agulha calendário de cultura | número cinco

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

junho

nº cinco

ano 1 | 2017

nºcinco

junho

ano 1 | 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

agulha.cc quem participa? índica AUDIO REBEL EMBOLACHA LEÃO ETÍOPE DO Méier sarau do escritório cep 20.000 4 por cabeça saracVra livro volante projeto entre a.nota azougue editorial CAvIDEO OFICINA EXPERIMETAL DE POESIA A MESA coletivo chama CURTO CIRCUITO VERA K. GALPÃO LADEIRA DAS ARTES ETNOHAUS cantores del mundo 57 CASA ABERTA MADAME EVA DONNINHA

OUTRAS A cidade passa por um momento singular: de um lado, uma grave crise econômica e institucional; de outro, a efervescência de uma cena artística e cultural que insiste em afirmar vidas possíveis neste início de século – verdadeiros ecossistemas às bordas dos circuitos instituídos. O meio somos nós, que habitamos e orbitamos este tempo, nesse lugar. Pela união de nossas pequenezas, uma série de coletivos, agitadores, pensadores e artistas, fizemos este jornal mensal e gratuito que ora vos lê, contendo uma agenda em comum e uma série de reflexões sobre a cena cultural que movimentamos (e nos movimenta).

quem faz? editores: Gabriela Gomes, Lernie Brandão e Santiago Lampreia. colunistas: Pollyana Quintella e Rebeca Brandão. charge: Vidi Descaves agulha.cc@gmail.com www.agulha.cc

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BOTTOM DE POETA

sanguínea toda uma microbiota bárbara se tece por sobre minha pele no mínimo espaço em que toda uma microbiota esvanece barbaramente em barrouquismos úmidos estou sempre suja de sangue ou seja : todo um vermelho sarduy me faz verter esse mênstruo prenhe §

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cinegrafista como observador passivo policial como agressor eu grito : vítima insubmissa [está tudo envolto em névoa das bombas de gás] uma coragem estúpida – eu grito; 1 – mirou meus olhos com o spray de pimenta 2 – me deu a conhecer o ódio cinegrafista: 1 – imparcialidade fria 2 – seguiu meus passos com a câmera 3 – não me disse uma palavra 4 – perguntou se eu queria falar com a polícia ou com os bombeiros 5 – me entregou com frieza aos policiais antes, na hora fatídica, fechei os olhos atrás das lentes e caminhei cega / voz travada à garganta [breve momento alongado pela adrenalina] LIV LAGERBALD é poeta e artista visual brasileira, nascida em 1989. É autora de uma plaquete pela cozinha experimental que pode ser lida online. O poemas acima está em O Crize (Urutau, 2016), seu último livro.

Agulha - Calendário de Cultura nasce e vive num período crítico, em que as pequenas posturas serão lembradas ainda daqui a muito tempo. Ao escrever sobre esse papel-jornal, inscrevemos nossa ação sobre a história. Afinal, que dirão de nós as futuras gerações caso não saibamos agir à altura dos acontecimentos? Nas seguintes páginas, e insistentemente a cada edição, pretendemos dar conta disto: divulgar e registrar as movimentações do nosso tempo, e assim trazer à superfície essas narrativas outras – nossas. À vida, sem mistificação, em todas as suas manifestações. E um viva ao sexto mês de Agulha! Sigamos!

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Disparos semanais com toda a programação dos coletivos separados por dias e com link pro evento.

O melhor jeito de ficar sabendo o que tá rolando pelo Rio de Janeiro.

Assine ainda hoje! Os disparos acontecem todas as segundas pra dar tempo de se planejar pra semana <3 Se inscreve aqui ó: http://tinyletter.com/agulha em breve: clube de assinaturas da agulha.

pontos de distribuição: Arena Carioca Dicró: Parque Ary Barroso, Penha // Audio Rebel: Rua Visconde de Silva, 55 - Botafogo //Azougue Editorial: Rua Visconde de Pirajá, 82/115 - Ipanema // Casa Naara: Rua Teófilo Otoni, 134 - Centro // Cavideo Locadora: Cobal Do Humaita, Loja 25A - Humaitá // Colaboratório ESDI: Rua do Passeio, 80 - Centro // Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto: Rua Humaitá 163 - Humaitá // etnohaus: Rua das Palmeiras, 26 - Botafogo // Galpão Ladeira das Artes: Rua Conselheiro Lampreia 225 - Cosme Velho // Hospedaria Rio: Rua Vicente de Sousa, 29 - Botafogo // Livraria Da Travessa Botafogo: Rua Voluntários da Pátria, 97 - Botafogo // Oficina Experimental de Poesia: Rua Dias da Cruz, 170 (Imperator Centro Cultural João Nogueira) - Méier // SARACVRA: Rua Sacadura Cabral, 219 - Saúde/Zona Portuária // Teatro Ipanema: Rua Prudente de Morais, 824 - Ipanema // Teatro Oi Futuro Ipanema: Rua Visconde de Pirajá, 54 - Ipanema // Editora 7Letras: R. Visc. de Pirajá, 580 - Loja 320 - Ipanema //Teatro O Tablado: Av. Lineu de Paula Machado, 795 - Lagoa // EAV Parque Lage: R. Jardim Botânico, 414 - Jardim Botânico // 57 Casa Aberta: Rua Vinte e Quatro de Maio, 57 - Rocha // Donninha: Rua Santo Afonso, 445 Tijuca // Circo Voador: R. dos Arcos, s/n - Lapa, Rio de Janeiro

número cinco

Nossa roda de cada dia Na lembrança, a infância suburbana era marcada pelos pagodes da vida. No bairro proletário, a cada esquina, surgiam um molejo, uma negritude, uma arte popular.

O espírito pagodeiro tomava conta de vários corações e corpos que transitavam. A nostalgia com as letras e suingues das vozes populares varriam a vida com muita irreverência e achavam o pimpolho um cara bem legal. No entanto, o tempo surpreende e lhe confronta com o inesquecível. Conhece-se uma escola de samba e é abocanhado pelo ritual de uma roda de samba.

Primeiro ato. Era tarde de um domingo. Andava pela estrada da Portela, quando me deparo com senhores e senhoras bem vestidos de azul e branco numa garagem

rua

POR SARAU DO ESCRITÓRIO

entre batuques e cantorias conquistando cada um dos presentes.

Comprei uma cerveja, puxei um papear e fiquei ali deslumbrado com tanta energia. Antes disso, já tinha sido contagiado pela celebração da vida numa escola de samba. Gente de diferentes lugares e interesses celebrava o samba-enredo e se deliciava com a famosa feijoada. Porém, o que mais chamava atenção era o espírito comunitário da festança. A comunidade cantava e se orgulhava de estar ali. O gogó e as pernadas não se cansavam.

Segundo ato. Na Pedra do Sal. Às 20 horas de uma segunda, começava o batuque seguido pela cantoria.

Na roda, um círculo de gente assume o ritual. Uma mulher negra, alta e entusiasmada acompanhava com versos e refrões. Estava sempre ali

com seus cabelos crespos e óculos. Era o símbolo anônimo daquele momento. Simbolizava felicidade, compromisso e entusiasmo com os cantos da Pedra.

Na percepção do andante carioca, o movimento das rodas, dos sambas e da cidade simbolizam a riqueza do povo de rua. É preciso valorizar, fortalecer e contemplar o espraiamento da cultura popular pelos descaminhos dessa cidade de São Sebastião e Oxóssi. É culto, é festa, é política. É território do brincante e do cantante. Em diferentes cantos, o povo de rua está presente em suas rodas, encontrando e desencontrando as pessoas e os lugares. Na Pedra do Sal, a moça é prosa. Na Tiradentes, a Teresa pede e o povo dança. No beco, são os novos compositores. Em Madu-

A VOZ DE QUEM PRODUZ SOBRE O QUE ACONTECE NA CIDADE. O que a periferia deu para os saraus?

Alan Salgueiro. Ana Paula Lisboa.

Bambu das Flores. Bartolomeu Junior. Bruna Mitrano. Camila Senna.

Davi Marcos. Deley de Acari. Dudu de Morro Agudo. Ele Semog. Elizabeth Gomes. Elizabeth Manja. Felipe Araujo. Guilherme de Brito. Guilherme Lopes. Henrique Santos. Heraldo HB. Ivone Landim. Janaina Tavares. Jessé Andarilho. Joana Ribeiro.

Jonathan Hibrido. Leandro Araujo.

Leonardo Lopes dos Santos. Leticia Brito. Lisa Castro. Luiz Guarnier. Marcio Rufino. Marcos Marjan. Maria Inês.

Essa é apenas uma pequena amostra dos poetas que costumam se apresentar na cena de saraus do Rio de Janeiro, e que tem origem popular. Mais do que apenas reafirmar um boom poético, falar do momento atual da produção de poesia

Pedro Henrique Gomes – Arte-educador do Leão Etíope do Méier e andante dos descaminhos da cidade do samba.

POR LEÃO ETÍOPE DO MÉIER

sarau

parece ser um caminho para compreender também a importância das periferias, a qualidade artística do que está sendo produzido nessas regiões e seus fluxos criativos.

Mariana Belize. Monique Nix. Mv Hemp. Neide Vieira. Paulo Alves.

Paulo Sérgio. Raquel de Oliveira.

Rodrigo Santos. Romulo Narducci. Sidney Machado. Simone Ricco.

Slow da BF. Thiago Mathias. Tiago Dias. Tiago Nascimento. Vera Lima.

Victor Escobar. Vivi Salles. Xandu dos Ratos. Yolanda Soares. Aika Cortez. Ana Beatriz Cândido. Andrea Martins. Bruno Silva. Gabriel Mação. Daiane Mendes.

A maioria dos saraus do Rio acontecem em bairros periféricos.

Além das dezenas de poetas, essas áreas deram para os saraus um novo lugar de produção artística e literária, uma qualidade estética,

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reira, o jacutá dá samba. O samba é de todos e todas. É do trabalhador e do terreiro de criolo. Rola na feira, na praça, na esquina, na pedra. De domingo a domingo, tem roda na rua para brindar o povo de rua.

um hibridismo, assim como novos formatos de se apresentar e fazer arte. No calendário cultural do Rio você vai encontrar bairros onde outrora não se caracterizavam como um lugares de produção artística.

Senador Camará, Sepetiba, Realengo, Tanque, Piam, Cidade de Deus, Morro Agudo, Pedra de Guaratiba, Bangu, são hoje, alguns dos lugares de fala de nossos poetas.

Dando de Antares. Dona Tuca.

Guga Caldwell. Elaine Marcelina.

Estudante. Felipe Silva. Fernanda Otoni. Flávio Paixão. Halisson Gomes. Igor Oliveira Costa. Leonardo Rocha dos Santos. Lindacy Menezes. Maria Eduarda Cândido.

Mc Carolzinha. Marcelo Gularte.

Marcão Baixada. Marcelo Morgado. Mestre Zelão. Nathalia Roberta.

Raphael Ruvenal. Rejane Barcelos.

Sant. Xamã. Waldecy Pereira.

agulha.cc

POR OFICINA EXPERIMENTAL DE POESIA

o sonho é uma bomba de futuro Dia 1 ia vencer um boleto dos últimos livros que pedi, enfiei na mochila e fui de bike trabalhar. Tô com os cotovelos ralados por causa da queda de braço com o Marcelo.

Pedi que ele fingisse dificuldade por um tempo, ele fingiu, por isso se cansou e perdeu. Depois ganhou várias consecutivas com os dois braços, ganhamos o dia.

Na volta do colégio, quis passar susto na pista e ver o canavial, o cheiro do restilo. Antes de sair da vicinal, vi um peão apanhando. Tomou dois ou três tombos do encarregado, pedalei pra dentro da plantação. Antes de chegar perto dos dois, muitos outros sacaram a briga, puxaram facão e foram pra cima, juntou gente, encostei a mochila pra ver se dava pra separar, ficou impossível, fui pra pista. Equililbrei o pedal da bicicleta no acostamento, e pânico e tesão, ficou muito feio, muito peão, tavam colocando fogo em tudo, muito facão pro alto, acho que engoliram o encarregado.

Fumaça vindo pra pista. Era carro passando rente à bike. Tava vendo a hora de uma besta levar ela com tudo. Tava bom já. Deu. Subi, pedalei, fui dar jeito. Deixei uma maluquice pra trás que não dá pra contar de qualquer jeito. Lembrei da greve do Jirau.

Já tinha andado uma porrada, tava chegando na nossa casa nova, pensando no show das diretas do domingo, sujo de fuligem, cara, esqueci a mochila na treta do canavial. Cara, esqueci a mochila. Cara.

Voltar nem na bala. Tomei banho, ia pegar bar, sei lá, eu ia pegar bar e era o combinado mesmo.

Quando a gente tava no meio de um papo golpe, começando a tomar, esquecendo as cordas, um carro fechou outro na curva da Hermengarda, buzinaço, rua cheia, o cara do carro vinho, que tava atrás, tirou um cassetete pela janela e acelerou. Achamos tenso, matamos o copo, sumiram.

Não demorou nada, um pinta de vacilão desceu a rua com gente na cola, tentando segurar pela camisa. Ia esquivando e pulando e sumiu e a gente meio engasgado, achando a rua animada demais, tá maluco.

Não tinha nem acabado o copo seguinte, uma moçada enjoada virou a rua, pau na mão a rodo. Uns sentados, gente adulta mas menina, viram, levantaram, se olharam, fedeu, correram, os dos paus foram atrás, a rua abriu, era gente, cara.

Tinha gente ali. Coisa de 30 pra um lado e 100 pro outro. Nos outros bares mais gente foi levantado, tomando lado, indo pra cima na mão, sem pensar.

Virou uma meleca. Sério. Imagina nossa cara. Nem sei se pagamos a conta. Não era briga nossa, coisa de moçada, coisa de macho, muita gente. Cara, sei lá. Fechou o tempo e era uma porrada de correria rolando, gente indo e voltando. Gritaria também. Seguramos a onda no coworking que tem ali na Ana Barbosa. Uma moçada industrial e pós-punk dentro. Todo mundo na

euforia. A euforia dando todo tipo de comando. Uma ala começou a falar de educação! Porra, educação, maluco? Outra chegou falando de violência mesmo, de saturação, da treta generalizando. Tinha gente se querendo também, se experimentando, euforia é pra todo motivo, camarada.

Nem contei da briga na cana.

Aquilo não era briga, eu tava meio cozido com tudo. Desamarrei a bike, dei linha. Nem me expliquei.

Perguntaram se eu tinha certeza, eu tinha. Foi tenso. Saquei os caras me olhando na rua pra decidir se eu tinha ou não tinha que ser derrubado da bike. Decidiram que não. Mas todo mundo olhava. Malandragem, imagina um cu apertadinho junto um veneno, aquele gasinho de “se comprarem, não vou esperar me desmaiarem, vou trocar”, mas eu ia morrer na mão dos caras, dei sorte de me deixarem pedalar na boa.

Na chegada em casa, ainda com fumaça da cana grudada, grudada no nariz acho, sentindo cheiro de incêndio em tudo, chegando no portão, minha mochila, a mochila esquecida, mané, sumida, sei lá, sumida, não esqueci, acho que não, a mochila tava dentro do prédio, no cimento da entrada da garagem.

Tinham retalhado, sei lá, picotado a mochila. Tinha livro dentro ainda, alguma coisa tinha sumido, tava depenada. Não foi tranquilo. Fiquei numa merda imensa. Cara, a bosta do boleto tinha meu endereço, acharam o prédio, foram lá levar a mochila. Era aviso, tava feio, tava feio o negócio.

Heyk Pimenta é poeta. Migrante, pai de neném, professor de meninada, e poeta e poeta.

TEM GENTE NOVA!

poesia

A VOZ DE QUEM PRODUZ SOBRE O QUE ACONTECE NA CIDADE.

57 CASA ABERTA Produtora baseada no bairro do Rocha, um espaço para de idéias. Entrada: contribuição consciente. Rua Vinte e 03 JUN | 9H | OFICINA MOBI CO LAB Oficina de Marcenaria Básica. Facilitador: Diogo Reis (criador da Mobi Co Lab). 04 JUN | 14H | SOM POTENTE #2 COM CHICO DE BARRO, TAVERNE E ALMIR CHIARRATI Uma tarde de domingo para apreciar os novos horizontes da música independente brasileira em dose tripla. Curadoria Lucas Santos. 10 JUN | 18H | QUINTAL ABERTO #8 COM NEGO TRIO E LETTO Com muita alegria que convidamos a todos para mais um sábado de encontros musicais, com novos projetos de música de diferentes cantos da cidade. 23 JUN | 19H | FOTO,

número cinco

VOZ E VIOLÃO COM JULIO SEIXAS A performance “Voz, foto e violão” é fruto de 10 anos de registros fotográfico e visa ampliar e atualizar o conceito da fotografia para os tempos de hoje. Será que o “momento decisivo” concebido por Cartier Bresson, herói do fotojornalismo, impacta da mesma forma a nossa sociedade em rede? A resposta a essa questão norteia a apresentação fazendo o público se sentir parte do processo criativo das fotos exibidas. 30 JUN | 18H | RE(de) SENHA #5 COM JULIANE GAMBOA E AGILDO MONTEIRO Releitura de clássicos da MPB com novos artistas da cena musical carioca.

música

A VOZ DE QUEM PRODUZ SOBRE O QUE ACONTECE NA CIDADE.

POR BEL BARONI

mas também na maneira como fazemos as coisas, nos processos, na metodologia. O buraco é profundo, apertado e bem mais embaixo.

Não está dando mais para encaixar o feminismo apenas numa programação destinada às mulhe-

o que estou fazendo. Nós sabemos como é isso. É imprescindível apontar, meter o dedo na ferida, abrir espaços. Mas tenho sentido em todas as minhas relações – profissionais e pessoais – os riscos que corremos quando reproduzimos o binarismo.

O conflito não pode ficar no campo “homem e mulher”. Vamos discutir também norma e corpo, regra e provocação, naturalização e transformação? Vamos inventar nossos desejos e nossas possibilidades?

Mulher canta agudo, homem canta grave... e ciborg canta como?

Penso em Cássia Eller e Ney Matogrosso, em Pepê & Neném e MC Linn da Quebrada. Penso na letra de Chico Science: “computadores fazem arte / artistas fazem dinheiro”.

Eu tenho a palavra “feminista” no meu release, escrevo uma música sobre o clitóris e já vivi relações abusivas com mulheres. Sou um poço de contradições. Eu não sei. Tenho trabalhado com certezas temporárias.

E como é encantador o “não sa-

res. Como é ser mulher na música?

Não está dando mais para pensar feminismo sem pensar rompimento com o binarismo ou sem pensar a questão racial. Como é ser mulher na música? Não está dando mais para topar uma luta sem considerar todas as teias dessa rede caótica e também todas as maravilhosas diferenças que temos entre nós e que estamos sublimando de nossa convivência todos os dias.

Como é ser insone na música?

Senti muitas vezes vontade de gritar, e gritei.

Por ser mulher, é necessário não somente mostrar e realizar meu trabalho, mas provar para toda uma bancada patriarcal de juízes e protagonistas do meio musical que sei

DONNINHA Além dos lanches maravilhosos, toda segunda tem programação musical na Donninha da Tijuca. Sempre às 20h30. Rua Santo Afonso, 445, Tijuca.

05 JUN | JULLIE No show “Até o Sol” Jullie apresenta seu novo repertório autoral, que veio definir um caminho diferente para o trabalho da artista.

Acompanhada do cantor e músico Nando Motta no violão, Jullie interpreta, além das canções autorais, músicas de outros artistas da nova geração que admira, como 5 a Seco e Banda do Mar. 12 JUN | PROJETO DOIS VARGUINHAS (JULIA VARGAS + IVO VARGAS) Projeto que leva ao palco a cumplicidade musical dos irmãos Ivo Vargas e Júlia Vargas 19 JUN | ADAM EVALD Adam Evald é um compositor sueco

de chamber pop. Com honestidade e sagacidade, ele compõe um pop suave e agradável com toques de música clássica. 26 JUN | ÁLVARO LANCELOTTI Gravado por artistas como Maria Rita e Momo, ou ainda Roque Ferreira e a banda Babulina, Alvaro Lancellotti estreia novo show, apresentando seu recém lançado “Canto de marajó” agora em trio. O álbum - eleito pelo jornal O Globo um dos dez melhores discos de 2016 - mergulha em mantras, giras, pontos e batuques para levar mar adentro a música feita pelo carioca.

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ber”. A sociedade heteronormativa te pede certezas, definições, linha reta. Quais são suas influências, que estilo musical você toca, serra ou praia? Olha, depende. Eu gosto de tocar pelada, seja no frio ou no calor, e meu humor é minha maior influência. Hoje acordei mocinha, mas ontem eu estava bem caminhoneira.

Sinto gases antes de entrar no palco e solto os melhores peidos da vida cinco minutos antes de cada show. Não acredito na forma como vivemos e tenho cu. Essas são algumas pequenas certezas, pequenas vitórias. Elas, assim como minhas dúvidas e meus vazios, me definem, definem minha música, minhas relações.

Esse texto não é sobre como é ser mulher na música.

Bel Baroni é compositora e produtora. Participou das bandas Mohandas e Xana Xou, e ano passado lançou seu primeiro álbum solo, “Quando Brinca”.

TEM GENTE NOVA!

convergência de projetos culturais, desenvolvimento e realização Quatro de Maio, 57, Rocha.

TEM GENTE NOVA!

Em algum momento da vida comecei a escrever e fazer música.

Minhas letras falam sobre um monte de coisa que me atravessa – cidade, relações, medos, belezas. Sobre mim mesma. Em algum momento da vida consegui dizer sem medo que sou feminista. E percebo que o que me empodera e me fortalece pode também me colocar em lugares e projetos onde o debate de gênero fica restrito a, por exemplo, abordar a temática do “feminino”, se apresentar numa curadoria composta por artistas mulheres ou ser convidada para escrever sobre como é ser mulher na música. Nesses contextos, tenho vontade de ir mais fundo.

A norma encontra um jeito de encaixar a subversão numa gavetinha com uma hashtag estampada na frente. Agora há um espaço dedicado às mulheres, vejam. E então a sociedade heteronormativa não precisa absorver ou questionar nada, não se deixa atravessar pelo debate, não vai além. As mulheres tocam naquele dia que tem uma programação composta por mulheres e ponto. As bichas tocam naquela noite onde só vai ter bicha tocando e ponto. A gente tem é que explodir essas gavetinhas e deixar voar brasa para todo lado. O machismo não está só na presença esmagadora de homens no meio,

MADAME EVA Madame Eva é uma revista literária que prega a redundância constante como tônica do processo criativo, onde criar é recriar. Eva se propõe a ser uma alternativa para autores ainda anônimos que desejam ver suas palavras impressas e em circulação.

10 JUN | 17H Lançamento do terceiro número da Madame Eva. Novos textos, novos autores, novos artistas plásticos e a mesma redundância de sempre (claro)! O fino do fino! Contará com novidades performáticas e musicais no sempre explosivo ambiente da Baratos da Ribeiro, onde você poderá ouvir a discotecagem de Maurício Gouveia e seus convidados. Rua Paulino Fernandes, 15, Botafogo.

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declaro que li, compreendi e estou de acordo com a ineficiência da arte POR POLLYANA QUINTELLA

9.8. A Comissão de Seleção é soberana para julgar as questões de natureza artística relativas às exposições, não cabendo qualquer tipo de recurso contra suas decisões. *é de responsabilidade do artista desenvolver a sua pesquisa com o acompanhamento do curador e desenvolver trabalhos para a exposição. *é de responsabilidade do artista desenvolver a sua pesquisa com o acompanhamento do curador e desenvolver trabalhos para a exposição. *é de responsabilidade do artista desenvolver a sua pesquisa com o acompanhamento do curador e desenvolver trabalhos para a exposição.

4.2. A Comissão de Seleção levará em consideração as seguintes diretrizes norteadoras na avaliação dos projetos: qualidade e contemporaneidade artística; relevância estética e conceitual, qualificação do candidato; e viabilidade prática.

5.5. A Comissão poderá não aceitar obras que exijam cuidados especiais de segurança ou que ofereçam qualquer tipo de risco à segurança do público e/ou à integridade do espaço público que vier a abrigar a exposição; Categoria: Acessibilidade. Arte para todos. Transposição das barreiras física, sensoriais, comunicacionais e atitudinais no fazer artístico. § 3º. Os participantes têm total liberdade

temática, admitindo-se todas as tendências e correntes estéticas.

8.4. A inexecução total ou parcial dos projetos contemplados neste edital implicará a adoção de medidas judiciais cabíveis e a devolução, por parte do bolsista selecionado, dos recursos recebidos.

8.5. O bolsista selecionado será o único e exclusivo responsável pela realização do seu projeto, nas esferas civil, criminal e outras, isentando o Instituto de qualquer responsabilidade sobre o mesmo.

6.8. O bolsista selecionado licenciará ao Instituto o direito de exclusividade para exibir, divulgar, reproduzir, publicar e/ou utilizar o resultado final dos projetos pelo prazo de 1 ano a contar da sua data de entrega.

Durante este prazo, qualquer utilização do resultado final do projeto, incluindo, mas não se limitando à exibição, à publicação e à comercialização, em qualquer meio ou forma, dependerá da aprovação prévia e por escrito do Instituto.

Toda e qualquer divulgação do resultado final do projeto deverá ser sempre acompanhado do seguinte crédito: “Realizado com incentivo da Bolsa de Fotografia”.

5. A taxa de inscrição não será restituída, mesmo em caso de desistência. _ é vetado o uso de drogas ilícitas em toda e qualquer dependência. _

de acordo com a Lei Estadual n° 13.541/09, é proibido fumar nas dependências. _ A Residência é um espaço de uso comum. Regras de convívio devem ser respeitadas, onde comportamentos e atitudes que atrapalham o andamento e o bom relacionamento do grupo não serão admitidos.

13. O artista é responsável pelos atos do assistente, do cônjuge ou companheiro (a), bem como de qualquer pessoa que convide ou cuja entrada autorize.

14. Em função de limitações do edifício, não são aceitos crianças ou animais na residência.

15. É vedado ao artista hospedar, sem prévia autorização, quaisquer pessoas em seu estúdio.

5.5. Terminado este prazo, o Museu estará isento de responsabilidade sobre as obras, dando-lhes o destino que lhe convier. _ Os artistas transferem as obras premiadas a Prefeitura, a todo o tempo, por si, seus herdeiros e sucessores.

21.3 A inobservância dos prazos de retirada das obras levarão as mesmas a integrarem, permanentemente, o acervo de obras de arte.

3.12. Os materiais com má qualidade de visualização e/ou identificados incorretamente não serão avaliados, implicando a imediata desclassificação do participante; ***Declaro para os devidos fins, que estou ciente do regulamento e comprometo-me a cumpri-lo na íntegra.

POLLYANA QUINTELLA é historiadora de arte, crítica e curadora.

número cinco

charge

POR TASTEQUIET

Por uma estética do deslocamento POR REBECA BRANDÃO Dados de um relatório da ONU de 2013 revelam que, até 2050, 70% da população mundial viverá nos grandes centros urbanos. Hoje, metade da população mundial já vive em áreas urbanas, mas ⅓ se concentra em ocupações “irregulares”, como favelas e assentamentos informais.

Em geral, geograficamente falando, as periferias se constroem às margens dos grandes centros; entretanto, no Brasil, a concentração e a escassez da riqueza dividem o mesmo palco em inúmeras paisagens (principalmente no sudeste), estabelecendo novas relações entre os conceitos de centro e periferia.

Em fevereiro deste ano, por ocasião do Seminário “O que é a periferia, afinal?”, lideranças periféricas do mundo todo se reuniram por três dias no Complexo da Maré para juntas estabelecerem um conceito unívoco de “periferia”. Apesar de todo acúmulo vivenciado e discutido, saí de lá com a certeza de que o conceito “periferia” não caberia em nenhuma definição externa senão nos próprios cidadãos

periféricos, que, marginalizados pelas centralidades geográficas, afetivas, sociais e/ou estéticas, se deslocam cotidianamente rumo aos centros de suas vontades e necessidades.

Esse, para mim, é o fio que costura toda compreensão de periferia.

A propósito dessa reflexão, em maio, estreou no Canal Plá a série Trajetos, que traz a tona uma sequência de experiências estéticas nascidas da ligação entre paisagem, território e deslocamento. A série aborda seis personagens em seis percursos pela região metropolitana do Rio de Janeiro. São histórias sobre relações humanas e afetivas no transporte público, a partir da perspectiva de quem atravessa todo dia a cidade de encontro às suas próprias centralidades. Com isso, o Canal evidencia a busca por uma estética do deslocamento, e dela faz uma ação artística e ao mesmo tempo política. Os seis episódios da série passam por duas linhas municipais e duas linhas intermunicipais de ônibus, uma linha de barca, uma linha de trem e um trajeto

feito (quase) diariamente de bicicleta.

Não é de hoje que projetos e coletivos se reúnem a fim de registrar um momento da história e com isso inauguram uma estética própria.

Na Baixada, temos pelo menos três exemplos de uma ressignificação simbólica do território através do audiovisual: Tv Maxambomba, Mate com Angu e Cinema de Guerrilha da Baixada. O Canal Plá nasceu em 2015 do desejo de produzir uma memória audiovisual sobre os coletivos, iniciativas, pessoas e instituições que promovem ações socioculturais nas periferias do Rio. Hoje em dia, não apenas ensaia registrar ações como também criar sensações e linguagens que não referenciem essas regiões apenas pela resistência (naturalmente exposta e explorada pela tensão coação-liberdade), mas pelos repertórios múltiplos e por uma estética particular.

Segundo o mesmo relatório da ONU, o número de pessoas morando em favelas aumentou de 760 milhões, em 2000, para 863 milhões,

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“... o conceito “periferia” não caberia em nenhuma definição externa se não nos próprios cidadãos periféricos...” em 2012. Atualmente, mais de 140 mil pessoas vivem no Complexo da Maré, sem serviços básicos como agências bancárias e dos correios.

Estimativas apontam que até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em cidades que não têm capacidade estrutural nem planejamento para receber esta concentração de pessoas, o que significa que, até 2050, seremos todos periféricos urbanos.

Centros = anseios da nossa vontade. Destino do nosso afeto.

REBECA BRANDÃO é produtora cultural, moradora de Nilópolis.

junho PARA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO MÊS ASSINE NOSSA NEWSLETTER EM: http://tinyletter. com/agulha

ETNOHAUS etnohaus .:. rua das Palmeiras, 26, botafogo. entrada colaborativa .:. abertura da casa 19:00 / shows 20:00.

02 JUN | ETNOHAUS COM VIDA .:. AIAMA (PAÍS BASCO)AIAMA é o projeto em solitário da pianista e cantora basca Amaia Izarzugaza.

Seu repertório traz canções em que AIAMA canta em euskera, sua língua materna, passando também por sambas autorais escritos durante a sua passagem pelo Rio de Janeiro. 03 JUN | ETNOHAUS .:. COM VIDA ITAERCIO ROCHA o multi-artista maranhense, radicado em curitiba, apresenta em show inédito no rio suas composições autorais no formato voz e violão. Ita canções, músicas que contam um pouco de itaercio e suas relações com os universos do teatro, danças, teatro de bonecos, música e culturas populares. 04 JUN | ETNOHAUS COM VIDA .:. FOLI GRIÔ ORQUESTRA Um grupo novo na cena musical carioca que vem cativando o público onde passa com um som dançante e melódico, muito bem marcado com seus grooves inspirados no Afrobeat africano temperados com os sabores do Brasil e Caribe.

11 JUN | ETNOHAUS APRESENTA .:. TYARO MAIATyaro Maia é artista-pesquisador do movimento, do gesto, do canto, da cena, músico e bailarino envolvido em projetos como Agytoê, Renascimento, Rio Maracatu e outros.No show #meiocaboclomeiosereia , ele canta acompanhado por Dudu Souto no violão 7 cordas e Pedro Fonseca no teclado.

18 JUN | ETNOHAUS COM VIDA .:. ADAM EVALD (SUÉCIA) Vamos construir uma ponte Brasil-Suécia convidando Adam Evald para a etnohaus! O compositor, cantor e tecladista sueco vai mostrar pela primeira vez no Rio sua música que ele descreve como “pop de câmara”.

22 JUN | ETNOHAUS COM VIDA .:. MOJO Start musical para o projeto artístico solo de Miguel Jorge, compositor, cantor e guitarrista de bandas como Feijão Coletivo, André Sampaio e os Afromandinga e Abeokuta Afrobeat Orquestra (PE). Mojo é o exercício de criação de pontes entre a música negra e a música brasileira universal. 25 JUN | ETNOHAUS COM VIDA .:. ALVARO LANCELLOTTI Alvaro tem trabalhos conhecidos como o da banda Fino Coletivo - com quem gravou alguns discos - e sua própria cepa de canções autorais que desembocam em dois discos de “macumba romântica”. Chega acompanhado com Adriano Sampaio na percussão e Pedro Costa na cordas.

EMBOLACHA “Xepa/Nata” é uma coletânea em vinil que pretende reunir cinco expoentes bandas da cena musical independente carioca: Ana Frango Elétrico, Crusader de Deus, Exército de Bebês, Nitú e Os Dentes. Nela está retratada uma juventude de músicos, técnicos, diretores, na faixa dos seus 20 anos, que trabalham juntos e se frequentam, formando um curto-circuito muito prolífico ao redor do eixo Audio Rebel - Teatro Sérgio Porto.

As cinco bandas foram selecionadas a dedo por Caio Paiva, produtor do disco em parceria com a Embolacha. Para saber mais acesse www.embolacha.com.br.

AUDIO REBEL R. Visconde Silva 55, Humaitá. Aberta diariamente das 13h às 22h. Todos os eventos começam às 20h e custam R$ 20,00.

04 JUN | R$20 | TOMBA ORQUESTRA Rock, samba, jazz e reggae são os ingredientes do show do Tomba Orquestra, que lança o EP “Sombras”, com participação do VJ Chico Abreu.

09 JUN | R$25 | SENYAWA O duo da Indonésia exibe elementos da música tradicional do país com instrumentos artesanais como um caule de bambu, mirando no experimental.

14 JUN | R$25 | BOTA FOGO Em uma ponte experimental Brasil-Noruega, Paal Nilssen-Love se une a Eduardo Manso, Felipe Zenícola e Arthur Lacerda, em clima de improviso. 20h.

15 JUN | R$25 | PAAL NILSSEN-LOVE E KIKO DINUCCI O baterista anglo-norueguês Paal Nilssen-Love toca o repertório do free jazz junto de Kiko Dinucci, músico brasileiro integrante dos grupos Metá Metá e Passo Torto.

22 JUN | R$20 | MANU MALTEZ & VICENTE BARRETO (PART. ESPECIAL JUÇARA MARÇAL E ALESSANDRA LEÃO O violonista Vicente Barreto e o músico e artista plástico Manu Maltez se apresentam celebrando a parceria iniciada com o disco Cambaco, lançado por Vicente em 2016. Com as participações especial de Juçara Marçal e Alessandra Leão.

28 e 29 JUN | R$25 | JUÇARA MARÇAL E CADU TENÓRIO: ANGANGA (PART. KIKO DINUCCI) – THOMAS HARRES + THOMAS ROHRERA parceria de Juçara Marçal (Metá Metá) e Cadu Tenório traz reinterpretações de vissungos e cantos do Congado Mineiro. A dupla recebe Kiko Dinucci no violão. A dupla Thomas Harres e Thomas Rohrer se reúne para improviso livre com rabeca, sax, percussões e eletrônicos.

SARACVRA Rua Sacadura Cabral, 219, Gamboa. Entrada gratuita. Terça a sexta das 14h às 19h.

02 JUN | 18H | 1 ANO SARACVRA | ABERTURA DE ABRAÇO COLETIVO Abertura da exposição Abraço Coletivo e festa de aniversário de um ano do espaço. A exposição fica até dia 22 de junho. 13 JUN | 19H | SOMOSCOSMOS Apresentação Sonora dos residentes da Fazenda São João: Adriana Amaral / Anelena Toku / Alexandre Fenerich / Carla Boregas / GMBIARR Coletivo Sonoro / Matheus Vinhal / Pedro Keppler / Pedro Diaz / Vânia Medeiros / Verónica Daniela / Vitor Wutzki 24 JUN | 17H | 4# SARA-HÁ E 1# SARA-HAU 4# SARA-HÁ A Performance dos Modelos. Curadoria Pedro Meyer & 1# SARA-HAU - Emanuel Flores.

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA CURSOS NO SEGUNDO SEMESTRE Inscrições por email: falecomsaracura@gmail.com ACOMPANHAMENTO DE PROCESSO ARTÍSTICO | JULHO A NOVEMBRO Encontros semanais com as curadoras Bianca Bernardo e Paula Borghi.

O programa tem como objetivo acompanhar criticamente o trabalho deste grupo de artistas, levantar discussões coletivas e estimular o processo individual de cada um. Investimento: R$200/mês. CURSO EXPOSIÇÃO DE BOLSO | JULHO Partindo do desejo de expandir a curadoria para além do cubo branco e espaços legitimados de arte, esta oficina explora a ideia de uma curadoria portátil, multiplicável, e que caiba dentro de um bolso. Teoria e prática, a oficina propõe a construção coletiva de um livro de bolso que atua tal qual uma exposição.

Com Paula Borgui. Vagas limitadas a 10 participantes. Investimento: R$ 200,00.

CURSO-OFICINA ARTE E TERRITÓRIO URBANO: DO CAIS DO VALONGO AO PORTO MARAVILHA | JULHO E AGOSTO A partir de discussões teóricas, conversas com artistas e pesquisadores, e passeios pelo entorno do SARACVRA, a oficina pretende dotar os participantes dos elementos necessários para desenvolverem propostas de interferências ou

ressignificações urbanas, a serem realizadas individualmente ou em grupo(s), e que serão apresentadas no final do curso em uma exposição com curadoria de André Leal e Bianca Bernardo. Com André Leal. Vagas limitadas a 15 participantes. Investimento; R$200,00.

PROJETO ENTRE / TEATRO SÉRGIO PORTO R. Visconde Silva s/n° - Humaitá. (Cidadãos cariocas identificados pagam meia-entrada) 12 JUN | 20H30 | R$15 | MARI ROMANO Cantora, compositora, instrumentista e artista plástica, Mari Romano é muitos talentos em uma. No Sergio Porto lança o disco “Romance Modelo”, com músicas compostas durante o período em que retornou ao Brasil depois de morar três anos na Argentina. Um conjunto de canções sobre o tempo, escolhas, identidade e separação 15 JUN | 20H30 | R$15 | VALENTINA BANDEIRA Valentina Bandeira nasceu nas coxias, ao som do que há de melhor da música brasileira. Uma menina, mulher, que transborda emoção por todos os poros e assim vive suas várias facetas. Atriz desde criança, reunia composições tímidas que empolgaram o músico Gus Levy proporcionando um grande encontro. O disco Valen é fruto de uma fusão de sentimentos que ao se encontrarem, se potencializaram e não couberam mais no silêncio. 19 JUN | 20H30 | R$10 | CIMI Em busca da delicadeza perdida dos dias de hoje, Cimi nos traz, em suas composições, a crônica musical que nos invade por todos os sentidos.

Muito além do que se ouve, temos cheiros, imagens, frio, calor e o tato de um lirismo amoroso que passeia entre a despedida e a vontade de ficar mais. Cimi lançou há pouco tempo o disco “Mil nãos, um sim”, em um diálogo afinado e afiado com o produtor musical Lucas Vasconcellos, parceiro em dez músicas do disco. 22 JUN | 19H30 | R$15 | SARAH ABDALA - ABERTURA: RAQUEL DIMANTAS E ANA FRANGO ELÉTRICO Músicas cruas e autorais, conduzidas por sintetizadores e guitarras, criam a atmosfera intimista e preenchida por silêncios que seduzem a atenção do ouvinte. Sarah apresenta as canções mais minimalistas de sua carreira solo. É a aproximação, entre público e canção, que Sarah busca em seus shows e que orienta as dez faixas autorais do novo projeto “Oeste”, disco lançado pelo selo Rock It!, comandado por Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), produzido por Sarah e Eduardo Manso e coproduzido por Marcelo Callado e Estevão Casé.

OFICINA EXPERIMENTAL DE POESIA Toda quarta, 19h. Aberta e gratuita. Rua Dias da Cruz, 170. Centro Cultural Municipal João Nogueira, 2º andar, Meier.

07 JUN Conversa com Guilherme Zarvos sobre o livro “60-70/70-60”, cultura, juventude e ação social também entram na jogada. 14 JUN Escolha dos livros que a Oficina lerá nos próximos encontros: traga um livro de poemas escrito em português que tenha sido lançado de 2010 para cá. O livro mais votado será lido e o seu autor será convidado a conversar conosco.

21 JUN Traz seu poema pra lanternagem! Traga 20 cópias de um poema de sua autoria que por algum motivo você desconfia que ainda não esteja pronto. Vamos ler, sugerir e pensar juntos, e queremos ouvir o que você achou dos poemas dos outros participantes. 28 JUN Oficina de eletropoética: a poesia é um teste de resistores? Com quanto filamento se faz a máquina do poema? O que é um diodo? Vamos pesquisar a relação entre tecnologia e literatura, ler quem já fez essa solda e montar circuitos com Anderson Pedroza, especialista em eletrônica e microcontroladores. Vai ser choque.

CURTO-CIRCUITO / TEATRO IPANEMA R. Prudente de Morais, 824 - Ipanema. (Cidadãos cariocas identificados pagam meia-entrada) 29 JUN | 20H30 | R$10 | PEDRO MANN Show de lançamento do clipe “A gente Combinou” é o segundo clipe do álbum Cidade Copacabana do cantor, compositor e baixista Pedro Mann. Unindo a potência do groove ao som elegante do violino, o batidão do funk carioca à sanfona, flertando com o rap e propondo uma mistura dançante e poética de ritmos, sons e influências, o cantor aposta no enfrentamento diário que a urbe provoca. Criado imerso em um cenário metafórico de encontros e desencontros que compõem o cotidiano de Pedro, o disco apresenta canções autorais tendo como pano de fundo a cidade e as tensões entre o indivíduo e o coletivo.

SARAU DO ESCRITÓRIO 02 JUN | 20H Sarau da Cooperifa no Morro do Vidigal. Festa de lançamento do livro “Flores de Alvenaria”. Ganjah Vidigal. 03 JUN | 19H Sarau Grito! - das raízes. Av Pastor Martin Luther King Jr, Pavuna. 10 JUN | 16H Sarau de Abertura - Exposição Poesia Agora. Com curadoria de Lucas Viriato, criador do jornal de literatura Plástico Bolha, a exposição traz uma coletânea do trabalho de mais de 500 poetas brasileiros e estrangeiros, entre textos, livros, vídeos, fotos, registros sonoros e saraus. Caixa Cultural Rio de Janeiro, Centro. 10 JUN | 18H Sarau do Velho – Arraiá. Poesia, música, quentão, fogueira e mais um cadim de coisas. Velho’s Bar - Rua Carnaúba, 347 Senador Camará 16 JUN | 20H 1º Sarau da Cia. Areninha Carioca Hermeto Pascoal, Bangu. 22 JUN | 19H Sarau do Escritório. Praça Luana Muniz, Lapa

GALPÃO LADEIRA DAS ARTES 23 JUN | 19H | R$15 | JULIA MESTRE E CONVIDADOSJulia mestre convida amigos e parceiros de trabalho para se apresentarem a seu lado em noite de anfitriã no Galpão Ladeira das Artes. O evento é livre para todas as idades e possui venda de comidas e bebidas. Rua Conselheiro Lampreia, 225, Cosme Velho.

COLETIVO CHAMA 21 JUN | 20H | R$20 | OCUPAÇÃO CHAMA NA REBEL | PEDRO SÁ MORAES + CENA Desde o início de 2016 sem se apresentar no Brasil, o cantor, compositor e multi-instrumentista Pedro Sá Moraes vem se dedicando à investigação da dramaturgia e do corpo teatrais como norte para a criação musical. Acompanhado de seu violão, no show +cena, Sá Moraes apresenta, como work in progress, alguns frutos destas investigações.

FLUIDA 11 JUN | 14H Feira de produtores locais de arte, moda e design. Democrático, gostoso, pessoal.

Com música, lounge e comidinhas, tudo feito por quem faz. Distribuição da Agulha de Junho! Topo do Rio. Rua Conselheiro Saraiva, 20, cobertura, Centro.

CEP 20.000 29 JUN | 19H Mais do que um sarau, o CEP 20.000 é um ponto de encontro, um farol em tempos sombrios, um encontro em prol da reinvenção da vida através da linguagem e da experimentação. Este mês, apresentamos o lançamento do 2° volume da mini-antologia mensal “cadernos do CEP”, com @s poetas Ana Carolina Assis, Catarina Lins, Leonardo Marona, Lucas Matos e Liv Lagerblad.