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COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 1910 - 2010 AS RAZÕES PARA O FIM DA MONARQUIA Nos finais do século XIX, Portugal vivia uma crise política e económica. Em 1884-1886, os países europeus interessados em África reuniram-se na Conferência de Berlim. Para defender os interesses de Portugal, o governo português, em 1886, apresentou o mapa cor-de-rosa, no qual exigia para si os territórios entre Angola e Moçambique. Em 11 de Janeiro de 1890, a Inglaterra apresentou ao Rei D. Carlos um Ultimato: ou os portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique ou o governo inglês declarava guerra a Portugal. O país não tinha forma de enfrentar a Inglaterra, pois não podia suportar uma guerra contra tal potência. Assim, D. Carlos acabou por entregar esses territórios. O povo sentiu-se humilhado e revoltou-se contra o Rei e o seu governo. Foi neste clima de descontentamento, de revolta, de manifestações na rua, que as ideias e os revolucionários republicanos ganharam força. Professora Preciosa Marques

O REGICÍDIO

O mapa cor-de-rosa

A 31 de Janeiro de 1891, dá-se no Porto a primeira revolta armada contra a Monarquia que foi derrotada. No dia 1 de Fevereiro de 1908, a família real, o rei Dom Carlos, a rainha Dona Amélia e o Príncipe Real, D. Luís Filipe, regressava da sua residência de Vila Viçosa. No Terreiro do Paço juntou-se-lhes o Príncipe D. Manuel. Quando a carruagem atravessava a Praça do Comércio, dois homens saíram da multidão e dispararam sobre a Família Real. O Rei e o Príncipe herdeiro tiveram morte imediata, o Príncipe D. Manuel ficou levemente ferido e a Rainha Dona Amélia escapou ilesa, tendo-se defendido de um dos atacantes com um ramo de flores. Ao rei Dom Carlos sucedeu no trono o seu filho Dom Manuel, que tinha apenas 18 anos. Professora Preciosa Marques


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