Revista Digitalize

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DIGITALIZEI


OIndieRockfugiudesuagaláxiae veio morar na Bemvirá Por: Juliana Almeida e Vanessa Soares Longe dessa galáxia surgiu uma enorme vontade de viver de música. Ela buscava um lugar para morar, pois não queria viver sozinha, juntou suas trouxinhas e pegou carona num cometa que tinha como destino: a Terra. Aterrissou aqui em Taubaté em 2008, meio perdida e sem moradia, mas logo encontrou Leonardo Santander e passou a habitar seu coração. A partir dessa vontade, surgiu uma banda em 2010, mas que desde lá vêm passando por mudanças. Sua formação atual não é a mesma de quando tudo começou, nem mesmo seu nome (antes se chamavam Republica 23 e tocavam exclusivamente rock), mas a essência é a mesma e a vontade de viver de música passou a habitar em cada um deles. Sua formação atual é composta por Leonardo Santander (vocal e guitarra), de 25 anos, William Barbosa (guitarra), de 24 anos, Rogério Pereira (baixo) e Otávio Santos (bateria), ambos de 27 anos. E sabe de onde surgiu esse nome? Leonardo nos contou – “Paramos com a Republica 23 em 2013 no dia dos namorados porque decidimos que a banda não se tornou o que era para ser, mas após 6 meses retornamos, tivemos um remember e falamos que podíamos fazer a banda de novo, mas com outra pegada, outro nome e outras músicas. A gente definiu que nosso estilo seria Indie Rock, um negócio mais focado, não tão perdido como antes, daí veio a Bemvirá!”. E este nome foi dado pelo exbaixista da banda, Iago Assis, com o sentido de “a energia boa virá”. Quem ouve as músicas nos shows ou nas plataformas de streaming todas produzidas e fazendo sucesso nem imagina como é a produção delas – “A maioria das músicas eu faço de madrugada, tipo 4h da manhã. Eu vou cantarolando quando estou quase dormindo e salvo o áudio assim, sem melodia. No dia seguinte eu ouço, tento captar melhor e vou fazendo a melodia no violão”, explica Leonardo. As versões que são liberadas na internet tendem a ser a sexta ou sétima versão da melodia planejada. O maior acerto da Bemvirá é trazer uma experiência de emersão na sonoridade nostálgica que o Indie Rock proporciona, cantando sobre as ironias e confusões que a vida nos traz e que nos lembra de outras bandas do mesmo estilo musical, como a Supercombo, que é a principal inspiração da banda. A banda já conta com o EP Deveras (2016) e com singles que nos envolve, como a música Astronauta (2019) e Décima (2018), que já está próxima de atingir os 100K

de reprodução nas plataformas digitais. Apesar de todo o sucesso que a banda faz com suas músicas, Leonardo diz que ele vende as letras e não a melodia em si – “Eu consigo transmitir a ironia que todo mundo sente pela letra, mas não por cantar”. Outro fator da carreira da banda é que, apesar do sucesso atual na cidade, a maioria dos shows feitos são em São Paulo, já que o Indie ainda não é tão consumido pela população da cidade e que o principal fator que preocupa a todos que sonham em ter uma banda é o quesito financeiro – “Todos temos outros empregos além da banda para bancar tudo o que fazemos, mas o principal que mantém a banda é show, mas as pessoas não dão moral, não pagam o que o artista merece.”, desabafa. Diante de tantas idas e vindas, altos e baixos, a banda tem planos grandes para o futuro. No dia 20 de setembro, a banda lançou o novo álbum com 12 músicas novinhas, inclusive com colaborações com outras bandas como Codinome Winchester, Sound Bullet e Twin Pumpkin. Logo também irá lançar um EP com a Twin Pumpkin e outro com a banda Personas, além de remixar uma música com o DJ Cabelo e o próximo CD já está em produção. Ufa, é muito movimento para uma banda só e a expectativa para todos os futuros trabalhos estão lá no alto! Facebook: facebook.com/bemvira Instagram: @bemvira Youtube /Spotify: Bemvirá


Abóboras vão rolar Por: Bárbara Tolomio e Juliana Almeida

O músico e produtor musical Israel Castro, mais conhecido como Izzy, é criador, vocalista, guitarrista e único membro fixo da banda de rock taubateana Twin Pumpkin. Depois da morte de seu pai, Izzy criou o projeto da banda como uma forma de se livrar da tristeza e como uma forma de honrar a memória do parente, que também era músico e também com quem teve seu primeiro contato com o mundo da música. Em 2016, a banda lançou o primeiro álbum de estúdio, intitulado de “Spook Like Halloween”, com músicas inspiradas em bandas como Arctic Monkeys e Misfits. Em sua maioria, as músicas que compõem o primeiro álbum da Twin Pumpkin são escritas de forma aleatória e juntadas depois. “Eu gosto de escrever as músicas assim, porque é terapêutico para mim”, conta Israel. “Em momentos em que eu tentei escrever sobre algum assunto específico eu achei que o resultado não ficou bom. Para mim, ficou muito genérico, como se eu não estivesse sentindo aqui de verdade”. Durante o tempo que Izzy está no mundo da música, ele cita as dificuldades que passa com a Twin Pumpkin, como a baixa renda gerada, mas apesar disso ele consegue se manter como produtor também e não pretende seguir carreira em nenhum outro ramo. Recentemente, a banda lançou duas músicas novas: “Monolith” e “Sunflower Daydreams”, em parceria com a cantora Mary More que, geralmente compõe a banda nos shows. Para o futuro da banda, Israel pretende criar a própria identidade da Twin Pumpkin em relação ao estilo musical. “Eu tenho procurado ser o mais original possível e colocar a minha cara no meu trabalho.”, comenta. “Eu acho que se você conseguir, de alguma forma muito legal, colocar a si mesmo num som, ele vai ficar muito diferente de tudo o que todo mundo já ouviu e isso trará seu próprio público. E isso é ser original”. Além disso, em outubro, está confirmado a estreia de um EP novo da Twin Pumpkin com 5 músicas e Izzy também disse que está preparando novidades para 2020, como elementos da música brasileira misturados com o rock característico da banda. Facebook: /marymoreoficial Instagram: @marymoreofficial Youtube/Spotify: Mary More

Essa é a Mary More ^.^

Facebook: /Twinpumpkin Instagram: @twinpumpkin Youtube/Spotify: Twin Pumpkin


Por: Aline Miranda e Raíssa Santos A música teve um grande avanço nesse último milênio e todos sabem disso, principalmente por conta do grande avanço tecnológico. Os smartphones vieram para revolucionar a maneira de como a música é usada no dia a dia e ninguém tem mais partido nisso do que os jovens, já que são eles os maiores consumidores de tudo o que é digital. Desde sempre a música foi encarada pelos jovens como uma expressão de individualidade e personalidade. A música por si só, exerce uma grande influência sobre as pessoas, ajuda a ligar-se aos seus pares, a relaxarem e também tem a função de ser uma “fuga para os problemas”. A música sempre marcou a vida de todos e com esse crescimento os interessados em ter uma carreira musical estão ganhando seu espaço. A banda Zero to Hero, composta

por três jovens do Vale do Paraíba, veio para manter a tradição do Emo na cidade. A banda é composta por Danilo Camargo de Moraes, de 22 anos, formado em publicidade e propaganda pela Universidade Taubaté, Nicolas Brown, de 20 anos, estudante de Pedagogia e Pedro Cursino, de 27 aninhos – apesar de não parecer - e é formado em logística. A banda surgiu com a ideia do Nicolas –“Ele foi o padre disso tudo”, comentou Pedro. Como cada um tem sua função dentro da banda, Danilo na guitarra e Nicolas na bateria tocavam umas notas, e eles foram à procura de um baixista e daí nesse meio surge o Pedro. O nome da banda surgiu de um devaneio de Pedro, que teve como inspiração a música do desenho Hércules, Hero to Zero ‘”Apenas inverti o nome”. Segundo os integrantes, a banda procura inspirações de todas as bandas possíveis. Pedro diz ainda que para ter “sucesso” precisa ter a mente aberta e criar seus próprios projetos- “Nada se cria, tudo se copia”. Precisamos ressaltar que o Danilo começou com a música cedo, com três anos de idade ele já tocava no violão com a sua irmã, então já é uma bagagem para gostar muito de música. A banda tem feito lançamentos periódicos – e sem aviso – de novas músicas, já estando disponível nas plataformas digitais, sendo elas Emotional Flatlining e Self-Medicatio, além do novo álbum intitulado “Breakwalls and Buildbrigdes”. Facebook: /zerotoheroi Instagram: @zerotoheroi Youtube/Spotify: Zero To Hero


Você disse estilo, @?

Por: Vanessa Soares

A moda está presente no dia a dia de todos, até mesmo dos que dizem não gostar. Até os que não se interessam pelo assunto, acabam recebendo influencia de artistas, modelos, amigos e a tendência do momento também está inserida nisso. Uma vez que ao comprar roupas em lojas, você acaba por adquirir os looks em alta de variados estilistas. Micaela Junqueira, de 23 anos, está caminhando para se tornar uma designer de moda. A jovem desde criança gostava de combinar looks, brincava de ser estilista e de organizar desfiles. Porém, depois que cresceu não tinha pensado em trabalhar com isso, mesmo tendo mantido o interesse e ter passado a customizar as próprias roupas, não era algo que via futuro. Até que ingressou em seu primeiro curso relacionado à sua aérea de atuação, “Foi ai que descobri o curso de costura, onde eu poderia criar as minhas próprias roupas e que quando comecei a fazer abriu minha mente para um leque de oportunidades”, relembra Micaela. Após dar inicio nos estudos ela ainda não tinha muita certeza se realmente queria seguir nesse ramo, após algum tempo foi criando confiança e passou a produzir suas peças para uso próprio, “A partir daí abri a cabeça para várias ideias e comecei a pensar em criar minha marca”. Vendo o potencial que tinha começou a produzir peças e conta como foi à sensação de tirar do papel e tornar concreta sua ideia, “Fazer o primeiro look foi satisfatório, tirar a ideia do papel e transformar em algo real é inexplicável”. Explica a artista. Para tudo é necessário empenho e paixão, isso é o que não falta na jovem, desde que decidiu que realmente era o que queria fazer da vida, ela Instagram: @maharacloth procura estar por dentro das novidades e se apaixona cada vez mais por sua escolha. Para o início de sua marca “Mahara Cloth” ela criou uma conta no Instagram onde a artista começou no formato de Brechó Online, “Daí já comecei a postar fotos das roupas que eu fazia, porque sempre que alguém me via usando minhas peças queriam saber de onde era”. Caminhando para o sucesso a artista deseja solidar a marca, passando a ter sua própria coleção, para que num futuro não tão distante possa disponibilizar em lojas até ter sua própria.


De Ponta a Ponta

Por: Aline Miranda e Bárbara Tolomio

Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e idéias. Ela pode ser interpretada em diferentes ocasiões, no caso de Lucas Ricci, ela pode ser sentida na pele com rabiscos. O tatuador tem 27 anos e é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Taubaté (UNITAU). Lucas não chegou a exercer a profissão, apenas realizou estágios, porém admira o trabalho e a beleza da arquitetura. Em suas horas vagas, o tatuador procura sempre soltar a imaginação desenhando e assim busca inspiração e a criatividade. Lucas não sabe dizer o momento em que começou a ter o interesse no ramo artístico, mas disse que sempre se interessou por algo que envolvesse a arte – “Decidi fazer a faculdade mais pelo artístico e, quando entrei em um estágio, descobri que não envolvia muito a arte, e sim o interesse financeiro”, afirma. O tatuador ainda conta que pelo fato de não ter gostado muito da faculdade, ele teve indícios de depressão e fortes crises de ansiedade, além de síndrome do pânico. Até pensou em trancar o curso, pois faltava muito nas aulas. Mas nem tudo foi em vão, o tatuador então resolver fazer seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) relacionado ao que mais gosta: A ARTE – “Estava ficando cada vez mais motivado a fazer isso, na verdade estudar a arte estava me motivando a fazer meu TCC”. Foi assim que uma professora do seu campus decidiu ajudá-lo como orientadora. Lucas desenvolveu seu trabalho e assim, foi surgindo um forte interesse nessa área. Ele percebeu que o mundo artístico de alguma forma o ajudou a sair da depressão - “E aí eu percebi que a arte estava realmente me salvando”. Desde então, o tatuador sentiu necessidade de ajudar outras pessoas que estava passando pelo mesmo que ele – “Eu decidi realmente encaminhar essa energia toda para arte para poder atingir outras pessoas”. Ainda segundo Lucas, ele nunca fez curso de desenho. Como ele sempre teve interesse, o mesmo desenha desde criança e costumava copiar os desenhos de revistas de banca de jornal. Agora adulto, o interesse na arte foi aumentando e ele decidiu ganhar dinheiro com o que mais gosta de fazer. Atualmente, ele faz aulas de pintura, o que ajudou bastante em suas técnicas. Seus desenhos são baseados em diversas inspirações, ele tenta buscar criatividade com referências e, assim, ela vem de forma muito aleatória e não controlamos isso. O segredo é trabalhar a criatividade.

Instagram: @ricci.ink


Arte além do papel

Por: Raíssa Santos e Juliana Almeida

Desde a Pré-história, prova-se a necessidade do homem em representar a realidade sob sua perspectiva e percepção. A arte sempre evolui com tempo e em cada época, observa-se uma tendência em diversos estilos. A arte pode ser definida como algo particular do ser humano, cada expressão artística possui significado único e diferente. Está ligada à estética pelo fato de ser uma capacidade do homem de marcar beleza ou se esforçar para materializar algo que o inspire. A Arte também é uma forma de o ser humano expressar sua história e sua cultura e através de vários jeitos, e em especial a tatuagem, que hoje em dia significa para muitos que apreciam, uma forma de arte, de mostrar seus sentimentos e sua personalidade através do desenho escolhido. Tatuagem é uma das maiores expressões artísticas humanas. Kelvin Gabriel tem o seu próprio estúdio, e sempre esteve nesse meio artístico seguido pelos passos de seu pai, que também é desenhista - “Sempre gostei de desenhar, desde que me conheço por gente. Sempre desenhei por causa do meu pai que desenhava, eu ficava olhando ele desenhar e queria fazer igual”, comenta. Nem sempre é fácil deixar o serviço em que se está para seguir seu sonho e esse foi um meio que Kelvin achou para introduzir a arte para sua e ainda assim não deixar de ganhar dinheiro (uma necessidade humana). “A tatuagem foi a forma de eu ganhar dinheiro, foi a primeira forma que eu imaginei”, ressalta. O tatuador trabalhava em uma empresa como Programador, mas acabou saindo do serviço para seguir sua carreira. Com o dinheiro que estava recebendo do seguro desemprego, ele comprou seus materiais e a primeira tatuagem que arriscou em fazer, também foi em seu pai, e partir daí, teve certeza de que queria fazer isso na vida. Para ser um tatuador e desenhista, você precisa ter muitas inspirações e para Kelvin, sua maior inspiração é Daniela, sua noiva - “Acho que a maior inspiração é o amor e depois vêm as outras coisas”, conta. “No dia que pedi ela em namoro, eu dei um desenho pra ela, uma flor, e eu gostei pra caramba do desenho, e fazia um tempo que não desenhava por causa do meu antigo emprego, aí eu falei, “caramba, eu ainda sei fazer isso”, então comecei a desenhar mais e mais. Até que veio a ideia, “nossa, vou virar tatuador”. É aquela história que os apaixonados escutam, “Ela era a musa dele e ele o poeta.” Além de inspirações de sentimentos, o artista se inspira em Van Gogh, que afirma que “o ensinou muito”. Mesmo com muita dificuldade que, infelizmente, o mundo artístico ainda enfrenta como uma forma difícil de “não ganhar dinheiro”, Kelvin nunca desistiu de seus projetos. Em certa ocasião, o jovem conversava com um conhecido e comentou que queria ser desenhista, e logo já recebeu uma resposta “desenhista não ganha dinheiro”, mas o tatuador não deu ouvido e seguiu seu sonho pelo meio artístico, que hoje está super encaminhado para crescer cada vez mais. Como mencionado no início, arte sempre está em evolução com o passar o tempo, e Kelvin Gabriel, que está inserido nesse meio, já sabe que tem que ter uma desconstrução, e sabe o quer para sua vida futuramente - “Quero descobrir algo, como estou na busca de me redescobrir como artista, meu plano é que isso dê certo. Mas, com certeza o resultado disso é algo que não espero. Então eu acho que estou vivendo o momento”, finaliza.

Facebook: /kelvingabrieltattoo Instagram: @kelvin.tattoo



Essa revista foi projetada e produzida por Aline Miranda, Bárbara Tolomio, Juliana Almeida, Raíssa Santos e Vanessa Soares , alunas do 4º semestre de Jornalismo do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Taubaté (UNITAU), para a matéria de Laboratório de Edição Digital, ministrada pelo professor Gerson Mário.

Fotos por: Luicana Leobons, Leo Santi, Bruno Kenia, Paula Ikeda, Bárbara Tolomio, Lucas Ricci, Eric Sant’Anna e Micaela Junqueira


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