III
va-0 a este
—o
Frei Luiz de Souza
em
Musica
135
como «a concepção musical mais simples e mesmo vêmo-lo, não aumentar
mais exuberante»; porisso
numero de episódios tendentes a dar variedade á musica, mas pelo contrario eliminar do drama todos quantos poro
menores podessem diminuir
momentos
dos
a intensidade
três
grandes
nele considerados, pormenores que são abun-
dantíssimos na lenda bretã. Simplificou, reduziu o assun-
condensando-o dentro das suas grandes linhas. Procedendo assim, Wagner seguiu uma maneira absolutamente oposta á dos poetas dramáticos da França quando constroem libretos de opera de grande espectáculo. Se algum dramaturgo francez houvesse pensado em se inspirar to,
nas aventuras de Tristão e da loura Isolda para delas extrair
um drama ou uma
opera, diz
M. Kufferath
('),
é fora
de duvida que, quando mais não fosse, sempre procuraria utilisar as peripécias muito características. Mas, desta forma, não feriamos o drama profundo e apaixonado que nos deu Ricardo Wagner, e apenas uma opera panorâmica
Q
para ajuntar á serie que compreende Rolando vales,
A
Rainha Berta,
O
Rei de Ys (Lalo), Herodiada e
Esclarnionda (Massenet), Sigiird (Reyer). cograío
observa
em Ronces-
porém que, nessas
O
ilustre
palavras,
musi-
considera
apenas o aspecto poético e dramático da questão e, de maneira alguma, tenta diminuir o valor musical das operas citadas.
Esta consideração parece mais do^ futuro emprezario
da Monnaie, de Bruxelas, que até talvez o
tempo, do que do professor e
critico
já
fosse ao
eminente. Para mim,
fundamentalmente a das relações em que o tema dramático deve estar para com a musica que entretanto, a questão é
O
Maurice
Kufferath,
Tristan et Iseult.
Ê
o
mesma
estudo
atrás citado. [-)
Opera panorâmica
é
uma
formula incontestavelmente justa que tem.
e feliz pelo valor pitoresco e evocativo