Jornal de Vila Meã edição de novembro 2021

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ASSOCIAÇÃO DE

ELEIÇÕES

PIROTECNIA AGASTADA

NOS BOMBEIROS

COM CANCELAMENTO

DE VILA MEÃ

DE ESPETÁCULOS

NA PASSAGEM ANO pág.7

pág.2

MERCADINHO

AS LINHAS DA INFORMAÇÃO LOCAL

DE NATAL

Edição 250 • novembro 2021 • 0.60€

ANIMOU FREGUESIA

Mensário Regional de Formação e Informação Diretor: Cidália Fernandes

DE MANCELOS pág.3

“DEZEMBRO NO MUSEU” COM MÚSICA E ILUSIONISMO pág.6

Natal na “Linha Encantada”

Mário Cláudio é o autor

anima comércio local de Vila Meã

que se segue nos encontros de Vila Meã pág. 3

pág. 5

E M PR E SA S

S O C I E DA D E

S O C I E DA D E

Fregim e Padrão, (Mancelos)

AE Vila Meã disponibiliza site

Concerto de Natal

honram dia da Imaculada Conceição

de formação profissional

Solidário em Vila Meã

pág.2

pág.4

pág.7 PUB

K


EDITORIAL

S O C I E DA D E

ELEIÇÕES NOS BOMBEIROS DE VILA MEÃ

Professora

Cidália Fernandes Perdoas-lhes, Senhor? Mas eles SABEM O QUE FAZEM

Adoro histórias. Ouvir histórias e contar histórias. Aliás, costumo apresentar-me mais como contadora de histórias do que como escritora. Um escritor é, sem dúvida, um mestre das histórias. Concedam-me, então, por favor, alguns minutos da vossa atenção para escutar/ler mais uma. Era uma andorinha. Uma andorinha cuja missão era partilhar saberes, e gostava particularmente de o fazer através da literatura e da poesia. Um dia, quando dava a conhecer a vida e a obra de um poeta – que ironicamente tinha sido médico e escritor - um acidente inusitado condu-la à urgência do hospital. Não conseguia deixar de pensar na impossibilidade do que estava a acontecer. Parecia-lhe antes um pesadelo do qual em breve acordaria. As esperas desesperavam-na tanto como as dores e à medida que o corpo ia arrefecendo mais nítida era a sensação de desconforto. Sofrera uma queda considerável. Queixava-se sobretudo da asa direita e da esquerda. Foi conduzida para a área de Cirurgia, depois para Clínica Geral, nunca para Ortopedia (note-se) e depois do RX constatou-se que tinha uma luxação na asa direita. Foi-lhe colocada então a seguinte questão: cinco horas de espera para ser anestesiada ou colocar a asa no lugar “a frio”. Não hesitou obviamente. Sentiu-se ligeiramente aliviada e pensou que o problema estaria resolvido, pois as dores acalmaram, sob efeito óbvio da medicação administrada. Novo RX, felizmente não havia órgãos internos danificados. Continuou em Cirurgia e apesar de continuar a queixar-se da asa esquerda ninguém lhe prestou atenção. Os que por ela passavam – ainda não se disse, mas encontrava-se no corredor – demitiam-se simplesmente dos seus deveres, e recebia respostas como: “Isso não é comigo” ou “tenha paciência” ou então indiferença pura. Quando lhe foi permitido ingerir algo, não havia chá naquele dia, e até a água da torneira teve de ser mendigada. Cerca de oito horas depois de ter entrado, teve alta com recomendação de voltar sete dias depois. Alguns dias passaram. As dores e o desconforto obrigaram-na a procurar outra solução. Afinal, estava pior do que pensava e do que a leviandade dos responsáveis ditara: urgia fazer uma cirurgia, a asa esquerda estava partida em dois sítios e a direita em três. A história está a chegar ao fim. Acrescente-se apenas que se encontra neste momento em recuperação, e tem vivenciado sentimentos pouco comuns numa andorinha amante da poesia, como ira, indignação e frustração; e a acrescentar à angústia da total dependência, a de não poder voar, misturada ainda com dores lancinantes quase sempre constantes. Era apenas uma andorinha. Não merecem porventura ser tratadas todas do mesmo modo? Ou será este ninho um espaço hospitaleiro apenas para alguns? Vozes ditas sábias sussurram que ninguém tem culpa, é a sorte, é o sistema, as fracas condições de trabalho que a tudo obrigam, os diretores sempre ocupados, que por sua vez recebem ordens dos ninhos mais altos onde vivem os grandes chefes, esses sem tempo para ninharias de moralidade. Muito bem. O que é que se conclui? Há uma consciência coletiva verdadeiramente difícil de controlar, sustentada por uma hierarquia social, e uma consciência individual. É nesta que pretendo focar-me. Quem se encontra em sofrimento precisa apenas da consciência individual do outro, da entrega, de um gesto, de um sorriso, de um copo de água para matar a sede. É assim tão difícil? Neste momento, acho que já todos entenderam. Esta história é uma alegoria. Ocorreu não num espaço indeterminado, mas num espaço físico bem real, não com uma personagem fictícia, mas com uma pessoa autêntica. Nota: as histórias são traiçoeiras, repetem-se, repetem-se, repetem-se.

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Ricardo Vieira, assumiu publicamente a recandidaMeã marcou eleições para os corpos sociais no dia tura para mais um mandato. 18 dezembro. “Com elevado sentido de responsabilidade, asSegundo edital difundido por aquela institui- sumo-me como candidato à presidência da Assoção, as eleições, para o triénio 2022/2024 realizam- ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de -se na tarde do próximo dia 18 de dezembro no pe- Vila Meã. Espero, juntamente com os meus colegas ríodo compreendido entre as as 15h00 e as 18h00. dos órgãos sociais, dos quais destaco Raimundo Refira-se que as listas concorrentes tinham que Magalhães, presidente da Mesa da Assembleia Geser apresentadas ao presidente da mesa da Assem- ral e Joaquim Ribeiro, presidente do Conselho Fisbleia Geral até dia 03 de dezembro. cal, sermos merecedores da confiança, do apoio e Entretanto o atual presidente da direção da As- do voto dos sócios”, refere. sociação Humanitária dos Bombeiros de Vila Meã,

S O C I E DA D E

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM “DÁ VOZ À TUA IDEIA” EM 2022

Criado para aproximar os jovens à autarquia, consolidando a participação democrática e o envolvimento à causa pública, o Orçamento Participativo Jovem destina-se a jovens com idades entre os 14 e os 35 anos, naturais, estudantes, trabalhadores ou residentes em Amarante. Os interessados podem submeter as suas propostas, individuais ou em grupo, entre 2 de dezembro e 10 de janeiro na plataforma www.opjamarante.pt. As propostas devem incidir nas áreas de competência do Município, nomeadamente: investimentos, manutenções, programas ou atividades e projetos transversais a todo ou a parte do concelho, nas áreas da cultura, turismo, educação, ambiente, ação social, urbanismo e obras, desporto, saúde, voluntariado, associativismo, empreendedorismo e inovação. ”A grande missão desta medida, lançada em 2015,

é a promoção constante e evolutiva da participação dos jovens na criação de propostas inovadoras assim como na tomada de decisões para o concelho”, enquadra Rita Marinho Batista, vereadora com o Pelouro da Juventude. Incentivar o diálogo e interação entre eleitos, contribuir para a educação cívica, adequar as políticas públicas municipais às necessidades e expectativas dos jovens e aumentar a transparência da atividade da autarquia, são alguns dos objetivos desta iniciativa que tem como lema “Dá voz à tua ideia”. O projeto vencedor recebe até 15 mil euros para concretizar a ideia apresentada. Mais informações na Divisão da Educação Juventude e Desporto, através do telefone 255 420 233 / 912 127 804 ou do e-mail opjamarante@cm-amarante.pt.

FICHA TÉCNICA Propriedade e Edição: Associação Empresarial de Vila Meã | Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Sede: Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã Diretor: Cidália Fernandes | Tlf: 255 735 050 | E-mail: jornalvilamea@gmail.com | Registo na ERC: 123326 | Depósito Legal: 139555/99 | Redação: Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã Colaboradores: Maria Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Miguel Carvalho, Daniel Ribeiro | Tiragem média: 1.000 ex. | Impressão: Gráfica de Paredes (Paredes) Praça Capitão Torres Moreira Meireles nº34, 4580-873 Paredes | Preço de capa: 0,60 euros O Estatuto Editorial pode ser visto em: https://jornalvilamea.pt/estatuto-editorial/


JORNAL DE VILA MEÃ

novembro 2021 S O C I E DA D E

M A N C E LO S

FREGIM E PADRÃO, (MANCELOS) HONRAM DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO FOTOS:

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F R E G I M H OJ E

MERCADINHO DE NATAL ANIMOU FREGUESIA DE MANCELOS

F O T O S : M A N C E LO S H OJ E

A comunidade paroquial de Fregim e o lugar de guida de procissão. Padrão, na freguesia de Mancelos, engalanaTambém a comunidade de Fregim reuniuram-se para celebrar o dia dedicado à Imacu- -se em volta desta expressiva devoção Mariana lada Conceição, padroeira de Portugal, que se e preparou, com todo o cuidado e empenho, assinala a 8 de dezembro. uma sentida manifestação de grande dedicaEm Padrão, Mancelos, as pessoas costu- ção religiosa e afetiva a Maria, que é padroeira mam celebrar o dia de festa em honra da Ima- da paróquia. culada Conceição, cuja localidade venera numa Através do Nicho de Nossa Senhora, que ali capela onde o culto mariano ali lhe é dedicado. devotam junto da igreja paroquial, prepararam Ao início da tarde, o Pe. Artur Moreira presidiu um tapete de flores que se estendeu junto do à Eucaristia, celebrada na capela de Padrão, se- Nicho e no adro da igreja. É um gesto belo, pre-

parado com muita dedicação, e que exprime agradecimento e admiração para a procissão em devoção do Imaculado Coração de Maria. Durante a tarde o pároco, Pe. Mário Ferreira, presidiu à Eucaristia seguida de procissão. Trata-se de uma tradição que em Fregim se mantém no dia 8 de dezembro, em momentos de união, comunhão fraterna, entre as pessoas que dedicadamente, nesta freguesia, se unem em fervorosa devoção a Maria.

S O C I E DA D E

NATAL NA “LINHA ENCANTADA” ANIMA COMÉRCIO LOCAL DE VILA MEÃ

O largo da igreja de S. Martinho, na freguesia de Mancelos, acolheu, no domingo, dia 5 de dezembro, um movimentado Mercadinho de Natal. Ao longo do dia, foram muitos aqueles que, passando por Mancelos, puderam desfrutar do ambiente animado deste mercado natalício promovido pela Junta de Freguesia com a colaboração das associações e grupos de pais da escola, infantário e catequese da freguesia. Refira-se que este mercado/feira de Natal contou com a participação do Mancelos Futebol Clube “Os Leões”; Grupo de Jovens Pedras Vivas; Banda Musical São Martinho Mancelos; pais e alunos da EB1; pais e alunos do Infantário e vários grupos de catequese. À volta da dinâmica “Faça aqui as suas compras de Natal”, o largo engalanou-se de pequenas bancas e agitação com muitas propostas e opções interessantes apropriadas para esta época tão favorável de consumo natalício. O balanço da iniciativa é extremamente positivo pelo envolvimento entusiástico das associações e a adesão significativa das pessoas ao Mercadinho de Natal.

CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE:

VANTAGENS

O comércio local de Vila Meã vai proporcionar de neve, muita diversão e alegria são as pro- tal na Linha Encantada” para animar as ruas do DOpara PROJETO alguns momentos emocionantes de animação postas que, nestes dias que antecedem o comércio local, envolvendo as pessoas. Note-se que os anos de 2020 e 2021 têm-se de Natal, numa iniciativa da Associação Em- Natal, possam animar todos quantos optarem presarial de Vila Meã. por fazer as suas habituais compras de Natal no revelado muito atípicos, pelas consequências e condicionantes da46, pandemia Covid-19, um De 18 a 23 de dezembro o espírito natalício comércio local de Vila Meã e Vila Caiz. CAE eligível: 43, 45, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 55,com 56, 58, 59, 60, 61, forte 62, 63, na 64, 65, 66, 68, 69, local 70, 71, 72, 73, 74, 75, economia e acentuado vai animar as ruas do comércio local de Vila “Venha viver os encantos do Natal em Vila impacto 77, 78, 79, 80, 81, 82, 85, 86, 87, 88, 90, 91, 93, 95, 96, 4932, Comércio Tradicional do Centro Urbano de Meã e Vila Caiz com diversificadas ações, que Meã… Entre nesta “Linha Encantada” e deixe- no 4939, 50101, 50102, 50300, 51100, 52220, 52230, 551, e freguesias vizinhas. proporcionarão um ambiente envolvente, di- -se levar pelo espírito natalício, viva o sonho, Vila 552,Meã 553, 559, 561, 562, 563, 77110, 77340, 77350, 79110, 79120, 79900, 82300, 86905, 90010, 90020, 90040, 91020, Compre no comércio local e venha viver, vertido, atrativo e convidativo para as tradicio- inspira o amor e usufrua do melhor do Natal na 91030, 91041, 91042, 93210, 93292, 93293, 93294, 96040 nais compras de Natal no comércio de proximi- proximidade do comércio tradicional”, realça a com alegria e aquele entusiasmo que o Natal dade. AE Vila Meã, num convite para que possa privi- proporciona, momentos agradáveis, embarcanProjeto cofinanciado por: Organismo intermédio do na “Linha Encantada” do Natal em Vila Meã. A Associação Empresarial de Vila Meã apre- legiar as suas compras no comércio local. Este ambiente, envolvido pela Música ao senta “O Natal na Linha Encantada” para que Assim, a AE Vila Meã, consciente das difipossa viver com mais envolvimento e emoção culdades sentidas pelos comerciantes em atrair Vivo proporcionada por músicos amarantinos, esta quadra natalícia e assim privilegiar as suas os consumidores às suas lojas tradicionais e faz-nos sentir em família, numa viagem macompras no comércio local. sensível à necessidade de desenvolver dinâmi- ravilhosa de afetos, simpatia, alegria, relação, A emocionante chegada do Pai Natal, ani- cas que potenciem a atratividade do comércio encontro e magia de amor que transportamos mação com duendes, música ao vivo, canhão de proximidade, desenvolve a iniciativa “O Na- no melhor do Natal.

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SABER MAIS


4 • Edição 250

• JORNAL DE VILA MEÃ

novembro 2021

S O C I E DA D E

AE VILA MEÃ DISPONIBILIZA SITE DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A Associação Empresarial de Vila Meã lançou uma plataforma online, onde poderá consultar todas as informações relacionadas com formação profissional para empregados e desempregados, benefícios associados, competências e cursos disponíveis. A formação contínua é uma das prioridades na ação da Associação Empresarial de Vila Meã, que desenvolve, desde 2003, como entidade promotora de formação profissional financiada, planos de formação para recursos humanos empregados e desempregados. Esta dinâmica formativa da AE Vila Meã assenta não só na importância da capacitação dos colaboradores ativos nas empresas, mas também na valorização pessoal e profissional dos desempregados, através da aquisição de mais conhecimentos e competências. A Formação Profissional revela-se essenPUB

cial na competitividade e desenvolvimento co para a Formação Profissional, pretende-se tiva. Com um conjunto de parceiros locais a das empresas, potenciando a capacitação dos que toda a informação e formação disponível oferta de formação profissional é diversificada seus recursos humanos, a qualidade do tra- possa ser de acesso fácil e prático, permitindo e compreende a qualificação para diferentes balho, eficácia de processos e o consequente às empresas e pessoas interessadas aceder e sectores de atividade. Durante estes dois anos (2021-2022) a AE beneficiar da diversificada oferta formativa fiaumento da produtividade. O foco é disponibilizar uma oferta diver- nanciada, contribuindo para uma maior quali- Vila Meã coloca à disposição dos interessados 6 000 horas distribuídas por 15 áreas gerais. sificada de formação modular certificada, em ficação do mercado de trabalho. Através do Centro Qualifica, em parceria Através da Formação Profissional, a AE vários domínios, correspondendo às necessidades detetadas e ajustada à realidade empre- Vila Meã investe os seus recursos técnicos, com a Escola Secundária de Amarante, na AE com o envolvimento de vários parceiros, no Vila Meã é possível também a Qualificação e sarial local. Privilegiar a qualidade da formação, po- aumento da qualificação da população ativa Certificação de adultos na equivalência do 6º, tenciar o aumento das qualificações profissio- empregada e desempregada, consumando o 9º e 12º ano de escolaridade. Atualmente a formação pode ser frequennais e valências pessoais dos formandos, ca- desenvolvimento de mais e melhores compepacitar o valor do capital humano na melhoria tências que aumentam a competitividade das tada presencialmente nas instalações da AE Vila Meã ou de entidades parceiras, bem como do seu desempenho profissional e desenvolver empresas e o fortalecimento da economia. Desta forma, através de um simples clique, nas instalações das empresas. Permite ainda mais e melhores conhecimentos técnicos, são princípios que regem a ação da AE Vila Meã na pode-se aceder a formação cofinanciada para a possibilidade de frequentar formação online ativos empregados e desempregados, forma- em regime B-learning e E-learning. sua vasta oferta formativa. Ao disponibilizar um sítio online específi- ção ação nas empresas e consultoria forma-


JORNAL DE VILA MEÃ

novembro 2021 C U LT U R A

• Edição 250 • 5

C U LT U R A

MÁRIO CLÁUDIO É O AUTOR QUE SE SEGUE NOS ENCONTROS DE VILA MEÃ

AMARANTE ASSINALOU 10 ANOS DA MORTE DE MARIA EULÁLIA DE MACEDO

FOTO: GONÇALO ROSA DA SILVA

contro próximo com o escritor Mário Cláudio, Os encontros com autores em Vila Meã voltam tas até ao mês de junho do próximo ano. a nova sessão com o escritor Mário Claúdio e a A par desta iniciativa, a Junta de Freguesia de seguem-se outros escritores, nomeadamente apresentação do seu livro “Embora Eu Seja Um Vila Meã inicia, a 18 de dezembro, um ciclo de Gonçalo M. Tavares, Afonso Cruz, André Leexposições no polo de Vila Meã da Biblioteca tria, Nuno Júdice, Francisco José Viegas, João Velho Errante”. O encontro, numa iniciativa da Junta de Municipal Albano Sardoeira, começando com Tordo, José Gardeazabal. Com este ciclo de iniciativas a Junta de Freguesia de Vila Meã, está marcado para sá- a Exposição “Cadernos, cartas, papéis e notas bado, dia 18 de dezembro, no Pólo de Vila Meã de um velho errante”, uma exposição de docu- Vila Meã pretende reforçar a importância da da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, mentos do escritor Mário Cláudio com curado- Literatura e das Palavras, dinamizando Conversas com Autores, Leituras, Oficinas, Estucom a apresentação do livro do conceituado ria de Jorge Velhote. Mário Cláudio estará presente no arran- dos Literários, Exposições, Cinema Documenescritor Mário Cláudio protagonizada por José que da exposição, disponível para visita entre tal e Concertos. Vieira. As sessões são de entrada livre, sujeita à liNote-se que estes encontros com escrito- 18 de dezembro e 22 de janeiro próximos. Depois da apresentação da Obra Comple- mitação do espaço, no cumprimento de todas res ocorrem no âmbito de uma programação cultural diversificada, proposta pela Junta de ta da escritora amarantina Maria Eulália de as orientações da DGS para os eventos cultuFreguesia de Vila Meã, com iniciativas previs- Macedo, “O Meu Chão é de Vertigem” e o en- rais.

C U LT U R A

MONUMENTOS ROTA ROMÂNICO EM REDE DE GEOCACHING O Mosteiro de Mancelos e Travanca, da Rota do Românico, passam a integrar um circuito de aventura e lazer através da rede de geocaching. O geocaching é uma atividade recreativa ao ar livre, feita em grupo ou de forma individual, cujo objetivo é encontrar recipientes georreferenciados (as geocaches), escondidos em locais públicos, com o recurso a um dispositivo com sistema de posicionamento global (GPS), como um simples telemóvel. As experiências desta “caça ao tesouro” são partilhadas online, nas redes sociais e na plataforma www.geocaching.com, onde estão O geocaching apresenta-se, deste modo, publicadas todas as geocaches disponíveis, como uma interessante ferramenta e um bem como as pistas para a sua localização. “pretexto” complementar para a descoberta e A Rota do Românico concluiu o projeto de exploração dos bens patrimoniais da Rota do uma rede temática de geocaching, com a ins- Românico e do seu território de influência. talação de 31 geocaches nos seus monumenO projeto da rede de geocaching da Rota tos e centros de interpretação. do Românico, disponível desde o passado Nos últimos anos, esta desafiante ativida- mês de julho, foi desenvolvido por uma equide tem vindo a atrair um crescente número de pa do Centro de Estudos de Geografia e Orentusiastas em todo o mundo. Em Portugal, denamento do Território da Universidade de estão registados atualmente cerca de 53 mil Coimbra, e conta já com cerca de 550 registos praticantes e existem mais de 83 mil geoca- do tipo “encontrei” na plataforma. ches ativas. A rede de geocaching da Rota do Români-

co está enquadrada no projeto EEC PROVERE Turismo para Todos: Valorização, dinamização e promoção turística da região, cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia. A Rota do Românico reúne, atualmente, 58 monumentos e dois centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende).

A escritora amarantina Maria Eulália de Macedo nasceu há 100 anos e no sábado, dia 4 de dezembro, assinalaram-se 10 anos da sua morte. Para marcar a data, o Município de Amarante apoiou a edição de “O meu chão é de vertigem – obra completa”, uma edição de José Rui Teixeira, da Officium Lectionis, que reúne os quatro livros de Maria Eulália de Macedo: “Construção no Vento Norte” (1968), “Raízes” (1970), “Histórias de Poucas Palavras” (1971) e “As Moradas Terrenas” (1994). “O meu chão é de vertigem – obra completa” foi apresentado em Vila Meã, no polo da Biblioteca Municipal, a 27 de novembro, no âmbito da programação cultural “Encontros com Autores”, dinamizada pela Junta de Freguesia de Vila Meã. A 4 de dezembro, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, numa cerimónia presidida por José Luís Gaspar, que contou com a participação de José Rui Teixeira, diretor e presidente do conselho científico da Cátedra Poesia e Transcendência Sophia de Mello Breyner Andresen, da Universidade Católica Portuguesa, e Maria João Reynaud, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e estudiosa da obra de Maria Eulália de Macedo, voltou-se a lembrar esta notável autora amarantina, evocando assim o centenário do seu nascimento e 10 anos da morte. Ao longo da apresentação procedeu-se à leitura de poemas, crónicas e um momento musical. Antes desta cerimónia, a família da escritora e o presidente do Município de Amarante reuniram-se na casa onde Maria Eulália de Macedo viveu, na Rua Teixeira de Vasconcelos n.º67, para uma homenagem. Recorde-se que a escritora nasceu na freguesia de São Gonçalo, a 21 de março de 1921. A infância e a juventude foram marcadas pela convivência com escritores e artistas como Teixeira de Pascoaes, Alexandre Pinheiro Torres e João de Vasconcelos. Em 1968, Maria Eulália de Macedo recebeu o Prémio de Manuscritos de Poesia do Secretariado Nacional de Informação pelo livro “Construção de Vento Norte”. Em 1970 publicou a segunda obra, “Raízes”, na Sociedade de Expansão Cultural, seguindo-se “Histórias de Poucas Palavras”, de contos e novelas, em 1971; e “As Moradas Terrenas”, em 1974. A maior distinção surgiu com a atribuição da Medalha de Honra do Município, no dia em que completou 90 anos.


6 • Edição 250

• JORNAL DE VILA MEÃ

S O C I E DA D E

CHTS: VISITAS DEVEM APRESENTAR TESTE NEGATIVO À COVID-19

Desde o dia 1 de dezembro, e seguindo as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), para acesso à visita a doentes internados, no Hospital Padre Américo e no Hospital de São Gonçalo, deve obrigatoriamente ser apresentado teste negativo à COVID-19, mesmo para visitantes vacinados. Os visitantes/acompanhantes podem apresentar o resultado negativo de um teste rápido de antigénio (TRAg), realizado até 48 horas antes, ou teste PCR, realizado até 72 horas antes da visita. Relembra-se que os doentes NÃO COVID internados podem receber a visita diária de uma pessoa. A duração da visita é de 30 minutos, entre as 14h00 e as 20h00. A visita deverá ser realizada sempre pela mesma pessoa e devem cumprir-se todas as regras de higiene, proteção e distanciamento físico. O uso de máscara é obrigatório e devem seguir-se sempre as indicações dos profissionais nos serviços. O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) apela à colaboração de todos para o sucesso desta medida que visa acautelar o bem-estar e a situação clínica dos doentes.

novembro 2021 S O C I E DA D E

GNR PLANTAM ÁRVORES COM NOMES DE MÚSICAS EM AMARANTE

O Município de Amarante recebeu, do gru- cês, as novas gerações, têm uma maior cons- cação e cultura, houve também espaço para a po musical GNR, 41 árvores autóctones para ciência social e ambiental, são mais militantes tecnologia uma vez que cada árvore plantada, plantar no concelho, um número simbólico e ativos”, afirmou o baixista dos GNR, Jorge a que se deu o nome de músicas dos GNR, tem uma placa com um QRCode identificativo da que remete para os anos de carreira que estão Romão. a celebrar. Esta iniciativa da Escola Secundária Ideia corroborada por Rui Reininho, que espécie. Após esta ação, Amarante continua a asside Amarante, em parceria com o Instituto da deixou um apelo aos alunos: “Vocês são o futuConservação da Natureza e das Florestas, assi- ro e já que nós não soubemos cuidar do planeta, nalar o Dia da Floresta Autóctone. Em Aboanalou o Dia da Floresta Autóctone apelando à por isso nos sentimos tão culpados, salvem- dela e Vila Meã realizaram-se já oficinas de reflorestação, mas também estão programadas participação da comunidade escolar. -nos por favor!” Rui Reininho, Tóli César Machado e Jorge Porque “um pequeno gesto de cada um de visitas guiadas ao Trilho Marão Sangue Azul e Romão apadrinharam esta plantação que se nós pode fazer a diferença no planeta”, defen- ao Trilho PR1 do Marancinho, saídas de camenquadra na estratégia de promoção e conser- deu José Luís Gaspar, “temos de nos unir em po com as escolas, oficinas de famílias sobre vação do Campus Escolar e pretende sensibili- defesa do ambiente, da harmonia e sustentabi- biodiversidade e floresta, ciclos de conversas zar para a proteção e conservação da natureza lidade do planeta”. O presidente do Município sobre temáticas convergentes. Os interessados em participar nestas inie da biodiversidade. felicitou ainda os GNR pelos 41 anos de car“A preocupação com o ambiente é transver- reira, “pela música que tanto gostamos, pelo ciativas devem inscrever-se on-line (https:// sal aos três. Temos em comum o cuidado com percurso e por tudo o que têm dado à cultura forms.gle/tg8qbCb9yK98RzHK6). Um programa no âmbito de uma candidatura ao Fundo o planeta e queremos pedir-vos para estarem portuguesa”. alerta porque não há plano B. Felizmente voNum dia em que se falou de ambiente, edu- Ambiental com o tema “Amarante + Natural”.

S O C I E DA D E

AMARANTE DE IGUAL PARA IGUAL ENCERRA COM “ROTEIRO CULTURAL E DESPORTIVO PELA INCLUSÃO”

S O C I E DA D E

“DEZEMBRO NO MUSEU” COM MÚSICA E ILUSIONISMO

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que se assinala a 3 de dezembro, e, para assinalar a data, a Cercimarante, em parceria com o Município, organizou um “Roteiro Cultural e Desportivo Inclusivo” que percorreu o centro histórico de Amarante. O ponto de encontro, marcado para a Alameda Teixeira de Pascoaes, seguiu-se com uma caminhada pelo Largo de São Gonçalo, nidade para a defesa da igualdade, dignidade, Dezembro é um mês especial e para o celebrar Rua Cândido dos Reis, Santa Luzia, Avenida direitos e bem-estar da população com defi- o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardo1.º de Maio, Ponte Nova, Largo Conselheiro ciência e incapacidade”, explica a Cercima- so (MMASC) abre-se à comunidade e convida para serões de música e uma tarde de ilusioAntónio Cândido, Rua 31 de Janeiro e Ponte rante. de São Gonçalo, até terminar onde começou, Recorde-se que a VII Amarante de Igual nismo. “Dezembro no Museu” acolhe a 19 de dena Alameda Teixeira de Pascoaes. para Igual arrancou a 22 de outubro sob o zembro, pelas 16h00, uma tarde de ilusionisEsta iniciativa, que coincide com o térmi- lema #eudecido. no a VII edição da campanha “Amarante de Em jeito de balanço, o vereador com o mo com Zé Mágico, nome artístico de José PeIgual para Igual”, contou com o envolvimen- pelouro do Desenvolvimento e Coesão Social, reira. Aos 26 anos, tem na magia, no teatro, na to das associações do concelho, convidadas a Jorge Ricardo, conclui: “Pelo sétimo ano con- dança e no novo circo as suas grandes paixões. A terminar a programação “Dezembro participar e a demonstrar o trabalho que de- secutivo, o Município de Amarante dinamiza senvolvem. a campanha ‘Amarante de Igual para Igual’, no Museu”, a Orquestra do Norte apresenta o Na caminhada a Cercimarante convidou mas as temáticas abordadas não se esgotam. seu Quinteto de Metais, dia 22, pelas 21h30, os participantes a doarem um valor simbóli- Apesar do Município ter uma forte marca em no MMASC. A iniciativa a “Orquestra vai ao co que vai ser revertido em bens alimentares políticas de igualdade e não discriminação, Museu” apresenta “Renaissance Dances” de para as famílias mais vulneráveis do concelho. ainda há muito por fazer. Por isso, vamos con- Tielman Susato – “La Mourisque”; “Brans“Com esta iniciativa pretendemos trans- tinuar a trabalhar e a sensibilizar para uma le Quatre Bransles”; “Ronde”; “Ronde - Mon Amy”; “Basse Danse Bergeret” –, “Old Amemitir mais informação e mobilizar a comu- comunidade mais igualitária e inclusiva”.

rican Songs” com arranjos de Aaron Copland – “Simple Gifts”, “The Dodger, “At The River, “I Bought Me A Cat” – “Game Of Thrones” de Ramin Djawadi, e “Festliche Weihnachtssuite” de Jean-François Michel. A entrada para os espetáculos “Dezembro no Museu” é livre, mas limitada à lotação. É obrigatório o uso de máscara e a apresentação do certificado digital de vacinação. Até ao final do mês – de terça a domingo entre as 09h30-12h30/14h00-17h30 – é ainda possível visitar, no MMASC, as exposições “Pinturas em Colaboração” de Jorge Galindo e Pedro Almodóvar, “Bom dia Lua” de Nuno Sousa Vieira, e “Amadeo – Entretecem-se as gerações” com obras de Amadeo de Souza-Cardoso, António Carneiro, Acácio Lino e Manuel Monterroso.


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GRIPE OU COVID-19: COMO DIFERENCIAR NESTE OUTONO/INVERNO? Vivemos um momento de particular incerteza este outono pois, para além do aparecimento de novas estirpes, não sabemos qual será o impacto do vírus influenza, causador da gripe, nestes meses de temperaturas tipicamente mais baixas. Muito se falou sobre a diminuição generalizada (e até inexistência) de casos de gripe, desde o aparecimento da pandemia em março de 2020. A utilização regular da máscara, o distanciamento social e o confinamento, enquanto medidas de combate à COVID-19, ajudaram a prevenir e proteger as pessoas de possíveis infeções de COVID-19. E ajudaram também a reduzir substancialmente os casos de gripe no ano passado. Porém, neste próximo Inverno, a circulação sazonal do vírus da gripe pode conduzir ao aumento expressivo de novos casos gripais. A atividade gripal - embora habitual - é, este ano, motivo de maior apreensão. A vacinação anual é a principal forma de prevenção da gripe sazonal. O que nos deve igualmente preocupar é efetivamente o grau de imunidade que a população tem para a gripe, dado que no ano passado, poucas pessoas foram vacinadas. Ao desconhecermos o nível de anticorpos,

não temos outra alternativa se não confiar na imunidade alcançada por inoculações ou casos anteriores de gripe. Este ano, vamos deparar-nos com uma questão nas nossas vidas: sofrendo de uma infeção respiratória, com sintomas de febre, tosse e dificuldade respiratória, estamos perante um caso de COVID-19, ou gripe? Cada uma das patologias tem implicações terapêuticas distintas, mas quadros clínicos muito semelhantes. É importante, por isso, fazer-se uma correta distinção.

Para ajudar a população e a comunidade médica a efetuar a distinção entre a COVID-19 e a gripe, recomenda-se o Teste de Diagnóstico de Infeções Respiratórias, que avalia qual o agente patogénico responsável pela infeção respiratória em causa. Disponível para adultos e crianças, o teste de diagnóstico diferencial entre a COVID-19 e a gripe é realizado através de uma zaragatoa, sem prescrição médica obrigatória, e os resultados são enviados até 2 dias úteis. Este teste poupa quarentenas desnecessárias ao utente, e ajuda a comunidade médica a obter um diagnóstico mais preciso, bem como um tratamento dirigido e eficaz. E, nesta fase da crise pandémica, que ainda não está vencida, todas as ferramentas disponíveis que permitam evitar contágios, hospitalizações e internamentos são bem-vindas. A prevenção, lembremo-nos, é capaz de mudar o rumo da evolução das doenças, e o seu impacto na saúde pública do país. Uma das surpresas mais agradáveis que assistimos durante o decorrer do processo de vacinação no combate à pandemia de Covid-19 foi testemunhar a participação em massa de milhares de portugueses, em especial de jovens, que, pelo próprio pé e voluntariamente, se deslocaram

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LAURA BRUM VIROLOGISTA E DIRETORA MÉDICA DA SYNLAB PORTUGAL

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TÂMEGA E SOUSA APRESENTA RESULTADOS DO IMPACTO SOCIAL DA SUA ESTRATÉGIA EDUCATIVA A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM do Tâmega e Sousa) apresentou, os resultados do impacto social na comunidade educativa do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar do Tâmega e Sousa (PIICE do Tâmega e Sousa), uma estratégia desenvolvida por esta CIM em articulação com os seus 11 municípios, as escolas da região e os encarregados de educação, e que teve como missão promover o sucesso escolar dos alunos do Tâmega e Sousa. A apresentação dos resultados esteve a cargo da equipa do SINCLab – Social Inclusion Laboratory da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, responsável pela medição do impacto social de quatro medidas consideradas fundamentais para prevenir e combater o insucesso escolar. Foram elas o programa de psicologia e orientação vocacional “DICAS (Diversidade, Inclusão, Complexidade, Autonomia e Solidariedade)”, o projeto “Experimenta Ciências”, o projeto “Teatro na Escola” e a criação de “Salas Educativas do Futuro”. No total dos dois letivos de medição do seu impacto social (2019/2020 e 2020/2021), estas quatro medidas envolveram mais de 23 mil alunos, do apresentados, na sua plenitude, no ano letivo pré-escolar ao secundário. 2021/2022. Na medida DICAS foi identificado um imO PIICIE do Tâmega e Sousa tinha inipacto social muito positivo junto das crianças cialmente prevista uma duração de três anos e dos jovens alvos de intervenção, mas tam- letivos, mas o sucesso da sua implementação bém junto das respetivas famílias. Nas medi- traduziu-se num prolongamento por mais das “Experimenta Ciências” e “Teatro na Es- dois anos letivos (2021/2022 e 2022/2023). cola” o impacto foi positivo, nomeadamente Na sessão de apresentação, o Primeironas crianças e jovens com menor motivação e -Secretário da CIM do Tâmega e Sousa, Telmo envolvimento com a escola. Os resultados de Pinto, sublinhou precisamente a importância medição do impacto social da medida “Salas da aposta na educação no Tâmega e Sousa, ao Educativas do Futuro” apenas poderão ser referir que “a Comunidade Intermunicipal

aos centros de vacinação. É tempo de repetirmos esse ato de consciencialização social, desta vez no que respeita à vacinação contra a gripe. Nesta altura de aparecimento de uma nova variante, importa lembrar que não devemos baixar a cautela no que toca aos cuidados de higiene respiratória e proteção individual. O uso da máscara deve continuar a fazer parte do nosso dia a dia, em nossa proteção e daqueles que nos rodeiam, em particular quando estivermos com uma infeção respiratória (gripe, constipação) ou em contacto direto com doentes. Evitará, certamente, muitas infeções respiratórias nesta altura de sazonalidade de gripe e em tempo de pandemia! A Organização Mundial da Saúde veio a público alertar que o vírus SARS-CoV-2 não está controlado, nem a pandemia vencida. Neste outono/inverno, façamos da “prevenção” a nossa principal causa individual. Se nos prevenirmos, ajudamos a que a doença não progredia - seja ela qual for.

do Tâmega e Sousa é a CIM que mais recursos financeiros aloca ao programa educativo e que os municípios valorizam o trabalho da educação”. O Primeiro-Secretário referiu-se ainda ao trabalho em rede, pois apesar de considerar que os dois últimos anos foram difíceis devido à pandemia, “os resultados são favoráveis e mostram que devemos continuar a trabalhar em rede, os municípios, os agrupamentos de escola, as associações de pais e a própria CIM do Tâmega e Sousa”.

CONCERTO DE NATAL SOLIDÁRIO EM VILA MEÃ

O Grupo de Jovens Vallis está a promover um concerto solidário de Natal, cuja receita reverterá a favor de três instituições de Vila Meã. Marcado para dia 23 de dezembro, a partir das 21h30, no Cineteatro Raimundo Magalhães, o Concerto de Natal Solidário vai contar com a atuação da Banda Mariopreso, António e Carolina e a Banda do Costume. O valor do ingresso para este espetáculo solidário é de 3,00, que acresce a entrega de um bem alimentar por pessoa. A receita de bilheteira reverterá, em partes iguais, para os Bombeiros de Vila Meã, Centro Social de Real e Associação Emília Conceição Babo. Os bens alimentares recolhidos no âmbito desta iniciativa serão distribuídos por 10 famílias carenciadas de Vila Meã. “Por um Natal igual para todos” é o lema desta iniciativa do Grupo de Jovens Vallis, da paróquia de Real, que conta com o apoio da Junta de Freguesia de Vila Meã e do Cineteatro Raimundo Magalhães. Note-se que os interessados já podem fazer reserva de lugares para o espetáculo através das redes sociais do Grupo Jovens Vallis. Refira-se que o evento decorrerá de acordo com as regras da Direção Geral da Saúde





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Partilhar para Evoluir

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Há uma linha que une o comércio às pessoas

CCDR-N RECONHECE TÂMEGA E SOUSA COMO UMA “REGIÃO-PROBLEMA” A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM do Tâmega e Sousa) reuniu com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para preparar o próximo ciclo de fundos comunitários para a região. Da ordem de trabalhos da reunião constaram o ponto da situação da execução do Norte 2020 e da preparação do próximo ciclo de fundos comunitários 2021-2027 para a região Norte (Norte 2030), dois pontos com implicações diretas na atualidade e no futuro da região do Tâmega e Sousa, bem como a proposta de Acordo de Parceria Portugal 20230, que está em discussão pública. Foram ainda partilhadas informações socioeconómicas relevantes da região Norte e das suas sub-regiões, tendo o presidente da CCDR-N reconhecido que, neste âmbito, o Tâmega e Sousa é uma “região-problema”, apresentando dos piores indicadores do país, um cenário que se estende ao atual ciclo de

financiamento comunitário (Norte 2020), no autarcas do Tâmega e Sousa voltaram a requal a região do Tâmega e Sousa tem também vindicar ao presidente da CCDR-N uma disdos piores indicadores da região Norte. De criminação positiva na captação de fundos do destacar o facto de o Tâmega e Sousa regis- próximo quadro comunitário, por consideratar um fundo aprovado por habitante no valor rem que só desta forma será possível resolver de 2.028€, o mais baixo das oito NUTS III que os problemas estruturais desta região, para compõem a região Norte, sendo a média da que a mesma seja uma verdadeira “região-oportunidade” e não uma “região-probleregião de 2.860€/hab. Face aos indicadores apresentados, os ma”, tendo o presidente da CCDR-N manifes-

MUNICÍPIOS DO NORTE ABSORVEM

tado o seu empenho em trabalhar com a CIM do Tâmega e Sousa no sentido de criar mais oportunidades para este território. Os presidentes dos municípios do Tâmega e Sousa pronunciaram-se ainda sobre os domínios ou tipologias de investimento que consideram prioritários para a região no próximo quadro comunitário 2021-2027, salientando a necessidade de investir na mobilidade e nos transportes, mais concretamente na ferrovia, na atração e captação de investimento empresarial, bem como de instituições universitárias e centros de investigação, desenvolvimento e inovação, considerados fundamentais para preparar o Tâmega e Sousa para os desafios futuros. Na reunião, estiveram presentes todos os presidentes de Câmara que integram a CIM do Tâmega e Sousa, o presidente da CCDR-N, António Cunha, e Vice-Presidente, Beraldino Pinto, e ainda os respetivos vogais executivos, Humberto Cerqueira e Júlio Pereira.

ASSOCIAÇÃO DE PIROTECNIA AGASTADA

40% DOS FUNDOS DO PORTUGAL 2020

COM CANCELAMENTO

Os projetos da esfera municipal apoiados no Ainda segundo o Boletim NORTE UE, a anáNorte totalizaram, até junho, mais de 1,4 mil lise da taxa de realização (relação entre fundo milhões de Euros, com um total 3.276 candi- executado e aprovado) permite destacar três daturas aprovadas. Até à mesma data, o valor sub-regiões, nomeadamente o Alto Minho e o nacional atingiu os 3,5 mil milhões de Euros, Douro (com 65 por cento cada um) e o Alto Tâficando o Norte com a fatia maior de apoios mega (com 59 por cento), que registam valores (cerca de 40 por cento). superiores à média regional. Cerca de 60 por cento deste valor concenPor outro lado, a análise do fundo aprotra-se no domínio da Sustentabilidade e efi- vado por habitante permite verificar que as ciência no uso de recursos, em áreas que vão quatro regiões NUTS III, com menor densidesde a reabilitação (21 por cento), a mobilida- dade populacional, são também aquelas que de urbana sustentável (13 por cento) e o ciclo apresentam intensidades de apoio superiores urbano da água (12 por cento). Em segundo lu- à média regional (de 396 de Euros/habitante), gar das prioridades da região aparece o capital concentrando 36 por cento do fundo aprovado, humano, com 22 por cento, onde se destaca o apesar da sua população residente não ultrainvestimento em infraestruturas de educação passar os 17 por cento da região. (cerca de 14 por cento). Estes são dados positivos para os concelhos Do montante aprovado no Norte, para de baixa densidade do Norte onde, até ao 1.º operações da esfera municipal, cerca de 56 por semestre deste ano, foi investido um total de cento foi executado até 30 de junho de 2021, 550 milhões de euros do valor correspondente um valor que ultrapassa a média nacional de às operações da esfera municipal do Norte. 54 por cento. Face ao período homólogo de Note-se que estes dados são avançados 2020, no Norte foram aprovadas mais 684 ope- pela publicação do Boletim NORTE UE e que rações (mais 26 por cento), correspondendo a pode ser consultado em: https://www.ccdr-n. cerca 272 milhões de Euros de investimento pt/pagina/regiao-norte/norte-ue elegível (mais 19 por cento).

A Associação Portuguesa de Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE) manifestou, em carta dirigida ao Presidente da República, a preocupação e angústia no setor da pirotecnia com o prognóstico de um massivo cancelamento dos espetáculos pirotécnicos de Passagem de Ano. “Esta é uma medida que se afigura desproporcionada e excessiva, que vem colocar, de forma injustificada, em causa a sobrevivência deste sector de atividade económica. O massivo cancelamento destes espetáculos, determinado (na esmagadora maioria dos casos) por decisões das autarquias locais, veio, contudo, apagar esta esperança dos operadores do sector, não obstante a desproporcionalidade, injustificação e falta de razoabilidade das descritas medidas”, referem os responsáveis da APIPE, com sede na freguesia de Santão, concelho de Felgueiras, numa nota enviada para a comunicação social. “A ajuda do Estado a este sector de atividade económica – que, direta e indiretamente, constitui a fonte de sustento de dezenas de milhares de pessoas – não pode resumir-se a meros apoios pontuais e esporádicos que, em todo o caso, são claramente insuficientes. A pirotecnia nacional é uma indústria feita de arte e tradição, que muito deve orgulhar o património cultural português, como o provam o prestígio e admiração que esta atividade

DE ESPETÁCULOS NA PASSAGEM ANO

lusa conquistou e continua a conquistar em todo o Mundo”, argumentam, contestando que “a pirotecnia nacional não merece continuar a ser votada ao ostracismo, esquecimento e abandono por parte dos poderes públicos”. A Associação Portuguesa de Industriais de Pirotecnia e Explosivos, cujo presidente da direção é o empresário local Carlos Macedo, da empresa Macedos Pirotecnia, realça que “os festejos da Passagem de Ano eram a última das chamadas ‘épocas altas’ de pirotecnia que podiam assegurar a sobrevivência do sector”. “Contrariamente à mensagem falsa que insistentemente se pretende fazer passar, um espetáculo pirotécnico não tem que provocar ajuntamento ou aglomeração de pessoas, sendo eventos visualizáveis a grandes distâncias, que permitem que a ele assistam espetadores bem distribuídos e afastados”, argumentam, alertando que “o sector económico ligado à pirotecnia se encontra, neste momento, à beira do colapso e na iminência de encerrar a sua atividade”. “A APIPE, interpretando o sentir e a reclamação de todos os agentes económicos do sector, reivindica e exige a intervenção urgente do poder político, no sentido de definir um plano de intervenção efetivo e eficaz para defesa da continuidade deste ramo atividade que corresponde a uma arte profundamente enraizadas na cultura portuguesa”, concluem.


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ABERTAS CANDIDATURAS PARA 4ª EDIÇÃO HERÓIS PME

Estão abertas as candidaturas para a 4.ª edição dos Prémios Heróis PME, uma iniciativa que tem como objetivo premiar a visão, a coragem, a capacidade de inovação e a persistência das PME portuguesas que ultrapassam as adversidades e seguem o caminho da prosperidade servindo de exemplo a outros empresários a dar o salto. Nesta edição, o impacto na comunidade local, a coragem empresarial, a visão empresarial, a criatividade, a sustentabilidade e a transformação digital são os critérios que irão selecionar os finalistas. As candidaturas, sem custos de participação, decorrem até final de janeiro de 2022 e podem ser realizadas no website www.heroispme.pt. Na edição deste ano dos Prémios Heróis PME, vai ser apresentado o primeiro barómetro sobre a capacidade de adaptação e recuperação das PME e duas novas categorias: sustentabilidade e transformação digital. Este será o primeiro estudo realizado no âmbito dos Prémios Heróis PME sobre PME portuguesas e tem como objetivo apresentar indicadores de recuperação, perceber como as empresas se adaptaram ao contexto desafiante que atravessamos e esboçar uma visão sobre o futuro próximo. Durante o período de candidaturas vão ser promovidos uma série de webinars temáticos exclusivos. Para Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, principal impulsionadora desta iniciativa, “com a atribuição destes prémios queremos contribuir para o reconhecimento público de empresas vencedoras e histórias que inspirem outros empresários e empreendedores”. O grande vencedor será conhecido numa gala no dia 28 de abril.

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CURSO DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO DO CHTS ACREDITADO PELA ORDEM DOS ENFERMEIROS A Ordem dos Enfermeiros acreditou, para efeitos de Qualificação Profissional, o I Curso de Atualização em Enfermagem de Reabilitação, organizado pelo Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (NER-CHTS). Esta é a primeira vez que um grupo de enfermeiros de uma Instituição/Unidade de Saúde submete uma candidatura, sob a forma de ação de formação, ao processo de Acreditação e Creditação de Atividades Formativas da Ordem dos Enfermeiros e a obter a acreditação com a atribuição de 2.5 Créditos de Desenvolvimento Profissional (CDP), com data de início de 6 de outubro de 2021 até 6 de outubro 2023. O curso decorreu entre 6 de outubro e 22 de novembro e, inicialmente pensado para 30 vagas que rapidamente se esgotaram, os enfermeiros estão já a ponderar uma segunda edição para o próximo ano civil. Dirigido a enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação, frequentaram o curso treze enfermeiros do CHTS, quatro do Centro Hospitalar Universitário do São João, dois do Centro Hospitalar Dr.º Francisco Zagalo, dois do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, um do Centro Hospitalar Universitário do Porto, um do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, seis dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Baixo Tâmega, Tâmega I, Tâmega II Vale do Sousa Sul, Tâmega III, Alto Tâmega e Barroso e um de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas do Centro Paroquial de Moreira de Cónegos. Tratou-se de um grupo bastante heterogéneo e o Núcleo de Enfermagem ressalva ainda “a sua experiência profissional na especialidade muito ímpar, com uma média de sete anos e a exercer funções nos mais variados contextos da prática clínica e do ciclo de vida da pessoa”. A ação de formação assentou em módulos de formação teórico-práticos e prática simulada, entre os quais, investigação, reabilitação

respiratória, neurológica, ortotraumatológica, cardíaca, pediátrica e no doente crítico. Lecionado em regime de B-Learning, as sessões presenciais decorreram no Hospital de São Gonçalo, em Amarante, foram abordados temas de maior relevo, baseados na evidência científica atual e fundamentais para a prática clínica do Enfermeiro Especialista de Enfermagem de Reabilitação (EEER). Assim, e de acordo com o grupo coordenador do NER-CHTS, “face às mais variadas exigências da sociedade em geral, no que respeita a cuidados de enfermagem e mais concretamente cuidados de enfermagem de reabilitação, proporcionou-se aos EEER um nível de conhecimentos e cuidados diferenciados, com vista aos processos de tomada de decisão

M EU N ATAL PEQU E NININ H O O C a nt i n ho d a Cid á l i a - Cid á l i a Fer n a nd e s

relativos à promoção da saúde, prevenção de complicações, tratamento e reabilitação, bem como maior autonomia para conceber, implementar e monitorizar planos de enfermagem de reabilitação, baseados nos problemas reais e potenciais das pessoas”. Tratou-se, por isso, de um curso inovador, que sem dúvida contribuirá para a melhoria de cuidados prestados pelo EEER, com manifesto impacto nos ganhos em saúde da pessoa. Como forma de dinamizar, potenciar e garantir a credibilidade que se impunha na realização do Curso, o NER estabeleceu parceria técnico-científica com o CHTS, Serviço de Ensino Formação e Investigação do CHTS, Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação e ainda com a Ordem dos Enfermeiros.


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