ABS News - Outubro 2019 América Latina

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N° 04

Outubro, 2019

Informação para uma pecuária mais lucrativa

Entrevista especial com Luis Adriano Teixeira sobre o mercado da carne na América Latina e as soluções genéticas para o avanço do setor

Solução lucrativa

ABS apresenta Beef In Focus, a solução que acelera o melhoramento genético e cria nova fonte de renda para o produtor de leite. É a utilização de sêmen de corte no rebanho!

Sexcel se consagra como solução em genética sexada com excelentes resultados em vacas em diferentes países


ABS NEWS AMÉRICA LATINA

Índice 04

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Entrevista

Gerente de Contas Estratégicas Carne comenta os avanços do setor

ABS Experience

Resultados da viagem que foi uma grande experiência

Roteiro Técnico

Aprendizado e troca de experiências marcam tour de produtores colombianos no Brasil

Background corporativo

Um pouco mais sobre a carreira de Jerry Thompson

Mercados e estratégias

Saiba mais sobre o Beef in Focus, lançamento da ABS

Artigo técnico

Incorporação da produção de carne no plano de negócios de fazendas leiteiras

Lançamento

Beef on dairy impulsiona setor leiteiro

Porteira adentro

Beefmaster: produção de raça híbrida cresce no México

Mercado

Desempenho e eficiência Nelore fazem sucesso na América Latina

Mapa do Leite

Números da produção leiteira da América Latina destacam-se no cenário mundial

Caso de sucesso

Serviços Técnicos ABS alavancam os resultados de propriedade argentina

Resultado no campo

Sêmen sexado em vacas adultas surpeende em resultados produtivos


Buscando maneiras de se diversificar e gerar mais lucro… Inovar em tecnologia requer estar em perfeita sincronia com os interesses presentes e futuros dos nossos clientes e as oportunidades que diferentes mercados nos oferecem. Com base nisso, nesta edição, você descobrirá como a ABS busca convergir dois mundos, carne e leite, a fim de diversificar as oportunidades de renda para os nossos clientes na América Latina. Nosso foco é oferecer produtos não de forma independente, mas em um programa abrangente de melhoria genética especialmente projetado para nossos clientes. Essa abordagem exige não só uma grande preparação dos nossos profissionais, mas também a captação de novos talentos, transformando a ABS em uma das empresas mais atraentes no campo da biotecnologia. Além do exposto e como parte da nossa estratégia global, que é agregar valor aos diferentes elos da cadeia da carne, você encontrará uma entrevista com Luis Adriano Teixeira, nosso novo gerente de Contas Estratégicas de Carne, que fornece uma análise da produção de carne bovina, apresentada como um dos mercados de maior crescimento e potencial na América Latina. Por outro lado, como empresa, é nosso interesse há muito tempo poder compartilhar com nossos clientes experiências novas e variadas. O Beef Tour já é bem conhecido entre os nossos clientes de corte. Na ocasião, um grupo de quarenta e sete pecuaristas viajou por uma semana pelos estados de Oklahoma e Kansas, visitando fazendas de renome e centros de pesquisa. Sob esse mesmo conceito, mas na área do leite, também realizamos a segunda versão do ABS Global Experience, com quarenta e oito produtores da América Latina. Certamente, uma ótima experiência para nós, como organizadores, e uma ótima oportunidade para os nossos clientes conhecerem o que há de mais inovador em tecnologia, gerenciamento e genética na indústria leiteira mais avançada do mundo. Por fim, convido você a ler uma variedade de reportagens e entrevistas. Jerry Thompson, diretor de operações da Genus ABS Beef, conta-nos sobre o seu papel e participação em vários projetos que permitiram à empresa crescer nos últimos anos. Muito boa leitura!

Ricardo Campos

Diretor Regional - ABS América Latina

Expediente

ABS News é um informativo institucional da ABS América Latina

Jornalista Responsável

Diagramação

Contribuição

Gerente de Marketing & Comunicação

Estagiária

Projeto Gráfico

Faeza Rezende - 12323/MG faezarezende@namidiaassessoria.com.br

Livia França livia.franca@genusplc.com

NaMídia Assessoria

Laila Zago laila.zago@genusplc.com

Breno Cordeiro Pedro Henrique Marino

Matheus Oliveira matheus.oliveira@genusplc.com


ENTREVISTA

“Agregar valor à cadeia com foco na produção de carne de forma mais eficiente é uma das principais demandas do setor“ A entrevista desta edição do ABS News é uma análise sobre um dos mercados que mais cresce na América Latina: o de produção de carne. Com um extenso currículo e grande experiência, Luis Adriano Teixeira assumiu o cargo de Gerente Contas Estratégicas Corte ABS para América Latina e conta mais sobre a estratégia da empresa no segmento e o interesse em valorizar este setor cada vez mais importante no cenário mundial. “Este é maior desafio: implementar a integração da cadeia, capturando as oportunidades de crescimento de demanda com valor agregado aos elos da produção, contribuindo significativamente para o crescimento da posição de destaque da carne bovina no consumidor final, de forma sustentável e eficiente”, destaca Luis Adriano, que é médico veterinário formado pela FMVZ-USP de São Paulo (SP), com MBA em Gestão do Agronegócio pela FGV de Ribeirão Preto (SP). Como Gerente Contas Estratégicas Corte ABS para América Latina, os principais países de atuação de Luis Adriano são: Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Chile e México. Confira:

1 – Como você vê o cenário da cadeia produtiva da carne na América Latina? Conseguimos pontuar características de cada um dos países-chave? Luis Adriano:

A América Latina tem uma posição de destaque quanto ao mercado de carne. Desde a

paixão dos latinos por carne e alto consumo per capta, mas principalmente como um dos mercados melhores posicionados para suprir a crescente demanda mundial por carne devido ao aumento populacional e também do consumo conforme dados da FAO.

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2 – Quais são as principais necessidades do setor, e como a ABS pode contribuir para atender a elas? Luis Adriano: Com certeza, a agregação de valor ao longo da cadeia, com foco na produção de carne de

forma mais eficiente, maximizando a produção e otimizando os recursos, é uma das principais demandas do setor. E a ABS tem total condição de contribuir no atendimento dela, inclusive assumimos uma posição de responsabilidade com o setor para contribuir de forma proativa nas soluções genéticas para que os criadores, e demais elos da cadeia consigam atingir essa meta.

3 – Que tipo de ações podemos esperar do setor de Contas Estratégicas Carne para beneficiar os produtores de carne e clientes ABS? Luis Adriano:

A ABS detém índices econômicos próprios, que em parceria com os criadores podem

potencializar sua produção ao longo da cadeia. Os criadores poderão contar com total apoio e comprometimento da ABS no sentido de desenhar e propor a melhor estratégia para cada setor, ou país que atuamos.

4 – Quais são os maiores desafios para a integração da cadeia produtiva? Luis Adriano: O maior desafio é justamente a integração da cadeia, já que é uma iniciativa inovadora e

recente no nosso setor, mas o potencial de crescimento e ganho para todos é tão grande que com certeza todos verão ao longo prazo os benefícios que podem trazer para todos e para o consumidor final.

5 – A importância da sustentabilidade vem crescendo no mercado internacional. Como a ABS pode agir para agregá-la ao setor da carne bovina? Luis Adriano:

A sustentabilidade é peça chave para a manutenção e crescimento do setor de carne,

como em qualquer outro negócio. O pacote de diferenciais da ABS vem com genética sexada, embriões e Índices econômicos próprios, através dos quais podemos agregar real valor aos clientes ABS e aos demais elos da cadeia de forma sustentável e segura.

6 – Um dos diferenciais da ABS é o uso inovador de tecnologias aplicadas ao melhoramento genético. Como a evolução tecnológica do setor influencia a cadeia da carne na América Latina? Luis Adriano:

Com todo pacote tecnológico da ABS, como já comentado - desde a genética sexada,

embriões, mas não menos importante os Índices econômicos próprios da ABS, o produtor pode de forma simples e fácil ter acesso a tecnologia. E ainda contar com o um parceiro especializado como a ABS no desenvolvimento do seu programa de melhoramento genético.

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ABS EXPERIENCE

Uma grande experiência Grupo de 250 produtores de 30 países passa uma semana nos Estados Unidos para aprender sobre a cadeia produtiva do leite

A semana de 16 a 20 de setembro foi marcada pela segunda edição do ABS Experience, uma viagem técnica organizada pela ABS que reuniu 250 produtores de leite de mais de 30 países para visitar grandes fazendas de leite nos Estados Unidos com um amplo uso da genética ABS, bem como laboratórios e instalações da empresa, abrindo as portas da cadeia de produção de leite norte-americana. A iniciativa de realizar a segunda edição da viagem técnica surgiu após a resposta positiva dos participantes à primeira ABS Experience, realizada no ano passado. “Desde a primeira edição do ABS Experience no ano passado, vimos uma demanda maior pelo impacto que a experiência teve sobre os participantes”, diz o COO Leite da ABS Global, Nate Zwald. Para o diretor regional da ABS Global na América Latina,

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Ricardo Campos, a presença de 48 clientes latino-americanos foi muito positiva para a experiência. “Quero agradecer por ter a oportunidade de participar desse tour com 48 clientes para compartilhar e saber o que realmente fazemos na ABS e as tendências do setor. Muito obrigado pela confiança que depositaram em nós e por terem ficado uma semana inteira longe de suas respectivas famílias e empresas, viajando conosco pelos Estados Unidos”, diz ele. Além de aprender sobre os sistemas de produção das fazendas leiteiras mais famosos dos Estados Unidos, os visitantes viram de perto os resultados do uso da genética da empresa, já que muitos dos laticínios visitados têm rebanhos com genética 100% ABS. O uso de produtos focados em tecnologias que estão


impulsionando o mercado internacional, como a genética sexada Sexcel, que se tornou o centro de qualquer rebanho leiteiro, e o Beef in Focus, a inovadora solução da ABS que promove o cruzamento de vacas leiteiras de menos mérito genético com sêmen de corte para obter um animal viável para a indústria da carne, também chamou a atenção dos pecuaristas. No primeiro dia do tour (segunda-feira, 16), os participantes estiveram no laboratório de embriões ABS em Sioux Falls, Dakota do Sul. De acordo com o gerente das instalações, Mike Donnelly, o laboratório é dedicado a oferecer soluções comerciais de fertilização in vitro para produtores americanos. “Normalmente, nossa produção mensal é de 3500 a 3700 embriões, implantados em receptoras em todo o país. Deste laboratório, enviamos produtos para uma dúzia de estados, de Dakota do Sul ao Texas. Nosso foco são os embriões Holandeses e Jersey, produzidos a partir da análise genética de animais que representam de 5 a 10% do rebanho, agregados à qualidade superior da genética de touros ABS”, diz ele. Na terça-feira (17), os produtores continuaram a viagem nas fazendas Golden Dakota e Dakota Plains, que se destacam pelo uso do Beef in Focus e pela genética sexada Sexcel. “O que mais chamou a minha atenção na visita e o que mais me interessou foi saber como utilizar a genômica no manejo, selecionando animais para o uso de sêmen sexado e convencional para o Beef in Focus, obtendo animais de carne, neste caso. Em nossos laticínios no Chile, queremos dar o próximo passo nessa direção, alcançando uma melhoria genética através do uso de

sêmen sexado e do Beef in Focus”, conta o pecuarista chileno Mauricio Castillo. No dia seguinte (quarta-feira, 18), chegou a hora de visitar a fazenda Black Soil, focada na eficiência alcançada através de ferramentas como genômica, transferência de embriões, taxas de avaliação, genética sexada e Beef in Focus. “É a primeira vez que visito os Estados Unidos e estou impressionado com a estrutura e a lucratividade. Para se ter uma ideia, ordenhamos 2700 vacas com 75 pessoas, e aqui na fazenda que visitamos existem 5.000 vacas e apenas 30 pessoas. A mão de obra é muito mais eficiente”, diz Emilio Paris, produtor na Argentina. Em seguida, o itinerário continuou com uma visita à Roorda Dairy, uma propriedade com um sistema avançado de produção, utilizando o Beef in Focus em 80% do rebanho. “Estamos visitando fazendas excepcionais, e o ABS Experience é muito emocionante para nós. Surpreendentemente, apesar do tamanho, são propriedades muito funcionais, aproveitam ao máximo todo o espaço de ordenha no estilo americano e aproveitam o novo conceito de unir as cadeias da carne e do leite”, avalia o produtor brasileiro Antônio Tinoco Neto. Já na quinta-feira (19), o dia foi marcado pela visita à fazenda De-Su, sede do projeto DeNovo Genetics, desenvolvido pela empresa em associação com a ABS, e à propriedade Johnson’s Rolling Acres, em operação desde 1967, e que também foi parte do tour do ano passado. Na De-Su, os produtores conheceram os animais resultantes

Foto: Livia França

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resultantes do projeto DeNovo, internacionalmente reconhecido pela qualidade da genética. “Durante a visita, mostramos o impacto que o DeNovo tem na indústria leiteira, com ênfase em vacas comerciais lucrativas, com atenção às características de produção e desempenho dos touros. Com esses elementos, devemos fazer um bom progresso no setor de laticínios. DeNovo Genetics, De-Su Holstein e ABS estão juntos em uma parceria para produzir a genética mais lucrativa”, diz Darin Meyer, presidente da De-Su. Na Johnson’s Rolling Acres, o destaque foi a estrutura moderna do local, que impressionou os visitantes. “Nós nos encontramos na Johnson’s Rolling Acres durante o ABS Experience para mostrar aos visitantes o que podemos alcançar seguindo um plano genético. Neste caso, a fazenda utiliza o GMS há 30 anos, e o que nossos clientes puderam verificar é que, durante esse período, obtiveram vacas muito consistentes e homogêneas que realizam o trabalho que precisam fazer”, enfatiza o geneticista e gerente de Contas Estratégicas da ABS, Gabriela Márquez. Finalmente, no último dia do ABS Experience, na sexta-feira, 20, os participantes encerraram as atividades da semana visitando a sede da ABS nas cidades de Dekorra e Deforest, Wisconsin. Além

das instalações da empresa, o grupo também esteve no laboratório IntelliGen, a tecnologia por trás da genética sexada Sexcel. O produtor chileno Roberto Vidal compartilha o balanço de toda a viagem, destacando o valor do aprendizado agregado durante as visitas. “Antes de mais nada, gostaria de agradecer à ABS pela organização do roteiro do tour, que combinou muito bem o trabalho que a empresa faz tecnologicamente com os seus serviços técnicos aos produtores americanos, bem como a parte prática de cada propriedade que visitamos. Ficamos impressionados com a organização e com a atenção aos detalhes”, diz ele. Antes de voltar para casa, o pecuarista argentino Pablo Castallá também deixou a sua opinião sobre o segundo ABS Experience. “A experiência dessa viagem foi muito enriquecedora, encontrei muita genética, muito potencial, vi como eles trabalham com genética de ponta e foi incrível ver as melhores vacas e, praticamente, os melhores touros do mundo. Eles nos mostraram as novidades da genética, com evoluções muito grandes, e acho que estamos seguindo um caminho no qual o crescimento e o significado da produção guiados pela genética serão muito grandes”, conclui.

Para assistir a cobertura completa do ABS Experience clique nos links abaixo: Primeiro dia | Segundo dia | Terceiro dia Quarto dia | Quinto dia

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Foto: Livia França


VOCÊ SABE PARA ONDE ESTÁ INDO SEU DINHEIRO?

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PÉ NA ESTRADA

Beef Tour 2019 Entre 5 e 9 de agosto, grupo de 60 pecuaristas da América Latina conheceu diversas propriedades que representam o melhor do setor produtivo da carne dos Estados Unidos, com destaque para a genética ABS e a tecnologia em campo Com ênfase em todas as etapas e processos da cadeia produtiva da carne norte-americana, o Beef Tour 2019 da ABS ofereceu uma experiência única para o grupo de 47 pecuaristas da América Latina que passou a última semana em viagem pelos estados de Oklahoma e Kansas. O roteiro incluiu propriedades de referência para a pecuária de corte, desde fazendas renomadas até centros de pesquisa e confinamentos. Organizado pela ABS, a programação de visitas técnicas levou produtores da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai para a América do Norte no início de agosto. Os participantes mostraram-se surpreendidos desde o início da viagem com os processos de produção utilizados na pecuária dos Estados Unidos, com foco na tecnologia e eficiência, resultando na oferta de produtos diferenciados para o mercado internacional. “Foi excelente conviver com os produtores de tantos países. Conhecer outras realidades é sempre uma experiência muito valiosa e rica, e o aprendizado foi muito extenso graças ao roteiro completo e diversificado do ABS Beef Tour. O trabalho desenvolvido na América do Norte é muito interessante”, conta o criador chileno Patrício Vidal, da região de Osorno. A equipe da ABS também aproveitou a experiência para promover o contato entre clientes e demonstrar os resultados em campo das tecnologias e produtos oferecidos pela empresa. “A ideia do tour é muito proveitosa, já que permite a troca de experiências entre todos os participantes, o que complementa todo o aprendizado da viagem”, comenta o gerente de Projetos e Produtos Corte Europeu da ABS Brasil, Marcelo Selistre.

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Roteiro O ABS Beef Tour 2019 teve início em Oklahoma, onde os participantes visitaram a Oklahoma State University (OSU). A universidade conta, no seu campus, com um campo experimental desenvolvido para o ensino dos processos da pecuária de corte. O campo abriga um rebanho com genética ABS, com ênfase na alimentação eficiente e sem suplementação. Na ocasião, profissionais renomados do setor ministraram palestras para os visitantes para situar a todos sobre a cadeia da carne dos EUA. Foram três palestras: uma da Associação Americana de Angus, que falou sobre o trabalho de fomento e a força da raça no país, assim como avaliação genética antes e depois da era genômica; Scott Clawson, extensionista da OSU, falou sobre dados demográficos da pecuária americana e Robert Wells apresentou o Instituto de Pesquisa Noble, a fim de ajudar o pequeno produtor, tanto na parte de produção como financeira. Ainda no primeiro dia, o Beef Tour levou os pecuaristas às Pfeiffer Farms, uma fazenda de propriedade do atual presidente da American Angus Association (AAA), John Pfeiffer. O rebanho Angus da propriedade impressionou os participantes do roteiro técnico, principalmente, pela grande dedicação de John Pfeiffer à raça Angus. Outro destino do tour foi Creekstone Farms, um frigorífico de referência na distribuição de carne Angus, com a melhor tecnologia disponível e executada de forma a obter um produto da mais alta qualidade. Luis Saafeld, do Frigorífico Coqueiro (RS), chamou a atenção da uniformidade, rendimento (acima de 62%) e acabamento


das carcaças, além da alta qualidade e as carcaças sem lesão nenhuma, muito diferente do que encontramos no Brasil, de acordo com ele. O JLB Ranch, fornecedor para a Creekstone há mais de 10 anos, também foi visitado, onde os participantes conheceram de perto o rebanho com extenso uso da genética ABS. “Foi uma viagem muito interessante, e recomendo a todo produtor que tenha vontade de ampliar o seu conhecimento”, destaca o pecuarista argentino Raul Serra. Ao apresentar o índice de desmame de 93.8% das 5 mil vacas comerciais que trabalham, com estação de monta de, no máximo, 75 dias, o gerente afirmou que o resultado vem da seleção das vacas por fertilidade e temperamento, além do manejo sem estresse da mãode-obra. O tour visitou mais um rebanho comercial, Giles Ranch, tocado por três irmãs, fato que chama a atenção, pois, além do manejo ser realizado por mulheres, com altos índices de produção, passou por um incêndio há três anos e estão conseguindo uma recuperação muito rápida, graças à dedicação e ótimos índices e valor agregado da sua produção.

Depois, foram à Gardiner Angus Ranch, um dos rebanhos mais importantes da raça Angus, com 3,5 mil vacas Angus em reprodução, com prestação de serviço, inseminam mais de 10 mil vacas por ano, além de TE (transferência de embriões) intensa. Mas o que mais chamou a atenção do grupo foi o fato de a tomada de decisão de utilizar somente IA (inseminação artificial), sem repasse de touros desde 1964. Outro ponto é que só pode inseminar quem é da família, pois consideram a reprodução o serviço mais importante da sua produção. Trabalham na fazenda 11 familiares e apenas quatro funcionários externos. Mark Gardiner fez uma apresentação que mostrou o quanto é importante a genética para agregar valor ao negócio. Além desses destinos, os pecuaristas latino-americanos também estiveram no Hy-plains Feedyard; mais do que um confinamento, é um centro de pesquisas super moderno, onde se coletam muitos dados dos animais em produção comercial, desde eficiência alimentar, dados de carcaça, até emissão de gases, cuja estrutura inspirou os produtores pelo seu tamanho, escala e capacidade produtiva.


O grupo visitou a Luddington Angus, fazenda renomada que desenvolve as suas atividades com foco no melhoramento genético do rebanho, visando características maternais, rebanho que mostra um excelente padrão racial. Diferentemente da maioria dos criadores, tem vacas Angus e Red Angus, com uso de tecnologias como a transferência de embriões, e apresentou um belíssimo rodeio de vacas.

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No último dia, visitaram o B&L Red Angus Ranch, com mais animais da raça Red Angus, com total controle de dados produtivos, além da coleta de dados tradicionais, realizam em 100% da produção teste de eficiência alimentar e prova genômica, como diferencial, ainda utilizam touros Angus pretos para correção de características do rebanho vermelho, como características de carcaça e aprumos do gado.


ALGUMA VEZ VOCÊ JÁ PERDEU O FOCO?


ROTEIRO TÉCNICO

Pé na estrada

Produtores colombianos participam de tour por fazendas brasileiras, organizado pela ABS Brasil e ABS Colômbia. Priorizando o aprendizado e a troca de experiências, a viagem percorreu as regiões Norte e Nordeste, e ainda passou pela Agrishow e ExpoZebu

A troca de conhecimentos é uma importante ferramenta para incrementar a gestão de um rebanho. Por vezes, conhecer a realidade de outro produtor é um fator decisivo para tomar decisões estratégicas que levam ao desenvolvimento do sistema de produção. Foi nesse contexto que, em maio, um grupo de cerca de 20 produtores colombianos participou de um tour por fazendas em várias regiões do Brasil, com o intuito de conhecerem a pecuária nacional e aplicarem o aprendizado da viagem nos seus próprios rebanhos, na Colômbia. A viagem foi dividida em duas fases:

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primeiro, entre 29 de abril e 5 de maio, o grupo esteve em Ribeirão Preto (SP) e Uberaba (MG), onde tiveram a oportunidade de visitar a Agrishow e a ExpoZebu, importantes eventos da agropecuária em nível internacional, além da central da ABS Brasil e o Rancho da Matinha, na cidade mineira. Em seguida, entre 5 e 22 de maio, o tour levou os visitantes da Colômbia a percorrer oito outras fazendas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde puderam aprender sobre as cadeias produtivas da carne e do leite brasileiros, em sistemas de produção que valorizam a tecnologia e funcionam sob condições climáticas

semelhantes àquelas vivenciadas pelos produtores participantes. É o que explica o organizador da viagem, Alvaro Restrepo. “Para os produtores, é muito vantajoso poder conhecer de perto como a tecnologia é usada no Brasil e como ela pode ser adaptada para utilização nas principais regiões produtivas da Colômbia. Passamos por criações de diversas raças, o que permitiu uma experiência e um aprendizado mais completo para todos os participantes”, afirma. Durante as visitas, os pecuaristas compartilharam vivências e conhecimentos com a equipe de cada fazenda, o que enriqueceu ainda mais


toda a viagem. “Os visitantes encontraram respostas para todas as perguntas e conheceram detalhadamente as fazendas e as tecnologias utilizadas no dia a dia. A hospitalidade dos brasileiros ficou em evidência e muitos dos visitantes se mostraram impressionados”, revela Alvaro. Para o produtor Jair Apraez, da Hacienda El Triunfo, na cidade de Florencia, a experiência proporcionou muitos aprendizados de grande valor. O criador de Brahman branco e vermelho, além de outras raças, incluindo novilhas F1, trabalha com pecuária há 16 anos e já é cliente ABS desde 2010. “Pude aprender sobre a riquíssima cultura brasileira, além do estilo de vida dos produtores do país, o modelo econômico que faz do Brasil uma potência na América do Sul, além do potencial da sua pecuária aplicada ao melhoramento genético. Em cada lugar visitado, aprendi sobre modelos de manejo para leite e carne, e até sistemas duplos, adaptados às condições ambientais. Certamente, poderei aplicar muitas novidades na minha própria fazenda”, avalia. Jair acrescenta que ficou evidente o valor das tecnologias ABS em todos os rebanhos visitados. “Fiquei impressionado com o valor que as fêmeas F1 podem agregar à fazenda, além do melhoramento genético oferecido pelo GPlan da ABS. Todo o trabalho de assessoria do pessoal altamente qualificado da empresa é muito eficiente. Isso, sem falar sobre o uso inteligente de pastagens rotacionadas e a ênfase na preservação ambiental”, conta. Outro produtor que se mostrou impressionado foi Sebastián Castaño, da fazenda Alcalá Valle. Pecuarista há mais de 20 anos, ele dedica-se à criação de Brahman e esperava aprender mais sobre

Rota pecuária

Codó (MA) Marabá (PA) Bom Jesus (PI) Ceará (CE) Taperoá (PB)

Uberaba (MG)


as inovações da pecuária brasileira. “Sempre tento aproveitar as oportunidades para conhecer novas experiências relacionadas ao campo e ao mundo da pecuária”, enfatiza. No decorrer do tour, Sebastián informou-se sobre uma variedade de assuntos, com o objetivo de incrementar o seu sistema de produção na Colômbia. “A minha intenção era melhorar as minhas práticas para obter uma eficiência maior, além de mais eficácia e efetividade na produção. Foi uma viagem excelente pela sua riqueza, abordamos todos os temas, desde o gado em si, até à produtividade, a nutrição e a inovação que vem sendo verificada no decorrer dos anos”, descreve o produtor. Ao final da viagem, Sebastián ficou inspirado pela genética ABS. “Quero investir em sêmen de Zebu colombiano e de Nelore brasileiro para melhorar a minha linha genética, fazendo uso das receptoras que já tenho. Me surpreendeu a qualidade do gado nas fazendas e as práticas nutricionais exercidas no Brasil”, conta. O organizador Alvaro destaca a importância de realizar novas viagens para aumentar o acesso ao conhecimento, promovendo o desenvolvimento da pecuária e da genética na América Latina. “É fundamental que se continuem realizando estes tours. Cada fazenda tem algo a ensinar, e é uma experiência muito valiosa para todos os envolvidos”, resume.

Colômbia

Com um rebanho nacional que supera as 26,4 milhões de cabeças, a Colômbia revela um setor agropecuário bastante expressivo. A pecuária nacional gera 810 mil empregos diretos, o que representa 6% de toda a população empregada no país. A criação de gado responde por 21,8% do PIB agropecuário que, por sua vez, corresponde a 6,4% do PIB nacional.

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FAZENDAS DO TOUR RANCHO DA MATINHA – Uberaba (MG) No contexto da visita à ExpoZebu, o tour passou, em primeiro lugar, pelo Rancho da Matinha, propriedade da mais alta referência na criação e melhoramento genético da raça Nelore. Com uma seleção que remonta há mais de 40 anos, desde 1976, o Rancho da Matinha é a casa de muitos touros de destaque absoluto no mercado, e que fazem parte da bateria de corte da ABS Brasil. O uso da tecnologia e o foco na seleção rigorosa, com base em características como a eficiência alimentar, são alguns dos destaques da empresa.

FAZENDA CARNAÚBA – Taperoá (PB) Propriedade reconhecida mundialmente, em especial, pela produção dos laticínios Grupiara, a Fazenda Carnaúba produz 1500 a 2000 litros de leite bovino e caprino por dia (o suficiente para 800 peças de queijo). Destacam-se, também, os rebanhos das raças Guzerá e Sindi, além das cabeças de gado Pé Duro, nativa da região. A nutrição dos animais é feita de forma eficiente, com aproveitamento dos pastos nativos do clima semi-árido, além de forragens de origem africana e americana.

FAZENDAS CIALNE – Ceará Fazendas da Cialne (Companhia de Alimentos do Nordeste), grupo alimentício que gera mais de 4 mil empregos no estado do Ceará. Uma das fazendas abriga um impressionante rebanho Girolando ½ sangue, que representa o maior cliente ABS em nível nacional da raça leiteira (em 2018, foram mais de 12 mil doses de sêmen Girolando compradas). Outra das propriedades é a casa de um rebanho Gir Leiteiro, e dedica-se à produção de embriões Girolando. Anualmente, a fazenda produz 500 a 1500 embriões.

FAZENDA ABELHA – Codó (MA) Fazenda 100% ABS que conta com um rebanho de 23.534 bovinos, incluindo 3.343 fêmeas em reprodução. A estrutura de grande escala ocupa mais de 28 mil hectares (16 mil dedicados à área de pasto e outros 10 mil, à reserva). Assim como a Fazenda Alvorada, a equipe da Fazenda Abelha desenvolve o ciclo de cria, recria e engorda, e faz uso intensivo da IATF (inseminação artificial em tempo fixo), em que cada animal recebe até três doses de sêmen. Os índices de fertilidade do rebanho surpreendem, chegando a 90% de prenhez, ao final da estação de monta.


FAZENDA ALVORADA – Bom Jesus (PI)

FAZENDA ESPÍRITO SANTO – Marabá (PA)

O belo rebanho Nelore habita uma propriedade onde são plantados 25 mil hectares de soja e milho. Além da criação da típica raça de gado para a pecuária de corte, a fazenda também executa acasalamentos entre Nelore e Angus, desenvolvendo o ciclo completo de cria, recria e engorda, com 4100 hectares de pastos e um total de 5300 cabeças de gado. O sistema, completo e focado na eficiência, ainda inclui o confinamento, onde se encontram cerca de 900 animais.

A Fazenda Espírito Santo pertence ao grupo AgroSB, o qual conta com 165 mil cabeças de gado. Desse total, 35 mil, da raça Nelore, estão na fazenda. O foco de produção é amplo, incluindo a cria, recria, engorda e, ainda, a genética. Além da criação de Nelore, também são feitos cruzamentos com animais Angus, animais F1 e F2, confinamento e trabalhos de melhoramento genético para a raça Nelore. Para manter tantas atividades, a eficiência administrativa da fazenda é destaque.

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BACKGROUND CORPORATIVO

Jerry Thompson Cargo atual: Diretor de Operações da Genus ABS Beef Data de início na ABS: 1992 no grupo Genus, mas começou a atuar na ABS em 2010 Formação acadêmica: Graduado em Agricultura e Negócios na Seale-Hayne College, parte da Plymouth University, no Reino Unido Maior projeto empreendido: Lançamento do NuEra e Beef InFocus, além de um projeto ainda nas primeiras fases de desenvolvimento, focado na consolidação de touros Brahman na Índia, com envolvimento da família Chitale Experiência de mercado: Atuou em diversos países pelo grupo Genus, como Reino Unido, Rússia, China, Romênia e, agora, Estados Unidos Segredo para o sucesso: Trabalhe muito e divirta-se muito! Todos nós passamos muito tempo no trabalho. É preciso garantir que gostamos daquilo que fazemos

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Ele já atuou em cinco países, espalhados por três

criadores de rebanhos leiteiros.

continentes. De trainee, foi crescendo na empresa, até

“O NuEra é o equivalente ao DeNovo para a produção

ocupar um dos cargos mais importantes de todo o grupo

de carne, e está fortalecendo a contribuição da ABS para

Genus. Dedicado, profissional e realizado no seu trabalho,

a indústria mundial de carne, e o Beef InFocus é uma

sustenta a importância de uma boa equipe e do trabalho

marca absolutamente pioneira para a junção das cadeias

em conjunto e demonstra grande carinho pelos projetos da

de corte e de leite. Trata-se de um elemento chave para

ABS – muitos dos quais contaram com o seu envolvimento

o nosso crescimento, especialmente se levarmos em

pessoal.

consideração a união desse projeto com o Sexcel. Vai

Ele é Jerry Thompson, o atual Diretor de Operações

ser um divisor de águas para os clientes ABS em todo o

da Genus ABS. Parte do quadro do grupo Genus desde

mundo, potencializando o melhoramento genético”, avalia

1992, Jerry já ocupou oito – isso mesmo, oito! – cargos

Jerry.

distintos, atuando primeiro na empresa PIC, antes da

O diretor salienta, ainda, que os projetos apresentados

sua incorporação pela Genus, e passando por posições

pela ABS nos últimos anos vêm contribuindo ainda mais

importantes nos ramos do grupo na Europa Central e do

para a representatividade da empresa no setor genético

Leste, e ainda na Ásia.

bovino, com soluções modernas e eficientes para o

Nas suas próprias palavras, os 27 anos dedicados ao

mercado.

grupo Genus e à ABS têm sido muito recompensadores:

“O ABS XBlack e o IATFMax são oportunidades excelentes

“A minha experiência na empresa tem sido incrível. Já

para o mercado brasileiro, por exemplo, já que ajudam os

tive muitas boas oportunidades de trabalhar em diferentes

nossos clientes a aumentar a eficiência, a rentabilidade e

funções, atendendo a clientes excelentes e equipes

a sustentabilidade dos rebanhos”, diz.

espetaculares. Recomendo muito!”, comemora, sempre sorridente.

Presente na liderança da ABS em nível mundial, Jerry acumulou o conhecimento necessário para ajudar a definir

As quase três décadas de atuação já apresentaram uma

o futuro da empresa – juntamente, é claro, à equipe que

série de desafios que Jerry precisou superar. Para ele, cada

constitui o coração de qualquer processo, e sem esquecer

desafio representa uma oportunidade. “Atuar como diretor

o apoio recebido de todas as fontes.

de operações na Ásia foi certamente um grande desafio,

“Para ter sucesso enquanto líder, é necessário se rodear

que incluiu a consolidação da nossa empresa na China, o

das melhores pessoas, criar uma visão em conjunto e

estabelecimento da rede de fornecedores no continente

empoderar cada integrante! Nada disso seria possível

asiático e a inserção da ABS na Rússia”, ressalta.

sem o apoio de todas as famílias ABS. Hoje, somos a

Além dessas conquistas, Jerry também está envolvido

empresa que garante o melhor aprimoramento genético,

em outros projetos impactantes da ABS. Depois de

e os nossos clientes têm a segurança de saber que não

participar do desenvolvimento do NuEra Genetics, ele se

conseguiriam resultados melhores se trabalhassem com

dedica, hoje, ao crescimento do projeto Beef InFocus, que

qualquer outra empresa. Isso nos dá muito orgulho e é um

oferece soluções inovadoras em genética de corte para

motivo para sair da cama, de manhã”, acredita.


MERCADOS E ESTRATÉGIAS

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Corte no leite:

o foco é o futuro

A inovadora solução integrada da ABS, Beef InFocus, permite a união das cadeias do leite e do corte por meio da genética – e está se popularizando entre os clientes

A genética e as tecnologias associadas a ela estão constantemente abrindo portas para novas possibilidades para pecuaristas. E, por vezes, novos produtos acabam trazendo soluções modernas e inovadoras para acelerar ainda mais o progresso genético. Tendo a eficiência e a velocidade do melhoramento como foco, a ABS inovou, mais uma vez, apresentando o projeto Beef InFocus, que é a solução da ABS que integra as pecuárias de leite e de corte, com o objetivo final de diversificar as fontes de renda para o criador de gado leiteiro e, principalmente, o auxiliar a direcionar ainda mais a seleção e o melhoramento genético, com ajuda do Sexcel. O principal foco do produto é o produtor de leite, que aumentou o número de fêmeas no rebanho, por meio do sêmen sexado, e procura um destino para as vacas menos produtivas da fazenda. Ao serem inseminadas com sêmen de corte, as vacas dão origem a bezerros meiosangue, que podem, então, ser destinados a pecuaristas que recriam ou frigoríficos para ter a sua carne vendida, representando uma fonte extra de rendimentos para o produtor de leite, sem a necessidade de se investir em um sistema de produção totalmente novo. Alguns países, como o Reino Unido, já fazem uso deste tipo de projetos – conhecidos como beef on dairy (literalmente, o corte no leite) – há anos, e outros países da Europa já vêm adotando

a novidade, mas só recentemente a tecnologia começou a se espalhar por outras regiões. Na linha da frente desse movimento, está a ABS. “O Beef InFocus é uma marca líder de mercado para a produção de carne a partir de rebanhos leiteiros. É, também, uma das principais apostas da ABS para o futuro, porque sabemos do potencial que ele oferece para o produtor”, destaca o Diretor de Operações da Genus ABS, Jerry Thompson. A utilização do Beef InFocus aliado ao Sexcel – o sêmen sexado da ABS – oferece um pacote completo de soluções para o produtor leiteiro. “É absolutamente ideal para o cliente, já que se aproveita o melhoramento genético das fêmeas mais produtivas, enquanto se maximiza o valor do restante do rebanho”, explica Jerry. No último ano, o produto vem tomando o seu lugar no mercado norte-americano. Nos Estados Unidos, o crescimento do Beef InFocus tem sido muito expressivo. “Só no ano fiscal de 2019, já registramos o triplo de volume de vendas deste produto. Agora, o enfoque principal será leválo para a América Latina e para a Ásia, onde esperamos alcançar o mesmo sucesso”, revela. É a união do corte e do leite, potencializada por um elo em comum – o melhoramento genético que só a ABS pode oferecer, maximizando o potencial do sistema de produção e gerando lucro para o produtor.

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ARTIGO TÉCNICO

Incorporação da produção de carne no plano de negócios de fazendas leiteiras

Mandy Schdmit Especialista em Serviços de Genética de Gado Leiteiro da ABS Global da América do Norte Publicado em fevereiro pela revista Progressive Dairyman

Operar um negócio sem um plano, é como fazer uma viagem sem rumo. Uma atitude apaixonada para viajar pode levar a caminhos interessantes, mas não o levará ao seu destino de maneira rápida ou eficiente. A adoção de uma abordagem tão caprichosa poderia, em última

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instância , por em risco sua subsistência. O uso de sêmen de corte em rebanhos produtores de leite tem se tornado uma estratégia cada vez mais popular. No entanto, deve estar alinhado a seu plano de negócios personalizado. O mesmo método não funciona de maneira lucrativa

para todos. A quantidade de sêmen de corte utilizado, a seleção de vacas ou novilhas que serão inseminadas com sêmen sexado e o número necessário de novilhas para reposição são sempre específicos para cada rebanho. Além disso, o plano deve


ser constantemente monitorado devido a fatores ambientais variáveis, como taxas de reprodução, níveis de descarte e morte de animais jovens.

Conheça o seu mercado

Antes de entrar na produção de qualquer novo produto, como bezerros cruzados, avalie a possibilidade de comercialização do produto. Hoje, os bezerros cruzados de vacas leiteiras e bovinos de corte são altamente valorizados na maioria das regiões. Também conhecemos todos os ciclos. As mudanças no mercado de carne bovina afetarão o valor dessa crescente população de animais cruzados. À medida que a oferta aumenta, os compradores de bezerros são mais seletivos. Um bezerro com pelagem preta não necessariamente tem um preço mais alto. O uso de “sêmen em oferta” pode se tornar caro, a curto e longo prazo, se os bezerros não tiverem valor ou se os touros não forem adequadamente avaliados para uso em gado leiteiro. Um touro sem dados de fertilidade ou facilidade de partos pode realmente ter um alto custo para seus negócios se as vacas não emprenharem ou tiverem problemas no parto. A longo prazo, os bezerros cruzados devem ser competitivos no rendimento do feedlot (engorda em confinamento) e na qualidade da carcaça. Os touros genéricos não são bons o suficiente para o mercado saturado em que entrará. Use genética bovina especificamente projetada para criar bezerros cruzados de vacas leiteiras e bovinos de corte otimizadas. Não se prepare para fracassar no mercado nove meses antes de ter um produto para oferecer. As raças de alta performance, resultantes dos touros de alta

performance, continuarão sendo atraentes. Seja cauteloso se for contatado para produzir bezerros para um programa especializado de um único comprador. A menos que haja um contrato, esses bezerros pouco atrativos podem ser uma responsabilidade se o comprador não estiver mais interessado no produto. A indústria de rações espera um desempenho consistente, o que pode ser alcançado com a genética desenvolvida e testada para oferecer. O controle de qualidade na fazenda, além do uso da melhor genética, é outro aspecto para garantir compradores para seus bezerros. Os protocolos de cuidados de bezerros e parideiras são tão importantes para esses nascimentos quanto seus futuros rebanhos substitutos. Além disso, tenha cuidado para que a identificação dos reprodutores seja precisa. Muito frequentemente, bezerros leiteiros pretos, especialmente dos rebanhos cruzados, podem ser erroneamente identificados como bezerros cruzados. Certifique-se de que sua marca esteja protegida e que sua reputação como uma fonte de bezerros de carne superior seja conhecida. Analise quando faz mais sentido vender seus bezerros cruzados. Para alguns produtores, vender com um dia de idade é a melhor opção. Outros, com instalações adequadas e recursos de alimentação, podem optar por criar bezerros, se isso puder ser feito com um custo econômico de ganho de peso. Outra consideração é manter a propriedade estrutura para a engorda final. Embora essa possa ser uma oportunidade para agregar ainda mais valor, com esses modelos, há uma responsabilidade contínua pelo mercado e pelos riscos de morte.

Nem muito pouco, nem demais

Ao usar sêmen sexado, as fazendas leiteiras não precisam mais se perguntar

se podem produzir um suprimento adequado de novilhas. A nova pergunta é: quantas novilhas são necessárias para substituir as vacas descartadas do rebanho e maximizar a eficiência? Lembremos da história para as crianças Cachinhos dourados e a busca pelo equilíbrio; sem escassez nem excesso, mas em sua medida adequada. Agora pense no princípio de Cachinhos dourados como um fenômeno econômico: os elementos devem estar dentro de determinadas margens para alcançar este equilíbrio financeiro justo”. Quanto custou o seu programa de novilhas no ano passado? Qual é o valor para reduzir esta reposição de 1020%? Menos novilhas significam menos recursos para mão-de-obra, instalações e alimento. O fato de você obter muitas novilhas com sêmen sexado não significa que você deva fazê-lo. Ao calcular os preços futuros das novilhas, é otimista assumir o ciclo dos mercados, mas também devemos lembrar que a tecnologia continua melhorando. A introdução da tecnologia de sêmen sexado, complementada por melhorias no manejo do rebanho, como a reprodução e o cuidado dos bezerros, afetou diretamente o número de novilhas disponíveis no mercado. Os produtores podem produzir mais novilhas mais rapidamente do que nunca. A menos que você tenha um mercado realista para vender os excedentes de reposição, o que lhe permitirá recuperar todas as despesas em aumento, há um custo benefício por não produzir novilhas adicionais. Não se sinta tentado a desperdiçar recursos com novilhas que não precisa, seguindo as três etapas listadas na próxima página para determinar as metas relacionadas ao número de novilhas do rebanho.

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3 passos para determinar o valor objetivo das novilhas Fale com um consultor em genética e reprodução para equilibrar as necessidades de estoque de novilhas. Seu plano de negócios terá anexos não ajustados com os cálculos gerais. No entanto, o conceito básico é trabalhar de forma inversa, a partir do número de anmais de reposição necessários, para encontrar o número correspondente de prenhezes de fêmeas.

1 Determine

seus objetivos de taxas de descarte e tamanho do rebanho, para otimizar a eficiência da propriedade. A taxa de descarte ideal será única para cada operação. Os objetivos de manutenção, expansão ou redução do tamanho do rebanho também devem ser considerados. Para manter o tamanho do rebanho, o número de novilhas de primeira cria que devem ser renovadas anualmente deve ser igual ao número de vacas leiteiras que saem no mesmo período.

Determine a trajetória de carreira para cada membro do rebanho

Nem todas as novilhas ou vacas têm o mesmo papel em seu programa de reposição. O gado de genética inferior não deve contribuir para a próxima geração. Enquanto continuam produzindo leite e gerando renda durante sua vida produtiva, inseminar estas vacas com sêmen de corte torna sua genética terminal. Seus descendentes são mais valiosos como cruzamentos de gado de corte do que reposição não lucrativas. O custo de criar uma novilha de genética

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2. O número

de novilhas disponíveis para parir depende da taxa de descarte. Leve em conta os sacrifícios reprodutivos, as perdas devido a morte de bezerros e os natimortos. Aumente o número de novilhas necessárias para criar o número de novilhas perdidas. Esta é a quantidade de novilhas que precisam nascer anualmente.

3 O número

de novilhas nascidas em um ano é afetado pelo gênero das prenhezes criadas e pela velocidade com que as vacas ficam prenhas. Os elementos que afetam o intervalo entre os nascimentos, como as taxas de aborto e taxas de concepção, devem ser refletidos em seu plano. Também é possível que deseje avaliar os níveis de risco do estresse devido ao calor no verão, às complicações na criação de bezerros ou outros problemas de reprodução.

inferior até a sua renovação é o mesmo que o de criar uma novilha geneticamente superior. No entanto, com a novilha geneticamente superior recuperará o dinheiro mais rapidamente. Segmente suas fêmeas a serem inseminadas com sêmen sexado com base na rentabilidade futura esperada de seu rebanho. Você não gosta de todas as vacas em seu rebanho da mesma forma. Não produza a próxima geração da mesma forma. Realize uma auditoria genética para identificar as fêmeas com o maior rendimento esperado para o seu rebanho com base nas características e tendências genéticas. Quando as pessoas tentam

tomar decisões usando as tendências genéticas do mercado sem observar seus dados específicos, elas poderão ter sorte ou tomar decisões equivocadas. O uso de uma classificação de índice personalizada cria um progresso equilibrado com uma correlação direta com as necessidades do rebanho. Os inputs para uma classificação do índice customizada dependem dos dados disponíveis. Se as informações do pedigree forem precisas, os traços genéticos médios dos pais podem ser bons o suficiente. As médias dos pais são melhores quando usadas para agrupar populações de fêmeas,



como, por exemplo, encontrar o grupo de genética superior ou inferior. Não determinará de forma confiável qual é exatamente a melhor ou a pior novilha individual. Os testes genômicos aumentam a confiabilidade e são especialmente úteis para rebanhos com informações limitadas de pedigree. Vale a pena investir em PTA genômico (habilidades estimadas de transmissão) se, para sua operação, o erro que você poderia cometer usando apenas as médias dos pais justifica o custo do teste. Depois de classificar as fêmeas, o passo final é implementar um plano lógico e de fácil entendimento com seus técnicos de reprodução. Um projeto feito em papel não faz sentido se os produtores não puderem executar o plano com precisão. Estratégias de reprodução complicadas também podem afetar outras áreas de rendimento, como os tempos de bloqueio. Muitas vezes, o método mais lógico é usar uma classificação por percentual ou codificação genética. Revise seus objetivos genéticos com um consultor em genética para determinar o que faz mais sentido para sua operação. Para muitos rebanhos com novilhas excedentes que causam gargalos em suas operações e geram custos desnecessários, a decisão de criar bezerros cruzados para produção de carne em rebanhos leiteiros pode ser uma decisão fácil.

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AS COISAS PARECEM CONFUSAS?


LANÇAMENTO

Registro dos bezerros cruzados na propriedade de Angela Rendel


O futuro com a genética de corte nas fazendas de leite A inovação dos sistemas de beef on dairy, que combinam as pecuárias de corte e de leite para oferecer mais uma alternativa de renda para o rebanho leiteiro e facilitando o progresso genético

Quando se fala de pecuária, a separação entre os dois tipos – de corte e de leite – é sempre muito clara. Todas as decisões do produtor, desde o início da criação, incluindo a estrutura da fazenda e a raça a ser escolhida, dependem dessa distinção, e as duas modalidades nunca se misturam. Certo? Nem sempre. Uma solução ousada vem captando a atenção de especialistas e produtores, respondendo ao problema causado pela quantidade de vacas excedentes em rebanhos leiteiros. É que, com o advento de tecnologias inovadoras, como o sêmen sexado, o número de fêmeas presentes nas fazendas aumentou consideravelmente. Assim, o produtor percebe a necessidade de controlar o nascimento de novas vacas, e a tecnologia passa a ser utilizada em um grupo cada vez mais restrito e rigorosamente selecionado de fêmeas, para controlar o número de novilhas. Isso gera um problema – o que fazer com as vacas que ficaram de fora da produção? Se forem muito numerosas, o descarte desses animais acaba implicando em uma perda na rentabilidade e na eficiência do sistema de produção. É nesse contexto que surgem os sistemas beef on dairy (literalmente, corte no leite). A solução é simples: usar sêmen de touros de raças de corte para inseminar as vacas excedentes de rebanhos leiteiros, destinando os bezerros meio-sangue que resultam desse cruzamento para confinadores, gerando, assim, uma fonte

de renda extra para o produtor de leite. No Chile, a assessora veterinária e produtora de leite Angela Rendel conhece bem esta proposta. Além de recomendar, há anos, o beef on dairy para seus clientes, ela também começou, recentemente, a fazer uso dele no seu próprio rebanho, que abriga 260 vacas com produção diária média de 22 litros de leite/vaca, totalizando 8,5 mil litros por ano, por animal. “No caso das novilhas Holandês, utilizamos sêmen Angus; já nas vacas adultas, optamos pelo Charolês ou British Blue, sem distinção entre as raças. Trata-se de uma opção muito viável para determinados produtores leiteiros, já que permite recuperar a rentabilidade do rebanho”, conta Angela. Segundo ela, a vantagem do sistema está

justamente na otimização dos recursos para a criação de animais que não serão usados na reposição do rebanho leiteiro. “É uma forma de destinar os animais que não se justifica criar, por não possuírem uma genética tão vantajosa”, explica.

Angela Rendel

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A médica veterinária acrescenta, ainda, que a solução também se estende para outras áreas da fazenda. “Os bezerros são vendidos a um preço superior em relação ao que aconteceria sem o beef on dairy. Além disso, como se reduz o número de animais, passamos a dispor de mais espaço, e as forragens rendem por mais tempo”, ressalta Angela. Como se não bastasse, os resultados destes cruzamentos híbridos ainda apresentam características apropriadas para a criação. “Geralmente, são animais que preservam a rusticidade e apresentam um bom ganho de peso e eficiência alimentar”, avalia. O beef on dairy ainda permite uma certa flexibilidade na sua utilização. O Grupo Agrobella, no Brasil, dedica-se à inseminação, com sêmen Angus, de vacas leiteiras pertencentes aos rebanhos de outros produtores, como afirma o gerente José Carlos Scolaro. “O nosso sistema baseia-se na contratação de animais da raça Holandês, que nos são vendidos por diversas fazendas da região e que, de outra forma, não teriam uso para eles a não ser o descarte. Assim, inseminamos essas vacas e criamos os bezerros para a cadeia

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de carne”, descreve. Neste caso, o produtor de leite obtém uma fonte adicional de renda com a venda das vacas que, para ele, não teriam tanta utilidade na produção leiteira. Por outro lado, as fazendas Agrobella lucram com a venda dos bezerros que resultam do cruzamento. “O nosso foco de produção é a carne premium, de excelente qualidade. Muitos não sabem, mas o gado Holandês apresenta uma carne boa, com marmoreio e, quando cruzado com a genética de corte, o resultado é impressionante”, comenta José Carlos. Realmente, assim como acontece no caso de Angela, os animais resultantes surpreendem pela qualidade. Em um abate técnico realizado na fazenda de José Carlos, entre as 50 carcaças avaliadas, apenas duas não estavam em conformidade com o programa de qualidade utilizado pelo grupo. “É um sistema que, sem dúvida, contribui muito para a implantação efetiva do planejamento genético do rebanho, com uma multiplicação dos melhores animais leiteiros e que, ao mesmo tempo, insere no mercado da carne um excelente produto”, finaliza, contando que, há três anos, os primeiros animais meio-sangue Angus começaram a chegar à fazenda. Hoje, são cerca de 3500 vacas Holandesas

contratadas, e o projeto é desenhado para comportar até 10 mil. As vantagens não existem apenas para a criação do grupo Agrobella. Para o produtor de leite, trata-se de uma oportunidade de complementar a renda da fazenda e, até, de reduzir custos com animais que apresentam uma capacidade produtiva inferior à média do rebanho. É o que acontece com o produtor Luciano Cancian, que comanda o seu rebanho de Holandês no município de Taquaruçu do Sul (RS). Para ele, o projeto beef on dairy promovido pelo grupo Agrobella trouxe benefícios importantes para o seu empreendimento. “Além de ser uma segunda fonte de renda, nos permite encontrar uma destinação para as vacas que não são tão adequadas para a produção de leite. Antigamente, a única solução era doálas, o que não trazia qualquer retorno financeiro após o investimento na criação desses animais. Agora, aumentamos a nossa renda e diminuímos as despesas com sêmen”, revela. A fazenda de Luciano, Tambo Cancian, fornece 10 vacas da raça Holandês para o projeto do grupo Agrobella – o que representa um quinto do seu rebanho total. Já são dois anos de parceria, o que mostra o valor que o projeto agrega para todos os envolvidos.


No Brasil, a AgropecuĂĄria Agrobella ĂŠ exemplo da viabilidade dos bezerros cruzados


PORTEIRA A DENTRO

Embriões ABS contribu avanço de nova raça no Prestação de serviço, com produção de embriões, auxilia produtores de Beefmaster com popularização da raça híbrida

Nas regiões mais áridas do México, uma raça vem despontando como uma opção excelente para criadores de gado de corte. É a Beefmaster, que reúne sangue de zebuínos e taurinos e tem se consagrado com a produção de animais precoces em reprodução e ganho de peso. A Beefmaster é composta por uma mistura das raças Shorthorn inglês (25%), Hereford (25%) e Brahman (50%). A raça se adapta bem às condições climáticas rigorosas da região e é destinada à produção de carne. E é nesse cenário que a ABS trabalha pelo fomento da raça Beefmaster no México. Por meio da inovadora tecnologia de embriões, produtores locais estão investindo na genética e encurtando de forma significativa o tempo necessário para alcançar o ganho genético nos rebanhos. O gerente comercial da ABS México, Antonio Carlos Nogueira, afirma que o nível genético das propriedades que utilizam as ferramentas da ABS já é superior à média da raça Beefmaster no país. “Já produzimos mais de 3 mil embriões Beefmaster, a partir da genética dos próprios clientes. Enquanto empresa, estamos contribuindo com uma ferramenta genética capaz de multiplicar o rebanho nacional da raça e obtendo o melhoramento genético nessas fazendas, economizando tempo e recursos financeiros”, conta. Um dos produtores que usa a tecnologia ABS para produzir embriões Beefmaster é José Luis Canales, do Rancho Los Papalotes. José Luis já trabalha com a raça desde 1982, quando começou a ajudar o seu pai na criação. “Estamos na fronteira com os Estados Unidos, e percebemos que era uma raça que estava crescendo no país vizinho. Para nós, foi uma oportunidade de investir. A partir de 1985, já registrávamos animais na Asociación Mexicana de Criadores de Ganado

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uem para o México

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Beefmaster, e desde então nunca mais paramos. Depois de conhecermos as suas qualidades, percebemos que não existe raça híbrida ou sintética melhor que o Beefmaster”, afirma. Atualmente, o rebanho de José Luis conta com 170 vacas Beefmaster, registradas, além de 100 receptoras utilizadas para implantar os embriões. “As características que mais chamam a atenção na raça são o peso, mansidão, fertilidade, rusticidade, habilidade materna e conformação”, descreve o criador. A maior parte do rebanho – 90% – é criada com o intuito de comercializar a genética. O restante é reservado para exposições e feiras, ajudando a disseminar o conhecimento sobre a raça no México. E, até agora, os resultados deixam José Luis muito otimista. “A comercialização da nossa genética está muito forte. O nosso principal touro é o Sugar Time, que já teve o seu sêmen vendido para criadores não só do México e Estados Unidos, mas também Costa Rica e Colômbia. Em breve, pretendemos expandir para outros países da América Central e do Sul”, almeja. Ainda no México, o produtor Oliverio Reynosa comanda o Rancho Las Cinco Becerras. Terceira geração de uma família de criadores, Oliverio trabalha com Beefmaster comercial desde 2003, após perceber a fácil adaptação ao clima da região fronteiriça com os Estados Unidos. “Testamos várias raças antes de nos estabelecermos como criadores de Beefmaster. Esta foi a que melhor se adaptou. As novilhas são mais férteis, têm maior facilidade de parto, e maiores resistências às doenças, ao calor e à seca”, relembra. Até o nome do seu rancho está ligado às qualidades da raça Beefmaster. “Em 2004, compramos um lote de animais Beefmaster e uma das vacas pariu cinco novilhas de uma só vez – todas saudáveis. Esse episódio acabou estabelecendo um recorde mundial e foi assim que batizamos o nosso rancho”,

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explica Oliverio. A fazenda de Oliverio foi a primeira do México a usar a tecnologia de embriões da ABS com gado Beefmaster. “Os resultados têm sido excelentes. Registramos 65% de prenhez, uma taxa altíssima. Desde esse momento, passamos a trabalhar em exclusividade com a ABS, as nossas receptoras funcionam muito bem com essa tecnologia”, diz. O rebanho de Oliverio inclui 100 vacas registradas da raça, além de 15 vacas elite, que servem como doadoras, e outras, comerciais, que atuam como receptoras. Assim como José Luis, o criador

vislumbra uma oportunidade de mercado em relação à raça Beefmaster. “O mercado de exportações pede muito o Beefmaster. São matrizes muito boas de trabalhar e criar. Algumas novilhas chegam a emprenhar com 9 meses, e parem sem qualquer problema. São muito boas mães. Em relação aos machos, já fizemos testes de fertilidade com touros de 13 meses de idade, e os resultados muitas vezes foram superiores a animais com até 20 meses, em particular na medição da circunferência escrotal. Isso comprova a fertilidade superior do Beefmaster”, conclui o produtor.

Conheça mais sobre a raça A Beefmaster foi desenvolvida no início dos anos 1930 por Tom Lasater, com intenção da criação de animais que pudessem produzir no ambiente difícil do Sul do Texas. A raça foi reconhecida pela primeira vez pelo Departamento de agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 1954. Os bovinos foram selecionados usando os Seis Princípios: peso, conformação, capacidade de ordenha, fertilidade, resistência e disposição. Embora não existam padrões para a cor, a maioria é de vermelho a vermelho claro, com manchas brancas. Desde o início dos anos 1970, a raça começou a se expandir rapidamente. De 1974 a 1998, o número de membros da Beefmaster Breeders United (BBU) Associação de Criadores de Beefmaster cresceu de 300 para quase 7.000. O BBU, que foi fundado em 1961, é um dos cinco maiores registros de criação de carne bovina nos Estados Unidos, sendo o primeiro e o maior em registros.


MERCADO

Nelore: do Brasil para toda a América Latina O bom momento do mercado da carne e o desempenho da genética zebuína estão levando a um aumento expressivo na demanda de clientes ABS pelo sêmen Nelore em várias partes da América Latina

O Nelore produtivo, eficiente e desenvolvido no Brasil tem conquistado cada vez mais espaço no mercado internacional. A demanda pelo sêmen de animais superior é cada vez maior, em especial da América Latina. “Aqui, no Brasil, os números guiam a pecuária nacional. Os produtores são mais interessados nos resultados no campo do que em uma seleção orientada pela beleza do animal. Isso leva a uma qualidade superior no desempenho dos animais, contribuindo para a produtividade dos rebanhos de corte. E essa tendência está se alastrando pelo resto do continente”, revela o coordenador de comércio exterior da ABS, Rodrigo Moraes. Com isso, a ABS Brasil tem intensificado a linha de produção para atender a demanda, que vem especialmente focada em eficiência. Entre os países que mais importam esse tipo de genética está a Colômbia, onde a procura cresce direcionada pela genética que apresenta alto rendimento e baixo consumo. E para esse mercado, se destacam os produtos da seleção do Rancho da Matinha, criatório com mais de 40 anos internacionalmente

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prestigiado. “Para a Colômbia, estamos exportando genética de muitos touros da Matinha. Principalmente, o Sherlock, o Batman, o Baruck, o Bagdá e o Destak. Também são muito populares animais como o Extremo, da Nelore Grendene. A conversão alimentar desses touros é um fator que está deixando os produtores colombianos muito impressionados”, descreve Rodrigo. No entanto, a Colômbia não é o único país de destino do Nelore. Nos últimos anos, a ABS Brasil registrou um grande aumento nas exportações para a Bolívia, Equador, Panamá, Paraguai, Costa Rica e até Venezuela. Mesmo fora da América Latina, existem produtores interessados em conhecer os resultados que se podem alcançar com esta raça de corte. “Abrimos o mercado para a Angola, para onde também estamos exportando sêmen Nelore”, exemplifica o coordenador. Ele revela, ainda, que as perspectivas para o futuro incluem a abertura de mais mercados, como o da República Dominicana, no Caribe. Uma das novidades que mais expressam o crescimento do interesse pelo Nelore é

a abertura de novos mercados de exportação da sua genética. É o que aconteceu com a Guatemala, como afirma Rodrigo. “Recentemente, fizemos a primeira exportação de sêmen para a Guatemala. Foram 3500 doses, aproximadamente, incluindo opções de leite e corte tropical. Foram levados diversos touros com características distintas, para que os produtores possam ter uma ideia de quais deles melhor se adaptam aos seus sistemas de produção. Entre as raças que já foram comercializadas, estão principalmente o Nelore, mas eles também importam Gir, Girolando e Brahman”, aponta. A disseminação do Nelore também vem sendo estimulada por diversos projetos com envolvimento da ABS. Entre eles, destaca-se uma visita de 30 representantes da Associação de Criadores de Nelore do Equador ao Brasil. “Durante essa visita, eles puderam conhecer de perto a qualidade da genética ABS para a raça, e acabaram adquirindo todas as doses de Nelore que estavam disponíveis em estoque. Isso apenas reforça que o interesse do país pela raça está em crescimento, e os produtores do Equador estão se inspirando pela genética brasileira. Aqui, na ABS, eles têm acesso ao melhor”, conclui Rodrigo.


Os produtores estão mais interessados nos resultados no campo do que em uma seleção orientada pela beleza do animal. Isso leva a uma qualidade superior no desempenho dos animais, contribuindo para a produtividade dos rebanhos de corte. E essa tendência está se alastrando pelo resto do continente

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MAPA DO LEITE

Um show de produção A América Latina se destaca no cenário mundial do leite. Para valorizar o produtor e destacar a importância da genética no surpreendente crescimento do setor, ABS movimenta redes sociais com campanha

Ele está presente no cotidiano de milhões de pessoas, em todo o mundo. Nutritivo, saboroso e natural, faz parte de uma alimentação completa, rica e diversificada, contribuindo para a saúde, o bem-estar e a alimentação do planeta. É o leite – produto que, além de ser um dos alimentos mais populares do mundo, é também uma importante força econômica que move países inteiros. A América Latina é uma das regiões produtivas em que o leite tem a presença mais expressiva. Com o crescimento da população mundial, é aqui que se deposita a missão, desafiadora e, ao mesmo tempo, nobre, de alimentar o mundo. O Uruguai tornou-se, recentemente, o sétimo maior exportador de leite em nível mundial, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite. Não muito distante, o Brasil produz tanto leite que se calcula que o país responda por 7% de toda a produção do mundo inteiro – foram mais de 32,1 milhões de toneladas produzidas,em 2016. Esse número também demonstra outro fator importante: a expressividade do setor lácteo na economia do continente. Segundo a Embrapa Gado de Leite, o Brasil conta com mais de 1,3 milhão de produtores leiteiros, um verdadeiro motor que impulsiona o progresso econômico nacional. Outros países se destacam: na Argentina, o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) contabilizou um rebanho nacional composto por 1,59 milhões de vacas, que produzem mais de 10,5 bilhões de litros por ano. No México, já são mais de 11 bilhões, de acordo com as contas da Coordenação Geral de Pecuária. O impacto econômico e social do leite também é notoriamente visível na Colômbia, onde se estima que a cadeia produtiva seja responsável pela geração de cerca de 700 mil empregos, resultando em um rendimento de 7 bilhões de litros de leite por ano. E ainda temos muito espaço para crescer. O Chile produz mais de 2 milhões de litros por ano, e o rebanho nacional já alcançou as 405 mil vacas. Para o futuro, a América Latina continua se provando como uma verdadeira bacia leiteira, capaz – e disposta – a alimentar o mundo, um copo de leite de cada vez.

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México

11 bilhões de litros por ano

Argentina

1,59 mi de vacas; 10,5 bilhões de litros


Brasil

Produtor de 7% do leite mundial; 32,1 mi de toneladas (2016); 1,3 mi produtores leiteiros

Uruguai 7º maior exportador mundial de leite

NÓS

LEITE

Em comemoração do crescente setor lácteo em toda a América Latina, a ABS reuniu as equipes de todos os países da América Latina na campanha “Nós Amamos Leite”. As redes sociais da ABS Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Uruguai são movimentadas por postagens que trouxeram os números mais surpreendentes da cadeia produtiva. Além disso, a campanha deu voz aos produtores de toda a região, que compartilharam os seus depoimentos, enfatizando não só o valor da ABS enquanto parte importante dos seus sistemas de produção, mas também a satisfação que existe no dia a dia em cada fazenda leiteira. Foi uma oportunidade para vislumbrar o quanto a nossa empresa contribui para o melhoramento genético dos rebanhos de toda a América. “Utilizo sêmen ABS há 35 anos e isso nos levou a construir um rebanho com as melhores vacas de alto valor genético. Tudo isso traduz em melhoria contínua e produção de leite responsável e de qualidade”, diz José Carreón, do Rancho Zaragoza, no México. Outro produtor – Mauro Beraldo, das Fazendas Ipê, no Brasil – destacou o sentimento de felicidade que vem da atividade de produzir leite: “Ser produtor de leite é, realmente, uma paixão. Está no sangue. É necessário ter visão de negócio. Quando se trabalha com tecnologia e volume, é extremamente interessante e rentável”, conta.

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PALAVRA DE ESPECIALISTA

Progresso genético moderno Mandy Schdmit Especialista em Serviços de Genética de Gado Leiteiro da ABS Global da América do Norte

As fazendas de leite de hoje operam em níveis altamente acelerados de eficiência e inovação. Com margens ajustadas em cada ponto do orçamento, é preciso melhorar a rentabilidade líquida de todos os ângulos da operação. E a genética faz parte deste plano. Os rebanhos leiteiros estão exigindo progresso genético mais rápido do que nunca. A genética precisa acompanhar os protocolos mais exigentes. O manejo certo permite um ótimo desempenho

A equação do progresso genético

O progresso genético ocorre quando a média genética da próxima geração é maior que a média da geração anterior. Uma grande diferença nos valores genéticos entre duas gerações significa que a geração mais nova se tornou muito melhor, muito rapidamente. Quatro partes da equação do progresso genético:

1. Intensidade de seleção: Quão seletiva você pode ser ao escolher sua genética? 2. Precisão: Quão semelhante será o desempenho genético previsto para o desempenho real? 3. Variação: Quanta variabilidade existe, por característica genética, dentro da população?

Intensidade de seleção: use apenas os melhores

Seu plano genético deve identificar e focar nos traços genéticos mais impactantes para o seu rebanho. Ao selecionar quais animais darão origem à próxima geração, seja muito seletivo. Para o lado masculino do progresso genético, a ABS Global se

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da vaca. No entanto, o bom manejo, geralmente, só pode alcançar resultados de acordo com o nível de genética. A ABS Global assumiu a missão de priorizar o progresso genético gerando lucro para nossos clientes. Nosso foco é oferecer touros que promovam a produtividade dos rebanhos leiteiros. Nossa empresa analisa constantemente as necessidades do mercado para antecipar as exigências genéticas do cliente.

4. Intervalo geracional:

Quanto tempo leva para substituir a geração atual pela próxima geração? Melhorias, em qualquer uma das quatro áreas acima, irão criar um progresso genético mais rápido. O progresso genético é influenciado principalmente pela inseminação artificial (IA). As fêmeas já estão no rebanho e formam sua base genética. A menos que você esteja usando ferramentas genéticas especializadas, como embriões, sua população genética de fêmeas não permite altos níveis de intensidade de seleção. Investimentos em genética de touros permitem maximizar todos os elementos da equação de progresso genético.

concentra em uma seleção rigorosa dos touros que adicionamos à nossa bateria. Dos milhares de touros genômicos testados a cada ano em todo o mundo, a ABS seleciona apenas um número muito pequeno para o mercado. Como a ABS Global é tão seletiva, isso também significa que os touros que terão filhos serão de uma pequena população. Os touros


nascidos todos os anos, que são considerados para um programa de IA, estão entre os melhores touros da geração anterior. Eles passaram pelo rigor da seleção antes mesmo de nascerem.

Precisão: confiança no sistema genômico

Desde a adoção dos testes genômicos, a precisão dos touros para o desempenho predito em comparação com o real aumentou consideravelmente. Nós não vemos mais que as previsões dos touros mudam drasticamente e geram problemas genéticos. Existem pequenas mudanças, mas a partir de uma perspectiva de classificação, os testes genômicos fazem um excelente trabalho. Quando os touros são comparados dentro de sua faixa etária, vemos que os melhores touros genômicos ainda são os melhores touros provados. Testes genômicos são uma ferramenta confiável que nos dá confiança para basear nossas decisões comerciais e genéticas. Nos últimos tempos, muitas vezes, a principal razão pela qual os touros sobem ou descem na classificação genética são as mudanças de fórmulas em toda a indústria. Por exemplo, quando a fórmula de Mérito Líquido (NM $) é ajustada às tendências da indústria, como o valor de gordura versus proteína, touros com características individuais alinhadas com a nova fórmula podem subir mais na lista, enquanto outros não. Com base em uma característica individual, geralmente, não vemos muito movimento genético. Por exemplo, um touro superior com capacidade de transmissão prevista para o leite (PTAM) como touro genômico, também estará no topo para touros PTAM como um touro provado. Ao contrário dos sistemas testados por filhas de anos atrás, conhecemos muitas informações sobre touros jovens antes mesmo de serem comercializados para os clientes. Nós não

somos mais testemunhas dos grandes confrontos que vimos historicamente quando um touro passou de um touro jovem para um touro provado. Hoje, a razão pela qual os touros são geralmente retirados dos catálogos é porque os touros mais jovens estão ficando melhores muito mais rápido e estão tirando os touros mais velhos da lista. Mantemos alguns touros de elite em nossa programação. No entanto, somos muito rigorosos com nossa bateria de touros provados. A genética do touro mais velho e provado deve ser competitiva entre todos os grupos etários, incluindo touros mais jovens. Se ele foi removido do mercado, não foi porque caiu no ranking, mas porque se tornou obsoleto.

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Variação genética: uma lição de biologia

Devido à natureza biológica, sempre haverá variação na genética. Não há dois seres vivos que tenham exatamente o mesmo perfil genético. Porque a genética de ambos os pais é combinada em maneiras originais, trabalhamos para criar a combinação genética perfeita. Portanto, alguns podem ter resultados acima da média esperada dos pais. Antes dos testes genômicos, o erro inevitável com a seleção era que os irmãos diretos eram tratados da mesma maneira. Com base nas médias dos pais, assumimos que os irmãos diretos seriam geneticamente bons. Testes genômicos nos mostram a tremenda variabilidade nos perfis genéticos. Com os testes genômicos, determinamos os touros que possuem a melhor combinação de genes para nossos clientes. A variação genética permite que alguns touros sejam ainda melhores que o esperado e os testes genômicos nos ajudam a encontrá-los.

Intervalo geracional: reduzindo a brecha

O intervalo geracional é a idade média dos pais quando nascem os primeiros filhos. Para as progênies nascerem, o gado deve estar em uma idade de maturidade sexual. Em comparação com outras espécies, o gado leiteiro tem um tempo relativamente longo de geração, já que as novilhas parem com cerca de dois anos de idade. A melhor maneira de reduzir o intervalo de geração é coletar sêmen de touros em uma idade mais jovem. A inovação está permitindo a distribuição da genética masculina de touros com menos de 15 meses de idade. Antes dos testes genômicos, os touros eram muitas vezes de quatro a cinco anos de idade antes de obter informações sobre suas habilidades previu transmissão. Isso por si só deu à genética do gado leiteiro

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um incrível incremento no progresso genético. Como os métodos de coleta de touros continuam melhorando, podemos começar a comercializar touros ainda mais jovens. Portanto, podemos esperar que o ciclo de vida dos touros em nossa programação é mais curto e que a taxa de progresso genético irá ainda mais rápido.

As tendências

As pessoas que se concentram no progresso genético concentram-se no uso de touros jovens. Nos Estados Unidos, tem havido uma tendência para uma maior utilização dos touros genômicos do que touros provados há alguns anos. Atualmente, eles representam mais de 85%


Nos últimos anos, com o aumento no uso de touros genômicos, o progresso genético médio dos rebanhos tem dobrado anualmente.

dos touros utilizados. O nível exigência na escolha dos touros genômicos, provavelmente, seguirá níveis semelhantes em todo o mundo em breve. Atribuímos este movimento do mercado a clientes que querem ter vacas melhores, mais rapidamente. Para atender o que nossos clientes buscam para o progresso genético, a ABS Global está constantemente adicionando novos touros à nossa bateria. É um fenômeno positivo para os clientes que a bateria da ABS Global mude tão rapidamente. Produtores progressistas em todo o mundo querem que touros mais novos aumentem a velocidade do progresso genético. À medida que a bateria é atualizada a cada 3-4 meses, recomendamos aos clientes atualizarem sua seleção de reprodutores usando os touros de maior progresso genético várias vezes ao ano. Este é o caminho mais rápido para acelerar o nível do progresso genético do rebanho. Nos últimos anos, com o aumento no uso de touros genômicos, o progresso genético médio dos rebanhos tem dobrado anualmente. A ABS Global começa a comercializar os touros quando eles têm cerca de 12 meses de idade. Quando o touro atinge entre 24 e 28 meses, há disponível outros touros e genéticas. Os touros mais velhos não se tornaram ruins, apenas envelheceram. E a próxima geração de touros é simplesmente melhor. Para um touro provado permanecer na bateria da ABS, um touro normalmente deve estar entre os melhores testados na indústria. Com base na demanda limitada de touros testados, precisamos apenas manter alguns em nossa Central. Além disso, se a genética de um touro estiver alinhada com o plano do cliente, a maioria utilizará o touro genômico. Se os

clientes tiverem muitas filhas de um touro no rebanho, é provável que não tenham interesse em reutilizá-lo. Como indivíduos, estes touros ainda são geneticamente valiosos. No entanto, os clientes não têm interesse em comprar genética que já possuem. Portanto, a demanda do mercado de touros provados é cada vez menor.

Resumo

De uma perspectiva de estratégia genômica, os rebanhos devem usar um grupo de vários touros de uma vez. Isso ajudará a manter um progresso genético equilibrado e minimizará o risco se um touro cair na classificação genética. Para cada touro que pode ter um desempenho menor, outros touros podem aumentar. A média provavelmente terá um bom desempenho. Trate suas aquisições genéticas de reprodutores como um portfólio que precisa ser atualizado regularmente com um forte agrupamento. Considere as vantagens e desvantagens dos custos de oportunidade para o progresso genético. O uso de um grupo de touros jovens genômicos geralmente proporcionará um forte progresso genético. Alternativamente, usar um touro provado, a menos que seja um dos mais elitistas, quase sempre garantirá uma taxa de progresso abaixo da média devido ao intervalo geracional. Todos os aspectos do progresso genético precisam realmente estar alinhados com os objetivos de cada propriedade. O perfil genético do seu rebanho terá necessidades diferentes das de outros rebanhos. Consulte um consultor genético para rever qual genética melhor se adequa à sua operação.

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CASO DE SUCESSO

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O dobro de resultados com ajuda do Serviços Técnicos da ABS Nas propriedades de Luis Ortiz Basualdo, o impacto genético, de acordo com estimativa do índice econômico ao desmame ($ D), quase duplicou nos últimos sete anos Luis Ortiz Basualdo é um dos mais conhecidos e respeitados pecuaristas de corte da Argentina. O trabalho de ciclo completo da Aberdeen Angus Black começou em 1997 e ganhou força com o apoio da ABS há cerca de sete anos. “Estou satisfeito. O resultado obtido com o Serviço Técnico da ABS é muito bom. E o investimento em genética me ajuda a produzir o meus próprios touros de repasse, melhorar a velocidade de ganho de peso e o desempenho final dos touros “, diz o pecuarista. O Grupo Veterinário Agropecuaria La Huella, em Azul, província de Buenos Aires, realiza o manejo reprodutivo dos estabelecimentos de Luis Ortiz Basualdo e há 7 anos estão implementando programas de IATF maciçamente através de um programa de melhoria genética integral em conjunto com a ABS Argentina. Usando sêmen de touros provados, eles realizam diagnóstico de gestação por ultra-sonografia e identificam cada uma das vacas prenhas, terminando com a elaboração de um relatório. “Pela análise retrospectiva dos dados de campo, foi gerado um relatório descritivo de todo o manejo reprodutivo nos últimos anos. No documento, estão informações importantíssimas como a quantidade de IATF por estabelecimento, a taxa de concepção por categoria de animais; distribuição dos mesmos no rebanho; volume de touros provados dentro do sistema; e a idade média de novilhas no primeiro serviço. Com isso, é possível estimar o avançodo do índice genético baseado no desmame ($D), e

descriminar os touros usados e o número de filhos de cada um deles dentro do sistema”, explica Fernando Amondarain, gerente de Corte da ABS Argentina. De acordo com o relatório oficial, o impacto genético econômico estimado, baseado no desmame ($ D), praticamente dobrou nos últimos 7 anos. O número de primeiros serviços em novilhas também cresceu. Somente em 2018 os protocolos da IATF foram realizados em mais de 1.500 fêmeas com idade média de 13,67 meses. “As novilhas são inseminadas em tempo fixo, e depois que estão prenhas, são distribuídas nas áreas de criação, continuando assim o ciclo de produção”, diz o gerente de ABS. Com o relatório, a equipe foi capaz de mostrar a Luis Ortiz Basualdo informações relevantes para a tomada de decisões - reprodutiva, de gestão e de seleção genética - o que permitirá à empresa continuar a investir no aumento da produtividade. Para aumentar o desempenho do seu rebanho, Luis Ortiz quer melhorar ainda mais peso ao desmame através de técnicas de manejo, melhorar as taxas de concepção e número de bezerros produzidos. “E, também, aumentar o peso do animal”, diz ele. Atualmente, Luis tem estabelecimentos em Cuenca del Río Salado. Existem cerca de 8.000 animais nas fazendas entre vacas, novilhas, bezerros, bois e touros.

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Impacto genético segundo $D estimado $ 30.000

$ 120.000

$ 25.000

$ 100.000

$ 20.000

$ 80.000

$ 15.000

$ 60.000

$ 10.000

$ 40.000

$ 5.000

$ 20.000

2012

$D/ano

2013

2014

2015

2016

2017

2018

$D acum

1 º serviço de novilhas 1.800

14,00

1.600

13,80

1.400

13,60

1.200

13,40

1.000

13,20

800

13,00

600

12,80

400

12,60

200

12,40 2014

#Filhas IA

46

2015

2016

Idade (meses)

2017

2018

2019

2020

12,20


A importância dos Serviços Técnicos ABS Na Argentina, os Serviços Técnicos ABS executam, como em outros países, as atividades relacionadas ao manejo reprodutivo, análise de dados, treinamento de funcionários, assessoria quanto a conforto e manejo animal, entre outras ações para melhorar os resultados reprodutivos das fazendas. Este trabalho está intimamente relacionado ao gerenciamento de produtos. No caso da área de Corte, o departamento de ST Argentina está desenvolvendo uma estratégia baseada na geração de informações e validação de produtos com ações diretamente relacionadas com a coleta de dados de campo, análise e gestão de informações reprodutivas e genéticas fundamentais para os estabelecimentos. Fernando Amondarain explica que os produtores de carne, ao contrário dos de leite, não tem software de gestão reprodutiva que lhes permitem fazer uma informação de registro correto e acompanhamento dos principais eventos de seus rebanhos. Nesse sentido, os relatos do trabalho realizado que os veterinários fazem são, em muitos casos, a única informação disponível. Esses profissionais são uma parte fundamental da tríade veterinário-clienteST, para apoio na geração de informações e análises relevantes necessárias, o que contribui para a sustentabilidade da implementação de programas de melhoramento a longo prazo.


RESULTADO NO CAMPO

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Sexcel em vacas adultas – produtividade que surpreende!

Sêmen sexado também pode ser usado em vacas que já pariram. Na Argentina e no Brasil, produtores investiram na solução tecnológica da ABS para aumentar as taxas de concepção dos rebanhos leiteiros

O sêmen sexado ainda vem surpreendendo

com Jersey, ele se dedica à produção de leite e

produtores em toda a América Latina – tanto que

queijo. Atualmente, são 360 vacas em ordenha,

novas vantagens da tecnologia ainda estão sendo

que rendem aproximadamente 24 litros de leite por

descobertas em rebanhos leiteiros de diversos

vaca/ dia.

países, revelando solução que vem quebrar os

No ano passado, um desejo de aumentar

paradigmas já conhecidos da pecuária. Desde o

a produtividade e também de obter animais

lançamento do Sexcel, a genética sexada da ABS, a

excedentes para vender reposição levou o produtor

empresa vem fazendo parte desse processo.

a apostar no Sexcel. Entre os meses de maio e

Um desses paradigmas diz respeito à idade das vacas inseminadas. Tradicionalmente, acreditava-

novembro, as novilhas – e vacas – do rebanho de Manuel foram inseminadas com sêmen sexado.

se que o sêmen sexado era aplicável apenas

“Nas novilhas, a taxa média de concepção chegou

a novilhas, de forma a obter as altas taxas de

a 55%, com os protocolos de IATF. E, nas vacas

concepção que chamaram a atenção para a nova

adultas, a taxa alcançada foi de 34%, contra os

tecnologia na época do seu surgimento. Além

40% obtidos no controle de sêmen convencional.

de permitir a multiplicação da quantidade de

Mesmo nessas vacas, o resultado foi acima do que

fêmeas nos rebanhos leiteiros, fazendo crescer

esperávamos”, conta.

exponencialmente a produção de leite, essa regra parece estar desatualizada.

O resultado fica mais expressivo ao se levar em consideração que, antes da utilização do Sexcel,

É que cada vez mais produtores estão investindo

a taxa de prenhez média do rebanho não passava

na genética sexada utilizada em vacas adultas, indo

dos 25% e, hoje, o nascimento de novilhas está

contra o conhecimento comum que prega a baixa

contabilizado em 85%. Para Manuel, a eficiência do

eficiência dessa opção. Com o manejo correto e um

processo reprodutivo ficou muito mais evidente. A

planejamento adiantado, é possível, sim, alcançar

satisfação foi tanta que ele já se prepara, este ano,

taxas surpreendentes com vacas que já pariram,

para voltar a usar a tecnologia de sêmen sexado da

permitindo um aproveitamento muito maior de cada

ABS no rebanho.

animal dentro do rebanho.

“A partir de junho, usaremos o Sexcel em vacas

Em Victoria, província de Entre Ríos, na

que tenham parido até três vezes e que não tenham

Argentina, Manuel Martínez comanda o rebanho

apresentado nenhum problema reprodutivo. Se

do Establecimiento San Benito. Com um rebanho

for usado em vacas com mais de três partos,

60% Holandês e 40% resultante do cruzamento

começamos a registrar uma queda da taxa de

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concepção”, explica o produtor. O conhecimento para usar o Sexcel da melhor forma é essencial para garantir bons resultados, e isso inclui a adaptação do manejo dos animais. “No meu rebanho, foi necessário fazer as inseminações um pouco mais tarde no cio, e assim obtivemos as melhores taxas”, conta Manuel. A história repete-se no país vizinho. O gestor pecuário Ricardo Rosique é responsável pela assessoria em protocolos de IATF em algumas fazendas brasileiras, incluindo a fazenda Petrópolis, em Franca, no estado de São Paulo. Lá, a inseminação de vacas adultas com sêmen sexado é feita há cerca de um ano. “Inseminamos vacas que já retornaram à sua fertilidade normal após terem parido. Os resultados têm sido excelentes e surpreendem os clientes – tanto que a frequência desses protocolos aumentou. Hoje em dia, inseminamos vacas adultas praticamente todas as semanas”, conta Ricardo. Na fazenda, o uso do Sexcel no rebanho fez a taxa de concepção subir de 38% (registrada após os protocolos normais de IATF) para 40% a 44% - um resultado marcante. “É claro que a utilização em vacas adultas requer um manejo muito mais criterioso. Eu seleciono apenas os animais que, comprovadamente, não tiveram nenhum problema após o parto, incluindo questões metabólicas, como cetose ou retenção de placenta. Além disso, é essencial que a vaca já tenha retornado à sua fertilidade normal, para garantir o melhor resultado possível”, observa. Também no Brasil, o produtor Mauro Beraldo, da Fazenda Ipê Morro Grande, começou a usar o Sexcel em vacas adultas no rebanho, que é constituído por 650 animais da raça Holandês, incluindo 550 em lactação. Após os bons resultados obtidos em 2018, ele já adquiriu 50 doses de sêmen sexado apenas para utilização em vacas adultas, para o inverno deste ano. Segundo ele, no total, 80 vacas deverão ser inseminadas em 2019. “Mesmo que as taxas não sejam tão altas como nas novilhas, é uma forma de multiplicar o número de fêmeas, e eu não tive nenhum problema. Nenhuma vaca apresentou problemas de retenção e a taxa de prenhez foi muito alta, mesmo usando só uma dose em cada uma”, avalia.

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Sexcel para raças tropicais Já estão disponíveis pacotes de genética sexada Sexcel para fazendas leiteiras que utilizam genética Leite Tropical. Os primeiros pacotes ofertados já somam cerca de 30 touros de destaque das raças Gir, Sindi e Girolando, garantindo resultados ainda melhores no campo e acelerando o melhoramento genético nas fazendas. Entre os animais disponibilizados, destacam-se os principais touros com informações ABS Cornerstone ou seja, os exemplares com melhor desempenho para características econômicas, de extrema importância para o produtor de leite. Além disso, a seleção inclui touros com informações genômicas e com pedigrees modernos. Acesse o Catálogo com as opções de Genética Sexcel Leite Tropical: https://www.abspecplan.com.br/catalogos/ sexcel/leitetropical/


GENTE QUE FAZ A ABS

“A ABS procura disponibilizar a melhor genética em todas as raças, em todos os países em que atuamos”. Marcelo Selistre - ABS Brasil

Marcelo Selistre é gerente de Produtos e Projetos Corte Europeu da ABS e coordenador de Produto Corte América Latina da ABS. Membro da equipe há mais de 15 anos, Marcelo conhece bem a empresa, o setor e o mercado. Antes de ocupar dois cargos de alta importância na ABS, Marcelo já tinha acumulado muita experiência no segmento. Formado em Medicina Veterinária, fez estágio na Flórida, Estados Unidos, e atuou como consultor em projetos pecuários. “Foi nessa época que comecei a procurar empresas ligadas a essa atividade e conheci a ABS”, relembra. E na ABS, a carreira é longa. Marcelo representou a marca no sul do país, foi Técnico de Corte e, em seguida, supervisor de vendas do distrito de Rio Grande do Sul. Foi em 2013, que chegou ao

cargo que ocupa até hoje: o gerente de Produtos e Projetos Corte Europeu. “A ABS procura disponibilizar a melhor genética em todas as raças, em todos os países em que atuamos. Eu tenho a responsabilidade de decidir o que vamos oferecer ao Brasil e à América Latina, e isso influencia muito o comportamento do mercado”, afirma. Para Marcelo, a ABS é uma empresa que viabiliza muitas oportunidades e que a inovação e o pioneirismo da empresa contribuem para o envolvimento da equipe em suas funções. “É uma equipe muito boa, que sempre vai além do convencional, que inova e está à frente do mercado, buscando o que há de melhor e eficiente, com o objetivo de oferecer resultados que realmente impactam no dia a dia do cliente”, avalia.

“A ABS busca ser a pioneira na sua área, promovendo o melhoramento genético acelerado e sustentável”. Camila Mendonza - ABS Chile Recém-promovida a Gerente de Produto Carne na ABS Chile, Camila Mendoza vem deixando a sua marca na empresa desde que começou a trabalhar com a equipe no país, em 2016. Antes de se juntar à ABS, Camila atuava no setor de inspeção de um matadouro, assegurando a qualidade dos produtos processados. Depois dessa experiência profissional, também trabalhou na área de farmácia veterinária e, em seguida, foi chefe de uma sucursal em uma empresa agrícola. As experiências diversificadas permitiram acumular um bom conhecimento no setor, o que viria ajudá-la em sua atuação na ABS, onde começou como agente zonal na região Sul do Chile. “Antes de entrar na ABS, eu estava em busca de um

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desafio profissional, onde tivesse a oportunidade de entregar mais resultados e, principalmente, inovar. Foi por sorte que fiquei sabendo de uma vaga na ABS Chile e, hoje, aqui estou”, comemora. Camila foi vendedora durante três anos, tempo em que se familiarizou com a equipe, as atividades da empresa e os clientes do Chile. Após se destacar pela função bem executada, o ano de 2019 trouxe uma surpresa agradável. “Recebi a proposta de enfrentar um desafio totalmente novo, que era participar do desenvolvimento da equipe da Carne, como gerente de produto. É uma tarefa que assumi com muita gratidão e expectativa, já que se trata de uma área com excelentes


Progresso Genético Gerando Lucro

possibilidades de crescimento e que, além disso, permite realizar estudos, pesquisas e ajudar os nossos clientes a obter mais rentabilidade no negócio que nos apaixona”, descreve ela. Como muitos dos funcionários da ABS, Camila destaca os valores Genus como um diferencial da empresa. “A minha experiência na ABS tem sido muito positiva. Na minha rotina, tenho a oportunidade e a liberdade para realizar o meu trabalho

da melhor forma, e é muito gratificante poder contribuir para uma empresa que busca ser a pioneira na sua área, promovendo o melhoramento genético acelerado e sustentável”, diz. Assim como em outros países da América Latina, a ABS conta com uma expressiva participação no mercado. Para Camila, a empresa é capaz de oferecer uma assessoria integral, somando os serviços técnicos às soluções genéticas.

“O mais valioso na ABS é a equipe a constitui”. Fernando Cavazos - ABS México

Com mais de 25 anos na ABS, o gerente de Serviços Técnicos da ABS México, dr. Fernando Cavazos, é dono de uma longa carreira de sucesso ligada à reprodução bovina e à medicina veterinária. Depois de formado, dr. Fernando iniciou a vida profissional como conselheiro científico da embaixada do México nos Estados Unidos. Após a experiência, atuou por 20 anos como veterinário e foi durante este período que começou a se aproximar da área reprodutiva de bovinos e transferência de embriões. Ao mesmo tempo, também foi professor de Fisiologia da Reprodução, até que se encontrou com a ABS. “Comecei trabalhando como distribuidor da ABS, ainda antes da fundação da ABS México. Posteriormente, o dr. Luis Gonzalez me convidou a trabalhar em regime de meio-período e, depois de uns anos, me ofereceu um cargo a tempo integral”, relembra. O dr. Fernando foi o primeiro veterinário de serviço técnico da ABS, não só do México, mas de toda a América Latina. Ele ocupa essa posição desde sempre, e foi assim, com o passar dos anos e com a sua evolução profissional, que chegou à posição de gerente de Serviços Técnicos do México. Depois de tantos anos passados na ABS, a empresa tornou-se uma segunda casa para ele. “A ABS é uma parte importantíssima da minha vida. É a empresa na qual recebi todo o apoio que uma pessoa pode desejar – não só em questões profissionais. A ABS

já fez muito por mim, quando a minha família passou por uma amarga experiência. Recebi todo o apoio, nunca poderei esquecer esse gesto”, reconhece o gerente. Para o dr. Fernando, a ABS é uma empresa que se preocupa com mais do que apenas com o lucro econômico, evidenciando os motivos que o levaram a construir uma forte lealdade à equipe. “O mais valioso na ABS é a equipe a constitui. É muito agradável trabalhar em um ambiente formado por pessoas generosas, bondosas e que se preocupam com seus companheiros. Tive a sorte de trabalhar sob a liderança de pessoas excepcionais, como o dr. Luis Gonzalez, Ricardo Campos e Jesús Martinez”, ressalta. No México, a ABS está presente há mais de 40 anos, contribuindo de forma intensa para o desenvolvimento e popularização da inseminação artificial, bem como da fertilização in vitro e das transferências de embriões, promovendo o melhoramento genético em diversas regiões do país.

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NOTÍCIAS CURTAS

Produtores brasileiros visitam a World Dairy Expo Nos primeiros dias de outubro, um grupo de 10 produtores de leite do Brasil esteve no Estados Unidos. Com o apoio da ABS, o tour técnico levou os participantes à edição deste ano do World Dairy Expo, a maior feira leiteira do mundo, realizada em Wisconsin. Além de participar do evento, os pecuaristas também visitaram várias fazendas leiteiras com utilização da genética ABS, onde viram diversos sistemas produtivos com uso extensivo de tecnologia.

Criadores uruguaios visitam fazendas no Chile

No final de agosto, 10 produtores e técnicos uruguaios fizeram um tour pela região sul do Chile, organizado pela ABS. A viagem técnica passou por várias fazendas leiteiras e outros destinos que representam o crescimento do gado chileno e demonstrou os resultados obtidos após a utilização da melhor genética do mercado. O tour durou cinco dias e incluiu visitas à estação leiteira Remehue, do Inea (Instituto de Pesquisa Agrícola), bem como a cooperativa Colun, a maior do Chile.

Stephen Wilson é o novo CEO da Genus

Em setembro, Karim Bitar, CEO da Genus ABS, despediu-se da equipe após oito anos dedicados ao desenvolvimento da genética bovina em todo o mundo através da ABS Global, entre outros projetos. Sob a direção de Karim, a Genus cresceu e tornou-se uma presença ainda mais respeitada no mercado internacional e no setor pecuário. O posto de CEO foi ocupado por Wilson Wilson, ex-CFO do grupo Genus. A equipe dá as boas-vindas a Stephen no início de mais um capítulo da nossa história!

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Genética ABS se destaca em importantes exposições da raça Brangus, no México

Os animais do Rancho San Ángel, produzidos pela ABS Embriones no México, foram premiados em dois eventos de grande importância para a raça Brangus, consolidando o diferencial da genética da empresa. Os prêmios incluem o Grande Campeão da Raça Nacional, Campeã Novilha, Grande Campeã Reservada da Raça, Campeã Novilha, Campeão Touro Nacional Reservado, Campeão Jovem e Campeão Bezerros Nacional, na Brangus Tepatitlán Jalisco 2019, e até mesmo Grande Campeão Raça e Jovem Campeão no tour 2019 do AL BRANGUS, em Monterrey.

Expansão da Central ABS em Dekorra e novas instalações em Leeds

A ABS Global está crescendo e investindo em novas instalações pensando no futuro. Com um um investimento de US$ 19,1 milhões, a empresa anunciou a expansão da sua unidade em Dekorra, Wisconsin, EUA, e a instalação de um novo campus em Leeds, também no estado de Wisconsin. Com a estratégia, será possível acomodar touros adicionais, atendendo o aumento da demanda do mercado. A previsão é que, em 2021, quando o projeto for concluído, a empresa conte com quatro galpões novos ou modificados com capacidade para abrigar 420 touros. A sede da ABS Global permanecerá em DeForest.

ABS anuncia parceria com BoviSync

A ABS Global anunciou uma nova parceria com a BoviSync, uma empresa de software de manejo de rebanhos. A parceria mostra o compromisso da ABS em investir continuamente em tecnologias inovadoras e empresas que impulsionam o nosso setor. BoviSync é um software de manejo de rebanhos desenvolvido para operar no ambiente de nuvem. Com o software, a entrada de dados e os relatórios são padronizados e acessíveis a partir de qualquer dispositivo. Além disso, os relatórios são hiperlinks simples que podem ser compartilhados facilmente.

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