Jornal 5 estrelas ago2021

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3ª Edição 2020/2021

agosto 2021

Editorial

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Projeto “Vamos dar o nosso melhor”

3

nesta edição do nosso Jornal

Gentes da Nossa Terra

4

“5 Estrelas”.

Atividades no Agrupamento

6

O

Sr.

Leandro

é

a

personalidade que destacamos

É

natural

de

Amareleja

e

interessou-se por esta arte

desde muito cedo. Pág. 4

âmbito

do

1,50 Estrelas

SUMÁRIO

GENTES DA NOSSA TERRA

No

I

projeto

Eco-Escolas,

foram

realizadas algumas atividades e comemoradas

O que lemos...

23

O que escrevemos...

24

Para refletir...

29

Eco-Escolas

30

Proteção Civil

32

Clube de Teatro

33

Desporto Escolar

34

Sabia que…

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algumas datas. Mais à frente, fica o construídos pelos alunos.

registo

de trabalhos Pág. 30 Ao longo deste período, foram abordados

Sabia que…

diversos

temas

no

âmbito da Proteção Civil, tais como:

Sabia que este ano letivo foram comportamentos a ter em caso de avaliados e/ou acompanhados, incêndio, calor intenso e cuidados a 102 alunos?

pelos Psicólogos do Agrupamento, ter nas piscinas e praias. Foi ainda trabalhado o tema da

O nosso trabalho consiste em avaliar e intervir pandemia por Covid-19 e realizado um simulacro de incêndio. nestas dificuldades... Pág. 36

Pág. 32


N.º 3 agosto 2021 Propriedade Largo das Flores

O ano letivo 20/21 chegou ao fim e estamos de malas feitas para fechar este e iniciar o próximo. Apesar da complexidade destes tempos que vivemos, tudo fizemos para que o sucesso escolar e educativo das nossas crianças e dos nossos alunos fosse um desiderato concretizado em pleno para bem de toda a comunidade

7885 Amareleja

educativa. Os resultados provam-no!

Tendo que lidar permanentemente com o desconhecido e com o imprevisto, houve que tomar decisões, algumas delas arrojadas, para que ninguém ficasse para trás.

Carla Gomes

Todos temos consciência que os constrangimentos que

Elisa Félix

vivemos acentuaram as desigualdades, mas o papel da

Mário Almeida

escola é atenuar, diminuir e, se possível, desfazer as

Miguel Almeida jornalescolar

assimetrias. O Agrupamento de Escolas de Amareleja pôs em prática um plano que, desenhado com todos os parceiros, deu corpo a um conjunto de medidas que possibilitaram chegar ao fim das atividades letivas com os

Docentes, Técnicos Especializados, Assistentes Operacionais e Alunos do Agrupamento.

objetivos cumpridos. “Numa sociedade instável e marcada por desequilíbrios diversos, que se pretende que a escola ajude a atenuar, o trabalho docente tornou-se crescentemente complexo e delicado, pondo em ação, de modo intenso, as dimensões

Paginação e revisão

éticas e afetivas da profissão.” – Maria Teresa Estrela. Bem hajam todos pelo trabalho desenvolvido e pela missão de “Ensinar os Meninos a Ser Homens Com Coração.”

Trimestral

Impressão

Francisco Pereira

Reprografia do Agrupamento de

(Diretor)

Escolas de Amareleja

2


Por Miguel Almeida

Como já é tradição e terminado o ano letivo 2020/2021, foram apurados os resultados finais para o Projeto “Vamos dar o nosso melhor”. Damos os parabéns àqueles que, no decurso deste longo ano letivo, deram o seu melhor, sabendo e reconhecendo que também houve muitos alunos a realizar excelentes prestações durante o tempo em que estivemos em Ensino à Distância. A nossa escola irá continuar a incentivar e a premiar os alunos pela sua atuação responsável e empenhada, sabendo valorizar a superação de dificuldades e a conduta adequada dentro e fora do espaço escolar. Abaixo se podem visualizar as turmas que obtiveram as melhores classificações.

Parabéns ao 6ºA pelo primeiro lugar alcançado e a todos votos de Boas Férias!

3


Por Catarina Rodrigues, David Real e Maria Reis, 6ºA

GENTES DA NOSSA TERRA

Entrevista ao Sr. Leandro

O Sr. Leandro é a personalidade que destacamos nesta edição do nosso Jornal “5 Estrelas”.

Residente em Amareleja, no concelho de Moura, barbeiro de profissão, nasceu nesta localidade alentejana e aqui tem exercido a sua profissão durante várias décadas, até aos dias de hoje. Desde muito cedo que se interessou por esta arte, ganhandolhe o gosto, o que o fez prolongar a sua atividade durante tantos anos.

Quando tinha a nossa idade frequentou a Escola Primária em Amareleja, não é verdade?! Gostava de estudar quando frequentou este nível de ensino? Sr. Leandro – Sim. Gostava muito de estudar, mesmo só tendo aulas de manhã com o professor Janeiro. E à tarde, juntava-me com três amigos e estudávamos.

É sobejamente conhecida a paixão e o carinho que mantém pela sua atividade profissional. Que motivos o levaram a enveredar pela profissão de barbeiro? Sr. Leandro – Foi a minha mãe que me disse para escolher uma profissão. Eu queria ser sapateiro, mas a minha mãe foi a muitos sapateiros e todos já tinham aprendizes. Então escolheu o barbeiro Joaquim Aresta Borralho, que não tinha aprendizes e dizia que se me ensinasse podia pagar o seu ensino.

Como foram os seus tempos de juventude, passados na, então, maior aldeia de Portugal? Sr. Leandro – Trabalhando como barbeiro e indo a todas as festas e bailes. Gostava muito de dançar.

4


Entrevista ao Sr. Leandro (cont.)

Como,

nessa

altura,

havia

muitas

pessoas

nesta

localidade, devia haver mais barbeiros, uma vez que não devia conseguir atender tantos clientes, não é verdade? Na sua barbearia, tinha outras pessoas a trabalhar consigo? Sr. Leandro – Quando fiz dezoito anos, veio um rapaz de doze e, a partir daí, tinha sempre dois. Lembro-me que cheguei a ter três, mas não eram sempre os mesmos e chegaram a passar por cá cinco ou seis aprendizes.

Durante o seu trabalho, no contacto com tantas pessoas, deve ter apontamentos interessantes. Sendo o Sr. Leandro um exímio contador de “histórias”,

quer-nos

contar alguma que considere importante ou divertida? Sr. Leandro – Um dia, chegou um bêbado e queria, à força, cortar a barba. Depois de muito insistir, porque eu não queria cortar a barba ao homem, lá a comecei a cortar. Até que ele desmaiou e eu tive que pegar num pipôrro com água e despejar-lha na cara. Então acordou e disse “- Ai, mãe!”.

A profissão de barbeiro pode ser considerada uma verdadeira arte e um ofício tradicional. Como prevê a sua continuidade, sobretudo em meios rurais como o nosso? Sr. Leandro – A arte de barbear, hoje em dia, está muito diferente. Há cabelos de todos os feitios. Antigamente, só havia um tipo de corte. Havia uma altura em que as pessoas usavam todas o cabelo ou muito grande ou muito pequeno. Acho que, daqui a uns tempos, vai voltar a ser assim. Quer deixar alguma mensagem aos jovens da nossa idade? Sr. Leandro – Apliquem-se nas aulas. Prestem atenção. Esse é o princípio para a gente ser alguém com valor na sua vida e um bom cidadão. Em nome da escola, gostaríamos de agradecer a sua disponibilidade para responder às nossas perguntas! 5


ATIVIDADES NO AGRUPAMENTO

Por Romana Ferreira

No dia 21 de abril, à tarde, decorreu na EB1 de Póvoa de S. Miguel, uma sessão sobre higiene oral promovida pela EPIS (Empresários Pela Inclusão Social). A sessão foi apresentada pelo Dr. Joaquim Cardoso, um dentista do grupo Médis. Os

alunos

aprenderam

como

é

constituído um dente e relembraram

alguns cuidados a ter para uma boa saúde oral, tais como: escovar os dentes três vezes por dia, evitar os doces e ir com regularidade ao dentista. Foi uma sessão bastante interessante, participada e instrutiva! Trabalho realizado por Ilda Cardas

Por Graciete Gonçalves e Ana Isabel Cruz Nós trabalhámos o 25 de abril na nossa sala, onde alguns alunos de 4.º ano criaram um texto sobre o tema e elaboraram um cartaz alusivo ao mesmo. Todos os alunos participaram no cartaz, ao ilustrar um desenho que, depois de terminado, foi votado na turma, para que fosse demonstrado um direito que foi conquistado após o 25 de abril.O desenho vencedor foi para o cartaz! Além disso, fizemos um cravo para todos os alunos da escola, para que cada um o colocasse ao peito. Eles juntaram-se a nós e cantámos todos a uma só voz: "Somos Livres".

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Turma 4.º 2AA com a colaboração de todos os alunos da E.B.1 de Santo Aleixo da Restauração 6


Por Ana Madeira

Abril é o mês da consciencialização para o Autismo e o dia 2 de abril é o dia em que este tema se assinala, sendo que o intuito é o de alertar a sociedade, esclarecer e ajudar a derrubar preconceitos. O espectro do autismo (TEA) consiste num transtorno ao nível do neurodesenvolvimento que afeta, principalmente, o campo comportamental, de comunicação e de socialização dos indivíduos. A equipa multidisciplinar do Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA), em articulação com as Educadoras dos Jardins de Infância, os alunos do 2º e 3º ciclos do Agrupamento e os docentes das TIC, desenvolveu um conjunto de atividades cujo objetivo foi consciencializar a comunidade educativa para o que é o autismo e para a importância de normalizar, aceitar e incluir na sociedade crianças e jovens, tendo como ponto de partida a sala de aula. Algumas das atividades foram:  Visualização da curta metragem “Float” (2019) e de excertos do filme “Mary and

Max” (2009), dois filmes de animação que retratam este transtorno de uma forma clara e lúdica;  Construção de um laço colorido, em forma de puzzle, pelos alunos do CAA;  Realização de uma apresentação multimédia, partindo de pequenas entrevistas

sobre as ideias que os alunos tinham sobre o tema;  Trabalhos de pesquisa sobre a temática;  Criação de um laço pelos alunos do 6ºA. Laço construído

De segiuida, encontram-se pequenas notícias / registos sobre estas atividades. pelos alunos do 6ºA

Por Sílvia Santos

Atividades no 1.º ciclo

No mês de abril, decorreu em todas as turmas do 1.º Ciclo da Escola Básica de Amareleja uma sensibilização no âmbito da consciencialização para o Autismo, promovida pelo Departamento de Educação Especial. Tendo como ponto de partida a curta-metragem “Float” da Disney Pixar, abordou-se esta temática através da partilha de ideias, conceções e dúvidas entre os alunos. Simbolicamente, todos recortaram um molde da personagem principal de “Float”, onde concluíram numa palavra/expressão a questão “Flutuar é…”. O resultado final expressou-se de forma coletiva, onde o contributo de todos foi fundamental para a intensidade do mesmo!

Os trabalhos encontram-se expostos no átrio do 1ºandar do Bloco B.

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Trabalhos realizados pelos alunos:

Por Sílvia Santos

8


Por Ana Madeira e Elisa Félix

(Cont.)

Na sequência das comemorações do

Dia

Mundial

da

Consciencialização para o Autismo, o

Departamento

de

Educação

Especial promoveu ainda outras atividades. Nas Escolas/Pólos do Agrupamento

de Escolas de Amareleja, criaramse Bandas Desenhadas.

Os alunos aderiram a esta atividade criando

pequenas

histórias

/

situações, com base no tema em questão. Fazendo uso das TIC, criaram, em plataforma digital, uma Banda Desenhada que, posteriormente, foi apresentada às suas turmas.

"Num mundo tão grande, todos somos diferentes."

9


(Cont.)

Clube de Artes O Clube de Artes aderiu à iniciativa “Abril - Mês da Consciencialização para o Autismo”, contribuindo com a escultura “De mãos dadas”. Este trabalho foi realizado por duas alunas do nosso Agrupamento, com a orientação da docente Lília Fernandes. O resultado final está em exposição na escola sede.

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Por Graça Gonçalves

Atividades realizadas pelas Turmas PIEF

As turmas PIEF assinalaram, no dia 22 de abril, o Dia Mundial da Terra. A aula de Ciências Naturais foi realizada no exterior, onde os alunos puderam relembrar as características únicas do nosso planeta Terra. Tiveram também a oportunidade de fechar os olhos e contemplar o som dos passarinhos, como forma de relaxar... Por último, foram realizados alguns trabalhos como forma de homenagear o nosso planeta. Os nossos alunos estão de parabéns!!!

A turma do PIEF 1 aprendeu a fazer álcool gel, tão precioso em tempos de pandemia. Depois de abordarem, na aula de Ciências Físico-Naturais, a importância de manter as mãos bem limpas e

desinfetadas, meteram mãos à obra... Aqui fica o registo fotográfico de uma experiência muito positiva!

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Por Fernanda Branco e Graça Gonçalves No dia 20 de maio de 2021, a turma PIEF2 foi ao Baldio das Ferrarias com as professoras Graça Gonçalves de Ciências Naturais e Fernanda Branco de Educação Física falar com o Sr. António Tereno sobre Apicultura. O Sr. Tereno explicou que as abelhas são insetos polinizadores, ou seja, que conseguem transferir pólen de uma planta para outra, permitindo assim que estas se reproduzam. Sem as abelhas, a vida humana terminaria em 4 ou 5 anos, pois os cereais e outros alimentos assim como os animais que deles dependem para sobreviver morreriam. Esta conversa fez com que os alunos percebessem a importância que as abelhas têm para a Humanidade. Texto escrito pelos alunos do PIEF 2, na disciplina de Viver em Português

Atividade de articulação entre o CAA e o Pré-Escolar

Por Ana Madeira

Ao longo do mês de junho, os docentes e técnicos da equipa multidisciplinar do Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA), em parceria com o pré-escolar, desenvolveram atividades que permitiram aos alunos o contacto e o desenvolvimento de atividades psicomotoras no CAA. Os alunos ficaram muito entusiasmados e participaram com muita alegria em todas as atividades.

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Por Silvy Ribeiro

À semelhança de anos anteriores, a escola participou na “Campanha do Laço Azul”. Esta campanha é assinalada mundialmente e realizase no decorrer do mês de abril - o

mês da

prevenção dos maus tratos na infância. Os alunos foram sensibilizados pelos seus professores para esta questão, ouvindo a história que explica o simbolismo

deste

laço

e

participando

nos

desafios lançados: construção do laço azul humano e participação na exposição de laços azuis. Seguem-se alguns dos laços construídos pelos alunos.

No âmbito do Dia Europeu do Mar - ”Amar o mar” - e para assinalar o mês dos Santos Populares, os alunos foram desafiados a dar asas à imaginação para construírem sardinhas, usando técnicas e materiais variados. Foi com entusiasmo que realizaram esta tarefa e “deitaram mãos à obra”. O resultado final fica aqui registado com fotografias de trabalhos que se encontram expostos em vários locais da escola.

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Por Graciete Gonçalves e Ana Isabel Cruz

Pé-Escolar e 1.º Ciclo - Santo Aleixo da Restauração A horta da nossa escola teve início no 2.º período, com a preparação da terra para a sementeira. No entanto, devido ao confinamento, tivemos de ir para casa e a nossa horta ficou “parada”! Quando regressámos em março, estava cheinha de ervas daninhas. Deitámos mãos à obra e lá fomos tirando as ervinhas. Também pedimos ajuda aos senhores da Junta de Freguesia da nossa aldeia. Começámos, então, a sementeira! O nosso vizinho da escola deu-nos algumas plantas: tomateiros, pimenteiros, hortelã da ribeira e poejos. A nossa professora das AECS também deu uma mãozinha. E, claro, agora, cuidamos dela com muito carinho. Não podemos esquecer que fizemos a identificação das nossas plantas com a professora de Ciências Experimentais. Temos ali um grande trabalho de equipa! Não tarda, estamos a colher os tomates e os pepinos para a salada do almoço na nossa escola.

No dia 4 de maio, assistimos a uma aula virtual - "Missão Continente". Uma senhora chamada Anabela Romana falou sobre os 8 compromissos para uma geração saudável. Estivemos à conversa e respondemos às perguntas que nos foram feitas. A equipa da Missão Continente enviou-nos presentes: uma lancheira, uma t-shirt e dois bonecos. Adorámos!

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Por Graciete Gonçalves e Ana Isabel Cruz

1.º Ciclo - Santo Aleixo da Restauração No dia 12 de maio, recebemos na nossa escola a visita do professor José Pacheco, o fundador da Escola da Ponte. O Professor chegou, cumprimentou-nos, pegou na viola e cantou uma música para nós. Nós tínhamos preparado uma apresentação em PowerPoint para o receber, onde explicámos quem somos nós e a história da nossa terra. Enquanto foi vista a apresentação, ouvimos uma canção sobre Santo Aleixo da Restauração, cantada e tocada pela professora Ana Maria Pica. Foi muito lindo! De seguida, o professor falou connosco e perguntou a alguns meninos o que queriam fazer na escola, naquele momento. O professor pediu para pensarmos nas perguntas e respondermos mais tarde, por email. Depois, fomos todos ver a nossa horta! O professor José Pacheco prometeu voltar para o próximo ano, para trabalhar connosco. Nós gostaríamos muito que voltasse.

Por Anabela Ramos Logo cedo, o professor José Pacheco Pereira começou por visitar a EB1 de Santo Aleixo da Restauração, num recinto com alunos, professores e auxiliares de ação educativa, numa tentativa de “chão de escola”, para lançar a “sementinha” desta pedagogia que fomenta a autonomia e a participação cidadã que propõe um novo modelo de comunidades de aprendizagem, sustentado pela ética e formação do aluno como cidadão participante e estruturado por grupos, trabalhando os conteúdos através de projetos que envolvem a comunidade local. 15


A caminho de Alqueva, passou pela Junta de Freguesia de Amareleja, onde assinou o Livro de Honra desta freguesia.

Finalmente, já junto ao Paredão de Alqueva, no “Alquevatours”, onde o aguardavam profissionais de educação do Agrupamento de Escolas de Amareleja e do Agrupamento de Escolas de Moura, bem como a Delegada Regional de Educação, entre outros convidados, para assistir à palestra “Diálogos sobre Inovação e Educação no séc. XXI”, realizou-se o encontro com o professor José Pacheco.

José Pacheco é educador, licenciado em Ciências da Educação,

Mestre em educação da criança, pedagogo, investigador na área da educação, investigador e escritor, sendo autor de inúmeros livros e artigos sobre educação e grande dinamizador na gestão democrática na educação. Atualmente, é diretor pedagógico da EcoHabitare, empresa que trabalha pela inovação e humanização da educação com educadores

de

todo

o

mundo,

construindo

comunidades

de

aprendizagem sustentáveis. É um crítico do sistema tradicional de ensino, defendendo que as aulas tal como existem espelham um sistema obsoleto de reprodução de conteúdos que retira o mais importante objetivo à Educação: a humanização do indivíduo. Defende uma Escola sem turmas, sem ciclos, sem testes ou exames, sem reprovações e sem campainhas. Uma Escola focada na autonomia e protagonismo do aluno.

Em meados de 2007, foi para o Brasil, onde tem desenvolvido centenas de projetos para uma nova Educação naquele país. Internacionalizou este método na América do Sul e continua a colaborar com várias comunidades portuguesas, de modo a mostrar ao mundo que há uma nova forma de fazer Educação. Neste modelo proposto pelas comunidades de aprendizagem, o educador tem o papel de acompanhar e

auxiliar os alunos em busca de respostas para os seus questionamentos.

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Para José Pacheco, a aprendizagem não deve depender de um edifício chamado escola. “Escola são as pessoas. Não são edifícios.”, “O importante é que o tutor não dê as respostas, mas faça mais perguntas ou então faça um projeto. As respostas estão na internet, nos livros, nas pessoas da comunidade ou na floresta, na natureza. O que é preciso é construir projetos, roteiros de pesquisa e estimular a busca pelas respostas”.

Ao ouvirmos o professor José Pacheco ficamos com a certeza de que é possível criarmos um projeto vocacionado para o desenvolvimento de práticas educativas humanistas promotoras de Autonomia numa perspetiva do desenvolvimento integral do(s) indivíduo(s) como parte de um todo global, sensibilizando a comunidade para a importância cada vez maior de projetos, alargando a outros intervenientes, para sensibilizar a comunidade para a sua importância crescente que, na sua essência, possam dinamizar novas práticas educativas ancoradas na consolidação de uma sociedade cada vez mais solidária, responsável e participativa.

Depois de todos se terem deliciado com as maravilhosas palavras do professor José Pacheco, todos os presentes interessados fizeram um maravilhoso e relaxante passeio de barco pelo lago de Alqueva.

Como diz o professor José Pacheco, “para que a mudança aconteça, basta que na escola haja um professor que ainda não tenha morrido” e estou certa de que, nestes dois agrupamentos de Moura, temos muitos professores “VIVOS”, para que continuemos a nossa missão!

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Por Sílvia Santos

No dia 15 de maio, assinala-se internacionalmente o “Dia da Família”! Durante os meses de maio e junho, todos os alunos do 1.º Ciclo da Escola Básica de Amareleja, do 1.º ao 4.º anos, desenvolveram com as docentes titulares de turma e com a docente de Educação Especial, Sílvia Santos, uma atividade denominada “A Família – memórias coletivas”. Esta atividade teve como ponto de partida a exploração da obra literária “O Livro da Família” de Todd Parr e da respetiva temática associada. Falámos dos tipos de família, de sentimentos, do que é “ser família”, da importância da família, qual é o nosso “papel” no seio da família, dos hábitos das famílias, do que sentimos pela nossa família e muitas coisas mais! Dissemos e partilhámos tantas coisas importantes e bonitas que, no final, cada turma elaborou um texto coletivo. E que é simplesmente maravilhoso! Posteriormente, cada turma recolheu elementos/materiais reutilizáveis de cores específicas. Ao longo do mês de junho, recortámos, colámos, conversámos, pintámos com guache, caneta, aguarela e lápis de cor, partilhámos, usámos tecidos, revistas, folhetos, sacos de plástico, tampas, restos de material escolar, papéis de vários tipos, ouvimos músicas bonitas… misturámos tantas coisas que achávamos que não serviam para nada! Fomos pacientes e, a pouco e pouco, os nossos gigantes corações de papel foram ganhando cor e vida! A seguir, juntámos tudo: corações, textos e pós-de-perlim-pim-pim! Juntos construímos esta maravilhosa memória coletiva em que o lugar-comum é sabermos que “a família é AMOR”… Podem apreciar o nosso trabalho no átrio do primeiro andar, do Bloco B, da Escola Básica de Amareleja!

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Por Silvy Ribeiro

No âmbito das disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica, os alunos da turma A do 6.º ano, com a orientação da docente Silvy Ribeiro tingiram umas t-shirts. As mesmas foram-lhes oferecidas no Dia Mundial da Criança, assinalando-se e comemorando-se assim o dia. Feliz dia aos meus meninos!!

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Por José Pinto

Ao longo dos 2.º e 3.º períodos, a turma do 9.ºB participou com êxito num projeto proposto pela EPIS (Empresários Pela Inclusão Social) em parceria com a farmacêutica BOEHRINGER INGELHEIM, intitulado “Missão Inovar é Possível 2021”, cujos objetivos gerais da missão foram ajudar os alunos a encontrar o seu rumo vocacional e aumentar os índices de sucesso, contribuindo também para a diminuição do abandono escolar. Este projeto teve por base um jogo numa plataforma digital que consistiu no lançamento de um novo medicamento contra a diabetes. O jogo desafiou os alunos a serem especialistas de vendas, marketing, produção, logística, entre outros

departamentos, sendo lançados desafios de quinze em quinze dias. O projeto terminou no passado dia dezoito de junho de 2021, tendo sido a aluna Maria Clara Tiago, com o projeto “MediMago – medicina a seu lado”, a vencedora da escola e ainda vencedora a nível nacional, conquistando mais votos entre os jurados nacionais. O projeto teve bastante adesão e entusiasmo por parte dos alunos da turma. A seguir, ficam algumas imagens do projeto vencedor.

Logotipo da empresa

Logotipo do medicamento

Projeto criado pela aluna Maria Clara Tiago, 9.ºB 20


Por Carla Vasconcelos e Rute Lourenço

Neste ano letivo, decorreu na nossa escola mais uma edição do Concurso “Rosa dos Ventos”. As professoras de Geografia e de História e Geografia de Portugal lançaram o desafio e os alunos dos 5.º e 7.º anos participaram com muito empenho e criatividade. As votações decorerram online, tendo todos os alunos dos 2.º e 3.º ciclos votado no trabalho mais original. Devido à pandemia, não foi possível fazer uma exposição com os trabalhos, de modo que partilhamos os três vencedores. Obrigada a todos pela fantástica participação!

1º lugar Margarida, Madelena e Leonor Frias, 7.ºA

2º lugar Martim, Carlos e Miguel, 7.º A

3º lugar Teresa, 5.ºC 21


Por Carla Vasconcelos

Na última semana de aulas do 3.º período, os alunos do 8.º A e B “arregaçaram” as mangas e, no âmbito da comemoração do Dia do Ambiente e da abordagem do tema “Voluntariado”, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, dedicaram um pouco do seu tempo à limpeza de lixo no recinto escolar. Os alunos ficaram surpreendidos com a quantidade de resíduos que apanharam do chão, tendo manifestado uma grande sensibilização para este problema que poderá ter consequências para a saúde pública e para o ambiente. “A Brigada do Ambiente” teve como objetivo incutir nos alunos o espírito de voluntariado e a sensibilização para a importância da preservação do ambiente.

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O QUE LEMOS... Um grupo de três amigas tem uma caixa especial. Nessa caixa surgem enigmas que as levam a um mundo secreto. Elas acabaram de receber um enigma que as conduziu até à misteriosa Praia Dourada, onde encontraram uma fadinha – aTrixi – que as levou a conhecer a Praia. Lá, encontraram golfinhos, fadinhas e fadinhos, barraquinhas de anéis e de pulseiras. Elas ficaram de se encontrar às oito na torre do relógio, para encontrar um raio, mas não se passou nada de errado. De repente, surgiu um tornado cheio de elfos que destruiu a praia, deixando à vista um raio: o raio da rainha Malice. A Trixi deu uma pancadinha no seu anel para mandar uma mensagem ao rei Merry

(irmão da rainha Malice) e este foi logo para a Praia Dourada. Ele vinha com dois golfinhos, com calções e com boias nos braços. Acenou às raparigas, mas deu-se mal porque caiu. Elas tiveram a ajuda da Willow que lhes disse que a areia que tinha sido roubada estava na gruta. A Jasmine teve a ideia de utilizar a magia da pérola que as tornava invisíveis. Então, entraram na gruta e viram os elfos que estavam com a areia mágica. Elas assustaram-nos e desataram a correr com os sacos de areia, mas a história não termina aqui. Se gostas de aventura, lê este livro. Érica Zambujeira, 7.ºB

Trata-se de um livro cuja história reflete a desigualdade de género e o preconceito que existe com a troca de gostos que, supostamente, são associados a meninos e a meninas. O livro relata a história de uma menina que queria como prenda de anos uma metralhadora, mas a mãe leva-a a uma loja e condu-la para a secção que, segundo os esteriótipos da sociedade, tem brinquedos adequados às raparigas: bonecas cor-derosa, aspiradores, espanadores, etc. É aqui que a luta de Vanessa começa, pois ela tudo faz para ter aquilo que quer e tenta perceber por que razão tem de haver coisas próprias de meninos e coisas próprias de meninas. Trata-se de uma obra pertencente ao género dramático, que nos faz pensar sobre os preconceitos com os quais nos deparamos, desde logo, no ambiente familiar. Lia Tito, Manuel Piteira e Martim Pereira, 9.ºA

A primeira razão que me levou a ler este livro foi o facto de eu gostar muito de animais, principalmente de cães. Trata-se de uma história emocionante e, ao mesmo tempo, cheia de humor que ralata a vida de um cão que renasce várias vezes, encarnando noutros cães. Ele tem um propósito e não desiste dele, daí as suas várias vidas. Esta história vem comprovar os laços que se criam entre o ser humano e os seu animais. Inês Caçador, 9.ºB 23


O QUE ESCREVEMOS...

Por Luísa Valadas

Os alunos do 3.ºA da escola de Amareleja estudaram a estrutura da carta e escreveram algumas dirigidas ao senhor Diretor, onde colocam alguns problemas e fazem os seus pedidos. Aqui ficam quatro exemplos:

Amareleja, 18 de junho de 2021

Amareleja, 18 de junho de 2021 Exmo. Sr. Diretor

Exmo. Sr. Diretor

Eu informo que o campo de futebol precisa

Eu venho informá-lo de que o lago está muito

de melhorias.

poluído com iogurtes, papéis, sandes, etc.

Gostaria que, no campo de futebol, no chão,

Eu gostaria que o lago fosse limpo quinzenalmente

metessem relva para, quando cairmos, não

e que os alunos comessem o seu lanche na sala

nos aleijarmos.

de aula para que os papéis que eles põem no chão

Também gostaria que as balizas tivessem

não vão para o lago.

redes e a cor dos postes fosse branca. Com os melhores cumprimentos Com os melhores cumprimentos

Maria Inês Caro Jerónimo Leandro Sousa Martins

Amareleja, 18 de junho de 2021

Amareleja, 18 de junho de 2021

Exmo. Sr. Diretor

Exmo. Sr. Diretor

Venho, por este meio, pedir para que a

Eu gostaria de pedir que o lago da escola

escola

interior.

fosse limpo porque ele está todo cheio de lixo.

Gostaria que a piscina fosse perto da horta.

Eu também gostava de ter de volta o parque e

Eu estou a dizer isto, porque quando eu

ter mais diversão e baloiços.

possa ter

uma

piscina

andava na minha escola, em Faro, tínha piscina e lá fazíamos natação. Então,

Com os melhores cumprimentos

gostaria que os meus colegas também tivessem aqui uma piscina para fazerem

Maria Inês Silva

natação. Com os melhores cumprimentos Beatriz Barradas

24


Por Luísa Valadas

Maria Inês Silva, 3.ºA Beatriz, 3.ºA

Maria Inês Caro Jerónimo, 3.ºA

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Por Luísa Valadas

Matilde, 3.º A 26


Duarte Ramos Bonito

Beatriz

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Por Francisca Barradas

A Bela Flauta Estava a bela flauta Na sua bela sala de música No seu suporte a descansar, Com seu metal de prata A todos encandeava. Alguém entrou Deitou olhos à porta E avistou uma velha requinta. - Diz-me tu, ó requinta Dessa tua boa memória, Se encontraste meu marido clarinete, Pois há muito que o não vejo. - Encontrei tantos clarinetes Que nem os consigo contar. Diz-me tu, ó flauta, As senhas que ele levava. - Levava taxas reluzentes, Campana assinada Com Mariana D´ Almada.

- Pelos sinais que me deste

Dá-me outra coisa, senhora,

Lá o vi desmontado numa caixa.

Se queres que o traga aqui.

- Ai triste de mim, coitada!

- Não tenho mais que te dar,

De três clavinhas que tenho

Nem tu mais que me pedir.

Sem nenhuma saber nada.

-Tudo não, flauta minha,

- Que darias tu, flauta,

Que ainda te não deste a ti.

A quem no trouxera aqui?

- Cobarde que tanto pede,

- Dera-lhe as minhas melhores peças

Não é pessoa de bem.

As mais belas que já vi.

Por isso saia da minha sala.

- As tuas peças não quero,

- Esta anilha d´oiro

Que te custaram a aprender.

Que é dela, a outra metade?

Que darias mais, senhora,

Pois a minha, vê-la aqui.

A quem no trouxera aqui?

- Tanto tempo que chorei,

- As minhas três clavinhas,

Tanta nota que falhei:

Pois todas elas iam gostar de ti

Deus te perdoe, marido,

- As tuas filhas não quero,

Que me ias matando aqui.

Pois não são para mim.

Eva Martins

A Bela Gata Estava a bela gata Na sua cama deitada, Com sua bola brincava. Deitou os olhos à janela E viu um grande jardim, Gato que lá estava Muito bem que brincava. Saltou a janela e foi ter Com o gato. - “Dize-me tu, ó gato Nessas tuas brincadeiras Se encontraste meu marido Que este bairro pisava. - Anda tanto gato Neste bairro Diz-me tu, ó gata, As senhas que ele levava. - Levava uma coleira doirada, Um rato para brincar, Na ponta dos seus bigodes Muito leite pingava.

- “Pelos sinais que me deste Lá o vi num telhado A cair dele estava.” - “Ai triste de mim, viúva, Ai triste de mim, coitada! De três gatinhos que tenho Sem nenhum saber andar!...” - “Que darias tu, ó gata, A quem no trouxera aqui?” - “Dera-lhe coleira de oiro e prata fina, Da mais bela que há por aí.” - “Não a tua coleira Não na quero para mim: Que darias mais, gata, A quem no trouxera aqui?” - “De três ratinhos que tenho, Os três te daria a ti; Um para te servir de jantar, Outro para leite te dar, E o último para contigo brincar.”

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- “Os teus ratos não os quero para mim: Que darias mais, ó gata, A quem no trouxera aqui?” - “Não tenho mais que te dar, Nem tu mais que me pedir.” - “Tudo não, gata minha, que ainda não te deste a ti.” - “Gato que tal pede, Que tão vadio é de si, Cães, meus cães, Acudi-me agora aqui.” - “Esta coleira que contigo reparti… Que é dela a outra metade? Pois a minha vê-la aqui.” -“Tantos anos que miei, tantos anos que gemi! Deus te perdoe, gato, Que me ias assanhando aqui.” Laura Rosado e Patrícia Calado


Por Alice Rocha

PARA REFLETIR Cidadania e Férias

Os meses de verão são meses que convidam aos passeios, às viagens, à praia, ao campo e ao tempo passado ao ar livre com a família mais alargada e com os amigos. Por serem meses associados a férias, ao lazer e a uma quebra na rotina de um ano de trabalho, há, por vezes, a tendência de "quebrar regras", isto é, de fazermos coisas que normalmente não fazemos durante o ano. Ora, a cidadania não tira férias, ou pelo menos não devia tirar. Assim, aqui fica a reflexão para os seguintes tópicos: nas férias, continue a fazer a separação de resíduos onde quer que se encontre; se vai fazer um piquenique, cumpra as regras de segurança relativas a incêndios e não deixe lixo no chão; em viagem, cumpra as normas de segurança rodoviária e os limites de velocidade, não use o telemóvel enquanto conduz, não consuma bebidas

alcoólicas antes e durante a condução e não faça manobras perigosas; se vai para alojamentos que não são seus, não desperdice água nem luz; não compre por impulso bens de que não precisa efetivamente; faça uma alimentação variada e equilibrada, evitando os alimentos processados e embalados; leia com atenção rótulos e compare preços; apesar de estar de férias, mantenha um padrão de sono, respeitando a noite para dormir e o dia para estar acordado; respeite os outros; não abandone animais e, se vir animais abandonados, na impossibilidade de os recolher, contacte associações de animais ou as autoridades competentes; não partilhe "notícias" nas redes sociais quando não souber se são verdadeiras; seja crítico em relação ao que é publicado e ao que publica nas redes sociais, pois, se não o fizer, está a ser manipulado e a manipular outros. E porque a pandemia ainda existe, cumpra as regras essenciais: uso de máscara, distanciamento social e lavagem/desinfeção das mãos. Não se descuide porque os "acidentes" ocorrem naquele preciso momento em que nos descuidamos. Seja consciente, crítico e responsável! Cuide do seu bem-estar e do bem-estar dos seus familiares. Seja feliz! E não se esqueça, a cidadania não tem férias! Para aqueles que apreciam poesia deixo um dos poemas de António Gedeão:

Amor sem tréguas

c

É necessário amar, qualquer coisa, ou alguém; o que interessa é gostar não importa de quem.

Amar por claridade, sem dever a cumprir; uma oportunidade para olhar e sorrir.

Não importa de quem, nem importa de quê; o que interessa é amar mesmo o que não se vê.

Amar como o homem forte só ele sabe e pode-o; amar até à morte, amar até ao ódio.

Pode ser uma mulher, uma pedra, uma flor, uma coisa qualquer, seja lá o que for.

Que o ódio, infelizmente, quando o clima é de horror, é forma inteligente de se morrer de amor.

Pode até nem ser nada que em ser se concretize, coisa apenas pensada, que a sonhar se precise.

António Gedeão

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ECO-ESCOLAS

Por Lília Fernandes e Susana Balinha

Celebrou-se, no passado dia 3 de maio, o Dia Internacional do Sol, alertando-se toda a população para a nossa principal fonte de vida na Terra. Sabemos que a luz e o calor por ele transmitidos são essenciais a todos os seres vivos e a sua energia pode e deve ser aproveitada numa tentativa de aproveitar os recursos naturais renováveis. Também no dia 29 de maio se assinalou o Dia Nacional da Energia. Essa comemoração visa alertar

toda a população, empresas e outros órgãos, para a necessidade de desenvolver estratégias de eficiência energética. As condições excecionais da pandemia por Covid-19 impediu-nos, este ano letivo, de realizar exposições como tem sido hábito em anos transatos. Assim, e porque não vamos deixar que alguns trabalhos realizados pelos alunos no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica não sejam conhecidos, serão divulgados por este meio, salientando que se privilegiou sempre o uso da reutilização de materiais na sua concretização.

Candeeiros realizados pelos alunos dos 8.ºA e B durante o Ensino à Distância

Júlia Baleizão

Vanessa Baleizão

Tomás Lopes

Afonso Tareco

Beatriz 30

Francisco Ferro

Lara Lucas


Fornos Solares realizados pelos alunos dos 8.ºA e B

Já no ensino presencial, na disciplina de Educação Tecnológica e em articulação com o projeto EcoEscolas, os alunos foram desafiados a construir fornos solares. O resultado encontra-se nas imagens abaixo.

Rita Teixeira e Raquel Patrício

Laura Figueira 31


Por Elisabete Vogado

CLUBE DE PROTEÇÃO CIVIL

Ao longo deste período letivo, no espaço reservado ao funcionamento do clube, foram abordados os temas da segurança e respetivos comportamentos em diversas situações como em caso de incêndios (em casa, na escola, na floresta), calor intenso, cuidados a ter na piscina e na praia. Além destas temáticas, a

situação de pandemia que atravessamos também foi bastante analisada relativamente a todos os cuidados que devemos ter perante a mesma. Como forma de sensibilizar para a importância da proteção civil, de promover a reflexão e o diálogo em torno dos riscos a que territórios e populações estão sujeitos, assim como alertar para o papel que cabe a cada um de nós, cidadãos, realizamos um simulacro de incêndio no dia 23 de junho. O mesmo decorreu de forma bastante correta e ordeira. Porque TODOS SOMOS PROTEÇÃO CIVIL!

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Por Alice Rocha

Durante o 3.º período, o Clube de Teatro ensaiou duas peças, "Lutar pela liberdade" e "Uma questão de energia", mas só apresentou a última peça mencionada. As três semanas que mediaram o início do 3.º período e o dia 25 de abril e ainda os constrangimentos de horário devido à pandemia não permitiram tempo suficiente para ensaiar e filmar a peça "Lutar pela liberdade", pelo que a atividade não se concretizou em pleno. Passou-se então à segunda peça, "Uma questão de energia", que abordou as energias renováveis e foi apresentada às turmas do 1.º ciclo da escola sede, no dia quatro de junho, pretendendo-se, assim, celebrar o Dia do Ambiente,

que se comemora efetivamente no dia cinco de junho. Esta peça foi ainda apresentada às turmas do 2.º ciclo, no dia seis de julho. A peça correu muito bem e todo o elenco está de parabéns! Mais uma vez, os nossos pequenos atores e atrizes revelaram

muito

empenho,

responsabilidade

e

expressividade em palco.

Nome

Personagem

António Martins

Água dos Rios

Beatriz Silva

Camada de Ozono

Inês Bairinhas

Petróleo e Carvão

Laura Rosado

Água dos Rios

Leonor Mendes

Sol

Maria Inês Monteiro

Vento

Miguel Fachadas

Água dos Mares

Salvador Ruivo

Menino

Ficha Técnica da peça "Uma questão de energia":

Não te esqueças que com a participação no Clube de Teatro desenvolves várias competências, algumas das quais:  Promover hábitos de leitura;  Aperfeiçoar o domínio da língua portuguesa (expressão oral e escrita);  Desenvolver a expressividade, a colocação de voz e a expressão motora;  Desenvolver a criatividade e o sentido estético;  Contribuir para o desenvolvimento da autoestima, da autoconfiança e da autonomia;  Ajudar a capacitar os alunos para falarem em público ou para públicos alargados;  Melhorar a relação interpessoal;  Desenvolver o espírito crítico, o sentido de responsabilidade e a capacidade de intervir;  Promover o trabalho em equipa, o espírito de partilha e o respeito pelas normas básicas de

convivência em grupo;  Promover atitudes de diálogo, argumentação e compreensão do mundo e dos outros;  Possibilitar de uma forma lúdica, através dos temas selecionados, a interiorização de valores como o

respeito pelo Ambiente, a amizade, a cidadania europeia, entre outros.  Contribuir para o crescimento pessoal dos alunos.

Agora vêm as férias, mas para o ano há mais! O Clube de Teatro está sempre à tua espera! As peças

apresentadas pelo Clube de Teatro pretendem comemorar factos históricos e culturais e promover uma cidadania ativa. Esperemos que, no próximo ano letivo, possamos todos continuar a estar em palco com público a assistir… Boas férias e até setembro! 33


DESPORTO ESCOLAR

Por docentes do Grupo de Educação Física

No dia 9 de junho, realizou-se, no Agrupamento de Escolas de Amareleja, o torneio de Gira-Vólei. O calor abrasador que se fez sentir não impediu nem desmotivou que as duplas participassem na competição.

Os jogos tiveram início pelas 9 horas. Os vários escalões distribuíram-se pelos quatro campos de GiraVólei, preparados na véspera pelos docentes de Educação Física. A maratona de jogos estava, assim, pronta para que se iniciasse a primeira fase da competição. A competição foi renhida e todas as equipas deram o seu melhor para que pudessem, no final, colocar os pezinhos no tão desejado pódio, mas apenas três duplas de cada escalão tinham o direito de o pisar. Estão de parabéns as duplas de Infantis B Masculinos: Martim Benigno e Miguel Ramos (Los tugas) pela obtenção do 1º lugar; Vasco Mendes e Daniel Agulhas (Os atropelas) pela obtenção do 2º lugar, e os alunos Duarte Arsénio e Luís Camacho (The Best) pela obtenção do 3º Lugar. Nos infantis B Femininos, estão de parabéns as duplas: Catarina Sousa e Alice Sousa (Super Power) pela obtenção do 1º lugar e a dupla Luana Pinto e Iara Mateus (As grils) pela obtenção do 2º Lugar. No escalão de Infantis B femininos, apenas participaram duas duplas.

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Nos iniciados Femininos, estão e parabéns as duplas: Eva Rodrigues e Leonor Santana (Albinosseqs) pelo 1º lugar no pódio. Ao 2º lugar do pódio subiu a dupla: Alice Cruz e Lia Tito (As porquinhas) e, por fim, no 3º lugar do pódio subiu a dupla Amira Negoita e Ana Fontes (Grils Power). Para os iniciados masculinos, a dupla Tomás Ferreira e Tomás Pires (Os pianitos) pisaram o 1º lugar do pódio; os alunos Leonardo Ferreira e Rodrigo Vitorino (Tiro e Queda), pisaram o 2º lugar e a dupla Tomás Rosado e Rodrigo Santos (Os Caricas) pisaram o honroso 3º lugar. O escalão de Juvenis contou com a participação de apenas uma dupla, João Carapuça e Henrique Nunes (Os caçadores de bufas mortas), tendo assim obtido o 1º lugar nesta competição. Apesar de haver apenas uma dupla neste escalão e o primeiro lugar estar garantido, os alunos competiram juntamente com o escalão de Iniciados, tendo dado luta aos seus adversários. Para que as duplas deste último escalão não

fossem prejudicadas, as competições entre iniciados e juvenis não contaram para a classificação final.

Todos os participantes estão de parabéns pela forma empenhada como competiram e pelo respeito e cumprimento das regras adotadas devido à COVID-19. O grupo de Educação Física não pode deixar de agradecer ao Sr. Carlos, D. Bete e D Antónia por todo o apoio prestado durante o torneio. A eles e a todos que de alguma forma contribuíram, o nosso muito obrigada.

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Por David Fialho

SABIA QUE...

Sabia que este ano letivo foram avaliados e/ou acompanhados pelos Psicólogos do Agrupamento 102 alunos? Pois é, são cerca de 20% das nossas crianças e jovens, o que resulta numa percentagem elevada de alunos em acompanhamento... Problemáticas do foro emocional, temperamental, comportamental, social e do desenvolvimento, bem como questões associadas a dificuldades de aprendizagem e ao trabalho escolar justificaram a nossa intervenção. Normalmente, cada aluno acompanhado manifesta várias destas dificuldades que surgem inter-relacionadas. Por exemplo, um aluno com dificuldades de aprendizagem pode apresentar, ainda, uma fraca confiança, falta de motivação,

ansiedade de desempenho e dificuldades comportamentais ou sociais. As perturbações de desenvolvimento também surgem com alguma frequência e também estão associadas a diferentes limitações ou dificuldades. O nosso trabalho consiste em avaliar e intervir nestas dificuldades, de modo a servir de apoio e suporte para estes alunos. Pretendemos, sempre, trabalhar as limitações detetadas, reduzindo ou eliminando-as e promovendo o desenvolvimento de competências que facilitem: o desenvolvimento de cada criança, o seu bem-estar e ajustamento emocional, temperamental, comportamental e social, assim como, o desenvolvimento de aprendizagens. Esta intervenção, para ser de sucesso, conta com a participação e colaboração dos Pais e Encarregados de Educação, dos Professores e de outros Técnicos. As avaliações dos acompanhamentos resultam, na sua maioria, em alguns ou muitos progressos, o que nos satisfaz.

Ainda assim, e voltando ao número elevado de alunos em acompanhamento, contínua a preocupar-nos esse elevado número de crianças e jovens a revelar problemas ou perturbações que justifiquem a nossa intervenção. Acreditamos que este número poderá ser reduzido com a aplicação de programas para o desenvolvimento de competências sociais e emocionais que resultam na prevenção destas dificuldades. Deste modo, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, foi desenvolvida, durante todo o ano letivo, a “Talha de Emoções” que pretende favorecer, ao longo dos

quatro anos deste ciclo, o desenvolvimento de competências

emocionais e sociais. Para os 2.º e 3.º Ciclos, foram realizadas duas intervenções em todas as turmas. A primeira pretendeu trabalhar questões associadas ao comportamento em contexto escolar, a segunda teve a finalidade de promover bons hábitos e métodos de estudo, bem como a motivação para o trabalho escolar. Por fim, todos alunos de 9.⁰ Ano benificiaram da participação num programa para o desenvolvimento da confiança e da segurança pessoal e para a redução da ansiedade social e de desempenho. Acreditamos que a intervenção individual e que a aplicação destes programas vai contribuir para

o

adequado

desenvolvimento

dos

nossos

alunos,

mas

consideramos

que

o

envolvimento, participação e colaboração dos pais pode e deve melhorar. Deste modo, o objetivo de melhorar a participação dos pais vai ser reforçado. No próximo ano letivo, vamos ter esse foco, o de garantir uma maior e melhor participação de Pais e Encarregados de Educação.

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