Kit de Capacitação e Desenvolviemento de competências emRSE

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Kit de Capacitação e Desenvolvimento

de competências em RSE



Ficha técnica

Título: Kit de Capacitação e Desenvolvimento de Competências em RSE Coordenação: Gonçalo Pernas (RSE - Portugal) e Helena Caiado (AIP-CE) Projecto: Desenvolvimento da Responsabilidade Social das Empresas em Portugal Parceria: RSE Portugal, ACEP, AIP-CE, SOCIUS Financiamento: Iniciativa Comunitária Equal

Edição: RSE Portugal, Campo Grande, 30 - 6º B 1700-093 Lisboa

Com: ACEP, Av. Santos Dumont, 57, 4º Esq 1050-202 Lisboa AIP-CE Praça das Indústrias 1300-307 Lisboa SOCIUS Rua Miguel Lupi, 20 1249-078 Lisboa

Criação Gráfica: Rita Rodrigues Impressão: Guide Tiragem: 500 exemplares ISBN: 978-989-95919-0-5


Kit de Capacitação e Desenvolvimento

de competências em RSE

Kit de Capacitação e Desenvolvimento de Competências Composto por: I. Modelo de Formação em Responsabilidade Social das Empresas II. Recursos técnico-pedagógicos a. ABC do Voluntariado Empresarial b. Guia da Responsabilidade Social das Empresas Portuguesas em Países em Desenvolvimento Website do projecto Contactos Gonçalo Pernas: gonçalo.pernas@rseportugal.org Helena Caiado: hcaiado@aip.pt Maria João Santos: mjsantos@iseg-utl.pt Fátima Proença: fatima@acep.pt Tânia Santos: projecto@acep.pt

www.drse-equal.eu Websites dos parceiros www.rseportugal.eu www.acep.pt www.aip.pt www.iseg.utl.pt/socius/index.html



Índice Geral

A. APRESENTAÇÃO DO PROJECTO

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1. INICIATIVA COMUNITÁRIA EQUAL

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2. PROJECTO DESENVOLVIMENTO DA RSE EM PORTUGAL

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3. BREVE APRESENTAÇÃO DOS PARCEIROS

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I. RSE PORTUGAL

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II. AIP-CE

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III. ACEP

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IV. SOCIUS

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B. ENQUADRAMENTO E METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO KIT

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1. ENQUADRAMENTO

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2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DO FORMATO FINAL

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I. ELABORAÇÃO DO MANUAL DE FORMAÇÃO

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II. INSTRUMENTOS DE SUPORTE i. ABC DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL ii. GUIA SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS PORTUGUESAS EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO ii. MODELO DE REDES LOCAIS PARA A RSE

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C. KIT DE CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM RSE

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1. CONCEITO DO KIT

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2. OBJECTIVOS DO KIT

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I. OBJECTIVO GERAL

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II. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

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III. SUGESTÕES DE FORMATO DOS CURSOS

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IV. ABORDAGEM METODOLÓGICA

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3. LINHAS DE ORIENTAÇÃO E RECOMENDAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DO KIT

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4. MÓDULOS

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I. INTRODUÇÃO À RSE

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II. ÉTICA E TRANSPARÊNCIA

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III. IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO

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IV. A GESTÃO DAS PESSOAS E A RSE

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V. INSTRUMENTOS DE GESTÃO - CÓDIGOS, RÓTULOS E CERTIFICAÇÕES

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VI. GESTÃO ESTRATÉGICA DA RSE

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VII. GESTÃO DE PARCERIAS

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VIII. SOCIAL REPORTING

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IX. MARKETING SOCIAL

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5. GUIA DE AUTO AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM RSE

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6. QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO

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7. WEBLIOGRAFIA

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A. Apresentação do Projecto 1. Iniciativa Comunitária EQUAL 2. Projecto Desenvolvimento da RSE em Portugal 3. Breve Apresentação dos Parceiros I. RSE PORTUGAL II. AIP-CE III. ACEP IV. SOCIUS

1. Iniciativa Comunitária EQUAL EQUAL é uma Iniciativa Comunitária para o período de programação dos Fundos Estruturais entre 2000 e 2006, que sucede, na área do desenvolvimento dos recursos humanos, às Iniciativas Comunitárias EMPREGO e ADAPT (1994-1999). Cofinanciada pelo Fundo Social Europeu (FSE) – O FSE, este ocupa-se das medidas de prevenção e de combate ao desemprego e de desenvolvimento de recursos humanos e promoção da igualdade de oportunidades para todos no acesso ao mercado de trabalho e na manutenção dos postos de trabalho. A EQUAL procura beneficiar prioritariamente as pessoas que são vítimas das principiais formas de discriminação (ligadas ao sexo, à raça, à origem étnica, à religião ou às convicções, a deficiência, à idade, à orientação sexual) e de desigualdade. Desta forma, actua sobre os públicos-alvo e, também, sobre o desenvolvimento dos agentes e empresas/organizações, porque não há inserção sustentada dos grupos fragilizados sem organizações sólidas, competitivas e que assumem a sua responsabilidade social. A EQUAL visa, em particular, contribuir para acções que apoiem a Estratégia Europeia de Emprego (e, em Portugal o Plano Nacional de Emprego) através de projectos desenvolvidos no âmbito das seguintes áreas de intervenção: 3


Empregabilidade Espírito empresarial Adaptabilidade Igualdade de oportunidades para as Mulheres e os Homens Requerentes de asilo

Neste contexto, a EQUAL proporciona um banco de ensaio para o desenvolvimento de novas formas de lançamento de políticas respeitantes ao mercado de trabalho. Centra-se na experimentação de ideias inovadoras directamente relacionadas com as prioridades políticas nacionais. As acções ao abrigo da iniciativa EQUAL são implementadas por Parcerias de Desenvolvimento geográficas ou sectoriais, constituídas por projectos com diversos parceiros que trabalham horizontalmente em problemas relacionados com diversas formas de discriminação. Esta abordagem estratégica visa assegurar a coerência entre as actividades de projecto e os sectores ou áreas geográficas relevantes e fortalecer as oportunidades de integração dos resultados. As parcerias de desenvolvimento cooperam com, pelo menos, um parceiro de outro Estado-membro, geralmente uma outra Parceria de Desenvolvimento EQUAL.

2. Projecto Desenvolvimento da RSE em Portugal O Projecto “Desenvolvimento da RSE em Portugal” surge devido à necessidade crescente de instrumentalizar e criar referenciais para uma área, que sendo recente carece de maior sustentação e fundamentação. As actividades desenvolvidas neste âmbito têm como objectivo uma maior adesão das empresas a programas de luta contra a exclusão sociais e tendentes à integração no mercado de trabalho dos grupos de pessoas mais desfavorecidas. Por via de uma maior mobilização das empresas e da sua capacitação no domínio da RSE potencia-se uma maior intervenção ao nível da sustentabilidade, diversidade, igualdade de oportunidades e envolvimento na comunidade. Nesse sentido, o nosso projecto, decorrente de um diagnóstico de necessidades efectuado durante a acção 1, irá apostar nas seguintes actividades: Formação de facilitadores para a RSE – que visa a formação de uma “massa crítica” de pessoas que possam actuar como embaixadores para a RSE Criação de modelo de redes locais para a RSE – tendo a RSE um impacto diferenciado a nível local e regional, aparece como fundamental a necessidade de criar um modelo referencial de redes que possa agregar as várias entidades locais (autarquias, empresas, ONG, etc.) e integrar nesse modelo as várias especificidades locais, gerando desta forma um conjunto de respostas mais adequadas e eficazes. ABC do Voluntariado empresarial qualificado – com esta actividade, pretende-se essencialmente fazer um levantamento nacional das competências chave necessárias e disponíveis a serem utilizadas em projectos de voluntariado, potenciando assim a eficácia destas iniciativas, para as empresas e para a comunidade. 4


Criação de código de conduta para empresas envolvidas na cooperação – sendo a RSE uma questão global, onde os valores da transparência e da coerência assumem um carácter primordial, torna-se fundamental criar um código de conduta que norteie as relações e actividades das empresas envolvidas na cooperação.

Assim, com este projecto pretende-se actuar de uma forma transversal, envolvendo também empresas e academia no desenvolvimento das várias actividades, utilizando nesse sentido um conjunto de iniciativas “Seeing is Believing” como forma de incrementar a participação das partes interessadas, aumentando, desta forma, a sensibilização para este tema.

3. Breve Apresentação dos Parceiros I. Associação Portuguesa para a Responsabilidade Social das Empresas (RSE – Portugal) Essencialmente constituída por empresas e para empresas, e tendo, como associados, algumas personalidades ligadas ao meio empresarial e académico, a RSE Portugal pretende assumir-se como a grande referência nacional nesta área. A RSE Portugal tem como objecto promover a responsabilidade social das empresas e contribuir para o desenvolvimento sustentável através da concepção, execução e apoio a programas e projectos nas áreas educacional, formativa, social, cultural, científica, ambiental, cívica e económica, designadamente no espaço europeu e nos países em desenvolvimento.

...tem como objecto promover a responsabilidade social das empresas...

A RSE Portugal tem os seguintes objectivos: Impulsionar, coordenar e divulgar boas práticas de responsabilidade social de empresas sedeadas em Portugal e no espaço europeu. Desenvolver acções de cooperação e intercâmbio em vários domínios técnico-científicos, económicos e sociais no espaço europeu e em países em desenvolvimento, com particular relevância nos de língua oficial portuguesa. Apoiar o desenvolvimento das economias dos países atrás referidos, intervindo nas áreas mais carenciadas como sejam a coesão social, a educação e a formação profissional, entre outras. Contribuir, com acções de divulgação, informação e sensibilização da opinião pública, para a melhoria das condições de vida das populações no respeito pela diferença de cada povo e região e nos direitos inerentes à condição humana de cada indivíduo. Desenvolver projectos, de âmbito local, regional, nacional e transnacional, que visem a correcção de assimetrias no campo da coesão social.

Para a prossecução dos seus objectivos, a RSE PORTUGAL propõe-se, nomeadamente: Colaborar com empresas e organismos oficiais, nacionais ou internacionais, e outras entidades públicas ou privadas para a resolução de problemas 5


técnicos, económicos e sociais ou de outras diferentes naturezas; Promover e organizar colóquios, seminários e conferências que contribuam para o incremento da cooperação e para o mútuo conhecimento de cada povo; Promover e organizar acções de formação técnico-profissional; Editar, publicar e distribuir estudos e trabalhos de natureza técnico-científica.

-II. Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial A Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial (AIP-CE) é uma Instituição privada de utilidade pública, fundada em 1837 com o objectivo de defender os interesses da comunidade empresarial portuguesa em geral e dos seus associados em particular. A AIP-CE tem por missão apoiar o desenvolvimento e a competitividade das empresas numa economia aberta, interagindo com os vários parceiros de natureza pública e privada, nacionais e internacionais. Para a prossecução da sua missão a AIP-CE realiza um conjunto de actividades: Propostas e pareceres assentes em análises e estudos da realidade e necessidades das empresas; Formação Profissional, visando a qualificação de dirigentes e quadros de empresas; Assistência técnica e Consultoria empresarial; Informação às empresas; Apoio à Internacionalização Feiras, exposições, certames especializados ao nível nacional e internacional; Congressos, conferências, seminários e manifestações similares

No que respeita à Responsabilidade Social e reconhecendo a sua elevada importância para a comunidade empresarial e para a sociedade em geral a AIP-CE tem, desde sempre e através de várias iniciativas, desenvolvido um esforço de dinamização da mesma. Orgulha-se de ter sido pioneira em Portugal na assunção do “desenvolvimento sustentável”, com a criação da Comissão para o Ambiente da AIP-CE (CAIPA) em 1972. Esta Comissão evoluiu para o “Conselho Estratégico para o Ambiente” e encontra-se actualmente na estrutura orgânica da AIP-CE. No espaço internacional tem acompanhado a evolução operacional e conceptual destas matérias, através dos grupos de trabalho similares e Organizações Internacionais como o BIAC, a UNICE, entre outras. A um nível mais operacional tem estado envolvida em vários projectos de Responsabilidade Social: internamente incorporando práticas socialmente responsáveis como por exemplo através do projecto “Solidariedade” (no campo da prevenção da toxicodependência e do alcoolismo) e a um nível externo através da realização de acções de formação, Conferências, Fóruns, Estudos, Projectos e Pareceres.

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III. Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP) A ACEP é uma associação privada sem fins lucrativos que iniciou as suas actividades em Setembro de 1990. De acordo com os seus Estatutos, são fins da ACEP promover e reforçar a cooperação com os Países em Desenvolvimento, contribuir para o estudo, investigação, sensibilização e divulgação das realidades daqueles países e para a melhoria da situação dos imigrantes africanos em Portugal. Após uma primeira fase de implantação organizativa e de criação de uma base de relações e de trabalho na sociedade portuguesa, a ACEP iniciou em 1997 um processo de lançamento das bases de uma actividade de cooperação com outros povos, em particular com os dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, centrada no apoio ao reforço das organizações não governamentais daqueles países para a sua acção de desenvolvimento. A ACEP encontra-se registada junto do Instituto da Cooperação Portuguesa como Organização Não-Governamental de Desenvolvimento, possuindo, como tal, estatuto de pessoa colectiva de utilidade pública.

IV. Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações (SOCIUS) O SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações – é uma unidade de investigação integrada no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa, criada em Maio de 1991 por docentes e investigadores do ISEG e por outros elementos. É uma unidade de investigação acreditada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e classificada como “Excelente” desde 1999, no âmbito do Programa de Financiamento Plurianual de Unidades de Investigação e Desenvolvimento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A sua principal área científica de actuação, ainda Sociologia Económica e das Organizações, é entendida numa acepção ampla que privilegia os múltiplos pontos de contacto entre a Sociologia e a Economia contemporâneas, e outras Ciências Sociais interessadas no estudo da realidade económica e organizacional.

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B. Enquadramento e Metodologia de Elaboração do Kit 1. Enquadramento 2. Procedimentos Metodológicos para elaboração do formato final do Kit I. Elaboração do Manual de Formação II. Instrumentos de Suporte i. ABC do Voluntariado ii. Guia sobre Responsabilidade Social das Empresas Portuguesas em Países em Desenvolvimento iii. Modelo de Redes Locais para a RSE

1. Enquadramento

...transformar a Europa na economia mais competitiva e mais dinâmica do mundo, capaz de um crescimento sustentado, com mais e melhores empregos e maior coesão social... ...tem de saber gerir a competitividade do seu negócio com a responsabilidade social que é inerente à sua condição de actor social...

Na Cimeira de Lisboa em Março de 2000, os chefes de Estado europeus estabeleceram um novo objectivo estratégico para a década que aí se iniciou: transformar a Europa na economia mais competitiva e mais dinâmica do mundo, capaz de um crescimento sustentado, com mais e melhores empregos e maior coesão social.

Esta Cimeira veio sublinhar também a importante contribuição do sector empresarial na prossecução deste objectivo e, pela primeira vez, foi dirigido um apelo especial às empresas e ao seu sentido de responsabilidade social em matérias como a aprendizagem ao longo da vida, a organização do trabalho, a igualdade de oportunidades, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável. É um dado adquirido que a empresa que pensa estrategicamente tem de saber gerir a competitividade do seu negócio com a responsabilidade social que é inerente à sua condição de actor social. 9


Com a expansão da economia global, o mundo empresarial começa a tomar consciência de que um desenvolvimento sustentável é crucial para o seu sucesso futuro e que não pode haver mais uma separação tão rígida entre o económico e o social, visto estes dois aspectos estarem cada vez mais intrinsecamente relacionados. É preciso também começar a ter em conta aquilo que pensam as pessoas que adquirem os serviços ou produtos às empresas, isto é, os consumidores. Num estudo elaborado pela MORI e pela CSR Europe, apresentado em Novembro de 2000 e que abrangeu cerca de 12000 pessoas de 12 países da UE chegou-se às seguintes conclusões: ESTUDO MORI / CSR Europe 70 % dos consumidores Europeus afirmam que o empenho das empresas para com a sua responsabilidade social é importante aquando da decisão de adquirir um produto ou um serviço 44 % destes consumidores estão dispostos a pagar mais por um produto que seja social e ambientalmente responsável

Estas foram as principais conclusões relativamente ao público Europeu, analisando mais especificamente o caso do nosso país chega-se à conclusão de que o público Português tem grande expectativas relativamente às empresas – 2/3 dos consumidores portugueses acredita que as empresas não dão a devida atenção às suas responsabilidades sociais. A qualidade dos produtos, o serviço ao cliente, o empenho nas suas responsabilidades sociais, o respeito pelos direitos humanos e a existência de um ambiente de trabalho seguro e saudável, são factores considerados importantes pelos Portugueses quando fazem um juízo sobre uma empresa. ...RSE como factor determinante para a imagem de marca de cada uma das empresas...

Ao analisarmos estes dados é fácil apercebermo-nos da importância cada vez maior da Responsabilidade Social da Empresa (RSE) como factor determinante para a imagem de marca de cada uma das empresas, o que deve levar as mesmas a repensar e redefinir as suas estratégias de aproximação a um mercado cada vez mais exigente relativamente ao papel de cada uma das instituições.

... integração voluntária, por parte das empresas, de preocupações sociais e ambientais nas suas operações e na sua relação com todas as partes interessadas..

Em Julho de 2001, a Comissão Europeia editou o Livro Verde Para a Responsabilidade Social das Empresas, onde surge também pela primeira vez uma definição mais consensual da RSE que é definida como a integração voluntária, por parte das empresas, de preocupações sociais e ambientais nas suas operações e na sua relação com todas as partes interessadas. Este livro veio assim lançar o debate em quase todos os países da UE, tendo sido efectuado um processo de consulta que envolveu um conjunto alargado de parceiros, tendo este processo terminado em finais de Dezembro desse mesmo ano. No essencial o Livro Verde enfatiza as seguintes dimensões, que já foram aqui referenciadas: A dimensão interna e a dimensão externa.

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Na dimensão interna, são abordadas questões como:

1- Gestão dos recursos humanos, onde se pretende que as empresas consigam atrair e reter os trabalhadores mais qualificados, adoptando medidas que visem a aprendizagem ao longo da vida, um maior equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar, uma maior diversidade de trabalhadores uma maior integração de mulheres, etc. Sugere-se também a adopção de práticas de recrutamento não-discriminatórias. 2- Higiene e segurança no trabalho, onde se pretende que as empresas assumam uma posição cada vez mais rígida no cumprimento das condições de trabalho, adoptando esquemas que vão para lá do que está legislado, tentando em conjunto com outros parceiros atingir patamares mais elevados no que concerne a esta área. 3- Adaptação à mudança, a experiência com alguns dos maiores processos de reestruturação de empresas do sector metalúrgico, do carvão comprovam que estas são mais bem sucedidas quando envolvem os esforços das autoridades públicas, das empresas e dos representantes dos trabalhadores. Sugerem-se medidas que tentem de alguma forma minorar os impactos sociais das reestruturações. 4- Gestão dos recursos naturais e dos impactos ambientais deve ser uma das variáveis a ter em conta, devendo as empresas dotar-se de estruturas e mecanismos que lhes permitam respeitar e defender o meioambiente.

No que se refere à dimensão externa, são referidos quatro pontos:

5- Envolvimento com as comunidades locais, aqui um aspecto mais direccionado para as PME, pois estas empresas têm a maior parte dos seus clientes/consumidores na periferia da empresa, daí poderão influenciar a sua competitividade através da assumpção de um papel mais pró-activo com a comunidade. 6- Parceiros das empresas, os seus fornecedores e os seus consumidores, onde se sugere que as empresas como parte de uma cadeia devem ter consciência de que o efeito das actividades socialmente responsáveis não se limita apenas à empresa, afectando também os seus parceiros económicos, sendo isto mais visível no caso das grandes empresas que utilizam serviços de outsourcing em alguns dos seus produtos ou serviços. 7- Respeito pelos direitos humanos. A pressão hoje exercida por muitas ONG tornam as actividades das empresas mais visíveis levando muitas empresas a adoptar códigos de conduta com o intuito de obterem ganhos ao nível da sua imagem e reduzindo o risco de uma reacção negativa dos consumidores. Estes códigos devem estar para lá do que está legislado, tentando atingir patamares mais elevados. 8- Preocupações Globais Ambientais, as empresas devem-se envolver nas questões ambientais que afectem de alguma forma o planeta devendo assumir um papel dianteiro na intervenção e discussão destes temas.

Estes são os aspectos mais importantes referenciados neste livro e que são fundamentais para a elaboração do modelo de formação que a partir daqui iremos desenvolver.

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2. Procedimentos Metodológicos para a Elaboração do Formato Final do Modelo

I. Elaboração do Manual de Formação Na elaboração deste modelo de formação houve, desde o início, uma constante preocupação em conseguir que este abrangesse o maior número possível de conteúdos que fossem centrais para a capacitação e desenvolvimento de competências em RSE. Nesse sentido, procedeu-se na fase inicial a uma auscultação de um conjunto de pessoas que tivessem bastante experiência nestes domínios e que de alguma forma pudessem contribuir para o aperfeiçoamento da versão final deste modelo. Entre as pessoas auscultadas destacamos os responsáveis das várias organizações que integram esta Parceria de Desenvolvimento, assim como um conjunto representativo dos destinatários finais deste modelo. Optou-se também por consultar vários académicos que têm desenvolvido investigação nesta área com o intuito de podermos incluir no modelo não só os conteúdos centrais para esta área como podermos perspectivar quais as principais tendências que emergem nestes domínios. Assim, deste processo resultou o formato final deste modelo que pensamos ser de facto uma valiosa ferramenta para quem pretenda ver as suas competências desenvolvidas ou para quem pretenda, numa óptica de formador, aplicar este modelo na capacitação de um conjunto de destinatários para quem esta área possa de facto ser fundamental. Após esta primeira fase, foram sendo elaborados os conteúdos de cada um dos módulos que foram sujeitos num primeiro momento a uma validação por um perito com uma enorme experiência nesta área. O contributo deste perito revelou-se fundamental pois ao ter sobre os conteúdos um olhar crítico assente numa elevada experiência empírica permitiu uma significativa melhoria qualitativa do modelo final. Por último, foi decidida a realização de uma sessão de teste do modelo tendo sido nesse sentido realizada uma sessão para este efeito no dia 14 de Dezembro do ano passado, onde estiveram presentes cerca de 20 pessoas que representavam parte dos destinatários finais deste produto. O objectivo desta sessão que passava pela validação do produto pelos destinatários permitiu de forma bastante significativa uma estruturação mais adequada do modelo aos seus objectivos. Possibilitou também a testagem de diferentes métodos pedagógicos o que se revelou fulcral para a melhoria dos mesmos tendo em vista um aumento da qualidade e eficácia das sessões de formação realizadas tendo como base este modelo.

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II. Instrumentos de Suporte Paralelamente, foram sendo desenvolvidos todos os restantes produtos que sustentam de forma ainda mais relevante a pertinência e actualidade deste modelo nomeadamente:

i. ABC do voluntariado empresarial Foram desenvolvidos um conjunto de directrizes e recomendações, no sentido de promover boas práticas de voluntariado empresarial. Adicionalmente, será construída uma base de dados centrada na identificação de competências chave disponíveis e necessárias, de modo a promover um ajustamento entre a oferta e a procura a este nível. Pretende-se por esta via incrementar as taxas de participação em acções de voluntariado e, consequentemente, intervir mais eficazmente sobre os públicos alvo.

ii. Guia sobre Responsabilidade Social das Empresas em Países em Desenvolvimento O “Guia sobre Responsabilidade Social das Empresas em Países em Desenvolvimento” resulta da promoção de um processo de reflexão e desenvolvimento do conhecimento numa área da responsabilidade social ainda pouco explorada em Portugal, apesar da crescente integração económica do país e suas empresas. Tem como objectivo global, disponibilizar a todos os agentes intervenientes no tema, um recurso de conhecimento e de formação para uma melhor integração da questão da responsabilidade social das empresas nas actividades e relações económicas com países em desenvolvimento, tal como algumas linhas de orientação nesse sentido. Deste modo, o Guia está estruturado em três partes. Na primeira parte é apresentada a abordagem teórica, analisando a questão da ética empresarial no contexto da globalização, a responsabilidade social das empresas nos países em desenvolvimento e a evolução da abordagem política da União Europeia no que respeita ao desenvolvimento sustentável e à promoção da Responsabilidade Social das empresas, ao nível europeu e global, nomeadamente, nos países em desenvolvimento. Na segunda parte sintetizam-se os resultados do trabalho de levantamento de práticas de responsabilidade social de empresas portuguesas que desenvolvem actividades em Cabo Verde tal como os resultados do inquérito aplicado em Portugal. Na terceira parte, refere-se um conjunto de linhas de orientação para a responsabilidade social das empresas em Países em Desenvolvimento, resultantes do processo de estudo, tal como o conjunto de códigos desenvolvidos, ao nível internacional, neste âmbito. Apresentamos igualmente algumas sugestões para a exploração do presente relatório em contextos de formação e sensibilização para o tema.

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Este produto, está integrado no Kit de Capacitação e Desenvolvimento de Competências em RSE e é utilizado enquanto recurso de formação essencialmente nos módulos: “Ética e Transparência”, “Gestão de Parcerias”, “Gestão Estratégica da RSE” e “Identidade, Imagem e Reputação”.

iii. Modelo de redes locais para a RSE Para mais informações aceda em: www.equalpalomar.eu

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Este produto é o reflexo, por um lado, do trabalho desenvolvido a nível transnacional, e permitirá identificar os actores críticos de sucesso para o desenvolvimento de um modelo genérico para redes locais de RSE. Estas redes implicam o envolvimento de entidades locais, governamentais e não governamentais, e tecido empresarial.


C. Kit de Capacitação e Desenvolvimento de Competências em RSE

1. Conceito do Kit 2. Objectivos do Kit I. Objectivo Geral II. Objectivos Estratégicos III. Sugestões de Formato dos Cursos IV. Abordagem Metodológica 3. Linhas de Orientação e Recomendações para a Utilização do Kit 4. Módulos I. Introdução à RSE II. Ética e transparência III. Identidade, imagem e reputação IV. A gestão das pessoas e a RSE V. Instrumentos de gestão: códigos, rótulos e Certificações VI. Gestão estratégica da RSE VII. Gestão de parcerias VIII. Social reporting IX. Marketing social 5. Guia de auto avaliação de competências em RSE 6. Questionário de satisfação 7. Webliografia

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1. Conceito do Kit A construção de um kit de formação de Capacitação e Desenvolvimento de Competências em Responsabilidade Social das Empresas (RSE) pretende ser uma ferramenta ao dispor de todas as pessoas interessadas em desenvolver as suas competências nesta área. Pretende-se que este modelo possa servir como uma referência importante no que concerne à adopção de boas práticas e estratégias social e ambientalmente responsáveis por parte da comunidade empresarial, bem como um instrumento facilitador das relações entre esta comunidade e as organizações da sociedade civil. O modelo de curso que prevê vários módulos ou áreas temáticas poderá simultaneamente ser uma base para a criação de vários pequenos cursos direccionados para uma procura que pretenda estar capacitada em áreas mais específicas da RSE. Outra das grandes vantagens é a formação de uma massa crítica de pessoas que possam assumir o papel de “embaixadores para a RSE”. Por outro lado, o crescente interesse pela RSE enfatiza a necessidade de desenvolver um modelo de enquadramento nestes domínios que permita a sua fácil apropriação por agentes que actuem como formadores e nesse sentido, este modelo poderá constituir um valioso referencial a utilizar nas sessões formativas.

2. Objectivos do Kit I. Objectivo Geral Capacitar, a comunidade empresarial portuguesa e outros actores sociais, e desenvolver competências gerais ou específicas no domínio da Responsabilidade Social das Empresas. As áreas cobertas por este modelo, e respectiva sugestão de carga horária, são: Módulo

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Duração

1

RSE: Conceito(s), Evolução, Abordagens e Modelos

16 horas

2

Ética e Transparência

08 horas

3

Identidade, Imagem e Reputação

08 horas

4

A Gestão das Pessoas e a RSE

08 horas

5

Instrumentos de Gestão: Códigos, Rótulos e Certificações

08 horas

6

Gestão Estratégica da RSE

08 horas

7

Gestão de Parcerias

16 horas

8

Social Reporting

08 horas

9

Marketing Social

08 horas


Pretendeu-se com este modelo juntar duas componentes fundamentais: - Módulos de enquadramento e desenvolvimento de competências teóricas (módulos 1 a 3) - Módulos direccionados para a capacitação prática (módulos 4 a 9) Gostaríamos também de referir que optámos por colocar os conteúdos dos módulos já numa estrutura powerpoint de forma a facilitar a apropriação deste modelo por um conjunto mais vasto de destinatários. Por outro lado, e visto a área da Responsabilidade Social ser bastante recente muita da bibliografia existente não é em Português e desta forma optámos por elaborar e apresentar os conteúdos em powerpoint, pretendendo de alguma forma eliminar os problemas que se possam vir a registar no acesso à informação.

II. Objectivos Estratégicos Envolver ONG, representantes de entidades estatais, autarquias, comunidade académica e empresas na discussão do papel social do sector empresarial Aumentar a consciência da opinião pública para a temática da responsabilidade social das empresas Fomentar o empowerment de todos os actores que representam um conjunto de partes interessadas e que se relacionam com a comunidade empresarial

III. Sugestões de Formato dos Cursos - Assegurar a presença de um número entre 12 a 15 participantes por sessão. - Localização: a designar caso a caso - Duração: consultar tabela de cursos na pág.22

IV. Abordagem Metodológica Para que este modelo possa produzir resultados mais eficazes deverão ser privilegiados métodos activos de envolvimento dos vários participantes, nomeadamente o desenvolvimento de actividades em grupo, a reflexão conjunta sobre boas práticas de Responsabilidade Social, a análise de casos de estudo. Devem ser assim privilegiadas apresentações de casos práticos em detrimento de apresentações institucionais, por parte dos formadores especialistas (representantes do sector empresarial e do 3º sector). 17


3. Linhas de Orientação e Recomendações para a Utilização do Kit Tendo em conta que este produto irá ser utilizado por diferentes públicos, consideramos necessário definir um conjunto de linhas de orientação e recomendações que facilitem a apropriação deste produto pelos diferentes utilizadores e destinatários.

Requisitos pedagógicos 1. Sendo este produto um kit de formação achamos fundamental que a(s) pessoa(s) que irão utilizá-lo tenham competências pedagógicas mínimas sendo que preferencialmente deverão possuir o Certificado de Aptidão Profissional para o exercício de funções de formador. 2. Deverão também os utilizadores possuir conhecimentos da língua inglesa pois nesta área o número de referências bibliográficas em língua portuguesa é bastante diminuto. 3. O facto de termos já estruturado este kit em Powerpoint visa apenas facilitar a percepção de um conjunto de ideias chave e de um fio condutor e não deve dispensar a leitura das referências.

Avaliação 4. A utilização deste kit deve incluir sempre a aplicação de uma ferramenta de auto-diagnóstico de conhecimentos e competências que deverá ser elaborada tendo em conta os objectivos inerentes a cada uma das acções a realizar. Tendo isto em conta, apresentamos uma sugestão de um modelo para este efeito que poderá ser utilizado como referência para futuras aplicações, podendo este ser alterado se se revelar pertinente a sua adaptação. 5. Da mesma forma, e estando estruturado este kit em unidades capitalizáveis devem ser aplicados instrumentos de avaliação de conhecimentos e competências que permitam aferir da eficácia dos resultados da formação. Neste âmbito sugerimos que a avaliação nos módulos mais teóricos tenha por base um conjunto de instrumentos para este efeito (fichas de leitura, pequenos testes, questionários, etc.) e que nos módulos de cariz mais prático sejam privilegiados instrumentos de avaliação aplicados à realidade profissional dos formandos nomeadamente elaboração de planos de envolvimento na comunidade, desenvolvimento de projectos de marketing social, análise de relatórios de responsabilidade social e/ou de sustentabilidade, etc.

A aplicação destes instrumentos de avaliação não dispensa a aplicação dos normais questionários de avaliação de satisfação da formação a serem preenchidos pelos formandos e que focam as competências pedagógicas e de conhecimentos dos formadores.

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Estratégia Pedagógica 6. Sendo mais eficaz a formação desenvolvida tendo como base a utilização e análise de estudos de caso e de exemplos de boas práticas aconselhamos vivamente a sua inclusão na aplicação deste kit e nesse sentido aconselhamos a consulta da webliografia referida na parte final deste documento. 7. Por outro lado, e ainda do ponto de vista metodológico, na concepção e teste deste produto verificou-se que a utilização deste kit seria tanto mais eficaz quanto mais fossem envolvidos os formandos no processo formativo através da realização de actividades grupais, nomeadamente: brainstorming, trabalho de grupo, debates. Assim sugerimos aos utilizadores deste produto o desenvolvimento de um conjunto de actividades que fomentem a participação e envolvimento de todos os formandos. Para exemplificar esta perspectiva, aplicámos no módulo sobre Gestão de Parcerias e Relações com a Comunidade uma sugestão de actividades possíveis de serem realizadas neste âmbito. 8. Interligação entre o referencial de formação e os módulos.

4. Módulos Índice dos Módulos I. INTRODUÇÃO À RSE

PÁG.20

II. ÉTICA E TRANSPARÊNCIA

PÁG.24

III. IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO

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IV. A GESTÃO DAS PESSOAS E A RSE

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V. INSTRUMENTOS DE GESTÃO: CÓDIGOS, RÓTULOS E CERTIFICAÇÕES

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VI. GESTÃO ESTRATÉGICA DA RSE

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VII. GESTÃO DE PARCERIAS

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VIII. SOCIAL REPORTING

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IX. MARKETING SOCIAL

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MÓDULO: INTRODUÇÃO À RSE Ao falarmos de Responsabilidade Social das Empresas é importante definir uma base conceptual que permita à partida uma consensualização sobre o que é a sua definição e âmbitos de aplicação. Nesse sentido ao preparamos qualquer actividade formativa que tenha como público-alvo um conjunto de pessoas que começam a dar os seus primeiros passos nestas matérias é fundamental partir daquilo que é a base fundamental de conhecimento sobre RSE. Assim, este módulo deve ser encarado como um ponto de partida deste modelo onde estarão listados os conteúdos básicos sobre este conceito e a sua abrangência. Por último, desaconselha-se a utilização deste módulo para actividades formativas que tenham como formandos pessoas com elevados conhecimentos nesta área.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

16 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

-

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Consciencializar para a importância da RSE Definir o conceito de RSE Analisar estratégias socialmente responsáveis (operacionalização) Avaliar a RSE Promover um debate interno sobre RSE


Plano de Sessão 1 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – A RSE: conceitos e definições - Enquadramento teórico - Âmbito da RSE 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – A perspectiva dos consumidores - Motivações - Importância do tema para o processo de decisão de compra - Factores mais relevantes para o consumidor 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Debate 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:45 – Análise de comportamentos socialmente responsáveis - Listagem de comportamentos - Apresentação de dados e estudos 17:45 - 18:00 – Encerramento

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Plano de Sessão 2 09:30 – 11:00 – Implementação de estratégias socialmente responsáveis - Abrangência - Níveis de implementação 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Exemplos de boas práticas internacionais - Principais regras 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Apresentação por parte de um parceiro do 3º sector - Debate 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Conclusões -Debate -Trabalho em grupo (o que eu vou alterar na minha organização a partir de hoje?) 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

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Bibliografia Elkington, John. Cannibals With Forks: The Triple Bottom Line of 21st Century Business (Conscientious Commerce). New Society Publications, 1998. Gibb, Blair; and Schwartz, P. When Good Companies Do Bad Things: Responsibility and Risk in an Age of Globalization. John Wiley and Sons, Inc., April 1999. Sullivan, Jeremiah. The Future of Corporate Globalization: From the Extended Order to the Global Village. Quorum Books 2002. Tabb, William K. Unequal Partners: A Primer on Globalization. New Press, 2002. Tichy, Noel; McGill, Andrew; and St. Clair, Lynda. Corporate Global Citizenship. Lexington Books 1998. Zadek, Simon, Niels Hojensgard, and Peter Raynard. Perspectives on the New Economy of Corporate Citizenship. Copenhagen: The Copenhagen Center, 2001. Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. The Ford Foundation, 2000.

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MÓDULO: ÉTICA E TRANSPARÊNCIA O tema da Ética Empresarial aparece cada vez mais como parte indissociável do conceito de RSE, pois as organizações, de uma forma geral, são cada vez mais escrutinadas pelos grupos de interesse que com esta se relacionam e que por estas são afectados. Deste modo, a inclusão de um módulo sobre Ética e Transparência neste modelo visa precisamente o estabelecimento de uma base comum de acordo que permita às organizações o seu posicionamento perante um mercado que é cada vez mais exigente relativamente ao papel que estas assumem. Noutro âmbito, a dimensão ética de actuação por parte das organizações que enfrentam processos de globalização torna-se um factor incontornável relativamente à adaptação das organizações a diferentes contextos sociais e culturais, tornando-se imperiosa a assumpção de uma política e estratégia de Responsabilidade Social coerente com os princípios e valores de cada organização e em sintonia com as diferentes realidades políticas, sociais e culturais.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

-

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Compreender os conceitos de ética e transparência Relacionar estes conceitos com a RSE Perceber as determinantes do comportamento ético Tomar contacto com instrumentos éticos Relacionar o problema da ética com a globalização


Plano de Sessão 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Ética e transparência - Conceptualização teórica - Definições e conceitos 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Enquadramento da ética: Perspectivas - Utilitarista - Preservação dos Direitos Morais - Teoria da Justiça - Teoria Integrativa dos Contratos Sociais 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Determinantes do comportamento ético - Promover o comportamento ético - Passos para a elaboração de códigos de conduta - Ética e globalização 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Apresentação de um caso prático - Debate 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

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Bibliografia Izzo, John and Withers, Pam. Values Shift: The New Work Ethic and What it Means for Business. Fairwinds Press, 2001. Sullivan, Jeremiah. The Future of Corporate Globalization: From the Extended Order to the Global Village. Quorum Books 2002. Tabb, William K. Unequal Partners: A Primer on Globalization. New Press, 2002. Wilson, Ian. The New Rules of Corporate Conduct: Rewriting the Social Charter. Westport, CT: Quorum Books, 2000. Business Ethics, A Teaching and Learning Classroom Edition: Concepts and Cases (6th Edition) by Manuel G. Velasquez (Paperback - Jul 15, 2005) Harvard Business Review on Corporate Ethics (Harvard Business Review Paperback Series) by Harvard Business School Press and Joseph L. Badaracco (Paperback - Jul 10, 2003) Case Studies in Business, Society, and Ethics, Fifth Edition by Tom L. Beauchamp (Paperback - Sep 12, 2003) Business Ethics: People, Profits, and the Planet by Kevin Gibson (Paperback - Aug 16, 2005)

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MÓDULO: IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO Sendo uma realidade que grande parte do retorno do investimento em práticas de Responsabilidade Social ainda só é mensurável em termos da criação de valor reputacional, torna-se fundamental, por parte das organizações que adoptam este tipo de práticas, perceber a relação intrínseca existente entre os conceitos de identidade, imagem e reputação, pois estes são indissociáveis e mutuamente dependentes. Assim, ao incluirmos neste modelo um módulo com estas características temos como objectivo uma melhor adequação do ponto de vista de comunicação, interna e externa, daquilo que são as bases fundamentais de diferenciação organizacional assente numa plena assumpção da Responsabilidade Social como vector central para esta diferenciação. O que só é possível quando há uma coerência entre identidade organizacional, imagem e reputação. Quando estas três dimensões não se encontram alinhadas torna-se praticamente inviável uma comunicação organizacional eficaz, quer a nível interno, quer a nível externo.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

- Percepcionar a ligação entre identidade, imagem e reputação - Perceber a ligação entre as questões de identidade, imagem e reputação e a Responsabilidade Social das Empresas - Referenciar os factores mais considerados pelos consumidores no que se relaciona com estas questões - Compreender o ciclo virtuoso da responsabilidade - Plano de Sessão

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Plano de Sessão 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Identidade, imagem e reputação - Conceptualização teórica - Definições e conceitos 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Modelo de referência - Reputação e RSE - Factores referenciados pelos consumidores 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – O ciclo virtuoso da Responsabilidade - Definição dos stakeholders - Desenvolvimento da relação - Concordância - Desempenho - Demonstração 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Apresentação de um caso prático - Debate 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

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Bibliografia Izzo, John and Withers, Pam. Values Shift: The New Work Ethic and What it Means for Business. Fairwinds Press, 2001. Sagawa, Shirley, and Eli Segal. Common Interest – Common Good: Creating Value through Social Sector Partnerships. Boston: Harvard Business School, 2000. Wilson, Ian. The New Rules of Corporate Conduct: Rewriting the Social Charter. Westport, CT: Quorum Books, 2000. Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. The Ford Foundation, 2000. Best Practice in Corporate Governance: Building Reputation And Sustainable Success by Adrian Davies (Hardcover - Jan 31, 2006). Investing in Corporate Social Responsibility: A Guide to Best Practice, Business Planning & the UK's Leading Companies by John Hancock (Hardcover - Feb 1, 2005).

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MÓDULO: A GESTÃO DAS PESSOAS E A RSE Numa sociedade cada vez mais diversa, as boas práticas de recursos humanos revelam-se como centrais para o incremento da competitividade e sustentabilidade organizacional. Ao falarmos de Responsabilidade Social torna-se assim imprescindível revelarmos a sua dimensão interna no que concerne à forma como hoje é feita a gestão de pessoas numa sociedade cada vez mais globalizada onde valores como a igualdade de oportunidades, a gestão da diversidade, a conciliação entre a vida privada e a vida profissional assumem uma relevância que até hoje não era visível. Assim, a adequação das práticas de recursos humanos a estas novas realidades deve ser uma pedra basilar na prossecução do objectivo fundamental que é transformarmos a actual sociedade numa sociedade mais coesa, mais inclusiva, mais justa e sem tantas assimetrias.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

- Perceber a evolução da função RH na nova economia - Identificar as principais práticas de Recursos Humanos ao nível da RSE - Identificar os principais instrumentos de integração da Responsabilidade Social no âmbito da gestão de recursos humanos - Mostrar exemplos de boas práticas

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Plano de Sessão 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Enquadramento conceptual - Evolução, âmbito e limites 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – A importância dos recursos humanos na Nova Economia - Principais mudanças - Principais tendências - Instrumentos e iniciativas 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Práticas de Recursos Humanos - Análise de casos 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Apresentação de um caso prático - Debate 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

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Bibliografia Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. The Ford Foundation, 2000. Human Resource Management: Ethics and Employment by Ashly Pinnington, Rob Macklin, and Tom Campbell. Managing Human Resources: Personnel Management in Transition by Stephen Bach. Guerreiro, Maria das Dores; Lourenço, Vanda; Pereira, Inês; Boas Práticas de Conciliação entre Vida Profissional e Vida Familiar; Lisboa, 2006. Guerreiro, Maria das Dores; Pereira, Inês; Responsabilidade Social das Empresas, Igualdade e Conciliação Trabalho-Família, Experiências do Prémio Igualdade é Qualidade; Lisboa, 2006.

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MÓDULO: INSTRUMENTOS DE GESTÃO – CÓDIGOS, RÓTULOS E CERTIFICAÇÕES Com o aumento do número de organizações que assumem a Responsabilidade Social como um factor estratégico e diferenciador, surgiram também um conjunto de novos instrumentos que servem, em grande medida, para certificar e validar perante as partes interessadas esse compromisso. Deste modo, a emergência de instrumentos como os códigos de conduta, os códigos de ética, as normas de certificação e os rótulos assumiram uma importância central para as organizações que não querem apenas demonstrar a sua nova filosofia de gestão, mas pretendem através da adopção de alguns dos instrumentos anteriormente referidos assumir uma postura mais transparente e coerente de acordo com os princípios básicos da Responsabilidade Social. A inclusão de um módulo com esta sub-temática pretende essencialmente listar os vários instrumentos existentes nestes domínios e a sua inter-relação com o princípio basilar da Responsabilidade Social que é o voluntarismo.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

- Perceber a evolução do conceito de RSE e o seu impacto ao nível dos mecanismos de certificação - Enunciar as principais formas de códigos, certificação e rotulagem - Identificar os principais instrumentos para a RSE

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Plano de Sessão 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Códigos, rótulos e certificações - Antecedentes 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Práticas de Responsabilidade Social - Evolução - Factores associados 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Instrumentos para a RSE - Análise e comparação de alguns instrumentos - Debate 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Apresentação de um caso prático - Debate 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

Bibliografia Value Shift: Why Companies Must Merge Social and Financial Imperatives to Achieve Superior Performance by Lynn Sharp Paine (Paperback - Sep 29, 2003).

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MÓDULO: GESTÃO ESTRATÉGICA DA RSE

A estratégia organizacional como fundamento central de toda a actividade organizacional assume hoje uma dimensão que até aqui era um pouco negligenciada, ou seja, a estratégia que até há bem pouco tempo era assente em princípios que visavam essencialmente a criação de valor para o accionista, passou a incorporar também dimensões e objectivos de carácter social e ambiental que são hoje imprescindíveis para a competitividade global das organizações. Assim a definição da estratégia, da missão e dos valores organizacionais passou também a incluir questões como a Responsabilidade Social e o Desenvolvimento Sustentável. Desta forma, o objectivo deste módulo é precisamente a adequação das organizações a esta nova realidade, sendo que uma mais-valia fundamental deste módulo reside na definição dos passos fundamentais para a implementação de um modelo de gestão estratégica da RSE.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

- Perceber o mecanismo de implementação de uma estratégia socialmente responsável - Identificar os principais comportamentos de RS - Desenvolver capacidades de gestão da RSE - Mostrar exemplos de boas práticas

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Plano de Sessão 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – A implementação de uma estratégia socialmente responsável - Etapas a seguir - Níveis de implementação 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Comportamentos socialmente responsáveis - Valores e transparência - Público interno - Meio ambiente - Fornecedores - Consumidores - Comunidade 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Boas práticas internacionais - Análise de casos 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Apresentação de um caso prático - Debate 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

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Bibliografia Corporate Social Responsibility and International Development: Is Business the Solution? by Michael Hopkins (Hardcover - Dec 2006) Hodges, Adrian; and Grayson, David. Everybody's Business. BK Publishing, 2002. Rochlin, Steven; and Christoffer, Brenda. Making the Business Case: Determining the Value of Corporate Community Involvement. Boston College Center for Corporate Community Relations, 2000. Rochlin, Steven; Coutsoukis, Platon; and Carbone, Leslie. Measurement Demystified. The Center for Corporate Citizenship at Boston College, 2001. Roy, Delwin, Laurie Regelbrugge, and David Logan. Global Corporate Citizenship: Rational and Strategies. Washington DC: Hitachi Foundation, 1997. Sullivan, Jeremiah. The Future of Corporate Globalization: From the Extended Order to the Global Village. Quorum Books 2002. Tabb, William K. Unequal Partners: A Primer on Globalization. New Press, 2002. Weeden, Curt. Corporate Social Investing: The Breakthrough Strategy for Giving and Getting Corporate Contributions. San Francisco: BerrettKoehler Publishers, Inc., 1998. Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. The Ford Foundation, 2000.

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MÓDULO: GESTÃO DE PARCERIAS

Uma dimensão central e fundamental da RSE reside precisamente na capacidade de construir e gerir parcerias com as organizações da sociedade civil pois muitas das vezes não existe sobre o conceito da parceria uma visão estratégica da mesma e ao invés em muitos dos casos o que temos são acordos casuísticos e pontuais que carecem de uma eficaz e objectiva avaliação das mais-valias que este tipo de acções podem acarretar. Assim, neste módulo destacamos as várias formas de estabelecimento e gestão de parcerias enfatizando questões como o voluntariado, o mecenato e as parcerias estabelecidas pelas empresas que actuam nos países em desenvolvimento. Deste modo, este módulo apresenta uma dimensão prática fundamental para a capacitação de todas as organizações que encarem a formação de parcerias como uma mais-valia para toda a actividade organizacional.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG 8 horas

Duração da acção: A definir caso a caso. Local da acção: A designar Monitor:

Objectivo:

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- Proporcionar a capacitação de pessoas que têm uma actividade empresarial (ou que procuram tê-la) e que estão activamente empenhadas no envolvimento comunitário empresarial – quer como gestores do processo, quer como participantes. - Identificar e enunciar as várias formas de envolvimento na comunidade. - Identificar as regras fundamentais para a constituição de parcerias. - Desenvolver capacidades de gestão do voluntariado empresarial. - Desenvolver capacidades de gestão do mecenato/ patrocínios/ doações.


Plano de Sessão 1 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Porque as empresas se envolvem e investem na comunidade? - Razões económicas e sociais - Alinhamento do investimento na comunidade com as necessidades da empresa/negócio 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Alguns exemplos de envolvimento na comunidade: - Patrocínio/mecenato - Doações em espécie - Peritos funcionais - Mentoring - Apoio na angariação de fundos - Voluntariado dos colaboradores 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Envolvimento Comunitário das Empresas Portuguesas em Países em Desenvolvimento - Com quem se envolvem? - Que tipo de apoio prestam? - Benefícios do envolvimento - Motivações - Casos Práticos 15:30 – 16:00 – Pausa para café

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16:00 – 17:45 – Identificar os tópicos relevantes na gestão de parcerias - Quais os problemas e assuntos reais em que se pretende intervir - Clarificação dos resultados esperados - Acções/recursos necessários - Requisitos temporais 17:45 - 18:00 – Encerramento

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Plano de Sessão 2 09:30 – 11:00 – Desenvolvimento de um projecto de voluntariado - Benefícios para a empresa e para os colaboradores - Voluntariado Empresarial em Portugal – Diagnóstico - Vantagens: Comunidade, Colaboradores e Empresa - Modelo de Planeamento Estratégico - Métodos de Implementação 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Desenvolvimento de um projecto de mecenato - Principais regras 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 17:30 – Visita a uma instituição - Apresentação por parte de um parceiro do 3º sector - Presenciar in loco o trabalho desenvolvido por uma ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 – Encerramento

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Bibliografia Andriof, Jorg and McIntosh, Malcolm. Perspectives on Corporate Citizenship. Greenleaf Publishing, 2001. Avery, Christopher. Business and Human Rights in a Time of Change. Amnesty International United Kingdom, 2000. Levy, Reynold. Give and Take: A Candid Account of Corporate Philanthropy. Harvard Business School Press, 1999. Logan, David. Employees in the Community: A Global Force for Good. The Corporate Citizenship Company: London, 2002. Nelson, Jane. Building Partnerships. United Nations Department of Public Information: New York, 2002. Rochlin, Steven; and Bliss, Tamara. Benchmarks for International Corporate Community Involvement. The Center for Corporate Citizenship at Boston College, 2002. Rochlin, Steven; and Boguslaw, Janet. Business and Community Development. The Center for Corporate Citizenship at Boston College, 2001. Roy, Delwin, Laurie Regelbrugge, and David Logan. Global Corporate Citizenship: Rational and Strategies. Washington DC: Hitachi Foundation, 1997. Sagawa, Shirley, and Eli Segal. Common Interest – Common Good: Creating Value through Social Sector Partnerships. Boston: Harvard Business School, 2000.

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MÓDULO: SOCIAL REPORTING

Os relatórios sociais e de sustentabilidade são hoje uma das faces mais visíveis da assumpção de um novo posicionamento por parte das organizações relativamente à sua Responsabilidade Social, sendo que o potencial destas ferramentas de comunicação ainda se encontra um pouco longe daquilo que seria desejável, nomeadamente no que concerne às questões que se prendem com a comparabilidade e relevância da informação aí constante. Assim, este módulo pretende essencialmente apresentar os referenciais mais utilizados neste domínio, tentando perceber a sua pertinência e abrangência e analisar um conjunto de exemplos de boas práticas neste domínio.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

- Identificar a importância do reporte como forma de comunicar as práticas empresariais aos diferentes stakeholders - Enunciar as várias formas de reporte - Identificar os principais referenciais de reporte - Perceber a metodologia e os princípios do social reporting

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Plano de Sessão 1 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Social reporting - Enquadramento teórico - Porquê e o que comunicar 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Metodologias e princípios de reporting - Abordagens - Formas de comunicar 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – Boas práticas de reporte - Análise de alguns relatórios de referência - Debate 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial - Apresentação de um caso prático - Debate 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 – Encerramento

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Bibliografia Corporate Social Reporting by N.P. Agarwal The impact of culture and governance on corporate social reporting [An article from: Journal of Accounting and Public Policy] by R.M. Haniffa and T.E. Cooke Sustainable Measures: Evaluation and Reporting of Environmental and Social Performance by Martin Bennett, Peter James, and Leon Klinkers (Hardcover - Jun 1999) Building Corporate Accountability: Emerging Practices in Social and Ethical Accounting, Auditing and Reporting by Simon Zadek, Peter Pruzan, and Richard Evans (Paperback - Nov 1997) The Triple Bottom Line: Does It All Add Up?: Assessing the Sustainability of Business and CSR by Adrian Henriques and Julie Richardson (Hardcover - April 2004) Corporate Sustainability Reporting: A New Approach for takeholder Communication by Martha Fani Cahyandito (Paperback - 2005) The future of corporate sustainability reporting: a rapidly growing assurance Opportunity: An article from: Journal of Accountancy by Brian Ballou, Dan L. Heitger, and Charles E. Landes.

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MÓDULO: MARKETING SOCIAL

Hoje muitas das organizações apostam no marketing como uma ferramenta central para a fidelização dos seus clientes e consumidores. Neste contexto, o surgimento do Marketing Social traduz-se numa integração de questões de carácter social e/ou ambiental como forma de atracção e retenção de uma nova tipologia de consumidores, para os quais a Responsabilidade Social é mais um dos factores tidos em conta aquando do processo de tomada de decisão de compra. Nesse sentido, torna-se cada vez mais comum observarmos a associação de empresas e organizações da sociedade civil em campanhas de marketing e na luta por determinadas causas sociais. O intuito deste módulo é precisamente dotar as pessoas das competências imprescindíveis para a elaboração de campanhas de marketing social e perceber a sua importância para a sensibilização da opinião pública para determinadas realidades.

Destinatários:

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL e ONG

Duração da acção:

8 horas

Local da acção:

A definir caso a caso.

Monitor:

A designar

Objectivo:

- Definir o conceito de marketing social - Identificar as principais regras do marketing social - Capacitar os formandos para a elaboração de um plano de marketing social - Mostrar exemplos de boas práticas

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Plano de Sessão 1 09:30 – 09:50 – Abertura da sessão: - Introdução ao programa - Regras de aprendizagem e participação - Propósito e resultados esperados - Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização, objectivos pessoais 09:50 –11:00 – Marketing Social: conceitos e definições - Enquadramento teórico - Principais definições e conceitos 11:00 – 11:30 – Pausa para café 11:30 – 13:00 – Os 7 P’s do Marketing Social - Produto - Preço - Distribuição - Promoção - Parcerias - Politicas - Política 13:00 – 14:00 – Pausa para almoço 14:00 – 15:30 – O plano de Marketing Social 15:30 – 16:00 – Pausa para café 16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empresarial 17:30 – 17:50 – Conclusões 17:50 – 18:00 – Avaliação 18:00- 18:15 - Encerramento

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Bibliografia Weeden, Curt. Corporate Social Investing: The Breakthrough Strategy for Giving and Getting Corporate Contributions. San Francisco: BerrettKoehler Publishers, Inc., 1998. Social Marketing: Improving the Quality of Life by Philip Kotler, Ned Roberto, and Nancy R. Lee (Paperback - Jun 15, 2002) Social Marketing: Why should the Devil have all the best tunes? by Gerard Hastings (Paperback - Jul 2, 2007) Social Marketing in the 21st Century by Alan R. Andreasen (Hardcover Dec 9, 2005) Social Marketing: Influencing Behaviors for Good by Philip Kotler and Nancy R. Lee (Paperback - Dec 11, 2007).

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5. Guia de Auto-avaliação de competências em RSE Por cada pergunta abaixo, faça um círculo no número à direita que melhor se adequar à sua opinião sobre a importância do assunto. Utilize a escala acima para corresponder a sua opinião.

Escala de Concordância

Discordo Totalmente

Discordo

1. Conheço o conceito de Responsabilidade Social das empresas.

1

2

2. Sou capaz de identificar os principais momentos de desenvolvimento da abordagem da RSE.

1

3. Sou capaz de identificar os desafios à Ética empresarial no quadro da Globalização.

Não Concordo

Concordo

Bastante

3

4

5

2

3

4

5

1

2

3

4

5

4. Conheço os princípios de gestão estratégica da RSE.

1

2

3

4

5

5. Sou capaz de desenvolver um plano estratégico de RSE.

1

2

3

4

5

6. Sou capaz de desenvolver práticas de RSE.

1

2

3

4

5

7. Conheço práticas de RSE na Dimensão Económica, de envolvimento na comunidade, ambiental e dos colaboradores.

1

2

3

4

5

8. Conheço os obstáculos que as mulheres podem encontrar na formação profissional e no mercado de trabalho.

1

2

3

4

5

9. Conheço técnicas de aplicação do princípio da igualdade de oportunidades.

1

2

3

4

5

10. Sou capaz de desenvolver práticas de aplicação do princípio da igualdade de oportunidades.

1

2

3

4

5

11. Sei comunicar escrita e verbalmente com os agentes de RSE.

1

2

3

4

5

12. Sou capaz de desenvolver uma estratégia de diálogo com os stakeholders.

1

2

3

4

5

13. Sou capaz de criar instrumentos de recolha de informação dos stakeholders.

1

2

3

4

5

Nem Discordo

49


Escala de Concordância

Discordo Totalmente

Discordo

14. Conheço as actividades e o funcionamento das organizações não governamentais.

1

2

15. Sou capaz de identificar os princípios chave para o desenvolvimento de parcerias.

1

16. Sou capaz de identificar e envolver potenciais parceiros em projectos de RSE.

Não Concordo

Concordo

Bastante

3

4

5

2

3

4

5

1

2

3

4

5

17. Sou capaz de identificar práticas de Responsabilidade Social de empresas em países em desenvolvimento.

1

2

3

4

5

18. Conheço as especificidades sociais, económicas, políticas e ambientais inerentes à condução de actividades de responsabilidade social nos países em desenvolvimento.

1

2

3

4

5

19. Tenho capacidades para desenvolver práticas de actividades de responsabilidade social nos países em desenvolvimento.

1

2

3

4

5

20. Sou capaz de participar em projectos de Responsabilidade Social, em parceria com empresas em países em desenvolvimento.

1

2

3

4

5

21. Conheço os documentos guia para o desenvolvimento de práticas de RSE em países em desenvolvimento.

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

23. Sou capaz de fazer o levantamento de práticas e redes existentes de voluntariado empresarial.

1

2

3

4

5

24. Sou capaz de antecipar evoluções futuras em termos de práticas de voluntariado.

1

2

3

4

5

25. Sou capaz de propor soluções de voluntariado empresarial.

1

2

3

4

5

26. Sou capaz de identificar o público-alvo objecto de práticas de voluntariado.

1

2

3

4

5

27. Sou capaz de identificar acções e programas de voluntariado a desenvolver.

1

2

3

4

5

28. Sou capaz de identificar soluções para problemas sociais, ambientais e económicos relevantes, que possam ser traduzidas em acções de voluntariado empresarial.

1

2

3

4

5

22. Conheço o funcionamento e as lógicas que subjazem às acções de voluntariado qualificado.

50

Nem Discordo


Escala de Concordância

Discordo Totalmente

Discordo

29. Sou capaz de implementar acções de voluntariado empresarial.

1

2

30. Sou capaz de avaliar os resultados das acções de voluntariado qualificado desencadeadas.

1

31. Sou capaz de integrar voluntários empresariais na organização.

Não Concordo

Concordo

Bastante

3

4

5

2

3

4

5

1

2

3

4

5

32. Sou capaz de comunicar de forma efectiva as acções de voluntariado empresarial.

1

2

3

4

5

33. Conheço os princípios de gestão da identidade, imagem e reputação no âmbito da RSE.

1

2

3

4

5

34. Conheço o conceito de marketing social.

1

2

3

4

5

35. Conheço os princípios de desenvolvimento de actividades de marketing social.

1

2

3

4

5

36. Sou capaz de aplicar os princípios de desenvolvimento de actividades de marketing social.

1

2

3

4

5

37. Conheço instrumentos de integração da responsabilidade social na gestão dos recursos humanos.

1

2

3

4

5

38. Conheço práticas de integração da responsabilidade social na gestão dos recursos humanos.

1

2

3

4

5

39. Sou capaz de aplicar instrumentos de RSE na gestão dos recursos humanos.

1

2

3

4

5

40. Consigo seleccionar critérios de RSE

1

2

3

4

5

41. Sou capaz de elaborar um relatório de sustentabilidade.

1

2

3

4

5

42. Sou capaz de analisar práticas de responsabilidade social.

1

2

3

4

5

43. Sou capaz de construir instrumentos de recolha de dados e sistematização de boas práticas.

1

2

3

4

5

44. Sou capaz de recolher e gerir informação sobre as questões relacionadas com a RSE.

1

2

3

4

5

Nem Discordo

51


52


6. Questionário de Satisfação Exmos. (as) Senhores (as), o presente inquérito tem como fim conhecer o V. grau de satisfação, relativamente à sessão de formação. Agradecemos desde já a V. colaboração. Por cada pergunta abaixo, faça um círculo no número à direita que melhor se adequar à sua opinião sobre a importância do assunto. Utilize a escala acima para corresponder a sua opinião.

Escala de Concordância

Muito Insuficiente

Insuficiente

Suficiente

Bom

Muito Bom

Programa

1

2

3

4

5

1. Utilidade dos temas.

1

2

3

4

5

2. Actividades.

1

2

3

4

5

3. Suportes pedagógicos.

1

2

3

4

5

4. Adequação da carga horária.

1

2

3

4

5

Monitoria

1

2

3

4

5

5. Domínio do assunto.

1

2

3

4

5

6. Clareza do discurso.

1

2

3

4

5

7. Métodos pedagógicos.

1

2

3

4

5

8. Motivação do grupo.

1

2

3

4

5

9. Relacionamento com os participantes.

1

2

3

4

5

Auto-Avaliação

1

2

3

4

5

10. Motivação e Participação.

1

2

3

4

5

11. Relacionamento com os colegas.

1

2

3

4

5

12. Resultados da aprendizagem.

1

2

3

4

5

Apreciação Global

1

2

3

4

5

13. Apreciação Global

1

2

3

4

5

Outras Observações:

53


7. Webliografia Bases de dados de Boas Prรกticas: http://www.csreurope.org/marketplace http://www.rseportugal.eu/marketplace http://www.caseplace.org

Outros Sites: http://www.csreurope.org/ http://www.accountability.org.uk/ http://www.efqm.org/new_website/ http://www.bsdglobal.com/ http://www.euractiv.com http://www.global-responsibility.com/ http://www.sa8000.org http://www.csrwire.com http://www.bitc.org.uk http://www.imsolidarite.com http://www.nyforetagarcentrum.se http://www.sodalitas.it http://www.empreaysociedad.org

54





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