Revista Marketing Católico - Edição 3

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Artigo

Seu tempo parece escasso? Delegue corretamente! Augusto Kater Administrador, agente literário e instrutor Master Mind (Fundação Napoleon Hill)

Há mais de 20 anos atuando no mercado editorial e, nos últimos 3 anos, com desenvolvimento pessoal de executivos, tenho percebido que um dos maiores desafios do meio corporativo é conseguir delegar de forma correta. Por que é tão difícil delegar? Primeiro, porque delegar implica “conferir a alguém, poder e representatividade”. Aí está a primeira barreira. Vivemos reclamando que o ritmo está pesado, que temos muita responsabilidade nas costas, que não estamos dando conta do recado... Mas será que estamos preparados para “passar o bastão”? Pode parecer pouco, mas você já parou para contar quanto tempo você gasta com tarefas rotineiras, simples de se realizarem, e que por algum motivo ainda são feitas apenas por você? Permita-se fazer uma lista de tarefas que consomem o seu dia e repare atentamente cada uma delas, talvez você descubra como ainda faz coisas que não precisavam ser feitas por você! Sabe por quê? Porque todos temos dificuldades para delegar tarefas que tenham um significado emocional para nós. Tarefas que, em algum momento, nos renderam elogios por terem sido bem executadas por nós e que, de fato, nos orgulham até hoje... Talvez por isso, nos apegamos a elas e pensamos que só nós conseguimos executá-las com qualidade. Quanto mais apegados às tarefas rotineiras ficarmos, menos tempo nos restará para fazermos outras tarefas importantes... Assim, a primeira pergunta que temos que nos fazer é: - Eu sei por que eu preciso delegar essa tarefa? O que poderei fazer com o tempo que me restar quando elas estiverem sendo executadas por outras pessoas? Isso nos remete a um segundo ponto: Autorresponsabilidade. Se você é líder e as coisas não vão bem com a sua equipe, entenda de uma vez por todas: - Isso é de sua responsabilidade, ou no linguajar mais popular “a culpa disso é sua!”. Quando entendemos nosso papel de líder no contexto geral, as coisas fluem melhor. Nessa posição não há espaço para o “vitimismo” - aquele processo no qual lastimamos aos quatro cantos, nos fazendo de vítimas. Alguns líderes me dizem: – minha equipe é difícil, não me obedece, não entende o que eu peço!”. Enquanto enxergamos os problemas nos “outros”, nos blindamos de olhar para dentro de nós mesmos e enxergarmos no que poderemos ser melhores. Esse sentimento geralmente ocorre de forma involuntária, pois as pessoas, via de regra, vivem ligadas no “piloto automático”. A dificuldade em parar e se auto avaliar talvez seja a causa principal dos resultados medianos que estão presentes na maioria das instituições!

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