Revista do Comércio ACP 2012-Outubro/Novembro

Page 1

SETEMBRO . OUTUBR0

2012 N. 164

R E V I S TA D A A S S O C I A Ç Ã O C O M E R C I A L D O PA R A N Á

COPA EM CURITIBA COMÉRCIO VAI PRECISAR DE MUITA ORGANIZAÇÃO E MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA

COMPORTAMENTO

COMO CONCILIAR A VIDA PESSOAL COM A PROFISSIONAL

ACP 2012 / 2014 NOVA DIRETORIA E NOVOS DESAFIOS


anĂşncio


Uma história rica e vitoriosa A Associação Comercial do Paraná fundada no alvorecer da República pelo empresário Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, em 1890, seu primeiro presidente, está completando 122 anos de profícua atividade em prol do associativismo e do desenvolvimento socioeconômico do setor produtivo e, por extensão, da sociedade. Com a finalidade de marcar esse momento especial, a instituição fez o lançamento do livro Pedaços de Muita Vida, a História dos 122 anos da Associação Comercial do Paraná, escrito pelo jornalista e pesquisador Nilson Monteiro que, com maestria e diligência, garimpou fatos e documentos que deram consistência à obra entregue ao público no dia 20 de agosto, em solenidade realizada no Museu Oscar Niemeyer. O relato promove o resgate da memória de nossa Associação mais que centenária, revivendo um glorioso acervo de integração na história paranaense desde o final do século XIX, ao longo de todo o século XX e adentrando o século XXI. Fonte privilegiada de consulta para historiadores, pesquisadores, sociólogos, cientistas políticos e estudantes, o livro será de grande valia na compreensão da pujança econômica do Paraná, com destaque para os ciclos do mate, madeira e café, desenvolvimento do comércio e a fase inicial do processo de industrialização. Por tudo isso, a ACP sente-se orgulhosa de seus 122 anos de história e, mais ainda, por colocar ao alcance dos leitores, mesmo os mais exigentes, um memorial da contribuição de ilustres cidadãos que, desde a presidência do Barão do Serro Azul até os dias atuais, se dedicaram à defesa da ética e da moral, valores intangíveis cultivados pela Casa.

Edson José Ramon Presidente da Associação Comercial do Paraná

felipe rosa

PALAVRA DO PRESIDENTE


anĂşncio

4


anĂşncio

5


Presidente Edson José Ramon Diretoria José Eduardo de Moraes Sarmento- 1º Vice-Presidente Antonio Miguel Espolador Neto- 2º Vice-Presidente Odone Fortes Martins - 3º Vice-Presidente Glaucio José Geara - 4º Vice-Presidente Sinval Zaidan Lobato Machado - 5º Vice-Presidente João Edison Alves Camargo e Gomes - 6º Vice-Presidente - 1º Secretário Edda Deiss de Melo e Silva - 7º Vice-Presidente - 2ª Secretária Walter Roque Martello - 8º Vice-Presidente - 3º Secretário Dalton Zeni Rispoli- 9º Vice-Presidente - 1º Tesoureiro Arnaldo Luiz Miró Rebello - 10º Vice-Presidente - 2º Tesoureiro Camilo Turmina - 11º Vice-Presidente Airton Adelar Hack - 12º Vice-Presidente Jean Michel Patrick Tumeu Galiano - 13º Vice-Presidente Carlos Eduardo Guimarães - 14º Vice-Presidente Monroe Fabrício Olsen - 15º Vice-Presidente Jorge Carvalho Oliveira Junior - 16º Vice-Presidente Carlos Eduardo Nascimento - 17º Vice-Presidente Niazy Ramos Filho - 18º Vice-Presidente Bernadete Zagonel - 19º Vice-Presidente Ludovico Szygalski Junior - 20º Vice-Presidente Ivo Orlando Petris - 21º Vice-Presidente Jandira Scussel - 22º Vice-Presidente Henrique Domakoski - 23º Vice-Presidente Emmanuel Gazda - 24º Vice-Presidente Conselho Superior Werner Egon Schrappe (1990/1992) Eduardo Guy de Manuel (1994/1996) Ardisson Naim Akel (1996/1998) Jonel Chede (1998/2000) Marcos Domakoski (2000/2004) Cláudio Gomes Slaviero (2004/2006) Virgílio Moreira Filho (2006/2008) Avani Tortato Slomp Rodrigues (2008/2010) Sócio Benemérito Rui Barreto Conselheiros Abdo Dib Abagge, Áureo Simões, Benedito Kubrusly Junior, Carlos Antônio Gusso, Edmundo Kosters, Ernani Lopes Buchmann, Estefano Ulandowski, Fernando Antônio Miranda, Henrique Lenz Cesar Filho, Jefferson Nogaroli, João Carlos Ribeiro, Jonel Chede Filho, Jorge Nacli Neto, Kazuco Akamine, Leonardo Petrelli Neto, Luis Alberto de Paula Cesar, Luis Celso Olivet Moura Branco, Luiz Antonio Sebben, Luiz Francisco Novelli Viana, Marco Antônio Peixoto, Mario Valério Gazin, Norman de Paula Arruda Filho, Omar Rachid Fatuch, Oriovisto Guimarães, Paulo Renato Steiner, Paulo Sergio Mourão, Pedro Joanir Zonta, Roberto Demeterco, Ruy Senff, Wolnei Gonçalves Betiol Conselho Deliberativo Antonio João Beal, Dionisio Wosniak, Eduardo Cristiano Lobo Aichinger, Eduardo Pimentel Slaviero, Gabriel Veiga Ribeiro, Geraldo Luiz Gonçalves, Gilmar Gonçalves de Godoy, Guido Albano Guérios, Hamilton Pinheiro Franck, Hélio Ballaroti Junior, Izabel Kugler Mendes, Jacques Rigler, Jose Carlos Infante Bonato, Jose Rovilson Souza Dias, Luis Humberto de Souza Daniel, Marcelo Bernardi Andrade, Marcia Cardoso de Almeida, Maria Cristina Fernandes M. Coutinho, Marilia Gonzaga Maristela Kozan, Miguel Gomar Filho, Naim Akel Neto, Paulo Roberto Brunel Rodrigues, Rogerio Mainardes, Sérgio Tadeu Monteiro de Almeida, Vanderlei Follmann, Walmor Weiss, Wanderley Cardoso de Moraes, Wilma Kurt Heussinger, Wilson Portes Conselho Fiscal Titular: Oclândio José Sprenger, Irene Gobetti Vissoni, Antonio Gilberto Deggerone Suplentes: Dirceu Alipio L. dos Santos, Euclides Locatelli, Marcia Cristina P. Rossetim

A Revista do Comércio é uma publicação da Associação Comercial do Paraná - ACP. Rua XV de Novembro, 621 80020-310 Curitiba PR 41 3320 2929 Fax 41 3320 2535.

6

_jornalista responsável: Ana Costa MTB 3478/13/59 _colaboração: Rafael Giublin _assesssoria de imprensa: Pedro Chagas Neto, Ivan Schmidt, Giorgia Gschwendtner e Leandro D. Filus _projeto gráfico e diagramação: Ideale Design, ideale@idealedesign.com.br _comercialização: Saltori Assessoria Comercial 41 3016-9094, vicente@saltori.com.br _tiragem: 8 mil exemplares _impressão: Serzegraf _Assessoria de Imprensa da Associação Comercial do Paraná - ACP secretária: Darcília Tirapelli 41 3320 2559 acpimprensa@acp.org.br. Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Associação Comercial do Paraná - ACP.


anĂşncio


índice

capa

10 A bola vai rolar

18 Gestão

A Copa de 2014 está chegando e, com ela, a necessidade de capacitação.

Edson Ramon assume segundo mandato com intuito de dar continuidade aos projetos já iniciados.

felipe rosa

boa ideia

50 Pão Quente

Uma mídia diferente que já conquistou seu espaço no mercado

em casa

14 Centro Vivo

8

A Rua XV de Novembro, mesmo após 123 anos de existência, continua uma referência comercial.

agenda notícias outubro rosa no meu bairro tem

9 40 47 48

comportamento estou lendo Gastronomia crônica

54 56 57 58


agenda ULC

Conhecimento é sempre um excelente investimento! Escolha um dos cursos da Universidade Livre do Comércio e mantenha-se atualizado. Para participar não é necessário ser associado da Associação Comercial do Paraná. A ULC fica na própria ACP, à rua XV de Novembro, 621, 4º andar. Informações 41. 3 3 20 2 92 9 e 41. 3 3 20 2 9 9 0 ou sac@acp.org. b r e u l c @ a c p.o rg . b r

Atenda o cliente como ele quer ser atendido 01 e 04 de outubro, das 19 às 22 horas O bom atendimento cria clientes fiéis, e isso independe do perfil de comportamento deles, pois, com este curso, você vai perceber que não há cliente difícil, mas sim, mal atendido. E atender bem não significa atender como você gostaria de ser atendido, mas como ele deseja.

CURSOS OUTUBRO

CURSOS NOVEMBRO 05 a 07 Modelo de Negócios Inovadores das 19 às 22 horas 06

Palestra: Prevenção e Planejamento os maiores aliados

13

Palestra: Vendendo mais no final e no início do ano

19 a 23

Matemática Financeira com Excel

das 19h30 às 21h30

das 19h30 às 21h30 das 19 às 22 horas

19 a 23 Personal Stylist

das 19 às 22 horas

20 a 23

Liderando para Alta Performance em Vendas

das 19 às 22 horas

20 a 23

Negociando com Eficiência

26 a 30

Oratória para Vendedores

das 19 às 22 horas das 19 às 22 horas

01 a 04 Atenda o cliente como ele quer ser atendido das 19 às 22 horas 02

Palestra: Marketing Criativo como ter mais resultado com o mesmo investimento

das 19h30 às 20h30

01 a 05 MS Excel 2007 – Intermediário das 19 às 22 horas 16 a 18 Curso Prático: Justiça do Trabalho como evitar processos das 19 às 22 horas 22 a 24 Super Apresentações Empresariais das 19 às 22 horas 22 a 26 Chefia e Liderança das 19 às 22 horas 23 a 26 Vitrinismo e Visual de Loja das 19 às 22 horas 23 a 25 Vendas – Atitudes e Técnicas dos Campeões das 19 às 22 horas 23 a 25 Vendas Consultivas das 19 às 22 horas 25

Palestra: Atitudes para Seduzir o Cliente

das 19h30 às 21h30

Negociando com Eficiência 20 a 23 de novembro, das 19 às 22 horas O que mais fazemos durante o dia é negociar, e o resultado de cada uma destas operações afeta a motivação, o clima organizacional e a saúde financeira. Por isso, a eficiência na arte de negociar é fundamental quando se foca na sobrevivência da empresa, pois ela depende dos bons resultados.

9


capa

A bola vai rolar

As oportunidades serรฃo para todos. A Copa de 2014 estรก se aproximando e os comerciantes e prestadores de serviรงos precisam correr atrรกs

10


capa

>

Estimulados a inovarem e se tornarem competitivos. Para Rachel de Castro Villar, empresária da Villares Consultoria, Personal & Professional Coach, esta é a chave para o sucesso na Copa do Mundo de Futebol, que será realizada no Brasil, em 2014. “É assim que atrairemos maior lucratividade antes, durante e depois do evento”, diz a Bacharel em Turismo e Psicologia, com Mestrados Executivos em Administração de Negócios e Marketing Turístico e em Desenvolvimento Humano para Gestores, ambos pela Fundação Getúlio Vargas. Como consultora para projetos especiais no segmento turístico, Rachel ainda afirma que as oportunidades surgem quando o empreendedor identifica e oferece uma solução para algo que as pessoas querem e ninguém no mercado está oferecendo naquele momento. “O grande objetivo não é listar negócios que se pode abrir para atender a demanda, mas listar as maiores dificuldades que possamos vir a enfrentar com a proximidade da Copa. Só com o fato de identificar soluções para estes problemas ou para as consequências deles, já se pode afirmar que encontramos uma grande oportunidade de negócio”, frisa. Segundo Rachel, algumas cidades brasileiras – assim como São Paulo – já convivem com grandes eventos há anos, setor que movimenta várias cadeias produtivas, incluindo construção civil, tecnologia da informação, serviços e negócios, que também envolvem logística, transportes e hospedagem, por exemplo. “Para complementar as necessidades de saber mais e desenvolver competências em cima destas novas propostas de Rachel de Castro Villar, trabalho, o Sebrae, com empresária da Villares forte atuação no terceiConsultoria ro setor, lançou em seu portal uma cartilha com pesquisas fundamentais para alinhar cada região brasileira com as perspectivas de atuais e novos negócios numa ampla visão de mercado. Esta cartilha está em formato de “Guia e Tendências de Negócios e Perfil dos Consumidores para 2014”, e trata de como diversas áreas podem aproveitar melhor seu negócio com as novas perspectivas para grandes eventos”, indica a empresária.

É assim que atrairemos maior lucratividade antes, durante e depois do evento da Copa

divulgação

a bola vai rolar

_Rachel de Castro Villar, empresária da Villares Consultoria, Personal & Professional Coach

_Na linha do gol De acordo com informações do Ministro do Turismo, Gastão Vieira, o Governo tem criado diversas linhas de crédito especialmente voltadas para atender esse público que pretende investir mais em seu próprio negócio, a fim de permitir que ocupem um espaço maior na economia, tornando-o mais abrangente em suas propostas diante do mercado, com condições diferenciadas e com taxas de juros mais baixas para projetos que forem mais ambientalmente sustentáveis. Quanto à qualificação profissional, esta se dará por meio de uma parceria entre os Ministérios do Turismo e da Educação, num programa de treinamento e capacitação chamado Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego). Rachel Villar frisa que esta é uma das principais ações do governo federal e visa preparar os trabalhadores para atender com qualidade e competência os visitantes, fortalecendo a imagem do país como um destino turístico ideal para diversos públicos. “Este programa irá capacitar, principalmente, quem já trabalha na área que envolve o turismo e também quem pretende se profissionalizar com este objetivo”, diz. Segundo ela, ao todo, são 29 atividades ligadas ao receptivo turístico, incluindo cursos de idiomas, processos relacionados à recepção de demanda nos hotéis e aeroportos, viagens, eventos, serviços de alimentação, bebidas, entretenimento e interação. “Os participantes também receberão auxílio estudantil, entre alimentação e transporte”, frisa. >

11


capa a bola vai rolar

>

“Para que tudo isso aconteça a contento, será preciso muita atenção e dedicação de todos os atores: governo federal, membros das secretarias estaduais, municipais e, principalmente, de todos os envolvidos com a visibilidade de prosperidade nas cidades-sedes”, comenta a consultora, deixando claro que, com todo este potencial da mão de obra qualificada, já somos vencedores em todos os aspectos.

_Jeitinho brasileiro De acordo com Rachel, o brasileiro tem uma característica cultural que não permite que ele obtenha vantagem em tudo o que faz – ao contrário do que prega o famoso “jeitinho brasileiro”, pois, como ela diz “deixamos para executar o necessário na última hora”. Porém, com o tipo de demanda que já está entre nós, em função da Copa, não podemos nos dar ao luxo de cometer os mesmos erros de sempre. “Não devemos nos acomodar e acreditar que os turistas estão dispostos a comprar e pagar qualquer preço pelos produtos e serviços oferecidos. Este tipo de demanda exige muita qualidade nos serviços e nas instalações. Não há necessidade de luxo, mas do conforto eles não abrem mão”, frisa a empresária. Mesmo que os turistas que viajam para acompanhar um evento, como a Copa do Mundo, tenham alto padrão aquisitivo e conheçam destinos diversos, eles devem ser conquistados para que queiram voltar ao Brasil com mais tempo e calma. divulgação

_Investimentos

12

Mais de R$ 500 milhões. Esta é a soma dos recursos previstos para os dois maiores programas federais de capacitação: o programa Bem Receber Copa, do Ministério do Turismo (MTUR), e o Plano de Qualificação da Mão de Obra da Copa (Planseq Copa), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Rachel explica que, com um financiamento de R$ 138,6 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e meta de capacitar 150 mil pessoas até 2014, o Planseq Copa é a principal atividade do MTE para o evento, ressaltando que estão programados cursos para todas as 12 cidades-sede, assim como para localidades próximas. “O projeto foi lançado no Rio de Janeiro, em 27 de agosto de 2010, e os 25 cursos prometidos ainda não começaram. Há uma grande expectativa, mas, segundo informações da assessoria de imprensa do MTE, o ministério ainda está elaborando o edital de chamada pública para seleção das entidades para realizar os cursos”, diz a empresária, completando que os principais setores a serem atendidos são gastronomia, hospitalidade, empreendimento individual e transporte. Já o programa do Ministério do Turismo, segundo Rachel Villar, tem uma previsão de gastos três vezes maior que a iniciativa do TEM: “o investimento total é de R$ 440 milhões e a meta é capacitar 306 mil profissionais”. Neste caso, já se podem ver os resultados. O projeto teve início há um ano e, segundo a assessoria do MTur, já concluíram o treinamento 71.777 pessoas, até o mês de julho de 2011, sendo a Fundação Getúlio Vargas a responsável pela elaboração do conteúdo programático dos cursos e por desenvolver a avaliação de resultados. >


capa a bola vai rolar

>

“Ao todo, 65 municípios – não necessariamente próximos das cidades-sede da Copa – recebem o programa de cursos específicos para profissionais de turismo nos segmentos de alimentação fora do lar, locadoras de automóveis, transporte aéreo regional, turismo de aventura, meios de hospedagem, agentes e operadoras de turismo, negócios e eventos”, comenta Rachel, afirmando que as oportunidades serão para todos, e não estão somente nas cidades sedes e arredores, afinal, devemos estar cientes de que muitos turistas vão aproveitar a oportunidade para visitar outras cidades e regiões, mesmo que estas não estejam no calendário esportivo. Além disso, a consultora frisa a importância de ter um novo olhar sobre as novas possibilidades e buscar orientações através de leituras, internet, ou mesmo de consultores disponibilizados no próprio segmento do sistema S. “É relevante entender que, quem tem na sua empresa mão de obra qualificada, irá se beneficiar mais”, destaca. “Como consultora, não incentivo que se crie um empreendimento só por causa dos megaeventos. A Copa é super importante, mas não olhe só ela, olhe para o que ocorre antes, durante e, principalmente, depois dela”, alerta. Saiba mais sobre o tema no site: www.portal2014.org.br

_7 dicas práticas para se preparar bem para 2014 Lembre-se que o turista que vai transitar por Curitiba é essencialmente o brasileiro. O que você tem a oferecer a ele? Seu produto está inserido dentro das necessidades básicas deste turista? Não tenha a ilusão de que ele vai gastar com o que não precisa. Se pretender ampliar ou abrir as portas do seu negócio para a Copa, faça uma análise minuciosa do mercado para que continue sua atividade após o evento. Quem pretende fazer um empréstimo para ampliar seu negócio ou estocar seu produto, tome cuidado para não cometer excessos, lembrando que o evento dura apenas 30 dias. Não superestime seu produto ou serviço, pois o turista, seja ele brasileiro ou estrangeiro, sabe muito bem o valor das coisas. Tome cuidado com investimento excessivo em brindes. Isso pode até agradar num primeiro momento, desde que não agregue valor ao produto. Mas lembre-se: o estrangeiro dificilmente é conquistado por brindes. Não se ache preparado. Todo empresário e colaboradores precisam, necessariamente, buscar algum tipo de capacitação.


centro vivo

ipucc

123 anos de atualidade

14

A eterna Rua XV de Novembro, símbolo de Curitiba, continua sendo referência comercial e turística A Rua XV é sinônimo de Curitiba. Com seu trecho – conhecido como Rua das Flores – fechado em 1972, se tornou a primeira grande via pública exclusiva para pedestres no Brasil, o que a deixou marcada como o maior centro comercial de Curitiba na época, bem como um ponto turístico característico da cidade. Ainda hoje, a XV é referência em comércio de rua da capital paranaense, e este foi o motivo da escolha da Lojas Coppel para abrir sua primeira sede do Brasil, na Rua XV. A loja foi inaugurada em abril de 2010, e visou abranger o grande público da rua. “A Rua XV é um ponto comercial muito atrativo pela boa localização e por atingir um grande fluxo de pessoas, o que nos permitiu termos clientes de diferentes localizações da cidade”, aponta Juliana Lago, Gerente da Marketing das Lojas Coppel. Segundo a mesma, a escolha de Curitiba foi baseada em inúmeros critérios, entre eles a forte economia do estado – que é a quinta maior do Brasil. Outro fator decisivo foi uma pesquisa realizada com os consumidores da loja: “o comércio de rua ainda está em alta. E percebemos que nossos clientes gostam de comprar em lojas de rua, e este hábito deve durar”, afirma Juliana. Outra rede que escolheu a XV como ponto de partida foi a Omar Calçados, que tem sua história diretamente ligada à tradicional rua curitibana. “Quando foi tomada a decisão de abrir uma loja de calçados, a opção natural foi a Rua XV, tanto pelo fluxo de pessoas quanto por ser um polo comercial na época”, comenta Luiz Henrique Linhares, Gerente Comercial da rede Omar Calçados, sobre a inauguração da primeira loja, em 1990. >


centro vivo

123 anos de atualidade

>

a movimento, A Rua XV signific ralmente, tu atualidade e, na que por ela as venda. As pesso ais diversas m passam são das sociais. Estes es culturas e class m potencial u atributos geram é fundamental ue muito grande, q uritibano c para o comércio

Hoje a Omar Calçados conta com 30 lojas no estado do Paraná, sendo que cinco destas se localizam na Rua XV. “Isso mostra a importância desta região para o nosso negócio. É um ambiente onde se encontra a maior diversidade de público. Além dos moradores e profissionais locais, temos um volume alto de turistas que contribuem com o movimento e ajudam a tornar a rua XV única”, expõe o gerente comercial da rede. Para Linhares, a rua tem um significado cultural e histórico muito forte para Curitiba, e ressalta a disposição física da XV como fator importante para o desenvolvimento dela. “Esta rua foi concebida como um ponto de encontro muito democrático, de comércio forte e que sempre atraiu a população. A concepção da rua com edifícios e sobrados centenários, as floreiras, os bancos para bate-papo, tudo isso propicia o convívio das pessoas e faz do lugar um ponto de interesse e da cultura da cidade”, comenta. Ele também ressalta que a XV é um grande centro de compras, encontros, lazer e gastronomia de Curitiba. >

ipucc

, ados ue Linhares Omar Calç Luiz Henriq cial da rede er m Co e Gerent

15


centro vivo

123 anos de atualidade

>

_Comodidade e turistas Outro ponto lembrando pelo Gerente Comercial da Omar Calçados é a divergência entre as lojas de rua e de shopping, dois ambientes explorados por sua empresa. “O comércio de rua é mais democrático. Nele circulam pessoas de diferentes classes sociais, culturas e interesses, e com objetivos diferentes”, explana Linhares, complementando que hoje existem vários polos comerciais que surgiram devido ao crescimento populacional nos bairros e na Região Metropolitana e, com isso, a loja de rua torna-se uma ótima opção de compra pela comodidade. Já para a empresária Lilian Miranda, sócia-proprietária da rede Prata Fina – que tem duas lojas na Rua das Flores, a primeira inaugurada em 1999 e a segunda em 2004 –, o destaque da rua é o trânsito de turistas. “Na XV há uma maior afluência de turistas, o que nos possibilita ser uma opção de presentes”. Ela destaca também que a abordagem nas lojas da Prata Fina, bem como o treinamento dado aos funcionários, é o mesmo, independente da loja se localizar em shopping ou na rua. Ainda neste ponto, a própria XV tem suas distinções se comparada a outras ruas de forte comércio. “A XV conta suas peculiaridades, como os artistas de rua, diversas opções de alimentação e várias lojas com preços e produtos variados, que são encontrados somente nela”, aponta Linhares, que considera a beleza e o astral da XV como fatores importantes para diferenciá-la de outras. >

O grande diferen c XV é que ela est ial da Rua án de Curitiba, bem o coração n cidade, e se torn o centro da a deslocamento d ponto de e bastante gente de diferentes tip o ali para diversas s, e que estão finalidades Juliana Lago ,

Gerente de

16 _Lilian Miranda, sócia-proprietária da rede Prata Fina

_Vitrine da loja Prata Fina

Marketing

da rede Lo jas Coppel


centro vivo

>

_Nem tudo são flores Apesar dos atrativos dessa rua tão importante, tanto por sua história quanto pelo lazer oferecido e o forte comércio, nem tudo está indo tão bem. Essa é a visão do comerciante local Salomão Woller – proprietário da Joalheria Woller – inaugurada na Rua XV em 1949, mas que se mudou para a Galeria Tijucas graças ao alargamento da rua histórica, segundo o próprio. “Existe um desleixo com a rua. Alguém deveria cuidar disso, rever a maneira como ela está. Era necessária uma revitalização, como a que foi feita na rua Riachuelo”, frisa o comerciante. Em sua visão, era preciso investir em um comércio de qualidade na XV, como o que havia antigamente, opinião que é compartilhada por diversos comerciantes mais antigos, que viveram o auge da Rua.

ipucc

123 anos de atualidade


Foto: Felipe Rosa

gestão

Ramon assume novo mandato na ACP Integração e mecanismos inteligentes devem orientar as atividades de 2012-2014

18

Convicto da necessidade de dar prosseguimento a vários projetos iniciados na gestão que findou no mês de agosto, o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon, assumiu o segundo mandato (2012/2014). Ramon agradeceu aos diretores, vice-presidentes e coordenadores pelo trabalho desenvolvido e relembrou algumas conquistas que ajudaram a fortalecer a imagem e presença da ACP junto aos associados. Em constantes reuniões com agentes públicos, além de entendimentos com as associações de bairros e outras entidades, a administração de Edson Ramon se destacou pela afirmação da imagem político-institucional da ACP. A instituição mostrou também capacidade de influir nas grandes decisões como referência em questões de natureza social, política e econômica.

Durante a assembleia geral ordinária, realizada na sede da ACP, os vice-presidentes José Eduardo Sarmento, Dalton Zeni Rispoli, Airton Hack, Sinval Zaidan Machado e o gerente geral, Olívio Zotti, fizeram um balanço do último ano da instituição e apresentaram o plano orçamentário para o próximo período. O fortalecimento da ACP no interior também foi destacado. “Hoje, podemos afirmar com satisfação e orgulho que dispomos de 90% da base de dados dos registros de informações sobre crédito no território paranaense”, garantiu o presidente. Ao fim da cerimônia, todos os membros da diretoria executiva foram apresentados e os conselheiros Omar Rachid Fatuch, Gabriel Veiga Ribeiro e Oclândio José Sprenger assinaram protocolarmente o termo de posse em nome dos demais. >


gestão

ramon assume novo mandato

_Conselhos da ACP têm novos coordenadores Os novos coordenadores dos conselhos que integram a Associação Comercial do Paraná, alguns deles mantidos na função para o próximo biênio, assumiram o comando das atividades logo após a posse do presidente da entidade, Edson José Ramon. Pela ordem, assumiram até o final de agosto: Jandira Scussel (CME), Henrique Domakoski (CJE), Carlos Eduardo Guimarães (Concex-RI), Niazy Ramos Filho (Casem), Gláucio Geara (Conselho Político), Jean Michel Galiano (Centro Vivo e Comércio Vivo) e Camilo Turmina (Conselho das Câmaras Setoriais). A posse do coordenador e integrantes do novo Conselho de Tributação e Finanças, recém-organizado pelo vice-presidente Airton Hack, que assumirá a coordenação do mesmo, ocorreu ainda em setembro. O Conselho da Mulher Executiva (CME), sob a coordenação de Jandira Scussel, pretende dar continuidade às atividades realizadas no período anterior, com promoções visando aproximar as mulheres do ambiente de negócios, aproveitando a sensibilidade feminina para descobrir novas vocações para a atividade empresarial. Da mesma forma pretende trabalhar o Conselho de Jovens Empresários (CJE), coordenado por Henrique Domakoski, filho do ex-presidente Marcos Domakoski. No dia 15 de setembro, Henrique liderou a realização do Feirão do Imposto, evento anual que tem como principal objetivo mostrar ao consumidor a alta carga tributária paga em cima dos produtos consumidos no dia a dia. À frente do Conselho de Comércio Exterior e Relações Internacionais (Concex-RI) está o professor universitário Carlos Eduardo Guimarães, da Fundação de Estudos Superiores do Paraná (Fesp), que na exposição das principais diretrizes para a gestão 2012-2014, enfatizou que o Concex-RI atuará com base no planejamento, ação e monitoramento subordinados à realidade orçamentária, “assumindo desafios com muita garra para a construção de um novo Paraná”. Além de incrementar os planos e incentivos a missões comerciais para o próximo biênio, o Concex pleiteará o apoio do Banco do Brasil para o Prêmio ACP de Comércio Exterior, dentre outros projetos em elaboração. >

Fotos: Suellen Lima

>

19


gestão

Fotos: Suellen Lima

>

20

ramon assume novo mandato

_Sustentabilidade, política e comércio Niazy Ramos Filho, mantido na coordenação do Conselho de Ação para a Sustentabilidade Empresarial (Casem), reafirmou a importância de chamar a atenção dos empresários para acelerar o combate à pobreza por meio de uma gestão socialmente responsável, ajudando a construir outro modelo de civilização. O Casem trabalhou pela inclusão de Curitiba no Programa de Cidades do Pacto Global, do qual a entidade é signatária. O programa tem a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU), que o lançou na virada do século visando estimular as cidades a aderir aos dez princípios do Pacto Global, numa interação entre todos os níveis de governo, organizações privadas e sociedade civil. A proposta da inclusão curitibana no Pacto Global foi entregue ao prefeito Luciano Ducci, que a levou à conferência Rio+20. Após assinar o termo de posse como coordenador do Conselho Político, Gláucio Geara comprometeuse a continuar lutando por uma representação política cada vez mais expressiva do Paraná no cenário nacional. Geara também destacou a intenção de o Conselho interagir com instituições similares na luta pela aprovação das reformas estruturais e a divulgação mais intensa do manifesto “O Brasil que Queremos”. Na coordenação do Conselho de Bairros do Comércio Vivo e Centro Vivo continua o vice-presidente Jean Michel Galiano, que aproveitou a assinatura do termo de posse para nomear os coordenadores das associações de bairros. Galiano reassumiu com o compromisso de continuar trabalhando pelo fortalecimento do associativismo, além de levar as ações da entidade - iniciadas no programa Centro Vivo - a todos os cantos da cidade. O empresário do ramo de joias e relógios, Camilo Turmina, foi reconduzido à coordenação do Conselho das Câmaras Setoriais, formado por empresários dos setores de combustíveis, contabilidade, eventos, shoppings, segurança, transportes, turismo e veículos, entre outros.



fotos: felipe rosa

gestão

José Eduardo de Moraes Sarmento 1º Vice-Presidente

Antonio miguel Espolador Neto 2º Vice-Presidente

Odone Fortes Martins 3º Vice-Presidente

O Paraná precisa de representação política cada vez mais expressiva no cenário nacional Gláucio Geara Coordenador do Conselho Político 4º Vice-Presidente

Sinval Zaidan Lobato Machado 5º Vice-Presidente

22

João Edison Alves Camargo e Gomes 6º Vice-Presidente e 1º Secretário

Edda Deiss de Mello e Silva

Walter Roque Martello

7º Vice-Presidente e 2º Secretária

8º Vice-Presidente e 3º Secretário


gestão

Arnaldo Luiz Miró Rebello

Camilo Turmina

9º Vice-Presidente e 1º Tesoureiro

10º Vice-Presidente e 2º Tesoureiro

11º Vice-Presidente

fotos: felipe rosa

Dalton Zeni Rispoli

Quanto mais a ACP estiver presente nos bairros, maior será a soma de esforços para fortalecer o associativismo Jean Michel Galiano 13º Vice-Presidente Coordenador do Conselho de Bairros do Comércio Vivo e Centro Vivo

Airton Adelar Hack 12º Vice-Presidente

se á com ba r a u t a I x-R O Conce jamento, ação e dos e n la ordina no p ento sub tária, m a r o it n n e mo muita de orçam à realida o desafios com e um d d assumin a a construção r a p ga r ra a n á es imarã n ovo Pa r do Gu r s Edua nte e Carlo eside Conselho d ice-Pr s r do 14º V çõe e Rela enado Coord io Exterior c r é Co m ais acion Intern

Monroe Olsen

Jorge Carvalho de Oliveira Júnior

15º Vice-Presidente

16º Vice-Presidente

23


fotos: felipe rosa

gestão

Sustentabilidade empresarial é o caminho para chegar a uma nova economia, comprometida com os desafios socioambientais Niazy Ramos Filho 18º Vice-Presidente Coordenador do Conselho de Ação para a Sustentabilidade Empresarial

Carlos Eduardo Nascimento

Bernadete Zagonel

17º Vice-Presidente

19º Vice-Presidente

A criatividade das mulheres empresárias é importante para o desenvolvimento do setor comercial Jandira Scussel 22º Vice-Presidente Coordenadora do Conselho da Mulher Executiva

24

Ludovico Szygalski Junior

Ivo Orlando Petris

20º Vice-Presidente

21º Vice-Presidente

onselho re fa d o C d o a t a ir e A prim nizar o Feirão mais a será org um dos eventos lho, e , Imposto tivos deste Cons e d a e ic s if s n e er sig lver o int por envo ciedade to d a a s o i akosk ue Dom Henriq residente selho de Vice-P o Co n rd 23º enado s Coord Empresário s Joven

Emanuel Gazda 24º Vice-Presidente


25


em casa

ACP homenageia dirigentes do HSBC pelo Natal em Curitiba Segundo Instituto Municipal de Turismo, evento recebe mais de 200 mil pessoas por ano

fotos: SUELLEN LIMA

_Paulo Renato Steiner, André Brandão, Edson Ramon, Cláudia Malschitzky, Hélio Duarte e Jean Michel Galiano

26 _Mais de 200 mil pessoas assistiram a apresentação natalina em 2011

A Associação Comercial do Paraná (ACP), em parceria com o Conselho do Comércio Vivo, promoveu no dia 22 de agosto almoço de confraternização com o presidente André Brandão e o diretor executivo do HSBC Brasil, Paulo Renato Steiner, além do presidente e diretora executiva do Instituto HSBC Solidariedade, Hélio Duarte e Cláudia Malschitzky, respectivamente. O evento destacou a manifestação de reconhecimento da ACP pela realização, há mais de 20 anos, do Natal HSBC, um dos cartões postais de Curitiba que atrai milhares de visitantes na época natalina. O presidente da ACP, Edson José Ramon, enfatizou que a participação de crianças no coral que abrilhanta o evento, é, a seu ver, um processo de natureza sócioeducativa. Ramon lembrou das ações filantrópicas promovidas pelo Instituto HSBC, que mantém as crianças abrigadas nas casas lares apoiadas pelo programa HSBC Educação. A presidente do Instituto Municipal de Turismo, Juliana Vosnika, e o coordenador do Conselho do Comércio Vivo Jean Michel Galiano, reforçaram alguns números expressivos do Natal promovido pelo banco. De acordo com o instituto, em 2011 mais de 200 mil pessoas assistiram a apresentação natalina, das quais, 18% eram turistas. Juliana anunciou que, em 2012, também acontecerá a segunda edição da Galeria de Luz que, ao lado do coral, ajuda a reforçar o Natal da cidade. O presidente do Instituto HSBC Solidariedade, Hélio Duarte, reiterou que o coral é uma oportunidade de desenvolvimento para as crianças, lembrando que a instituição tem patrocinado uma série de iniciativas na área de responsabilidade social, beneficiando mais de 180 mil pessoas, em projetos voltados para a educação, assistência social e preservação do meio ambiente.


anĂşncio

27


em casa

ACP lança livro histórico Pedaços de Muita Vida fotos: felipe Rosa

Evento atraiu mais de 400 pessoas ao Museu Oscar Niemeyer “Um livro que promove o resgate da memória de uma instituição centenária que, por força de sua natureza intrínseca, se tornou necessariamente testemunha privilegiada e, ainda, co-participante da história paranaense desde o final do século XIX, ao longo de todo o século XX e adentrando o século XXI.” Com essas palavras, o presidente Edson José Ramon resumiu o livro Pedaços de Muita Vida, a História dos 122 anos da Associação Comercial do Paraná, escrito pelo jornalista e pesquisador Nilson Monteiro, lançado no dia 20 de agosto em evento que contou com a participação de mais de 400 pessoas, num dos endereços mais simpáticos da cidade de Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer. > _momento do discurso do presidente da acp, edson josé ramon

28 _Fila para receber o autógrafo do jornalista Nilson Monteiro


em casa

> “pedaços de Muita Vida”

O evento foi prestigiado pelo governador Beto Richa que congratulou a ACP pela ideia de tornar pública a história de uma instituição que nasceu no alvorecer da República, “retratando seus avanços e conquistas, a participação nos ciclos econômicos, sendo também testemunha do processo de industrialização do estado, além dos benefícios de suas parcerias com o poder público”. A feitura do livro Pedaços de Muita Vida contou com o patrocínio da Boa Vista Serviços, Sebrae, Posigraf e Fundação Cultural de Curitiba. A obra, histórica por excelência, será uma fonte de consulta útil para historiadores, edson josé ramon pesquisadores, sociólogos, cientistas políticos e estudantes interessados em conhecer fatos relevantes do desenvolvimento do comércio paranaense, além do relato circunstanciado das consequências da Revolução Federalista em Curitiba, que acabaram resultando na morte do Barão do Serro Azul.

fotos: Felipe Rosa

_o Evento lotou o salão de eventos do MON _ Abaixo, edson Ramon, nilson monteiro, fernanda e beto richa

Um livro que promove o resgate da memória de uma instituição centenária

29


em casa

fotos: felipe Rosa

Autoridade em Curitiba

_ Qualidade no atendimento começa pela recepção _Procura constante na primeira colocada em locação de imóveis da cidade

30

Grupo Gonzaga demonstra sintonia com mercado que ajudou a construir

Criado em 1954, o Grupo Gonzaga aposta em uma nova ordem para se consolidar como uma das maiores imobiliárias de Curitiba, sendo hoje a primeira colocada em locação de imóveis na cidade. A reformulação da identidade visual e corporativa em 2012, unindo Gonzaga Imóveis, Administradora Gonzaga e a rede Gonzaga Estacionamentos, somou experiência e visão de mercado para defender o espaço de imobiliária genuinamente curitibana, conquistado ao longo dos 58 anos de existência. Defender um mercado cada vez mais competitivo, onde a concorrência chega de todos os lados, inclusive de fora do Estado, foi um dos motivos do fortalecimento encabeçado por Marília Gonzaga, presidente do grupo e filha do fundador da empresa, Plínio Gonzaga, (que aos 83 anos ainda participa ativamente da tomada de decisões) e Dilca Gonzaga que, após a perda do marido Roberto Gonzaga, no ano passado, assumiu a condição de vice-presidente e acionista. A Gonzaga começou quando Plínio Gonzaga, ainda no mercado da década de 1950, decidiu trabalhar com a venda de imóveis. A entrada dos irmãos Roberto e Sebastião, nos anos 1970, foi peça fundamental na primeira mudança nos rumos da empresa. A parceria levou Gonzaga para a locação de imóveis em 1987, com a criação da Administradora Gonzaga. Segundo Dilca, o mercado de vendas estava desaquecido e seu marido decidiu entrar no ramo do aluguel por notar, além da falta de profissionalismo no setor, a possibilidade de garantir maior segurança aos negócios. >


em casa

> autoridade em curitiba “O Roberto tinha muita visão de mercado e a cidade precisava de uma imobiliária moderna. Estar atento para novas perspectivas sempre foi ponto forte na Gonzaga, tanto que há cerca de cinco anos começamos a investir em estacionamentos, algo que também acompanha a evolução da cidade”, conta. Com espírito empreendedor e criativo, a Gonzaga foi a primeira imobiliária da cidade a atender aos domingos. Sua estratégia agressiva de marketing na publicação dos anúncios nos fins de semana tornou-se case de mercado, o que resultou em quatro sedes na cidade e mais de 300 funcionários. O Grupo aposta na revenda e aluguel de imóveis a serem entregues ao longo do ano, especialmente nos apartamentos de grandes empreendimentos, para fortalecer seu crescimento. A expectativa para 2012 é aumentar o faturamento em 20%. De acordo com a presidente da empresa, Marília Gonzaga, após alguns anos de crescimento o mercado curitibano caminha para o equilíbrio, favorecendo os profissionais que conhecem profundamente a capital paranaense. Para Dilca, alguns preços foram ajustados após longo período de defasagem, contribuindo para a acomodação do setor. Apesar disso, a rotatividade e dinâmica do aluguel continua em alta, fato que se deve à forte presença dos estudantes na cidade. _ Plínio Gonzaga ainda participa ativamente das decisões do grupo

_Agindo localmente Por se tratar de um negócio genuinamente curitibano, o Grupo Gonzaga se compromete a focar na cidade, com destaque para a expansão da vizinhança metropolitana. Das quatro sedes, duas estão localizadas nas regiões norte e sul de Curitiba. “Percebemos que a melhor saída para enfrentarmos a concorrência vinda de fora era se inspirar em propostas modernas e cuidar da cidade que conhecemos por excelência. Mudamos a marca, investimos em marketing, comunicação e administração”, explica Dilca. Toda preocupação com a manutenção da imagem e credibilidade resultou em números expressivos. O Grupo Gonzaga administra mais de nove mil imóveis em Curitiba, incluindo mais de mil unidades disponíveis para venda e locação, e recebe uma média de duas mil ligações de clientes por semana, efetuando o aluguel de mais de 200 unidades por mês. Desde 2008, a imobiliária conta com o Gonzaga Prime, departamento especializado na locação de imóveis de alto padrão. Perguntada se o segredo do sucesso estaria no trabalho em família, Dilca lembra do saudoso marido, Roberto, e estende o êxito a todos os funcionários. “Trabalhar com pessoas da sua confiança é muito proveitoso. Nos entendemos bem e nunca tivemos grandes problemas. Mas nossa família biológica é pequena, por isso incluo todas as pessoas que trabalharam com a gente nas metas alcançadas”.

_Relação com a ACP A ligação histórica com a Associação Comercial do Paraná (ACP) também foi citada por Plínio Gonzaga. O paranaense de Pato Branco integrou os conselhos da entidade e ressaltou a importância da ACP nos serviços e representação do comércio. “Pude testemunhar várias ações da Associação Comercial do Paraná na luta pelos direitos do comércio. O empresário precisa estar consciente de que a melhor maneira de ser ouvido perante o poder público é fortalecendo o associativismo”, afirma. Quanto aos serviços, que vão da proteção ao crédito à nota fiscal eletrônica, Gonzaga destaca a relação regular e longínqua, lembrando que todas as áreas de atuação da holding se utilizam dos produtos ACP.

31


em casa

Mandados de segurança possibilitaram liberações aduaneiras no Porto de Paranaguá

32 32

A Associação Comercial do Paraná (ACP) teve participação fundamental na liberação de cargas na área aduaneira do Porto de Paranaguá. As greves envolvendo auditores fiscais da Receita Federal e servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nos últimos meses, apontavam para a implicação de prejuízos vultosos para os empresários, em função de taxas de atraso e multas contratuais, além de levantarem dúvidas sobre a credibilidade nacional perante o mercado externo. Com as liminares concedidas pelo juiz federal Vicente Ataíde Junior, nos mandados de segurança impetrados pela ACP, os associados puderam restabelecer o fluxo de embarque e desembarque de mercadorias destinadas à exportação, importação ou trânsito aduaneiro. De acordo com o advogado Marcelo Teixeira, da assessoria jurídica da ACP, alguns associados começaram a encontrar dificuldades na importação de produtos para abastecer o mercado interno, prejudicando algumas atividades essenciais para o estado. O despacho da Justiça Federal determinou que os auditores fiscais, mesmo trabalhando em “operação padrão”, fato que caracteriza o procedimento grevista, deveriam proceder a continuidade dos processos aduaneiros de todas as empresas que comprovassem sua filiação à Associação Comercial do Paraná. A determinação exigiu o prazo de cinco dias para a realização do procedimento de fiscalização, proibindo a paralisação por prazo superior a esse. Apesar da dificuldade inicial, Teixeira confirma o andamento das atividades. “Houve uma certa resistência no cumprimento da liminar, principalmente por parte da Receita Federal. Ambos os órgãos (Anvisa e Receita Federal) ultrapassaram um pouco o prazo de cinco dias, mas o acompanhamento do caso e a implicação de multa diária garantiram as transações”, conta.

felipe rosa

Liminares comprovam importância da ACP na defesa dos associados

_ Marcelo Teixeira acompanhou de perto o andamento dos mandados

_interesse de todos A decisão liminar destaca que, embora o serviço público relativo à fiscalização e controle do comércio exterior não estejam abrangidos no conceito de serviço essencial, há jurisprudência consolidada reconhecendo o direito de particulares à manutenção de atividades referentes ao despacho aduaneiro. A conquista da ACP traz à tona a importância da atuação de forma coletiva em prol dos direitos comuns ao empresariado paranaense, comprovando a força do associativismo desde ações pontuais até questões de cunho jurídico.


em casa

divulgação

ACP mostra força no interior _Contratos com sindicatos

_O vice-presidente, Antonio Espolador Neto, representou a ACP em Guarapuava

Alcançando já 90% da base de dados dos registros sobre informações de crédito do mercado estadual, a Associação Comercial do Paraná (ACP) é a distribuidora exclusiva da Boa Vista Serviços em território paranaense, cujo principal produto é o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O novo cenário disponível no mercado de informações para a concessão de crédito resultou da junção das bases de dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-RJ), Câmara dos Diretores Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) e Associação Comercial do Paraná (ACP), que por sua vez absorveram os dados operados até então pela Equifax, daí surgindo a Boa Vista Serviços. Assim sendo, a ACP passou a desenvolver uma série de ações para marcar definitivamente sua participação no mercado paranaense, especialmente no interior, dinamizando a celebração de convênios de cooperação com associações comerciais locais, sindicatos de lojistas, câmaras de diretores lojistas ou entidades similares.

Nos últimos quatro meses, a ACP negociou a assinatura de contratos de cooperação com sindicatos do comércio varejista nos municípios de Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Paranaguá, Marechal Cândido Rondon, Guarapuava e Santo Antônio da Platina. Os contratos permitem aos respectivos sindicatos a comercialização exclusiva em sua base territorial dos produtos da Boa Vista Serviços, com destaque para o SCPC. Credenciado pelo mercado como serviço de abrangência nacional e eficiente banco de dados sobre transações comerciais, o SCPC é abastecido por 350 milhões de informações sobre pessoas físicas e jurídicas, 42 milhões de registros de transações entre empresas, 7 milhões de consultas diárias, 1,2 milhão de clientes diretos e indiretos e 2,2 mil associações comerciais e empresariais de varejo de todos os estados. Dentre os segmentos que incluem suas informações na base de dados do SCPC destacam-se os bancos (27%), pequeno varejo (18%), financeiras (12%), varejo mole (11%), varejo duro (10%), serviços (8%), telefonia (7%) e cartórios (7%), representando informações coletadas predominantemente nas regiões mais importantes para a formação do Produto Interno Bruto, a saber, Sudeste (56,8%), Sul (16,3%), Nordeste (13,1%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,1%). A meta da ACP é estender sua atuação a todas as regiões e municípios paranaenses, não apenas mediante parcerias com as associações comerciais locais e contratos de prestação de serviços com sindicatos de lojistas, mas também pela conquista da confiabilidade de grandes grupos econômicos estabelecidos no estado que integram a relação de clientes diretos atendidos pelo SCPC.

A meta da ACP é estender sua atuação a todas as regiões e municípios paranaenses

33


em casa

Da farmácia de manipulação à fábrica de beleza Depois de 35 anos, mais de quatro mil colaboradores continuam colhendo sucessos Em 1977, o corajoso empreendedor Miguel Krigsner, acima de tudo um visionário, abriu uma farmácia de manipulação na área central de Curitiba. Dois anos depois, “O Boticário” faria o lançamento de Acqua Fresca, colônia masculina embalada num frasco de formas arredondadas, uma pequena ânfora, que se tornaria um ícone da empresa. Logo o Boticário plantou sua marca no aeroporto Afonso Pena (segunda loja), fazendo com que seus produtos começassem a ter visibilidade em outros estados, levados por pessoas que por aqui passavam. Quando sequer se falava de franchising no Brasil (1980), surgia a primeira loja franqueada da marca em Brasília. Para atender a uma demanda crescente, a solução foi construir uma fábrica localizada no município de São José dos Pinhais. SUELLEN LIMA

A entrada no mercado internacional ocorreu em 1986, com a abertura de uma loja em Portugal, a pioneira fora do país que a essa altura contava com 500 pontos de venda espalhados pelo território nacional. Em paralelo, a preocupação dos dirigentes da empresa com a sustentabilidade ambiental ensejou o aparecimento da Fundação Grupo O Boticário de Proteção à Natureza, iniciativa datada de 1990. Em 2007, a logomarca da empresa foi modernizada, assim como inteiramente renovado o layout das lojas Brasil afora. Um ano depois, optou-se pela adoção do regime de governança corporativa, passando o fundador Miguel Krigsner a exercer a função de presidente do Conselho de Administração, assumindo a presidência executiva do grupo o então vice-presidente, Artur Grynbaum, que em 22 anos de carreira havia acumulado experiência em vários setores da empresa.

34 34

_Rapidez e eficiência Atuando por meio das unidades de negócio O Boticário, Eudora, e Skingen Inteligência Genética, o grupo iniciou a construção de uma fábrica em Camaçari, perto de Salvador e um centro de distribuição em São Gonçalo dos Campos, na região de Feira de Santana (Bahia). As obras abriram mil empregos temporários, e têm previsão de início das operações no segundo semestre de 2013, com aproximadamente 700 empregos diretos e 100 indiretos. Também na planta de São José dos Pinhais, sede do grupo, está prevista a ampliação das instalações industriais, depósito e equipamentos logísticos, além da construção de um centro de pesquisa e inovação, com investimentos de R$ 650 milhões. “Teremos mais rapidez e eficiência em toda a operação”, constata o presidente Artur Grynbaum, que assim sintetiza a visão empresarial: “estamos ampliando nossos negócios e consolidando cada vez mais o Grupo Boticário como uma organização multinegócios do segmento de beleza. Queremos também contribuir de forma relevante para o desenvolvimento da indústria nacional e da economia do país”.


SUELLEN LIMA

em casa

_Ética e meio ambiente

_ Governança corporativa fortaleceu expansão

O Grupo Boticário acredita que a garantia da qualidade de vida das gerações presentes e futuras depende da compatibilidade do desenvolvimento sócioeconômico com a adequada proteção do meio ambiente. artur grynbaum

O Grupo Boticário também assumiu uma série de compromissos com a sustentabilidade, dentre os quais a participação no Pacto Global, programa lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na virada do século, com a finalidade precípua de estimular a ética na condução dos negócios e respeito aos valores fundamentais de direitos humanos, direito do trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. A erradicação do trabalho infantil, um dos compromissos de conduta empresarial defendido pelo Instituto Ethos, também conta com pleno apoio do Grupo Boticário, que está alinhado ao esforço mundial de governos e iniciativa privada em torno das metas do milênio. Dentre elas, a empresa destaca em seus informes internos a erradicação da pobreza extrema e a fome, ensino básico universal, igualdade entre sexos e autonomia das mulheres, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde materna, combate à Aids, malária e outras doenças, garantia de sustentabilidade ambiental e o estabelecimento de parcerias mundiais para o desenvolvimento. Em documento assinado no dia 4 de maio do ano passado, o presidente Artur Grynbaum asseverou aos colaboradores e à sociedade, que o Grupo Boticário acredita que a garantia da qualidade de vida das gerações presentes e futuras depende da compatibilidade do desenvolvimento socioeconômico com a adequada proteção do meio ambiente. Grynbaum afirmou, ainda, que o grupo trabalha para reduzir impactos ambientais decorrentes do conjunto de atividades desenvolvidas em suas instalações, de forma a otimizar o uso de recursos naturais, mitigar as emissões de gases de efeito estufa e prevenir a poluição.

35


em casa

Irmãos Abage: TRADIÇÃO É MARCA DE GRUPO FORTE E FAMILIAR

36

Trabalho e perseverança fizeram da rede Irmãos Abage exemplo de sucesso no mercado curitibano. O fato se comprova ao encontrar facilmente o empresário Jorge Dib Abage executando - como se estivesse apenas começando - algumas atividades corriqueiras na matriz da loja. Perguntado sobre o que leva o dono de um empreendimento de sucesso manter a rotina puxada aos 71 anos de idade, ele não hesita: “Estamos apenas começando, pois a concorrência não vai parar de apertar e nós não vamos parar de crescer”. Apesar do tom exagerado, a máxima de Abage não nega as origens da loja, que completou 87 anos em 2012. Na década de 1920, seu pai, o imigrante sírio Nassib Abdo Abage, desembarcou no Brasil em busca de um lugar onde pudesse trabalhar e viver. Após percorrer o interior do Paraná como caixeiro viajante, juntou algumas economias com a venda de produtos para fundar em 1925, na cidade da Lapa, a Casa Abage. Em 1947 Nassib se muda para Curitiba, estabelecendo o comércio na esquina das ruas Carlos de Carvalho e Visconde de Nácar. “Lembro que começamos a nos voltar para os materiais de construção na década de 1950, quando meu pai participou da construção do prédio onde hoje funciona o Colégio Militar de Curitiba. Ele montou um depósito com tudo que sobrou do estoque em nossa casa”, conta Abage, que já ajudava o pai a administrar o almoxarifado da pequena loja. Trabalhar em família é marca registrada do negócio. Em 1962, época em que a variedade de itens disponíveis para o mercado de construção era “infinitamente menor”, o jovem Abage se tornou sócio da empresa ao lado dos irmãos, que mais tarde se concentrariam em outros negócios. Jorge conta que, mesmo se formando em Direito, a vocação para administrar o empreendimento da família falou mais alto. Atualmente, os filhos Jorge Abage Filho e André Abage ajudam a administrar um grupo cada vez mais forte, que além de manter três unidades da tradicional Irmãos Abage (materiais elétricos, hidráulicos e iluminação), conseguiu se expandir para o mercado nacional e internacional por meio de outros empreendimentos.

foto: felipe rosa

DNA para negócios _ Jorge Abage: cerca de 200 mil itens abastecem as três unidades em Curitiba

_Da necessidade surge uma grande ideia Durante o desabastecimento provocado pelo Plano Cruzado, em 1986, os irmãos Wilson e Jorge Abage criam a Conduspar. A empresa (que hoje é uma das maiores indústrias de condutores elétricos do Brasil) surgiu com o simples intuito de atender o estoque da própria loja. Localizada em São José dos Pinhais, a fábrica já exporta para países como Peru, Paraguai e Venezuela, e deve faturar cerca de R$ 500 milhões em 2012. “Tínhamos uma pequena chácara e pedi para o meu pai me ceder o espaço para a construção de uma fábrica. Apesar de achar a proposta ousada, ele confiou na minha força de vontade e hoje temos que importar máquinas para atender a demanda”, diz Abage. A Conduspar é a maior indústria de condutores elétricos do Sul do País. Quinto de sete irmãos e pai de seis filhos, Jorge deixa transparecer toda a força do sobrenome Abage para os negócios. O irmão mais velho, o engenheiro Abdo Abage, coordenou uma grande construtora por 10 anos em Curitiba, os filhos Nassib Abage Neto e Alexandre montaram na cidade de Palmeira (PR), a distribuidora de peças em alumínio Itesa, enquanto a filha Maria Rosa Abage gerencia os negócios da família em São Paulo. Hoje a Irmãos Abage conta com duzentos colaboradores diretos e se destaca como uma empresa inovadora, tendo criado o primeiro televendas no setor, além de disponibilizar um site interativo para compras. Com a experiência de quem aprendeu a inovar com o pai, Jorge Dib Abage se orgulha do legado que deixou para os filhos. “Trabalho até hoje porque gosto sempre de inovar. Tenho muita confiança nos meus filhos e sei que eles estão tocando os negócios com garra e responsabilidade. Isso me tranquiliza na certeza de que chegaremos aos 100 anos com muita força”.


anĂşncio

37


em casa

Produtos da cesta básica e até bomba de gasolina foram utilizados para ilustrar excesso de carga tributária

38

O Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Paraná (ACP) promoveu, no dia 15 de setembro, a décima edição do Feirão do Imposto. O evento tem como principal objetivo mostrar ao consumidor a alta carga tributária incidente nos produtos consumidos no dia a dia. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), dentre os 30 países com a maior carga tributária o Brasil é o que menos repassa em serviços para a população. Foram instaladas duas barracas, na rua XV de Novembro, para exposição de mercadorias mostrando a discriminação dos valores com e sem impostos. Alguns produtos como água mineral (44% de impostos) e açúcar (32%) estão entre os maiores vilões do consumo básico. Até mesmo uma bomba de gasolina foi utilizada para ilustrar as taxas - em torno de 50% - embutidas no preço do combustível. Uma caminhada em prol da redução da carga tributária e reforma fiscal, acompanhada

FOTOS SUELLEN LIMA

Feirão do Imposto movimenta Rua XV

pelo grupo Maracatu Itá, seguiu, por volta das 10h30, do prédio da ACP até a Boca Maldita. Alguns bairros também aderiram ao movimento. O evento contou com vários apoiadores, dentre eles FIEP, Fecomércio, OAB/PR, IBPT, CRC e Sindicombustíveis/PR. O Feirão do Imposto surgiu na cidade de Joinville (SC) e faz parte de uma mobilização nacional encabeçada pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje). De acordo com o coordenador, Henrique Domakoski, o Feirão é uma maneira de chamar a atenção de muitos cidadãos que acreditam não pagar tributos. “Poucos sabem quanto pagam e como o dinheiro é gasto na gestão pública”.

_Brasil arrecadou R$ 1 trilhão em impostos No dia 29 de agosto, o impostômetro instalado em frente ao prédio da ACP bateu a marca de R$ 1 trilhão em arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais. O valor foi alcançado com 15 dias de antecedência em relação a 2011. A previsão para o fim do ano é que a marca ultrapasse facilmente R$ 1,5 trilhão.


em casa > feirão do imposto movimenta rua xv

Altos impostos: qual a desculpa da vez? João Guilherme Duda e Henrique Domakoski*

Vencida a inflação, a elevada carga tributária vem sendo apontada como um dos grandes desafios da sociedade brasileira, no início deste século. Já há grande conscientização de que ela apropria a renda das famílias (trabalhadores e empreendedores) e a destina ao poder público, que não a retribui com serviços e investimentos em medida proporcional. Além disso, é ineficiente. Esta apropriação de renda via tributos inibe o consumo e o investimento, ou seja, retira a nossa competitividade e perpetua o nosso subdesenvolvimento. Não bastasse o peso de mais de um terço do que os brasileiros produzem, a carga tributária é cobrada da maneira mais cômoda para as autoridades fiscais, o que impõe regras acessórias estapafúrdias que custam caro para o contribuinte conseguir pagar seus impostos, sem ser criminalizado. Para agravar, a carga recai em sua maior parte sobre o consumo (impostos indiretos embutidos nos preços), o que penaliza justamente os mais pobres, aqueles que apenas para atender as suas necessidades básicas irão destinar quase toda a sua renda ao consumo de alimentos, remédios, roupas, etc. A partir estudos do IPEA, IBPT e da própria Receita Federal, observam-se três saltos históricos de carga tributária O primeiro momento se passou de 1947 a 1964, quando a carga saltou 37,21%, aproximadamente de 14 para 19 pontos percentuais. A legitimação desse aumento era o discurso desenvolvimentista, com investimentos públicos nos esforços de industrialização e da construção de Brasília. Esta justificativa desenvolvimentista permaneceu até os anos 80, quando o patamar da carga tributária mais lentamente chegou até em torno de 25% do PIB. Na década de 80, a carga tributária mantém-se neste patamar, mas o seu “retorno” à sociedade civil cai drasticamente. O Estado vai à falência, deixa de investir, não presta serviços sociais de qualidade e o Brasil enfrenta severa recessão. Chegamos aos anos 90, com altos impostos, baixos investimentos, sem serviços públicos de qualidade, com elevada dívida pública interna e externa, e o pior: a hiperinflação. A resposta veio com o Plano Real, de méritos inquestionáveis. Mas, consigo, chegou a nova desculpa para mais um salto de carga de tributária, partindo de cerca de 25 (1993) para 32,64 pontos percentuais (2002). Esta situação fiscal exigia, também, juros altos na dívida pública. Dos anos 80, até hoje, quando nossos representantes são questionados sobre por que pagamos tanto sem nada receber em troca, a resposta vem na ponta língua: o Brasil gasta muito com os juros da dívida pública.

Mas o Brasil, atualmente, não investe como fez o Estado nas décadas de 50 a 70; não tem dívida externa líquida (é credor do FMI); possui moeda forte; a inflação está controlada; dívida pública reduzida (de fazer inveja ao primeiro mundo) e, exatamente agora, sobretudo, taxa juros baixas para a dívida pública, com a SELIC em sua mínima histórica. Ora, nós, trabalhadores e empreendedores, perguntamos: se não há altos investimentos público; se os serviços públicos são péssimos; e se o governo paga proporcionalmente uma fração de juros do que pagava; para onde vão os nossos tributos? Qual a desculpa da vez? Não aceitamos mais respostas fáceis e evasivas, como culpar a corrupção, conceito cada vez mais banalizado e sem rosto. A resposta ao questionamento acerca da destinação da carga tributária está na análise dos orçamentos públicos. Ousamos concluir que criticar a carga tributária, sem enfrentar a má-qualidade do gasto público e os segmentos políticos e burocráticos que dele se beneficiam, beira a hipocrisia, senão a covardia. Verificar o gasto público e exigir que este seja reduzido naquilo que serve apenas ao próprio Estado, naquilo que não seja investimento ou serviços públicos (como a educação básica, o mais prioritário), é atualmente o maior desafio à sociedade civil brasileira. Excesso de cargos em comissão (inclusive em órgãos de controle), funcionários fantasmas, cumulação de cargos e salários, descontrole de greves do setor público, repasses para ONGs, luxos em prédios e repartições públicas, não faltam temas para nos ocuparmos. São estruturas que consomem a nossa renda e viabilizam a corrupção. Estruturas que contribuem, simultaneamente, para mais impostos, e para menos serviços e investimentos públicos. Em tempos de eleição, não é demais frisar que o voto não é tudo: a democracia exige iniciativas de participação direta da população, porque há assuntos que confrontam todas as classes de políticos e burocratas, como foi o “Ficha Limpa”, por exemplo. Para um tema tão delicado, que contraria tantos interesses, não haverá “salvador da pátria”.

* João Guilherme Duda, advogado pela UFPR e economista pela FAE, é Diretor Empresarial do Conselho de Jovens Empresários da Acp.

Henrique Domakoski, bacharel em Direito pela UniCuritiba e Administrador de Empresas pela FAE, é Presidente do Conselho de Jovens Empresários da Acp

39


SUELLEN LIMA

SUELLEN LIMA

notícias

Casem e Comércio Vivo são temas do programa PR Empreendedor

Impostômetro da ACP bate R$ 1 trilhão

40

Por volta das 16h30 do dia 29 de agosto, o marcador - instalado em frente ao prédio da Associação Comercial do Paraná (ACP) - que computa a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais, ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). A marca foi atingida 15 dias antes em comparação com 2011. Em 2012, segundo o IBPT, o brasileiro trabalhou até o dia 29 de maio só para pagar impostos, dedicando 150 dias aos valores recolhidos pelas três esferas de poder a título de tributos. A previsão para o fim do ano é que a marca ultrapasse facilmente R$ 1,5 trilhão.

O coordenador do Conselho de Ação para a Sustentabilidade Empresarial (Casem), Niazy Ramos Filho, foi o entrevistado da Associação Comercial do Paraná (ACP) no programa PR Empreendedor, exibido no dia 6 de agosto na TV Sinal, canal da Assembleia Legislativa. Durante 30 minutos de entrevista, o representante da instituição destacou as principais ações à frente do conselho que visa integrar a ACP e empresas associadas às questões ambientais. A participação do Casem na conferência Rio + 20, em junho último, a divulgação da lei municipal sobre destinação e coleta de resíduos sólidos, criada em 2011, e o Prêmio Casem de Gestão Sustentável, que terá sua quinta edição em 2012, foram alguns dos temas apresentados pelo coordenador.



SUELLEN LIMA

SUELLEN LIMA

notícias

ACP adere ao movimento Paraná Sem Corrupção

Uma comitiva formada por coordenadores comerciais e empresários, entre eles chefes do Poder Executivo, legisladores e pesquisadores da Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Paraguai e República Dominicana, visitou a Associação Comercial do Paraná (ACP) com o objetivo de conhecer aspectos da cultura local e fortalecer o mercado latinoamericano. O evento promovido pelo Conselho do Comércio Exterior e Relações Internacionais da instituição (Concex-RI) aconteceu no dia 3 de agosto e contou com palestras e debates sobre parcerias estratégicas unilaterais e desenvolvimento educacional e financeiro.

O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon, assinou o termo de convênio que integra a ACP ao Movimento Paraná Sem Corrupção. A solenidade, realizada dia 17 de setembro no Ministério Público do Paraná, contou com as entidades representativas do setor empresarial do Estado, conhecidas como G7. O Movimento Paraná Sem Corrupção é uma articulação da sociedade contra a corrupção. A iniciativa surgiu em maio de 2012, incentivada pelo MP, e vem conquistando a adesão de diversos parceiros da comunidade escolar, da sociedade organizada, de empresários e de cidadãos paranaenses que não se conformam com a corrupção. SUELLEN LIMA

Concex – RI recebe empresários da América Latina

Vitrinismo e visual de loja

42

Com formação em marketing e também em estilismo de confecção industrial, além de especialização em vitrinismo e visual merchandising, Elaine Piovezan foi a instrutora do workshop organizado pela Universidade Livre do Comércio (ULC), da Associação Comercial do Paraná, que em cinco dias abordou vários itens relacionados com vitrinismo e visual de lojas. O público-alvo foi constituído por profissionais dos ramos de vestuário, calçados, joalherias, decoração e acessórios, entre outros.



SUELLEN LIMA

notícias

Ministro Felix Fischer recebe homenagem da ACP

Suellen Lima

Como parte da semana de comemoração dos 190 anos da Independência do Brasil, o Clube Curitibano sediou encontro com a presença da monarquia brasileira, representada pelos príncipes D. Antônio de Orleans e Bragança, D. Bertrand de Orleans e Bragança e princesa Christine de Ligne Orleans e Bragança. O evento contou com várias palestras, dentre elas a que homenageou o fundador da Associação Comercial do Paraná o “Barão do Serro Azul, Majestade de Homem”, apresentada pelo Dr. Luiz Chemin Guimarães. A vice-presidente, Edda Deiss de Melo e Silva foi convidada a compor a mesa durante a palestra. Ao fim do evento, Edda presenteou os membros da família real com os livros “Pedaços de Muita Vida – a História dos 122 da Associação Comercial do Paraná”, “Acervo Artístico da ACP” e uma cópia do filme “O Preço da Paz”, que narra a história heróica de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul.

44

FELIPE ROSA

ACP representada em encontro com a monarquia brasileira

A Associação Comercial do Paraná (ACP), em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) e Movimento Pró-Paraná, organizou no dia 21 de setembro, no Salão Rosa do Clube Curitibano, uma importante homenagem ao ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça, Felix Fischer. Nascido na Alemanha e naturalizado brasileiro, Fischer iniciou sua carreira no Paraná como promotor público em 1974, até assumir o cargo de procurador de Justiça do Ministério Público do Estado, em 1990. Em 1996 ingressou no STJ e, no final de agosto, assumiu a presidência da corte.

ACP instala Conselho de Tributação e Finanças Várias autoridades e especialistas participaram da instalação do Conselho de Tributação e Finanças da Associação Comercial do Paraná (ACP), no dia 24 de setembro. O presidente da ACP, Edson Ramon, juntamente com o coordenador do novo conselho Airton Hack, assinaram o termo de posse. Segundo Ramon, a ideia é estabelecer um movimento organizado que possa debater toda a complexidade tributária nacional, realizando ações efetivas com o intuito de contribuir com o empresariado e toda a sociedade. Hack complementou as palavras do presidente e garantiu o esforço para melhorar um dos maiores entraves do setor. O superintendente regional da Receita Federal do Paraná e Santa Catarina, Luiz Bernardi, e o secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, estiveram presentes no evento e elogiaram o novo conselho.



felipe Rosa

notícias

Vitórias do Comércio Vivo

Candidatos a prefeito são ouvidos pela ACP

46

O Conselho Político da Associação Comercial do Paraná (ACP) promoveu, em setembro, uma série de encontros com os quatro primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto à Prefeitura de Curitiba. Os candidatos receberam um documento com as principais reivindicações da entidade. O candidato pelo PMDB, Rafael Greca, abriu a série no dia 4 de setembro, seguido por Ratinho Junior (PSC), no dia 13, Gustavo Fruet (PDT), no dia 18 e Luciano Ducci (PSB), no dia 25. O coordenador do Conselho Político, Gláucio José Geara, lembrou que a Casa está seguindo a prática de propiciar a seus filiados a oportunidade de discutir com os postulantes à prefeitura as linhas gerais dos projetos de governo, assim como apresentar sugestões válidas para o aprimoramento dos programas.

No dia 3 de setembro foi a vez de Jean Michel Galiano, coordenador do Conselho de Bairros do Comércio Vivo e programa Centro Vivo, fazer um balanço da última gestão. Empossado para mais dois anos, Galiano destacou algumas parcerias de sucesso entre iniciativa privada e governo, lideradas pelo programa Centro Vivo – criado em 2004 – e expandidas em 18 bairros da capital. Segundo o coordenador, as ações pioneiras em torno da região central da cidade visam proporcionar um ambiente integrado, seguro e de fácil acesso para a população, beneficiando o movimento fora dos horários comerciais. Campanhas de acessibilidade e arte, somadas à reivindicação por novos banheiros (com destaque para o anúncio de uma futura instalação sanitária na Praça Carlos Gomes) e o envolvimento com diversas ações durante o Natal, foram alguns feitos lembrados por Galiano.


Outubro Rosa conscientiza para prevenção do câncer de mama ACP e secretarias estadual e municipal de Saúde promoveram o lançamento da campanha. Paraná deve registrar mais de 3 mil casos em 2012

fotos: SUELLEN LIMA

Com o objetivo de chamar a atenção da população para a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama, o Conselho da Mulher Executiva da Associação Comercial do Paraná (ACP) e as secretarias estadual e municipal de saúde promovem no Paraná o movimento internacional conhecido como Outubro Rosa. O evento em frente ao prédio da ACP, trouxe ações voltadas para a prevenção da doença, além de apresentações musicais, circenses, desfile com mulheres que superaram a doença e o lançamento de um selo especial dos correios voltado para a campanha. O diretor geral da secretaria estadual de Saúde, Rene José Moreira dos Santos, a secretária municipal de Saúde em exercício, Anna Paula Penteado, e o presidente da ACP, Edson José Ramon, além de outras autoridades e instituições que atuam no desenvolvimento de projetos de interesse das mulheres, estiveram presentes. Durante o mês de outubro uma ampla divulgação por meio de cartazes, folhetos e a tradicional iluminação rosa de edifícios engajados promete chamar a atenção de toda a sociedade para a causa. O câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e uma das principais causas de morte entre as mulheres, representando 22% dos casos registrados anualmente. Entretanto, quando o diagnóstico é feito no início da doença os índices de cura são promissores. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2012, só no Paraná, a previsão é que 3110 mulheres sejam diagnosticadas com a doença. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o exame de toque é importante, mas, muitas vezes, tumores em fase inicial não são palpáveis e é exatamente nessa fase que há grande chance de cura. O câncer de mama é indolor e seus principais sintomas são o aparecimento de nódulo na mama ou axila, alteração na forma ou tamanho da mama, alteração no aspecto da pele da mama ou saída de secreção pelo mamilo. Recomenda-se mamografia regular para mulheres entre 50 e 60 anos, com intervalo máximo de 2 anos entre os exames, e no caso das mulheres incluídas no grupo de risco, conforme histórico familiar, a partir dos 30 anos. O Outubro Rosa surgiu na década de 1990 no Estados Unidos e nos últimos dez anos ganhou a adesão de vários países. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.

47


no meu bairro tem

Problemas na O pequeno, porém importante, bairro do Seminário sofre com problemas de mobilidade e com a omissão das autoridades

48

mobilidade

Com apenas 2,13km² de área, o Seminário está entre os menores bairros de Curitiba, e é o segundo menor dentre os 13 da Regional de Santa Felicidade. Porém, o grande comércio da região e a localização privilegiada reforçam a importância deste pequeno espaço de terra para a cidade. Também é o bairro com mais escolas por metro quadrado em Curitiba, de acordo com François Fournier, Conselheiro do Comércio Vivo no bairro. Para Fournier, a importância do bairro não é revertida em ações das autoridades, já que o pouco investimento na região vem resultando em inúmeras dificuldades para moradores e comerciantes, especialmente na questão do trânsito. “Falta investimento em mobilidade, e está havendo a eliminação sistemática das vagas do comércio no bairro”, pontua. Para ele, a construção de um enorme shopping no bairro vizinho – o Batel –, resultará em uma desestruturação acelerada da vida do Seminário, bem como no enfraquecimento do comércio local. Outra reclamação recorrente é a da falta de espaço e representatividade do Seminário, mesmo com o esforço de comerciantes em buscar as melhorias necessárias. “Tentamos participar na totalidade do processo da Lei Orçamentária Anual (LOA) e participamos das duas audiências públicas na Regional de Santa Felicidade, que informou que não conseguiria cuidar do nosso bairro”, conta Fournier. “O Conselho dos Bairros encaminhou o problema ao IPPUC, que respondeu que iria estudar o caso. Mas ainda estamos sem resposta”, frisa. Sem investimento, sem interlocutor público e com pouca população para eleger um vereador, o conselheiro considera que o bairro acaba sen-

“heFamavltma oinbvileidstaidmee, neteos

tá end sistemáotiac eliminação d o c o m é rc a d a s va ga s io no bairr o Franço is Four

n Co n s e l heiro d ier , o Co m é r cio Vivo no bair r

o


do invisível aos olhos das autoridades, e aponta as inúmeras consequências geradas: trânsito caótico e mal planejado, desrespeito às leis de trânsito, inclusive com rachas noturnos, muitos acidentes, muito barulho, diminuição no movimento de pedestres, ciclistas e perigo ao atravessar as ruas. Além das dificuldades com mobilidade, a segurança também é apontada por Fournier como um problema a ser combatido. A expectativa positiva para o bairro é a reforma da Praça da França, na Avenida Silva Jardim, que deverá acontecer em 2013, uma vez que já foi requisitada há bastante tempo por moradores e comerciantes. Além disso, o Conselho está trabalhando para elaborar um plano de tráfego coerente, e uma nova política de estacionamentos, buscando favorecer e preservar o comércio de rua. “Esperamos impedir a morte lenta da vida comunitária e comercial do nosso amado Seminário, por tantos usado, mas por tão poucos cuidado”, finaliza François Founier.

_Espaço cultural é destaque em Santa Felicidade O bairro de Santa Felicidade é nacionalmente conhecido por sua tradição gastronômica. Região de grande influência da imigração italiana, em outubro contará com a inauguração da Casa Italiana, espaço cultural que irá abrigar o acervo do Círcolo Vicentini. Com uma rica coletânea de documentos, imagens, objetos e fotos antigas, a Casa reconta a história da imigração italiana iniciando pelo navio “Sulis”, que, vindo de Gênova, chegou dia 5 de janeiro de 1878 no porto de Paranaguá, passando pela criação do bairro de Santa Felicidade e chegando aos dias de hoje. O espaço ficará localizado no trecho central da Avenida Manoel Ribas, e teve seu projeto desenvolvido pela Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade (ACISF), em parceria com a Comissão de Desenvolvimento à Região de Santa Felicidade (CARSF). Para Ana Lucia Moro, presidente da ACISF e Conselheira de Santa Felicidade no Comércio Vivo, o projeto visa promover o resgate da memória imaterial da imigração Italiana para garantir esse patrimônio cultural para as futuras gerações. Além do novo espaço, Ana Lucia também está buscando avanços para o bairro, como a melhora na infraestrutura, para fortalecer o comércio e o turismo gastronômicos, e o incentivo aos pequenos comerciantes da região. Ela aponta ainda a necessidade de revitalização do trecho turístico da Avenida Manoel Ribas, bem como a criação de uma via paralela para servir de alternativa em busca de melhor fluxo de veículos na região. “Os pedidos atendem reivindicações de comerciantes e, se concretizados, trarão novos investimentos na área de turismo e gastronomia e fortalecerão o bairro como destino turístico”, comenta a conselheira.

_ vista parcial da praça da França

fotos: divulgação

> Problemas na mobilidade

foto: parques e praças de curitiba

no meu bairro tem

_O Espaço Cultural Casa Italiana será inaugurado em outubro e contará um pouco da história da colonização italiana e do bairro de Santa Felicidade

49 _ Ana Lucia Moro, Conselheira do bairro Santa Felicidade no Comércio Vivo


boa ideia

Pão quente Você já prestou atenção no cartucho no qual é embalado o pãozinho que acompanha o café de todos os dias? Pois o fundador e diretor da DivugaPão, Wagner Rover, prestou e, mais que isso, transformou-o em um veículo de comunicação. Foi assim que nasceu, em agosto do ano passado, em Curitiba, a empresa que surgiu com uma novidade no Brasil: a comercialização de saco de pão. “A publicidade neste meio atraiu a atenção de empresas, que nos procuraram para anunciar, bem como pessoas querendo empreender com o mesmo formato de negócio”, lembra Rover, completando que, no caso das empresas, nem todas tinham o investimento mínimo para fazer a publicidade no saco de pão, pois ele era comercializado com exclusividade. De pronto veio a solução: para atender a demanda de clientes menores, o saco de pão foi dividido em 32 espaços publicitários, de forma que o investimento fosse diluído entre vários anunciantes. “E, para atender aos que gostariam de ter o seu próprio negócio ligado a este tipo de publicidade, aproveitamos nosso expertise na área e desenvolvemos o formato de franquia, de maneira que pudéssemos expandir de forma rápida, para diferentes regiões do Brasil”, explica o empresário.

divulgação

Uma nova mídia tem tido grande aceitação do público e tem mantido seus clientes fidelizados

Não há uma forma de mensurar o retorno, mas a fidelização dos anunciantes dá a certeza de que a mídia é impactante e que traz retorno às empresas

_Saindo do Forno

50

Para abrir uma franquia em uma região de até 100 mil habitantes, o custo é de R$ 8 mil e, além da taxa de franquia, Rover recomenda que o franqueado tenha um capital de giro, de segurança, de R$ 12 mil, em média. “As tiragens são de 30 mil sacos de pão, que duram cerca de 25 dias nas panificadoras”, afirma o proprietário, estimando que sejam mais ou menos 12 panificadoras para cada região de cobertura da franquia. Além das panificadoras, os cartuchos também estão em alguns mercados de bairro que possuem padaria. Segundo Rover, a mídia em saco de pão tem grandes atributos, como a segmentação de região, interação com a família e alto impacto, entre outros. Por conta disto, atrai tanto os pequenos comerciantes – que desejam divulgar seus produtos e serviços na região de atuação da franquia –, quanto as grandes empresas, que querem complementar sua campanha de marketing com uma mídia direta.

_ Wagner Rover, fundador e diretor da DivugaPão

Ainda que a DivulgaPão seja uma empresa nova, já possui mais de 50 franqueados, e um grande mercado a ser explorado. “Temos como objetivo fazer com que a mídia de saco de pão seja tão conhecida e utilizada quanto os veículos tradicionais, como rádio e jornal, entre outros”, almeja o empresário, frisando que a alma de seu negócio são os diferenciais que apresenta e os preços mais acessíveis do espaço publicitário.


51


artigo

O custo do dinheiro

de plástico

por João Ramon

Foto: Suellen Lima

A discussão sobre a concessão de descontos para pagamento à vista e em dinheiro ganha fôlego na Câmara dos Deputados. O líder do PSD na Casa, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), defende a ideia de que os comerciantes possam discriminar os preços quando pagos à vista. Para parte dos comerciantes, o tema também é uma reivindicação antiga, visto que pagam às administradoras de cartão de crédito porcentagem que varia entre 3% e 5%, dependendo do setor de atuação. Em outros países, o assunto também vem sendo levantado pelas associações de comerciantes e pelos órgãos de defesa do consumidor. No Brasil, o comerciante trabalha com custos estratosféricos, o que exacerba a importância da discussão. Nos Estados Unidos, uma importante associação de lojistas não aceitou acordo com as operadoras de cartão, pois as bandeiras Visa, Mastercard e American Express não querem divulgar os valores de suas taxas ao consumidor. Destarte, a demanda dos

52

lojistas norteamericanos é por maior transparência, em virtude da impossibilidade de divulgar os custos das transações. Em nosso país, o Ministério da Justiça admitiu, em audiência na Câmara dos Deputados, a possibilidade de rever sua posição sobre a diferenciação no preço pago com cartões de crédito. Alexandre Henriksen, gestor público do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), disse que o órgão deverá se pronunciar sobre o tema. Atualmente, o entendimento do órgão é de que os lojistas devem cobrar o mesmo preço nas vendas com cartões de crédito, débito ou dinheiro. A possibilidade de permitir que os lojistas discriminem preços diferenciados é uma grande campanha das associações comerciais e também de alguns atores da cena política brasileira, como o Partido Social Democrático (PSD). A liberdade de o comerciante praticar o melhor preço que beneficie seu cliente faz parte do conceito de livre iniciativa – que inclusive consta em nossa Constituição. Sempre que o comércio não discrimina o preço à vista ou a prazo, os preços ao consumidor sobem, pois os custos são repassados a todos. Dessa forma, há uma falsa impressão de conveniência nessas práticas tão dissipadas no Brasil. É importante destacar também o subsídio cruzado, que é a consequência mais nefasta existente no setor, ou seja, o consumidor que utiliza produtos e condições de pagamento mais caras acaba sendo subsidiado por aquele que utiliza formas mais baratas de negociação – como o pagamento à vista e em dinheiro. O que se discute, portanto, não é a praticidade do cartão de crédito, nem a segurança que ele traz aos consumidores. Contudo, existe um custo que é repassado ao consumidor e o comerciante deve ter a liberdade de poder dar esse desconto ao cliente que opte por pagar à vista. Dessa forma, a liberdade de dar o desconto é que se discute. Essa prerrogativa o comerciante deve ter e é uma bandeira pela qual devemos continuar lutando, pois a transparência melhora o ambiente econômico e aumenta a satisfação do consumidor. João Ramon é jornalista e assessor parlamentar em brasília


53


comportamento

Equilíbrio O trabalho invade cada vez mais nossa vida pessoal, por conta do volume de responsabilidades, uso da tecnologia e competição entre os segmentos de mercado. E, via de regra, este ônus na vida pessoal acontece no piloto automático, sem nos darmos conta

Diretor da Propósito Estratégia e Desenvolvimento Humano, André Caldeira há três anos também mantém um blog sobre o desafio comum a todos os profissionais: a tentativa de equilíbrio entre o excesso de trabalho e a vida pessoal, sob o título “Muito Trabalho, Pouco Stress”, que já está no rol dos blogs de especialistas da Exame.com. Caldeira é autor, consultor, palestrante, facilitador de workshops e observador das relações com o trabalho e, em breve, publicará seu primeiro livro sobre o tema. Em entrevista exclusiva para a andré caldeira Revista do Comércio, este profissional multifacetado – que já foi dentista, professor de inglês e publicitário – dá algumas dicas importantes para quem sabe que precisa de uma ajuda para equilibrar sua vida. >

divulgação

é a chave do sucesso

O importante é avaliar quais as suas prioridades e o seu momento de vida

54

_André Caldeira, da Propósito Estratégia e Desenvolvimento Humano: “a organização pessoal auxilia na produtividade, gerando uma rotina de trabalho mais sadia e equilibrada”


r Quando o trabalho está atrapalhando a c vida pessoal? André Caldeira: Não acho que o termo correto seja atrapalhar, mas sim, impactar. O importante é fazer uma análise dos prós e contras do trabalho atual na perspectiva do tempo e qualidade da vida pessoal, afinal, todos temos a opção da mudança: renegociar responsabilidades, mudar de posição, de cargo ou até mesmo de empresa sempre pode ser uma alternativa. Outro aspecto fundamental é a forma como cada um lida com o stress do trabalho: prática de exercícios, hobbies, tempo de qualidade com a família, um bom livro – exemplos de atitudes que podemos adotar para mudar o canal cerebral e buscar um equilíbrio maior entre o trabalho e a vida pessoal.

r Como conciliar trabalho e lazer? c André Caldeira: Não existe uma fórmula mágica. O importante é avaliar quais as suas prioridades e o seu momento de vida. Se você está perseguindo uma promoção, vai ter que se dedicar mais ao trabalho. Se está num emprego novo, idem. O importante é não parar o lazer, pois recomeçar é sempre mais difícil. Cito como exemplo o hábito dos exercícios físicos ou da leitura. E levar isso com a mesma disciplina do trabalho: se você viaja muito, por exemplo, leve um par de tênis para uma boa caminhada ou corrida.

r

Levar trabalho para casa: sim ou não?

c André Caldeira: De novo, depende. Se você está no meio de um projeto importante ou de um processo de transição para uma promoção, levar trabalho para casa é quase que parte do processo. O problema é fazer disso um hábito que se incorpora à sua rotina, ou mesmo aos finais de semana. Outro ponto de atenção é a tecnologia. Afinal, com os smartphones e tablets, atualmente podemos levar trabalho para qualquer lugar fora do escritório, não somente para casa.

r Quem não tem família tende a trabalhar c mais? André Caldeira: É fato que executivos que trabalham longe de suas famílias tendem a trabalhar mais. Já o profissional sem família, no sentido se não ter esposa/marido ou filhos, em teoria tem uma vida social mais agitada, o que não necessariamente significa que trabalhe mais. Outra forma de ver a questão é pensar em quanto um pai de família se preocupa com o futuro de seus filhos, trabalhando incansavelmente para construir um patrimônio e bom padrão de vida para as pessoas que quer bem.

r Quem quer subir na carreira precisa ser um c workaholic? André Caldeira: Não necessariamente. É fato que as empresas valorizam mais os profissionais mais dedicados, mas a cultura do excesso tem seu preço para todos. Funcionários workaholics tendem a ficar mais cansados, a produzirem menos quando passam do ponto, criando o que se chama de presenteísmo – diferente do absenteísmo, que é quando o funcionário falta por algum problema pessoal ou de saúde –, que é marcado pela produtividade parcial, justamente por conta do esgotamento. r É possível conseguir momentos de relaxa- c mento em pleno horário comercial? André Caldeira: Sem dúvida. Uma pausa de cinco minutos no meio da manhã ou da tarde, para esticar as pernas e tomar um café, ajuda na quebra da monotonia, do cansaço. Outro hábito saudável é a respiração profunda (oito a 10 ciclos) a qualquer momento do dia, para ajudar na oxigenação cerebral. Por fim, exercícios básicos de alongamento e relaxamento do pescoço e ombros são sempre bons, especialmente para quem trabalha muito tempo em frente do computador.

_simples e possível André Caldeira enumerou oito atitudes que fazem a diferença nos profissionais que conseguem ter uma carreira de sucesso, sem deixar de lado a vida pessoal. Confira e siga à risca!

1. Autoconhecimento: onde se quer chegar, a que preço, e de que forma; 2. Disciplina: usar 30% da disciplina do trabalho para a vida pessoal; 3. Ter um hobby ou atividade de relaxamento fora do trabalho; 4. Curtir família, filhos e pessoas queridas: o tempo passa rápido, e os assuntos tão relevantes do trabalho de hoje são pequenos perto da importância do tempo com estas pessoas;

5. Cuidar da alimentação, exercícios físicos e consumo excessivo de álcool; 6. Planejar a carreira de três em três anos, revendo prioridades e objetivos; 7. Ler e estudar outros assuntos não diretamente ligados ao seu trabalho, para mudar o canal cerebral e aprender sobre novos assuntos;

8. Aproveitar a vida e os momentos de hoje, sem se preocupar demais com o amanhã ou o ontem, pois estamos aqui todos de passagem.

55


na estante

_O que estou lendo? Estou lendo City, do falecido autor Clifford D. Simak. Apesar de escrito em 1952 e ser um livro de ficção científica, é surpreendente a reflexão que a história faz a respeito da própria índole humana – as motivações do homem enquanto espécie dominante e, ao deixar de ser, o que se tornaria a civilização. São perguntas que nos fazem questionar por que vivemos em sociedade. O autor claramente mostra um domínio da psiquê humana e um nível elevado de espiritualidade. Esse livro está me surpreendendo em um nível muito superior ao da história de ficção. Antonio Borba,

city Autor: CLIFFORD D. SIMAK´S Editora: DIVERSAS

sócio e diretor executivo da Rede Magic empresas de tecnologia, consultor e eleito, em 2010, “Melhor Fonte Jornalística” no Prêmio Literal Link

Marketing Nas Mídias Sociais Em 30 Minutos Manual Prático Para Divulgar Seus Negócios Por mais incríveis que as mídias sociais sejam, o sucesso nelas depende de um investimento de tempo, paciência, criatividade e comprometimento. Por meio de exemplos reais, modelos e amostras de procedimentos de marketing, a autora Susan Gunelius faz deste livro um manual de estratégia – simples e minucioso – para um planejamento de marketing bem-sucedido nas mídias sociais.

O Cliente por um Fio O livro é fruto de reflexões, erros e acertos baseados em 12 anos de vivência em estratégias de marketing e call center. O autor, Marcelo Rissato, desenvolve uma nova visão sobre o relacionamento entre empresas e clientes, além de documentar e transmitir todo o seu conhecimento.

Gestão de Vendas: os 21 segredos do sucesso Esta publicação de José Luiz Tejon e Marcos Cobra aborda o desenvolvimento de diversas competências que possibilitam o desempenho diferenciado ao profissional de vendas. Entre os assuntos tratados estão a importância do posicionamento do produto, do bom relacionamento com os clientes, da aplicação do marketing e do próprio desempenho.

56


gastronomia por Arragui Bistrô Bar

fettuccine

dificuldade rende

média

2 porções

com camarões ao pesto cremoso

Este é um dos pratos do novo cardápio do Arragui Bistrô Bar, um ambiente agradavelmente sofisticado, que mistura culinária francesa, japonesa e latina. Vale a pena provar esta delícia, perfeita para os dias mais quentes da primavera e do verão. Bom apetite!

ingredientes 250g de camarões limpos (de preferência branco ou rosa) 450g de fettuccine cozido (em média 200g da massa crua) 350ml de creme de leite fresco 1 xícara de manjericão fresco (só as folhas) 1 dente de alho 6 colheres (sopa) de azeite de oliva 3 colheres (sopa) de parmesão ralado 1 colher (sopa) de pignoli (pode ser substituído

preparo Enquanto a água ferve para cozinhar a massa, prepare o pesto: coloque o manjericão, 1/2 dente de alho, 5 colheres de azeite, o parmesão e os pignolis num liquidificador ou processador. Bata no modo “pulsar”, para que não fique uma pasta (o ideal é que sobrem pedaços de pignoli e de folhas de manjericão, para que ainda apareçam no molho), e reserve. Aqueça uma panela com 1 colher de azeite e adicione os camarões, a cebola e o 1/2 dente de alho restante (picado). Salteie rapidamente e retire da panela para que os camarões não passem do ponto. Na mesma panela, coloque o vinho e deixe que reduza pela metade. Adicione o creme de leite e também deixe que reduza um pouco. Tempere com sal e pimenta do reino. Adicione a massa já cozida e os camarões, só para que aqueçam. Retire do fogo e finalize com o pesto, misturando-o bem à massa.

por nozes) 1 colher (sopa) de cebola picada 1/2 xícara de vinho branco seco

Serviço

Arragui Bistrô Bar 41 3068-6422 Rua Visconde do Rio Branco, 870

57


crônica

Eu quero mais é ser feliz Bia Tahan

Cada vez mais acredito que o grande inimigo de nós mesmos é o ego. É ele que, em grande parte das vezes, nos faz perder oportunidades de sermos felizes, livres, leves e soltos. Nos prende quando queremos dançar como loucos, fazer papel de ridículos, dizer eu te amo sem medir consequências ou dar opiniões bobas somente para opinar. Nos achamos importantes demais ou bons demais para prestar alguns tipos de papel que nos exponham ou nos façam parecer menos bonitos, inteligentes e especiais do que acreditamos ser. Por outro lado, esse mesmo ego também nos paralisa quando age soturnamente como um monstro querendo a todo custo ter a palavra final. Precisamos estar certos mesmo de que isso representa brigas, bate-boca e arrependimentos. Tudo que queremos nesse momento é ter a razão, custe o que custar. É o nosso ego, muitas vezes indomável, trazendo à tona o pior de nós mesmos. Uma versão piorada do eu, onde a vaidade desmedida e o egoísmo cego caminham de mãos dadas, prontos para passar por cima de quem surgir no meio do caminho.

58

Muitas vezes, depois desses lampejos desmedidos de egocentrismo, caímos na real e nos perguntamos: afinal de contas, o que ganhamos com isso? Provavelmente estresse, raiva, sentimentos negativos. E o que perdemos? Momentos prazerosos, risos e alegria. Fora o mal que, muitas vezes, fazemos aos outros para manter uma opinião, um status, uma posição. E uma vez dita, a palavra não volta atrás. Afinal, queremos ser felizes ou ter a razão? Depois de uma discussão boba que se transforma em uma briga horrorosa, me pergunto solitariamente o que eu realmente gostaria: ser feliz ou ter a razão? Enquanto escrevo este texto, digo sem medo de errar: quero mais é ser feliz, cair no samba e gargalhar de boca aberta. E se possível, deixar o ego domesticado, fechado em algum porão para sair apenas quando solicitado. E não como um fugitivo de arma na mão, apontando seus devaneios egocêntricos para quem ousar discordar da sua opinião ou não estender o tapete vermelho quando sua majestade, o ego, passar.



anĂşncio


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.