Seminario Ameaças Fitossanitárias - Novas pragas colocam em risco a produção de alimentos no Brasil

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AME AÇ AS F I T O SS AN I TÁR I AS: N O VAS PR AG AS C O L O C A M E M R I SC O A PRO D U Ç ÃO D E AL I ME N T O S N O BRA S IL

tos. No lado do setor privado, os “donos” dos produ- uma política de defesa. Pode ser observada em alguns tos, encontra-se o financiamento de produtos e medi- países da América Latina e Caribe, em muitos países das que auxiliem no combate às pragas e as ameaças da Ásia e em praticamente toda África subsaariana mais próximas. (com exceção da África do Sul). No passado, as características do Sistema O Sistema Risco Negligenciável é definido de Defesa Agropecuária e Segurança Alimentar eram pelas condições climáticas adversas e a longa estória identificação dos problemas pelo setor público, análi- de comércio que levam a conclusão que a probabilise de produção, identificação de pragas e doenças, dade de bioinvasão é baixa. Este cenário é observado criação de grupos de capacidades no Canadá, nos países do norte da específicas para erradicação, que Europa e na Rússia. também inclui a inspeção de pro Já o sistema tradicional é dutos, tudo isso a um alto custo baseado, principalmente, em instécnico para o sistema nacional. peção e resposta às invasões e é Hoje, a preocupação deve centrarmais comum nos países que exporse também na cadeia alimentar, tam commodities (identificados pelo no manejo de risco, na articulação MAFF, no Japão; SAG, no Chile; SE“Todas as fronteiras público/público e público/privado, NASICA, no México; SENASA, na são porosas, não há que deve contar com um investiArgentina e DSV no Brasil). fronteira absolutamente mento institucional, com aborda Para o Enfoque offshore impermeável.” gem multidisciplinar para analisar são delimitados fortes programas os fatores de risco, ter sistemas de pré-liberação que ocorrem no confiáveis e fixar, aplicar normas e países exportador, portanto na sua gerenciar um sistema nacional com origem, com mitigação de risco na componentes regionais. entrada de commodities e passa Analisando as organizageiros. Um bom exemplo disto é o ções de sistemas de Defesa SaniUSDA/APHIS, dos Estados Unidos. tária Vegetal em outros países obÉ eliminar o problema antes que ele serva-se que, de modo geral, as atividades típicas e as chegue à porta. Na inspeção offshore, a análise deve atividades de exclusão são divididas em três verten- ser feita no país de origem, antes da importação do tes: prevenção de contrabando, informação pública produto. Um exemplo, é a ação dos fiscais brasileiros (que inclui folders, posters e avisos) e formulários de ao inspecionarem as maçãs antes de sua saída da imigração e agricultura (que compreendem atividades Argentina com destino ao Brasil. Essa é a primeira atitípicas como monitoramento e inspeções regulares – vidade de exclusão. A segunda é inspeção e deve ser ex. Febre aftosa, vaca louca, brucelose e moscas das realizada na chegada, ou seja, ou no porto de entrada frutas). Nesse contexto, podemos classificar os países ou no aeroporto. segundo seus sistemas de Defesa Vegetal: 1.baixa Quando se quebra a barreira de exclusão, é prioridade, 2.risco negligenciável, 3.sistema tradicio- preciso concentrar-se na detecção. Cabe aqui uma nal, 4.enfoque offshore e 5.enfoque biossegurança. observação: todas as fronteiras são porosas, não há A Baixa prioridade é entendida como o resul- fronteira absolutamente impermeável. As mais impertado da falta de recursos humanos e materiais para meáveis são: Yokohama, no Japão; Santiago do Chile 51


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