez, em força, apurando para estas fases finais as equipas de Andebol Feminino e Masculino, FutSal Feminino e Voleibol Feminino, além de três atletas no Ténis. Ao todo, foram 57 atletas matriculados nas diversas escolas que compõem o IPL, instituição cada vez mais reconhecida também nesta vertente desportiva, tendo vindo, sucessivamente, a amealhar conquistas que o colocam nos lugares cimeiros do ranking desportivo do Ensino Superior em Portugal.

Pódio no FutSal Feminino

A equipa de futsal feminina, orientada por Delfino Faria, era uma das equipas do IPL que partiam com legítimas aspirações a um lugar no pódio da modalidade, depois de ultrapassadas com distinção as fases de apuramento. Na primeira fase, as atletas de Leiria obtiveram duas vitórias e um empate, o que as colocou directamente na meia-final da competição, onde viriam a perder frente à formação da Escola Superior de Tecnologias de Castelo Branco, por 3-1. No apuramento dos 3º e 4º lugar, o IPL não deixou margem para dúvidas e, com uma vitória por 6-2 frente à Universidade da Madeira, subiu ao pódio, com um 3º lugar, a melhor classificação da história da modalidade no IPL.

Voleibol supera expectativas

O Voleibol Feminino, após uma fase de renovação profunda da sua equipa, conseguiu o apuramento para esta fase final, facto que só por si era satisfatório tendo em conta os objectivos traçados. Na primeira fase da competição, a equipa não conquistou qualquer vitória, vencendo apenas um set e perdendo os outros seis em disputa, alcançando ainda assim o 6º lugar no final da fase, a segunda melhor classificação de sempre da modalidade, depois do 5º posto em 2003/2004.

Andebol Masculino não comprometeu

Passando finalmente ao Andebol Masculino, modalidade já com maior historial dentro da academia leiriense, a equipa do IPL conseguiu duas vitórias nos três encontros da primeira fase, perdendo apenas com a Universidade de Aveiro, por 14-12, seguindo assim para a meia-final onde voltaram a sucumbir aos pés do ISMAI, desta feira por 25-21. No apuramento para os terceiro e quarto lugares, não conseguiram melhor que nova derrota frente à Universidade de Aveiro, desta feita pela margem mínima (16-17). Resultado final: quarto lugar, a segunda melhor classificação de sempre, depois do título de campeão nacional conquistado em 1998/99.

Ténis faz história novamente

No ténis, as expectativas centravam-se maioritariamente em Ricardo Canhão, tetra-campeão nacional da sua categoria, que voltou a não defraudar as expectativas, vencendo na fi-

nal Luís Ferreira, por 6-3 e 6-4, revalidando assim o título, o 5º na sua carreira e 6º no historial da modalidade no IPL. Quanto a Olga Alfaiate, não se ficou muito atrás, caindo apenas na final frente a Maria Leonor Matos, da Universidade do Porto, por 3-6 e 4-6, repetindo assim o vice-título alcançado em 2002/2003, depois dos títulos em 2001/2002 e 2003/2004. Finalmente João Rodrigues, menos favorito nesta fase final, arrecadou o 5º lugar no final das provas, a sua melhor classificação nos três anos que já leva de competição com a camisola do IPL.

Mais do mesmo no Andebol Feminino

Também em Vila Real esteve a equipa de Andebol Feminino, a grande favorita das modalidades de Leiria presentes, que defendia o título alcançado na época transacta. Na meia-final da competição venceu o Instituto Superior Técnico por contundentes 33-7 e na final não fez por menos, arrecadando novamente o título com uma vitória por 39-33 frente ao ISMAI.

Ainda nesta semana, mais precisamente no dia 1 de Maio, foi a vez do Atletismo arrecadar novo ouro para a instituição. Nas provas que se disputaram no Estádio Universitário de Lisboa, João Lopes venceu os 3000 metros e Liliana Marta foi mais forte no salto em altura.

Acerto de contas

Contas feitas após o encerramento de mais uma época desportiva, faltando apenas o FutSal Masculino que ainda se encontra em competição na Liga Universitária (ver página 4), o Instituto Politécnico de Leiria sagrou-se Campeão Nacional Universitário no Andebol Feminino, Ténis Masculino, Atletismo Masculino (3000 metros/ar livre, 1500 metros/pista coberta e corta-mato) e Atletismo Feminino (Salto em Altura em pista coberta e ar livre); conquistou o vice-campeonato no Ténis Feminino e ficou ainda no pódio no FutSal Feminino, que arrecadou o 3º lugar.

Marco Oliveira faz balanço positivo da época

Com a época desportiva 2005/2006 a dar os passos finais (embora não possamos deixar de parte o FutSal Masculino, a única modalidade do ensino superior que ganhou autonomia, criando assim a Liga Universitária de FutSal, na qual o IPL ainda tem legítimas aspirações a uma classificação histórica), Marco Oliveira, coordenador do Sector de Desporto do IPL, faz um balanço positivo da época, partindo com as legítimas esperanças de que «o Andebol Feminino e o Ténis Masculino revalidassem os seus títulos». Apesar da tarefa no ténis, com Ricardo Canhão, ter sido deveras facilitada, «a do Andebol Feminino revelou-se um pouco mais difícil do que inicialmente previsto». Ainda assim, ressalva Marco Oliveira, «os objectivos foram alcançados.». Continuando a sua análise ao trajecto das modalidades que estiveram em prova, Marco Oliveira refere que «os resultados do andebol masculino e do futsal feminino foram uma agradável surpresa, principalmente os atletas do andebol que se apresentaram com uma equipa desfalcada de quatro atletas, dois deles titulares indiscutíveis. Já o Voleibol feminino ficou um pouco aquém do esperado», o que, na opinião do coordenador, se deveu à «ausência de quatro das atletas normalmente utilizadas». No que toca ao Atletismo, Marco Oliveira não tem dúvidas sobre o sucesso desta modalidade: «João Lopes e Liliana Marta continuam a surpreender. Depois das vitórias em pista coberta, ambos repetiram a vitória ao ar livre. O João Lopes somou ainda o título de campeão nacional universitário de corta mato».

Foi mais um ano de sucessos desportivos no IPL, que se espera não terem chegado ainda ao fim. Têm agora a palavra os atletas de futsal masculino…

04 DENTISTAA10EUROS 04 ESTUDANTESCOMPREÇOSSIMBÓLICOSNACLÍNICADOIPL CALDAS,ARTENA 07 9ªEDIÇÃODOCALDAS Akadémicos JORNAL MENSAL 2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0 Está a dar
Mário Rui Ventura Vila Real como palco de todos os sonhos

Difícil

Futsal precisa de ganhar por seis

Equipados de amarelo e cinzento, a equipa de futsal masculino do IPL defrontou na noite de sábado o Instituto Politécnico do Porto, naquela que foi a primeira mão do play-off da Liga Universitária de FutSal. Numa deslocação que já se adivinhava difícil, a formação de Delfino Faria complicou ainda mais as contas, perdendo por contundentes 5-0. O técnico, que irá abandonar o comando técnico das equipas de futsal do sector de desporto do IPL, por motivos pessoais, falou no final do jogo, referindo que a missão se perfilava, logo à partida, muito complicada, devido à presença de apenas seis jogadores de campo para este encontro. A equipa do IPL apresentou-se muito desfalcada para o jogo com o IP Porto e isso teve real influência no resultado. Fumo, um dos jogadores mais em foco durante toda a temporada, teve uma noite azarada, com uma expulsão que afundou ainda mais as aspirações do IPL. Delfino Faria acredita, no entanto, que

é possível dar a reviravolta no play-off e estar novamente na final four.

Agora, na segunda mão, é necessário vencer por uma margem de seis golos para se qualificar automaticamente. A repetir-se o resultado obtido na cidade do Porto, a equipa do IPL terá de entrar em contas mais complicadas, que se prendem com o coeficiente das equipas na classificação de Fair-Play da primeira fase. Ainda assim, neste processo de desempate, a equipa do IPL leva a melhor, já que se sagrou líder no ranking Fair Play.

No sábado, 27, esperam-se então emoções muito fortes no Pavilhão dos Parceiros, com a equipa do IPL, vice-campeã na época passada, a necessitar de marcar, pelo menos, 5 golos para não ficar fora da final four da Liga.

do IPL já em terceira edição

Os Campeonatos Nacionais Universitários já terminaram, à excepção da Liga Universitária de FutSal Masculino, e os resultados colocam mais uma vez o Instituto Politécnico de Leiria como umas das instituições do ensino superior mais fortes na vertente desportiva (ver página anterior). Depois de toda uma época de grande dedicação, é chegada a altura de distinguir os melhores entre os melhores. E para isso, nada melhor que uma Gala do Desporto, organizada este ano pela terceira vez consecutiva, resultado da boa aceitação que tem vindo a ter por parte do público académico em geral. Assim, está já marcada para o próximo dia 7 de Junho, às 21 horas, mais uma edição da Gala do Desporto do IPL, evento a ter lugar, mais uma vez, no auditório do IPL, situado no edifício sede. O sector de desporto pretende assim premiar os alunos que ao serviço das mais diversas modalidades se destacaram neste ano desportivo que está a chegar ao fim. Para esta gala está prevista a atribuição de 58 prémios, com a novidade nesta edição de todas as modalidades serem premiadas, obrigatoriamente, nas categorias de “Atleta do Ano” e “Atleta Revelação”. Os nomeados foram obtidos através de votação interna em cada uma das modalidades, pelo que, nas equipas, existe ainda o prémio liderança, menção esta atribuída pelo treinador da respectiva modalidade. Os técnicos que durante esta época tentaram levar o nome do IPL aos quatro cantos do país têm também o seu justo prémio.

O “Treinador do Ano” será escolhido pelo administrador dos Serviços de Acção Social, depois de proposto pelo próprio Sector de Desporto. A equipa que mais surpreendeu com o seu resultado final poderá também levar para casa o justo prémio de “Equipa do Ano”, sendo que as condecorações não terminam por aqui. Estão previstas diversas homenagens no decorrer da gala, sendo que os campeões nacionais universitários desta época ao serviço do IPL (19, neste momento), serão também justamente premiados. A título póstumo é novamente relembrada Patrícia Soares, atleta da equipa de futsal feminino que perdeu a vida num acidente de viação no dia 1 de Dezembro do ano passado. A noite não irá terminar sem que, por entre outras surpresas, sejam entregues mais 11 prémios individuais aos alunos das várias modalidades.

O auditório do IPL abre assim as portas no dia 7 de Junho para receber muitos daqueles que trabalharam incansavelmente para elevar o nome da instituição em termos desportivos, assim como todos aqueles que queiram com a sua presença prestar a sua singela homenagem e felicitações. O Jornal Akadémicos estará também presente, pela primeira vez, como apoio oficial deste evento, depois de ter acompanhado da melhor maneira possível mais uma época de sucessos do sector de desporto do IPL.

Os nomeados da Gala

Andebol Feminino

PrémioLiderançaAnaDinisESTGLeticiaMoreiraESEL PrémioRevelaçãoAnaLuciaPedrosaESELJoanaRosaESSLei PrémioAtletadoAnoCarlaPereiraESSLeiNathalieLopesESEL

Andebol Masculino

PrémioLiderançaEduardoSilvaESTGFranciscoAguiarESTG PrémioRevelaçãoTiagoCotrimESELRicardoCarvalhoESSLei PrémioAtletadoAnoFranciscoAguiarESTGAlbertoMartinhoESTG

Basquetebol Masculino

PrémioLiderançaNunoFariaESTGMárcioSilvaESTG PrémioRevelaçãoCarlosRosaESTGEderMonteiroESTG PrémioAtletadoAnoNunoFariaESTGMarcosAntónioESTG

Futsal Feminino

PrémioLiderançaAnaLuciaCorreiaESELElsaFredericoESTG PrémioRevelaçãoSóniaRascãoESTGAnaCarreiraESSLei PrémioAtletadoAnoAnaLuciaCorreiaESELElsaFredericoESTG

Futsal Masculino

PrémioLiderançaJoséFigueirasESTGAndréSantosESTG PrémioRevelaçãoRudiNevesESSLeiMarcoMartinsESEL PrémioAtletadoAnoAndréSantosESTGNunoFariaESTG Ténis

PrémioAtletadoAnoRicardoCanhãoESTGJoãoRodriguesESTG PrémioRevelaçãoHugoRicardoESTGManuelDelgadoESTG

Voleibol Feminino

PrémioLiderançaVâniaPatricioESTGSaraNevesESTG PrémioRevelaçãoAnaFilipaGilESTGPetraJindrováESTG PrémioAtletadoAnoSaraNevesESTGCatiaFerreiraESTG

Voleibol Masculino

PrémioLiderançaSamuelGuerraESTGBrunoCunhaESEL PrémioRevelaçãoCarlosRamosESTGFábioBagagemESTG PrémioAtletadoAnoBrunoCunhaESELSamuelGuerraESTG

Atletismo

PrémioAtletadoAnoLilianaMartaESADJoãoLopesESTG PrémioRevelaçãoJoãoLopesESTGVeraSantosESTG

TreinadordoAnoMarcoAfraAndebol

NunoFigueiroaBasquetebol

DelfinoFariaFutsal

RicardoCanhãoTénis

MiguelAndréVoleibol

EquipadoAnoAndebolMasculino

AndebolFeminino

BasquetebolMasculino

FutsalFeminino

FutsalMasculino

VoleibolFeminino

VoleibolMasculino

2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0 Akadémicos JORNAL MENSAL
Está
a dar
Mário Rui Ventura
Depois da tempestade vem a bonança
Gala do Desporto

Cinemador

Caça ao Graal

Título: O Código da Vinci

Género: Thriller

Realização: Ron Howard

Actores: Tom Hanks, Audrey Tautou, Ian Mckellen, Jean Reno

A notícia de que o livro “dinossauro” da década se iria tornar filme chegou cedo, quando ainda este estava a emergir das prateleiras das livrarias. Até hoje, foram vendidas mais de 60 milhões de cópias, editadas mais umas quantas obras literárias a escalpelizar a primeira, centenas de documentários e debates televisivos, etc. Tudo isto embebido na tão querida e facturadora polémica, não fosse a obra andar a troçar daquilo que a Igreja nos ensina.

O filme tornou-se então um dos mais aguardados de 2006. No livro e na película, Robert Langdon (Tom Hanks) é um historiador americano de símbolos religiosos, de visita a Paris, na mesma altura em que um velho conservador do Louvre é assassinado. Antes de morrer, tratou de deixar uma série de pistas intrincadas no local do crime, de forma a juntar Langdon e a sua neta, Sophie Noveau (Audrey Tautou, a menina celebrizada por Amélie). O que se segue é uma caça-ao-tesouro por entre algumas das maiores obras históricas (com destaque para as de Da Vinci, que dão o nome ao livro) no que se revela uma obscura conspiração que dura há vários séculos a fim de esconder um segredo que poderia destro-

nar os dogmas da Igreja Católica. Ron Howard (conhecido por realizar Uma Mente Brilhante, Apollo 13 ou Cinderella Man) pega nas rédeas desta polémica conversão para o grande ecrã, e escolhe, como se esperava, um elenco em grande parte, francês. Entre eles está Jean Reno, como Fache, da polícia francesa, que persegue Langdon por tomar este como o culpado do crime que abre o livro/filme. Na corrida juntam-se ainda Ian McKellen (Senhor dos Anéis) como Teabing, um velho milionário que dedicou a vida a estudar os grandes segredos da Bíblia, e Paul Bettany, como Silas, um monge albino a trabalhar para um bispo mal intencionado da Opus Dei.

As interpretações nesta adaptação estão irrepreensíveis, e de modo geral, respeitam aquilo que os milhões de leitores imaginaram como sendo cada uma das personagens. Mas será que só isto faz valer o filme?

O eterno problema de quem adapta um livro para cinema é sempre o mesmo: deve-se manter e respeitar todos os aspectos do decorrer da história que estão escritos e que, consequentemente, ocupam vários dias de leitura, ou devemos modificá-los para se ajustarem num filme que dura apenas algumas horas?

Este optou pelo primeiro. De facto, o filme é milimetricamente o que acontece no livro, desde a ordem dos acontecimentos, aos locais que visitam. A obra de Dan Brown não é um guião para cinema, nem deve ser. E por querer estar tão próximo do livro, o filme sofre seriamente.

Em duas horas e meia, assistimos a diálogos demasiado extensos, confusos, e, eventualmente, aborrecidos para quem nunca folheou o livro. As personagens vão saltando do ponto A para o ponto B, e somos arrastados num eterno “páraarranca” que prejudica seriamente o andamento do filme, e que o define como um híbrido estranho: parece que se quer pisar terreno em todos os assuntos, mas como estamos perante um filme, a história tem que andar.

Para além disso, o filme nem tem o “look” necessário de um blockbuster: é escuro, decorre sempre em espaços fechados, e está estruturado para sugerir mais do que o que efectivamente mostra.

É bastante interessante ver projectado no ecrã aquilo que imaginámos anteriormente, mas… e quem não leu o livro? Só me resta aconselhar O Código Da Vinci a quem já o conhece minimamente, e tem curiosidade de ver a conversão. Caso contrário, comecem a ler o livro agora, e vejam o DVD mais tarde.

Informações descodificadas

Na história, o editor de Robert Langdon chama-se Jonas Faukman. Este nome é um anagrama do editor de Dan Brown, na vida real: “Jason Kaufman”.

O presidente Jaques Chirac, numa conversa telefónica amigável com Ron Howard, o realizador, propôs-lhe aceitar a filha de um amigo próximo como actriz no filme, no papel de Sophie Neveu. Não foi, como sabemos, aceite.

Em promoção ao filme no Japão, Tom Hanks propôs oferecer ao primeiro-ministro um relógio de pulso com o Mickey (tal como a sua personagem tem no livro). Infelizmente os estúdios acharam que pareceria uma piada de mau gosto, e acabaram por oferecer uma cópia do livro autografada pelo actor.

Dan Brown escreveu a personagem Bezu Fache, o polícia francês, já imaginando o actor Jean Reno no seu lugar.

A personagem Leigh Teabing surgiu a partir de dois nomes, Richard Leigh e Michael Baigent (autores do livro “Holy Blood, Holy Grail”). Mais tarde Dan Brown estaria em tribunal para se defender contra a acusação de plágio por esses dois autores.

A Catedral de Lincoln (Grã-Bretanha) parou os sinos pela primeira vez desde a II Guerra Mundial em Agosto de 2005, para a equipa poder filmar.

Apesar de terem autorização para filmar no interior do Museu do Louvre, a equipa de produção do filme seguiu uma série de regras, tais como filmar apenas durante a noite, não largar sangue nos soalhos dos corredores ou incidir luz directa nos quadros.

Dan Brown e a esposa podem ser vistos no filme, na cena em que Langdon autografa alguns livros. Estão ao fundo da imagem, desfocados.

A Irmã Mary Michael, de 61 anos, rezou de joelhos durante 12 horas junto à Catedral Lincoln, por considerar blasfémia filmar naquele local para uma obra herege.

A National Organization for Albinism and Hypopigmentation, uma organização que zela pela população albina, mostrou igualmente descontentamento pela personagem Silas, que representa um vilão albino no filme/livro.

O filme foi banido na Síria, Jordão, Líbano e Egipto. Nas Filipinas, Tailândia e Singapura é apenas permitido a maiores de idade. Já na Inglaterra fizeram-se alguns cortes, não em cenas, mas em alguns efeitos sonoros de partes mais violentas. Com a saída do primeiro trailer do filme, foi iniciada uma “caça-ao-tesouro” na Internet, onde era proposto aos fãs resolver enigmas muito semelhantes aos que as personagens descobrem na obra. Eram destacadas algumas letras nos créditos finais da apresentação que, reordenadas davam o seguinte URL: “http://www.seekthecodes.com”. Este site, embora nada tenha directamente a ver com o filme, contem uma série de textos ligados ao Priorado de Sião e a Leonardo da Vinci. A partir daí, o jogo prossegue, com mais pistas no site oficial do filme e no próprio Google.

O próprio livro O Código da Vinci contém enigmas espalhados, da capa ao seu interior. Prestem atenção às escritas invertidas, às letras na contra-capa, ou até ao número dos capítulos dedicados à personagem Aringarosa (dependendo das edições).

REGIÃOSUPLEMENTODOSEMANÁRIO DELEIRIADE20060127 NÃOPODESERVENDIDOSEPARADAMENTE Parceria ESELESCOLASUPERIORDEEDUCAÇÃODELEIRIA 20060127JORNALSEXTA–FEIRAMENSAL 0208 SAIRDACASCA 03 PROGRAMASDEINTERCÂMBIOINTERNACIONAL 0607 Akadémicos JORNAL MENSAL 2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0 Está a dar

«Aproveitem os estágios para provarem que têm qualidade»

O mais importante pivô do Jornal da Noite da SIC recusa assumir–se como jornalista ou como escritor. É as duas coisas, garante. Apaixonado pelos livros e pela escrita, não é um daqueles escritores sofridos, porque escreve por prazer. Sente–se um homem realizado mas hoje quer sempre fazer melhor do que ontem. Uma conversa que decorreu em Leiria, antes de (mais) uma sessão de autógrafos a propósito do seu último livro.

Um homem, duas profissões. Como é que as concilia? Com dificuldades de tempo, mas com grande prazer em ambas. Genericamente é isto.

De quem é que gosta mais? Do Rodrigo jornalista, ou do Rodrigo escritor?

Gosto de ambos. Para mim são actividades não complementares, porque não há nada na minha escrita que derive da minha profissão de jornalista. Não são complementares, são compartimentos estanques, muito bem delimitados. Eu costumo dizer que poderia ser médico ou advogado e escrever na mesma. Nesse sentido, o jornalismo e a escrita não se atrapalham, gosto muito de escrever e continuo a gostar muito da minha profissão.

O que é um livro pode “dizer” que não pode ser dito num telejornal?

Quase tudo. Um livro, sobretudo de ficção, que é o que eu escrevo (não escrevo outra coisa), abre-nos um universo de possibilidades infinitas. sobretudo aquelas que têm mais a ver com os sentimentos e com alguns mergulhos na natureza e na alma humana que no jornalismo interessam pouco: no jornalismo interessam factos.

Escrever sobre jornalismo nunca

Acabou de dizer que só escreve ficção. Alguns colegas seus escrevem livros, onde fazem um balanço do seu percurso jornalístico...

Nunca o farei! Não tenho nenhum apetite por isso. O jornalismo, para mim, esgota-se na redacção. Nunca escreverei um livro sobre jornalismo.

Quando é que nasce a necessidade de escrever romances? Como é que define a sua escrita?

Eu chamar-lhe-ia mais prazer, ou seja, não faço muito o género de escritor que costuma dizer “se não escrevesse morria”. Não, não morria coisa nenhuma. Se fosse impedido de escrever continuava a viver. Mas é uma coisa que me dá muito prazer, uma coisa que nasce enquanto leitor, ou seja, comecei a ler muito cedo, comecei a interessar-me por literatura e por escrita e depois acho que é uma coisa normal... Como um miúdo que joga futebol um dia sonha em jogar no Estádio da Luz ao lado do Figo. Eu como gostava muito desse mundo sonhava um dia vir a fazer parte dele. Ou seja, o leitor transformou-se um dia em escritor.

Sabendo que é um rosto bastante conhecido do nosso país, sente que isso o ajuda no seu reconhecimento e afirmação enquanto escritor?

Não. Penso que ajuda na identificação do escritor mas não no reconhecimento deste. Isto acreditando eu que o reconhecimento de um escritor se faz depois de se ler os livros e não antes. Portanto, acho que um livro mau de uma figura conhecida não se aguenta.

Foi o jornalismo que fez espoletar o desejo pela escrita,

ou foi esta que o “empurrou” para o jornalismo?

Nem uma coisa nem outra. Eu comecei a escrever muito cedo, poemas de adolescente, péssimos... (queimei-os todos), depois escrevi o primeiro romance com vinte anos e, nesse sentido, a escrita nasceu antes do jornalismo, mas não me empurrou necessariamente para o jornalismo. Fui para jornalismo porque fiz o décimo segundo ano de Humanísticas e não queria ir para Direito, parecia-me um curso muito chato. Eram os primeiros anos do curso de Comunicação Social, havia Comunicação Social em Lisboa, o que também era uma boa oportunidade para sair do Porto, apetecia-me sair do Porto, apetecia-me alargar horizontes e, portanto, escolhi Comunicação Social assim, um bocadinho por acaso. Depois as coisas foram acontecendo, ou seja, fui aprendendo... Hoje gosto muito de ser jornalista,

mas foi uma coisa que me aconteceu e fui aprendendo a gostar.

No futuro, imaginando-se daqui a 30 anos, como gostaria de ser reconhecido? Como jornalista ou como escritor?

Como ambos. Gostaria que o meu papel no jornalismo fosse reconhecido durante muitos anos. Sobretudo que a minha experiência pesasse cada vez mais junto das pessoas. Gostaria de ser reconhecido como um escritor, e não apenas um jornalista que também escreveu livros, que é uma coisa diferente.

Jornalista e escritor

SUPLEMENTODOSEMANÁRIO REGIÃODELEIRIADE20060331 NÃOPODESERVENDIDOSEPARADAMENTE SEXTA–FEIRAJORNALMENSAL DOSSIÊ PedroSentadonoMocho “Bolonhadarámelhorpreparação paraomercado detrabalho”» 0607        2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0 Akadémicos JORNAL MENSAL
Rodrigo Guedes de CARvALhO
.
Ângela Duarte, Cristina Parente e Sónia Olaio Fotos: Ana Pinto

O que é que se sente ao saber que se entra diariamente na casa de milhares de pessoas e que se é o porta-voz da actualidade?

Para dizer a verdade não se sente nada de especial. É um lugar de grande responsabilidade e que, da forma como eu o encaro, só pode ser assim... Hoje em dia está na moda as pessoas quererem ser jornalistas. Eu acho que muita gente vai parar ao jornalismo sobretudo porque acha que o jornalismo lhe dá uma certa exposição pública e uma certa visibilidade, as pessoas que forem para jornalismo apenas por isso, em meu atender, serão sempre maus pivôs,

Quem é que gostaria de poder entrevistar?

Não tenho grande reverência por entrevistados... gostaria, isso sim, de ter um programa de entrevistas de maior respiração, e uma grande variedade de entrevistados, pessoas das mais diversas áreas, isto é, desde a política, às artes, ao espectáculo, à investigação, ao simples anónimo de pasteleiro ou electricista que possa ser interessante...

Como é que uma noite gostaria de saudar “o país e o mundo”? Que notícia gostaria de dar?

Há tantas... Aqui é um bocadinho impossível fugir aos lugares comuns, mas naturalmente que uma cura do cancro, uma vacina para a Sida... Todas essas coisas que num mundo globalizado são problemas transversais, que nos preocupam a todos e que nos devem preocupar, são o tipo de situações que acontecem à pessoa do lado mas um dia nos pode tocar à porta.

Estagiam para ir embora

A SIC tem vindo a perder audiências. O Jornal da Noite foi líder de audiências durante vários anos e ocupa, agora, o terceiro lugar do ranking. O que pensa que está errado? As características do programa ou o “gosto” dos Portugueses?

Nem uma coisa nem outra...As audiências são um mundo absolutamente desconhecido, ninguém sabe exactamente como se comporta uma audiência nem porquê. Aliás, se alguém tivesse esse segredo estaria à frente de uma televisão e essa televisão seria líder com 100% de audiência. Portanto, quem disser que conhece o segredo das audiências, mente. Podemos atirar para o ar, pensar em tendências, mas corremos sempre o risco de não acertar. Isso levava-nos para uma conversa muito grande, mas, é preciso ver que um jornal, seja em que canal for, não aparece isolado, não nasce do nada, ele depende muito, da dinâmica que a estação tenha no seu conjunto. Hoje em dia a TVI tem uma dinâmica e uma implantação junto das pessoas muito forte, para mim, não pelas melhores razões, mas não interessa, tem. Interessa muito nos jornais aquilo que se chama a herança, ou seja, que audiência é que tem o programa imediatamente anterior, e o inverso, ou seja, há pessoas que a meio dos telejornais já se começam a posicionar de forma a não perder o programa que vem a seguir. Depois, há um produto propriamente dito, o conteúdo de um jornal que eventualmente poderia ser melhor. A SIC foi líder durante muitos anos, em grande parte devido à sua qualidade. A SIC estava na moda nessa altura e hoje não está.

Quem é o Rodrigo Guedes de Carvalho? Como o define?

É a pessoa mais normal do mundo, que tem a sorte de trabalhar numa profissão que gosta, de estar a cumprir um sonho que desejou, que foi o de ser escritor, e de ter uma estabilidade familiar e de amizades que é a minha maior riqueza. Considero-me uma pessoa muito afortunada, uma pessoa pacificada comigo mesma.

O que é que faz nos seus tempos livres?

Passeio o cão, escrevo, considerando que é o meio tempo livre, não vou tanto ao cinema como desejaria, mas estou sempre a alugar filmes para ver em casa. Faço muito por

convidar ou ir a casa de amigos, o convívio faz-me muita falta, gosto de regar as amizades.

Que tipo de música ouve?

Ouço tudo... não sou especialista em nada, sou muito caótico na música que ouço. É muito conforme os estados de espírito, tanto posso ouvir clássica como posso ouvir hard rock, como posso ouvir outro tipo mais instrumental... Sou muito ecléctico em música.

porque acho que as pessoas mais interessadas são mais interessantes.

Como vê o futuro no meio jornalístico? O mercado de trabalho é muito pequeno para a oferta?

O mercado de trabalho está terrível... Basta ver que nos últimos anos houve uma grande quantidade de despedimentos nos meios de comunicação social, coisa que se calhar nos dez anos anteriores não tinha havido. O mercado está saturado e as empresas querem ter cada vez menos pessoas, mais mal pagas, no sentido de terem um mínimo de lucro. Mas na minha altura não era muito fácil, vocês hoje não se apercebem disso, mas quem tinha um curso de Comunicação Social era muito mal visto porque as redacções eram feitas por pessoas que tinham a quarta classe, que só acreditavam no jornalismo tarimba e no jornalismo de experiência, logo, qualquer miúdo novo que aparecesse era mal visto – “este agora tem a mania que tem um curso!” . Hoje em dia, o problema não é esse, o problema é que as redacções estão de portas fechadas. As pessoas estagiam nas redacções já para irem embora. E, portanto, é preciso uma certa dose de sorte, de talento e de oportunidade para se mostrar no curto período de estágio que se tem qualidade para ficar. Aproveitem ao máximo os períodos de estágio para provar às pessoas que têm qualidade. A verdade é que muitos estagiários que passam pela SIC passam de uma forma absolutamente desleixada.

Que conselho dá àqueles que gostariam de enveredar pelo mundo da comunicação social?

O conselho que dou na comunicação social , o mesmo que dou para quase tudo, é verificarem se realmente querem ser jornalistas. Tenho visto muitos estagiários na televisão, de repente há ali a oportunidade de virem a apresentar um programa ou de fazer um concurso e vão! E eu fico sempre boquiaberto – “Então mas não queria jornalismo?”

Não! Queria qualquer coisa... Acho que a esmagadora maioria das pessoas que está a chegar às redacções está com este espírito, e uma pessoa assim nunca será um bom jornalista, nunca será. Portanto, o conselho que eu dou é: verifiquem mesmo se querem ser jornalistas, senão é melhor irem aos castings das novelas... Ficam mais conhecidos mais rapidamente.

Sou a pessoa mais normal do mundo

Como é que se sente melhor: romancista ou argumentista?

Qual seria a próxima viagem que gostaria de fazer?

Acabei de fazer, fui de carro até Veneza com os meus filhos, com as consequentes múltiplas paragens pelo caminho... Considero que viajar de carro é a melhor forma de conhecer os sítios.

No seu tempo de estudante, como viveu a vida académica?

Com grande distanciamento... Diria que me estive um bocadinho a “marimbar” para a vida académica. Não fiz parte de nenhuma associação, não tinha grupos de estudo... Fazer praxe nem pensar, mas também não fui praxado... O que me trouxe a vida académica foram alguns dos meus melhores amigos. Nunca fui delegado de turma... nem nada dessas coisas...

Voltaria a estudar? Voltaria ao Ensino Superior?

Não... Não necessariamente, mas aconselho a toda a gente o Ensino Superior ou o Ensino Técnico. É bom que as pessoas tenham sempre necessidade de aprender e não só porque isso pode dar um canudo ou uma oportunidade de trabalho... Hoje em dia não estou inscrito em nenhum curso, mas leio, vejo filmes, vou a exposições, devoro tudo aquilo que possa tornar numa pessoa mais interessada,

Sinto-me bem nas duas coisas e gosto muito de fazer as duas coisas. Em Portugal há pouco esta noção de que o trabalho de argumento de um filme é uma coisa que tem de ser feita de raiz; tem uma técnica especifica, não é simplesmente pegar num romance e depois ir filmar qualquer coisa. Em Portugal continua-se a filmar umas coisas muito esotéricas; muito adaptação de um pouco deste livro com um pouco daquele, e há pouca gente a pegar numa folha em branco e a criar uma história para cinema. Eu gosto de fazer ambas as coisas, mas como sei que são linguagens diferentes nunca as misturo. Digamos que nunca escrevo um argumento muito literato e também não tenho tendência de ter uma linguagem muito cinematográfica num romance.

O que é que ainda gostava de poder vir a fazer?

Gostava de não perder qualidades quer como jornalista quer como escritor. Não gostaria de ver as pessoas sentirem que eu já não faço falta, que já seria dispensável, ou que me estou a repetir, ou que já não trago nada de novo, ou que, ainda pior, entrei em curva descendente, que estou a trabalhar pior do que trabalhava. Portanto, o que me falta fazer é continuar a trabalhar... por exemplo no Jornal da Noite o meu sentimento é sempre este: hoje tem de ser melhor que ontem.

0212 deGuedesRodrigoCarvalhonoSentado Mocho a“Diriaquemeestive marimbarpara avidaacadémica” 0607 CAMPEONAS! 03e04 REGIÃOSUPLEMENTODOSEMANÁRIO DELEIRIADE20060421 NÃOPODESERVENDIDOSEPARADAMENTE ParceriacomESELESCOLASUPERIORDEEDUCAÇÃODELEIRIA 20060421JORNALSEXTA–FEIRAMENSAL 0211 AnaBarrosnoSentada Mocho daSemana Académica” 0607 Akadémicos JORNAL MENSAL 2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0

Últimas

35 mil para ir a Assembleia

“Um Regime Transitório para os Institutos Politécnicos”, é o nome de uma das iniciativas legislativas apresentadas no IPL pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). A inicitativa tenciona alargar de três para cinco anos (ano lectivo de 2011/2012), o prazo fixado para que os docentes dos Institutos Politécnicos obtenham o grau de doutor, e foi apresentada em conjunto com a proposta de revisão/aprovação dos quadros de pessoal docente e não docente dos politécnicos.

Estas iniciativas surgem no âmbito do Processo de Bolonha e, para que possam ser analisadas e discutidas na Assembleia da República, é necessário que os Institutos Politécnicos reúnam um número mínimo de 35.000 assinaturas. Subscrições disponíveis em www.ipleiria.pt.

ESAD recebe medalha de honra

A ESAD (Escola Superior de Artes e Design) foi, no passado dia 15 de Maio, galardoada com uma medalha de honra pelo município de Caldas da Rainha.

Os prémios que a instituição tem vindo a receber (nacionais e internacionais) e o trabalho de enaltecimento das artes, do design e do próprio município, foram alguns dos factores que tornaram unânime a decisão da Câmara e da Assembleia Municipal quanto à coerência da entrega da medalha. O galardão foi entregue ao Presidente do IPL, Luciano de Almeida, na presença do actual Director da ESAD e do Presidente da Comissão Instaladora da mesma escola (José Frade e António Vidigal, respectivamente).

Novo protocolo entre IPL e UTAD

Um protocolo de cooperação foi assinado no passado dia 12 de Abril pelo Presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Luciano Rodrigues de Almeida e pelo Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Armando Mascarenhas Ferreira.

O projecto tem vários fins de cooperação entre as duas instituições, sendo o principal objectivo a possibilidade de integração do corpo docente do IPL nos programas de doutoramento da UTAD, bem como nos projectos de investigação lá realizados. Para Luciano de Almeida, este passo é um “momento muito importante para a Instituição”, uma vez que é sua intenção dotar o IPL de um corpo docente totalmente doutorado até 31 Dezembro de 2009. Esta medida serve de resposta às novas necessidades do ensino superior nacional, bem como à própria ambição do IPL de ter um ensino cada vez mais competente e profissional.

O IPL estabeleceu também protocolos com instituições de ensino superior estrangeiras, com o fim de internacionalizar o projecto.

Mirone

À coizas açim, de fato

Temos de tentar ler várias vezes para perceber: fancen-se nomes, fancen-se nomes?? fancen-se nomes!! Pois, ainda por cima tem a ver com letras, pelo que ainda dá mais nas vistas. Ainda bem que ainda há feira em Leiria, para termos pérolas destas! De fato, á coizas açim, que nus deicham peturbádos!

Hype:

Paredes pintadas de branco, “pufs” pretos, sofás brancos e laranja com mesas em forma de peças de lego, embalagens espalhadas a fazerem lembrar uma marca conhecida de detergente para roupa, enfim, aspectos não muito normais num bar. Mas é o que podemos ver no Hype Bar, na Avenida Marquês de Pombal, em Leiria. Primeiro pode achar-se o espaço um pouco evasivo e agressivo, mas depressa esse sentimento é ultrapassado por uma sensação de calmia e de bem-estar, ao som de boa música. Filomena Lopes e Pedro Costa, proprietários deste bar, definem o Hype como um “espaço alternativo, clean, pop e retro”, características que proporcionam ao cliente “sentir-se bem como se estivesse em casa”.

Pedro Costa salienta ainda o facto de, neste espaço, “só passar música electrónica de qualidade” e orgulha-se de dizer que o bar não tem segurança à entrada, que o próprio espaço “faz uma selecção natural de clientes.” Quanto aos preços, os dois sócios referem que podem não ser os mais acessíveis para os jovens universitários, mas são os preços praticados pela maioria dos bares em Leiria.

A ideia de criar um lounge café partiu destes dois sócios, tendo a ajuda de uma empresa de comunicação gráfica para a criação do nome do bar, logótipo e de todo o processo comunicativo. O Hype é definido como um bar moderno e cosmopolita, com um design inspirado na corrente Pop Art, sendo a música electrónica o estilo de som privilegiado da casa.

Quanto à localização do bar, Pedro Costa defende que pode ser um ponto importante mas não determinante, sentindose satisfeito com o público fiel que o Hype conseguiu obter ao longo destes três anos.

Quando estiver cansado de bares enfadonhos e banais, já sabe onde encontrar uma boa alternativa às suas noites. O Hype bar está aberto todos os dias, das 21 às 2 da manhã.

Curso a curso

Design

O Curso de Design, ministrado pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, disponibiliza, actualmente, quatro opções/ramos educativos: Design Industrial, Tecnologias para a Cerâmica, Tecnologias Gráficas e Tecnologias Multimédia.

A opção/ramo de Design Industrial visa uma formação de nível superior que permita a inserção em actividades de investigação e desenvolvimento de projectos no domínio específico da produção industrial. Disponibiliza uma sólida formação na área da concepção, do desenho, do desenvolvimento de modelos, da natureza e atributos dos materiais e no domínio dos processamentos industriais correntes, privilegiando, também, o cruzamento de diferentes áreas disciplinares (antropologia, sociologia, ecologia, estética, ergonomia, marketing, análise de valor, design gráfico e concepção assistida por computador).

A opção/ramo de Tecnologias para a Cerâmica propõe uma especialização no desenvolvimento de projectos no domínio específico da produção cerâmica industrial, onde a cerâmica decorativa regional é valorizada.

A opção/ramo opcional de Tecnologias Gráficas pretende preparar os alunos para a inserção em actividades de investigação e desenvolvimento de construções na área da comunicação, mais especificamente, no domínio da produção gráfica. A par de uma sólida formação na área da concepção, do desenho, do desenvolvimento de modelos e do tratamento digital de imagens, o curso promove a abordagem de matérias (antropologia, sociologia, ecologia, estética, marketing, análise de valor, design estrutural) fundamentais ao desenvolvimento dos princípios e práticas teóricas (poéticas, críticas, conceptuais) e técnicas essenciais à prática projectual do Design Gráfico.

A opção/ramo opcional de Tecnologias Multimédia aposta igualmente numa sólida formação na área da concepção, do desenho, do desenvolvimento de modelos e do tratamento digital de imagens e sons, oferece também uma especialização no domínio específico do cruzamento das técnicas de mediação visual, corporal ou auditiva.

Desenvolvidas com base numa abordagem multidisciplinar, essencial à prática projectual do Designer, as diferentes opções educativas pretendem formar quadros técnicos e superiores nas áreas de design de produto, design gráfico e design multimédia e apresentam em comum a coordenação dos recursos do Design como instrumentos operativos para a competitividade.

2006 05 26 SEXTA–FEIRA 0 Akadémicos JORNAL MENSAL
A fechar
Consumo Obrigatório Filipe Guerra Cristina Parente, Rui Formiga
ESAD
um espaço alternativo, clean, pop e retro

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.