PALAVRA DO PÁROCO
Por Pe. Eurípedes Ferreira do Nascimento Pároco
“A missão Evangelizadora da Igreja” Queridos paroquianos, diante do mandato deixado por Cristo aos seus seguidores: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura...”, muitos homens e mulheres, ainda hoje, deixam seus lares e famílias para serem missionários e missionárias em terras estrangeiras, semeando a Boa-Nova no coração daqueles que ainda não conhecem verdadeiramente o Cristo, ou que ainda não tiveram seu encontro com Ele. Seguindo as pegadas evangelizadoras deixadas por Jesus, a Igreja busca incansavelmente suplantar a fé no Deus Uno e Trino, tendo como fértil campo de semeadura, a vivência popular de seu povo. É valorizando a cultura e os bons costumes do povo que vamos, aos poucos, possibilitando um conhecimento mais profundo da própria história da Salvação que, inacreditavelmente, é desconhecida por muitos. Para tanto, uma excelente ferramenta evangelizadora se destaca no meio de muitas outras, a qual podemos chamá-la, simplesmente, de devoção popular. As romarias, procissões, novenas, orações e cantigas evangélicas do cancioneiro popular foram, para
muitos cristãos, durante muito tempo, os únicos meios alcançáveis de se conhecer Jesus, de falar com Deus e, até mesmo, de experimentar o Seu amor. Outros meios evangelizadores também se evidenciaram ao longo da caminhada cristã, acompanhando a evolução e a modernidade, sem, no entanto, perder o foco e a centralidade do Evangelho, mesmo que, para alguns, iludidos por uma pseudo-liberdade sócio-religiosa, a vivência parcial ou relativa da fé fosse o melhor meio de se acompanhar a evolução dos anos. Ao contrário desse pensamento modista, a Igreja sempre acreditou que a doutrina da fé deve ser ensinada de forma integral, valorizando a cultura dos povos e buscando nas suas tradições, sinais de uma autêntica vivência cristã. O resgate aos costumes cristãos regionais e às devoções populares são meios mais que eficazes para se reconstruir uma religiosidade autêntica e isenta de imperfeições sincretistas. As romarias de Nossa Senhora do Caravaggio, no Parque do Saiqui (Canela), assim como “Das Mães ao Santuário da Mãe”, em Novo Hamburgo, as novenas, tríduos, quintenas ou vintenas dos santos padroeiros paroquiais, como é o nosso caso, são exemplos disso. Nelas, a Igreja incentiva a todos a olhar para trás, para a história da Igreja de Jesus Cristo e, desta forma, redescobrir o jeito cristão de ser Igreja missionária e evangelizadora.