O AGRInforma é editado pelo Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) da Embrapa Informática Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Chefe-geral: Kleber Xavier Sampaio de Souza Chefe-adjunto de Administração: Stanley Robson de Medeiros Oliveira Chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento: Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia: João Camargo Neto Supervisora do NCO: Luciana Alvim Santos Romani Diagramação, criação & arte: Suzilei Carneiro e Vinícius Cabral Redação: Nadir Rodrigues (MTb/SP 26.948) Colaboração: Daniela dos Santos (Conrerp 924) Fotos da capa: Google.com e Stock.xchng Embrapa Informática Agropecuária Av. André Tosello, 209 - Campus da Unicamp Barão Geraldo - Caixa Postal 6041 13083-886 - Campinas, SP Fone: (19) 3211-5700 Fax: (19) 3211-5754 Visite: www.cnptia.embrapa.br Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC): cnptia.sac@embrapa.br
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AGRInforma
Jornal da Embrapa Informática Agropecuária - Ano X, nº 55 - Campinas, SP, julho-agosto/2013
Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP) buscam aperfeiçoar modelos agroclimáticos, a partir da análise de grande volume de dados. O objetivo do projeto Agrodatamine foi propor algoritmos que pudessem analisar um grande conjunto de dados para extrair informações, visando melhorar modelos de previsão de cenários de mudanças climáticas. Ferramentas tecnológicas geradas pelo projeto ajudam a produzir conhecimento para a área de agrometeorologia. Os modelos e algoritmos computacionais permitem identificar tendências e estabelecer correlações entre os vários parâmetros de análise de clima e agricultura, ajudando os especialistas a traçarem cenários que simulam o impacto das mudanças climáticas e a tomarem decisões rápidas. Sem a contribuição da tecnologia da informação, seria impossível realizar esse trabalho. “Estamos falando de uma quantidade imensa de informações, da ordem de terabytes. São muitas variáveis e por isso não seria possível fazê-lo de forma manual”, conta a pesquisadora da Embrapa Informática Agropecuária Luciana Alvim Romani. Os pesquisadores usaram os modelos de tempo regionais Eta do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e aplicaram os estudos em grandes áreas produtoras de cana-de-açúcar do estado de São Paulo e de café de São Paulo e do sul de Minas Gerais. Três ferramentas computacionais resultaram do projeto. O SatImagExplorer facilita a extração de séries temporais de índices gerados a partir de imagens de satélite. O ClimFractal Analyzer usa a teoria dos fractais para comparar dados de clima de estações meteorológicas reais com os dos modelos climáticos e identificar padrões temporais. O TerrainViewer usa os dados de imagens do satélite Noaa relativos a índices de
Nadir Rodrigues
Pesquisas ajudam aperfeiçoar modelos agroclimáticos
Pesquisadora usa software para análises agroclimáticas
vegetação e, com dados de altimetria, permite construir modelos tridimensionais do relevo da região estudada. O software SatImagExplorer foi aplicado em pesquisas realizadas pela Embrapa Informática Agropecuária, em parceria com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas aplicadas à Agricultura (Cepagri-Unicamp). O objetivo foi extrair séries temporais de imagens de Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI, na sigla em inglês) geradas com imagens do satélite Noaa, que ficarão disponíveis na nova versão do sistema Agritempo. Essa ferramenta também está sendo usada em pesquisas para análises de tendências de desertificação no nordeste brasileiro relativas ao projeto “Simulação de cenários agrícolas futuros a partir de projeções de mudanças climáticas regionalizadas – Scaf”, que integra o Portfólio de Mudanças Climáticas da Embrapa. Coordenado pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP), o “Agrodatamine: desenvolvimento de métodos e técnicas de mineração de dados para apoiar pesquisa em mudanças climáticas, com ênfase em agrometeorologia” foi financiado pelo Instituto Microsoft Research-Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
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Tecnologia ajuda monitorar agricultura
Marcelino Ribeiro
A tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Mapa. O analista da Unidade Luciano Vieira Koenigkan conta que a Central foi estruturada para que o usuário do sistema possa obter os dados da forma mais adequada às necessidades, propiciando análises especializadas. Esse sistema funciona via web e é exclusivo do Ministério da Agricultura. A Cira é um serviço que integra o Sistema de Monitoramento Agrometeorológico Agritempo, consórcio que organiza e administra dados de um conjunto de mais de 1.300 estações meteorológicas espalhadas pelo País, resultado de parceria entre diversas instituições nacionais. Os sistemas são mantidos com recursos do Mapa, por meio de convênios de cooperação técnica firmados com a Embrapa Informática Agropecuária.
Paulo Lanzetta
O monitoramento do risco agrícola no País vem se tornando mais eficiente com o apoio da tecnologia da informação. Para realizar uma análise mais precisa de todas as informações referentes a perdas na produção, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conta com uma Central de Informação de Risco Agrícola (Cira). O sistema integra dados de diversas fontes, como crédito e seguro rural, indicadores socioeconômicos e zoneamento agrícola, permitindo gerar análises específicas. Por meio de gráficos, relatórios e tabelas, é possível traçar um panorama da situação atual e ainda produzir séries de dados históricos relativos a eventos climáticos, como seca, geada, vento, excesso de chuva, entre outros. Os comunicados de ocorrências relacionadas à seca, por exemplo, podem ser monitorados diariamente, por estado ou município. Os dados abrangem o território nacional, incluindo todas as culturas do zoneamento agrícola brasileiro. Com isso, os boletins de monitoramento da safra emitidos pelo Ministério também usam a Cira como fonte para a elaboração das análises e recomendações. Atualmente, a Central conta com informações de operações de crédito de custeio agrícola amparadas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), de operações de seguro rural privado que contam com subvenção do governo federal e informações de indicadores relacionados à atividade agrícola provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o coordenador-geral de Zoneamento Agropecuário do Mapa, Gustavo Bracale, a Central faz parte de um esforço maior do Departamento de Risco de Gestão Rural do Ministério para mapear e melhor qualificar os riscos produtivos na agropecuária brasileira. “Existem muitos dados estatísticos de diferentes instituições, ainda que dispersos, que podem e já estão auxiliando nesse objetivo”, afirmou.
Comunicados de seca e geada podem ser monitorados diariamente
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Chefe de P&D representa Embrapa no Procisur Divulgação
A chefe de pesquisa e desenvolvimento (P&D), Silvia Massruhá, viajou a Montevidéu, no Uruguai, de 7 a 12 de julho, para participar da reunião plenária da Plataforma Regional Uso de Tecnologias Emergentes, do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico, Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul – Procisur. A Plataforma é integrada por quatro grupos prioritários: biotecnologia e Representantes do grupo de TIC na agricultura vão apontar tendências e perspectivas para o setor nanotecnologia, coordenados por instituições argentinas; Um dos resultados da reunião será a agricultura de precisão e TIC (tecnologia da elaboração de um relatório sobre a situação informação e comunicação) na agricultura, atual e as perspectivas da TI aplicada à coordenados pelo pesquisador Evandro agricultura na América do Sul. Também está Mantovani, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete prevista a realização de um workshop no Chile, Lagoas, MG) e por Silvia Massruhá, da em março de 2014, voltado à área de Embrapa Informática Agropecuária. agrometeorologia e de outro no Brasil sobre TI O objetivo do encontro foi elaborar o na agricultura, em maio de 2014, com planejamento do biênio 2013-2014. Com representantes dos países que integram o relação ao grupo de TIC, foram levantadas Procisur. as demandas de pesquisa em tecnologia da Para Silvia, o evento no Brasil será uma informação (TI) aplicada à agricultura, oportunidade de mostrar a experiência da definidas as áreas de aplicação e priorizadas Embrapa em vários projetos importantes para o aquelas áreas para capacitação e troca de País. “Somos protagonistas nessa linha. informação entre os representantes das Estamos muito à frente, inclusive contribuindo instituições que integram o Procisur. para outros países que estão se baseando em Silvia representou a Embrapa na área de nosso modelo de atuação”, disse. As instituições TIC, mostrando como a Empresa vem também demonstraram interesse por aplicando essa tecnologia para apoiar a capacitação em ferramentas de bioinformática, atividade agropecuária brasileira. Ela que deve ser fornecida pelo Laboratório abordou o uso da internet no setor rural Multiusuário de Bioinformática ainda este ano. brasileiro e demonstrou a atuação da Embrapa Informática Agropecuária no mapeamento do mercado de software para esse setor e no desenvolvimento de tecnologias que apoiam as políticas do governo e da Empresa.
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Prêmio Futuro Cientista Foram 40 apresentações orais e 4 sessões de 133 pôsteres. Cada instituição participante elegeu dois de
todos os trabalhos submetidos e a ela vinculados, um na categoria oral e outro na categoria pôster, contemplando os ganhadores do Prêmio Futuro Cientista. Pela Embrapa Informática Agropecuária, o bolsista Luiz Gustavo Florian, orientado por Stanley Oliveira, foi o vencedor na categoria oral com o trabalho “Organização e disponibilização de informações de solos do Brasil via Internet”. O bolsista Tarcísio Fernandes, orientado por Jayme Garcia Arnal, recebeu o prêmio por melhor pôster pelo trabalho “Aquisição automática de sintomas para diagnóstico de doenças em plantas”. A comissão científica e avaliadora da Unidade nesta edição foi composta pelos pesquisadores Thiago Teixeira Santos e Felipe Rodrigues da Silva. Os resumos expandidos foram publicados nos Anais do evento e estão disponíveis no endereço: www.ciic.net.br Graziela Galinari
Cerca de 170 bolsistas de sete instituições de pesquisa: Apta Regional, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Monitoramento por Satélite apresentaram resultados de suas pesquisas no 7º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2013. O evento ocorreu de 13 a 15 de agosto, no Ital, em Campinas, SP. “O congresso oferece a importante oportunidade de integração entre a Embrapa e as instituições estaduais de pesquisa, e nesta interação temos a possibilidade de apresentar nossos trabalhos e também conhecer as pesquisas desenvolvidas pelos outros institutos”, avalia a relações públicas Maria Giulia Croce, membro do comitê organizador pela Embrapa Informática Agropecuária.
Carolina Marra
Unidade participa do CIIC 2013
por Daniela dos Santos
Carolina Marra