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DA SEVERA A ALDINA: FADO NA MADRAGOA
É um dos bairros mais castiços da cidade e pelas suas ruas correm os sons do fado. Na Madragoa, a história da canção nacional conta-se desde o século XIX e é pretexto para duas visitas dos Itinerários de Lisboa, nos dias 1 e 15 de junho. Desafiámos uma habitante do bairro, fadista, a percorrer connosco estas ruas e esta história. Aldina Duarte aceitou e brindou-nos com uma versão muito pessoal do tema.
RUA DAS MADRES 33 Na Lisboa de Quinhentos, a Madragoa era rica em tabernas vivazes, de cor e ritmo, como a de Ana Gertrudes, mais comummente chamada “a Barbuda”. Localizada no número 33 da Rua Vicente Borga, onde a proprietária deu à luz do dia 26 de julho de 1820 Maria Severa Onofriana. Apesar de batizada nos Anjos e reclamada pela Mouraria, foi também aqui que a Severa se lançou na arte da desgarrada e foi a partir daqui que levou o fado para outras zonas da cidade. Reportagem MANUELA COSTA Fotografia HUMBERTO MOUCO