Jornal 5 estrelas dez2015

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Jornal Escolar

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AMARELEJA SÉRIE III │ EDIÇÃO I

Reunião geral de docentes e não docentes 18 de setembro Herdade dos Arrochais Pág. 4

DEZEMBRO 2015 │ 0,50 ESTRELAS

SEMINÁRIO NA ÁUSTRIA “COOPERATION FOR INNOVATION AND THE EXCHANGE OF GOOD PRACTISES: THE SCHOOL WE LIKE TO LIVE AND TO LEARN IN”

ENTREVISTA

Professor Mário Almeida Pág. 10

G.A.A.F.

Informamos que se encontra em funcionamento o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família no nosso Agrupamento. O GAAF está disponível para acolher, aconselhar, esclarecer e encaminhar todos os membros da comunidade educativa relativamente a questões relacionadas com a educação, saúde e bem-estar, pessoal e familiar, dos nossos alunos. Contacte, telefonicamente, 285 980 100 ou através dos Serviços Administrativos, deixando o seu nome e número de telefone para que possa ser agendado um atendimento.

Pág. 18

PRÉMIOS DE MÉRITO ESCOLAR 2014/2015 Quando se recebe um prémio, a alegria e o orgulho transmitem-se através da partilha do que ele significa. Os testemunhos do prémio de mérito escolar, dados pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Amareleja, são provas irrefutáveis do reconhecimento que estes jovens sentem. Pág. 6


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CINCO ESTRELAS Nº 1 │dezembro 2015 Propriedade Agrupamento de Escolas de Amareleja Largo das Flores - 7885 Amareleja 285 980 100 Coordenação Manuela Patrícia Vieira manuelavieira@agvamareleja.drealentejo.pt Colaboradores Francisco Pereira, Mário Almeida, Rafael Ramos, Tomás Ferreira, Beatriz Ramos, Lara Lucas, Rodrigo Santos, Jéssica Cardas, Afonso Tareco, Tomás Pires, Gabriela Gala, Maria Santos, José Morgado, Catarina Caro, Luís Lourinho, Pedro Rodrigues, alunos de 7º ano, Lurdes Santos, Mª de Jesus Borrego, Hélio Guerreiro, Marco Olhicos, alunos das turmas PIEF, Mª de Jesus Palma, Joana Pereira, Alice Rocha, Isabel Rosado, Célia Ramos, Helena Azul, alunos do 3ºA da Escola Básica de Amareleja, Romana Ferreira, alunos do 3ºA da Escola Básica de Safara, Margarida Vitorino, Ana Margarida Moreira, Mafalda Gaspar, Gabriel Batista, Diana Costa, Raquel Fialho, Francisca Barradas, Helena Fernandes, Domingos Lucas, Eva Rodrigues, Genésio Cardas, Leonor Bancaleiro, Martim Pereira, Lara Ramos, Lília Fernandes, Fátima Baltazar, Elisabete Vogado, Delfina Veladas, Leonor Santana, Margarida Moreira, José Carreira, Mónica Batista, Susana Silva, Rita Gonçalves, Diana Borralho, João Baltazar, Carla Reis, Sílvia Sousa, Luísa Mantas, Anabela Ramos, Fernanda Almeida e José Ferreira. Paginação e revisão Manuela Patrícia Vieira Periodicidade Trimestral Impressão Reprografia do Agrupamento de Escolas de Amareleja

SUMÁRIO Editorial

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Reunião geral: docentes e não docentes

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D. Antónia, uma vida a marcar vidas

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Prémios de mérito escolar 2014/2015

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Aconteceu na nossa terra…

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Entrevista ao professor Mário Almeida

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Os direitos culturais

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Dia Mundial da Alimentação

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Intercâmbio transfronteiriço

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Erasmus +

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El día de los muertos

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Jovens artistas

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Jovens escritores

24

Clube de Teatro

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Eco-Escolas

31

Desporto Escolar

33

Clube de Proteção Civil

35

Na Biblioteca Escolar

38

Dia Mundial do não Fumador

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Dia da Segurança do Computador

44

Natal - sugestões de leitura

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Tradiciones navideñas en España

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Noël en France

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Christmas in the United Kingdom

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AO - Testa os teus conhecimentos

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Passatempos

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Ler é o melhor remédio!

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EDITORIAL Com este número do Jornal Escolar Cinco Estrelas retomamos a nossa atividade do jornal com novos sonhos, novos projetos e com o entusiasmo de sempre. A todos os que tornaram possível esta edição do nosso jornal escolar aqui deixo uma palavra de estímulo, agradecimento e apreço. O jornal escolar é um meio a que todos temos acesso para comunicar o que se passa no nosso Agrupamento. É uma forma de partilhar e divulgar os projetos, as iniciativas, as experiências da comunidade educativa. É simultaneamente um meio de fomentar a escrita como um ato de cidadania, visando informar e formar leitores atentos, interessados, despertos para os factos que ocorrem à nossa volta. Realizar o jornal na Escola é muito mais que divulgar informação, fazer propagandas ou realizar um trabalho de grupo. É também isso, e vai muito além, busca desenvolver a criatividade, o espírito crítico e avaliativo, a expressão oral e escrita. É conhecer a realidade, os problemas locais, a cultura. Significa momentos de partilha, de aprendizagens significativas e colaborativas. Ver os textos e as imagens que refletem o quotidiano desta comunidade torna-se gratificante para todos os que colaboram nesta iniciativa. Relativamente ao alinhamento desta edição, gostaria de mencionar a singela mas genuína homenagem a quem passou a vida a cuidar de vidas, a visibilidade que destaca a importância dos prémios de mérito escolar dos nossos alunos, a vertente de escritor de um docente da nossa escola, as sugestões de leitura no âmbito do PNL (plano nacional de leitura) e as atividades da nossa Biblioteca, a quadra que se avizinha nas três línguas estudadas entre nós, o projeto Cooperação para a Inovação e Partilha de Boas Práticas sobre o tema “A Escola em que Gostamos de Aprender” realizado na Áustria ao abrigo do programa Erasmus +, o belíssimo intercâmbio transfronteiriço entre as Escolas de Santo Aleixo da Restauração e Zahínos (Extremadura, Espanha) sob a égide do programa EUROACE, o brilhante desempenho dos nossos alunos do Desporto Escolar na escola, a nível regional e nacional, a importância que se dá à defesa dos equilíbrios biológicos como um fator determinante para a qualidade de vida. Preocupações como a defesa de espécies em vias de extinção, o combate aos diversos tipos de poluição, o tratamento e a reciclagem de lixos domésticos e industriais, a contaminação das águas passaram a constituir o centro das atenções. É importante a consciencialização e mobilização geral para o combate às más práticas ambientais e a defesa intransigente dos valores ecológicos e dos recursos naturais. O nosso futuro depende, em grande medida, do nosso comportamento e da nossa atitude. É necessário o apoio e a colaboração de todos, alunos, professores, funcionários, pais e encarregados de educação para defender o nosso futuro e o dos que virão depois de nós. Ou não fôssemos nós uma Eco-Escola!

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Francisco Pereira - Diretor do Agrupamento de Escolas de Amareleja


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Reunião geral: docentes e não docentes Por Mário Almeida

No dia 18 de setembro de 2015, cerca das 10h30, encontraram-se, na escola-sede, os docentes, os assistentes operacionais e os assistentes técnicos de todo o Agrupamento de Escolas de Amareleja. A Direção tinha convocado, para este dia, uma reunião geral, a qual decorreu na Herdade dos Arrochais, um dos parceiros do Contrato de Autonomia deste Agrupamento, que se situa bem próximo da localidade de Amareleja. A propriedade localiza-se geograficamente ao longo da margem direita da ribeira de Ardila, sendo, em termos cinegéticos, um dos exemplos melhor sucedidos na região do Alentejo, apresentando uma enorme densidade de coelho bravo e perdiz vermelha. Os exemplares de caça maior, essencialmente javalis, habitam uma pequena franja desta herdade, localizada a nascente. Em termos de coberto vegetal, esta paisagem mediterrânica é constituída, sobretudo, por estevas e azinheiras e apresenta-se em bom estado de conservação. Junto à ribeira de Ardila e de outros cursos de água de menor caudal, entre eles o barranco do Escaravelho, podemos encontrar algumas galerias ripícolas, onde a fauna autóctone e migrante pode encontrar o habitat ideal para viver e se reproduzir. Do ponto de vista arquitetónico, existem 3 ou 4 núcleos habitacionais em magnífico estado de conservação. A exploração agrícola assenta num modelo de excelência ao nível do cultivo da oliveira e da vinha. Foi na adega, junto aos vinhedos bem cuidados que pudemos presenciar a azáfama sazonal da vindima.

Reunião geral de docentes e não docentes Herdade dos Arrochais

E já no seu interior, com divisões e decoração enquadradoras das atividades económicas da herdade, a Direção da Escola recebeu os restantes elementos do Agrupamento, desejando a todos os presentes os votos de um bom ano letivo de 20152016. A Direção surpreendeu a D. Antónia Mota com um bouquet de flores e um rasgado e justíssimo elogio ao seu brilhante percurso profissional, enquanto assistente operacional deste Agrupamento, e que agora se aposentou das suas funções. De seguida os coordenadores dos diversos departamentos curriculares fizeram a apresentação dos seus pares, bem como o coordenador operacional e a coordenadora técnica, todos eles evidenciando a disponibilidade e necessidade de se trabalhar em equipa, para bem de todos os intervenientes do processo educativo. O Diretor, professor Francisco Pereira, pormenorizadamente, caracterizou este Agrupamento de Escolas, do ponto de vista físico, resultados académicos e recursos humanos. Como o cante alentejano foi, recentemente, considerado pela UNESCO Património Cultural Imaterial da Humanidade, esta sessão não poderia terminar sem que os presentes entoassem uma “moda” do vasto reportório do Cancioneiro Alentejano, sob o mote do docente António Montemor. E para terminar, os presentes foram brindados com um almoço volante, à base de produtos regionais, acompanhado de deliciosos vinhos da Herdade dos Arrochais. Extraordinária forma de conviver e de integrar os que acabam de chegar ou regressar a Amareleja.

Surpresa feita à D. Antónia

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D. Antónia Mota

Uma vida a marcar vidas

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ssistente operacional do Agrupamento de Escolas de Amareleja, a D. Antónia Mota reformou-se no dia 30 de julho de

2015, após uma carreira de 33 anos. Profissional dedicada e querida no local de trabalho, marcou de forma indelével a vida de muitas crianças, intervindo positivamente no seu desenvolvimento. O trabalho que prestou nesta instituição pautou-se pela

coerência

entre as intervenções profissionais e as práticas como pessoa. Com ela os alunos mantiveram um contacto estreito e agradecem-lhe a disponibilidade e confiança que lhes demonstrou. Alguns alunos do 3º ano que estiveram ao cuidado da D. Antónia prestaram-lhe, por escrito, uma merecida e sentida homenagem que o Jornal Escolar Cinco Estrelas agora divulga.

Obrigado por tudo o que nos deu. Vai ficar sempre no meu coração.

Rafael Ramos

Obrigado pelo que fez por nós. Desculpe as nossas parvoíces. Obrigado e nunca mais me esquecerei de você. Beijos.

Tomás Ferreira

Dona Antónia, eu gosto muito de você. Os momentos felizes, os momentos agradáveis ficarão sempre no meu coração. Beijos.

Beatriz Ramos

Olá, dona Antónia, eu brincava muito na casinha e você também fazia muitos jogos com todos os que

Lara Lucas

estavam lá. Muito obrigada pelo que fez.

Obrigado por tudo o que nos fez, eu acho-a muito engraçada porque ainda me lembro que partiu aquela cadeira de madeira… Você é uma mulher muito bonita e extraordinária.

Rodrigo Santos

Obrigado por tudo e um beijinho muito grande.

Olá, dona Antónia. Obrigada por ter brincado connosco e também ter cuidado de nós. Obrigada, nunca me esquecerei.

Jéssica Cardas

Eu quando estava com a dona Antónia gostava muito dela e também gostava das brincadeiras dela.

Afonso Tareco Obrigado pelo que tem feito por nós. Ficará sempre nos nossos corações. 5

Tomás Pires


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PRÉMIOS DE MÉRITO ESCOLAR 2014/2015 No dia 21 de setembro de 2015, pelas 16h30, no bufete da escola-sede do Agrupamento de Escolas de Amareleja, decorreu a cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Escolar. A Câmara Municipal de Moura distinguiu os melhores alunos dos 2º e 3º ciclos do nosso agrupamento, no ano letivo de 2014/2015. A sessão de abertura foi efetuada pelo diretor, professor Francisco Manuel Honrado Pereira. Seguiram-se os habituais discursos e, durante a consagração dos alunos, o grupo Pequenos Cantores de Modas brindou o público com uma talentosa atuação. O mesmo aconteceu com o aluno Luís Lourinho que, ao som da sua guitarra, entusiasmou a plateia. Foi um dia inesquecível para todos os que estiveram naquele recinto, sobretudo para os laureados: Gabriela Ramos Rodri-

gues Gala (5º ano), Maria Helena Marques dos Santos (6º ano), José Luís Honrado Grilo Morgado (7º ano), Catarina Calero Caro (8º ano) e Luís Miguel Honrado Lourinho (9º ano). O prémio monetário que receberam foi de 250€, oferecidos pelo Crédito Agrícola. Durante a cerimónia, foi notória a alegria de todos. Alunos, professores, assistentes técnicos e operacionais, pais, encarregados de educação e outros membros da comunidade educativa mostravam-se visivelmente orgulhosos com a excelência premiada. Os homenageados estão de parabéns pelo desempenho demonstrado e os resultados obtidos. A pedido do Jornal Escolar Cinco Estrelas partilharam connosco o simbolismo do prémio recebido, deixando alguns conselhos aos seus colegas.

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ste prémio para mim significou muito porque o meu trabalho, esforço e dedicação foram recompensados. Acho que este prémio é um incentivo para todos aqueles alunos que não gostam da escola porque assim trabalham e esforçam-se para depois no final serem recompensados com dinheiro. Obrigada a todos! :=)

oi importante para mim este prémio, pois ao longo do ano esforcei-me para que tal acontecesse. Sinto-me muito feliz por tê-lo recebido, sinto que valeu a pena o esforço e fiquei com mais vontade de continuar assim e, se possível, melhor ainda, pois sei que irei ter uma recompensa no final de todo o meu trabalho. O que eu posso aconselhar aos meus colegas e amigos é fazerem o que eu fiz, ser assíduo, pontual, estudar, fazer sempre os trabalhos de casa e principalmente estar atento nas aulas. Sempre que tiverem dúvidas, devem esclarecê-las junto do professor.

Gabriela Ramos Rodrigues Gala

José Luís Honrado Grilo Morgado

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prémio de mérito escolar significa realmente muito para mim e porquê? Porque significa que eu consegui alcançar os meus objetivos. Quando eu olho para o prémio, sinto-me sucedida e tenho força para continuar a esforçar-me e para quando acabar este ano, conseguir, talvez, quem sabe, outro prémio. Também quando olho para o meu prémio, que está ali em cima do meu móvel, consigo imaginar que quando tiver filhos eu lhes poderei mostrá-lo. Este prémio também significa que toda a comunidade educativa reconheceu os alunos que se esforçam e isso realmente tem muito valor. Os conselhos que eu posso dar aos meus colegas são os seguintes: que se esforcem e se foquem no objetivo e para isso não é preciso, como alguns dizem, «matarem-se a estudar», basta que tomem atenção nas aulas e que também participem, que façam os trabalhos de casa, porque isso também é estudar, e claro também é preciso realmente estudar um pouco (fazendo exercícios, relembrado a matéria), não é? Aqui fica a minha mensagem.

eceber este prémio foi o reconhecimento do meu trabalho durante todo o meu percurso escolar, pois trabalhei e esforcei-me muito para conseguir alcançar os meus objetivos. Há uma frase de Albert Einstein que eu gosto e que demonstra também o meu trabalho “Não se deve ir atrás de objetivos fáceis. É preciso buscar o que só pode ser alcançado por meio dos maiores esforços”. Com este prémio eu consigo reconhecer que uma etapa já foi alcançada e agora é continuar a trabalhar. Receber este prémio ou outro qualquer requer muito trabalho e dedicação, pois sem trabalho e esforço não se conseguem alcançar os nossos objetivos. Os conselhos que eu dou são: trabalhar muito, como anteriormente já mencionei, estudar e estar atento nas aulas. Se tiverem dúvidas, não hesitem em perguntar aos professores e, em casa, façam pesquisas sobre a matéria para ficarem a perceber melhor. Façam tudo o que os professores pedirem.

Catarina Calero Caro

Maria Helena Marques dos Santos

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prémio de mérito tem um significado especial para mim, pois representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo do ano. Aos meus colegas, recomendo que estudem e que se dediquem, não esquecendo que para ser bom aluno não é necessário deixar de se divertir e conviver com os amigos.

Luís Miguel Honrado Lourinho 7


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ACONTECEU NA NOSSA TERRA... Aconteceu no dia 25 de setembro, uma sexta-feira, por volta das 16h50, na vila de Amareleja. Por incrível que pareça, quando o toque da campainha indicou o final da última aula da semana para alguns alunos, nas diversas salas, não houve grande entusiasmo em sair. Havia receio no rosto de todos. O céu estava assustador, com nuvens de tempestade. Chovia torrencialmente e ninguém tinha guarda-chuva. Permanecer na escola e registar o momento, tirando fotografias, parecia a única decisão sensata.

Vista da sala de professores

O estado do pátio

BREVE EXPLICAÇÃO DO SUCEDIDO... Um cúmulo-nimbo é um tipo de nuvem caracterizada por um grande desenvolvimento vertical. Tipicamente, surge a partir do desenvolvimento de cúmulos que, por ação dos ventos convectivos ascendentes, ganham massa e volume e passam a ser cumulus congestus e, no auge da sua evolução, tornam-se um cúmulo-nimbo quando atingem mais de quinze quilómetros de altura. Uma das suas principais características é o formato de bigorna que se forma no topo, resultado dos ventos da alta troposfera. Normalmente, produzem muita chuva, principalmente durante os meses mais quentes do ano. Estas nuvens isoladas possuem um ciclo de vida médio de uma hora. Este tipo de nuvem, frequentemente, associa-se a eventos meteorológicos extremos, como a ocorrência de tempestades com muitas trovoadas e chuva intensa. Um cúmulo-nimbo, ao atingir o seu desenvolvimento máximo, forma uma supercélula que, por sua vez, é responsável pela forte precipitação, por Imagem registada pelo radar meteorológico no dia 25 de setembro de 2015 vezes de granizo, com descargas elétricas e ocorrência de fenómenos extremos de vento junto ao solo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cumulonimbus (Texto adaptado) 8


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ACONTECEU NA NOSSA TERRA...

METEORITO EM SANTO ALEIXO DA RESTAURAÇÃO Pelos alunos de 7º ano, com supervisão do professor Pedro Rodrigues

Um pedaço de gelo e rocha de um cometa colidiu, nas primeiras horas (2h 51m 04s UT) do dia 30 de setembro, com a atmosfera terrestre a mais de 100 000 quilómetros por hora, na vertical de Santo Aleixo da Restauração (Moura), e originou uma “grande bola de fogo” que se mudou para nordeste até se extinguir em Fregenal de la Sierra (Badajoz). A colisão foi gravada pelos detetores que estão instalados na Universidade de Huelva, no Complexo Astronómico La Hita (Toledo) e em Sevilha. O Complexo Astronómico relatou, num comunicado de imprensa, que a análise preliminar do fenómeno revelou que o impacto ocorreu a cerca de 98 quilómetros acima da vertical da aldeia de Santo Aleixo e que o choque repentino com o ar gerou uma luminosidade tão brilhante como a lua cheia. Também foi referido que o fragmento, após o choque, moveu-se na direção nordeste, sobrevoando a cidade espanhola de Encinasola, na província de Huelva, tendo de seguida terminado o seu trajeto próximo de Fregenal de la Sierra (Badajoz), a 35 quilómetros de altitude, ponto onde a rocha foi completamente desintegrada. Como apontado pelo Complexo La Hita, não é frequente que estes fragmentos provenientes de cometas penetrem tanto na atmosfera terrestre, uma vez que estes materiais normalmente desintegram-se completamente em altitudes da ordem de 70-80 km. 9

A imagem final do meteorito SPMN290915 obtida a partir da estação Villaverde do Ducado. (J. Zamorano et al. / UCM)


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Mário Fialho de Almeida Tem 51 anos e é natural de Santo Aleixo da Restauração, no concelho de Moura e distrito de Beja. Licenciou-se em História pela Universidade Lusíada e, atualmente, é professor do Quadro de Agrupamento, lecionando as disciplinas de Português e História e Geografia de Portugal, no Agrupamento de Escolas de Amareleja, onde é coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Tem um vasto currículo no âmbito da gestão cinegética, colaborando, neste momento, na administração e gestão cinegética de diversas Zonas de Caça Turística na área geográfica de Santo Aleixo da Restauração. É também colaborador assíduo, há já alguns anos, nas revistas Caça & Cães de Caça e Caça Maior e Safaris. No dia 10 de outubro, na Sociedade Recreativa de Santo Aleixo da Restauração, decorreu a cerimónia de lançamento do seu livro Cadernos de Campo - Apontamentos sobre Caça e Conservação da Natureza que contou com a apresentação do Dr. João Mário Caldeira e do Dr. António Eloy. Esta é uma obra que desmistifica o preconceito em relação aos caçadores, primeiros responsáveis pela conservação da natureza e biodiversidade. Ao longo de 118 páginas, Mário Almeida alerta constantemente para o facto de a caça sustentável constituir a única forma de defesa do ambiente.

PREFERÊNCIA DE CAÇA Sempre me questionei acerca disso. De que espécies cinegéticas gosto mais de caçar? Penso que me posso considerar um pouco eclético nessa matéria, isto é, não sou especialista em nenhuma espécie, mas gosto de caçar muitas da nossa fauna ibérica. Na caça menor, gosto de caçar espécies de pelo e pena, sedentárias ou migratórias, com especial preferência pelo tiro ao voo. Aprecio muito a caça ao coelho, à lebre, mas nada se compara com o cobro de uma perdiz selvagem, de salto ou de batida. Adoro uma boa caçada às rolas, aos tordos, no entanto, uma jornada de torcazes, com negaça, é incomparável. Em relação à caça maior, em grande expansão no nosso país, aprecio o javali, o veado e o muflão. Gosto de todas estas espécies. De todas as suas modalidades: batida, montaria, aproximações e esperas. Gosto muito de montarias mistas, aproximação ao muflão (muito difícil em zonas de caça abertas) e, durante a brama, ao veado. Talvez a minha maior preferência vá para uma espera aos javalis. Se possível, ser eu a localizar e a alimentar o cevadouro, diariamente. Não é por acaso que esse suíno selvagem figura na capa de Cadernos de Campo - Apontamentos sobre Caça e Conservação da Natureza numa magnífica ilustração do meu amigo Joaquim Espadaneira, com recortes gráficos da Raquel Ferreira, das Edições Colibri. 10

O resultado de uma boa caçada ao pombo-torcaz

Veado cobrado pelo processo de montaria


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ENTREVISTA AO PROFESSOR, ESCRITOR E CAÇADOR - MÁRIO FIALHO DE ALMEIDA Como foi crescer numa zona como a Contenda? Tenho pela Contenda de Moura uma admiração, uma afetividade e um respeito desmedidos. Como não tenho por mais lugar nenhum à face da Terra. Alguns dos textos do livro Cadernos de Campo Apontamentos sobre a Caça e a Conservação da Natureza revelam o encantamento que eu tenho por esse local mágico. Escritos com sentida emoção. Note-se que ali passei a minha meninice e adolescência, na presença da minha maravilhosa família e de outras pessoas que me são, ou continuarão a ser, muito queridas. As minhas mais antigas memórias, em todos os sentidos, têm a ver com esse vasto território, a perder de vista, parcialmente agricultado com cereais de sequeiro, onde, mais tarde, se fizeram as primeiras experiências de florestação com árvores autóctones e outras de diferentes proveniências, com evidente exotismo. Nessa altura, a Contenda era um verdadeiro santuário de vida selvagem. Um habitat onde a cadeia trófica estava equilibrada. Onde se podiam observar lobos, linces, gatos-monteses, lontras, abutresnegros, águias-reais, águiasimperiais ibéricas, cegonhaspretas, apenas para referir as espécies mais emblemáticas. Um ecossistema riquíssimo. Muito bonito e bem conservado. Mas também viviam lá pessoas. E muitas. Os montes estavam habitados, o campo trabalhado. Partilhava-se quase tudo. Desde os bens essenciais até à sincera amizade, que era muito importante. Antes do 25 de Abril de 1974 e do ponto de vista cinegético, o coelho e a perdiz eram as espé-

cies predominantes. Eram-nos familiares e conhecíamos o seu ciclo reprodutivo, as suas querenças em cada época do ano. De javalis e veados falava-se da sua existência, mas não ali, e os muflões ainda não eram tema das nossas conversas científicas. A propriedade engalanava-se para receber, uma vez por ano, o Presidente da República de então, o Almirante Américo Tomaz e todo o seu séquito. Era uma festa. A caçada, apenas a perdizes, era meticulosamente preparada e facilmente se percebia que a maioria dos intervenientes estava satisfeita. Caçadores, batedores e organizadores. Pudera! Depois, o período pós-revolução foi complicado. Todo esse riquíssimo património foi quase totalmente extinto. Por sorte, algum tempo depois, veio a bonança e muito se fez para a sua recuperação: o aparecimento dos primeiros javalis e veados, de forma natural e espontânea; a criação de uma Zona de Caça Condicionada; a seguir, o surgimento da Zona de Caça Nacional; Guardas Florestais e Guias de Caça responsáveis; novamente boas práticas agrícolas, fomentando a fixação de um maior número de ungulados selvagens. Os muflões vieram a seguir, mais tarde. Também a verdadeira importância dos caçadores nacionais e estrangeiros que souberam usufruir e dignificar daquele espaço, com a sua presença. Não conheço a Contenda como outros. Apenas nasci e vivi naquele espaço até tarde. Também lá fui trabalhador rural. Muito mais tarde, fui convidado a integrar o Conselho de Administração do Perímetro Florestal da Contenda e o Conselho Técnico e Científico do mesmo. Agora sou caçador, 11

por uma enorme gratidão ao meu berço. Ao longo do livro surgem vários apelos à racionalidade e bom senso no ato de caçar, bem como o saber estar na natureza. A herdade da Contenda assume um protagonismo equiparado a um oásis num deserto, um verdadeiro santuário da natureza. Sabendo que a consciencialização é o primeiro passo para a mudança de atitudes, estará prevista a divulgação e publicação de trilhos pedestres para o público em geral, tal como foi feito com a iniciativa Transalentejo - Percursos Pedestres do Alqueva? Sem dúvida. Tratando-se de uma propriedade pública, a sua administração pretende implementar uma dinâmica multifuncional, com atividades associadas ao aproveitamento silvo-pastoril, exploração cinegética, percursos pedestres (já traçados), birdwatching (observação de aves) e dark sky (observação das estrelas), no sentido de ser usufruída por um público cada vez mais alargado, começando pelas instituições escolares, do ensino básico ao universitário. Todas estas atividades devem ter um tempo e um espaço próprio para a sua realização. Mas, esta região, integrada na Zona de Proteção Especial (Z.P.E.) de Moura, Mourão e Barrancos inclui outras propriedades que merecem ser referidas, devido às boas práticas aí implementadas. O Baldio dos Marvões e a herdade da Coitadinha são um exemplo disso mesmo. A morfologia dos seus terrenos, a vegetação associada, os cursos de água que as irrigam permitem que uma fauna sedentária ou migratória lhes confira uma tipologia própria. Nesses pequenos


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ecossistemas podem ser observadas espécies raras, promotoras de um turismo específico que possa fomentar a valorização dos nossos recursos endógenos. Acredito que o futuro da região possa estar associado a um pacote turístico mais alargado, incluindo grandes extensões territoriais, podendo-se estender para lá da Península Ibérica. Por exemplo, vive no castelo de Noudar, em Barrancos, uma joia ornitológica, o Chasco Preto. Uma pequena ave, raríssima, que se muitos ornitólogos europeus e até americanos soubessem da existência desta pequena colónia, não hesitariam em apanhar um avião só para a poderem observar e estudar. Isto é ciência, turismo e desenvolvimento.

fielmente possível os meus sentimentos acerca de uma atividade a que não sou indiferente - a caça mas também a preocupação com a sobrevivência, quiçá, a melhoria dos ecossistemas. Nesse sentido, quem o lê poderá interiorizar alguns recados pedagógicos, acerca das boas práticas que devem ser divulgadas sobre um espaço comum que devemos partilhar - o campo - onde vivem animais fantásticos, assim como o Homem. Para além desse pejo de alertar as novas gerações, penso que este livro pode, também, ser importante pelo facto de conter um Glossário de termos cinegéticos, alguns deles pouco utilizados, em algumas das regiões do nosso país. Também inclui uma Bibliografia que remete para leituras importantíssimas, sobre práticas venatórias e a biologia de muitas espécies cinegéticas.

Hoje a caça é bastante diferente daquilo que era quando se iniciou na prática venatória. Será possível hoje ter boas histórias de caça para contar? Claro que sim. Hoje a caça é bastante diferente de quando eu iniciei a minha prática venatória. Recordo, com imensa saudade, os tempos em que o meu pai, extraordinário caçador e atirador, ia a caçadas antes do ano de 1974 a zonas coutadas no concelho de Moura. Depois, a democratização no ato de caçar, o res nullius, conhecido como “terreno livre” teve o seu apogeu e, depois, o declínio, quando se verificou que havia necessidade de legislar, no sentido de ordenar cinegeticamente o nosso território. Efetivamente, quem é caçador tem sempre algo, ou alguma história, para contar. É essa a sina dos devotos de Santo Huberto. O caçador que se preze gosta de partilhar a caça. As joldas de caçadores praticam rituais exemplares ao dividirem as peças de caça cobradas nessa jornada. E a partilha das histórias inverosímeis que recebemos, pela via oral, e que passaram de geração em geração, é fantástica. Um verdadeiro repositório do nosso património natural, cinegético, linguístico e literário. Há momentos fantásticos na nossa vida de caçador e foi, nesse sentido, que me atrevi a registar algumas dessas histórias no livro Cadernos de Campo - Apontamentos sobre Caça e Conservação da Natureza, para que a nossa memória coletiva não se perca. Também pelo gosto de contálas e registá-las.

Apresentação do livro - painel de oradores

Sessão de autógrafos

O que poderá o leitor encontrar no livro Cadernos de Campo - Apontamentos sobre Caça e Conservação da Natureza ? O leitor poderá encontrar um pouco de tudo. A minha tentativa de escrever e expressar o mais

Ninguém ficou indiferente...

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OPINIÃO

Os direitos culturais Por Lurdes Santos

no que respeita ao reconhecimento e efetiva tutela dos Direitos Humanos é, na verdade, o aspeto que mais sensibiliza a opinião pública ocidental. A aparente insignificância da integridade física e da própria vida dos indivíduos, a ausência de liberdade religiosa, o estatuto conferido às mulheres, entre outros aspetos, continuam a provocar a consternação e a indignação no Ocidente.”² De notar assim as profundas diferenças culturais que dividem o mundo ocidental do mundo islâmico e o consequente relevo que neste diálogo civilizacional é atribuído aos Direitos Humanos. O respeito pelos outros deve passar pela confiança na capacidade que estes têm de defender os seus interesses e lutar por uma vida melhor e, em muitos desses estados, isso é-lhes completamente negado. É pelo e no diálogo que se vão encontrar os universais possíveis para uma convivência mais salutar para povos com culturas tão específicas, não se deve contudo escamotear o facto de todos sermos seres humanos, esta é uma característica incontornável que nos deve unir e não separar.

O Parlamento Europeu é a prova da possibilidade de, num espaço público, as diferenças linguísticas e culturais estarem ao serviço de um projeto aglutinador que pretende retratar o ideal comunitário, ou seja, o respeito pelo pluralismo como uma das regras fundamentais da comunidade. Com a queda do Muro de Berlim declarase o fim da Guerra Fria e isto leva à emergência de um novo pa rad igma que “identifique a realidade emergente e permita prever as principais fontes de conflito na sociedade internacional do futuro”¹, pois foi com fim da Guerra Fria que passaram a estar reunidas algumas das condições para se debater o pluralismo cultural. Interessa problematizar a legitimidade cultural dos direitos humanos quando se afirma que os mesmos são universais (devido à sua condição humana) num mundo onde a visibilidade das diferenças é notória, mas onde as conquistas são globais. Pois, o que está em causa é a oposição dos direitos civis e políticos (Ocidente liberal e democrático), e os direitos económicos, sociais e culturais privilegiados pelo bloco soviético. Mas, de referir de extrema importância que a “oposição entre o Ocidente e o Islão

¹Patrícia Jerónimo, Os direitos do homem à escala das civilizações, p.9. ²Idem, p. 13.

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Viver bem é comer bem! - 16 de outubro Por Hélio Guerreiro e Marco Olhicos, 9ºA

Esta comemoração teve início em 1981 e, hoje em dia, é celebrada em mais de 150 países, tendo como principal objetivo informar as pessoas de como a alimentação saudável é importante nas suas vidas. Para nos mantermos saudáveis, devemos ter uma alimentação variada, ingerindo diferentes produtos e consumindo mais uns do que outros. Devemos consumir maior quantidade de alimentos dos grupos das hortícolas e das frutas, lacticínios, leguminosas, cereais e derivados. Devemos evitar o consumo abundante de gorduras e óleos, pois estes, em excesso, são prejudiciais para a saúde. A roda dos alimentos não engana e ensina-nos a comer.

Dicas para uma boa alimentação:       

Tomar sempre o pequeno-almoço; Não passar mais de três horas sem comer; Comer, na maioria das vezes, sopa no início das refeições; Evitar consumir doces em demasia; Não ingerir bebidas alcoólicas; Beber sumos naturais e, principalmente, água; Não ingerir alimentos com muito sal.

Estas são algumas dicas para uma boa alimentação e devem ser seguidas, pois só assim seremos saudáveis. Este dia deve continuar a ser comemorado uma vez que alerta para a necessidade de a população mundial melhorar a sua saúde. 14


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Dia Mundial da Alimentação Pelos alunos da turma PIEF (3º ciclo)

No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Alimentação, elaborámos um folheto na disciplina de TIC, para distribuirmos aos alunos do ensino pré-escolar. Na manhã do dia 15 de outubro de 2015, véspera do Dia Mundial da Alimentação, fomos recebidos nas três salas do pré-escolar da escolasede do Agrupamento e, depois de nos apresen-

Todos preparados para a atividade

tarmos, fizemos uma pequena sensibilização aos alunos sobre os alimentos que devem comer no lanche e os que devem evitar. O folheto que distribuímos continha uma parte com imagens de alimentos saudáveis e outra com os alimentos menos aconselháveis para as crianças não esquecerem facilmente as nossas indicações. No final, fizeram uma pequena atividade de pintura, tendo sido ajudados por nós. As crianças estiveram muito entusiasmadas e participantes! Gostaram tanto da nossa presenFolheto feito na aula de TIC pelos alunos do PIEF

ça que não nos queriam deixar ir embora… Foi uma experiência muito bem-sucedida que gostaríamos de repetir!

Pintura colaborativa

A verdadeira harmonia!

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Dia Mundial da Alimentação Por Mª de Jesus Palma

No Dia Mundial da Alimentação, as crianças da sala 1 do Jardim de Infância de Amareleja iniciaram o dia a preparar deliciosos batidos de frutas e vegetais. Foi uma atividade desenvolvida no âmbito do projeto “Saberes Partilhados” e que tem como principal objetivo promover a participação dos pais e da família em atividades do jardim de infância, alertando assim para a importância do envolvimento parental no desenvolvimento harmonioso da criança. Foi um dia repleto de sabores e emoções.

Observação...

Experimentação...

Espera...

Degustação!

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Intercâmbio transfronteiriço Por Joana Pereira

Alunos da Escola de Zahínos (Extremadura, Espanha) visitam o Polo de Santo Aleixo da Restauração No dia 20 de outubro, no âmbito do programa EUROACE (http://www.euro-ace.eu/pt), um grupo de

A eurorregião EUROACE é um agrupamen-

alunos da Escola de Zahínos, acompanhados de

to integrado pelas regiões do Alentejo e

um professor que leciona a disciplina de Portu-

Centro de Portugal, por um lado, e a Co-

guês na sua escola e de mais três docentes, visita-

munidade Autónoma da Extremadura, de

ram o estabelecimento educativo de Santo Aleixo

Espanha, por outro, criado em 21 de se-

da Restauração.

tembro de 2009 em Vila Velha de Ródão

Esta atividade teve como objetivo principal promo-

na sequência da assinatura do protocolo

ver o intercâmbio linguístico e cultural entre alunos e professores. Foram apresentadas atividades de expressão musical, realizou-se um passeio pela localidade, visita à igreja e ao espaço envolvente e um piquenique. Durante a visita à igreja e aproveitando as inscrições da placa aí afixada, foi dada a conhecer a importância histórica desta localidade no que diz respeito às relações entre os dois países. Todos reconheceram que, depois de passados tantos anos, é muito bom que hoje possamos realizar encontros tão saudáveis e

fraternos entre os dois povos e que vivamos em paz. Consideramos que foi uma experiência enriquecedora para ambas as partes e que proporcionou a todos um agradável convívio.

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que constituiu a comunidade de trabalho EUROACE e que materializa a vontade das três regiões de reforçar e dar um novo impulso às suas relações de cooperação.


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Por Alice Rocha e Isabel Rosado

No âmbito do Projeto Eramus +, que tem por principal objetivo promover a mobilidade para fins de aprendizagem, realizouse em Mistelbach, na Áustria, entre os dias 26 e 31 de outubro, o seminário “Cooperation for innovation and the exchange of good practises: the school we like to live and to learn in”. O nosso agrupamento de escolas esteve representado nesse seminário através das docentes Isabel Rosado, Alice Rocha alguns jogos de quebra-gelo. Após este e Fernanda Canelas (vice-presidente da momento de heteroconhecimento, estaAssociação A.E.N.I.E.). Durante o seminávam reunidas as condições para se iniciar rio, os países envolvidos no projeto o trabalho. Como um dos temas a abordar (Portugal, Espanha, Itália, Áustria, Croácia era “as razões que estão na base do e Letónia) realizaram um conjunto de atiabandono escolar”, cada país deu a covidades em prol nhecer a sua da melhoria do legislação bem ensino/ como a realidaaprendizagem dos de da sua escoalunos. No dia 27 la e as medidas de manhã, em pleadotadas para nário com todos resolver os proos alunos, docenblemas do tes e assistentes abandono escooperacionais da lar e da falta de escola que nos motivação dos Exterior da escola em Mistelbach recebeu (NNÖMS alunos. Depois Mistelbach II), e desta partilha depois de uma atuação musical por parte de informações, analisaram-se as medidos jovens alunos, cada país fez a apredas de cada escola e todos os docentes sentação da sua escola. Depois, os represaíram com pelo menos uma nova medisentantes de cada país reuniram-se para da para aplicar na sua escola. Para além iniciar os trabalhos a desenvolver ao londisto, assistimos a uma palestra sobre go da semana. Ora, como a maior parte questões de educação proferida por dos envolvidos no projeto não se conheÄngela Braun-Tuchler. O último dia de tracia houve a necessidade de se realizarem balho foi dedicado a preparar os encon-

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http://nmsmi2.at/erasmus_15/erstes_treffen_miba/

Portugal, Espanha, Itália, Áustria, Croácia e Letónia

Apresentação do Agrupamento de Escolas de Amareleja

http://nmsmi2.at/erasmus_15/erstes_treffen_miba/

tros transnacionais para o biénio 2015-2017. Para já, importa ressalvar que o próximo encontro está agendado para fevereiro de 2016 e irá realizar-se em Amareleja. Assim, o nosso agrupamento irá receber dois alunos e um docente de cada escola dos países acima enumerados. Para além das sessões de trabalho, a escola que nos recebeu organizou para todos os participantes quatro visitas (a Mistelbach, à Câmara Municipal de Mistelbach, onde fomos recebidos pelo seu Mayor, a uma zona de viticultura e, no sábado, a Viena de Áustria). Em jeito de conclusão, refira-se que a participação no Seminário foi muito positiva pelos fatores que a seguir enumeramos, a saber: partilha de experiências pedagógicas; conhecimento in loco da realidade do sistema educativo austríaco; bom relacionamento interpessoal entre todos os participantes de todos os países; enriquecimento pessoal e, por último, extrema simpatia e disponibilidade por parte dos alunos e docentes austríacos, destacando-se as docentes Karin e Fiona, responsáveis pelo projeto. Por fim, resta dizer que a língua de trabalho foi o inglês. Por isso, caros alunos/as aproveitem bem as aulas de Inglês porque vão ser fundamentais para receber os vossos colegas da Áustria, Letónia, Croácia, Itália e Espanha já em fevereiro. We keep in touch…

http://nmsmi2.at/erasmus_15/erstes_treffen_miba/

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A nossa representação com a escola-sede em plano de fundo

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EL DÍA DE LOS MUERTOS El Día de los Muertos se celebra en México el 2 de noviembre. En este día, las familias mexicanas van a los panteones, visitan las tumbas de sus familiares, las limpian y tal vez pintan las lápidas, ponen flores, especialmente flores de muerto (cempasúchil o maravillas) y encienden velas. También

Por Célia Ramos

en sus casas, las familias mexicanas hacen altares especiales, dedicados a sus familiares muertos. Los altares

EXPOSIÇÃO

pueden ser desde muy sencillos hasta muy elaborados, usualmente llenos de objetos que daban placer en vida a la

Os alunos do 7º ano, na disciplina de Edu-

persona muerta, incluyendo la comida y

bebida favorita. Los altares dedicados a

cação Visual, em articulação com a discipli-

los niños muertos incluyen juguetes, dul-

na de Espanhol, realizaram trabalhos alusi-

ces y otras golosinas. Los altares u "ofrendas" también contienen objetos de

vos a esta quadra, trabalhando o seguinte

figuras de azúcar o "alfeñique." Estos

conteúdo: A Linguagem Visual - O Ponto.

objetos pueden ser animalitos como borregos, platos de comida en miniatura

Com as produções artísticas dos alunos,

(enchiladas de mole) ataúdes, a veces

elaboradas em sala de aula, foi montada

con calacas, y por supuesto, calaveras. Estas calaveras se hacen con una mez-

uma exposição cuja temática, forma de

cla de agua hervida, azúcar glasé y li-

apresentação e recursos visuais não pas-

món, vaciado en unos moldes de barro,

saram despercebidos.

remojados enagua. Se decoran las calaveras con papel metálico para los ojos

Esta exposição demonstra o potencial do

y un tipo de betún colorado para el ca-

trabalho colaborativo entre as disciplinas.

bello. Se pueden escribir nombres en las calaveras, y los niños mexicanos, muchas veces, intercambian estas calaveras con sus amigos.

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FOTOGALERIA

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Jovens artistas Pelos alunos do 3ยบA da Escola Bรกsica de Amareleja

Pelos alunos do 3ยบA da Escola Bรกsica de Safara

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Jovens escritores Por Margarida Vitorino, 9ºA

O ANTES E O DEPOIS Quem não se recorda daquelas quentes noites de verão quando todos se sentavam à porta a apanhar ar fresco e nós, crianças, nos entretínhamos a jogar às escondidas, à apanhada e até mesmo às cartas? Noites em que adormecíamos com as portas e janelas todas abertas! Quem não se recorda? Hoje em dia, passados alguns anos, a Amareleja já não é a mesma. As casas são maiores e estão bem arranjadas, as ruas deixaram de ter calçada e passaram a ter tapetes de alcatrão. Por causa dos problemas económicos do país, muitas pessoas emigraram e outras deslocaram-se para as cidades à procura de melhores condições de vida. A maioria da população está envelhecida e está no lar da terra. A rua da minha avó está irreconhecível: o Sr. Batalha faleceu; a mulher foi para o lar; a vizinha Gertrudes também faleceu, assim como outras quatro vizinhas; a filha, o marido e os filhos foram para França; a Sra. Tonica está num centro de recuperação, em fase terminal de vida; os vizinhos de cima foram para a cidade como muitos outros e apenas vêm à terra na altura das festas. Agora, naquela rua das trinta e tal casas, apenas onze estão habitadas, todas as outras estão fechadas. O Manuel Frade faleceu, a sua loja fechou e foi substituída por um grande supermercado e, nas noites de verão, são poucos aqueles que se sentam à porta. E é assim que se encontra a Amareleja nos dias de hoje.

Cresci numa pequena vila, anteriormente uma das maiores aldeias de Portugal, situada na planície alentejana, à qual se deu o nome de Amareleja. Amareleja é uma terra rica em costumes, lendas e tradições pelos quais todos têm um grande respeito e admiração. Outrora, Amareleja era uma pequena aldeia com um grande número de habitantes e todos se conheciam, uma aldeia cheia de ruas com uma calçada irregular e de difícil andamento, de casas baixas com poucas condições, onde viviam famílias muito numerosas, uma aldeia onde não existia um lar e os velhotes ficavam em casa até ao final dos seus dias, uma aldeia onde as pessoas viviam nas casas dos pais, ou muito perto deles, já que mais tarde teriam de cuidar dos mesmos. Na rua da minha avó, onde eu cresci, vivia a Dona Maria Agostinha do Batalha, aquela senhora baixinha e muito simpática; a Sra. Tonica, uma solteirona que passava os dias enfiada na nossa casa; a Maria Joaquina, como era tratada a senhora que gostava de fazer poesia, vivia com a sua filha e o esposo e, por cima, viviam o seu filho e o neto da minha idade com o qual eu gostava de brincar. Quem é que não conhecia a vizinha Gertrudes, aquela que tinha uma filha que era amante dos chocolates? Quem não gostava de ir à loja do Manuel Frade, àquele cubículo onde nem cabia mais um alfinete e as crianças se entretinham a mexer nos produtos vendidos avulso (feijão, grão, café,…)? 24


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RECEITAS DE UMA POÇÃO MÁGICA Ingredientes: • 5 ovos de codorniz de asa preta • 8 olhos de rã • 1 unha de mãe • 2 estômagos de cão • 1 hamster • 4 ratos pretos • 10 cabelos do Francisco • 4 patas de cão • 2 l de sangue de cavalo Preparação: 1º - Misture os 5 ovos de codorniz de asa preta com os 8 olhos de rã e bata bem. 2º- Junte a unha de mãe e os 2 estômagos de cão. 3º- Deite os cabelos do Francisco e coloque as 4 patas de cão. 4º- Coloque o hamster com os ratos e tire-lhes os ossos. 5º- Finalmente, misture tudo com o sangue de cavalo e ponha ao lume no caldeirão durante 3 horas. Retire do lume e sirva. Bom apetite! Por Ana Margarida Moreira, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

Ingredientes: • • • • • • •

2 teias de aranha 5 ovos de crocodilo 7 gotas de baba de corvo morto 15 lesmas 3 asas de morcego 11 aranhas mortas pelos de cães

Preparação: Misture as teias de aranha com as aranhas mortas. Junte alguns ovos de crocodilo com a baba de corvo morto ao preparado. Deite os pelos de cães com as lesmas. Adicione as asas de morcego e o resto dos ovos de crocodilo. Mexa tudo muito bem e está pronto a servir. Bom apetite! Por Mafalda Gaspar, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

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O MEU ÚLTIMO DIA DE AULAS Por Gabriel Batista, 7ºC

Neste texto vou contar o que se passou no meu último dia de aulas. De manhã, quando me levantei, fui tomar banho. Depois vesti umas calças de ganga azuis e uma camisola verde que a minha avó me deu. A seguir, fui tomar o pequeno-almoço. Comi uma torrada com um copo de sumo de laranja e, no fim, lavei os dentes. Antes de sair de casa, pus a mochila às costas, agarrei a carteira, as chaves e o telemóvel e fui para a paragem do autocarro. De manhã, na escola, quando cheguei, conversei com os meus colegas sobre aquilo que mais gosto, a caça. Depois tocou e fui para a sala de aula ter História. A aula não correu lá muito bem porque me portei mal e o professor mandou-me para a rua. No intervalo, lanchei uma sandes e um Bongo. Na aula de Educação Física, corremos e jogámos à bola e correu tão bem que pareceu passar em cinco minutos. O almoço, na cantina da escola, com os meus colegas, foi delicioso. Comi arroz com bifes. De tarde, as aulas de Português e Ciências Naturais correram bem porque estive com atenção. Quando regressei a casa, lanchei umas torradas com um copo de leite. Fiz os TPC de História, fui passear para o jardim com os meus amigos e andámos de bicicleta. À noite, em casa, tomei banho e jantei achigãs grelhados. No fim, lavei os dentes e vi um filme com o meu irmão. Acabou um bocado tarde, mas valeu a pena ver a “Velocidade furiosa” até às duas da manhã. Os meus pais não souberam de nada. O meu dia foi bom, longo e cansativo. 26

O MEU PRIMEIRO DIA DE AULAS Por Diana Costa, 5ºA

O meu primeiro dia de aulas foi muito divertido. As disciplinas que eu mais gosto são Ginástica e Inglês. Os sítios que mais gosto são o bar e a biblioteca. Gosto muito dos professores, de ler e de fazer ditados. Também gosto de fazer amigos.


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Por Raquel Fialho, 9ºA

Máquinas de “snacks” na escola Há dez anos atrás, quando eu tinha 4 anos,

Por Helena Fernandes, 6ºA

dava outra importância ao Natal. A adrenalina de dar e receber presentes era inexpli-

cável.

Vou falar de um tema bastante controver-

Quando se aproximava o mês de dezembro,

so para os alunos: a existência de uma má-

a loja do senhor Zé tinha outra cor. Quando

quina de “snacks” na escola.

passava pela montra, pela mão da minha mãe, ficava horas a olhá-la com um desejo

Se por um lado concordo com a existência

enorme de entrar, mas ainda era cedo para

de uma máquina deste tipo na escola, pois

comprar os presentes. Toda essa ansieda-

é sempre agradável comer alguma coisi-

de só me passava no dia em que ia com-

nha mais doce após o almoço, por outro,

prar, finalmente, os presentes e, claro, era eu que os escolhia para os meus primos e amigos mais chegados da minha idade,

tenho de dizer que este tipo de alimentos

provoca

cáries dentárias, problemas de

pois eram os únicos que me interessavam.

obesidade, diabetes... Acrescento ainda

No dia de Natal, era a primeira a acordar e,

que, por vezes, também nos deixa os bol-

na noite de Natal, estava desejosa que che-

sos um pouco mais vazios.

gasse a meia-noite para abrir as prendas. Nessa idade, o Natal, para mim, era uma

Digo-vos também que, na minha escola, foi

celebração que não podia perder.

proibido o consumo deste tipo de alimen-

Atualmente, o Natal continua a ser impor-

tos, pois apesar de não serem vendidos na

tante, pois é a data em que se comemora o

escola, os alunos que podiam sair iam

nascimento de Jesus e é um momento de muita harmonia, onde toda a família se reúne, mas já não sinto a mesma emoção ao

comprá-los lá fora. Na minha opinião, esta foi uma medida

abrir os presentes apesar de continuar a

correta, pois uma simples barrita de choco-

gostar de os receber e dar.

late contém muitos lípidos que são extre-

À medida que vamos crescendo, tornamo-

mamente prejudiciais à saúde.

nos mais adultos e a ansiedade de outros tempos vai diminuindo, embora continue-

Por fim, vou simplesmente dizer que estes

mos a gostar sempre de comemorar o Na-

saborosos alimentos devem ser comidos

tal, especialmente na companhia da nossa

com moderação.

família. 27


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ESTRELAS

MÁQUINAS DE “SNACKS” NA ESCOLA Por Gabriela Gala, 6ºA

Neste texto vou falar sobre a existência de uma máquina de “snacks” na escola.

Na minha opinião, esta tem as suas vantagens e desvantagens. Como vantagens vou apontar o facto de os alunos não precisarem de sair da escola para comprarem os “snacks” que adoçam as suas refeições. Por outro lado, devo dizer que comer em excesso este tipo de alimentos pode, um dia mais tarde, causar vários tipos de doenças.

OS REFUGIADOS Por Domingos Lucas, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

Se todas as pessoas vivessem em paz, não havia tantos mortos e as pessoas não teriam de fugir dos seus países e arriscar a vida, como está a acontecer na Síria. Nestes últimos meses, milhares de famílias atravessaram o mar em barcos sem condições para fugirem da guerra. Se nesses países não houvesse guerra, todas as pessoas que saem das suas terras não precisariam de o fazer e viveriam em paz. A Paz é essencial para a felicidade!

Posto isto, parece-me não ser muito conveniente a existência destas máquinas na escola.

OS REFUGIADOS Por Eva Rodrigues, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

Em muitos países há guerras e há pessoas que fogem da guerra para se protegerem a elas e aos seus filhos. Para mim, em vez de haver guerras, deveria haver festas, em vez de mortos, pessoas alegres e sobretudo paz. Eu acho que a guerra em todos os aspetos não resolve nada e só há feridos. Deveria haver alguém que travasse as guerras em todos os países do mundo. Os refugiados são pessoas pobres que arriscam a vida pela família. 28


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VIRIATO

VERSOS DE AMOR

Por Leonor Bancaleiro, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

Por Genésio Cardas, 5ºA

Fui ao mar para te esquecer mas veio uma onda a dizer que quem ama tem que sofrer

Um pastor chamado Viriato vencia os romanos que nos vinham conquistar há muitos anos!

No fundo do mar está um verso um verso de amor Otília, a Sereia, e Genésio, o Pescador.

Ele os enfrentou, mas um dia os olhos fechou. Um amigo o substituiu, mas o mesmo destino o esperou.

Nos teus lindos cabelos tens um segredo escondido não digas a ninguém que namoro contigo Passei pela tua porta e escorreguei na lama quem me dera escorregar nos lençóis da tua cama Se algum dia te pedir perdão são palavras mal pensadas que me saem do coração

VIRIATO Por Martim Pereira, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

Os peixes pedem água os pássaros liberdade e eu a ti te peço uma oportunidade

Viriato, o pastor, vencia todos os inimigos, era protetor, era fiel aos amigos!

Se fosse cozinheiro dava-te uma colher de sopa como sou estudante dou-te um beijo na boca

Os romanos envergonhados disseram para o matar. Viriato foi apagado, dentro do seu lar.

Entre duas pedras nasce uma flor entre duas pessoas nasce um grande amor!

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Clube de Teatro 1º Rei de Portugal Por Eva Rodrigues, 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

D. Afonso Henriques usava armadura, ele era forte e confiante. Não havia ninguém à sua altura, ele era rei, era importante. Venceu muitas batalhas, era o melhor naquele tempo. Com ele não havia falhas, e não era nada lento!

D. Dinis Por Lara Ramos , 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

O rei trapalhão não tem amor no coração. Ele é um desastrado e desorientado.

D. Isabel Por Lara Ramos , 4ºA (Escola Básica de Amareleja)

A rainha bondosa era muito caridosa. Ela pão oferecia e amor recebia.

Por Alice Rocha

O Clube de Teatro do nosso agrupamento tem neste momento treze alunos inscritos e já apresentou duas pequenas peças, uma sobre a implantação da República, no passado dia cinco de outubro, destinada essencialmente às crianças do préescolar e aos alunos do primeiro ciclo, tendo sido, no entanto, também apresentada às turmas B e D do 6º ano, A e B do 7º ano e à turma do PIEF1. A segunda peça, intitulada "Uma lição de alimentação", foi apresentada no dia vinte e um de outubro às crianças do préescolar e aos alunos do primeiro ano e da turma do PIEF 2, a propósito da comemoração do Dia Mundial da Alimentação. Em dezembro, o Clube de Teatro irá apresentar as seguintes peças: "Jograis da Restauração", no dia um, a propósito da comemoração da Restauração da Independência; "As virtudes do vinho", no dia quatro, na Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja, e, por fim, na última semana de aulas do primeiro período, será apresentada uma peça sobre o tema do Natal. Ao longo do ano letivo, serão apresentadas mais peças sempre com o objetivo de comemorar factos históricos e culturais, promover uma cidadania ativa no âmbito da proteção da natureza e do ambiente, da defesa dos direitos humanos e da igualdade de género. As peças serão dirigidas a toda a comunidade escolar, desde as crianças do pré-escolar aos alunos do nono ano, não esquecendo as turmas do PIEF. Os alunos do Clube de Teatro têm sido responsáveis e empenhados, abdicando do tempo destinado ao intervalo da manhã para ensaiar diariamente. Por isso, os pequenos atores e atrizes estão de parabéns! Resta sublinhar que o Clube de Teatro está aberto a novas inscrições... Se gostas de representar, inscreve-te!

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"No futuro, os nossos jovens irão viver com o impacte ambiental das nossas decisões. Eco-Escolas é um ótimo caminho para tornar o comprometimento dos alunos e de toda a comunidade em ações práticas." Mr. Nicol Stephen, Ministro Escocês para Educação e Jovens

Por Lília Fernandes

Implementado em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, desde 1996, o programa Eco-Escolas pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pelas escolas, no âmbito da educação ambiental para a sustentabilidade. O Agrupamento de Escolas de Amareleja conseguiu receber mais uma Bandeira Verde pelo trabalho desenvolvido no ano letivo 2014/2015. De todas as atividades constantes do Plano de Ação, salientam-se duas com maior impacto na comunidade escolar: a comemoração do Dia Eco-Escolas, onde se destaca o Peddypaper com jogos e desafios de caráter ambiental, e a comemoração da Semana da Energia, com a simulação do funcionamento de cataventos, a demonstração de kits de energia e a ação de sensibilização sobre o uso racional das diferentes fontes de energia. As ações desenvolvidas, no âmbito deste programa, permitiram sensibilizar a comunidade escolar para a necessidade de preservar o meio ambiente. Os alunos interiorizaram que têm um papel ativo a desempenhar na luta contra a poluição e que

também dependerá deles a proteção e conservação do nosso planeta. Este programa possibilitou também estimular a criatividade, fortalecer a interação entre a escola e a sociedade e consciencializar para questões relacionadas com a recolha seletiva, triagem de resíduos, reciclagem e reutilização de materiais de forma a reduzir o seu impacto no meio ambiente. Nesse sentido, todas as atividades, independentemente da sua dimensão, foram proveitosas para a comunidade escolar e uma mais-valia no processo de ensino/aprendizagem dos alunos.

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"A ecologia deve estar inscrita no ADN de tudo o que fazemos diariamente e ainda não entrou nos costumes." Yann Arthus Bertrand (Fotógrafo, jornalista, repórter e ambientalista francês))

Como Eco-Escola que somos, todos os

Este ano, para comemorar os 20 anos de

anos, desenvolvemos atividades que visam

existência do Programa Eco-Escolas, cola-

promover a preservação do ambiente.

borámos na iniciativa “Rota Eco-Escolas”,

Assim, já estão a decorrer recolhas de resí-

coordenada pela ABAE (Associação Bandei-

duos variados e seu posterior encaminha-

ra Azul da Europa)/Programa Eco-Escolas.

mento, a saber:

Esta iniciativa integra-se no tema da mobili-

Recolha de resíduos de equipamentos

dade sustentável e visa alertar a comunida-

elétricos e eletrónicos;

de escolar para a importância de uma mobi-

Recolha de pilhas e baterias;

lidade mais segura, eficiente e inclusiva,

Recolha seletiva de papel;

através do envolvimento das crianças e jo-

Recolha seletiva de tampas de plástico;

vens, professores, assistentes e auxiliares,

Recolha seletiva de caricas;

encarregados de educação e município.

Recolha seletiva de rolhas de cortiça;

Foi com orgulho que, no dia 4 de novembro,

Recolha de roupas usadas.

recebemos o testemunho que chegou do Agrupamento de Escolas de Vidigueira e que

Neste sentido, fazemos um apelo a toda a

depois o enviámos para o Agrupamento de

comunidade para colaborar com a Escola e

Escolas de Moura. Desejámos-lhe uma via-

o Ambiente.

gem segura e ecológica…

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DESPORTO ESCOLAR O DESEMPENHO DOS NOSSOS ALUNOS: RETROSPETIVA Por Fátima Baltazar

N

o ano letivo transato, o Clube de Desporto Escolar contou com várias atividades de dinamização interna, os grupos-equipa de Desporto Escolar, nas modalidades de Badminton Misto, Futsal Infantil Masculinos e Voleibol Iniciados Masculinos, e dois grupos-equipa de Desporto Escolar no 1º ciclo. Todos representaram pela positiva a nossa escola, com muito desportivismo e fair play, e foram obtidos resultados que permitiram aos alunos participarem nos distritais, regionais e nacionais de várias modalidades, incluindo também nestas representações a participação nos encontros de Gira-Volei regional e nacional. Mais uma vez, o ano letivo passado esteve recheado de grande representação a nível local, distrital, regional e nacional. Os alunos obtiveram vários pódios, individualmente e por equipa. No Corta-Mato Distrital de Castro Verde, os resultados foram os que seguem: 1º, 2º e 3º lugares individuais e um 3º por equipa. Na Distrital MegaSprinter, houve dois 1ºs lugares e um 3º nos escalões de iniciados e um 2º lugar no escalão infantil. A nível regional, participámos no Regional de Badminton, em Évora, tendo

alcançado os 1º e 2º lugares no escalão de juvenis, o 3º lugar no escalão de iniciados, o 2º lugar de pares mistos e o 3º de pares femininos. No Inter-Regional Algarve/Alentejo de Gira-Volei, em Mértola, obtivemos o 1º, dois 2ºs e um 3º lugares. Participámos também no Encontro Regional do Desporto Escolar no 1º Ciclo, realizado em Ponte de Sor, representando uma das duas escolas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, com alunos das turmas do 3º e 4º anos. A nível nacional, a nossa escola participou no Nacional de CortaMato, na Guarda, juntamente com a Escola Secundária de Moura, representando o nosso concelho; participou no Nacional de MegaSprinter, em Elvas; nos Campeonatos Nacionais de Desporto Escolar – Badminton, em Lisboa, e no Nacional de Gira-Volei, em Castelo de Vide. Terminámos o ano letivo com a participação de cerca de 19 alunos do 1º ciclo na Terceira Festa Nacional do Desporto Escolar no 1º Ciclo, nos dias 4 e 5 de junho, em Vila Nova de Famalicão, no Parque da Devesa. Este encontro destinou-se a 36 Agrupamentos de Escolas e participaram cerca de 1500 alunos de todo o país. A nossa escola e o Agrupamento de Ponte de Sor 33

foram duas das seis escolas que representaram todo o Alentejo, sendo a EB de Amareleja a única representante do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Deixo aqui um especial agradecimento à nossa Direção que nos apoia incondicionalmente em todos os projetos desportivos. Agradeço também à Junta de Freguesia de Amareleja o apoio dado em termos de transporte dos nossos alunos, nas variadas competições/ deslocações, ao longo de todo o ano. Aos professores envolvidos, aos encarregados de educação, a todos os assistentes operacionais que direta ou indiretamente colaboram nas atividades desenvolvidas e aos assistentes administrativos, aqui fica também o agradecimento pelo profissionalismo e prontidão na resolução de problemas. O ano letivo transato foi, sem dúvida, um ano repleto de desporto e emoção e encerrou com um Sarau Desportivo Europeu verdadeiramente “5 estrelas”. Todos os ciclos de ensino estiveram envolvidos. Termino citando José Saramago “Há coisas que nunca se poderão explicar por palavras!”


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FOTOGALERIA 2014/2015

Corta-Mato Escolar No dia 17 de novembro, decorreu o XVI CortaMato Escolar 2015. Esta prova teve lugar entre as 09h15 e as 12h30 e envolveu os 1º, 2º e 3º ciclos, com a participação de 176 alunos. As classificações principais foram as seguintes:

Também foi realizada uma atividade semelhante (mini corta-mato) para os alunos dos 1º e 2º anos (42 alunos) e para as 3 turmas do pré-escolar (44 alunos). Esta atividade foi um sucesso, tendo registado a maior participação de sempre. Agradecemos ao verão de S. Martinho as condições meteorológicas tão favoráveis e aos nossos alunos “5 estrelas” a grandiosa exibição desportiva! Os seis primeiros alunos de cada escalão irão representar a nossa escola no Corta-Mato Distrital, a realizar no dia 26 de janeiro de 2016, em Alvito.

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Clube de Proteção Civil Por Elisabete Vogado

Nos dias 7, 8 e 9 de outubro, os bombeiros de Moura dinamizaram, na escola-sede do Agrupamento de Escolas de Amareleja, várias ações de formação intituladas “Pequenos gestos que salvam na Escola”, dirigidas a alunos, docentes e não docentes com o objetivo de ensinar a realizar algumas manobras de SBV (Suporte Básico de Vida) que podem modificar o resultado no socorro à vítima de paragem cardiorrespiratória (PCR). A formação esteve a cargo do bombeiro Carlos Fernandes o qual contou com a colaboração de um técnico do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica). No decorrer de cada sessão, foram dadas várias informações importantes relativas ao SBV que é um “conjunto de procedimentos bem definidos e com metodologias padronizadas”. Os formandos ficaram a conhecer a importância de saber praticar gestos que salvam vidas e estiveram muito participativos. Assim, aqui ficam alguns conselhos: 1. Em caso de doença súbita ou acidente, ligue 112. A chamada é gratuita e está acessível de qualquer ponto do país, a qualquer hora do dia. O 112 é o número europeu de socorro, sendo comum, para além da saúde, a outras situações, tais como incêndios, assaltos, etc. A chamada é atendida por um operador da Central de Emergência, que enviará os meios de socorro apropriados. Em determinado tipo de situações, a chamada poderá ser transferida para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM. 2. A sua colaboração é fundamental. Faculte toda a informação que lhe for solicitada para permitir um rápido e eficaz socorro às vítimas. Depois de feita a triagem da situação, os operadores dos CODU indicam-lhe a melhor forma de proceder, enviando, se necessário, os meios de socorro adequados. 3. Desligue o telefone apenas quando o operador indicar.

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Recolha de sangue

N

o dia 13 de outubro, a Autoridade Nacional

No dia 5 de novembro, na escola--

de Proteção Civil (ANPC) assinalou o Dia In-

sede do Agrupamento de Escolas de

ternacional para a Redução de Catástrofes. Nes-

Amareleja, decorreu mais uma sessão

se dia, promoveu o lançamento do site da Plata-

de recolha de sangue promovida pelo

forma Nacional para a Redução do Risco de Ca-

Serviço de Imunohemoterapia do Hos-

tástrofes - www.pnrrc.pt.

pital do Baixo Alentejo e organizada

O Dia Internacional para a Redução de Catástrofes foi instituído pelas Nações Unidas, em 1989, com o propósito de sensibilizar governos, organizações e cidadãos de todo o mundo para a necessidade de desenvolverem ações que contribuam para prevenir riscos e reduzir vulnerabili-

pela docente Elisabete Vogado. Dar sangue permite salvar vidas e os professores, assistentes técnicos e operacionais, pais, encarregados de educação e outros membros da co-

dades, aumentando a resiliência das comunida-

munidade educativa não ficaram in-

des e a capacidade de antecipação e resposta

diferentes a esta causa.

face à ocorrência de acidentes graves ou catástrofes. Até à data, num universo de 2000 cidades reconhecidas mundialmente, incluem-se 7 cidades resilientes portuguesas: Amadora, Cascais, Funchal, Lisboa, Odivelas, Setúbal e Torres Vedras. No site da Plataforma Nacional para a Redução

do Risco de Catástrofes, disponibiliza-se o livro Cidades Resilientes em Portugal, lançado no dia 13 de outubro por ocasião dessa efeméride, dando destaque às boas práticas desenvolvidas por estes 7 municípios.

Aceda ao livro Cidades Resilientes em Portugal em: http://www.pnrrc.pt/wp-content/uploads/2015/10/ Cidades_Resilientes_em_Portugal_2015_PNRRC.pdf

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O Agrupamento de Escolas de Amareleja participou!

No dia 06 de novembro, às 11h06, o Agrupamento de Escolas de Amareleja participou no exercício público de cidadania, no âmbito do risco sísmico, praticando os três gestos básicos de proteção em caso de sismo: baixar, proteger e aguardar. O exercício A TERRA TREME teve a duração de um minuto e qualquer cidadão podia participar, individualmente

ou em grupo. Foi promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, em parceria com diversas entidades públicas e privadas, e enquadrou-se nos objetivos da Estratégia Internacional para a Redução de Catástrofes das Nações Unidas e nas ações que assinalam os 260 anos do sismo de 1755, pretendendo envolver as diferentes comunidades na sua preparação para o risco sísmico. No contexto do lançamento do Referencial de Educação para o Risco – ReRisco, elaborado em parceria com o Ministério da Educação e Ciência, destacamos na campanha deste ano o papel da escola e da comunidade educativa no incentivo a uma cidadania verdadeiramente ativa em matéria de proteção e segurança. As nossas crianças e jovens são importantes agentes de mudança, não só pela aquisição de competências que lhes permita saber o que fazer e não fazer perante cada risco, mas como valiosos transmissores de uma cultura de preven-

ção à família e à comunidade onde vivem. 37


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Na Biblioteca Escolar... Palestra “Contagiando o amor pelos livros” Por Delfina Veladas

A biblioteca escolar do Agrupamento de Escolas de Amareleja celebrou o Mês das Bibliotecas Escolares com diversas atividades. No dia 16 de outubro, decorreu a palestra denominada “Contagiando o amor pelos livros”, com a presença da professora Zulmira Baleiro, para os alunos das duas turmas do 9º ano e do 8º B. A professora Zulmira Baleiro encontra-se aposentada, tendo lecionado durante vários anos as disciplinas de Português e Francês na Escola EB 2,3 de Sousel. Vive em Casa Branca e, atualmente, dá aulas na Universidade Sénior de Estremoz. Durante a palestra, a professora respondeu a algumas questões colocadas pelos alunos sobre a sua relação com os livros, nomeadamente quais os livros e autores que mais a marcaram no seu percurso de leitora, quais os sujeitos que desempenharam um papel importante na sua formação leitora, se considera que o amor pelos livros é algo que pode contagiar-se, entre outras. A professora Zulmira abordou todas essas questões e, sendo uma pessoa com uma grande capacidade de comunicação, entusiasmou os alunos, motivando-os para a leitura. Também falou do livro que recentemente publicou intitulado Marta, o adeus da minha estrela maior e da sua apresentação numa coletividade da Vila de Amareleja, no dia 17 de outubro. Foi uma ação bastante positiva e os alunos estiveram muito atentos e participativos. Esperamos repetir este tipo de palestras, com a mesma professora, num futuro próximo.

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A coordenadora da BE com a oradora, professora Zulmira Baleiro

As duas turmas do 9º ano

O visível entusiasmo dos alunos durante o evento


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COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES Por Delfina Veladas

O Agrupamento de Escolas de Amareleja comemorou o Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, 26 de outubro, com diversas atividades. Os alunos do 1º ciclo (1º, 2º e 3º anos) deslocaram-se à biblioteca para assistirem a um filme, de desenhos animados, sobre a importância do livro e das bibliotecas. Relembraram as regras de funcionamento da mesma e falaram sobre a importância da leitura. Algumas turmas requisitaram livros para leitura domiciliária. Os alunos do 4º e 5º anos participaram no “Bibliopaper” que decorreu na biblioteca. Este jogo consistia na execução de tarefas propostas em várias etapas: leitura de poemas, ordenação de frases, procura do significado de palavras em dicionários, entre outras. Os alunos mostram-se muito interessados pela atividade e quando terminaram o jogo, escreveram no livro que se encontrava na biblioteca para comemorar esta data o que era para eles uma biblioteca e qual a sua importância.

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Oficina de escrita criativa na BE

O LEÃO Sim, senhor! Sou um grande caçador. Eu tenho uma leoa,

Que atravessa a lagoa. Eu como carne, e ninguém consegue matar-me! Sou matador. Sou mauzão, sou um leão.

Leonor Santana, Martim Pereira e Margarida Moreira, 4ºA

QUEM SOU EU? Sim, senhor! Sou aterrador, Vivo num rochedo, toda a gente tem medo.

Tenho um criado, Que é malcriado. Tenho garras afiadas, E acastanhadas. Sou comilão. Sou o leão.

Lara Ramos e José Carreira, 4º A

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Oficina de escrita criativa na BE Os alunos do 5ºB realizaram a atividade “Palavra puxa palavra” que consistia na escrita de um texto em que tinham de iniciar cada frase com a última palavra da frase anterior. Este trabalho foi realizado em grupo e individualmente com resultados muito interessantes!

Eu vi uma borboleta. A borboleta voou no céu. No céu há várias borboletas de todas as cores. As cores são: amarelo, azul, preto, branco, e rosa. As rosas são as flores que eu mais gosto. Gosto também de animais terrestres, como o cão. O cão é um animal muito mimoso, assim como o gato. O gato tem um pelo macio e fofinho. Fofinho também é o pintainho, Muito pequenino!

Mónica Batista, Susana Silva, Rita Gonçalves e Diana Borralho Amareleja situa-se no Alentejo. O Alentejo tem umas paisagens lindas. Lindas também são as flores. As flores são frescas.

Frescas e perfumadas. Perfumadas são as árvores, cheiram como rosas! As rosas são vermelhas como as maçãs. As maçãs são doces como chocolate. Chocolate branco e preto da Suíça. A Suíça é lindíssima. Lindíssima também é a minha terra!

João Baltazar 41


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ESTRELAS

Na Biblioteca Escolar...

TERTÚLIA LITERÁRIA No dia 11 de novembro, após a leitura integral da obra O fantasma de Canterville, de Oscar Wilde, feita pelos alunos de forma autónoma, as duas tur-

mas do 9º ano estiveram na biblioteca com as professoras de Português e Inglês numa tertúlia literária onde foram debatidos alguns dos valores culturais, éticos e estéticos manifestados no texto.

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde

A atividade iniciou com o visionamento

ou simplesmente Oscar Wilde nas-

de um excerto do filme em inglês, sem

ceu na cidade de Dublin, no dia 16

legendas, tendo os alunos trabalhado a

de outubro de 1854, e morreu em Paris, em 1900. Foi um influen-

competência da compreensão oral. Es-

te

te breve momento didático e muito di-

escritor

britânico

de

ori-

gem irlandesa, com grande mes-

vertido, pois o filme era em BD, consti-

tria na produção de frases marca-

tuiu o mote para a explanação da obra,

das por ironia, sarcasmo e cinis-

transformando-se as leituras dos alunos

mo.

num ato de reflexão e questionamento.

No conto O fantasma de Cantervil-

Pretendeu-se com esta atividade contri-

le, conta-nos a história de um ator-

buir para a melhoria das aprendizagens

mentado fantasma que há mais

dos alunos, pondo à prova os seus co-

de trezentos anos habita no caste-

nhecimentos, capacidades e compe-

lo dos Canterville, aterrorizando

tências num espaço aberto à discus-

sucessivas gerações. No entanto,

são e ao debate.

quando uma família americana

O balanço foi muito positivo. O trabalho

compra o castelo, tudo se altera: o

realizado foi articulado de forma har-

fantasma perde o seu poder, mas

moniosa, abordando conteúdos temá-

acaba por encontrar o repouso

ticos dos programas de Português e

eterno graças à coragem e à bon-

Inglês com a preocupação de desenvol-

dade da jovem Virgínia Otis.

ver o espírito crítico dos alunos. 42


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ESTRELAS

Dia Mundial do Não Fumador │ 17 de novembro Pelos alunos das turmas PIEF

No passado dia 17 de novembro, realizámos uma atividade alusiva ao Dia Mundial do Não Fumador, no âmbito das disciplinas de TIC e Ciências Naturais. Fomos entregar um cartaz ao Centro de Saúde de Amareleja, acompanhados pelos professores Alexandra Lopes (Matemática e Realidade), Anabela Ramos (Viver em Português), Carla Reis (TIC) e José Antunes (Formação Vocacional). Após a entrega do cartaz no Centro de Saúde, fomos pela vila de Amareleja entregar alguns folhetos e autocolantes do Dia Mundial do Não Fumador, sensibilizando as pessoas para a importância de não fumarem. Aproveitamos e relembramos que: - O tabaco causa doenças como cancro, doenças pulmonares e doenças cardíacas ao fumador ativo e passivo; - O tabaco é a causa mais importante de morte e de doenças que se podem evitar; - O fumo do tabaco tem mais de 4000 substâncias químicas, grande parte delas tóxicas; - A nicotina é a substância que o torna dependente e encontra-se nos cigarros, cigarrilhas e charutos. Por isso… DEIXE DE FUMAR para a sua saúde não prejudicar!

Visita à Cooperativa Agrícola Moura e Barrancos, em Amareleja No passado dia 16 de novembro, os alunos das turmas do PIEF, acompanhados pelos professores Anabela Ramos e Nuno Rodrigues, com a curiosidade de saber que destino era dado à azeitona depois de apanhada da oliveira, foram visitar a Cooperativa Agrícola Moura e Barrancos, em Amareleja. 43


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ESTRELAS

Dia da Segurança do Computador│ 30 de novembro Por Carla Reis

N

o dia 30 de novembro, celebrou-se o Dia da Segurança do Computador. A comemoração deste dia assinala-se desde 1988 e tem o objetivo principal de combater os riscos que um computador corre quando não está protegido. Hoje em dia, as ameaças são de tal forma diversas (falhas de software, avarias de hardware, erros de utilização, vírus informáticos, …) que a segurança no computador é um assunto de extrema importância para o utilizador e não pode ser deixado ao acaso. Um computador protegido diminui as hipóteses de vir a ser indevidamente utilizado para atividades maliciosas, como a disseminação de spam, a propagação de vírus e a participação em ataques realizados através da Internet. Desta forma, é essencial conhecer algumas medidas básicas de proteção:  ativar a firewall do sistema operativo;

  

  

instalar um programa antivírus e outro antispyware e mantê-los atualizados; atualizar frequentemente o sistema operativo e os programas instalados; fazer regularmente cópias de segurança dos documentos mais importantes armazenados no computador, passando-os para um suporte externo como, por exemplo, um disco externo ou uma pendrive; transferir software com cuidado e recorrer sempre a versões disponíveis nos sítios originais; não aceder a informação em sítios que não sejam fiáveis; não abrir anexos ou links suspeitos;

configurar, em computadores partilhados, diferentes áreas de utilizador utilizando uma palavra-passe;  usar palavras-passe difíceis de decifrar e diferentes em cada conta. A propósito desta temática e com o objetivo de divulgar à comunidade escolar alguns dos cuidados a reter para manter o computador seguro, os alunos do 7º ano elaboraram cartazes em TIC, que foram afixados na escola neste dia. 44


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NATAL │ SUGESTÕES DE LEITURA Pai Natal, Pai Natal, quem és tu afinal? Fernando Bento Gomes

“O boneco de neve” Hans Christian Andersen, Histórias e contos completos

Os dez desejos de Natal Claire Freedman (Trad. Lucília Carvalho)

“A rapariguinha dos fósforos” Hans Christian Andersen, Histórias e contos completos

17 Contos de Natal Valérie Claisse et al. (Trad. José Guilherme Gouveia)

O primeiro Natal em Portugal Luísa Ducla Soares Há sempre uma estrela no Natal Luísa Ducla Soares

O segredo da estrela - Uma história de Natal Hol, Coby (Texto e ilustr.) (Trad. Maria Amélia Pedrosa)

Dezembro à porta António Torrado O Natal do avarento Charles Dickens

2 Histórias de Natal Alice Vieira

O presente dos magos O. Henry

O que é o Natal? Padre José Luís Borga, Patrícia Furtado Sonhos de Natal António Mota Bom Natal, Pai Natal José Jorge Letria “Os três reis do Oriente” Sophia de Mello Andresen, Contos exemplares

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Tradiciones navideñas en España Aunque las decoraciones navideñas y el turrón llegan a las tiendas cada vez más pronto, podemos considerar que la temporada navideña empieza con el sorteo de Navidad. El 22 de diciembre cada año, los niños del Colegio de San Ildefonso, anuncian los ganadores de los premios de lotería que se conocen popularmente como “el Gordo“. Antes de que llegue la Nochebuena es muy típico montar el

belén, y el árbol de Navidad. El 24 de diciembre es Nochebuena. Las familias se reúnen para cenar juntos e cantar “villancicos”. La costumbre quiere que se coman mariscos, pierna de cordero, pavo y, sobre todo, no debe faltar en la mesa los dulces navideños (turrones, polvorones, mazapán, etc.). El día 25 de diciembre, “Navidad”, se vuelven a reunir las familias para comer. No se suele hacer regalos porque la figura de Papá Noel no está instaurada en la mayoría de los hogares españoles. Otra fecha importante es el día 28 de diciembre, el día de los Santos Inocentes. Se recuerda la matanza que el Rey Herodes ordenó para acabar Belén, para acabar con los niños menores de dos años. Hoy la celebración es festiva y divertida, con gente haciendo bromas o “inocentadas” a los demás… El día 31 de diciembre es la Nochevieja, toda España está dependiente del reloj de la Puerta del Sol en Madrid, que dará las “12 campanadas”. La tradición que, acompañando cada campanada, se tome una uva. Después todos desean un “Feliz y próspero año nuevo”. Se suele terminar la fiesta tomando un chocolate con churros. El día 5 de enero se sale a la calle para ver la Cabalgata de los Reyes Magos que pasa por las calles. Antes de acostarse los niños dejan sus zapatos en la casa o en el balcón para que los Reyes dejen los regalos por la noche. El día 6 de enero se abren los regalos y se come el roscón de los Reyes. España, manual de civilización, Editorial Edelsa (Texto adaptado)

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Noël en France En France, on célèbre le réveillon de Noël le 24 décembre au soir, en famille. Le repas typique est le suivant: on commence par un apéritif au champagne, boisson de fête par excellence. Après, des fruits de mer en entrée et en particulier des huîtres et du saumon fumé. Puis, en plat principal, de la volaille, notamment le chapon, la dinde voire le canard. Ensuite le fromage accompagné d’une salade et enfin la traditionnelle bûche de Noël glacée, pâtissière, au chocolat, à la vanille ou aux fruits. Dans toutes les maisons, trône un magnifique sapin décoré de boules et de guirlandes. Au pied du sapin, on dépose les cadeaux, fabriqués par des lutins, que le Père Noël vient déposer, voyageant sur son traîneau traîné par des rennes. Tradi-

tionnellement, le Père Noël se glisse par la cheminée pour entrer dans les maisons. Les enfants écrivent leur lettre au Père Noël pour lui commander les présents qu’ils désirent recevoir. Ils déposent aussi une paire de chaussures près du sapin, dans laquelle le Père Noël leur laisse souvent des chocolats. Les cadeaux sont ouverts le matin du 25 décembre, même si parfois, on les ouvre la nuit du 24 à minuit.

Par ailleurs, pendant les fêtes de Noël, on ne peut rendre visite à un proche sans lui offrir une traditionnelle boîte de chocolat. sophfle.wordpress.com

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Christmas in the United Kingdom In the UK (or Great Britain), families often celebrate Christmas together, so they can watch each other open their presents! Most families have a Christmas Tree (or maybe even two!) in their house for Christmas. The decorating of

the tree is usually a family occasion, with everyone helping. Christmas Trees were first popularised the UK by Prince Albert, the husband of Queen Victoria. Most villages, towns and cities are decorated with Christmas lights over Christmas. Children believe that Father Christmas or Santa Claus leaves presents in stockings or pillow-cases. These are normally hung up by the fire or by the children's beds on Christmas Eve. In the UK, the main Christmas Meal is usually eaten at lunchtime or early afternoon on Christmas Day. It's normally roast turkey, roast vegetables and 'all the trimmings' which means vegetables like carrots & peas, stuffing and sometimes bacon and sausages. It's often served with cranberry sauce and bread sauce. Dessert is often Christmas Pudding. Mince pies and lots of chocolates are often eaten as well! The dinner table is decorated with a Christmas Cracker for each person and sometimes flowers and candles. www.whychristmas.com

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TESTA OS TEUS CONHECIMENTOS 1. Em cada conjunto de palavras existe uma que não respeita as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Descobre-a. Conjunto 1 A. Dezembro B. Amareleja C. José D. sábado Conjunto 2 A. facto B. actor C. egípcio D. rapto Conjunto 3 A. veem B. crêem C. têm D. mantêm Conjunto 4 A. contrassenha B. antirreligioso C. mini‐saia D. aerossol

2. Associa as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa abaixo apresentadas a cada um dos conjuntos de palavras do exercício anterior. Regra I Quando as consoantes c e p não se pronunciam (são mudas ou não articuladas), então suprimem-se. Regra II Nas formações com prefixos e em formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina, emprega-se o hífen quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, micro-onda, semi-interno… Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coordenar, cooperar, etc.

Regra IV Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas (graves) que contêm um e tónico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo. Regra V Os nomes dos dias da semana, meses e estações do ano escrevemse com letra minúscula inicial.

Soluções: C1-A; C2-B; C3-B; C4-C; C5-D. C1-V; C2-I; C3-IV; C4-III; C5-II.

Conjunto 5 A. autoavaliação B. extraescolar C. coautor D. autoobservação

Regra III Não se emprega o hífen nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se.

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CINCO

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Passatempos Descobre o significado das expressões idiomáticas. A- Uma pessoa tem “as costas largas” quando… 1- possui uma grande estatura. 2- consegue erguer muitos pesos. 3- é capaz de suportar as culpas que não são suas.

O Sudoku é um popular quebra-cabeças japonês que se baseia na colocação lógica de números. Concentra-te e raciocina!

B- Quando uma decisão importante “fica em águas de bacalhau”, significa que… 1- não se concretiza. 2- fica adiada. 3- termina com sucesso. C- Uma pessoa que “ferve em pouca água”… 1- fala pouco. 2- irrita-se com facilidade. 3- perde todas as energias.

Os pobres: ________________________________

A– 3; B– 1; C– 2.

O padeiro: ________________________________

A) O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

A irmã: ___________________________________

B) A irmã chegou e pontuou assim o texto: Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O sobrinho: _______________________________

C) O padeiro pediu uma cópia do original e puxou a brasa à sua sardinha: Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Descobre de que maneira cada um dos herdeiros pontuou o texto de forma a receber a herança.

D) Depois, chegaram os pobres da cidade. Um deles, inteligente, fez esta interpretação: Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Um homem muito rico, gravemente doente, quase a morrer, pediu um papel e uma caneta e escreveu, sem pontuação alguma, as seguintes palavras: “Deixo os meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.” Acabou por falecer sem pontuar a sua mensagem, por isso, ficou o dilema: quem herdaria a fortuna?

SOLUÇÕES: 50


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A PALAVRA MAIS BELA Fui ver ao dicionário dos sinónimos A palavra mais bela e sem igual, Perfeita como a nave dos Jerónimos... E o dicionário disse-me: NATAL. Perguntei aos poetas que releio: Gabriela, Régio, Goethe, Poe, Quental, Lorca, Olegário... E a resposta veio: Christmas... Natividad... Noёl... NATAL. Interroguei o firmamento todo! Cobra, formiga, pássaro, chacal! O aço em chispa, o pipeline, o lodo! E a voz das coisas respondeu: NATAL! Conta os elementos indicados.

Pedi ao vento e trouxe-me, dispersos, - Riscos de luz, fragmentos de papel Cânticos, sinos, lágrimas e versos: Um N, um A, um T, um A, um L...

Desenha com números!

Perguntei a mim próprio e fiquei mudo: Qual a mais bela das palavras, qual? Para quê perguntar se tudo, tudo, Diz NATAL, diz NATAL e diz NATAL?! Adolfo Simões Müller

Adolfo Simões Müller nasceu em Lis-

boa, em 1909, e morreu em 1989. Foi escritor e jornalista. Estreou-se na literatura com o livro de poemas Asas de Ícaro, mas foi na literatura infantil que se notabilizou, tendo escrito obras como Caixinha de brinquedos e O feiticeiro da cabana azul, ambas galardoadas com o Prémio Nacional de Literatura Infantil.

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CINCO

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Ler é o melhor remédio!

O MILHAFRE E A GAIVOTA Uma gaivota, insistindo em engolir um peixe muito grande, acabou por ficar com a garganta rebentada. Rapidamente caiu morta numa praia. Um milhafre que a tudo assistira pensou: - Tiveste o que mereceste. Sabendo tu das tuas capacidades, abusaste do que a Natureza te permitiu. Conhece bem as tuas capacidades e nunca tentes ultrapassá-las sem te teres preparado convenientemente. Fábulas de Esopo - Recontadas por António Mota

A INTELIGÊNCIA DOS HOMENS Depois de ter feito os homens, Zeus encarregou Hermes* de por eles distribuir a inteligência. Hermes dividiu a inteligência em partes iguais e meteu-as no corpo de cada homem. Resultado: os homens de pouca estatura, cheios com a parte da inteligência recebida, ficaram homens com siso; os mais altos, porque a porção não chegara a todas as partes do corpo, ficaram com menos inteligência que os outros. Não é a aparência de grandeza que confere a verdadeira grandeza. *Hermes - Na mitologia grega, é um Deus com vários atributos, conhecido também por ser o Deus da rapidez. Fábulas de Esopo - Recontadas por António Mota

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