Akademicos 80

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Leiria

Suplemento integrante da edição nº 4230 de 12 de abril de 2018 do semanário REGIÃO DE LEIRIA. Não pode ser vendido separadamente.

80 É uma grande responsabilidade suceder a uma atuação inacreditável

Cláudia Pascoal Da ESAD.CR para o Festival Eurovisão págs. 6 e 7

Estudantes animam geminação mais antiga de Leiria pág. 4 e 5

徳島


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3 Wenceslau de Moraes é uma figura incontornável da história portuguesa e da ligação que une Leiria a Tokushima. Comandante da Marinha de Guerra Portuguesa e professor do Liceu de Macau, viaja para o Japão em 1889 e encanta-se pela cultura nipónica. Anos mais tarde, abandona a carreira militar e vai residir para Tokushima, onde casa e vive o resto da vida. O jornalista, diplomata e escritor é uma figura relevante em Tokushima, conquistando o respeito de grande parte dos japoneses graças às suas múltiplas intervenções no domínio da cultura e da educação. Hoje, no topo do Monte Bizan, outrora muito apreciado por Wenceslau, situa-se o Museu Moraes, com uma exposição permanente relacionada com os seus pertences. É autor de uma vasta obra que dá a conhecer o Japão ao Ocidente como Cartas do Japão (1904), O Culto do Chá, (1905), Relance da História do Japão (1924) e Relance da Alma Japonesa (1928).

A ABRIR

três dias existirão várias zonas dedicadas à venda de produtos artesanais, alimentos, utensílios e ferramentas da época medieval, visando recriar uma atmosfera da época e transformando o Castelo de Pombal e a sua envolvente num burgo da Idade Média.

Não perkas

está –a– dar

Desporto 15 de abril, Leiria

Festa dos Museus

“Casa Alta” apresentação do livro e exposição

A apresentação do livro “Casa Alta”, da autoria de Paulo José Costa (poesia) e Sílvia Patrício (ilustrações), realizou-se a 23 de março pelas 21 horas, na Biblioteca José Saramago. A obra foi apresentada por Carlos Lopes Pires, poeta, psicólogo clínico e docente na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. A exposição de ilustrações que compõem o livro estará disponível até 24 de abril.

XXI REAL FESTA

Pombal Medieval

Coordenadores Pedagógicos Catarina Menezes cmenezes@ipleiria.pt

Projeto Gráfico Leonel Brites leonel.brites@ipleiria.pt

Paulo Agostinho paulo.agostinho@ipleiria.pt

Maquetização Rui Lobo

Redação e colaboradores Adriana Silva; Ana Palheiro; André Ferreira; André Lucas; Andreia Leandro;AndreiaRodrigues;Ângela Figueiredo; Barbara Costa; Beatriz Parada; Beatriz Santos; Beatriz Silva; CarolinaMarques;CarolinaRendeiro; Catarina Rodrigues; Cláudio França; Diogo Pereira; Eduardo Vieira; Francisca Violante; Laura Barcelos; Lisandra Perestrelo; Leonardo Miguel; Manuel Matos; Marco Marques; Maria Coutinho; MariaInêsMatos;MaríliaBernardino; Marisa Vitoriano; Pedro de Melo;

Texto André Ferreira, Beatriz Silva, Catarina Marques e Lisandra Perestrelo

A 21ª edição ‘Real FesTA' conta com a participação das tunas Real Tuna Infantina, a Tuna Fortuna, a Quantunna e a Vitistuna. À semelhança das edições anteriores, a Tum'Acanénica convidou os 'Jogralhos - Grupo de Jograis da universidade do Minho' para apresentarem o espetáculo. As quatro tunas iniciam a competição na sexta-feira com as 'Serenatas à Cidade', a decorrer na Fonte das Três Bicas, e sobem ao palco do Teatro José Lúcio da Silva às 21h30 de sábado para apresentar uma atuação de 25 minutos, subordinada ao tema 'Rock Português'.

O Município de Pombal, em parceria com a ADILPOM – Associação de Desenvolvimento e Iniciativas Locais de Pombal, promove o “Mercado Medieval”. Durante Apoio à Edição Alexandre Soares alexandre.soares@ipleiria.pt

Estudantes do Politécnico exibem curtas no Leiria Film Fest

Academia 20 a 21 de abril, Leiria

Festas 13 a 15 de abril, Castelo de Pombal

Diretor Francisco Rebelo dos Santos francisco.santos@regiaodeleiria.pt

Ricardo Cordeiro; Rodrigo Leite; RodrigoMiguel;RuteVale;Sandrina Grilo;SaraJunior;SaraNunes;Tatiana Pimentel; Tatiana Rosa

Alunos, ex-alunos e professores da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR) marcam presença na segunda edição dos Ciclos de Primavera 2018, um evento que aposta na liberdade de criação dos artistas. As exposições

decorrem todas as terças-feiras, de 13 de março a 24 de abril, no parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha. A iniciativa conta com 30 participantes distribuídos por seis noites, sendo maioritariamente composta por membros e ex-membros da comunidade escolar da ESAD.CR. Sob o lema “a arte deve ser gratuita”, Patrícia Faustino e Gonçalo Belo, ambos licenciados em Artes Plásticas pela ESAD.CR e organizadores do evento, afirmam que a ideia surgiu da necessidade de uma plataforma física local onde os artistas pudessem expor os seus trabalhos, sem a pressão de serem avaliados.

Campeonato Nacional Universitário de Atletismo

A 3ª edição da Festa dos Museus conta com a realização de várias atividades que vão desde a expressão artística, música e cinema, passando pela dança, teatro e artes circenses. São vários os espaços culturais de Leiria que irão acolher múltiplas iniciativas culturais. A festa tem como objetivo fortalecer a ligação entre a população e os espaços culturais existentes. O programa pode ser consultado em: www.guiadacidade.pt

Literatura 23 março até 24 de abril, Leiria

Texto Carolina Rendeiro, Marília Bernardino, Pedro de Melo e Tatiana Pimentel

Luísa Abreu participa na mostra com o trabalho “X” e aborda a importância deste tipo de eventos para a comunidade “esadiana” e outros artistas à procura de um meio e local para divulgar a sua arte. A antiga estudante pós-graduada da ESAD.CR refere que, devido à liberdade temática, os artistas têm a oportunidade de “apalpar novos terrenos e difundir cultura”. Os artistas e a organização defendem a ideia de que a arte deve ser sempre acessível a todos. Os visitantes, por seu lado, manifestam disponibilidade para contribuir monetariamente de forma a valorizar o trabalho e o esforço dos artistas. As exposições, de caráter minimalista e alternativo, terão as portas abertas ao público a 17 e 24 de abril, entre as 22h e as 24h, contando com obras de doze artistas diferentes. O evento é organizado pela Eletricidade Estética e a entrada é livre. k

O Politécnico de Leiria organiza o Campeonato Nacional Universitário 2018, na modalidade de atletismo de estrada, em colaboração com a Federação Académica de Desporto Universitário (FADU). A cidade de Leiria, casa da medalha de prata de atletismo em pista aberta, recebe os estudantes universitários que lutam por um título nacional, entre as 10h da manhã e as 19h.

16 a 22 de abril, Leiria

Texto Diogo Pereira Laura Barcelos Leonardo Miguel Maria Inês Matos

Marco Gomes marco.gomes@ipleiria.pt

Ciclos de Primavera regressam a Caldas da Rainha

12 abril 2018

Presidente do Instituto Politécnico de Leiria Nuno Mangas presidencia@ipleiria.pt

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPLeiria e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

Diretora da ESECS Sandrina Milhano dir.esecs@ipleiria.pt

Cinco alunos da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR) participaram na 5ª edição do Leiria Film Fest – Festival Internacional de Curtas-Metragens, que decorreu no Teatro Miguel Franco. Além das tradicionais categorias de ficção, documentário e animação, o festival contou este ano, pela primeira vez, com uma sessão exclusiva para produções de estudantes do Politécnico de Leiria.

KÁ ENTRE NÓS Marisa Vitoriano

akademicos.esecs@ipleiria.pt

a onda Nouvelle Vague, um movimento de cinema francês nascido nos anos sessenta. “Um Beijo Dado Mais Tarde” segue dois jovens unidos tanto pelo amor como pela arte, enquanto percorrem variados cenários e enfrentam a confusão da vida. A Ilha Terceira é trazida à tela pela lente de Bárbara Baltazar, em “Onde Já Não Moro”. O documentário retrata um lugar de sossego enquanto várias paisagens passam à frente dos nossos olhos, desde serras verdejantes às grutas à beira-mar. “Palingénese”, realizada por Nuno Braumann e Pedro Koch, é uma ponte entre o presente e o passado jurássico, dominado por máquinas num ambiente estéril de uma pedreira. Braumann acredita que a possibilidade de exposição é sempre uma experiência benéfica, podendo ser complementada pelo facto de o espaço cénico ser comum ao de exibição. k

Viver online

Texto

Coordenadora do Curso de Comunicação e Media Catarina Menezes cmenezes@ipleiria.pt

Artem Bondarenko, Cristiano Jesus, Bárbara Baltazar, Nuno Braumann e Pedro Koch são os alunos que realizaram as curtas exibidas na grande tela. Embora a categoria não fosse competitiva, os estudantes tiveram a oportunidade de exibir o seu trabalho num festival internacional. “Prefiro olhar para esta oportunidade como a continuação de uma etapa que é fundamental ao filme, que é a sua exibição, sem ela o filme não está completo. É só nesse momento que o público toma conhecimento que algo foi criado”, afirma Cristiano Jesus. Os temas das quatro curtas vão desde documentários centrados na natureza ao carácter da experiência humana. “Dajdbog”, de Artem Bondarenko, é uma película de registo intimista marcada pela perda de um ente querido que deambula na busca de respostas em espaços que alternam entre o passado e o presente. Cristiano Jesus apresenta-nos um filme seguindo

9h30. Pego no telemóvel, ligo a internet e percorro as redes sociais. Ontem foi sábado, dia de sair. Foram a festas, discotecas, concertos, bares. Foram dançar, cantar, beber, divertir-se. Ah! E registar tudo. Claro! Também estive num jantar. Não tirei fotografias, nem fiz vídeos. Não tenho registo das pessoas, da comida, das bebidas. Não tenho nem uma selfie. Convivi, diverti-me, vivi, mas não tirei fotos. Não existi. Por acaso, reparei num ou outro flash aqui e ali. Se houve mais cliques de fotografias, passou-me ao lado. Eu não tirei nenhuma e não acredito que tenha sido apanhada em nenhuma. Se alguém que esteve naquele jantar partilhar uma foto de ontem, eu não vou lá estar. Na realidade, ontem diverti-me, mas não há nenhuma foto minha. Isso é normal na minha vida. Por mais tempo que passe em redes sociais, evito documentar a minha vida privada na esfera pública.

Quer isto dizer que, para o mundo, ontem não existi. E em tantos outros dias acontece o mesmo. Parece que, atualmente, algo só acontece se for fotografado. Pode nem se gostar de onde se está, mas importa mostrar-se sempre na moda. #Party. #Friends. #BestNightEver. A última e 'melhor noite' desde a última vez que se usou a hashtag (na semana passada) e só até à próxima vez que se voltar a usar (na semana seguinte). A internet é um mundo e o que não é partilhado parece não ser real. O privado é cada vez menos privado. Vive-se para os gostos, partilhas e cometários. Vive-se para o instantâneo. Talvez não para o mundo, mas ontem existi. Porque, para mim, existir é desfrutar, apreciar o momento, sentir, e guardar na memória. Partilhar com quem está presente e não com tantos outros que, tal como eu, para matar tempo, ligam as redes sociais, fazem scroll pelos feeds, veem tudo e não reparam em nada. k


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5 'Cidades irmãs' celebram 50º aniversário em 2019

Jovens aproximam Leiria e Tokushima KAPA Leiria e Tokushima celebram 50 anos de geminação em 2019. A relação enquanto 'cidades irmãs' surge na sequência da relevância histórica que Wenceslau de Moraes adquire no Japão e dos trabalhos que o embaixador Armando Martins Janeira desenvolve sobre o antigo militar da Marinha Portuguesa. Professores e alunos da cidade do índigo têm vindo a reforçar as ligações de irmandade. O Akadémicos acompanhou a sua estadia, procurando projetar com o presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, o 50.º aniversário da geminação.

Texto Adriana Silva, Ana Palheiro, Andreia Rodrigues e Catarina Rodrigues

Eu quis fazer este intercâmbio porque não sabia nada da geminação entre Tokushima e Leiria”, afirma Yume, estudante de Enfermagem na Universidade de Tokushima. O professor de inglês Donald Sturge já perde a conta ao número de vezes que visitou a cidade do Lis. A lecionar há 12 anos na Universidade de Tokushima, Sturge embarca em mais uma viagem, cujo principal objetivo é dar a conhecer aos alunos japoneses a razão pela qual Leiria construiu laços com Tokushima. “A relação entre as duas cidades começou no século passado, quando Wenceslau de Moraes, um diplomata português, veio residir para Tokushima e lhe deu a conhecer a cultura portuguesa”, conta o professor natural do Canadá. Fukuoka Yoku, docente de japonês na mesma instituição, conhece a iniciativa através de Donald Sturge, seu antigo professor. Conta que esteve em Leiria pela primeira vez em 2011, altura em que se formaliza o intercâmbio entre estudantes e professores dos dois municípios. Donald Sturge e Fukuoka Yoku apostam em fomentar a troca de experiências e a aproximação de culturas. Essa ambição motivou a viagem de cinco alunos da Universidade de Tokushima, Hinako, Yume, Atsu, Takumi e Sakuri. Frequentam licenciaturas distintas e não se conheciam antes do intercâmbio “A professora Yoku falou-me do programa e pensei que seria realmente interessante participar”, afirma Hinako, estudante de Farmácia. Dentro do grupo, a jovem de 20 anos é a única que tinha conhecimento da relação entre as duas cidades. Atsu, por exemplo, soube dessa ligação intercontinental através do convite que lhe foi feito para integrar o grupo. A estadia em Leiria envolveu atividades culturais e académicas organizadas conjuntamente pela Câmara Municiapl de Leiria e Politécnico de Leiria. Portugueses dos afetos A deslocação a Portugal evidencia algumas particularidades que em muito diferenciam a vida e a cultura dos dois países. Takumi, de 20 anos, estudante de Po-

lítica, logo repara que os preços são mais baixos em Leiria, comparativamente a Tokushima. Mas o que mais chama a atenção do grupo é a gastronomia e afetividade dos portugueses. Os doces tradicionais e o caloroso acolhimento preenchem o imaginário de quem não fica indiferente às brisas do Lis e ao convívio com os leirienses. Takumi e Yume vão sentir falta das iguarias leirienses quando voltarem para casa, mostrando-se, ainda, surpreendidos com a recetividade do Politécnico de Leiria. “A qualidade da comida é bastante boa, especialmente a pastelaria regional, e as pessoas são muito amáveis”, comenta com um sorriso a futura enfermeira Yume. Se todos os alunos concordam que os portugueses são muito acolhedores, a mesma lógica também se aplica quando dizem que os estrangeiros são melhor recebidos em Portugal do que no Japão. Hinako afirma que “os japoneses são mais tímidos e não falam com estranhos, enquanto os portugueses são mais extrovertidos”. O bom acolhimento e o interesse demonstrado pelo Politécnico de Leiria constitui, aliás, uma forte razão que motiva Sturge e Yoku para o prosseguimento do intercâmbio. “A boa disposição e o otimismo de todos os que nos recebem nesta cidade fazem com que queiramos voltar de ano para ano e proporcionar aos nossos alunos novos experiências culturais e, quem sabe, laços de amizade”, refere Sturge. A cidade do azul A província de Tokushima é rica em recursos naturais e a economia depende muito da agricultura e pescas. O cultivo de índigo e a produção que lhe está associada nasce no século x, potenciando a economia de uma região que atualmente já está mais colonizada por um tecido sintético de cor semelhante, a ganga. Em 2014, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano, da Universidade de Nagóia, e Shuji Nakamura, ex-aluno da Universidade de Tokushima, receberam o prémio Nobel da Física pela criação dos LED azuis nos anos noventa (na sigla em inglês para light emitting diodes).

O professor de inglês relembra que esta descoberta inicia a “Revolução da Tecnologia LED”, numa altura em que ainda só tinham sido descobertas as cores amarela e magenta. A cor azul possibilita a reprodução das luzes LED em várias cores. Portugal no Oriente Raul Castro considera Wenceslau de Moraes uma personalidade imprescindível no processo de geminação, uma vez que introduz e divulga o quotidiano japonês à Europa através dos seus livros. O presidente da Câmara de Leiria recorda o impacto e a admiração que Moraes suscita, no início do século XX, junto dos japoneses, motivando estudos mais aprofundados sobre a sua figura pela mão do embaixador português naquele país, Armando Martins Janeira. Mais tarde, à luz desses trabalhos, o Governo Civil de Leiria recebe um ofício do Ministérios dos Negócios Estrangeiros pedindo o seu empenho para uma eventual geminação com Tokushima. A ligação concretiza-se a 5 de setembro de 1969. “A primeira geminação que é feita pelo Município de Leiria é precisamente com Tokushima”, refere o autarca. Uma relação à distância que promove a visibilidade de ambas as culturas A ligação entre as duas cidades tem sido consolidada com várias iniciativas envolvendo as forças vivas dos municípios. Algumas atividades dinamizadas passam por concursos de desenho e intercâmbios de alunos entre os estabelecimentos de ensino, a promoção de eventos de cariz cultural e o reforço de contactos ao nível empresarial. Trata-se de iniciativas que visam promover o conhecimento das duas culturas e acabam por ter repercussões nas ligações comerciais. Raul Castro destaca que há mais empresas leirienses a exercerem atividades comerciais com empresas japonesas por via do acordo de geminação. E acredita que esse estatuto é uma via que pode contribuir para o “diálogo entre diferentes comunidades e instituições, consolidando o desenvolvimento de uma cultura de paz e tolerância, fundada numa premissa de progresso e de princípios humanistas”. “Fruto desta política, Leiria é cada vez mais conhe-

Tokushima é a capital da região de Shikoku, uma ilha situada no sudeste de Japão. Com uma população estimada de 258,237 e uma área total de 191,23 km². A cidade é a principal produtora de índigo, uma planta que tinge tecidos, sedas, papéis e outros materiais de um azul único.

cida além-fronteiras, pela sua história, cultura, dinamismo empresarial, pela sua gastronomia, bem como pelo bom acolhimento que oferecemos a quem nos visita”, acrescenta. A geminação entre Leiria e Tokushima, em particular, tem criado uma dinâmica de envolvimento da população de ambas as comunidades, em especial entre as camadas mais jovens, o que permite a construção de pontes para o presente e para o futuro. Existem, porém, obstáculos que não raras vezes perturbam essa ligação intercontinental. Como afirma Raúl Castro, a distância e as elevadas despesas de deslocação não permitem uma maior dinâmica na troca de experiências no âmbito da cultura e, inclusivamente, do desporto: "Apoiar, por exemplo, a viagem de uma coletividade cultural leiriense para atuar em Tokushima é uma despesa que tem de ser muito ponderada". O futuro da geminação O estreitamento da ligação entre Leiria e Tokusima passa pela aposta em iniciativas concretas que envolvam a comunidade e que possam trazer benefícios para ambas as partes. Ainda que o elemento financeiro seja fundamental, existe a vontade de promover todos os anos a viagem de um grupo cultural à cidade irmã. “Temos de ir mais além do que as meras cerimónias oficiais e passar para o terreno, com o envolvimento dos agentes da sociedade civil em áreas tão diversas como o associativismo, o ensino, a saúde, a cultura e a economia”, assegura o presidente leiriense. Em 2019, Leiria e Tokushima irão comemorar 50 anos de geminação. “Não há ainda nada em concreto. Apenas ideias cuja viabilidade necessita de ser discutida”, afirma Raul Castro. O novo embaixador do Japão em Portugal, Jun Niimi, foi recentemente recebido pelo município de Leiria. O objetivo é claro: organizar conjuntamente o 50º aniversário. Ainda não sendo possível adiantar informações sobre uma efeméride cujo programa está em elaboração, Castro assegura que um dos principais objetivos será o fortalecimento dos laços de amizade que se têm vindo a desenvolver ao longo dos tempos. k

12 abril 2018


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7 algumas alterações relacionadas com a minha personalidade. Mas respeitei ao máximo a versão original.

SENTADO NO MOCHO

O segredo é nunca desistir, combinando talento com espírito combativo Cláudia Pascoal Representante de Portugal no Festival da Eurovisão

Entre a saída do cabeleireiro e um pedido de selfies, o Akadémicos falou com Cláudia Pascoal no Chiado. Na palavra saudade cabem o jardim da avó e os tempos da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR) das Caldas da Rainha. O gosto pela música e por um jazz mais agressivo não esmorecem a ambição de quem carrega nos ombros uma herança vitoriosa e a participação portuguesa no Festival da Eurovisão, no próximo 21 de maio, em Lisboa. Texto Maria Coutinho, Marco Marques, Rodrigo Miguel e Rute Vale

Como têm sido estes dias depois da vitória no Festival da Canção? Muito cansativos. Há momentos em que só penso onde é que está o meu sofá, umas pipocas e um filmezinho bom. Por outro lado, é extremamente agradável porque esta é a vida com que sempre sonhei. Está a ser uma experiência incrível. Tenho conhecido pessoas de todo o mundo musical. Sonhava representar Portugal na Eurovisão? Isso é daqueles sonhos que não se sonham. Parece tão distante que nem nos atrevemos a pensar nisso. Talvez quando vir o palco, o sonho se torne real. Foi o que aconteceu em Guimarães. Eu estava contente por levar uma música da Isaura, mas só quando vi o palco percebi que realmente estava na final do Festival da Canção. Vai acontecer o mesmo no Altice Arena. Conquistado um lugar na Eurovisão, o que fez depois de cair o pano em Guimarães? Fomos para uma tasca comer e tocar guitarradas. Compositores, produtores e intérpretes todos juntos.

A música fala de saudade. Do que é que sente saudades? A música remete para a minha avó desde a primeira vez que a ouvi. É engraçado porque, tal como a avó da Isaura, a minha também tinha um jardim pelo qual nutria grande carinho. Eu e os meus primos jogámos muito à bola naquele quintal. Estávamos sempre a partir as flores. Lembro-me de ir buscar uns palitos, espetar no calo das flores e pô-las outra vez direitinhas. É uma das memórias mais carinhosas que possuo. A minha avó sabia que o jardim estava todo estragado, mas não interferia nas brincadeiras. A música fala de uma saudade que, no meu caso, facilmente se relaciona com estas memórias bem aconchegantes. É uma música forte que, de certo modo, significa um reencontro com a minha avó. Como reage às acusações de plágio? Honestamente não ligo. Não faz nenhum sentido. Aliàs, toda a gente sabe que cantei essa música (To Build a Home, dos The Cinematic Orchestra) no "The Voice", pelo que seria a primeira pessoa a admitir uma situação dessa natureza. É uma não questão.

Como se sente sabendo que é a sucessora de Salvador Sobral? O Salvador trouxe algo de novo tanto ao Festival da Canção como à Eurovisão. Algo mudou por causa dele. Há sondagens que dão o tema como um dos faNa Eurovisão, por exemplo, o inglês imperava. Agora, voritos. Sente essa responsabilidade? já se ouvem mais músicas cantadas em línguas nati- Ainda não acredito que estou na Eurovisão, quanto vas. É uma grande responsabilidade suceder a uma mais nos favoritos. Quando começaram a circular atuação inacreditável. Darei o melhor para alcançar essas sondagens, senti-me surpreendida pelo facto de podermos alcançar uma boa classificação. É um fator uma classificação louvável. adicional de motivação. Temos trabalhado muito, não Qual a história de “O jardim”? Ajudou a Isaura apenas para conseguirmos a melhor interpretação possível, mas também para conjugar a música com o Santos na composição do tema? A Isaura contactou-me, inicialmente, para cantar palco. A edição deste ano apresenta um palco muito uma outra canção, “Onde estás”. Estudei bem a músi- peculiar. Vai ser diferente. ca e gravámos o tema. A Isaura, porém, não se sentia bem com essa decisão e logo me mostrou “O jardim”. Falemos agora de um outro palco, mais propriaA música possui um grande significado pessoal para mente o da sua formação académica. Porque esa Isaura. Ouvi uma versão cantada por ela e logo fiz colheu um curso de Artes Plásticas?

Sempre quis ser professora de desenho ou pintura. Quando foi a última vez que regressou a CalO objetivo era entrar na Faculdade de Belas Artes. das da Rainha? Mas tinha de escolher logo uma especialização e Já passaram três anos desde que terminei a licensegui-la durante quatro anos. O problema é que ciatura e não perco uma edição do Caldas Late Niqueria experimentar diversas formas de expres- ght. Volto todos os anos porque se vive intensamensão para perceber se a pintura era mesmo o meu te o espírito artístico e criativo. horizonte. Nesse momento, encontrei-me com uns amigos nas Caldas da Rainha e reparei que tinham Já a ouvimos falar da infância referindo-se à aulas muito direcionadas para explorar a liberdade sua família como criativa. Nessa altura já socriativa dos alunos. Foi um momento crucial que nhava ser cantora? me fez mudar de ideias. Fiquei a estudar na ESAD. Tenho, de facto, uma família criativa, com muitos Gosto muito do ensino quando se dá espaço para a músicos. Quase toda a gente gosta de cantar. É nacriatividade aparecer. tural que a minha paixão pela música tenha emergido desse ambiente. Sempre quis estar no mundo Como caracteriza a experiência na ESAD? das melodias, ainda que nunca tenha sido uma É um pouco ingrato responder a essa pergunta prioridade. Agora tudo mudou. A música passou a porque na época eu era outra pessoa. Na altura, ser a minha prioridade. achei o curso de Artes Plásticas muito completo. Diverti-me imenso e descobri-me enquanto artis- Tem um álbum composto por si, mas por falta ta. Passados estes anos, já depois de ter concluído de apoio ainda não o lançou. Para quando esse o mestrado em Produção e Realização Audiovisual, álbum? sinto que deviriam ter sido introduzidos conteúdos Esse EP foi feito por brincadeira. As pessoas dizem mais práticos de edição, mesmo tendo frequentado que não lancei por falta de apoios, mas não é bem cadeiras como vídeo, fotografia e documentário. assim. Não o quis lançar porque achei que não estava bom o suficiente e não era o timming perfeiA ESAD teve alguma influência na transforma- to. Depois de uma experiência no âmbito do jazz, ção dessa “outra pessoa”? com os MORHUA e originais em inglês, a música Claro! Permitiu descobrir-me, perceber os recantos da Isaura despertou-me novamente o bichinho de da minha personalidade, sobretudo num momen- escrever em português. Espero lançar um single no to tão marcante para um jovem como é a saída de imediato pós-Eurovisão e começar a trabalhar para casa dos pais. Fui muito feliz nas Caldas da Rainha. um álbum. A ESAD é o único estabelecimento de ensino superior na cidade, pela qual nutro um grande carinho. Uma carreira a solo é inevitável ou vai continuTalvez por isso todos nos sentimos uma família. O ar associada a outros projetos? sentimento de proximidade é inacreditável. Aper- Espero poder conciliar os dois percursos, a Cláudia cebi-me disso mal cheguei à escola. Existe um gran- Pascoal e os MORHUA – fazem parte de mim. Ou de espírito de entreajuda, ao contrário de outras seja, tenho necessidade de me repartir entre um instituições onde a competição é, por vezes, eleva- lado acústico e sarcástico em português e uma lida. Sinto muitas saudades daqueles dias e noites de nha jazzística mais agressiva e louca. Preciso das trabalho até tarde na escola. duas dimensões na minha vida.

KURTAS Livro favorito

Que conselhos daria aos jovens que querem seguir a carreira de cantor? De jovem para jovens: se alguém quer vingar nas artes tem de lutar muito; já passei por muitos castings, toquei muitas vezes na rua, à chuva; o segredo é nunca desistir, combinando talento com o tal espírito combativo. Eis o segredo de qualquer artista.

O Espectador Emancipado, de Jacques Rancière. Mudou totalmente a minha maneira de ver as coisas em termos artísticos.

Planos para o futuro? Ainda me estou a adaptar a esta nova vida. Neste momento, estou a preparar-me para representar Portugal e é nisso que estou concentrada.

Uma música

Mas já tem uma ideia do passo seguinte? Gostei muito de integrar o elenco de apresentadores do programa “Curto-Circuito”. Ambiciono fazer um pouco a ponte entre a televisão e a internet, sobretudo, junto dos mais jovens. A TV precisa de se envolver mais com as redes sociais. Se houver oportunidade, pretendo criar conteúdos para um projeto deste tipo.

A Take Five, de Dave Brubeck. Essa música alertou-me para a intenção do jazz.

Artista português O David Fonseca. A forma como compõe música e vai buscar instrumentos que ninguém conhece fascina-me e inspira-me a fazer o mesmo.

Viagem de sonho Fiz agora em dezembro. Sei que é clichê, mas desde pequena sempre quis ir a Paris. Tive uma oportunidade imprevista e aproveitei.

Gostava de deixar uma mensagem ao universo do Politécnico de Leiria? Recebi muitas mensagens de apoio e um grande carinho por parte das pessoas de Leiria e das Caldas da Rainha. Retribuo esse carinho e agradeço todas essas manifestações de apoio. k

12 abril 2018

KULTOS Texto

Barbara Costa Cláudio França Francisca Violante André Lucas

The Post Pela liberdade de imprensa A mais recente obra de Steven Spielberg, The Post, conta com dois ícones do cinema norte americano, Tom Hanks e Meryl Streep. Com este trio maravilha não são de estranhar as 19 nomeações, incluindo para Óscar de melhor atriz e filme, e ainda o globo de ouro para melhor ator e direção. No contexto dos desafios que a profissão atravessa atualmente, The Post vem relembrar ao público a importância do jornalismo de investigação e a luta pela liberdade de imprensa ao longo da História. O filme decorre durante a Guerra do Vietname, mais precisamente em 1971, com um retrato verídico do escândalo do Pentagon Papers, em que o povo descobre que o governo dos Estados Unidos da América mente sobre a possibilidade de ganhar uma guerra há muito perdida. Katharine Graham, a personagem interpretada por Meryl Streep, retrata a primeira diretora feminina de um jornal de referência americano, uma profissão que antigamente era dominada pelo género masculino. No decorrer do filme, a personagem depara-se com a desigualdade de género ao ser inferiorizada devido à sua condição de mulher. Tom Hanks, no papel de Ben Bradlee, é o editor executivo do The Washington Post, jornal que levanta a bandeira da luta pela liberdade de imprensa. A personagem evolui num cenário de grande pressão, evidenciando as rigorosas rotinas jornalísticas que uma redação sofre. O ambiente sério e agitado, representado com tons sombrios, é particularmente evidente numa das cenas mais marcantes, quando os jornalistas têm acesso a documentos sobre o Pentágono. Num momento em que o atual presidente norteamericano, Donald Trump, declara guerra aos órgãos de informação, The Post vem mostrar que a história não raras vezes acaba por se repetir e que o jornalismo de investigação tem um papel importante quando ambiciona proteger os cidadãos da manipulação direta do poder político. Como Ben Bradlee defende, “a melhor forma de proteger o direito de publicar, é publicar”. k


8 Semana Internacional 2018 aposta no diálogo multicultural Texto Andreia Leandro, Sara Júnior, Sara Nunes e Tatiana Rosa

Últimas Texto

Ângela Figueiredo, Beatriz Santos, Manuel Matos e Rodrigo Leite

7 dias com os Media O Grupo Informal sobre Literacia Mediática realiza mais uma iniciativa “7 Dias com os Media”, entre 3 e 9 de maio, com o objetivo de sensibilizar as pessoas para o papel que os media ocupam no quotidiano das sociedades. O evento estabelece uma relação com o dia da liberdade de imprensa, um valor fundamental que continua a ser alvo de ameaças e de preocupação em todo o mundo. Não existe um programa de ação pré-definido, sendo o mesmo elaborado pelas propostas que os participantes vão registando em: www.7diascomosmedia.pt/registo/. As iniciativas devem seguir critérios como o respeito pelos valores cívicos da Constituição, acautelar os direitos humanos fundamentais e não visar fins comerciais. A ideia é que todas as propostas prezem pela simplicidade. O plano de atividades pode ser consultado www.7diascomosmedia.pt. 8ª Campanha de Prevenção de Maus Tratos a Crianças e Jovens São diversas as atividades promovidas pela 8ª Campanha de Prevenção de Maus Tratos a Crianças e Jovens, a decorrer durante o mês de abril no concelho de Leiria. De destacar os workshops que irão decorrer a 17 de abril pelas 14h30, no Instituto Português da Juventude em Leiria, bem como o seminário “A voz no silêncio do mau trato”, a 18 de abril pelas 09h30, no Teatro Miguel Franco. Todas as atividades têm entrada livre, com inscrição prévia, e pretendem sensibilizar a população para os problemas dos maus tratos e a promoção dos direitos das crianças e dos jovens. Para mais informações é possível consultar o programa que se encontra disponível online. A 8ª Campanha de Prevenção de Maus Tratos é promovida pela Administração Regional de Saúde do Centro e pela rede de parceiros de Leiria.

A Semana Internacional 2018 irá decorrer de 7 a 11 de maio e Além de eventos culturais, um espaço de tem como objetivo dar a conhecer o universo académico do networking e visitas culturais turísticos Politécnico de Leiria e as cidades que acolhem os seus polos que procuram conferir dimensão de ensino. A semana é dedicada a docentes e não docentes internacional à região de Leiria, o evento estrangeiros que escolhem a instituição como espaço conta com uma exposição dinamizada privilegiado de intercambio académico e cultural. por todos os visitantes, através da qual Oriundos de 19 países da Europa, sobretudo do Reino são exibidos elementos de informação Unido, Polónia, Turquia e Grécia, os participantes envolvem- das suas instituições de origem. O objetivo se em atividades e workshops nas diversas escolas. A semana passa por promover diálogos entre conjuga uma vertente de ensino e o desenvolvimento de diferentes países e fortalecer sinergias que potenciais projetos de investigação com novas aprendizagens, confiram um carácter verdadeiramente troca de experiências e um ambiente multicultural, internacional à comunidade académica. k disponíveis para toda a comunidade académica.

Campeonato Nacional Universitário de Atletismo em Pista Coberta

Politécnico de Leiria bate recorde nacional

Texto Beatriz Parada, Eduardo Vieira, Ricardo Cordeiro e Sandrina Grilo

O Politécnico de Leiria alcançou o recorde nacional do lançamento do peso (4Kg) em femininos, tendo terminado no 2º lugar da classificação geral do Campeonato Nacional Universitário de Atletismo, em Pista Coberta. A equipa de futsal feminina conseguiu ainda o apuramento para a fase final do principal torneio de desporto universitário. A atleta luso-brasileira Eliana Bandeira fixou o novo máximo em 14.15 metros, marca que lhe valeu o título nacional no lançamento do peso. Wilson Conniott sagrou-se campeão nos 800 metros com o registo de 1.55,39 segundos, enquanto Rafael Correia logrou a vitória na prova de 60 m barreiras, com 8,52 s. Em salto em comprimento, Andreia Grácio saltou para o 1º lugar com 5,06 m. O campeonato nacional universitário de atletismo, realizado e Pombal, contou com 34 instituições de ensino superior. Com 109 pontos, o Politécnico de Leiria

sagrou-se vice-campeão e igualou a performance do ano transato. Segundo a coordenadora de desporto, Cândida Bairrada, o IPLeiria “tem ficado sempre nas 10 melhores instituições de ensino superior em termos desportivos, somando bons resultados em termos nacionais e internacionais”. A equipa de futsal apurou-se em Braga para a fase final do Campeonato Nacional Universitário. Nos três jogos disputados, as leirienses alcançaram duas vitórias e uma derrota na segunda jornada concentrada. A derradeira etapa irá decorrer entre 16 e 20 de abril, em Aveiro. A jornada de atribuição do título nacional de Andebol universitário não contará, porém, com atletas leirienses. A equipa masculina terminou as duas primeiras jornadas na 5ª posição, somando três vitórias, um empate e uma derrota, ficando logo atrás dos lugares que dão acesso à fase de todas as decisões. k

a fechar

Revistas de Ideia e Cultura O portal de Revistas de Ideia e Cultura (RIC) é uma base de dados que remonta a importantes publicações do século XX. Numa Texto Beatriz Parada, só base, é possíEduardo Vieira, vel ter acesso a Ricardo Codeiro inúmeros artigos e Sandrina Grilo acerca do mesmo tema desde que já publicados pelas revistas aderentes a este projeto. Permite ao leitor aceder ao conteúdo de diferentes publicações e consultá-lo a partir de critérios que podem cruzar-se numa só busca e que incluem índices de autores. Trata-se de um projeto que tem a chancela da Biblioteca Nacional, da Fundação para Ciência e Tecnologia e da Fundação Mário Soares. Disponível em: http://ric.slhi.pt/.

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NÓNIO media digital de Portugal O Nónio é uma plataforma digital que oferece conteúdos criados pelos maiores grupos de comunicação de Portugal. O conteúdo visualizado pelos leitores é apenas o escolhido pelos mesmos, sendo necessário efetuar um registo nos grupos de interesse do público. Através desse registo, todos os grupos envolvidos no projeto irão ter conhecimento do consumo efetuado, fazendo assim a segmentação dos artigos e publicidades para cada consumidor. São mais de 70 os sítios online portugueses que se juntam numa só plataforma. Disponível em: https://nonio.net/.


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