Córrego Três Pontes, Desenho de infraestruturas urbanas - Caderno Monografia

CÓRREGO TRÊS PONTES DESENHO DE INFRAESTRUTURAS URBANAS

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU ARIADNA GUEDES LIMA

CÓRREGO TRÊS PONTES

DESENHO DE INFRAESTRUTURAS URBANAS SÃO PAULO 2019

Trabalho de final de graduação Corrégo Três Pontes Desenho de infraestruras urbanas apresentada à Faculdade de Arquiteura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu para a qualificação como Arquiteta e Urbanista.

Banca Examinadora Profª Drª Maria Isabel Imbronito Profº Drº Sergio Matera Profº Me. Leonardo Gomes Settle Gonçalves

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU ARIADNA GUEDES LIMA

CÓRREGO TRÊS PONTES

DESENHO DE INFRAESTRUTURAS URBANAS Trabalho final de graduação apresentada à Faculdade de Arquiteura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu para a qualificação como Arquiteta e Urbanista Área de Concentração: Arquitetura e Urbanismo LInha de Urbanismo Orientadora: Profª Drª Maria Isabel Imbronomito

SÃO PAULO 2019

RESUMO ONDE? O Rio Tietê tem um afluente localizado no Alto Tietê chamado Córrego Três Pontes, que atravessa quatro divisões administrativas: Poá, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba.

O ponto de encontro dos quatro municípios é no bairro Cidade Kemel. A inexistência de compatibilidade das infraestruturas urbanas e ambientais geram problemas para a população.

POR QUÊ?

Com a implantação do BRT Metropolitano do Alto Tietê, é previsto que os conflitos se intensifiquem devido à reformulação de vias e a implantação de uma plataforma bidirecional próximo ao terminal rodoviário Pedro Fava. O aumento da largura do leito carroçável da Avenida Kemel Addas segregará ainda mais os quatro municípios.

Nessa premissa, este trabalho traz a inquietude de pensar qual será essa nova dinâmica e intervir com um desenho urbano que possa reconectar as quatro cidades e consolidar infraestruturas urbanas.

O QUE? A proposta consiste em gerar uma conexão da população com o espaço urbano considerando as mudanças proporcionadas pela implantação do BRT e uma qualificação urbana e ambiental.

Espacialmente é proposto um parque linear na área do Córrego Três Pontes, um redesenho de via em seu principal afluente que percorre a Rua Valdemar Taveira Santos e um de caminho abaixo da linha de alta tensão.

COMO? O parque linear vem com intuito de qualificar as vivências e as estruturas consolidadas pelo os moradores e executar novos artifícios. As estruturas atuais transpõe o rio com pontes e pinguelas, traz nova vida aos espaços com plantações de vegetações e mantém a vivência urbana com campos de bola e áreas de apresentações e eventos.

A Rua Valdemar Taveira Santos é a conexão das cidades de Ferraz de Vasconcelos e São Paulo ela é o vértice que conecta o Parque das Águas da cidade de São Paulo com o parque linear desse trabalho. Esta Rua traz como principal desafio a transposição do córrego que hoje é feita por lajes sobre o rio e o aproveitamento da estrutura de contenção da água que se encontra em situação crítica.

Por fim a Linha de Alta Tensão que abastece essa população, está localizada a apenas duas quadras do Parque linear proposto. Essa área é preenchida com construções irregulares e vielas a fim de qualificar esse caminho é condicionado uma alça de ciclofaixa e passeio que articula a população com a ciclofaixa e o espaço de caminhar proposto pelo o projeto de BRT.

SUMÁRIO 1. ONDE?

11

2. POR QUÊ?

37

1.1 RIOS

12

38

1.1.1 RIO TIETÊ; 1.1.2 ALTO TIETÊ; 1.1.2 CÓRREGO TRÊS PONTES.

14 16 19

2.1 BRT METROPOLITANO PERIMETRAL ALTO TIETÊ 2.1.1 TRECHO POÁ, FERRAZ DE VASCONCELOS E ITAQUAQUECETUBA; 2.1.2 DESAPROPRIAÇÃO.

41 44

2.2 SETOR

46

2.2.1 DELIMITAÇÕES; 2.2.2 LEITURA;

47 48

1.2 CIDADES KEMEL 20 1.2.1 POÁ 1.2.2 FERRAZ DE VASCONCELOS; 1.2.3 ITAQUAQUECETUBA; 1.2.4 SÃO PAULO.

8

22 26 30 31

3. O QUÊ?

3.1 CONCEITO

65

67

3.1.1 MICROPLANEJAMENTO 67 PRÁTICAS URBANAS E CRIATIVAS. 3.1.2 TERRITÓRIO. 69 3.1.3 REFERÊNCIAS. 71

4. COMO?

4.1 INTERVENÇÕES PRÁTICAS 4.1.1 PLANO GERAL 4.1.2 PARQUE LINEAR 4.1.3 PERCURSOS ARTICULADORES 4.1.4 MOBILIÁRIO URBANO

5. BIBLIOGRAFIA

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ONDE?

11

1. ONDE? 1.1 RIOS

12

O Rio segundo Eduardo de Freitas “é um curso de água que corre naturalmente de uma área mais alta para uma mais baixa do relevo, geralmente deságua em outro rio, lago ou no mar” (Freitas, Rios. 2019) esses cursos há várias maneiras de serem consolidados e classificados. O Brasil hoje conta com um lençol freático abastado, João Lara Mesquita, descreve que cerca de 12% do volume total de água doce do planeta corre pelo o nosso país (Colapso dos rios brasileiros: mortos ou na UTI. 2019).

Porém esse volume de água encontra-se comprometido devido a reformulação e assoreamento de rios e várzeas com o desmatamento da mata ciliar, a ocupação na área de alagamento. Gerando desconforto a população que reside próximo ao curso d’água que sofre por constantes enchentes.

Devido a isso é necessário pensar em uma lógica de qualificação do lençol freático, que em vez de partir de despoluições nos grandes rios e depois em políticas urbanas confusas nas áreas de córregos afluentes e nascentes. Propor novas estratégicas de alteração desse espaço urbano em uma lógica reversa.

Figura 1 - Diagrama do encontro Rio Tietê com o córrego Três Pontes.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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1.ONDE?

1.1.1 RIOS TIÊTE O Rio Tietê é o principal curso d’água do estado de São Paulo, percorrendo em sua magnitude de Leste a Oeste por volta de mil e cem quilômetros. Possui a sua nascente no município de Salesópolis e corta as cidades de São Paulo, Poá e Itaquaquecetuba dentre outros e desaguando por fim no Rio Paraná na divisa com Mato Grosso do Sul. A sua extensão configura uma bacia hidrográfica no estado de São Paulo de 73.400 km² que segundo ANA (Agência Nacional de Águas) está dentro da bacia do Rio Paraná que “abrange uma área de 879.860 km² , distribuídos em sete unidades de federação: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.” ( Wikipédia, sub – bacia do Rio Paraná .2019).

Além de sua extensão, o Tietê possui uma permeabilidade em meandros como demonstra a (figura 1) divisão em seis Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIS): 1 Alto Tietê 2 Tietê Sorocaba 3 Piracicaba- Capivari - Jundiaí 4 Tietê - Jacaré 5 Tietê - Batalha 6 Baixo Tietê“

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Figura 2 -Mapa de (UGRHIs).

Fonte: http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sag/CobrancaUso/Cobranca/09_MapaTiete.jpg

(Gómez Paiva. Afonso, A Bacia Hidrográfica do Alto Tietê .2013) (figura 2). Porém a característica de meandros sofreu uma drástica alteração em alguns trechos do seu percurso a partir de um planejamento equivocado da sua várzea pela empresa Light and Power.

A empresa Light and Power em 1901 consolida uma rede de hidroelétricas que permeia a várzea do Tietê, em prol do aproveitamento da velocidade do rio no fornecimento de energia. Naquela época foi proposta a retificação e alteração do curso para intensificar a vazão em paralelo um plano de avenidas. A partir da implementação do projeto os terreno ao lado das avenidas foram ocupados por construções irregulares (figura 3).

O plano de Avenidas do Engenheiro Francisco Prestes Maia em 1930, tinha como promessa reduzir o fluxo de carro no centro urbano, através de um anel rodoviário que facilitava novas centralidades e o acesso às áreas periféricas e segregadas por eixos radiais admitindo um espraiamento de to da zona urbana como demonstra a (figura 4)

Figura 3 - Plano Rio Tietê 1924-1925 Fonte: https://cosmopistacom/2015/02/11/a-historia-das-ruas-contra-os-rios/

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1. ONDE?

1.1.2 ALTO TIETÊ

Figura 4: Diagrama de Evolução da Mancha Urbana Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

A unidades de gerenciamento de recursos hídricos do Alto Tietê localizada na ponta da bacia hidrográfica do Tietê. Tem uma abrangência “de uma área de drenagem de 5.720 km2 e apresenta 1.773km² de vegetação natural remanescente, que ocupa aproximadamente 30% da área da UGRHI (Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos) (figura 6) segundo (Fusp, Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. 2009).

Esta área é dividida em cinco subcomitês: Tietê-Cabeceiras, Billings-Tamanduateí, Juqueri-Cantareira, Cotia-Guarapiranga e Pinheiros-Pirapora (figura 5), e abriga uma população de 19.959.976 habitantes (SEADE, 2013). Onde teve o seu aumento exponencial no ano de 1930 quando foi implementado a alteração do curso do Tietê, o plano de avenidas de Prestes Maia e as Represas Billings e Cantareira. (figura 4).

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PLANO DA BACIA DO ALTO TIETÊ – SUMÁRIO EXECUTIVO

Por essa rápida expansão horizontal da cidade de São Paulo, determinou uma ocupação na área próximo várzeas inundáveis, gerando uma dificuldade do manejo dessas áreas superficiais da região. Devido a isso a Câmara Técnica de Drenagem e Controle de Inundações cria em 1997 “O Plano Diretor de Macrodrenagem [...], em síntese, diagnosticar os problemas existentes ou previstos no horizonte do projeto (2020) e determinar, do ponto de vista técnico-econômico e ambiental, diretrizes [...} No intuito de minorar os problemas de enchentes” (Fusp, Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. 2009).

6

REGIÕES HIDROGRÁFICAS E SUBCOMITÊS DA UGRHI 6

1

SUBCOMITÊS

SUB-REGIÕES HIDROGRÁFICAS

Rio

Billings-Tamanduateí

Billings-Tamanduateí

Corpo d’água

Cabeceiras

Cabeceiras

Divisa Municipal

Cotia-Guarapiranga

Cotia-Guarapiranga

Juqueri-Cantareira

Juqueri-Cantareira

Penha-Pinheiros

Penha-Pinheiros

Pinheiros-Pirapora

Pinheiros-Pirapora

Sede de Município Bacia do Alto Tietê

FONTE: Base Cartográfica e Regiões Hidrográficas: Emplasa (Mapa de Uso e Ocupação do Solo. 2002) Limites das Regiões Hidrográficas estabelecidos a partir da altimetria e hidrografia da Base citada.

PROJEÇÃO UTM Datum Horizontal: Córrego Alegre

Sub-região Hidrográfica

Figura 5 - Mapa de Regiões Hidro gr´sficas e Subcomiês da UGHI 6.

Fonte: P.6,http://www.sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/7111/pat_sumario_executivo.pdf

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Rio Corpo d’água Divisa Municipal Sede de Município Bacia do Alto Tietê Sub-região Hidrográfica

FONTE: Base Cartográfica e Uso do Solo: Emplasa (Mapa de Uso e Ocupação do Solo. 2002) Limites das Regiões Hidrográficas estabelecidos a partir da altimetria e hidrografia da Base citada.

PROJEÇÃO UTM Datum Horizontal: Córr. Alegre

Mata

Área Urbanizada e Favela

Outro Uso

Capoeira

Equipamento Urbano

Reservatório de Retenção

Campo

Aterro Sanitário/ Lixão

Vegetação de Várzea

Indústria

Reflorestamento

Mineração

Chácara/ Hortifrutigranjeiro

Movimento de Terra/ Solo Exposto/ Loteamento Desocupado

USO DO SOLO NA BACIA DO ALTO TIETÊ

Figura 6 - Mapa do uso na bacia do Alto Tietê.

Fonte: P.19,http://www.sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/7111/pat_sumario_executivo

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9

PLANO DA BACIA DO ALTO TIETÊ – SUMÁRIO EXECUTIVO

Além dos aspectos Morfológicos, Populacionais essa bacia contém o “Maior polo econômico do país, centralizando a sede dos mais importantes complexos industriais, comerciais e financeiros do país. Abriga uma série de serviços sofisticados, definidos pela interdependência dos setores, que se integram e se complementam.

O setor de serviços é o mais expressivo e mostra uma grande complementaridade com a indústria. Ressalta-se ainda o setor de transporte, de serviços técnicos às empresas, de saúde e de telecomunicações.” (Fusp, Relatório de Situação de Recursos Hídricos de Bacias, 2010).

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1. ONDE? 1 . 1 . 3 CÓRREGO TRÊS PONTES O Córrego Três Pontes pertence ao subcomitê Tietê-Cabeceiras na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIS) do Alto Tietê formado pelo os municípios de Poá, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e entre outros e possui uma área de 5.985 km². A contribuição do Córrego Três Pontes para o subcomitê é de 9 km² de abastecimento e uma extensão de 6,87 km.

A extensão do Córrego também delimita a divisão administrativa de Poá, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba pelo o seu eixo e o nó desta divisão é o objeto de estudo neste trabalho.

O Três Pontes nasce no município de Ferraz de Vasconcelos no bairro Jardim Mirai, percorre comprimido por construções irregulares pela a divisão administrativa de Ferraz de Vasconcelos com Poá até chegar o bairro Cidade Kemel, onde recebe uma área maior de vegetação ao longo da várzea. No encontro dos quatro munícipio, logo se orientam para a divisão administrativa de São Paulo e Itaquaquecetuba assim é soterrado por invasões na Rua da Tubulação. Por fim retoma o curso para o município de Itaquaquecetuba que amplia gradativamente as áreas verde ao longo da várzea até o encontro com o Rio Tietê. (figura 7 e 8).

No Bairro Cidade Kemel o Córrego Três Pontes engloba uma área de vegetação exposta junto com equipamentos públicos como o Centro de Artes e Esportes Unificados e o terminal de ônibus rodoviário Pedro Fava propiciando uma interação maior entre os habitantes e o local.

Figura 7 - Córrego Três Pontes e as áreas verdes Fonte: Elaborado pelo o próprio autor

3KM

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ITA

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SÃO P AULO

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1. ONDE?

AQ

1 . 2 CIDADES KEMEL

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O bairro Cidade Kemel é uma subdivisão territorial identificada em quatro divisões administrativas demarcadas pelo o eixo do Córrego Três Pontes (figura 8). Este bairro é protagonista nesse índice que vai relatar a origem de cada cidade, as principais perspectivas de melhorias propostas por cada plano diretor e por esse motivo é nomeado por Cidades Kemel.

Figura 8 - Diagrama do setos com as divisas administrativa das quatro Cidades.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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Figura 9 - Diagrama do setor com a divisão administrativa da ral de Poá

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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Estância Hidromine-

1.ONDE?

1 . 2 . 1 POÁ História

A Estância Hidromineral de Poá data o seu início em 1621, quando era formado de um povoado missionário das ordens das carmelitas dentro dos arredores de Mogi Das Cruzes após alguns anos e mudanças territoriais, esse povoado tomou novas proporções com a criação da plataforma de Poá para escoamento de produtos através da linha férrea que conectava o Lageado e Mogi das Cruzes.

O plano da Estrada de Ferro Central do Brasil que conectava São Paulo com Rio de Janeiro aderiu o trecho de Lageado e Mogi das Cruzes. Após grandes reformas em 11 de Abril de 1891, começou a transportar passageiros obtendo um progresso exponencial da quantidade de moradores.

3 Mas somente após a expansão horizontal da cidade de São Paulo, a Segunda Guerra Mundial, a comercialização das terras a baixo custo e o facilitador de transporte pela a linha férrea Central do Brasil. O distrito de Poá expandiu e os moradores se uniram e reivindicaram no dia 06 de julho de 1947 a elevação do título de distrito para município.

Após a pressão a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes cedeu a liberação da troca do título no dia 24 de dezembro de 1948. Porém “Poá começou a viver sua vida independente de Mogi das Cruzes no dia 1 de janeiro de 1949. Apesar de ter sido instalado naquele 1º de janeiro, somente no dia 26 de março de 1949 que foi instalada a Câmara Municipal, com a posse dos prefeitos e vereadores que haviam sido eleitos no dia 13 de março.

Nesta data, 26 de março, é que se comemora o aniversário do município. ” (Wikipédia, Poá. 2019).

Plano Diretor Atualmente o plano diretor não visa alterações com o intuito de preservação do corpo d’água do córrego três pontes (Figura 9), porém existe uma macrozona nas proximidades que adere as duas fontes principais do município. Então é proposto a inserção do corpo d’água a esse zoneamento e utilizo de base para a execução do projeto. O Título II Da Organização Territorial do Município de Poá, Capítulo 1 do Macrozoneamento, Secção II Da Macrozona de Proteção Ambiental, Artigo 14 II- “Incentivo as atividades de Lazer e Turismo, uso habitacional e setor primário, desde que sejam observadas as regras especificas de utilização do solo compatíveis com sua função no equilíbrio ambiental do Munícipio da Região, bem como o uso racional e sustentável dos recursos naturais existentes” (Figura 10 e 11).

Além do incentivo a utilização das áreas verdes próximo ao corpo d‘água, como proporcionador de ambientes ativador do espaço urbano. O Título V Das Políticas Públicas Do Município de Poá, Capítulo III Da Política de Meio Ambiente e de Saneamento Ambiental, Secção II, Artigo 110 I – “Desenvolver campanhas de conscientização e mobilização da população quanto à necessidade de solucionar o problema do lixo em terrenos baldios, logradouros públicos, mananciais, canais e outros locais;” (Prefeitura Estância Hidromineral de Poá, Plano Diretor Estância Hidromineral de Poá, 2006 ) vai subsidiar as próximas etapas do trabalho.

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Figura 10 -Macrozona da Estância Hidromineral de Poá Editada.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 11 -Macrozona da Estância Hidromineral de Poá Editada.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 12 - Diagrama do setor com a divisĂŁo administrativa da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos.

Fonte: Elaborado pelo o prĂłprio autor.

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1.ONDE?

1 . 2 . 2 FERRAZ DE VASCONCELOS História

Ferraz de Vasconcelos inicia a sua ocupação, através de um povoado localizado a margem do bairro Lageado em Guaianases no extremo leste da Cidade de São Paulo. Esse povoado era conhecido por ser uma parada de tropeiros a beira de um córrego e próximo a linha férrea.

Nesta época Ferraz era uma referência e um dos primeiros produtores de Uva Itália na região do Alto Tietê. Mas devido a sua proximidade com a linha férrea dentre em poucos anos foi construído a fábrica de lixas Gotthard Kaesemodel, que produzia colas, lixas e papéis com a marca “Tatu”.

Pela a sua demanda e pressões governamentais assim deu origem a primeira parada férrea na região A Parada da Vila Romanópolis. Que dentre de poucos anos foi incluída no Plano da Estrada de Ferro Central do Brasil que tinha como propósito a conexão de São Paulo e Rio de Janeiro.

Que através desses fatores, a expansão horizontal nas décadas de 30 e 40 do Município de São Paulo e a Implantação da Fábrica de Lixa, Ferraz de Vasconcelos recebe um fomento de habitações e loteamentos. Proporcionando a população deste pequeno povoado o aumento, levando consequentemente a solicitação ao Distrito de Poá para sua Emancipação que é concedida após pressão pública no dia 14 de outubro de 1953.

Plano Diretor

O setor de intervenção do córrego Três Pontes (figura 12), adentra na Classificação de Zona mista 3- Zm3 que “ Corresponde ás parcelas do território ocupadas por bairros com mescla de usos residenciais, comerciais e serviços de porte diversificado, providas de infraestruturas e equipamentos a serem instalados ou serem complementados. ” (Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, Plano Diretor Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos p.107, 2016) (figura 13).

Além do zoneamento, a preservação do eixo do Córrego Três Pontes é de suma importância. Por isso a necessidade do retorno da Mata Ciliar e a contenção da área sujeita alargamento na Área de Preservação Permanente (APP), contribuindo com um recuo disposto no Código Florestal de 15 metros no perímetro urbano.(figura 14 e 15).

Provendo a intervenção na área de APP é necessário em discutir a existência de resíduos sólidos, para isso o trecho do Plano Diretor Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos no trecho 9. Política municipal de meio ambiente, IV. Ações, parágrafo d. Resíduos Sólidos sustentara o programa a seguir “ – Adequação do programa municipal de coleta seletiva, planejamento de metas, infraestrutura e formalização de Cooperativa de Catadores; - Formação de Grupo de Trabalho para elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos; - Análise de proposta para a implantação de programa piloto de logística reversa de eletrônicos; - Concepção de programa piloto de eco pontos para descartes de resíduos sólidos da construção civil” (Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, Plano Diretor Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos p.194, 2016).

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Figura 13 - Mapa de Delimitação 3 - ZM3 2015 -Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos.

Fonte: Elaborado por Fundespa.

Figura 14- Recorte Quadro Síntese - Zoneamento estrutural -Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos.p.113.

Fonte: Elaborado por Fundespa.

4. O Plano diretor para o perídodo 2016-2026 Quadro síntese - zoneamento estrutural 1. Macrozona Urbana Conceitos para as zonas

Diretriz

Figura 15 - Mapa 11 de Conflitos Ambientais -Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos.

Fonte: Elaborado por Fundespa.

Tipos

maiores aproveitamentos para usos habitacionais

Zona mista adensável 1 (Centro e corredores comerciais) – comercio/serviços e residencial

4. O Plano diretor para o perídodo 2016-2026 Promover adensamento construtivo/

Zona mista adensável 2 – predominantemente residencial

populacional e maiores aproveitamentos Quadro síntese (C.A) - zoneamento estrutural 1.1. Usos mistos Compatibilizar e regularizar as diferentes

funções urbanas nas áreas delimitadas 1. Macrozona Urbana Conceitos para as zonas

1.2. Urbanização Dirigida 1.3. Preservação Ambiental I 1.1.

Usos mistos 1.4. Preservação Ambiental II 1.5. Preservação Ambiental III 1.5. Usos Especiais 1.2.

Urbanização de 2.

Macrozona Dirigida Conceitos para as zonas 1.3.

Preservação Ambiental I 2.1 Preservação Ambiental 1.4.

Preservação Ambiental II 2.2 Recuperação Ambiental 1.5.

Preservação

Ambiental III 2.3 Desenvolvimento Controlado 1.5.

Usos Especiais

Diretriz Estimular atividade econômica e adensamento populacional maiores aproveitamentos para usos Prioridade quanto à regularização habitacionais fundiária, implantação de infraestrutura Promover adensamento construtivo/ e complementação urbana populacional e maiores aproveitamentos (C.A) Preservação de sítios e chácaras de lazer Compatibilizar regularizar asdrenagens diferentes Preservação deeáreas livres e funções urbanas nas áreas delimitadas

Zona mista 3 – residencial e comercial Zona mista 4 – Predominantemente industrial, adequa os usos residencial e comercial existentes Tipos Zona mista 5 - Admite indústrias não poluentes, logística e excepcionalmente habitação de interesse social, Zona mista adensável 1 (Centro e corredores comerciais) – comercio/serviços e residencial Zonas Especiais de Interesse Social 1, 2, 3, 4 e 5 Zona mista adensável 2 – predominantemente residencial Zona de Uso Controlado - ZUC Zona mista 3 – residencial e comercial

Zona Especial de Preservação Ambiental - ZEPAM Zona mista 4 – Predominantemente industrial, adequa os usos residencial e comercial existentes Preservação de áreas agrícolas Zona de Produção Agrícola Sustentável - ZPAS Zona mista 5 - Admite indústrias não poluentes, logística Estimular atividade econômica e e excepcionalmente habitação de interesse social, Proteger áreaspopulacional envoltórias e emissão de adensamento Zona de Ocupação Especial - ZOE poluentes Prioridade quanto à regularização Proteção e Recuperação Ambiental Zonas Especiais de Interesse Social 1, 2, 3, 4 e 5 fundiária, implantação de infraestrutura e complementação urbana Diretriz Tipos Adequados à Lei Estadual 9.866/97 Preservação de sítios e chácaras de lazer Obedece à legislação estadual e municipal Preservação de áreas livres e drenagens Reabilitação de áreas degradadas

Zona de Uso Controlado - ZUC Áreas de Restrição à Ocupação – ARO (APPs, APRM)

Preservação de áreas agrícolas Espaços já ocupados ou antropizados com necessidade de complementação de Proteger áreas envoltórias e emissão de infraestrutura e limitação à expansão poluentes

Zona de Produção Agrícola Sustentável - ZPAS Área de Ocupação Dirigida – AOD

Zona Especial de Preservação Ambiental - ZEPAM Área de Recuperação Ambiental – ARA (APPs, APRM)

Zona de Ocupação Especial - ZOE ZEIS 5

2. Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental Grau de urbanização Conceitos para as zonas Maior precariedade

Zona Diretriz ZEIS 1

Situação fundiária Infraestrutura Tipos Adequados à Lei Estadual 9.866/97 I P A

2.1 PreservaçãoVariados Obedece e Assentamentos ZEISà2legislação estadual I Ambiental municipal Menor precariedade ZEIS 3 R 2.2 Recuperação Áreas destinadas a HIS Reabilitação ZEIS 4 de áreas degradadas Ambiental ZEISjá5ocupados ou antropizados Espaços com necessidade de complementação de infraestrutura e limitação à expansão Quadro 1: Macrozoneamento 2.3 Desenvolvimento Controlado

(Fonte: FUNDESPA)

C à Ocupação – ARO Complementação Áreas de Restrição (APPs, APRM) C Complementação Área de Recuperação Ambiental – ARA (APPs, APRM) Inexistente Área de Ocupação Dirigida – AOD ZEIS 5

Figura 16 - Diagrama do setor com a divisĂŁo administrativa da Prefeitura de Itaquaquecetuba.

Fonte: Elaborado pelo o prĂłprio autor.

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1.ONDE?

1 . 2 . 3 ITAQUAQUECETUBA História

Itaquaquecetuba, inicia a sua história através das terras cedidas pelo o jesuíta ao Padre João Alvares pelos os seus trabalhos na formação das aldeias de conceição dos Guarulhos e São Miguel.

Nessas terras construí a capela de Nossa Senhora D’ Ajuda e um povoado. Mas transição dos donatários de São Miguel para o povoado anos após, por desacordos com os jesuítas, levou o crescimento da freguesia de Itaquacetuba em 1838, onde recebe o título de distrito.

Mas apenas em 1910 foi consolidado o núcleo urbano, graças as vendas de terras dos arredores, para agricultores, e em 50 anos após ela recebe a emancipação pelo o município de Mogi das Cruzes.

Pela a produção agrícola se sustentaram, e ao longos anos foram introduzidos outras atividades potencializadas pela a “instalação de uma estação ferroviária em 1925, na variante de Moji das Cruzes da Estrada de Ferro Central do Brasil.” (IBGE, Itaquaquecetuba. 2017).

Plano Diretor

O plano diretor delimita em seu contexto algumas diretrizes para o tratamento de infraestruturas urbanas nas áreas de mananciais e corpos d’água. Para o desenvolvimento deste trabalho destacarei quatro diretrizes para estruturação do contexto.

A primeira diretriz é em relação ao descarte irregular de lixo ao lado dos corpos d’água e está disposta no capítulo III Da política municipal de infraestruturas, secção III Da coleta, transporte e Destinação Final de Resíduos Sólidos” IV- Desenvolver e implementar o Programa de Reuso de Resíduo Inertes, provenientes da construção civil, e equacionar soluções para o lançamento, tratamento e disposição final desses resíduos. V- Ampliar os serviços de variação de ruas e de limpeza nas áreas públicas nos bairros periféricos” (Prefeitura de Itaquaquecetuba, Plano Diretor Prefeitura de Itaquaquecetuba p.22, 2006).

A segunda diretriz reflete a intenção do espaço ao lado de corpos de água como ativador do espaço urbano e encontrasse no capítulo V Dos Serviços Sociais, secção V “XV- Promover estudos de viabilidade para a implantação de ciclovias, considerando o aproveitamento da estrutura contínua das Áreas de Preservação Permanente – Áreas de Preservação Permanente e proteção da rede hídrica.” (Prefeitura de Itaquaquecetuba, Plano Diretor Prefeitura de Itaquaquecetuba p.35, 2006).

Por fim a última diretriz trabalha o contexto da integração das áreas verdes como um complexo de lazer como descrito no capítulo VII Meio Ambiente, secção IX” Instituir o Sistema de Áreas Verdes do Município, integrando arborização urbana, praça, parques, Áreas de Preservação Permanente – APPs e Unidades de Conservação, como a APA da Várzea do Rio Tietê e outras que vierem a ser criadas, de acordo com a Lei Federal nº 9.985, de 18 de junho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades Conservação – SNUC.

31

Figura 17 -Diagrama do setor com a divisão administrativa da Prefeitura de São Paulo. Subprefeitura de Itaim Paulista

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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1.ONDE?

1 . 2 . 4 SÃO PAULO História

O início de São Paulo é constituído na Baixada Santista pela Vila de São Vicente, mas em busca de segurança em relação a costa e a limitação territorial, um grupo de jesuítas desbrava a Serra do Mar, um aclive que configura uma barreira natural. Após o desbravamento da serra eles encontram o Planalto de Piratininga onde fundam um colégio em 1554 ao longo desse colégio é consolidado o povoado de São Paulo de Piratininga.

Nesse Período as terras eram supridas através das criações de cana- de- açúcar e agricultura. Porém através da virada do século XIX a economia cafeeira acabou substituindo a lavoura de cana de açúcar e elevando como principal economia nacional.

Devido a necessidade de escoamento da produção cafeeira, eclodiu em toda São Paulo linhas férreas e no auge do século XIX, e com o fim da época escravocrata no país em 1888 e Ascenção da produção cafeeira São Paulo recepcionou inúmeros imigrantes como mão de obra.

Na mudança do século XIX para o século XX, São Paulo sofre uma transformação das produções de café para as indústrias automobilística devido à crise cafeeira após a Segunda Guerra Mundial. Com a importância do automóvel é proporcionado alteração em seus centros urbanos pelos os grandes projetos de avenidas que ocasiona uma expansão horizontal de sua mancha urbana.

Itaim Paulista

O território de Itaim Paulista localizado no extremo leste de São Paulo (figura 17 e 18) tem o seu desenvolvimento simultâneo à consolidação da cidade de São Paulo. O seu início data a o período de 1610 a 1611 onde o bandeirante Domingos de Góes recebe sesmarias do governo próximo ao Rio Tietê próximo a região do “Boi Sentado”, porém pelo o não cumprimento das leis ele perde essa terra que é fornecida para os padres carmelitas em 1621. Nesse período os padres carmelitas constroem a capela denominada Nossa Senhora da Biacica que gera um pequeno povoado de chácaras, fazendas e sítios.

A configuração de sítio persistiu até o século XVII e somente através da chegada da ferrovia Estrada de Ferro da Central do Brasil no século XIX, a configuração espaçadas de sítios foi dando lugar a pequenas aglomerações de residências próxima a margens dos trilhos. Mas foi na década de 1950 que a ocupação territorial demonstrou mais agressiva e acelerada. E essa aglomeração territorial em 1980 Itaim Paulista se uni com a Vila Curuçá em forma de distrito independente.

Plano Diretor

O perímetro de Itaim Paulista próximo ao Córrego Três Pontes está estabelecido no eixo do munícipio nestas áreas a dois zoneamentos sendo um de maior proporção a ZEIS -1 ( Zonas Especiais de Interesse Social) e menor a ZEPAM (Zonas Especiais de Proteção Ambiental) (figura 19).

As Zonas Especiais de Interesse Social são “áreas caracterizadas pela presença de favelas, loteamentos irregulares e empreendimentos habitacionais de interesse social, e assentamentos habitacionais populares, habitados predominantemente por população de baixa renda, onde haja interesse público em manter a população moradora e promover a regularização fundiária e urbanística, recuperação ambiental e produção de Habitação de Interesse Social;” (Prefeitura de São Paulo, Plano Diretor da Prefeitura de São Paulo p.59, 2014).

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E Zonas Especiais de Proteção Ambiental “são porções do território do Município destinadas à preservação e proteção do patrimônio ambiental, que têm como principais atributos remanescentes de Mata Atlântica e outras formações de vegetação nativa, arborização de relevância ambiental, vegetação significativa, alto índice de permeabilidade e existência de nascentes, entre outros que prestam relevantes serviços ambientais, entre os quais a conservação da biodiversidade, controle de processos erosivos e de inundação, produção de água e regulação microclimática.” (Prefeitura de São Paulo, Plano Diretor da Prefeitura de São Paulo p.66, 2014).Por essas diretrizes guiara as metodologias aplicado nesse trabalho.

Figura 18 - Diagrama do bairro Itaim PaulistadaPrefeitura de São Paulo.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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04/05/2019

.: Sistema de Consulta do Mapa Digital da Cidade de São Paulo :.

Mapa Digital da Cidade

1000 m 2000 ft

Escala:

45849

Link: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx?id=29786 Data e Hora: 04/05/2019 07:45:44

Legendas Perímetros das Zonas (1)

Municípios da RMSP

geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_Impressao.aspx?id=29786

Prefeituras Regionais

1/2

Figura 19 - Subprefeitura do bairro Itaim Paulista da Prefeitura de São Paulo com os zonemamentos.

Fonte: Elaborado por Geosampa .

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POR QUÊ?

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2. POR QUÊ?

2 . 1 BRT METROPOLITANO PERIMETRAL ALTO TIETÊ A empresa EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) consorciada com Governo de São Paulo idealizou uma ligação de sete municípios na região Metropolitana de São Paulo. Esse Trajeto vai dispor de 28,6 km de extensão segundo (Emplasa, Plano de Trabalho p.4 2013), interligando São Paulo, Guarulhos, Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano através de um traçado viário sistematizado com BRT (Bus Rapid Transit) (figura 20).

Que equaciona a mobilidade urbana, rápida, confortável e um baixo custo benefício. Assimilando-se a um transporte sobre trilhos , VLT e Metrô através da sua “infraestrutura segregada com a prioridade de passagem, operação rápida e frequente e excelência em marketing e serviço ao usuário” (Ministério da cidades, Manual Brt Bus Rapid Transit Guia de Planejamento p. 1, 2008) Com o objetivo de “Reorganizar a rede de transporte coletivo, promovendo a racionalização e a integração do sistema metropolitano e municipal” (Governo de São Paulo e Emtu, BRT Metropolitano Perimetral Alto Tietê – RMSP, 2010).

O Sistema proposto efetua um traçado sobre e uma mancha urbana consolidada e de alta densidade (figura 21) e e assim acarretando uma série de desapropriação e limites urbanos pela a transformação de leito carroçáveis de cinco metros em 40 metros.

Figura 20 -Diagrama do BRT Metropolitano Perimetral do Alto Tietê.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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Figura 21: Mapa de Densidade Fonte: Elaborado por Emplasa e EMTU.

2. POR QUÊ?

2 . 1 . 1 TRECHO POÁ , FERRAZ DE VASCONCELOS E ITAQUAQUECETUBA

O objeto de estudo desse caderno está localizado na Etapa 2 do trecho 1 (figura 22) novo sistema de BRT. Este espaço será o percursor na conexão de Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e São Paulo e está dimensionado um eixo viário 1,2 Km e um custo total de R$87.740.00,00.

Esse setor conta com um redimensionamento viário, e considera um reforma no Terminal rodoviário Pedro Fava, um terminal pré-existente para a inserção de uma estação Bidirecional para embarque e desembarque com pagamento na estação. E quatro avenidas sendo duas de corredores de ônibus e duas para transporte comum.

Hoje a presente área de expansão do Terminal situada no encontro das divisões administrativas das quatros cidades, tem uma densidade de intermediaria para alta, variando entre 100 hab/ha a 300 hab/ha (figura 21). E um uso predominante residencial, porém existe algumas centralidades de uso misto.

Além da predominância de uso e ocupação o local é traçado por um Córrego canalizado, porém destamponado que é paralelo ao eixo do viário e possui em seu entorno uma verde subutilizada. Em seu viário a área é circundada pela Avenida Brasil, Estrada Dom João Nery, Avenida Marechal Tito, Rodovia Henrique Eroles (figura 23).

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Figura 22 - Mapa de Divisão de trecho de execução Fonte: Elaborado por Emplasa e EMTU.

Figura 23 - Mapa de Mobilidade Fonte: Elaborado por Emplasa e EMTU.

2. POR QUÊ?

2.1.2 DESAPROPRIAÇÃO

A consolidar o planejamento do trecho foi repartido em três partes para melhor analise dos impactos negativos e suas mitigações para posteriormente definir oportunidades para desenvolvimento de políticas públicas. As quatro repartições são Parte 1 - Terminal Ferraz de Vasconcelos - Estação Santos Dumont, Parte 2 - Estação Santos Dumont - Rodovia SP 066 (Novo Viário), Parte 3 - Rodovia Henrique Eroles SP 066 e Parte 4 - Estrada Santa Isabel - SP 056 O objeto de estudo desse caderno está inserido na segunda parte. A implantação totalizara em 17,15 hectares desapropriados tendo como remanescente 6,67 hectares. A subdivisão é descrita na página 77 do documento Corredor BRT Metropolitano Perimetral Alto Tietê, Produto 4 - Avaliação De Impactos Da Implantação Do Corredor “ Implantação de Viário Novo a partir da Rua Santos Dumont com desapropriação de 8,68 hectares de residências, remanescentes 3,35 hectares; 3,64 hectares de comércio e serviços com 1,87 remanescentes e 4,83 hectares de terrenos vagos com 1,45 hectares remanescentes.” De acordo com os mesmos documentos as áreas remanescentes estão sendo estudas “Como subsídio para as possíveis ações mitigadoras da implantação do Corredor BRT Perimetral Alto Tietê foi considerada a possibilidade de aproveitamento das áreas remanescentes das futuras desapropriações para ações reparadoras de cunho social.”

Figura 24 - Diagrama do BRT Metropolitano Perimetral do Alto Tietê.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

45

LEGENDA ÁREAS VERDES DESAPROPRIAÇÃO

Figura 25 -Diagrama do setor de afetado.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

2. POR QUÊ?

2.2 SETOR

2.2.1 DELIMITAÇÃO A área abrangente ao local da intervenção se insere no ponto focal da união de quatro divisões administravas Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e São Paulo, nesse espaço físico é destacado uma centralidade que se prostra de frente com dois eixos delimitadores do espaço. A Avenida Kemel Addas que está paralelo ao córrego três pontes que consolidar a divisão administrativa. Ele e seus afluentes criam na malha urbana áreas verdes articuladas com suas nascentes ou em sua maioria com linhas de alta tensão.

A primeira impressão o espaço parece ser desarticulado com o seu meio urbano, mas a partir da relação tempo e local é demonstrado a qualquer espectador as a espontaneidade de caminhos, apropriação, cuidado e identidade. Onde torna o espaço vago o articulador de vivências urbanas.

O espaço de estudo se subdivide em duas áreas a primeira é a área de influência é configurado em 55,08 hectares definidas pela a (figura 26) abaixo.

A segunda área é definida pelo o que será afetada pelo o projeto que constitui em 7,41 hectares é composto por 1,28 hectares de baixo de linhas de alta tensão, 4,50 hectares de áreas verdes e 0,29 de canteiros centrais da Rua R. Valdemar Taveira dos Santos e terrenos remanescentes da desapropriação 1,34 hectares (figura 25).

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2.2.2 LEITURA A área de influência é definida por uma alta densidade de construções e uso predominante residencial (figura 26) com algumas presenças de centralidades comerciais.

Na região a leste da Estância Hidromineral de Poá e Prefeitura de Itaquaquecetuba, onde a área residencial é cortada por um eixo de Linhões de Alta Tensão que configura em seu embasamento um eixo de áreas verdes.

Apresenta duas circunstâncias ora totalmente murados e em outro momento totalmente desprotegido (figura 27).

Nas circunstâncias onde o terreno é desprotegido ele é utilizado predominante como eixo de passagem definidas por caminhos de concreto e estruturas artesanais de iluminação (figura 31), nos momentos onde encontra-se murado é visto como ponto atrativo de invasão (figura 28).

Esses caminhos de concreto interligam caminhos formais e informais. Pelo o interior de vielas que contêm dimensões que variam entre dois a seis metros de largura e de extensão entre 170 metros a 14 metros. As vielas são tratadas como principal meio de locomoção entre quadras e são mantidas sempre grafitadas e iluminadas com sistemas caseiros. Mas recebem também esgotos a céu aberto. (Figura 30)

Figura 26 - Diagrama de Uso. Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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LEGENDA RESIDENCIAL USO MISTO INSTITUCIONAL COMÊRCIO

Além das conexões terrestres á transposição sobre os corpos de água, elas estão instaladas à oeste e no plano central de intervenção. Mas dentre as setes pontes localizadas seis ficam sobre o afluente na Rua Valdemar Taveira Santos e apenas uma sobre o Córrego Três Pontes. Elas contam com dimensões entre 0.40 metros e 3,20 metros. De largura e de extensão variam entre 2 a 5 metros. Muitas são executadas pelos os próprios moradores, que utilizam de matérias como madeira e concreto armado.

O local é repleto de interações espontâneas com o espaço vazio, geralmente acontecem entre o Córrego e o terminal de ônibus rodoviário Pedro Fava. O espaço recebe atrações circenses, treinamento esportivos, saraus, peças de teatro, eventos de carros e apresentações (figura 34). Nos espaços de interações urbanas, também contêm a presença de descartes irregulares de resíduos sólidos e orgânicos, obtendo com ênfase o descarte de material de construção civil.

LEGENDA Figura 27 -Diagrama do setor de influência.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

50

ÁREAS VERDES OCUPAÇÃO

Figura 28 -Diagrama de Mobilidade Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 29 - Composição de Fotos linha de Alta Tensão Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

LEGENDA LINHAS DA EMPRESA RADIAL LINHAS DA EMPRESA SPTRANS LINHAS DA EMPRESA EMTU

Figura 30 - Diagrama de Vielas e Pontes.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 31- Composição de Fotos Vielas Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

LEGENDA RIO RUA CAMINHOS NÃO OFICIAIS

Figura 32 - Diagrama de Pontes.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 33- - Composição de Fotos Vielas Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

LEGENDA RIO RUA PONTES

Figura 34- Ponte e construtor.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 35- Composição de Fotos Pontes Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

SARAU

TEATRO

FUTEBOL

PERMANÊNCIA

LEGENDA RIO ÁREA VERDE DESCARTE DE LIXO FERRO VELHO

Figura 36 -Diagrama de Usos Temporarios Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 37-Diagrama de Áreas Verdes e Descarte de Lixo.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

Figura 37- Composição de fotos de descarte irregurar.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

O QUE?

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2. O QUE?

3.1 CONCEITO 3.1.1 MICROPLANEJAMENTO PRÁTICAS URBANAS CRIATIVAS

O livro Micro Planejamento Práticas Criativas São Paulo organizado e editado por Marcos L Rosa traz como objetivo revelar novas formas inovadoras de organização do espaço urbano através da distribuição do conhecimento (Cultura, Micro Planejamento Práticas Criativas São Paulo p.14,2011) .

A técnica de leitura do espaço apresentada como Micro Planejamento, oportuna o pensamento crítico em relação à urbana e convida os profissionais a emergir novos planejamentos alternativos, visando à consolidação do espaço da cidade real. Através de laboratórios de campo, experimentações e táticas bottom up (de baixo para cima). Esta técnica de leitura traz embasamento para aplicação de práticas urbanas criativas.

De modo que é possível aplicar os quatros pontos principais desta técnica: Potencialidade do Local, Articulação, Tática, Oportunidades\Novas Codificações.

A Potencialidade local é determinada pela principal leitura do ambiente, identificada na sua tridimensionalidade a massa construída em relação aos aspectos ambientais. A Subtração dessa é o campo que abrigará as Articulações.

A Articulação é a ferramenta que movimenta o campo identificado na potencialidade local, associando com as ações coletivas, as aberturas e vedações do espaço. em cunho de oferecer e melhorar as ferramentas existentes do cotidiano que ativam o local A tática é a união da ação imaterial dos moradores, com as ferramentas qualificadas pelas articulações proporcionando movimentações no espaço e tempo do ambiente.

Por fim as Oportunidades / Novas codificações é um indicador da apropriação dos elementos anteriores aplicados no espaço coexistente. Onde após aplicado é possível medir a densidades das ocorrências sociais, dispostas no espaço. (figura página do livro que mostra a aplicação.)

Conforme os pontos acima a leitura do ambiente de intervenção foi organizada, por onde o campo central recebesse as maiores articulações, organizadas em massa construída do setor. A tática com a qualificação dos usos atuais para aderência as oportunidades de permanência e de densidade de ocorrências sociais futuras.

Figura 38 - Foto Morador cruzando a ponte.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

67

2. O QUE?

3.1 CONCEITO 3.1.2 TERRITÓRIOS No livro Territórios de Solá- Morales o autor defende sensibilidade de um estudo sobre uma nova produção do ambiente construído pós Segunda Guerra Mundial. Essa produção traz como artifício de estudo o termo Terrain vague.

Terrain vague em sua tradução literal é o território vago, mas o exemplar leva a outras compreensões sobre esse termo e novos questionamentos: O que é território vazio? O que é o Vazio? E como projetar no vazio?

O território vazio é identificado como um espaço com limites delimitados ou o seu oposto pelo um espaço que consolida através da percepção da falta da construção, ou da interação do mesmo em uma lógica urbana. As estranhezas desses espaços geram desconforto ao espectador e a vontade de efetuar o preenchimento é a idealização de inserção desse ambiente estranho na homogeneidade urbana.

A alteração do Vazio pode gerar interrupção das possibilidades expectantes do mesmo, uns territórios expostos e vazio permite que o caos metropolitano transcorra o ambiente e gere a apropriação do mesmo em seu estado em natura fazendo da relação tempo e espaço a delimita o uso e do significado e a característica desse ambiente para a sociedade.

Intervir em um espaço assim é destruir a afeição a movimentos, desejos de reproduzir a realidade ou alterar a mesma. E sim compreender as marcas e as relações deixadas no espaço através do uso desse lugar considerado inóspito em outrora.

Figura 39 - Vazio Urbano no Setor de Intervenção.

Fonte: Elaborado pelo o próprio autor.

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Figura 40 - Diagrama.

Fonte: Disponível em https://www.archdaily.com. br/br/01-165814/primeiro-lugar-no-concurso-internacional-para-o-parque-do-rio-em-medellin/52b849ebe8e44ed2de000013-primeiro-lugar-no-concurso-internacional-para-o-parque-do-rio-em-medellin-esquema-de-uso-ciclovia

Figura 41 - Diagrama.

Fonte: Disponível em https://www.archdaily.com. br/br/01-165814/primeiro-lugar-no-concurso-internacional-para-o-parque-do-rio-em-medellin/52b849ebe8e44ed2de000013-primeiro-lugar-no-concurso-internacional-para-o-parque-do-rio-em-medellin-esquema-de-uso-ciclovia

Figura 42 - Planta de intervenção.

Fonte: Disponível em https://www.archdaily.com. br/br/01-165814/primeiro-lugar-no-concurso-internacional-para-o-parque-do-rio-em-medellin/52b849ebe8e44ed2de000013-primeiro-lugar-no-concurso-internacional-para-o-parque-do-rio-em-medellin-esquema-de-uso-ciclovia

2. O QUE?

3.1 CONCEITO 3.1.3 REFERÊNCIA Parque Botânico do Rio Medellín O concurso público internacional de anteprojeto urbanístico, paisagístico e arquitetônico visava a qualificação de 26 Quilômetro e 423 hectares e conectar 10 municípios da cidade de Medellín na Colômbia, com a proposta de um parque que articula as áreas de vegetação pública próxima ao rio Medellín e o principal eixo rodoviário da cidade.

A proposta do escritório colombiano, Latitude Taller de Arquitectura y Ciudad, consolidou um parque botânico que aderir às vegetações remanescentes do vale do Aburrá e articula com um corredor biótico em 19 Quilômetros e 328 hectares e interliga a mesma quantidade de município.

O projeto visa a inserção de um plano piloto que será executado pela a parceria pública e privada em duas etapas. O plano piloto prevê áreas em potenciais a renovação urbana, a reciclagem de estacionamentos existentes para gerar parques ambientais, áreas de interação com a água, caminhos, ciclofaixas, corredores bióticas e ampliações de alguns edifícios existentes.

Destacando entre as diretrizes de projeto a articulação de caminhos e recreação abaixo da linha de alta tensão que conecta com as principais transposições do projeto e articula com as ciclofaixas próximas e as vias de alto fluxo. Essas intervenções revelam um ambiente que em outrora se tornava um divisor da cidade.