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Revista Internacional da Igreja Adventista do SĂŠtimo Dia

Ma rç o 2 01 6

A nossa

parte

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Feira da saĂşde nas comunidades

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Pensamento invertido

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Elias

na profecia


Ma r ç o 2016 A R T I G O

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D E

C A P A

A nossa parte

Quando recebemos dons do Espírito Santo, está implícita a permissão para usá-los.

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C R E N Ç A S

F U N D A M E N T A I S

Dons espirituais: bênção para abençoar

Gaspar Colón

Os dons espirituais vão muito além, quando compartilhados.

22 Pensamento invertido V I D A

A D V E N T I S T A

8 Divida sua fortuna V I S Ã O

Ted N. C. Wilson

24

Quem tem uma grande mensagem para compartilhar não precisa ser persuadido.

T E S T E M U N H O

12 Encontro com Deus face a face D E V O C I O N A L

Merle Poirier

Quando compreendemos o “porquê”, o “como” e “o quê”, fica fácil.

M U N D I A L

Joseph Kidder e Kristy L. Hodson

Meu negócio é ganhar pessoas para Cristo

Robert L. Ramsey

Carl Chin é empresário; mas sua prioridade é falar do evangelho.

Podemos usar nossos contatos para levar as pessoas a Cristo.

Evangelizar O mundo

SEÇÕES 3 N O T Í C I A S

DO

MUNDO

Total Envolvimento dos Membros

26 R E S P O S T A S

A P E R G U N TA S B Í B L I C A S

6 Notícia principal 10 Igreja de um dia

11 S A Ú D E N O M U N D O Feira de saúde nas comunidades

27 E S T U D O B Í B L I C O Moisés: Vida de confiança

20 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A Seu vizinho está esperando

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Nos próximos cinco anos, a Adventist World irá publicar artigos relacionados com os três tópicos escolhidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, a serem enfatizados no quinquênio: Cristo, nossa justiça; Fidelidade e Envolvimento Total dos Membros. Esse, logo aparecerá oportunamente, e destacará o nosso desejo de compartilhar a mensagem de Cristo ao mundo.

Elias na profecia

TROCA

DE

IDEIAS

www.adventistworld.org On-line: disponível em 10 idiomas Tradução: Sonete Magalhães Costa Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. v. 12, nº- 3, Março de 2016.

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Adventist World | Março 2016

F O T O S

D A

C A PA :

C a l e b

G e o r g e

M o r r i s


O poder de um

Not í cias do M u n do Andrew McChesney

Dieta vegana diminui risco

de câncer de próstata Universidade Loma Linda publica novo estudo sobre saúde

P i x a b ay

Nações. Identidades étnicas. Tribos. Grupos de idiomas. Partidos políticos. Fãs do esporte. Clubes de hobby e até congregações. Estamos acostumados a pensar em nossa vida pelas conexões com grupos muito maiores pois, em quase todas as culturas, é assim que somos socializados. Ao nascer, recebemos nossa identidade como cidadãos de determinado país. Pela nossa herança genética, somos aparentados a um grupo de milhares de pessoas. Falamos um idioma em comum com muitos outros. Às vezes, “herdamos” lealdades filosóficas, políticas e mesmo times esportivos. Não que isso seja mau ou errado. De maneira nenhuma! Nossas conexões com tantos grupos nos ajudam a compreender nosso lugar no mundo e é de onde recebemos apoio quando em meio às lutas da vida diária, nos sentimos sobrecarregados ou isolados. Certamente, o intuito de Jesus era recebermos amor e incentivo da comunhão com as pessoas pelas quais Ele deu a vida – os membros da igreja que se reúnem para adoração, companheirismo e testemunho. Mas, às vezes, essa identidade de grupo nos induz a não ouvir a singularidade do chamado de Jesus a cada um de nós como indivíduos que se unem à Sua grande missão de falar àqueles que ainda não O conhecem. Quando Jesus apresentou a Grande Comissão aos discípulos –“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações” (Mt 28:19) – Ele não estava falando apenas para os 12 ou os 70, ou às centenas que O viram após Sua ressurreição. Nem falou com eles como um grupo, somente. Seu chamado para fazer discípulos ainda é o dever e o privilégio de cada pessoa que leva o nome de cristão. Jesus pretendia que ouvíssemos e respondêssemos com alto envolvimento pessoal, mesmo 20 séculos depois – no trabalho, na recreação, com a família, amigos e quando estamos em meio às pessoas. Esta edição especial da Adventist World, é a última das três edições de apresentação dos temas principais para a Igreja Adventista do Sétimo Dia no período de cinco anos. É um convite a descobrir em que área da sua vida Jesus o está chamando para O servir, testemunhar, ajudar, ou para ser amigo. Ao ler, conceda ao Espírito Santo um espaço sem precedentes para que Ele o induza, estimule e incentive à missão.

Adventistas totalmente vegetarianos diferem de outros grupos por consumirem mais frutas, vegetais, castanhas e soja.

S

egundo novo estudo do departamento de saúde da Universidade Loma Linda, homens que seguem a dieta vegana têm um terço menos de probabilidade de desenvolver câncer de próstata. O estudo publicado na edição de janeiro do American Journal of Clinical Nutrition (Revista Americana de Nutrição Clínica), constatou a redução do risco de contrair câncer de próstata, tanto em homens brancos como negros que aderem à dieta vegana, sem carne, produtos lácteos, e ovos. “Se você é homem e vegano, seja grato pois corre menos risco de contrair câncer de próstata”, disse o Dr. Gary Fraser, diretor do estudo. “Se você não é vegano, tome cuidado pois a dieta ovolactovegetariana e a pesco-vegetariana não apresentaram evidências de proteção quando comparadas à dieta adventista não vegetariana.” O estudo – nova análise de 26.346 homens que participaram do importante Estudo Adventista de Saúde-2 – examinou a associação

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Not í cias do M u n do entre o câncer de próstata e as dietas em homens que comem carne (não vegetarianas), alguma carne (semivegetarianos), laticínios e ovos mas não carne (ovolactovegetarianos), somente peixe (pesco-vegetarianos), e nenhum produto animal (veganos). Os veganos diferem dos outros grupos de dieta porque consomem mais frutas, vegetais, castanhas e soja. Outra diferença importante é o fato de não usarem produtos lácteos, nem ovos. “Portanto, seria razoável reduzir o uso de leite e derivados e aumentar o uso de frutas, vegetais, castanhas e soja – principalmente se há história de câncer de próstata na família”, disse Fraser. Mas, adverte: “no momento, essa declaração sobre o leite e derivados é uma dedução lógica e não um resultado comprovado.” Ele diz que, em breve, sua equipe vai realizar testes e publicar os resultados. O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, somando 27 por cento de todos os cânceres masculinos, segundo a Sociedade Americana de Câncer. Mas os homens veganos, que participaram do estudo adventista, apresentaram uma incidência um terço menor de câncer de próstata, divulgou a Universidade Loma Linda, instituição da Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no sul da Califórnia. “No total, foram identificados 1.079 incidentes de câncer de próstata. Cerca de oito por cento da população estudada reportou ser adepto da dieta vegana. Essa dieta de demonstrou uma associação de proteção estatisticamente importante em relação ao risco do câncer de próstata”, diz resumo do estudo, no American Journal of Clinical Nutrition. A relação precisa entre a dieta e o câncer de próstata não é clara. “Como as pessoas não consomem os alimentos individualmente, mas fazem combinações, a avaliação dos padrões alimentares pode oferecer informações

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valiosas para determinar as associações entre a dieta e o risco de câncer de próstata”, disse em comunicado a Universidade Loma Linda, enviado por e-mail. Mas outros estudos recentes descobriram uma ligação entre a carne e o câncer. Uma análise do Estudo Adventista de Saúde-2 (EAS2) publicado na revista JAMA Internal Medicine, em março de 2015, mostrou que a dieta vegetariana pode reduzir o risco do câncer colorretal em até 20 por cento. Trabalhos anteriores, no Estudo Adventista de Saúde-1, encontraram uma ligação entre o consumo de carne e o aumento do risco do câncer colorretal. No ano passado, a Organização Mundial de Saúde publicou manchetes internacionais ao declarar que a carne vermelha e carne processada podem provocar câncer. Dr. Peter N. Landless, diretor do departamento do Ministério da Saúde para a Igreja Adventista mundial, disse que o resultado do estudo recente não foi surpresa. “Há evidências robustas que apoiam os vários benefícios de uma dieta vegetariana balanceada”, declarou Landless. “É interessante e animador ver as propriedades protetoras diferentes das várias dietas, mesmo entre cada uma das dietas denominadas vegetarianas (vegetariana total ou vegana, ovolactovegetariana e pesco-vegetariana). “Vemos estatisticamente uma proteção significativa contra o câncer de próstata entre o grupo vegano branco do EAS2, com uma tendência não significativa entre os veganos negros, e uma contenda sobre os benefícios protetores do consumo de produtos lácteos em relação ao câncer colorretal. Os epidemiologistas e estatísticos estão enfrentando quase as mesmas perguntas e respostas que são geradas em vários outros estudos. Não há dúvida de que a dieta sem carne é mais saudável do que o consumo de carne. Há muito

tempo, temos recomendado que os produtos lácteos devem ser usados esporadicamente e como um tempero, por assim dizer.” Landless inclusive fez a pergunta que muitos esperam: “Por que simplesmente não recomendamos a dieta totalmente vegetariana para todos?” “Os seres humanos são dependentes do suplemento dietético da vitamina B12. Em muitas partes do mundo, os produtos lácteos são a única fonte dessa vitamina essencial para os vegetarianos”, disse Landless. “Onde a vitamina B12 já está disponível e é acessível, onde é praticada a fortificação adequada de B12 nos produtos que substituem os lácteos, a dieta totalmente vegetariana é muito saudável. Aconselho veementemente que todas as categorias de vegetarianos tomem suplemento de B12, especialmente à medida que envelhecem, pois o processo de absorção dessa vitamina se torna mais lento. O estudo atual foi realizado na América do Norte. Embora os resultados possam ser exportados para a população do mundo (homens brancos e negros como especificados acima), as circunstâncias socioeconômicas não podem.” Landless resume sua resposta ao novo relatório da Universidade Loma Linda, dizendo: “Se tivermos que fazer uma recomendação generalizada, cremos ser mais seguro e saudável o consumo de uma dieta vegana balanceada (com suplementação); exortamos os que consomem produtos lácteos que o façam esporadicamente, preparandoos com pouca ou nenhuma gordura. Quero destacar que a dieta balanceada, com base em vegetais, é a ideal. Sublinhamos a recomendação da suplementação como foi vitamina B12, com destacado acima. Essas recomendações são válidas, tanto para homens como para mulheres. Esperamos avidamente encontrar mais respostas no desenrolar da pesquisa. n


Presidente de Divisão

sucumbe à doença rara

Asoy foi eleito presidente há seis meses, apenas Andrew McChesney

Leonardo R. Asoy, presidente da Divisão do Pacífico Sul-Asiático da Igreja Adventista do Sétimo Dia. D av i d

L

B .

S h e r w i n

eonardo R. Asoy, presidente da Divisão do Pacífico Sul-Asiático, faleceu após lutar vários meses contra uma doença rara na medula óssea. Ele tinha 56 anos de idade. Asoy foi eleito presidente, recentemente, na assembleia da Associação Geral (AG), em San Antônio, Texas, em julho de 2015, substituindo Alberto C. Gulfan Jr. que estava doente e faleceu com câncer, em 26 de setembro de 2015.

Asoy, foi hospitalizado cerca de dois meses após a assembleia da AG, e morreu no dia 12 de janeiro, no Centro Médico Adventista de Manila, nas Filipinas, devido a complicações decorrentes da síndrome mielodisplásica, doença rara em que a medula óssea é incapaz de produzir células sanguíneas saudáveis. Ted N.C. Wilson, presidente da igreja adventista mundial, assim se referiu a Asoy: “promotor dinâmico e apoiador do evangelismo.” “Ele era um guardião valente das verdades eternas das Escrituras e do maravilhoso movimento adventista, confiado por Deus às mãos dos adventistas do sétimo dia” Leonardo Remulta Asoy nasceu em 18 de novembro de 1959, em Mindanao, sul das Filipinas, e se graduou em Teologia no Colégio Adventista Mountain View College, em 1983. Seu primeiro distrito pastoral foi em Ozamis City, na Associação Mindanao Ocidental onde, mais tarde, de 1998 a 1990, foi o diretor de jovens. Em 1990, terminou um mestrado em estudos pastorais no Instituto Internacional de Estudos Avançados (AIIAS), em Cavite, Filipinas. Todo conhecimento que Asoy recebeu da sua educação adventista, retornou multiplicado por cem,

disseram seus amigos. Felixian T. Felicitas, diretor da faculdade de teologia no Mountain View College, se lembra de viajar com Asoy para vários eventos evangelísticos, no início dos seus 15 anos de amizade. “O Pr. Assoy transformava a maioria de nossas viagens em longas sessões de aconselhamento”, disse Felicitas. “Às vezes, ele estacionava sua caminhonete azul, sentava-se atrás para descansar, e simplesmente me contava suas experiências de ministério. Pouco sabia eu na época, que aquela era sua maneira de me orientar e ensinar.” “Asoy serviu como presidente da União Filipina do Sul, de 2011 até o ano passado, tornando-a em uma das uniões mais bem administradas da Igreja Adventista, sendo conhecido por sua liderança visionária, fervor evangelístico e espírito de equipe”, disse G.T. Ng, secretário-executivo da Igreja Adventista mundial e amigo de Asoy por mais de duas décadas. Ng disse que se lembrará por muito tempo do dia em que Asoy saiu do hospital por algumas horas, para participar da abertura das comissões de fim de ano, no dia 6 de novembro. Asoy estava confinado ao quarto de hospital por 47 dias, mas se esforçou para ser liberado em tempo de participar do culto matinal na abertura das reuniões. “Ele falou com um entusiasmo retumbante, sobre sua enorme gratidão por poder estar presente entre seus companheiros, líderes das uniões”, disse Ng. “Ele era totalmente comprometido com o Senhor.” Ng descreveu a vida de Asoy como “uma celebração à piedade, humildade, zelo e um coração inabalável.” “Como o apóstolo Paulo ele pôde dizer: ‘Uma coisa faço’”, disse ele. “Aqui está um soldado valente de Cristo esperando para ver Seu Mestre, face a face, em breve!” n

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Not í cias do M u n do Jim Gilley, evangelista e ex presidente da 3ABN

Bob Folkenberg,

meu amigo nota 10

Lembrando do falecido presidente da Associação Geral

A

quele era um lugar estranho para começar uma amizade. Bob Folkenberg e eu estávamos na Universidade Andrews, em fila, muito nervosos, esperando pelas notas finais antes da formatura, em 1962. Bob me contou o motivo de sua preocupação. “Eu só tive dez em todos os meus boletins escolares, desde a primeira série. Mas estou preocupado com essa nota final, porque talvez eu tenha ficado com nove em grego II, com o Blazen”, disse ele se referindo a Ivan Blazen, professor de Grego e Novo Testamento. Concordei movendo a cabeça numa simpatia irônica. Eu também estava preocupado, mas meu problema era se iria ou não passar em grego I. Tudo que eu precisava era uma nota que me aprovasse. Quando Bob recebeu sua nota, pulou, quase alcançando o teto, e gritou: “Viva! Tirei dez!” E saiu correndo pelo corredor. “Muito bem!” Pensei ironicamente. “Só dez desde a primeira série!” Bob já estava longe quando recebi minha nota e comemorei da mesma forma, anunciando “Viva! Tirei seis!”, porém com muito mais exuberância. Participamos da formatura naquele fim de semana, Bob com honra, e eu – por um fio! Estávamos ambos ansiosos por abraçar a missão que o Senhor tinha nos feito amar: levar Jesus aos perdidos.

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Coração de evangelista

A notícia seguinte que tive, foi que Bob era o cantor evangelista na equipe de Roger Holley, na União de Columbia. E porque ninguém mais aceitou o trabalho, me deram a função de evangelista da Associação do Sul da Nova Inglaterra. Bob aprendeu evangelismo com Roger Holley, homem que estudou aos pés de Fordyce Datamore, que sabia mais do que ninguém sobre a “ciência de ganhar almas”, como denominado pela inspiração profética. E Bob aprendeu muito bem durante os dois anos que esteve com a equipe, de 1964 a 1966. Quando deixou o Pastor Holley para aceitar o chamado para a Divisão Interamericana, o conhecimento prático com o qual foi presenteado por Deus, provou ser importante para o crescimento sem precedentes daquela Divisão. “Milhares foram batizados porque Bob, pela fé, realizava grandes eventos para o Senhor”, disse o evangelista Kenneth Cox. Cox, trabalhou com o evangelista Benny Moore e realizou campanhas evangelísticas com Bob no Panamá, Costa Rica e Guatemala. “Sempre que tínhamos uma data livre, Bob convidava nossa equipe”, lembra Moore. Bob serviu como evangelista na Associação do Panamá, depois como presidente da Missão de Honduras e

Robert S. Folkenberg na foto de formatura, em 1962. A r q u i v o

A d v e n t i sta

presidente da União América Central. Logo foi eleito assistente do presidente da Divisão Interamericana, onde sua ênfase era o evangelismo. Em 1985, Bob retornou aos Estados Unidos com a esposa, Anita, e dois filhos, Bob Jr. e Kathi, para servir como presidente da Associação da Carolina. A Associação da Carolina logo passou a liderar a União do Sul e do Norte da América, na conquista de almas. Bob me telefonava com frequência para discutirmos novas ideias evangelísticas, onde sempre utilizava tecnologia de ponta. Eu ficava admirado com sua incrível energia e total comprometimento com o evangelho. Milagre na assembleia da Associação Geral de 1990

Em 1990, fui escolhido como delegado para a assembleia da Associação Geral, em Indianápolis, Indiana (EUA). Quando cheguei ao aeroporto, vi Richard Barron, grande líder de jovens que também tinha servido como presidente de associação. E ele me disse: “Gilley, há mudanças no ar.” Ele estava correto. Logo entendi o que ele estava querendo dizer. Somente três pessoas da delegação da União Sudoeste foram escolhidas para participar da Comissão de Nomeação, e miraculosamente, eu estava entre elas. Inicialmente, Bob não foi escolhido para representar a União do Sul. Mas


foi um período escuro de sua vida. Mas o Senhor ainda tinha muito trabalho para ele fazer. Ministério ainda maior após GC

A d v e n t i sta

Bob retornou à Associação da Carolina, presidida por Ken Coonley, que era o secretário-executivo de quando Bob tinha sido presidente ali. Ele iniciou um projeto chamado Evangelismo Global, que se transformou em Share Him Compartilhe-O organizou os membros leigos e jovens para realizar reuniões evangelísticas em todo o mundo. Share Him pertence à igreja e é por ela administrado, como um departamento da Associação da Carolina, mas é mantido exclusivamente por doações diretas. Outro dia falei com Benny Moore, que trabalha para o Share Him após se aposentar como obreiro, e perguntei sobre os resultados do Share Him sob a liderança de Bob nos últimos 10 anos. Não se sabe todos os resultados. Mas Share Him realizou cerca de 6 mil séries evangelísticas, resultando em 300 mil batismos, em 11 anos, de 2000 a 2011. Foram batizadas em

média, 50 pessoas por série. Durante os últimos quatro anos, esse ministério continua a obter sucesso, inclusive enviando 250 jovens ao sul do México para realizar evangelismo, no início do ano. Quando chegaram à assembleia da Associação Geral, em San Antonio, em 2015, esses jovens falaram aos delegados e às pessoas presentes sobre as experiências maravilhosas desse trabalho. Bob realizou seu maior ministério depois que saiu da presidência da AG. Share Him literalmente ganhou milhares de pessoas para Jesus! No dia 24 de dezembro de 2015, Bob descansou no Senhor, após longa luta contra um câncer. Quando Bob Jr. ligou para me contar, eu estava com meu filho John, dirigindo uma pick-up. Parei o carro e refleti na vida de Bob. Lembrei-me da Universidade Andrews, ali em pé na fila esperando as notas. Um dia, mais uma vez estaremos em fila, e Bob ouvirá as seguintes palavras: “Bem está servo bom e fiel!” Ele poderá estar preocupado com a possibilidade de tirar um nove, porém, mais uma vez, eu creio que ele ficou com dez! n

A r q u i v o

um dos que foram eleitos, não aceitou e Bob foi escolhido para substituir – outro milagre. Quando a Comissão de Nomeação foi organizada, Bob foi rapidamente eleito presidente, para a surpresa de todos. Imediatamente, vimos sua força naquela comissão, e de repente, me ocorreu a ideia de que ele poderia ser nomeado como presidente da Associação Geral. Falei sobre isso para várias pessoas, e na manhã seguinte disse a Bob que, antes do fim do dia, ele seria convidado para ser presidente. Ele me olhou assustado e disse: “Jim, você é a segunda pessoa que me diz isso hoje.” Mas as coisas não aconteceram daquela maneira. A Comissão de Nomeação acabou escolhendo George Brown, presidente da Divisão Interamericana, para presidente da Associação Geral. No entanto, após um período de oração e considerando sua preocupação com o estado de saúde da esposa, na época, Brown não aceitou a nomeação. Quando nos reunimos, Charles Dudley se levantou e nomeou Robert S. Folkenberg. Os delegados do plenário o elegeram, e ele se tornou o presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, aos 49 anos de idade. Bob colocou em ação a Missão Global em todo o mundo e adotou a sugestão de Don Schneider, então presidente da União do Lago, e sua comissão, lançando o Evangelismo Via Satélite em todo mundo, em parceria com a Three Angels Broadcasting Network (3ABN). A Igreja Adventista do Sétimo Dia iniciou um período de grande crescimento, com a liderança de Bob abrindo evangelismo na antiga União Soviética e regiões do mundo conhecidas como janela 10/40. Surgiram alguns problemas durante o segundo termo da presidência de Bob, e ele decidiu renunciar, em 1999. Aquele

Sobras da sessão fotográfica para foto oficial da Associação Geral, em 1996.

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V I S Ã O

M U N D I A L

E

m 1996, o professor universitário Thomas J. Stanley e seu ex-aluno, William D. Danko, publicaram um livro intitulado The Millionaire Next Door (O Vizinho Milionário). Sua obra, com base em pesquisa, vendeu mais de três milhões de exemplares e se tornou um clássico em finanças. No livro, os autores explicam que os verdadeiros ricos não vivem da maneira que é revelada na televisão ou nos filmes: morando em mansões, dirigindo carros de luxo e vestindo roupas caras. Ao contrário, quem é realmente rico vive mais frugalmente, trabalha duro, vive em casas comuns e não dão dinheiro para os filhos adultos com frequência. Eles dizem que é possível que as pessoas que morem do lado de um milionário nem tenham consciência de quanto é rico seu vizinho.

Espiritualmente rico

E o que dizer dos que são espiritualmente ricos? E os que são filhos e filhas do Rei do Universo, do dono “das cabeças de gado aos milhares nas colinas”(Sl 50:10)? E os que têm “este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa”? (2Co 4:7) Será que aqueles com quem estamos em contato, ou os que vivem ao nosso lado, não conhecem nosso tesouro espiritual, concedido por Deus ao Seu povo do tempo do fim, para que divida com outros essa riqueza espiritual? Grande reponsabilidade

“Temos uma mensagem do Senhor para levar ao mundo – mensagem que deve ser apresentada na abundante plenitude do poder do Espírito”, escreveu Ellen White.1 “Sobre nós repousa a pesada responsabilidade de advertir o mundo quanto à sua condenação iminente. De todas as direções, de perto e de longe, vêm pedidos de ajuda. Deus convida Sua igreja a despertar, e revestir-se de

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Divida

Ted N. C. Wilson

sua

fortuna

Você é o vizinho milionário? poder. Há imortais coroas a ser ganhas; há o reino do Céu a ser alcançado; há o mundo, perecendo na ignorância, a ser iluminado.”2 Jesus desafiou Seus discípulos, “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos”(Mt 9:37). Tiago advertiu os cristãos a ser “praticantes” (Tg 1:25). O próprio Jesus disse: “É necessário que façamos as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4). O desafio

Desafio você a se envolver na missão diária da igreja muito mais do que antes. Pastores e membros leigos, jovens e idosos devem trabalhar juntos para ganhar pessoas para Cristo. Contamos com você! Deus conta com você! O evangelismo é a força vital da igreja. Todos nós devemos nos envolver nele – por meio do testemunho pessoal, pequenos grupos ou em todas as formas de evangelismo público – mesmo que, na sua opinião, na sua área isso não funcione. Adapte os métodos, mas

participe! Faça algo por Jesus! Sob a direção de Deus, todo esforço para ganhar o coração das pessoas produzirá fruto. Deixe que o Espírito Santo revolucione seu pensamento. Tome em suas mãos, diariamente, a missão da igreja de evangelizar, colaborando estreitamente com os líderes e pastores. Que a participação seja total, não deixando ninguém de fora, sendo todos missionários! Você é o mensageiro de Deus

Você não precisa ser pastor para levar pessoas a Cristo. Ellen White escreveu: “Deus espera que todo aquele que profere o nome de Cristo participe do trabalho. As mãos da ordenação talvez não estiveram sobre sua cabeça, mas isso não o torna inferior como mensageiro de Deus. Se você já provou que Deus é bom, se conhece Seu poder para salvar, assim como não consegue evitar que o vento sopre, não pode deixar de falar dEle a alguém. Você terá palavras certas para quem está cansado. Guiará os pés extraviados de volta ao redil. f O T O :

R e i td i e p h a v e n

G r o n i n g e n


Seus esforços para ajudar outros serão incansáveis, pois o Espírito de Deus está agindo em você.”3 Façamos algo por Jesus e pelos outros. Em lugar de olhar internamente e criticar a igreja local e suas atividades, fale aos outros de Cristo e não deixe que ninguém diga que você não é útil. Trabalhe lado a lado com seu pastor, com a igreja local e com a Associação. O Espírito Santo o capacitará a ser um mensageiro do Céu em seu bairro. Ao trabalhar com Ele o reavivamento e a reforma se tornarão algo muito pessoal e real. O maravilhoso livro, Testemunhos para a Igreja, volume 9, fala sobre nossa obra especial no Envolvimento Total dos Membros. Observe esses lembretes urgentes: “As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas para as proclamarmos ao mundo.”4 “Lembremo-nos de que uma vida semelhante à de Cristo é o mais poderoso argumento que pode ser apresentado em favor do cristianismo […] As pessoas acreditarão, não no que o ministro prega, mas no que a igreja pratica em sua vida.”5 “A obra de Cristo deve ser nosso exemplo […] Sua vida foi de serviço desinteressado, e nos deve servir de modelo.”6 “Se cada membro fosse um missionário vivo, o evangelho seria rapidamente proclamado em todos os países, a todos os povos, nações e línguas.”7 “O povo de Deus deve ser tão fervoroso e fiel em seu trabalho para Ele, que todo egoísmo deve ser excluído de

sua vida. Seus obreiros, então, olho a olho verão (Isaías 52:8), e será revelado o braço do Senhor, cujo poder se viu na vida de Cristo. A confiança será restaurada e haverá unidade através das fileiras de nossas igrejas.”8 “O mais importante agora não são os versados e eloquentes oradores; mas os humildes homens e mulheres cristãos, que tenham aprendido de Jesus de Nazaré a ser mansos e amoráveis, os quais, confiantes em Sua força, saiam pelos caminhos e atalhos para convidar: ‘Vinde, que já tudo está preparado’” (Lucas 14:17).9 Grande exemplo

Andressa se tornou um grande exemplo do Envolvimento Total de Membros, com apenas 13 anos de idade. Seu primeiro contato com a Igreja Adventista foi por meio da avó e de um pequeno grupo de estudo da Bíblia. Ela gostou tanto que decidiu começar um pequeno grupo em sua casa. “Mas primeiro,” disse ela, “preciso ser batizada e entregar minha vida a Jesus, para que as crianças que eu evangelizar também sigam meu exemplo.” Andressa foi batizada, e na quinta-feira seguinte, deu início a seu pequeno grupo. Rapidamente, chegou a 45 o número de crianças frequentando seu grupo de estudo bíblico! Eram tantos que Andressa os incentivou a se dividirem em dois grupos menores. Um jovem disse: “Andressa mostrou que eu podia formar meu próprio pequeno grupo [...] Todo mundo deveria formar um pequeno grupo. Ele é uma extensão da igreja. É uma extensão de Deus.” Além do seu ministério com pequeno grupo, Andressa estava envolvida em outras atividades evangelísticas. Em uma entrevista, em vídeo, ela descreve sua semana: “Domingo eu vou à estação de rádio e começo com um devocional. Há um segmento para crianças, onde conto histórias da Bíblia. Segunda-feira, vou à escola, e à tarde, faço vários trabalhos

missionários. Terça-feira, visito um asilo. Nós cantamos, brincamos e oramos. Alguns idosos são muito solitários e, às vezes, desabafam com a gente. Quartafeira, [o grupo] se reúne na minha casa para fazer trabalhos manuais que podemos vender, e isso é bom, porque as pessoas desse grupo não têm muito dinheiro. Quinta-feira à tarde, eu prego para as crianças na minha casa. À noite, vamos à casa de alguns dos membros da igreja e tocamos algumas músicas para eles. Sexta-feira (eu tenho) um pequeno grupo de oração intercessora. A oração intercessora é realmente interessante porque muitas das nossas orações são respondidas. A oração é poderosa! Sábado, levanto mais cedo e convido algumas crianças para irem à igreja comigo. Assim é a minha semana! Andressa certamente é um exemplo de Envolvimento Total dos Membros! Sua rotina intimida muitos adultos. A despeito de sua idade, temos a impressão de que ela fez mais do que os adultos. “Jesus está voltando”, disse Andressa. “Ele está nos mostrando os sinais. As profecias estão se cumprindo. Se não fizermos nossa parte agora, talvez amanhã não haja mais tempo.” O tempo está acabando

Infelizmente, o tempo acabou para Andressa. Um sábado, pela manhã, quando estava indo pregar em sua igreja, o carro que a levava bateu contra um caminhão. Quatro mulheres morreram, inclusive Andressa, com 14 anos de idade. Ela realizou muito em seu curto período de vida. Mais de cem pessoas foram batizadas como resultado de seu testemunho, e inúmeras outras continuam a ser inspiradas pelo seu exemplo. E você? Está disposto a se envolver totalmente para Jesus? Está pronto para dividir seu tesouro? Ao vermos o fim do tempo se aproximando, renovemos nossos esforços para estarmos envolvidos em tudo o que Deus intenta para sua igreja remanescente: todos os membros

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V I S Ã O

Igreja de um dia

M U N D I A L

A igreja que não queima

Em breve olharemos para cima e veremos Jesus aparecendo nas nuvens dos céus, conforme prometeu. Ele virá para nos levar para casa. Essa será a culminação de Sua obra redentora, usando cada seguidor que desejar evangelizar o mundo para Ele. Apelo a cada um de nós, que, pelo poder do Espírito Santo, sejamos parte do Envolvimento Total dos Membros. A chuva serôdia do Espírito Santo está chegando, e com ela, a grande proclamação a cada pessoa desta Terra, antecipando o breve retorno de Cristo. Pela graça de Deus, vamos participar! Se você quiser saber mais, quero incentivá-lo a assistir ao vídeo de cinco minutos, onde Mark Finley, Duane McKey e eu, damos mais informação sobre o que você pode fazer para participar do Envolvimento Total dos Membros. O vídeo está disponível no Vimeo: : https://vimeo.com/144789637 ou no YouTube: www.youtube.com/ watch?v=wxNfaJO-Hqk. n 1 Ellen

G. White, Testemunhos para Igreja (Casa Publicadora Brasileira), v. 7, p. 18. 2 Ibid., p. 16. 3 Review and Herald, 24 de novembro de 1904. 4 Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 19. 5 Ibid., p. 21. 6 Ibid., p. 31. 7 Ibid., p. 32. 8 Ibid., p. 33. 9 Ibid., p. 36.

Ted N. C. Wilson é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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Vo l u n t e e r s

Evangelize o mundo para Jesus

M a r a n at h a

envolvidos, enaltecendo a Cristo, Sua Palavra, Sua justiça, Sua obra no santuário, Seu poder salvador no grande conflito, Suas três mensagens angélicas, Sua mensagem de saúde, Sua missão para o mundo no tempo do fim, e Sua segunda vinda, em breve.

I n t e r n at i o n a l

Carrie Purkeypile

PRONTA PARA OS ELEMENTOS: O novo prédio da igreja é um grande avanço em relação ao prédio anterior (destaque). Há dez anos, Moses Tolosi começou a plantar uma igreja na aldeia de Mukangu, Zâmbia. Não é fácil fazer uma igreja crescer naquela região. Desde o princípio, os membros de duas outras igrejas tentaram atrapalhar as reuniões com insultos e vaias. Um homem, em particular, João*, demonstrou extremo rancor pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. As coisas ficaram ainda piores, quando o chefe designou um terreno para a construção da igreja. Após meses de ameaça, João comprou um barril de gasolina, encharcou a igreja e colocou fogo. A igreja tinha sido talhada à mão, com a melhor madeira que puderam achar, o teto coberto com capim seco e o acabamento das paredes feito com uma camada de argila. Esse era um combustível perfeito. O prédio explodiu em chamas, desaparecendo completamente em brasas e cinzas flutuantes. “Por que isso aconteceu?” perguntava a si mesmo Moses, desanimado. “Onde vamos adorar agora?” Não sobrou nada! Se eles não estivessem usando o local para as reuniões, o chefe poderia tomar a propriedade. Assim, por vários meses, eles se reuniam no local carbonizado, sem nenhuma sombra, cadeiras nem abrigo de qualquer tipo. Muitos membros batizados pararam de frequentar os cultos, e as visitas recusavam o convite. Mais de um ano depois, Mukangu passou por uma experiência tão emocionante quanto o grande incêndio. A equipe do Maranatha chegou para construir uma Igreja de Um Dia. Era incrível ver caminhões enormes, em um lugar em que a maior parte das viagens se faz a pé ou em canoas. Moses e outros membros da igreja ficaram imensamente felizes. Até João saiu de casa para ver a estrutura de metal da igreja ser montada em um dia. Incrível! A igreja de Mukangu está crescendo outra vez. Eles continuam orando por João, que está preso por ter queimado a loja de um membro da igreja. Talvez um dia ele irá adorar numa igreja que não mais queima. Maranatha Volunteers International é uma organização sem fins lucrativos que contrói igrejas adventistas do sétimo dia e escolas em regiões carentes. *Pseudônimo

Adventist World | Março 2016


S aúde

Peter N. Landless e Allan R. Handysides

Feira de saúde

nas comunidades

Ouvimos muita coisa sobre os membros da igreja que trabalham como médicos missionários e os que ajudam sua comunidade na área de saúde. Na prática, como podemos executar essa abordagem?

T

odas as nações e povos do mundo desejam e procuram ter saúde. Alguns territórios têm assistência de saúde avançada, e geralmente esses sistemas são designados prioritariamente a diagnosticar e tratar doenças. Devido ao alto custo, em muitos lugares a disponibilidade da assistência de saúde para todos é um desafio. A atuação da saúde pública com programas de água potável, esgoto e imunizações causou grande impacto na diminuição das doenças infecciosas e no aumento da expectativa de vida. Mas até mesmo essas medidas não estão disponíveis em todos os lugares do mundo. Além disso, embora os governos tenham colocado grande ênfase em medidas de saúde pública, as chamadas doenças não contagiosas (DNC) aumentaram dramaticamente e estão relacionadas principalmente aos fatores do estilo de vida. Entre as DNC estão principalmente as doenças cardíacas, derrame cerebral, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Essas doenças afetam todas as pessoas e comunidades. Os principais fatores de risco são bem conhecidos e similares em todo mundo: n uso do tabaco n consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e transgênicas n consumo excessivo de sal n consumo de álcool n consumo excessivo de açúcar – especialmente bebidas açucaradas n inatividade física n obesidade

As DNC se tornaram um desafio tão grande que a Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas têm realizado reuniões em nível mundial para chamar a atenção para essas doenças e tentar eliminá-las, ou pelo menos diminuir o número de incidências. Muitas das DNC são totalmente previsíveis e o grupo de risco pode ser facilmente identificado. Essa é uma oportunidade de ouro de evangelismo para cada igreja se transformar em um centro de saúde comunitário e cada membro de igreja um promotor de saúde. Como podemos fazer a diferença em nossa comunidade e fazer amigos? Podemos começar organizando eventos divertidos de caminhadas e corrida; por exemplo, pode ser organizado um evento de corrida/caminhada de cinco quilômetros, uma exposição ou feira de saúde. Geralmente nesses eventos há vários estandes que demonstram diferentes aspectos e avaliação da saúde física e bem-estar. Pode-se examinar a pressão sanguínea, açúcar no sangue, e até os níveis de colesterol podem ser avaliados com eficiência. A informação sobre o peso e índice de massa corporal (IMC) são muito úteis. Com esses dados e um alerta sobre os níveis de açúcar no sangue, muitas pessoas que passaram pelas feiras de saúde foram informadas do seu estado em relação ao diabetes ou pré-diabetes. Exame de vista básico também poder ser realizado sem equipamento muito caro. Tais eventos são excelentes opor-

F oto :

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C o r t e s i a

do

M i n i st é r i o

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S a ú d e

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M undo

tunidades para educar o público sobre nutrição saudável, como deixar de fumar, as razões para evitar o álcool, a importância do exercício físico, uso da água interna e externamente, exposição responsável ao sol, vida equilibrada (temperança), respiração profunda e a necessidade de passar tempo ao ar livre. Uma vez que grande parte da população do mundo não dorme o suficiente e é “viciada” no uso quase incessante de dispositivos eletrônicos, o estande que enfatiza o sono e o descanso além de sempre ser uma necessidade, é uma parada necessária e apreciada pela maioria dos visitantes. Para dar continuidade ao trabalho após a feira, pode-se fazer propaganda e oferecer demonstrações culinárias e cursos de cozinha vegetariana. Ficamos profundamente impressionados com um estande diferenciado em Chitungwiza, Zimbábue: curso de culinária para surdos! Excelente ideia, maravilhosamente recebida! Esse tipo de empreendimento de saúde tem sido feito ao redor do mundo e está facilitando a amizade e falar sobre a mensagem salvadora de saúde e esperança. Assim, de maneira prática, realmente suprimos as necessidades das pessoas e demonstramos o amor e a compaixão de Deus. Qual será o resultado? Não tenho certeza. Mas sei que aqueles com quem nos encontramos e os servimos saberão que somos cristãos, porque sentirão nosso amor! n

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral. Allan R. Handysides, médico ginecologista aposentado, é ex-diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral. Março 2016 | Adventist World

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D evocional

S . Joseph Kidder e Kristy L. Hodson

Encontro com A

Bíblia registra a história de apenas algumas pessoas que se encontraram com Deus, face a face. Talvez o relato mais claro de um encontro assim dramático, esteja registrado em Isaías 6:1-8. Isaías viu uma cena de adoração no Céu. Seres angelicais ao redor de Deus ofereciam a Ele adoração e louvor. Esses anjos pairavam ao redor do trono de Deus, cantando sobre Sua glória e santidade. Impressionado, Isaías se sentiu indigno daquela visão. Sentiu-se envergonhado e arruinado ao reconhecer sua pecaminosidade. Mas essa experiência não terminou assim. Um dos anjos tocou os lábios de Isaías com uma brasa viva do altar, retirando sua culpa e proclamando perdão. Deus, então, ofereceu a ele uma oportunidade de servir, perguntando: “A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?” (v. 8, NVI). O profeta não hesitou. Esse encontro com a glória de Deus impeliu Isaías a se oferecer: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (verso 8).

Vislumbre de Deus

A exemplo de Isaías, antes de estarmos disponíveis para Deus, devemos primeiro ter um vislumbre da Sua presença. Deus deve ministrar a nós; só assim poderemos ouvir Sua voz dizendo o que Ele quer que façamos. Devemos responder com atitude de gratidão, não obrigação, porque Ele nos limpou com o sangue de Jesus. Há um sentimento de cura em nossa vida. Queremos servir a Deus pelo que Ele é e pelo o que fez por nós. A maravilha do sacrifício de Cristo deve ser o fator determinante em tudo o que fazemos. Quando descobrimos a grandeza de Deus, somos compelidos a servir em nome do único Ser que pode oferecer expiação pelo pecado. Uma experiência com Deus afeta nossa maneira de ver o mundo. Isaías ouviu as batidas do coração de Deus pulsando por uma pessoa perdida ou a caminho da morte. Nós também devemos ouvir Seus apelos para irmos às pessoas necessitadas em nossa comunidade. Deus chamou: Isaías respondeu. Essa resposta incondicional só vem de um coração que teve a visão, daquele que se encontrou com Deus.

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face

a

Quando virmos o Senhor, iremos aonde Ele nos enviar. Isaías não disse: “O que vou ganhar com isso?” Ele entregou a Deus toda a sua vida. Por ter visto a natureza e o caráter de Deus, Isaías reorganizou sua vida e colocou a missão de Deus em primeiro lugar. Ele reconheceu que o serviço para Deus é adoração. Vemos – Então servimos

Ellen White igualmente ligou a adoração ao serviço. “O verdadeiro culto consiste em trabalhar juntamente com Cristo. Oração, exortação e conversas são frutos baratos, que frequentemente estão ligados, mas os frutos que são manifestados em boas obras, no cuidado do necessitado, do órfão, das viúvas, são frutos genuínos, que crescem naturalmente sobre a boa árvore.” O serviço é o resultado de estarmos dominados pela apreciação dAquele que trata com amor nosso quebrantamento. O coração adorador está disponível diariamente para Deus. Essa não é uma atitude de uma manhã de sábado. Trata-se de uma experiência diária. Portanto, para o cristão não existe o sacro e o secular. Tudo pertence a Deus. Quer comamos, bebamos, brinquemos, trabalhemos, fazemos tudo na presença de Deus e para Sua glória (1Co 10:31). A adoração é um estilo de vida. A vida de adoração nos torna disponíveis ao Espírito Santo e desejosos de ver Sua obra realizada em nós. Quando compreendemos o evangelho, o sacrifício de Cristo em nosso favor, e a graça do Seu amor eterno, então compreendemos que renovação e limpeza vêm do alto. Somos levados a uma resposta de serviço, como foi o caso de Ann.


Deus

face Impressionados e disponíveis

Um dia, eu (José) recebi pelo correio, o cartão de uma mulher, pedindo estudo bíblico. Quando bati à sua porta, ela disse que não estava interessada em estudar a Bíblia e que não tinha enviado o cartão. Perguntei se ela permitia que eu orasse por ela, ao que consentiu. Ela me disse que a vizinha da frente devia estar interessada em estudar a Bíblia. Quando atravessei para o outro lado da rua, uma senhora de 73 anos de idade, bêbada e fumando, abriu a porta. Perguntei se ela gostaria de estudar a Bíblia. Como não tinha o que fazer, ela aceitou. Comecei a estudar a Bíblia com Ann. Após algum tempo ela aceitou a Cristo como seu Senhor e Salvador. Durante o estudo sobre a grandeza do poder de Deus, Ann ficou impressionada! Ela começou a chorar e a perguntar como poderia experimentar aquele poder para deixar de fumar e de beber. Marcamos uma visita para que os anciãos da igreja realizassem um culto de unção. Após a cerimônia, Deus deu a ela a vitória sobre aqueles maus hábitos. Poucas semanas depois, Ann foi batizada. Fui visitá-la no dia seguinte. Queria que ela considerasse como incorporar a adoração e serviço na sua vida. Como responder à grandeza e perdão de Deus com sua vida? Que missão Deus estava dando a ela? – Ann, você tem família? – perguntei. – Tenho uma família enorme! – Deus tem uma missão para você. Ele quer que você ganhe sua família para Ele. – Como vou fazer isso? – Ore e fique disponível para ser usada por Deus. Cerca de três anos e meio mais tarde, num sábado pela manhã, o diretor de comunicação da união foi gravar um vídeo com Ann. Imagine a cena: Ann em pé, no meio da plataforma,

Quando temos uma experiência com Deus, somos impressionados e impelidos pelo desejo de compartilhar Jesus com outros. rodeada pelas 57 pessoas que ela levou a Cristo, inclusive Jena, a mulher que se havia recusado a estudar a Bíblia comigo! O diretor de comunicação perguntou às 57 pessoas: “Por que você é adventista agora?” E recebeu a mesma resposta de todos: “Vi a mudança na vida de Ann, e era o que eu queria para minha vida.” Então ele se voltou para Ann. “O que você fez para ganhar sua família e amigos para o Senhor?” – Orei dia e noite por eles. Então, o Senhor me mostrou muitas maneiras de fortalecer meu relacionamento com eles e de suprir suas necessidades. No tempo certo, os convidei a ir à igreja, a estudar a Bíblia em minha casa, ou a assistir a uma reunião evangelística. Toda vez que algum deles aceitava a Cristo, se unia comigo para orar pelos outros. Deus tem sido muito bom para nós! Esse é o poder da oração, do relacionamento e do ministério, o poder de um processo contínuo. Esse é o poder da espiritualidade pessoal e da visão de Deus. Quando temos uma experiência com Deus, somos impressionados e impelidos pelo desejo de compartilhar Jesus com outros. Isaías e Ann se encontraram com Deus e tiveram uma revelação de Sua grandeza. Isso mudou a vida deles. O mesmo Senhor vivo está ansioso de nos encontrar. Experimentamos a presença de Deus na verdadeira adoração, e isso tanto nos transforma e nos induz ao serviço. Você já teve uma experiência na “sala do trono”? Já ouviu a voz de Deus? Aceitou Seu chamado para o serviço? Abra seu coração a Ele hoje! Adore-O com louvor e serviço. Encontre Deus face a face, e esteja disponível para Ele. n * Ellen G. White, Review and Herald, 16 de agosto de 1881.

Unidos, onde Kristy L. Hodson

S. Joseph Kidder é professor de ministério cristão no Seminário Teológico Adventista da Universidade Andrews, Michigan, Estados cursa um Mestrado em Divindade.

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C renças

F undamentais

Dons espirituais para

NÚMERO 17

C

erta noite escura, Jesus conversou com Nicodemos, à luz de uma lamparina. Ele explicou que a marca de cidadania do Seu reino é o novo nascimento. Esse nascimento não é o da carne, mas do Espírito. Esse Espírito (ou vento) sopra “sopra onde quer, ouves a Sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai” (Jo 3:3-8, ARA). Em outra ocasião, perto do fim do Seu ministério terrestre, Jesus passou tempo com Seus discípulos preparandoos para a fase seguinte do seu ministério, quando não mais teriam Sua presença física entre eles. Jesus prometeu outro Consolador. Esse Consolador, o Espírito Santo, ensinaria a eles todas as coisas. Lembraria aos seguidores de Jesus todas as coisas que Ele disse, e lhes daria paz (Jo 14:15-27). Em 1 Coríntios 12 o apóstolo Paulo expressou seu desejo de que os membros do corpo de Cristo não fossem ignorantes em relação aos dons espirituais. E enfatizou: “Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum” (versos 4-7, NVI). Simplificando, o Espírito Santo é o administrador dos dons espirituais no corpo de Cristo, e cada dom é dado para o bem desse corpo. Presentes desembrulhados

Na prática, no dia a dia, o que isso quer dizer? Primeiro, precisamos reconhecer que todo cristão recebe dons espirituais. Cada um de nós tem um dom principal e um ou dois secundários. Mas embora recebamos os dons como indivíduos, na realidade eles são dados para o bem da igreja. O Espírito Santo é o Administrador dos dons espirituais, mas a liderança da igreja local tem a

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bênção abençoar Gaspar F. Colón responsabilidade de utilizar esses dons dos membros combinados com o plano de ministério da igreja. Cada igreja tem a responsabilidade de depender da direção do Espírito Santo para desenvolver um plano para o ministério. Segundo, independentemente de nosso dom ser fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, reconciliação, compaixão, comunicação, serviço de sacrifício próprio; ou se somos chamados por Deus e reconhecidos pela igreja para os ministérios pastoral, evangelístico e de ensinar, nossa motivação principal para o serviço deve estar ligada ao nosso compromisso com Cristo e o amor que Ele procura derramar nos outros por meio do ministério da nossa igreja. Paulo nos lembra em 1 Coríntios 13 que, independentemente dos dons que recebemos de Deus, eles

serão inúteis se sua utilização não estiver enraizada no amor. Terceiro, parte da nossa responsabilidade de mordomos como membros do corpo de Cristo é cultivar uma paixão por descobrir e desenvolver o dom espiritual que recebemos. Devemos refletir, com oração, sobre o que mais ocupa nosso pensamento em relação ao ministério. Quais assuntos e necessidades são mais apaixonantes? Quando pensamos nesses assuntos ou necessidades em especial, como podemos utilizar nosso dom espiritual no ministério da nossa igreja? Alguns pastores oferecem uma lista de dons que ajuda a pessoa descobrir qual é o seu. Observando seu envolvimento na igreja os outros membros, que o conhecem melhor, podem sugerir o dom espiritual que você possui.


Dons E ministérios

espirituais

Deus concede a todos os membros de Sua Igreja, em todas as épocas, dons espirituais que cada membro deve empregar em amoroso ministério para o bem comum da Igreja e da humanidade. Sendo outorgados pela atuação do Espírito Santo, o qual distribui a cada membro como Lhe apraz, os dons proveem todas as aptidões e ministérios de que a Igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com as Escrituras, esses dons abrangem tais ministérios como a fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, reconciliação, compaixão, e serviço abnegado e caridade para ajuda e animação das pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela Igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos e de ensino especialmente necessários para habilitar os membros para o serviço, edificar a igreja com vistas à maturidade espiritual e promover a unidade da fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como fiéis despenseiros da multiforme graça de Deus, a Igreja é protegida contra a influência demolidora de falsas doutrinas, tem um crescimento que provém de Deus e é edificada na fé e no amor (Rm 12:4-8; 1Co 12:9-11 e 27 e 28; Ef 4:8, 11-16; At 6:1-7; 1Tm 3:1-13; 1Pe 4:10 e 11). – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, nº- 17

Tente lembrar suas experiências mais memoráveis no “ministério” em sua experiência cristã. O que mais o inspirou e animou? O que estava acontecendo em sua caminhada com Deus naquela época? O que estava acontecendo na igreja durante esse tempo? O resultado dessas reflexões o ajudarão a compreender melhor o que o motiva e em que tipo de ambiente você se encaixa melhor. Quarto, pastores e membros da equipe de liderança da igreja devem se concentrar em desenvolver um ministério planejado, que seja abrangente o suficiente para absorver e utilizar os dons espirituais dos membros da igreja. O plano deve levar em consideração a comunidade à qual a igreja é chamada a servir. Consulte sua comunidade para descobrir o que já está acontecendo. A liderança precisa descobrir as necessidades específicas do bairro de modo que a igreja atenda, faça a diferença, e ajude a refletir o método do ministério de Cristo. A famosa citação de Ellen White capta maravilhosamente o método do ministério de Cristo: “Unicamente o método de Cristo trará verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se

com os homens como Alguém que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’.” (Jo 21:19)*. Reparta seus dons

No início do seu ministério, o Pr. Frank participou de um seminário sobre os dons espirituais. Ele ficou tão entusiasmado com o conceito e o processo que assim que voltou para sua igreja, pregou uma série sobre os dons espirituais. Em seguida, pediu aos membros para preencher um formulário com uma lista dos dons espirituais. Ele deu sequência ao processo, formando pequenos grupos nos quais os membros podiam verificar e experimentar os dons que descobriram possuir. Os membros da igreja do Pr. Frank ficaram tão animados que foram procurá-lo para colocar em prática seus dons espirituais. Infelizmente, o pastor não tinha como utilizar aqueles dons porque não havia orientado os membros a desenvolver um plano contextualizado para o ministério na comunidade ao redor da igreja.

Conclusão

O compromisso com a Palavra de Deus, associado à descoberta de nosso dom espiritual especial, no contexto do ministério da nossa igreja, resulta em tal relacionamento com o Espírito Santo que nos protege das falsas doutrinas. Isso produzirá resultados de Deus em nós, e de nós usados por Deus para transformar o mundo por meio da nossa fé e amor. Permitirá que façamos parte de um esforço global, administrado pelo Espírito Santo, para preparar as pessoas ao nosso redor a fim de que sejam recebidas no reino de glória, na segunda vinda de Cristo. n * Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver (Casa Publicadora Brasileira), p. 143.

Gaspar F. Colón foi pastor, educador e administrador da Igreja Adventista do Sétimo Dia em muitas regiões do mundo. Atualmente é coordenador de integração na missão para a Adventist World. Março 2016 | Adventist World

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A rtigo de C apa

A nossa

parte

R

ecentemente, Ted Wilson, presidente da Associação Geral, resumiu o conceito de Envolvimento Total dos Membros em um post no Facebook. “A cada seguidor de Cristo é dada a responsabilidade individual de levar às pessoas a esperança que encontramos no breve retorno do Salvador.” De fato, esse é o cerne do projeto Envolvimento Total dos Membros: a ideia

F l e u r

D u k e

Fleur Duke

Austrália mbora eu não tivesse nenhum “ conhecimento das dificuldades enfrentadas pelas garotas da indústria do sexo, me senti chamada para levar o amor de Deus à minha região, na costa central de New South Wales”, disse Fleur Duke. “Senhor”, eu disse, “tenho pouca

E

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de que todos nós, não importando para o que fomos chamados, podemos fazer algo para levar Cristo ao mundo. Nosso esforço não precisa ser grande para ser efetivo, e com a ajuda de Deus, podemos ser Suas mãos e Seus pés no mundo. As histórias a seguir dão um vislumbre de como adventistas comuns, de várias partes do mundo, estão fazendo exatamente isso. –Os editores

experiência e quase nenhum preparo que me qualifique, mas desejo aceitar o Seu chamado. Usa-me.” O primeiro passo de Duke para se envolver nesse ministério foi se unir a pessoas que já estavam ministrando às prostitutas em Kings Cross, Sidney, New South Wales, Austrália. “Iniciamos o Ministério Raabe, em fevereiro de 2012, em parceria com o Raabe do Sul da Austrália (organização cristã não denominacional). A equipe de cerca de 30 pessoas se reúne e ora antes e durante nossas visitas”, disse Duke. “Uma vez ao mês cada prostíbulo é visitado por um grupo de duas ou três mulheres de nossa equipe. Explicamos que somos cristãs e que estamos ali para oferecer apoio por meio de oração, diálogo e para fazer amizade; oferecemos estudos bíblicos, aulas de inglês e deixa-

mos um cartão com nosso contato.” “Cada uma daquelas garotas poderia ser nossa irmã, filha, amiga, tia ou mãe”, ela acrescenta. Muitas delas falam da saudade que sentem do seu lar e família, na China ou na Tailândia. O Espírito de Deus fala por meio das barreiras do idioma e Seu amor alcança cada uma delas, em sua escuridão pessoal. Toda visita é culminada com um é culminado com um abraço e uma oração, mostrando a esses preciosos seres humanos que Deus não se esqueceu delas. “A princípio, pensava que nosso alvo era levar Deus para dentro desses lugares, mas logo descobri que Ele já estava lá. Minha parte nessa jornada é me encontrar com Ele na mulher que enfrenta lutas, assim como eu enfrento”, diz Duke. (Adaptada com permissão da South Pacific Union Record) I M A g e m :

C a l e b

G e o r g e

M o r r i s


S S D

A Família Navales Filipinas

H

á dois anos, Vicente, de três anos de idade, se tornou amigo de cinco crianças do seu bairro e os convidou a irem à sua casa. A mãe de Vicente, Aireen, não sabia o que fazer com as crianças, mas, incentivada pelo filho, ofereceu a comida que tinham, ensinou algumas canções e contou histórias para eles. Aireen percebeu como algumas crianças tratavam mal as outras crianças e concluiu que o ambiente da sua casa

não era o melhor. “Decidi impor algumas regras”, lembra ela. As regras eram simples: Todos deviam usar gentilmente as mãos e o tom de voz devia ser suave. “Por ser fácil seguir essas regras, as crianças obedeceram, o que fez uma grande diferença, pois conseguimos nos livrar dos agarramentos, gritos, todos os palavrões e outros comportamentos.” No domingo seguinte, Aireen e Vicente encontraram um grupo maior de crianças no portão de sua casa e concluíram que Deus estava dando à sua família uma oportunidade singular.

Do simples desejo do seu filhinho de oferecer às crianças menos privilegiadas um lugar seguro, nasceu o Brincar, Aprender e Servir (BAS). Após um mês, o grupo já não cabia na sala de estar da família. Rey, o pai de Vicente, transformou a sala de exposição de luzes e som de sua propriedade, em uma sala de aula. Uma reunião típica do BAS aos domingos consiste de cânticos, discussão sobre o tema da semana, oração, uma lição sobre princípios, atividade artística e um lanche. Com o tempo, o BAS construiu uma reputação e tem atraído escolas e organizações sem fins lucrativos cujos líderes desejam aprender como usar o programa em seu território. Devido ao aumento do número de crianças, a família teve de registrar seu programa como ONG. Embora não saibam como Deus continuará a expandir seu envolvimento no futuro, a família Navales confia que assim como Ele agiu através do sonho de uma criança, capacitará muitas crianças onde estão a sonhar também. (Adaptado do original escrito por Gay Deles)

Paolo Giametta Itália

T

udo começou em 2008, em uma classe da Escola Sabatina, em Bérgamo, Itália. Um jovem ancião chamado Paolo Giametta tinha o sonho de iniciar um grupo familiar, e apresentou uma lista de pessoas do município de Merate, por quem orar. Poucas semanas depois, Judite, uma jovem de Merate, decidiu abrir sua casa para que o grupo familiar estudasse a Bíblia. O número de pessoas para o estudo bíblico aumentava semana após semana. Logo, foi formado um segundo grupo familiar próximo a Olgiate. Judite foi batizada em 2012. No ano seguinte, o grupo começou a realizar cultos aos sábados, na casa dela e, em 2013, o grupo foi oficialmente organizado. Todos os sábados de manhã, antes do início do programa às 9 horas, os membros da igreja e visitas tomam o café da

EU D

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A rtigo de C apa manhã juntos. O culto é seguido por almoço coletivo, para o qual são convidados amigos da comunidade. Aos domingos, o grupo, muitas vezes de até 80 pessoas, faz caminhadas e piqueniques juntos. Essa tem se provado ser uma grande oportunidade de fazer novos amigos. Seis membros da igreja que frequentam o grupo instruem as pessoas no estudo bíblico, e esse já é resultado do evangelismo pessoa-a-pessoa. Recentemente, devido à chegada dos refugiados

da Síria, os membros da igreja têm ajudado as autoridades locais cuidando de cerca de 40 refugiados. Mas Giametta não parou por ai. Ele se tornou amigo de um colega de trabalho chamado Savino, e começaram a estudar a Bíblia juntos, após o trabalho. Como resultado, Savino decidiu se tornar adventista. Dois meses antes do batismo, ele começou a estudar a Bíblia com um amigo que conheceu na academia. Agora, Savino também lidera

Novo Jacó

S t . C r o i x , I l h a s V i r g e n s , EU A

O

Jacó de nossos dias foi batizado como resultado de uma campanha “ao ar livre”. Desde então ele tem sido impulsionado pela sede de compartilhar o amor de Deus. Começando com seus pais, Jacó convidou sua família para assistir uma campanha evangelística no seu bairro. Como resultado, seu padrasto e irmã foram batizados. “Aquele foi um momento ma-

ravilhoso, uma grande experiência. Senti muita alegria ao reconhecer que eu tinha sido usado por Deus”, Jacó se lembra. Logo ele se uniu ao grupo de oração de sua igreja e por três décadas, viu Deus abrir as portas de oportunidade para alcançar a outros. Passou a também fazer parte do grupo de visitação ao hospital, para animar os doentes.

I A D

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um grupo familiar durante a semana. Ele também tem uma lista de pessoas por quem está orando, inclusive sua esposa e filho. Como um efeito dominó, pessoas têm sido ganhas para Cristo nessa comunidade italiana, tudo porque Giametta, um jovem ancião com um desejo ardente em seu coração de plantar uma igreja, resolveu agir na direção do sonho. (Adaptado do original escrito por Paolo Benini)

“Sou como qualquer cristão que gosta de fazer a vontade de Deus”, disse ele. Sentindo a necessidade de realizar mais, Jacó se uniu ao ministério da prisão da sua igreja. “Através do ministério da prisão, sirvo aqueles que muitas vezes são esquecidos pela sociedade”, refletiu. No início, Jacó fazia trabalho missionário em quatro dias da semana, enquanto ainda administrava o seu negócio. Mas sentiu que Deus queria mais dele. “Fiquei muito feliz quando recebi o convite para me associar ao Share Him International e não hesitei”, disse ele. Esse ministério é afiliado à Divisão Norte Americana e seus membros viajam internacionalmente para compartilhar a mensagem de vida em Jesus. Jacó continua envolvido com os ministérios da igreja e serve como ancião ordenado. Ele se sacrifica para viajar todos os anos para compartilhar esperança, usando seus próprios recursos. Com mais de 300 pessoas batizadas por meio dos seus esforços, muitas vezes Jacó coloca seu negócio e vida em risco para suprir as necessidades das pessoas. Em um tempo onde as pessoas estão absortas com sua própria vida, ele reflete o amor de Cristo ao redor do mundo. “Incentivo qualquer pessoa que vai fazer alguma escolha, a escolher ficar do lado do Senhor. Servir a Deus é tão compensador; altera completamente a direção da sua vida.” (Adaptado do original escrito por Royston Philbert)


C i n d y T u tsc h

Cindy Tutsch

E s ta d o s U n i d o s

Q

uando me aposentei, meu desejo era ‘esquentar o banco’ na igreja”, diz Cindy Tutsch, ex-diretora associada do Patrimônio Literário Ellen G. White. “Agora, dois anos e meio após me aposentar, definitivamente fico feliz de viajar um pouco e brincar com meus netos. Mas, para minha surpresa, também me alegro muito por poder participar na vida de nossa igreja local!” A princípio Tutsch foi convidada a

cuidar da Escola Sabatina dos jovens. “Sempre gostei de conhecer os jovens de nossa igreja”, diz ela. Temos recebido os jovens em nossa casa para festas ou reuniões de planejamento. Um casal de adolescentes vem à nossa casa para estudar a Bíblica, semanalmente.” Logo depois, Tutsch foi nomeada anciã. “Já pastoreei duas igrejas, e sei que um ‘bom’ ancião (ã) faz muito mais que dirigir a plataforma. Finalmente, Deus me convenceu a aceitar”, lembra ela. Recentemente, Tutsch estava dirigindo seu carro em direção a um centro de aposentados para dar estudos bíblicos para vários idosos. “Reclamei com Deus sobre esse compromisso, em particular”, disse ela. “Deus”, protestou, “realmente não quero mais fazer isso.” Quase

imediatamente Deus colocou um texto em seu coração. “Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25:40). “Naquele momento, Deus realizou um transplante de coração em mim em relação àqueles preciosos idosos. Agora, quando vou lá para ensiná-los, vejo Jesus. E, cada semana, quando me abraçam e me dizem quão felizes estão por eu ter ido para orar e cantar com eles, posso afirmar sinceramente: Estou feliz, também!” diz ela. Tutsch sabe que não pode suprir todas as necessidades de sua comunidade, mas pode fazer alguma coisa. “Pela graça de Deus, quando Ele me pedir para servir, quero continuar dizendo: ‘Eis me aqui Senhor, envia-me!’”

Matilda Radge Malásia

O

fato de trabalhar para a indústria do entretenimento me ajudou a espalhar o evangelho”, diz Matilda Radge. “Minha primeira prioridade na vida é falar do evangelho, a segunda é a música.” Como produtora musical e compositora, Radge compõe músicas que falam de amor pelos outros, pela natureza, e do amor na sua forma mais pura. “Quando os clientes vêm a nós”, acrescenta, “confiam, pois sabem que tememos a Deus. Sabem que vamos dar a eles mais do que pediram. Tiramos o melhor do seu potencial vocal. Nossa integridade é nosso testemunho sobre o Deus a quem adoramos, e nos esforçamos para que percebam isso em nosso caráter e ética profissional.” A Malásia é um país muçulmano, mas devido aos nossos princípios, os funcionários da rádio, clientes e até nossos fãs/ouvintes que nos seguem nas mídias sociais, sabem sobre o sábado”, diz Radge. “Quando meu esposo e eu demos uma entrevista para uma rádio importante no dia dos namorados,

M at i l da

Radg e

usamos a oportunidade para falar dos princípios bíblicos que praticamos em nosso casamento. Todas as vezes em que somos convidados para entrevistas no rádio ou TV, damos o crédito a Deus e falamos sobre os princípios que seguimos em nossas produções musicais.” “Temos fãs e ouvintes que nos seguem nas mídias sociais e querem saber mais sobre nós”, acrescenta Radge. “Uso essa oportunidade para falar do evangelho. Posto declarações e testemunhos que glorificam a Deus. Muitos dos que comentam e clicam “like” nas minhas postagens, não são cristãos. Mas

quando passam por momentos difíceis, me enviam mensagem e pedem que eu ore por eles.” Antes de começar a produzir um novo projeto, Radge ora para que Deus os ajude a compor e produzir canções que glorifiquem a Deus. “Pedimos a Ele que abençoe nosso trabalho. Do início ao fim, nós oramos, oramos, oramos. Concluímos a produção com uma oração de dedicação. Como resultado, geralmente temos uma música de sucesso! Deixamos bem claro aos nossos clientes que o sucesso da canção pertence a Deus.” n

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E S P Í R I T O

D E

E

m sentido especial, os adventistas do sétimo dia foram postos no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incidiu a maravilhosa luz da Palavra de Deus. Foram incumbidos de uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Eles não devem permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção.1

Doe a si mesmo

Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir a terras missionárias estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos. Há muitas maneiras pelas quais os membros da igreja podem dar a mensagem aos que estão ao seu redor. Uma das maneiras mais bem-sucedidas é o viver cristão prestativo, altruísta. Os que estão travando a batalha da vida com grandes desvantagens podem ser refrigerados e fortalecidos por pequeninas atenções que nada custam. Palavras bondosas, proferidas com simplicidade, pequenas atenções dispensadas sem ostentação, hão de afugentar as nuvens da tentação e dúvida que se adensam por sobre a pessoa. A verdadeira e sincera expressão de simpatia cristã transmitida com simplicidade tem poder para abrir a porta de corações que necessitam do simples e delicado toque do Espírito de Cristo.2 Irmãos e irmãs, dediquem-se ao Senhor para o serviço. Não permitam que passe nenhuma oportunidade sem que seja aproveitada. Visitem os doentes e sofredores, e manifestem-lhes bondoso interesse. Se possível, façam alguma coisa para os cercar de mais conforto. Poderão assim conquistar-lhes o coração, e dizer uma palavra em favor de Cristo.

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P R O F E C I A

Invista na eternidade

Somente a eternidade poderá revelar todo o alcance dessa atividade. Outros ramos de utilidade se abrirão perante os que estão dispostos a cumprir o dever que lhes fica mais perto. O mais importante agora não são os versados e eloquentes oradores, mas os humildes homens e mulheres cristãos, que tenham aprendido de Jesus de Nazaré a ser mansos e amoráveis, os quais, confiantes em Sua força, saiam pelos caminhos e atalhos para convidar: “Vinde, que já tudo está preparado” (Lucas 14:17).3 Há trabalho diligente a ser executado por todos […] São tantos os que precisam ser auxiliados! O coração de quem vive, não para agradar a si mesmo, mas para ser uma bênção aos que de tão poucas bênçãos desfrutam, vibrará de satisfação. Desperte-se todo ocioso, e enfrente as realidades da vida!

Tome a Palavra de Deus e pesquise suas páginas. Para quem é praticante da Palavra, a vida será na verdade uma realidade viva e verá que a recompensa é abundante. O Senhor tem em Seu grande plano um lugar para cada um. Ele não concede talentos que não sejam necessários. Ainda que o talento seja pequeno, Deus tem para ele um emprego, e se o usarmos com fidelidade, executará exatamente a obra para a qual o Senhor o destinou.4 Os membros da igreja devem fazer resplandecer a luz, fazer ouvir as vozes em humildes súplicas, em testemunho contra a intemperança, a loucura e os divertimentos deste mundo, e também na proclamação da verdade para este tempo. A voz, a influência e o tempo – tudo isso são dons de Deus, e devem ser usados para salvar pessoas para Cristo.

Seu

Ellen G. White

vızınho está

esperando


Z af e r

A l i

Visite seus vizinhos e demonstre interesse pela salvação deles. Coloque em ação toda a sua energia espiritual. Diga àqueles a quem estiver visitando que se acha próximo às portas, o fim de todas as coisas. O Senhor Jesus Cristo abrirá a porta do coração deles, causando uma impressão duradoura […] Diga-lhes como encontrou Jesus, e como você foi abençoado desde que se colocou a Seu serviço. Conte-lhes sobre a felicidade de sentar-se aos pés de Jesus e aprender preciosas lições de Sua Palavra. Fale a eles da alegria, da satisfação que existe na vida cristã. Que suas palavras sejam calorosas, cheias de fervor, para que possam convencê-los de que você encontrou a pérola de

grande preço. Suas palavras alegres e animadoras devem demonstrar que foi achada com certeza a estrada melhor.5 Muitos há, que podem e devem fazer a obra de que falei. Meu irmão, minha irmã, o que estão fazendo por Cristo? Estão procurando ser uma bênção para outros? Estão seus lábios pronunciando palavras de bondade, simpatia e amor? Estão empregando esforços sinceros para ganhar outros para o Salvador?6

devem ser atraídos mediante o trabalho pessoal. É necessário relacionar-se com eles. As pregações não farão o trabalho que necessita ser feito. Anjos de Deus os acompanharão às moradas daqueles a quem vocês forem visitar. Essa obra não pode ser feita por procuração. O dinheiro emprestado ou dado não a realiza. Sermões não a concluem. Visitando o povo, falando, orando e simpatizando com ele, vocês estarão conquistando corações. Esse é o mais elevado trabalho missionário que pode ser feito. Para isso, é preciso uma fé resoluta e perseverante, paciência inesgotável e um profundo amor pelas pessoas. Procurem acesso às pessoas em cuja vizinhança vocês vivem. Ao lhes apresentar a verdade, utilizem palavras de simpatia cristã. Lembrem-se de que o Senhor Jesus é o Obreiro-Mestre por excelência. Ele rega a semente semeada. Põe em sua mente palavras que toquem os corações. Creiam que Deus susterá o obreiro consagrado e abnegado. Obediência, fé simples, confiança em Deus – tais atitudes trarão paz e alegria. Trabalhem desinteressada, afetuosa e pacientemente por todos com quem entrarem em contato. Não manifestem impaciência. Não profiram nenhuma palavra indelicada. Que o amor de Cristo habite em seu coração, e a lei da bondade em seus lábios.7 Os anjos celestiais têm esperado longamente que os agentes humanos – os membros da igreja – com eles cooperem na grande obra a ser feita. Eles continuam esperando por nós.8 n 1 Testemunhos 2 Ibid.,

para Igreja, v. 9, p. 19

p. 30

3 Ibid., p. 36 4 Ibid., p. 37 5 Ibid., p. 38 6 Ibid., p. 39 7 Ibid., p. 41

Consagração Total

Consagrem-se inteiramente à obra de Deus. Ele é sua força, e estará à sua mão direita, ajudando-os a levar avante Seus misericordiosos desígnios. Os que estão ao seu redor

8 Ibid., p. 46

Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

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V ida

A dventista

Merle Poirier

Pensamento A

nvert do i i

história de Balaão (Números 23, 24) pode parecer estranha para começar um artigo sobre Envolvimento Total dos Membros. Ela é lembrada especialmente porque a jumenta falou, mas uma leitura atenta revela mais coisas. Balaque, rei de Moabe, tinha um problema. Ele ofereceu riquezas a Balaão se este concordasse em amaldiçoar os israelitas. Balaão aceitou, advertindo que diria somente o que Deus dissesse a ele. Se formos rapidamente ao fim da história, vemos que Balaão não amaldiçoou a nação, ao contrário, proferiu três bênçãos. Irritado, o rei se recusou a pagar por seus serviços. Antes de partir, Balaão proferiu uma predição a mais – e essa era gratuita. “Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel [...]” (Nm 24:17, NVI).

Aprendendo o porquê

Recentemente, o promotor Simon Sinek desenvolveu três palavras no conceito de marketing: O quê, Como, Porquê. Ele as colocou dentro do “Círculo Dourado”, onde o círculo do centro é “porquê”, o do meio é “como”, e o círculo exterior é “o quê”. Esses três círculos, começando pelo exterior até o círculo mais interno, representam a teoria de Sinek sobre o modo pelo qual as pessoas pensam. Primeiro, elas perguntam “O quê?” em seguida: “Como?” e finalmente “Por quê?” Na opinião de Sinek os líderes ou organizações inspirados pensam,

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agem e se comunicam diferentemente – ou seja, de dentro para fora. Os líderes de sucesso começam no “Por quê”. Veja Balaão e Balaque mais uma vez. Juntos eles olham para o “o quê”, desenvolvem o “como”, mas nunca raciocinam o “porquê”. O que eles queriam era livrar sua terra dos israelitas. Como fazer isso, seria amaldiçoando-os. Mas nenhuma vez eles falam no “porquê” de os israelitas estarem ali. Após a frustração de Balaque e a ambivalência de Balaão, Deus deu uma última profecia a Balaão, e nela é revelado o porquê: Eu os amo. Quero passar a eternidade com eles. Eu tenho um plano. Esse conceito aplicado a Deus se transforma em uma experiência reveladora. Ao longo das Escrituras, da perspectiva humana, Deus comunica inversamente. Pense em Jesus e Seus discípulos. Durante a maior parte do Seu ministério, os discípulos estavam coçando a cabeça. Eles faziam uma pergunta (o quê ou como) e Ele respondia (porquê). Nicodemos perguntou a Jesus o que e como, e Jesus respondeu porquê (Jo 3:16). A mulher no poço perguntou o que, Jesus repondeu porquê (Jo 4:26). No caminho para Emaús Jesus revelou o “porquê” através das Escrituras – Eu criei você. Eu amo você. Quero ficar com você para sempre. O “como” é respondido pelo fato de Deus ter enviado Seu Filho para morrer por você. O “como” se torna fácil – vivendo eternamente com Ele. Empolgados, os discípulos correram de volta para Jerusalém. Quando o “porquê” é com-

preendido, perspectivas e corações são transformados. O pensamento invertido transforma o mundo. O porquê pode mudar tudo

As igrejas podem ser culpadas por pensar mais no “o quê” do que no “porquê”. Dizemos aos outros o que somos, e descrevemos como trabalhamos, mas muitas vezes não comunicamos “porquê”. Isso soa familiar? “Você deve conhecer Jesus como seu salvador” (o quê). “Para conhecê-Lo, precisa [frequentar a igreja, se tornar vegetariano, modificar seu estilo de vida, ler mais sua Bíblia...] (como). A conclusão é “isso vai melhorar sua vida” (o quê). Muitos vão aceitar, mas muitos não. Isso não inspira. E se a ordem for invertida? “Creio que Jesus é meu Criador, Salvador e melhor amigo” (porquê). Creio que Jesus voltará em breve, Ele está construindo um lar para mim para que eu viva para sempre com Ele, e me concede bênçãos abundantes, por que me ama” (como). “Você não gostaria de conhecê-Lo? (o quê). Isso não sugere que o outro método é incorreto, mas necessariamente não leva a um diálogo de coração aberto. A comunicação invertida comunica paixão, amor, misericórdia e graça – e as pessoas respondem. Quando a Bíblia é lida com o pensamento invertido, muda tudo o que pode


Porquê Como

O que

ter sido pensado sobre Deus. Encontramos o “porquê” de Deus do Gênesis ao Apocalipse. A mensagem é que Ele salva você porque o ama. Ao perceber isso, você vai na direção dos outros e é inspirado a mudar o mundo. Envolvimento Total dos Membros

O Envolvimento Total dos Membros tem que ver com evangelismo. É contar com entusiasmo sobre Jesus aos outros. Isso deveria ser fácil, mas não é principalmente por que estamos presos aos nossos pensamentos. Quando compreendemos o “porquê” de Jesus, as coisas acontecem. Quando compreendemos o “porquê” do sábado, o dia se torna incrivelmente maravilhoso. Quando compreendemos o “porquê” da adoração, queremos estar com nossos irmãos. Em Maryland, EUA, uma igreja foi transformada pelo pensamento do “porquê”. As pessoas de fora consideravam essa igreja grande e antipática. Os membros achavam que isso não era um problema deles, mas dos outros. De tempos em tempos os pastores tentavam resolver o problema, mas nada progredia, pois os membros eram indiferentes. Porém, certo dia, algo mudou I M A g e m :

P IX A B A Y / G e r d

A l tma n n

tudo – o pensamento invertido. Durante a comissão de nomeação, colocaram doze pessoas em uma sala com o desafio de criar um plano para obter um ambiente mais amigável. O líder repetidamente falou sobre descobrirem o “porquê” da hospitalidade. O grupo continuou a responder: O que é hospitalidade? Como fazer isso? Mas o líder continuava estimulando o pensamento “porquê” – “Por que ser amigável. Por que estamos aqui.” Três semanas depois, compreenderam, e ficaram muito entusiasmados naquele dia. Doze membros mudaram a igreja. Em menos de três meses, essas doze pessoas, com o apoio do pastor, tinham recrutado trezentos membros para participar em um novo programa chamado H.I.S. equipe (Sua equipe, em inglês, de Help, Inform e Support). Os membros da HIS ajudam, informam e apoiam sua igreja e uns aos outros porque Jesus os ama. Fazem isso de maneira criativa, variada, incorporando os dons de cada pessoa, no momento em que ela entra na igreja (como). E o “o que”? Ex.: membros afastados estão retornando, uma série evangelística resultou em batismos, jovens e adultos estão falando de sua igreja para seus

amigos, e pastores de outras congregações estão perguntando como podem fazer a mesma coisa em sua igreja. O sucesso vem da maneira de pensar de Jesus, isto é, inversa. Uma igreja em Massagno, Suíça, teve a mesma experiência. Estava resumida a seis membros. Havia falta de visão, de liderança e de crescimento. Em maio de 2010, um dos membros mais jovens decidiu, com a ajuda de Deus, assumir a liderança. Embora não tivesse nenhuma experiência como pastor, estudou os princípios de administração de empresas com muita oração, e decidiu aplicá-los ao crescimento da igreja. O jovem pastor colocou o bem-estar das pessoas acima dos programas. Delegou responsabilidades aos membros, de acordo com seus dons. Melhorou a comunicação com eles e ofereceu-lhes estímulo espiritual. As manhãs de sábado foram transformadas quando começaram a receber cada pessoa com boas-vindas genuínas. Em três anos, o grupo cresceu de cinco para quarenta membros frequentes, de todas as idades, e houve nove batismos. Em março de 2015, o pequeno grupo foi oficialmente transformado em igreja. Certamente o Senhor abençoou essas igrejas. Seus membros transformaram seu modo de pensar de “o que” e “como” para identificar o “por que” e desenvolveram o “como”. Ambas foram tão bem-sucedidas que não precisaram definir o “o que” – as pessoas foram incentivadas e tão inspiradas que se uniram e se comprometeram. Envolvimento Total dos Membros é usar os dons que recebemos de Jesus. Entretanto, é mais do que isso. É identificar o “porquê” de nosso cristianismo. Quando fazemos isso, transformamos não somente nós mesmos, mas o mundo também! n

Merle Poirier é

gerente de operações da Adventist World.

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T estemunho

Halsey Peat

Meu negócio é ganhar pessoas para

Cristo

Conheça um agente de viagens para o “Céu”

C

arl Chin continua tentando convencer as pessoas de que não é pastor. Mas, seu amor e dedicação pelo evangelho desafia suas palavras.

O comprometimento de Chin

Chin fica desapontado quando o comparam constantemente a um pastor. Diz ele: “Estou fazendo simplesmente o que todo membro leigo deve fazer. O evangelismo não é uma tarefa somente para os ministros remunerados. Como igreja, cremos no sacerdócio de todos os membros, portanto, todos devemos sair e falar aos outros de como Deus tem sido bom para nós.” Chin é plenamente convicto de que deve falar de Jesus há 40 anos, desde quando começou a aprender sobre a salvação. “Essa é uma notícia muito boa pra eu guardar só para mim”, disse a si mesmo, e pediu ao seu pastor, Rick Bacchus, permissão para acompanhá-lo nos estudos bíblicos. Logo, Chin estava ministrando estudos bíblicos e perguntando aos visitantes de sua igreja se eles aceitavam estudar a Bíblia. Ele se lembra: “Uma dessas visitas era prostituta, e Cindy, minha esposa, e eu trabalhamos com ela. Imagine nossa alegria quando assistimos ao seu batismo! No processo, ela nos apresentou várias das suas ex-colegas de trabalho e, por quase dois anos, ministrei estudos bíblicos para um grupo de prostitutas. Vi várias vidas sendo transformadas, e sabia que aquele era apenas o princípio. Ninguém é tão pecador que Deus não o possa salvar.” Internacional no Canadá

Na sua igreja atual, a Willowdale Adventist Church, na cidade canadense de Toronto, Chin ajuda irmãos cambojanos a transformar seus pequenos grupos em igrejas estabelecidas e com pastor. Após 20 anos, sua congregação não permite que ele os deixe. Regularmente, ele assiste a dois cultos no sábado, o da sua igreja e, às três horas da tarde, no grupo dos cambojanos. Ele dirige um estudo bíblico regular, por meio de intérprete, e muitas vezes também prega. “Meu tempo com o grupo é precioso”, diz ele. “Eles dizem que estou ajudando, mas quando ouço as lutas de quando estavam no Camboja, sob um ditador despótico, penso que

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Grupo Cambojano que Chin ajudou a formar.

sou eu quem está sendo abençoado.” O grupo ganha, pelo menos, três novos conversos, todos os anos. Chin também tem um relacionamento muito próximo com a Igreja Adventista do Sétimo Dia Chinesa, iniciada há trinta anos. Dez pessoas se reuniram em uma das salas de aulas da Academia Adventista Crawford, ao lado da igreja frequentada por Chin. Ele as visitava todas as semanas, até que construíram sua própria igreja. Todos os anos Chin é o orador convidado para o culto do ano-novo chinês, e apresentado como um dos que os ajudaram a ser o que são hoje. Parece que Chin está perpetuamente envolvido com projetos evangelísticos para Jesus. Com as duas igrejas, Cambojana e Chinesa, firmemente estabelecidas e crescendo, ele voltou a dinamizar a vida missionária de sua igreja. Seu pastor abraçou sua ideia, e, em poucas semanas, Chin foi nomeado responsável pela comissão de plantio de igreja. “Logo descobrimos o núcleo de um pequeno grupo procurando uma igreja que os apoiasse”, explica Chin, “e não muito tempo depois de começarmos a trabalhar com eles,


O grupo cambojano aprecia almoçar juntos – Chin fotografado em primeiro plano.

se tornaram oficialmente uma igreja.” Essa foi a primeira congregação Adventista Sul Asiática, em Ontário. O Pr. Rick Bacchus, quem deu o primeiro estudo bíblico a Chin, muitos anos atrás, trabalhou bem de perto com o grupo e, mesmo depois de aposentado, continua a ajudá-los. Um a um

Diariamente, Chin ora para que Deus continue a usá-lo. Deus lhe respondeu enviando Susan, do continente chinês, recém imigrada no Canadá, e que estava orando por sua primeira visita a uma igreja cristã, qualquer que fosse. Chin conta sua história: “Como de costume, sempre que vejo um rosto desconhecido, cheguei perto dela para dar-lhe as boas-vindas e me apresentei. Seu inglês era muito básico, mas ela me entendeu e logo fiquei sabendo que era sua primeira visita a uma igreja cristã. Perguntei-lhe queria estudar a Bíblia com minha esposa e eu. Ela ficou muito feliz e aceitou que a visitássemos. “Nossa primeira visita foi um grande desafio, pois nunca tínhamos encontrado alguém que não tinha absolutamente nenhum conhecimento da Bíblia. Tivemos que mudar nosso método costumeiro de estudos bíblicos. Na terceira visita, sugeri que ela aprendesse a sequência de livros da Bíblia. Isso daria a ela alguma familiaridade com as Escrituras. Sugeri que tentasse aprender três livros de cada vez. “Na visita seguinte, Susan foi capaz de recitar a sequência de Gênesis aos Salmos, sem nenhum erro. Pouco tempo depois ela já recitava os sessenta e seis livros da Bíblia, na sequência correta, e demonstrava uma fome voraz de compreender a mensagem da Palavra de Deus. Susan leu o Desejado de Todas as Nações em duas semanas. Demos a ela toda a série O Conflito, leitura que ela completou em três ou quatro meses. Assim que terminou os estudos bíblicos, declarou que desejava ser batizada, mas F otos :

C o r t e s i a

do

A u to r

estava hesitante. Logo soubemos que sua irmã, na China, estava questionando sua jornada no cristianismo e, especialmente, no adventismo. Ela estava contando à irmã tudo que ensinamos a ela sobre Jesus. Continuamos orando por ela. Susan também estava muito preocupada com outra irmã que tinha sido diagnosticada com câncer. Oramos fervorosamente pela irmã doente e a estimulados a fazer o mesmo. Quando chegaram notícias da China de que sua irmã estava se recuperando, Susan atribuiu o restabelecimento ao poder de Deus e, com entusiasmo, também contou à sua irmã cética. Essa irmã se tornou mais receptiva, e pouco depois, começou a frequentar a igreja, na China. “Ficamos muito felizes no dia do batismo de Susan em nossa igreja. Ela se tornou parte da nossa família.” Hoje, refletindo sobre o impacto de longo alcance do seu trabalho com a Susan, Chin é pronto em dizer: “Concluí que, se nos permitimos ver como o Espírito de Deus fará a obra por nosso intermédio, veremos o resultado dos nossos esforços. Mesmo sabendo disso e vendo o que Deus tem feito, Ele ainda me surpreende com pessoas como Susan!” A ética do testemunho de Chin

Para aqueles que insistem que a religião deve ser algo particular, Chin adverte que a Igreja Adventista não pode cair nesse engano. Na religião não há nada de particular. A vida de Jesus foi ir aonde as pessoas estavam, e devemos viver como Ele viveu. Precisamos demonstrar amor aos outros na situação ou circunstância em que se encontram, não apenas orando por eles, no conforto do nosso lar. “À medida que nos relacionamos com as pessoas, podemos falar-lhes sobre o amor de Jesus e convidá-las a conhecê-Lo”, diz ele. Chin é proprietário de uma agência de viagens e tem o compromisso de testemunhar para Cristo tanto quanto possível. Ele vive o princípio missionário: “No meu trabalho sou agente de viagem, mas meu negócio é ganhar pessoas para Cristo!” n

Halsey Peat é diretor de comunicação da

Associação de Ontário da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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R E S P O S T A S

Quem é o Elias mencionado em Malaquias 4:5?

A

P E R G U N T A S

Elias na Profecia

Ao procurar responder a sua pergunta, vou comentar o contexto da passagem, examinar como é interpretada nos Evangelhos quando se refere a Cristo, e discutir como deverá ser cumprida no tempo do fim. 1. Considerações contextuais: Malaquias 4 começa com um anúncio do julgamento divino e seu efeito no destino dos ímpios (exterminação total) e daqueles que reverenciam/temem o Senhor (vitória, salvação e alegria [versos 1-31]). Em seguida está a recomendação para que “lembrem [i.e., guarde] a lei” dada por Deus a Israel no Sinai (verso 4). A vinda de Elias é anunciada nesse contexto (verso 5): Ele virá “antes do grande e temível dia do Senhor” (verso 5; cf. versos 1-3; Joel 2:31). A missão do profeta será fazer com que “os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais” (verso 6). É possível fazer uma leitura literal desse texto, mas o contexto sugere a necessidade de uma nova geração ser de tal maneira fiel à lei e à aliança com Deus como foram fiéis seus antepassados. Em outras palavras, Elias devia preparar o povo de Deus para a vinda do Senhor, apelando para que retorne ao fervor dos seus pais. 2. Interpretação Cristológica: A história humana foi interrompida pela força do reino de Deus, na pessoa e ministério de Jesus. Ele era o Messias. Os judeus argumentavam que Ele não podia ser o Messias porque Elias ainda não tinha vindo (Mt 17:10). Confirmando Sua messianidade, Jesus respondeu que Elias já tinha vindo no ministério de João Batista (versos 11-13). João negou ser a encarnação de Elias (Jo 1:21), embora tenha vindo “cheio do Espírito Santo”(Lc 1:15) e foi “adiante do Senhor, no espírito e no poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos” (verso 17). Por meio do seu ministério, João traria “de volta [...] ao Senhor” muitos dos filhos de Israel (verso 16, NVI) para deixar um povo preparado para o Senhor” (verso 17). Sua tarefa profética era “preparar o caminho para o Senhor” (Mt 3:3).

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B Í B L I C A S

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3. Interpretação do tempo do fim: O cumprimento parcial da profecia de Malaquias no ministério de João Batista será finalmente cumprida antes da vinda de Cristo. Um breve olhar sobre o livro de Apocalipse indica, primeiro, para a vinda do falso Elias que fará “cair fogo do céu” (Ap 13:13; cf. 1Rs 18:36-38) para reunir os reis da terra “para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso” (Ap 16:14). Segundo, esse falso Elias não é um indivíduo, mas um movimento apóstata que declara ter o espírito de Elias, quando, na realidade, realiza milagres enganadores sob o poder de espíritos demoníacos (Ap 16:13, 14). Terceiro, a obra do falso Elias indica a missão do verdadeiro Elias no tempo do fim, como resumido nas três mensagens angélicas (Ap 14:6-12). Elas são referentes a um movimento levantado por Deus para convidar Seu povo a sair de Babilônia (Ap 18:4). Esse movimento é chamado de remanescente do tempo do fim (Ap 12:17); eles são os “fiéis seguidores” do Cordeiro (Ap 17:14, NVI). Quarto, sua mensagem, concordando com Malaquias, anuncia o julgamento de Deus que trará salvação, por meio do evangelho eterno, àqueles que “temem a Deus” (Ap 14:7), e destruição para os ímpios (versos 10 e 11). Aqueles que temem o Senhor obedecem/guardam os mandamentos de Deus (verso 12). Eles restauram a fé dos seus pais apostólicos como declarado no Novo Testamento, chamando o povo de Deus a retornar para Ele. Quinto, como Elias e João Batista, eles são cheios do poder do Espírito. Eles ouvem o que o Espírito diz à igreja (Ap 3:14-22) e, capacitados pelo anjo de Apocalipse 18:1, vão iluminar a Terra com a glória de Deus em uma última tentativa de preparar o mundo para o retorno do Senhor. Eles recebem o derramamento do Espírito Santo, anunciado em Joel 2:28, 29, e isso acontecerá “antes que venha o grande e temível dia do Senhor”(Jl 2:31, NVI). A obra de Elias deve ser a nossa obra. n

Angel Manuel Rodríguez se aposentou após servir como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral.


E studo

B íblico

Mark A. Finley

oisés: M Vida de confiança N

este mês, continuaremos nosso estudo sobre a vida de Moisés. No estudo anterior, estudamos como Moisés se relacionava com Deus, como seu melhor amigo. Nesta lição vamos explorar o compromisso de Moisés de confiar em Deus em meio aos desafios e dificuldades da vida. Descobriremos um Deus que honra as escolhas positivas de Seu povo e glorifica Seu nome realizando milagres por aqueles que nEle confiam. Talvez esses milagres nem sempre aconteçam de forma espetacular e sobrenatural (embora sim, às vezes), mas Deus sempre nos supre com o milagre da Sua graça divina, para nos fortalecer quando enfrentarmos nossos desafios.

1 Que escolha Moisés fez na corte do Egito, que mudou sua vida? Leia Hebreus 11:24-27 e descreva o que Moisés escolheu fazer e o que escolheu não fazer. Moisés preferiu ser “maltratado com o povo de Deus” a desfrutar dos prazeres e riqueza do Egito. Pela fé, ele assimilou a realidade divina de que, à luz da eternidade, esta vida tem pouco a oferecer. Os prazeres passageiros desta Terra perdem o significado quando comparados aos tesouros eternos de Cristo.

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Como Deus recompensou a fidelidade de Moisés? Que promessa maravilhosa Deus fez a Moisés e aos filhos de Israel? Descubra a resposta em Êxodo 6:5-7. A confiança que Moisés teve em Deus abriu a porta para que Ele realizasse milagres incomuns para os filhos de Israel. Os maiores milagres realizados por Deus são reservados para Seus amigos, os que confiam explicitamente nEle.

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Que tipo de crise o povo de Israel enfrentou diante do mar Vermelho? Que conselho Israel recebeu de Deus, que revelou como Moisés confiava no Senhor? Leia Êxodo 14:13, 14.

I M A g e m :

M ood y

P u b l i s h e r s

f r e e b i b l e i mag e s . o r g

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Como Israel respondeu ao livramento miraculoso no mar Vermelho? Compare o cântico de Moisés em Êxodo 15:1, 2 com Apocalipse 15:3, 4. Qual é a lição espiritual contida nesses dois cânticos? Quando os israelitas passaram pelo mar Vermelho, e os egípcios, seus opressores, pereceram na água, o povo de Deus irrompeu em alegria, cantando um cântico de livramento. Seu cântico vitorioso de louvor ecoou em todo o acampamento. Um dia, no tempo do fim, quando o povo de Deus estiver se alegrando diante do mar de vidro, nós também cantaremos um cântico de louvor e vitória. O cântico de Moisés, o cântico de livramento pela mão poderosa de Deus, ecoará em todo o Universo!

5

Embora, repetidamente, Deus realizasse milagres por Seu povo enquanto peregrinavam pelo deserto, muitas vezes, quando enfrentavam dificuldades, eles reclamavam. Quando tinham pouco o que comer, murmuravam contra Deus. Mas Moisés, mais uma vez, revelou sua confiança no Senhor. Que conselho ele deu? Leia Êxodo 16:6, 7.

6 Em Êxodo 20, Deus deu os Dez Mandamentos – princípios do Seu governo – ao Seu povo. Que promessa Ele também fez aos que, de boa vontade e por meio do Seu poder, obedecessem aos Seus mandamentos? Leia Êxodo 34:1, 6, 7, 10. Uma das coisas que Deus almejava ensinar ao Seu povo, no Antigo Testamento, era que há bênção na obediência. A desobediência impede essas bênçãos. Deus age de maneira especial por aqueles que Lhe obedecem nEle confiam.

7 Quando Moisés desceu do Monte Sinai, o que indicava claramente que ele havia estado na presença de Deus? Leia Êxodo 34:29. Deus revela maravilhosamente Sua presença para aqueles que confiam nEle. Hoje, não importa o tamanho do desafio que enfrentemos nesta vida. Se confiarmos em Deus, veremos Seu poder para realizar milagres, e revelaremos a glória de Deus para outros. n

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T R O C A D E I D E IAS

As espécies confusas, não criadas por Deus, que resultaram de amalgamação, foram destruídas no Dilúvio. –Fred Herzel, Carolina do Norte, Estados Unidos

Foi Deus quem criou os dinossauros? (novembro de 2015)

Cartas Procura legalismo, encontra hipocrisia (novembro de 2015)

Em resposta a esse artigo, por favor lembre-se dessas verdades da Palavra de Deus: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz” (Cl 2:13, 14, NVI). “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5:1, 2, NVI). Que presente maravilhoso de Deus. Louvado seja Seu nome! Nancy Reed por e-mail

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Adventist World | Março 2016

Li com interesse esse artigo e percebi que já havia lido a resposta a essa pergunta em um dos livros de Ellen White. Está no livro Spiritual Gifts (Dons Espirituais), volume 3, no capítulo que fala sobre o Dilúvio. A Sra. White declara que todas as espécies de animais criadas por Deus foram preservadas na arca. As espécies confusas, não criadas por Deus, que resultaram de amalgamação, foram destruídas no Dilúvio. Só uma sugestão para transmitir aos leitores. Fred Herzel C arolina do Norte, Estados Unidos Informação adicional sobre o tratamento do mal de Parkinson

Fiquei muito grato ao ver o artigo sobre o mal de Parkinson na edição de novembro de 2015, mas me desapontei com a falta de informação específica em relação à cirurgia de estimulação cerebral profunda (ECP). Fui diagnosticado com Parkinson, mais de 20 anos atrás, portanto sei de primeira mão o que os afetados sofrem. Passei por exames completos no Centro Médico da Universidade Stanford (Califórnia, EUA) e fui aprovado para a cirurgia ECP. Optei por não me submeter ao procedimento por duas razões: (1) a ideia de ter tubos e fios me cutucando por dentro não me foi

atraente; e (2) meu amigo fez a cirurgia e melhorou por apenas dois ou três meses e em seguida sofreu um rápido declínio do qual nunca se recuperou. Não sou médico, mas se você está considerando se submeter à cirurgia ECP, por favor vá a uma clínica de boa reputação e médico com vasta experiência na área. Don Blum por e-mail Uso da Adventist World por outros

Não sou adventista, mas li a edição de julho de 2015, da sua revista. Destaquei o folheto do GLOW sobre saúde mental e o dei a um paciente terminal. Após a leitura, ele decidiu entregar sua vida a Cristo. Quero mais das suas revistas no futuro. Moses Auma Quênia Gosto muito da AW, mas gostaria que fosse pontual

A edição de outubro da Adventist World chegou dia 6 de novembro. Espero que a próxima não chegue tão atrasada, é muito bom recebê-la pontualmente. Lova McLeod por e-mail Como enviar cartas: letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque também seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.


Oraçãow

GRATIDÃO Gosto de servir a Deus e há muito tempo desejo trabalhar como evangelista. Finalmente, abriu-se uma possibilidade na minha área. Ore por mim. Gerard Costa do Marfim Por favor, ore por mim, pois estou realmente perdido sem Deus. Felix Quênia Estou enfrentando dificuldades financeiras e tenho dois filhos na Escola Adventista. Por favor, ore por nós. Ngaih Thang Mianmar Quero ouvir a voz de Deus e ver Sua obra excelente. Kwame Líbia Muito obrigada pelas orações pela cirurgia cardíaca. Deu tudo certo! Mônica Argentina Tenho visto que as forças do mal estão lutando contra minha situação financeira. Por favor, me ajude em oração. Isaac Gana Estou desempregado e preciso de dinheiro para a faculdade. Por favor, ore por mim. Kevin Quênia Por favor, ore por mim. Completei o ensino médio, em 2014, e quero cursar uma faculdade, mas não tenho dinheiro. Estou procurado trabalho durante todo esse tempo, mas sem sucesso. Brighton Zimbábue Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para prayer@adventistworld.org. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.

67anos

Em 3 de março de 1949, o Sanatório e Hospital de Manila foi reinaugurado após reforma devido aos estragos sofridos durante a II Guerra Mundial. A obra médica adventista nas Filipinas começou em 1928, quando o médico H. A. Hall, e três enfermeiras, abriram um dispensário no primeiro andar de um dos prédios da missão, localizados em Malate, bairro de Manila. Com o aumento da demanda no dispensário, outro prédio foi transformado em um pequeno hospital com duas enfermarias, uma sala de cirurgia/parto, com capacidade para dez leitos. Em 1929 foi construído um novo prédio, com três andares, e em 1930 a escola de enfermagem foi fundada. Um segundo prédio de três andares foi construído, em 1931. Em 1940 foi construído um prédio de concreto, de quatro andares, em Pasay City. Durante a II Guerra Mundial, os japoneses usaram o prédio como hospital naval. Em junho de 1946, devido aos estragos causados pela guerra, os adventistas inauguraram uma clínica temporária no primeiro andar, para servir à comunidade. Hoje a instituição é parte do Serviços de Saúde Adventista/Ásia, na Divisão do Pacífico-Sul Asiática.

a s a r i c vão à igreja

Quando as

Certo sábado, quando nossa filha nos visitava, a Escola Sabatina infantil terminou mais cedo. Então, ela e sua família entraram furtivamente na classe de adultos, onde eu estava passando a lição sobre o livro de Tiago. Após alguns minutos ouvindo “Tiago diz claramente”, e “segundo Tiago”, nossa netinha de 4 anos de idade se virou para sua mãe e perguntou: “Mamãe, o que o vovô está fazendo?” E a mãe respondeu: “Shhh! Ele está falando.” Alguns minutos depois minha netinha cochichou: “Mas mamãe, por que ele está falando só dele mesmo?” –Tiago Warjri, Igreja Adventista Internacional de Hong Kong

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T R O C A D E I D E IAS

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cérebro para um RESPOSTA: Na Escola Internato Adventista Manipur, no nordeste da Índia, os alunos se divertem nos últimos minutos antes do início das aulas. A Maranatha Volunteers International construiu um prédio com várias salas de aula (veja ao fundo), substituindo os prédios deteriorados do campus. Estabelecida no anos 1960, a escola tem mais de 800 alunos em nível fundamental e médio.

Participe do

I N T E R C A M BI O O Intercâmbio de Ideias da Adventist World está em busca de participações. Para que o extenso mundo dos adventistas do sétimo dia seja conhecido, envie: n Fotos em alta resolução (com legendas e crédito da foto) n Experiências profundas ou humorísticas n Lições espirituais breves n Poemas curtos n Frases que valham a pena ser repetidas Envie para Letters@AdventistWorld.org. Coloque no assunto “Idea Exchange”.

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Adventist World | Março 2016

passeio

O exercício acelera as batidas do coração, aumentando o fluxo sanguíneo em todo corpo, inclusive no cérebro. Mais sangue significa mais nutrientes e oxigênio, ajudando o cérebro a permanecer sadio. Benefícios do exercício para o cérebro: elhora o aprendizado M Melhora a memória n Protege o cérebro contra doenças (reduzindo o risco do mal de Alzheimer e outras formas de demência) n Age como antidepressivo n n

Os exercícios aeróbicos são os melhores: corrida, caminhada, ciclismo, natação, skate ou esqui. Fonte: Women’s Health


“Eis que cedo venho…”

Conselho

oportuno

O deputado e filósofo americano Benjamin Franklin disse: “Você ama a vida? Então não desperdice tempo, pois é de tempo que é feita a vida.” Não importa onde vivamos ou o que façamos para viver, todos temos a mesma quantidade de tempo: 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano (366 este ano). A seguir estão cinco dicas para maximizar seu tempo: esligue a TV: É muito fácil perder a noção do tempo enquanto se D assiste à TV. Estabeleça um limite por dia ou semana. n Tenha um plano: Saiba o que tem de ser feito cada dia, cada semana. n Priorize: Faça as coisas mais importantes primeiro. n Seja disciplinado: Não deixe um intervalo de cinco minutos se transformar em 15 ou 20 minutos. n Levante mais cedo: Comece levantando 15 minutos mais cedo e se arrume para o dia, sem pressa. n

Fonte: Men’s Health

É muita

força!

Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo e Editor-Chefe Bill Knott Gerente Internacional de Publicação Pyung Duk Chun Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.  Comissão Coordenadora da Adventist World Jairyong Lee, chair; Yutaka Inada, German Lust, Pyung Duk Chun, Suk Hee Han, Gui Mo Sung Editores em Silver Spring, Maryland, EUA André Brink, Lael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores assistentes), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Andrew McChesney Editores em Seul, Coreia do Sul Pyung Duk Chun, Jae Man Park, Hyo Jun Kim Gerente de Operações Merle Poirier Colaboradores Mark A. Finley, John M. Fowler Conselheiro E. Edward Zinke Administrador Financeiro Kimberly Brown Assistente Administrativo Marvene Thorpe-Baptiste Comissão Administrativa Jairyong Lee, presidente; Bill Knott, secretário; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Yutaka Inada, German Lust, Ray Wahlen, Ex-officio: Juan Prestol-Puesán, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Brett Meliti

Com mais de 100 mil músculos, a tromba de um elefante pode levantar quase 350 quilos. Fonte: The Rotarian

Consultores Ted N. C. Wilson, Juan Prestol-Puesán, G. T. Ng, Leonardo R. Asoy, Guillermo E. Biaggi, Mario Brito, Abner De Los Santos, Dan Jackson, Raafat A. Kamal, Michael F. Kaminskiy, Erton C. Köhler, Ezras Lakra, Jairyong Lee, Israel Leito, Thomas L. Lemon, Geoffrey G. Mbwana, Paul S. Ratsara, Blasious M. Ruguri, Ella Simmons, Artur A. Stele, Glenn Townend, Elie Weick-Dido Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria, México e nos Estados Unidos.

V. 12, nº- 3

f O T O : D av i d

M A RK

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