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Uma nova forma de pensar é a resposta aos desafios de hoje

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Editorial

Sebastião Marques CHEFE DE REDAÇÃO

Reflexões sobre a Feira Nacional de Agricultura e o futuro do setor

AFeira Nacional de Agricultura teve este ano a sua 59ª edição. O evento contou com 606 expositores e recebeu um total de 199.606 visitantes ao longo dos nove dias. Alguns participantes continuam a mostrar o seu desagrado por considerarem que a duração da Feira é excessiva, havendo momentos de pouco movimento que não justificam o elevado investimento. Porém, a Organização continua a não querer fazer alterações. Por estas razões, ou por outras, foi notória a ausência de algumas marcas de referência. Várias empresas habitués da FNA optaram por realizar eventos de campo próprios. Fica a dúvida sobre como será a Agroglobal.

Se, por um lado, são legítimas as dúvidas das empresas acerca da duração da FNA, da preferência por eventos de campo com cariz mais profissional ou sobre a nova localização da Agroglobal, a possibilidade de deixar cair um verdadeiro evento do setor pode ser sintomático de alguma falta de cooperativismo.

Apesar de tudo, a FNA e a Agroglobal continuam a ser importantes pontos de encontro para os profissionais do setor, proporcionando oportunidades de troca de

informações e networking entre os players do mercado. Em tempos desafiantes como os atuais, essa proximidade com clientes, fornecedores e competidores, fortalece os laços e gera confiança, impulsionando os negócios e mostrando força e união perante a sociedade e os decisores políticos.

Ao olharmos para os próximos 30 anos, a nível global, vemos que a população urbana irá aumentar entre 50 e 70%, enquanto a produção de alimentos precisará de crescer 50%. No entanto, a disponibilidade de terras agrícolas não aumentará mais do que 3%. Quer isto dizer que cerca de 90% do aumento da produção de alimentos dependerá do crescimento da produtividade das colheitas. Ao mesmo tempo, alguns sinais de preocupação, que exigem atitudes concertadas, pairam no horizonte: apenas 11% dos agricultores europeus têm menos de 40 anos; a irrigação terá que aumentar em 11%; enfrentaremos uma crescente pressão política e social em relação ao uso de químicos, organismos geneticamente modificados (OGMs) e fertilizantes. É preciso que o setor agrícola em Portugal se una para defender os seus interesses. As feiras também têm esse propósito.

DIRETORA Catarina Gusmão ASSESSOR DE DIREÇÃO Bruno Meneses REDAÇÃO Sebastião Marques (sebastiaomarques@revista-abolsamia.com) · João Sobral (joaosobral@ abolsamia.pt) PUBLICIDADE Catarina Gusmão (T. 913 469 299 · catarinagusmao@abolsamia.pt) · Américo Rodrigues (T. 917 769 014 · americorodrigues@abolsamia.pt)

MARKETING DIGITAL Hugo Neves (marketingdigital@revista-abolsamia.com) DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Rita Santa Marta (prepress@abolsamia.pt) COLABORARAM NESTA

EDIÇÃO Rui Reis PROPRIEDADE Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda (Contribuinte 502 885 203 · Registo ERC 117122 · Depósito legal 117.038/97)

SEDE/EDITOR R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures ESCRITÓRIO/REDAÇÃO R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 · 2670-338 Loures (T. 219 830 130) IMPRESSÃO Jorge Fernandes Lda ·

R. Q.ta Conde de Mascarenhas 9, 2820-653 Charneca de Caparica TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023 GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%). ASSINATURAS Hugo Neves (marketingdigital@revista-abolsamia.com) · T. 21 983 0130)

Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. A abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-e-distribuicao

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No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.

4 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023
114
Bilhete para entrada livre ao evento da Agroglobal no CNEMA, em Santarém.

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Sumário

MERCADOS

8 Portugal

16 A visão dos representantes das marcas

18 Barómetro CEMA

EMPRESAS

20 NOTÍCIAS

22 Equipa do Entreposto Máquinas no Power Training Case IH 2023

24 Joper recorre a energia fotovoltaica na produção de equipamentos agrícolas

25 Maschio Gaspardo Ibérica –Concessionários reúnem-se em Toledo

ENTREVISTAS

26 João Bizarro, Diretor Comercial de Tratores da New Holland Portugal

32 João Oliveira, Vice-presidente da TAFE

ESPECIAL FNA

37 A FNA está prestes a fazer 60 anos

57 Tractomoz

58 Tractores Ibéricos

60 Outras Presenças

FEIRAS E EVENTOS

62 Valtra Smart Tour 2023

66 Pelarigo – 1ª Edição do Open Day da Batata

78

PRODUTO

EM FOCO

96 Horsch Maestro 8CX – O Especialista em sementeira direta de precisão

TEMA DE CAPA

70 Rubroprod – Qualidade alemã à prova no Ribatejo

78 Tractomoz Farming Show 2023

82 AgroAruil – A celebração da identidade saloia

84 ExpoAgrya 2023 – A bolsa de emprego do futuro

86 Feira do Mundo Rural em Travassô

90 Herculano apresenta Gama

abolsamia julho / setembro 2023

6
42 Agrifaia 43 Herkulis 44 Grupo Auto-Industrial 46 Cepcar 48 Forte 49 Sagar 50 J. Inácio 52 Jopauto 56 Sotrac
38 Agricortes
n° 137 | julho / setembro 2023
62
O VÍDEO
youtube.com /abolsamia
VEJA

TESTE DE CAMPO

102 Volkswagen Amarok –Trabalho ou lazer? Depende da ocasião...

TRACTOR OF THE YEAR 2023

106 Trator do Ano 2024 arrancou na Índia

NA FLORESTA

110 Agriduarte na Euroforest 2023, em França

111 Neoparts – Skil: Marca americana quer crescer em Portugal

112 Stihl apresenta o novo varejador a bateria: SPA 130/140

CONCESSIONÁRIOS

114 Regiões

128 Momentos NH

C M Y CM MY CY CMY K

O registo de matrículas de tratores agrícolas em maio continua em perda face ao período homólogo do ano anterior, com uma quebra de 28%. No final de maio, foi anunciado o apoio concedido ao abate de tratores agrícolas para “pequenos investimentos”. Uma medida que, de acordo com vários atores do setor que consultámos, “deveria ter ido mais além” e não se cingir aos segmentos de potência mais baixos.

Entre janeiro e maio deste ano foram matriculados 2.030 tratores, menos 824 (-28,87%) do que em igual período de 2022 (2.854). Desde março que o mercado estabilizou na casa dos 28% negativos face ao ano anterior mas, se daí para abril nada mudara, maio trouxe uma novidade ao setor. Suficiente para provocar mudança? Nuno Inácio pensa que não. “Quase nada se alterou, a alteração principal é o programa do abate lançado pelo Governo. Este apoio, a meu ver, vai impactar fortemente o segmento até aos 50, 60cv e depois será sempre a diminuir até aos 100cv. Ou seja, será um impacto à volta de 600/700 tratores no final do ano, o que significa uma melhoria de, no máximo, 10% nos números globais do ano no mercado”, explicou o CEO da J. Inácio.

Arnaldo Caeiro, Diretor-Geral da SDF Portugal, alinha pela mesma ideia e refere que

Janeiro a Maio de 2023

Um apoio que sabe a pouco

“este apoio deveria ser mais adequado aos preços de mercado atuais”: “Atendendo ao cenário económico que atravessamos, esta medida deveria ter ido mais além, e ser mais apelativa para a efetiva renovação do parque de tratores, mantendo a percentagem de comparticipação até 70% e aumentando o valor máximo de custo a considerar para valores superiores a 50 mil euros.”

Incentivo à agricultura 4.0

Para Nuno Inácio, este apoio não incentiva os agricultores profissionais. “Está muito focado para a agricultura familiar, de fim-de-semana. Se o objetivo foi esse, então foi bem direcionado. Mas se pensarmos em apoios que pretendam desenvolver a agricultura profissional do país, estes não se enquadram. Volto a dizer que o Governo devia ter uma estratégia bem definida para a Agricultura e ver esta como um pilar estratégico do

desenvolvimento do país. Isso iria contribuir para aumentarmos as exportações, reduzir o défice e, muito importante, equilibrar a nossa balança alimentar. Estes apoios deviam incentivar e premiar quem faz agricultura 4.0, de precisão, pois só dessa forma podemos crescer. Não temos de fazer o que fazem em França ou na Alemanha, até porque o clima deles é bem diferente do nosso, mas devíamos ter um plano bem definido consoante as vantagens que temos cá em relação ao clima e aos solos de que dispomos.”

O impacto real deste apoio financeiro só se verá mais para a frente e, enquanto isso, temse agravado o clima de seca – a nível estatístico, refira-se que 35% do território de Portugal Continental esteve em seca severa (26,3%) e extrema (8,9%) em maio – que já levou a Comissão Europeia a criar um pacote de apoio de 330 milhões de euros para os 22 Estados Membro da União Europeia, cabendo aos agricultores portugueses

Top 3 de matrículas por marca

Solis

341

New Holland

212

192

uma verba de 11,6 milhões de euros. A juntar à falta de chuva, permanecem elevados os preços de tratores novos, agregados a altas taxas de juro. Maio foi, então, o segundo mês de 2023, depois de fevereiro, em que foram matriculados menos de 400 tratores (388) e a quebra sentiu-se mais no escalão <50cv, destinado a clientes não profissionais, que vem a cair desde março. De abril para maio notou-se um aumento no número de matriculações no setor profissional (+100cv).

8 abolsamia julho / setembro 2023 www.abolsamia.pt Portugal
Kubota

Marcas

2030 unidades -28,87%

A quebra, desta vez, engloba ainda mais marcas do que no fim de abril: das 15 primeiras marcas, só a LS e a Preet é que registaram subidas, com esta última a ter um aumento de 50% em relação ao número de matriculados que tinha em maio do ano passado. Entre as dez marcas com mais unidades matriculadas, continua a ser a New Holland a que regista o maior decréscimo em relação ao período homólogo do ano passado: -43,32%. A Solis mantém a liderança mas a quebra, que era de 11,26% em abril, já é de 21,25%. E a marca que mostra maior crescimento em relação ao mesmo período do ano passado é a Branson – 52% - pois matriculou 38 tratores entre 1 de janeiro e 31 de maio deste ano, quando no ano passado se ficara pelos 25. Quanto às quotas de mercado dos cinco primeiros, só a Solis e a John Deere é que melhoraram. Todas as outras marcas caem, com a New Holland a descer quase 3 pontos percentuais.

Expurgámos os ATV e UTV homologados sob a categoria

T e os Telescópicos. | Origem: IMT / Fonte: ACAP

unid. unid. % Var. % Mercado Marca 2023 2022 2023 2022 Solis 341 433 -21,25 16,80 15,17 New Holland 212 374 -43,32 10,44 13,10 Kubota 192 310 -38,06 9,46 10,86 John Deere 165 219 -24,66 8,13 7,67 Deutz-Fahr 128 181 -29,28 6,31 6,34 Kioti 105 149 -29,53 5,17 5,22 Farmtrac 87 107 -18,69 4,29 3,75 LS 77 70 10,00 3,79 2,45 Lamborghini 64 92 -30,43 3,15 3,22 Same 63 109 -42,20 3,10 3,82 Valtra 50 90 -44,44 2,46 3,15 Massey Ferguson 49 52 -5,77 2,41 1,82 Landini 47 87 -45,98 2,32 3,05 Preet 42 28 50,00 2,07 0,98 Hurlimann 39 62 -37,10 1,92 2,17 Branson 38 25 -52,00 1,87 0,88 Startrac 36 28 28,57 1,77 0,98 Fendt 34 35 -2,86 1,67 1,23 Claas 29 36 -19,44 1,43 1,26 Hinomoto 28 47 -40,43 1,38 1,65 McCormick 28 36 -22,22 1,38 1,26 VST 26 37 -29,73 1,28 1,30 Case IH 24 76 -68,42 1,18 2,66 TYM 24 23 4,35 1,18 0,81 Iseki 22 36 -38,89 1,08 1,26 E Kubota 19 23 -17,39 0,94 0,81 Lovol 18 13 38,46 0,89 0,46 A. Carraro 16 19 -15,79 0,79 0,67 Goldoni 8 6 33,33 0,39 0,21 Ferrari 6 12 -50,00 0,30 0,42 Outros 13 39 -66,67 0,64 1,37 Total 2030 2854 -28,87 100,00 100,00
Mercados

Segundo os dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a Solis foi a marca que matriculou mais tratores nos primeiros cinco meses de 2023 (341) e também a que detém os dois modelos mais vendidos. O destaque da marca indiana este ano é o 26 9+9 M5, o qual teve 146 unidades matriculadas, ou seja, 42,82% do total dos registos da Solis. Contabiliza mais 39 unidades do que o... Solis 26 4WD Stage V e precisamente o dobro dos 73 tratores do Farmtrac 26 4WD, o terceiro da lista. Quanto às marcas líderes nos diferentes escalões de potência, a Solis prolongou o domínio <50cv, com 321 tratores matriculados novos, mais 216 do que a Kubota. No escalão 51-120cv, a New Holland fugiu à DeutzFahr, chegando aos 158 tratores matriculados, mais 53 do que a marca alemã, a qual ocupa um lugar que foi da Kubota em 2022. Já nas potências mais elevadas, a John Deere sobressai nos 121-200cv, matriculando quase o triplo da Fendt (25). Já no escalão >200cv, a John Deere perde para a Valtra, que regista 20 tratores matriculados, mais 7 do que a marca do veado. Se olharmos para os modelos mais matriculados para o setor profissional (+100cv) nestes primeiros cinco meses do ano, destacam-se um trio da John Deere – 6120M (25 unidades), 6155M (9) e 6130M (8) – além do Massey Ferguson 5713M (6).

10 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023
Marcas <50cv 51120cv 121200cv >200cv Total Modelo mais vendido da marca Unid. Solis 321 20 0 0 341 26 9+9 Stage V 146 New Holland 39 158 11 4 212 T5.120 17 Kubota 105 78 9 0 192 L2-522 - Arco 25 John Deere 8 84 60 13 165 5115M 32 Deutz-Fahr 7 105 14 2 128 5080 DF Keyline 17 Kioti 74 31 0 0 105 DK6020N 25 Farmtrac 84 3 0 0 87 26 4WD 73 LS 58 19 0 0 77 MT 3.35 / MT 3.60 19 Lamborghini 9 50 4 1 64 Sprint 60 15 Same 5 52 6 0 63 Argon 80 / Frutteto 80 Natural 10 Valtra 0 10 20 20 50 T174 / G115 5 Massey Ferguson 8 28 11 2 49 5711 M 11 Landini 14 32 1 0 47 2-055 - Arco 8 Preet 42 0 0 0 42 Avenger 26 - Arco 25 Hurlimann 5 33 1 0 39 Prince 60 8 Branson 31 7 0 0 38 2500 9 Startrac 36 0 0 0 36 263 4WD 20 Fendt 0 4 25 5 34 211 Vario F - Cabina 8 Claas 0 20 6 3 29 Arion 430 7 Hinomoto 21 7 0 0 28 HM475 - Arco 8 McCormick 13 15 0 0 28 X 2.055 - Arco 9 VST 26 0 0 0 26 Fieldtrac 927 Arco/ Fieldtrac 224D 7 Case IH 0 16 5 3 24 Farmall 75A 6 TYM 21 3 0 0 24 T395FM 7 Iseki 19 3 0 0 22 TM 3247 13 E Kubota 19 0 0 0 19 EK1-261 4WD 13 Lovol 14 4 0 0 18 M504 - Arco 5 A. Carraro 10 6 0 0 16 TC 5800 F Major 3 Goldoni 3 5 0 0 8 S80 - Arco / Ronin 50 - Cabina 2 Outros 11 7 1 0 19 Total 1003 800 174 53 2030 49,41% 39,41% 8,57% 2,61% 100%
Marcas e modelos mais vendidos, classificados por segmentos de potência
Expurgámos os ATV e UTV homologados sob a categoria T e os Telescópicos. Origem: IMT / Fonte: ACAP
Portugal

PRODUTIVIDADE

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Unidades vendidas por escalão de potência

Na análise por segmentos de potência, saltam à vista os números do >200cv: 53 tratores matriculados atingindo, em cinco meses, quase 60% (58,8%) do número total (90) alcançado em 2022. A explicação que Nuno Inácio deu na edição anterior parece ganhar força, até porque em maio foram matriculados mais 10 tratores com >200cv. “Hoje em dia há uma tendência para os agricultores evoluírem para potências maiores, pois perceberam que podem fazer o trabalho com um trator maior e um só operador. Esta decisão está relacionada com três pontos: a dificuldade em encontrar bons operadores; o facto de o custo por cavalo diminuir à medida que potência

aumenta, ou seja, comprar dois tratores de 100cv é hoje mais caro do que comprar um de 200cv; e a questão da velocidade: os agricultores têm áreas cada vez maiores mas a janela temporal de trabalho é a mesma. A palavra-chave de hoje é velocidade.” Nos restantes escalões, nota para uma alteração: o <50cv fica, pela primeira vez este ano, aquém de 50% mas, devido ao mais recente apoio ao abate que, como explicaram Nuno Inácio e Arnaldo Caeiro, visa ajudar à troca por tratores de baixa potência, a tendência é que volte a recuperar no segundo semestre do ano.

-3,8%

Reboques

O mercado dos reboques agrícolas continua a melhorar os números de matrículas, reduzindo cada vez mais o fosso para o número do período homólogo do ano passado. Assim, a quebra é agora praticamente residual: entre janeiro e maio deste ano foram matriculados 676 reboques, menos 27 (-3,8%) do que no mesmo período de 2022. Entre as quatro marcas com mais matriculações, só a Herculano é que tem um número inferior de registos em relação a 2022 (quebra de 46%), sendo que a Galucho mantém o ritmo acelerado no topo da

tabela, com 197 reboques matriculados (+35,9%), mais 52 do que a Rates, segunda marca que também superou a barreira dos 30% em crescimento em relação há um ano. Além da Galucho e da Rates, também a Joper consegue estar melhor – matriculou mais 16 reboques do que até ao fim de maio de 2022 -, mas a bicefalia no topo continua a ser uma realidade: se em março deste ano, Galucho e Rates detinham 55,02% do total de matriculações, no final de maio ainda continuam a ter a maioria (50,59%).

Origem: IMT / Fonte: ACAP 2023 2022 Evol. 23/22 Marca Total % Total % Unid. % Galucho 197 29,1 145 20,6 52 35,9 Rates 145 21,4 110 15,6 35 31,8 Joper 88 13,0 72 10,2 16 22,2 Herculano 75 11,1 139 19,8 -64 -46,0 Massil 54 8,0 74 10,5 -20 -27,0 Reboal 40 5,9 77 11,0 -37 -48,1 Outeiro 30 4,4 24 3,4 -6 25,0 Costa 14 2,1 14 2,0 0 0,0 Outros 33 4,9 48 6,8 -15 -31,3 Total 676 100,0 703 100,0 -27 -3,8
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CF Moto domina nos ATV e BRP mantém ‘fuga’ nos UTV

Numa análise ao mercado de vendas de ATV’s (Veículos todo-o-terreno) e UTV’s (Veículos utilitários multitarefas) nos primeiros cinco meses de 2023, a CF Moto fortaleceu a posição de líder de vendas de ATV, aumentando o crescimento em relação ao período homólogo do ano anterior para 59,42%: matriculou 220 veículos (58 em maio), mais 82 do que em igual período do ano passado, e passou a ter mais

Espanha

24 do que a Linhai, que fora líder do segmento em 2022. Já nos UTV, a canadiana BRP está cada vez mais longe da concorrência: regista, no fim de maio, 89 unidades, mais 24 do que a CF Moto e 35 do que a Polaris. Por fim, nota para o bom registo nas vendas dos UTV, ainda que mantenha a tendência de quebra desde março (34,74%); e para a melhoria nos ATV (6,91%) em relação aos números entre janeiro e maio de 2022.

Quebra de 17,24% no mercado em Espanha

O Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação (MAPA) de Espanha divulgou os dados relativos ao registo de tratores agrícolas no país nos primeiros cinco meses de 2023 e os números registaram uma ligeira melhoria relativamente a abril (quebra 20,43%). Foram matriculados 3.307 tratores agrícolas entre 1 de janeiro e 31 de maio o que representou uma quebra de 17,24% em relação ao período homólogo do ano passado (3.996), segundo a Revista espanhola Profesional Agro.

Se nos cingirmos apenas ao mês de maio, a quebra situa-se nos 4,23%, pois foram matriculados 770 tratores, menos 34 do que em 2022 (804). Já contabilizando o universo total de maquinaria agrícola em Espanha entre janeiro e maio deste ano, os dados são igualmente negativos mas aqui, já de forma residual: os registos oficiais revelam 12.721 unidades matriculadas, menos 2,74% (mesma percentagem de abril) do que as 13.079 entre janeiro e maio de 2022.

14 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023 Unidades % % Mercado Marca 2023 2022 Var. 2023 2022 BRP 89 67 32,84 31,01 31,46 CFMoto 65 48 35,42 22,65 22,54 Polaris 54 25 116 18,82 11,74 Segway 30 27 11,11 10,45 12,68 Quaddy 12 10 20 4,18 4,69 KL 10 4 150 3,48 1,88 Linhai 10 5 100 3,48 2,35 Corvus 8 12 -33,33 2,79 5,63 Kioti 7 6 16,67 2,44 2,82 John Deere 1 5 -80,00 0,35 2,35 MX 1 0 - 0,35 0 Kubota 0 4 - - 1,88 Total 287 213 34,74 100 100 Unidades % % Mercado Marca 2023 2022 Var. 2023 2022 CF Moto 220 138 59,42 33,85 22,70 Linhai 196 251 -21,91 30,15 41,28 Segway 91 100 -9,00 14 16,45 Polaris 73 55 32,73 11,23 9,05 Quaddy 31 27 14,81 4,77 4,44 TGB 19 17 11,76 2,92 2,80 BRP 17 16 6,25 2,62 2,63 Goes 2 1 100 0,31 0,16 Arctic Cat 1 - - 0,15Hisun - 3 - - 0,49 Total 650 608 6,91 100 100
+34,74% +6,91% Portugal
UTV ATV

A visão dos representantes das marcas

Falámos com três representantes das marcas acerca do panorama atual no mercado dos tratores, das expectativas para o próximo semestre e do Novo Plano para Abate de Tratores. Com escalas de classificação de ‘muito desfavorável’ a “muito bom” e de “diminua” a “cresça” obtivemos as opiniões seguintes.

Plano de abate de tratores ficou aquém do esperado e do necessário

Apoio pouco ambicioso, bastante limitativo e vem com atraso

Considera que o negócio de venda de tratores novos está… Desfavorável. Encontramos duas razões principais, uma de origem externa, ou seja, existe uma quebra generalizada do mercado, 30% em Maio vs. 2022 e outra interna, pois estamos com vários tratores já vendidos a clientes finais e a Kubota continua com atrasos nas entregas em determinados modelos.

Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses… Se mantenha estável. Pensamos que a quebra não se acentuará e, como tal, deveremos manter os volumes mensais de 2023 (no nosso caso, esperamos recuperar os atrasos já referidos).

Que avaliação faz ao novo Plano para Abate de Tratores?

Vem com atraso, pouco ambicioso e bastante limitativo, mas pode alavancar um pouco as vendas.

Considera que o negócio de venda de tratores novos está… Muito desfavorável. As razões devemse à baixa considerável do mercado total devido aumento do preço dos tratores (lançamento dos motores Fase V e aumento e custos de produção em 2022), ao ambiente económico global desfavorável (inflação generalizada e aumento da taxa de juros), à situação de seca no sul da Europa e à falta de apoios do Ministério da Agricultura. Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses… Diminua. É esperada uma queda do mercado, não tão acentuada como até à data, no 2º semestre de 2023 pelas razões indicadas anteriormente. Que avaliação faz ao novo Plano para Abate de Tratores?

O Plano de Abate de Tratores ficou aquém do esperado e do necessário devido à redução da percentagem de comparticipação na aquisição do novo trator, ao valor elegível do custo do novo trator, em €/kW, que não teve em conta os aumentos de preço em 2021 e 2022 e aos critérios de pontuação das candidaturas que não são adequados ao tipo de tratores que mais se vende no mercado português. Já o período de submissão das candidaturas, de apenas um mês, é curto, mas, se considerarmos que o processo de submissão da candidatura é simples, esperamos que todos os interessados consigam dar entrada ao seu processo.

16 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023
Portugal

Considera que o negócio de venda de tratores novos está… Desfavorável. O mercado registou uma queda forte, na ordem dos 30%, pior do que as nossas expetativas, mais acentuada nos segmentos convencionais e especializados. Esta queda é o reflexo da conjuntura económica atual e das fracas expetativas dos clientes que levaram a uma retração do investimento.

Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses… Cresça. Deverá haver uma recuperação relativa dos números de mercado apesar de julgarmos que os números finais do ano irão traduzir uma queda (menor) do mercado de

2023 relativamente ao de 2022. Até porque a segunda metade do ano transato já foi tendencialmente de queda, os investimentos não podem ser indefinidamente adiados e porque o programa de incentivos governamentais irá ter uma contribuição positiva. Esperamos que o abrandamento da inflação e a melhoria relativa do clima económico contribua para atenuar a queda final dos números do nosso mercado Que avaliação faz ao novo Plano para Abate de Tratores? Qualquer programa que incentive o nosso sector é bem-vindo e terá sempre um impacto maior ou menor, mas positivo. Verificamos que os limites de comparticipação constituem uma limitação ao alcance que poderia ter, bem como o critério geográfico de aplicação/apreciação é algo limitativo. Por outro lado, abriu-se o programa a tratores de maior potência (apesar da limitação unitária de Eur: 50.000€) o que permitirá beneficiar outras áreas de atividade. Avaliação positiva, mas com espaço para se fazer mais e melhor.

Mercados Edifício Auto Industrial, Estrada da Circunvalação | 2794-065 Carnaxide | +351 210 009 752 | divisaoagricola.autoindustrial.pt | tractorluso.pt
compactos Ideais para pequenas propriedades
Lovol Tratores Compactos, fiáveis e robustos 25, 35, 40, 50 e 75 cv
Novos tratores
Preet Avenger Trator compacto, ergonómico e elegante 20 e 25 cv
O mercado registou uma queda pior do que as nossas expetativas
Santos Diretor comercial do Entreposto Máquinas
Nuno

Junho de 2023

Clima de negócios continua a piorar

Oíndice geral do clima de negócios para a indústria de máquinas agrícolas na Europa caiu para o nível mais baixo desde a quebra provocada pela pandemia, embora ainda se encontre num nível equilibrado. Em junho de 2023, o índice recuou de 11 para 1 ponto positivo (numa escala de -100 a +100).

Depois de alguma flexibilidade do lado da oferta, as incertezas continuaram a aumentar no mercado e os níveis de confiança diminuíram proporcionalmente. Juntamente com a deterioração das avaliações para os negócios atuais, os representantes da indústria reduziram ainda mais as suas expectativas em relação ao futuro.

As diferenças dentro dos segmentos e regiões aumentaram: se o clima na pecuária e equipamentos de colheita ainda se encontra num nível positivo, já o dos tratores e equipamentos para culturas aráveis, entre outros, caiu claramente em território negativo. Além disso, ainda existe uma maioria moderada de representantes de empresas com expetativas de volume de negócios positivos para alguns grandes mercados, como França e Alemanha, o que já não acontece nos mercados de Itália e Polónia, em que a confiança caiu a pique.

Para a contabilidade geral de 2023, os participantes na pesquisa ainda esperam um leve aumento médio na faturação das respetivas empresas, entre outros fatores, devido à elevada faturação alcançada no início do ano motivada pela redução da carteira de pedidos dos fabricantes.

Índice de Desenvolvimento

Business Climate Index Development Clima de Negócios

Índice de Desenvolvimento

CBI=média geométrica de 1) avaliação da situação atual do negócio e 2) expetativa de volume de negócios: Escala do índice de -100 a +100; Índice positivo para 1) maioria dos inquiridos avalia a situação como favorável e vice versa; Índice positivo para 2) maioria dos inquiridos espera nos próximos seis meses um aumento do volume de negócio e vice versa (comparando respetivamente com o nível obtido no ano anterior).

Avaliação atual e expectativas

Business Climate CurrentEvaluation andExpectations

Business Climate CurrentEvaluation andExpectations

Questão: Consideramos que o negócio atualmente está... Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios

Com base numa pesquisa mensal dentro da indústria europeia de máquinas agrícolas a VDMA executa um inquérito online para o CEMA, com uma cobertura dos principais setores de tratores e equipamentos municipais, a um grupo alvo de 140 gerentes seniores de 9 países.

Questão: Consideramos que o negócio atualmente está...

Questão: Consideramos que o negócio atualmente está...

Questão: Consideramos que o negócio atualmente está... Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses nosso volume de negócios...

Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses nosso volume de negócios...

Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios...

18 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023
Barómetro de negócios da Associação Europeia de Maquinaria Agrícola (CEMA) 14 April 2023 Page 4 Contact: Philip.Nonnenmacher@vdma.org 16 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 201304 201306 201308 201310 201312 201402 201404 201406 201408 201410 201412 201502 201504 201506 201508 201510 201512 201602 201604 201606 201608 201610 201612 201702 201704 201706 201708 201710 201712 201802 201804 201806 201808 201810 201812 201902 201904 201906 201908 201910 201912 202002 202004 202006 202008 202010 202012 202102 202104 202106 202108 202110 202112 202202 202204 202206 202208 202210 202212 202302 202304
Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) - Total 58 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 201201 201203 201205 201207 201209 201211 201301 201303 201305 201307 201309 201311 201401 201403 201405 201407 201409 201411 201501 201503 201505 201507 201509 201511 201601 201603 201605 201607 201609 201611 201701 201703 201705 201707 201709 201711 201801 201803 201805 201807 201809 201811 201901 201903 201905 201907 201909 201911 202001 202003 202005 202007 202009 202011 202101 202103 202105 202107 202109 202111 202201 CBI Situação Atual Expetativa Futura
CBI
Atual Expectativa Futura 14 February 2023 Page 6 Contact: Philip.Nonnenmacher@vdma.org
Situação
Source: CEMA Business Barometer
46% 43% 48% 37% 45% 40% 16% 12% 12%
diminua sem alterações cresça 7% 10% 11% 36% 35% 34% 44% 38% 46% 13% 15% 9% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 202212 202301 202302 muito desfavorável desfavorável satisfatório bom muito bom 14 April 2023 Page 6 Contact: Philip.Nonnenmacher@vdma.org
202212202301202302
CEMA Business Barometer
Source:
48% 47% 41% 40% 38% 38% 12% 15% 21% 202302 202303 202304 diminua sem alterações cresça 11% 10% 8% 34% 29% 22% 46% 40% 51% 9% 20% 17% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 202302 202303 202304 muito desfavorável desfavorável satisfatório bom muito bom abr2023 abr2023 0% 20% 40% 60% 80% 100% maio2023 maio2023 Jun2023 Jun2023 2 0130 6 2 0130 8 2 0131 0 2 0131 2 2 0140 2 2 0140 4 2 0140 6 2 0140 8 2 0141 0 2 0141 2 2 0150 2 2 0150 4 2 0150 6 2 0150 8 2 0151 0 2 0151 2 2 0160 2 2 0160 4 2 0160 6 2 0160 8 2 0161 0 2 0161 2 2 0170 2 2 0170 4 2 0170 6 2 0170 8 2 0171 0 2 0171 2 2 0180 2 2 0180 4 2 0180 6 2 0180 8 2 0181 0 2 0181 2 2 0190 2 2 0190 4 2 0190 6 2 0190 8 2 0191 0 2 0191 2 2 0200 2 2 0200 4 2 0200 6 2 0200 8 2 0201 0 2 0201 2 2 0210 2 2 0210 4 2 0210 6 2 0210 8 2 0211 0 2 0211 2 2 0220 2 2 0220 4 2 0220 6
Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) - Total 58 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 201201 201203 201205 201207 201209 201211 201301 201303 201305 201307 201309 201311 201401 201403 201405 201407 201409 201411 201501 201503 201505 201507 201509 201511 201601 201603 201605 201607 201609 201611 201701 201703 201705 201707 201709 201711 201801 201803 201805 201807 201809 201811 201901 201903 201905 201907 201909 201911 202001 202003 202005 202007 202009 202011 202101 202103 202105 202107 202109 202111 202201 CBI Situação Atual Expetativa Futura
Clima de Negócios
41 % 36 % 27 % 38 % 40 % 44 % 21 % 24 % 29 % 14 April 2023 Page 6 Contact: Philip.Nonnenmacher@vdma.org
Source: CEMA Business Barometer
48% 47% 41% 40% 38% 38% 12% 15% 21% 202302 202303 202304 diminua sem alterações cresça 11% 10% 8% 34% 29% 22% 46% 40% 51% 9% 20% 17% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 202302 202303 202304 muito desfavorável desfavorável satisfatório bom muito bom 8% 5% 2% 22 % 31 % 30 % 51 % 40 % 39 % 17 % 22 % 26 % 3% 3% Mercados - Europa
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John Deere fecha 1º semestre do ano fiscal com lucro líquido de 4,49 mil milhões de euros

A John Deere anunciou no final de maio um lucro líquido de 4,49 mil milhões de euros relativo ao primeiro semestre do seu ano fiscal (que terminou a 30 de abril), o que representa uma subida de 61% em relação aos resultados que já havia alcançado no primeiro

semestre de 2022 (2,79 mil milhões de euros). Para este resultado, muito contribuiu o lucro líquido de 2,86 mil milhões de euros referente ao segundo trimestre do seu ano fiscal.

Já no que diz respeito ao volume de vendas, este aumentou 30% durante o segundo trimestre do ano fiscal do Grupo Deere & Company e 31% durante todo o primeiro semestre. As vendas líquidas dispararam: no primeiro trimestre atingiram os 14,9 mil milhões de euros (11.220 mil milhões no mesmo período

de 2022) e no semestre chegaram aos 25.618 mil milhões de euros (19.174 mil milhões no mesmo período em 2022). “Tendo em conta os resultados que obtivemos até agora, é evidente que estamos no bom caminho para mais um ano de desempenho excecional. Em grande parte, isto deve-se ao sucesso do nosso modelo operacional ‘Smart Industrial’ e à nossa capacidade de fornecer aos nossos clientes as soluções que os ajudam a tornar-se mais rentáveis, produtivos e sustentáveis.”

Volume de vendas da Kramp atingiu 1,1 mil milhões de euros em 2022

“O ano de 2022 teve vários desafios inesperados, sobretudo a guerra na Ucrânia e, consequentemente, o impacto da inflação que se seguiu. No entanto, alcançámos um volume de vendas no valor de 1,1 mil

SDF alcança receita recorde de 1,8 milhões de euros em 2022

milhões de euros.” Foi desta forma que Eddie Perdok, CEO da Kramp, começou por apresentar o relatório anual da fabricante de peças sobressalentes e acessórios agrícolas. O volume de vendas alcançado em 2022 significou um crescimento de 7% e, mesmo que os custos tenham aumentado em relação a 2021, os responsáveis consideraram-no um ano positivo para a Kramp. “Se compararmos os custos totais

de 2021 e 2022, verificamos um aumento de 16,5 milhões de euros (12%) em 2022. De um modo geral, tendo em conta as circunstâncias, foi um bom ano. Continuamos com uma situação financeira extremamente sólida, apresentando uma posição de solvência equilibrada de quase 47%. O nosso stock garante uma ampla disponibilidade para os clientes”, explicou Hans Scholten, Diretor Financeiro.

O Grupo Same Deutz-Fahr aprovou os resultados consolidados para o exercício financeiro de 2022 com uma receita recorde de 1.803 milhões de euros, fruto da venda de 40.207 tratores e ceifeiras-debulhadoras no ano transato. Este resultado significa um crescimento de 22% em relação aos 1.481 milhões de euros encaixados em 2021 e uma subida de 42% face aos 1.268 milhões registados em 2019, no período prépandemia. O Ebitda (lucro antes de impostos) também atingiu o recorde de 199 milhões de euros, ou seja, 11,1% do valor total das receitas. Desta forma, o grupo italo-alemão conseguiu também reduzir em 47 milhões de euros a dívida do ano anterior, situando-se agora na casa dos 75 milhões de euros. Entre os fatores-chave para este crescimento, segundo os responsáveis do Grupo SDF, está o plano estratégico delineado para 2020-25; o aumento da entrada em mercados extracomunitários (37% das vendas); a implementação e utilização de ferramentas digitais nas gestões empresariais; e uma aposta mais continuada no setor vitivinícola, onde a SDF reforçou a sua posição com a aquisição, em julho de 2022, da maioria do capital da VitiBot, empresa francesa especializada em robótica elétrica e sistemas de autoguiamento em vinhas.

20 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023 Notícias
REPRESENTAÇÕES CONCESSIONÁRIO Coruche Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041 Bombel Est. Nac. 4, 42, T. 265 096 102 Estremoz - Sede Z. Ind. - Apartado 41 T. 268 337 040 Beja Z. Ind. - Rua da Metalúrgica Alentejana, 10 T. 284 329 278 Évora Z. Ind. de Almeirim, R. Artur Silva Barreiros, 7-8 T. 266 701 558 Ferreira do Alentejo Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944 Muge Z. Ind. de Muge, Rua A - Lote 12 A - Nº 34 T. 263 151 608 ENVIROMIST® UNDAVINA-SPRAYDOME COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS PARA www.tractomoz.com geral@tractomoz.com AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES

Notícias

Equipa do Entreposto Máquinas esteve no Power Training Case IH 2023

O Entreposto Máquinas participou, em maio, num evento de 3 dias organizado pela Case IH para os seus concessionários, em que a marca teve a oportunidade de treinar e preparar a sua rede para novos produtos e serviços que ainda vão chegar ao mercado em 2023. Desta forma, os participantes examinaram novos recursos das máquinas, compararam equipamentos Case IH com os de outros fabricantes e estudaram ainda componenteschave ao detalhe, como motores, por exemplo. “A participação do Entreposto Máquinas juntamente com os concessionários no Power Training Case IH 2023, na Áustria, vem quebrar o ‘isolamento’ criado

com a pandemia. Regressar ao quartel-general europeu da Case IH para rever colegas, ter contacto com as mais recentes tecnologias, e poder experimentar e testar novas máquinas em situação real de trabalho é fantástico. Com tudo isto, podemos aliar o espírito de equipa à volta da marca Case IH”, explicou Carlos Domingues, gestor de produto e vendas da Case IH em Portugal. Segundo o comunicado enviado pelo Entreposto Máquinas, os participantes neste evento ficaram a conhecer ao pormenor cada estação da fábrica da Case IH em St. Valentin, além de modelos em desenvolvimento de vários tipos de equipamento.

Grupo Internaco reforça expansão ao adquirir a Maunça

O Grupo Internaco reforçou a sua expansão na Península Ibérica ao adquirir uma participação maioritária na Maunça, distribuidora grossista de maquinaria agrícola e de jardinagem, sediada em Leiria. Trata-se da nona incorporação desde 2015 e da primeira empresa que a companhia galega adquire em Portugal. Em 2022 a Internaco já havia comprado a AG Group, empresa espanhola que é distribuidora de marcas como

Alpego, Fort, SIP, APV, Strautman, Sulky, Orchard Rite e ainda a Naio. Com esta aquisição da Maunça – representante de marcas como Fort, Zanon, Ecotech, Agritech, Remet CNC, Maggio, Crusching Tech e Sta-For -, o Grupo Internaco, distribuidor oficial da Husqvarna em Espanha e Portugal, pretende elevar a sua faturação anual até aos 125 milhões de euros através do crescimento na agricultura bem como na manutenção e exploração de espaços verdes.

22 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023

Presidente do CEMA reeleito Guaresi adquire Grim e estabelece meta ambiciosa

Gilles Dryancour foi reeleito, a 20 de junho, como presidente do Comité Estratégico da CEMA, a Associação Europeia de Maquinaria Agrícola, para mais dois anos de mandato. Desta forma, passa a acumular com o cargo de Vice-Presidente de Assuntos Corporativos para a Europa da John Deere e John Deere Fellow e promete continuar a defender a agricultura. “Em tempos turbulentos para a agricultura, os fabricantes de máquinas agrícolas estão prontos a apoiar os agricultores e empenhados na segurança alimentar global. Como presidente do Comité Estratégico da CEMA, sinto-me

honrado por ser um defensor da nossa indústria e da agricultura em geral, e por a CEMA ser um parceiro fiável para as instituições europeias”, referiu. O Comité Estratégico da CEMA aconselha e fornece recomendações sobre os desenvolvimentos políticos ao Conselho de Administração da CEMA, a fim de avaliar as opções políticas e antecipar desafios relacionados com as políticas europeias que afetam a indústria do setor agrícola.

Conhecida fabricante de máquinas colhedoras de tomate, a italiana Guaresi concluiu a aquisição da Grim, empresa sediada em Ancona e especializada na produção e comercialização de pulverizadores. Determinante no processo de aquisição foi a Hyle Capital Partners sgr, proprietária da Guaresi, que financiou o negócio através do fundo ‘Financial for Food One’, especialista em investimentos em empresas agroalimentares italianas e outras atividades relacionadas. Após fechar

2021 com um lucro líquido de 20,5M€, a empresa fundada em 1932 em Ferrara aponta agora a um aumento de receita para 40M€ este ano e para 50M€ até 5 anos: 35M€ para a Guaresi e 15M€ para a Grim. “A aquisição da Grim faz parte dos planos de crescimento da Guaresi em termos de ampliação do portfólio de produtos oferecidos aos clientes. Também permite sinergias comerciais, técnicas e industriais”, explicou o presidente da Guaresi, Livio Marchiori.

Empresas

Notícias

Joper recorre a energia fotovoltaica na produção de equipamentos agrícolas

“Por uma pegada de carbono cada vez menor”. Foi desta forma que a Joper comunicou, através do seu site, ter iniciado um processo de descarbonização através da instalação de uma central fotovoltaica nas suas instalações. Esta é composta por 870 painéis solares, os quais proporcionam uma potência instalada de 470 kWp e uma produção anual prevista de 733 MWh. O investimento ficou a cargo da Helexia, empresa de origem francesa que desenha, implementa, gere e investe em

soluções integradas de energia para que a descarbonização seja uma oportunidade para o desenvolvimento sustentável das empresas.

“A descarbonização da indústria não é o futuro, é o presente. A Helexia foi o parceiro escolhido

e, neste momento, temos já uma produção de energia limpa de cerca de 40%, o que nos torna naturalmente mais eficientes e mais competitivos”, afirmou Jorge Pereira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Joper.

Em comunicado de imprensa, a Joper revelou ainda que este contrato com a Helexia representa um investimento de 400 mil euros por parte do fornecedor do sistema e um contrato de 15 anos de abastecimento, com custo abaixo do valor do mercado energético.

AJAP
Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

Concessionários reúnem-se em Toledo

Maschio-Gaspardo Ibérica

A Maschio Gaspardo Ibérica realizou um encontro com a sua rede de concessionários de Portugal e Espanha, em Toledo, no passado dia 5 de julho. Alfonso Egea, diretor geral da Maschio Gaspardo Ibérica, foi o responsável por apresentar o evento e transmitir uma mensagem de entusiasmo e crescimento conjunto. Foram compartilhadas as estratégias e projetos da Maschio Gaspardo para o futuro, incluindo a aposta tecnológica

4.0 e o novo modelo de negócio “Maschio Store”. A empresa também destacou o seu crescimento recorde em 2022, com um aumento significativo na faturação. Além disso, foram atribuídos prémios aos concessionários que se destacaram e houve uma intervenção via zoom com a sede da empresa em Itália, onde o presidente Mirco Maschio expressou otimismo e agradecimento pela trajetória de crescimento do Grupo.

Crescimento de 20% com um faturado de 460 milhões €

A Maschio Gaspardo foi fundada em 1964 pelos irmãos Egidio e Giorgio Maschio. O Grupo italiano sediado em Campodarsego (Pádua) está presente em 114 países e tem fábricas em Itália, Roménia, China e Índia. No último ano, alcançou um

recorde histórico de faturação, atingindo os 460 milhões de euros, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Total faturado em Portugal: 3.017.744€ sendo 2.504.523€ em implementos e 513.231€ em peças

Empresas

Mais do que fabricar máquinas oferecemos soluções

ENTREVISTA A JOÃO BIZARRO, DIRETOR COMERCIAL DE TRATORES

DA NEW HOLLAND PORTUGAL

João Bizarro assumiu já em 2023 o cargo de diretor comercial de tratores da New Holland para o mercado português. A propósito das novas responsabilidades entrevistámos o gestor, natural de Torres Vedras, aproveitando a oportunidade para falar sobre os resultados de 2022, o que esperar de 2023, o novo Apoio para a Renovação do Parque de Máquinas Agrícolas, ou a estratégia para a rede de concessionários.

Desde há um ano que existe uma nova organização da New Holland a nível ibérico, existindo um diretor geral comum aos dois mercados. Já este ano deu-se a saída do Dr. Fernando Garcia, passando o João Bizarro a

assumir a pasta dos tratores no mercado português. Como fica o organigrama da empresa?

João Bizarro – Nas multinacionais há momentos em que se agrupam os mercados e outros em que se separam. Até há 12 anos trabalhámos com os mercados ibéricos juntos, altura em que o Dr. Fernando Garcia foi nomeado diretor geral do mercado português, e a parte comercial dos dois mercados foi separada. Há um ano a empresa decidiu

voltar a reagrupar a comunidade ibérica, tendo acontecido o mesmo noutros países, como a Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha, entre outros.

Enquanto multinacional já partilhávamos muitas sinergias com outros países, como todo o após venda, o Departamento Financeiro, Marketing, entre outros. Na prática, em Portugal a estrutura mantém-se com o mesmo número de pessoas, mas o diretor geral, Francesco Zazzetta, sediado em

POR SEBASTIÃO MARQUES

Madrid passa pelo menos uma semana por mês em Portugal. No mais, todos os departamentos continuarão a trabalhar da mesma forma que até aqui e a partir de Portugal. Somos uma empresa Portuguesa (CNHI Portugal), com um grupo muito jovem e dinâmico, preparado para a nova forma de ver e gerir o negócio das máquinas agrícolas.

Eu fui nomeado diretor comercial de tratores para o mercado português. A direção comercial de todos os restantes equipamentos que não tratores (vindimadoras, alfaias, máquinas industriais, etc) foi assumida pelo Sixto Montblanc que tem responsabilidade para Portugal e Espanha.

2022 foi um ano caracterizado como “atípico” por muitos responsáveis, quer em Portugal, quer na Europa. Qual a sua análise?

A nível europeu foi um ano bastante instável, com países a

Um Boomer made in Índia?

Nós somos, provavelmente, o fabricante de tratores mais global, com fábricas em todos os continentes. Na Índia temos, de facto, fábricas monstruosas. Se poderemos vir a ter tratores de baixa potência com componentes feitos na India e a ser montados e comercializados na Europa? Não posso dizer que não venha a acontecer. No entanto, não nos podemos esquecer que uma multinacional como a New Holland, respeita tudo o que são os padrões de exigência globais. É preciso que todos os fabricantes a operar em Portugal respeitem as normas que aí são exigidas e que exista um controlo efetivo das mesmas: temos todos de jogar com as mesmas regras. A Tractor Mother Regulation teve um impacto grande no preço dos tratores que fabricamos porque passou a exigir padrões ainda mais apertados a vários níveis, nomeadamente, na segurança. Estes padrões têm de existir em todos os tratores vendidos na EU, e verificados não apenas no momento da homologação: é preciso que exista fiscalização. Todos os concorrentes são bemvindos, independentemente da proveniência, desde que joguem com as mesmas regras.

trabalhar a ritmos completamente distintos. No entanto, a nível financeiro foi um ano extraordinário para a empresa, tendo sido alcançados resultados recorde em termos de faturação e rentabilidade.

O mercado português pautouse pela entrega de máquinas de negócios feitos em 2021, fruto dos projetos de renovação do parque de máquinas. Na prática, se analisarmos apenas as matrículas feitas em 2022 resultado de negócios feitos já em 2022, o ano tem de ser considerado fraco.

Assim, tivemos um ano dividido em duas fases distintas: muitas entregas nos primeiros cinco meses, fruto das vendas do ano anterior, e vendas abaixo da média dos últimos anos nos restantes sete meses do ano. Foi, por isso, um ano ainda mais atípico em Portugal do que na Europa.

Olhando

apenas aos

segmentos de

potência

ditos “profissionais” (acima dos 100/120 cv) que leitura faz?

Se cingirmos a análise aos segmentos “profissionais” (acima dos 100cv), vemos que existiu uma quebra acentuada, o que nos penalizou pois somos uma empresa que vende produtos de alto valor técnico/tecnológico. Os fatores que explicam esta quebra vão desde a escassez de matériaprima em 2021 à subida de

27 abolsamia julho / setembro 2023 Entrevista
Somos uma empresa Portuguesa (CNHI Portugal), com um grupo muito jovem e dinâmico, preparado para a nova forma de ver e gerir o negócio das máquinas agrícolas.

São mais de 70, entre tratores de alta potência e máquinas de colheita, os equipamentos da New Holland com serviços conectados a trabalhar em Portugal.

preços dos fertilizantes, que levaram a uma retração dos agricultores. Pela nossa estimativa, a quebra de aquisição de tratores neste segmento esteve na ordem dos 30% (no total do mercado).

A subida de preços de alguns produtos agrícolas, como o leite, acabou por ter pouco impacto na aquisição de novos equipamentos seja porque estes setores já se vão habituando à transitoriedade das variações positivas dos preços, seja porque aproveitaram essa subida para pagar empréstimos que já tinham contraído.

Olhando para o setor da vinha, em particular, em 2022 passou por um período onde se sentiu bastante cautela nos investimentos por parte dos produtores, motivado

pelas oscilações da procura do vinho. Enquanto em 2021 houve uma forte procura internacional, em 2022 sentiu-se uma retração. A juntar a isto, a gama dos tratores especializados foi a que mais subiu ao nível do preço (subidas na ordem dos 20%), devido à transição para a Fase V em termos de emissões de gases de escape.

Já no olival tivemos um ano recorde. Nos tratores para este setor (modelos entre os 90 e os 120cv), continuamos com uma quota de mercado impressionante (acima dos 20% quota mercado), abrangendo distritos como Beja, Évora, Portalegre e até às Beiras. O mercado de equipamentos para olival caracteriza-se por clientes que compram em quantidade, que exigem uma assistência

muito profissional e que, por isso, se reveem nos concessionários New Holland. Para se ter uma ideia, temos concessionários com 30 mecânicos, que na altura da campanha trabalham, 24 horas por dia, sete dias por semana. Na nossa opinião, o apoio local ao cliente não é corretamente assegurado com filiais a 80km de distância.

A nível de equipamentos de colheita para o olival e amendoal, batemos recordes em 2022, tendo inclusivamente sido reconhecidos pela empresa a nível europeu, com 55 máquinas vendidas em apenas um ano. Isto é fruto de um trabalho de mais de duas décadas no desenvolvimento destes produtos. 2023 arrancou em falso. É possível arriscar um prognóstico para o segundo semestre?

O início do ano foi mau em termos de vendas de máquinas agrícolas, motivado pelos receios dos agricultores que já vinham de 2022, a que se juntam o aumento dos juros, exposição ao crédito e a demora do Governo na definição dos apoios à renovação do parque de máquinas, que levou ao protelar da decisão de investir em novos equipamentos. A verdade é que nas últimas semanas o mercado começa a dar sinais de querer retomar. Mais ainda, nós tentámos adaptar-nos ao máximo a esta realidade, e lançámos campanhas mais atrativas do que tínhamos, com prazos de financiamento mais dilatados, com extensões do período de garantia. Por tudo isso, estou convencido que nós, NH, faremos um grande segundo semestre.

Analisando por segmentos de potência, nos profissionais, temos

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Para se ter uma ideia, temos concessionários com 30 mecânicos, que na altura da campanha trabalham, 24 horas por dia, sete dias por semana.

assistido a uma melhoria recente. Chegou a um ponto em que os agricultores já não podiam adiar mais os investimentos que precisavam de fazer. Há áreas específicas, como a horticultura, onde se espera um bom ano, tal como na viticultura. Sentimos que a procura por tratores especializados está de novo a aumentar.

Nos segmentos de potência até aos 60 cv, o mercado alterouse completamente nos últimos três anos. Algumas marcas historicamente fortes na venda de produtos nesta faixa de potência, têm sofrido uma pressão enorme de produtos oriundos de outras origens, como a India e a China, onde não existem as mesmas leis laborais, nem as mesmas preocupações ambientais e que, por isso, têm naturalmente preços mais baixos. O custo de produção nestes países é por tudo isso mais baixo do que na Europa. Neste segmento incluem-se os denominados agricultores de “fim de semana”, em que se nota, claramente, menos

poder de compra.

Entre os 60 e os 100 cv, em 2022 tivemos um ano recorde, que será muito difícil de igualar, mas estamos na luta. A nossa oferta é muito completa - são mais de dez séries de modelos - para todas as necessidades, e muito competitiva nesse intervalo de potência. O novo Apoio para a Renovação do Parque de Máquinas Agrícolas poderá ter um papel importante na performance do mercado em 2023. Já teve oportunidade de o analisar?

Sim, já tive. Relativamente ao seu “desenho”, é necessário começar por colocar em comparação com o anterior, que estava pessimamente desenhado. Essas lacunas na ponderação dos critérios de pontuação conduziram a um desequilíbrio geográfico gritante na distribuição dos apoios, tendo 80% do total ficado acima do Douro. Abaixo do Mondego foram zero os projetos aprovados. A par

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Entrevista

disto, clientes profissionais com projetos aprovados terão sido muito poucos. Assim, à primeira vista, a distribuição prevista no novo Plano parece bastante mais equitativa, o que também poderá permitir que chegue a mais agricultores profissionais do que o anterior. Outra questão que se levanta com a operacionalização deste Plano é a experiência, conhecimento, e a capacidade das instituições locais responsáveis por fazerem a gestão das verbas alocadas a cada uma delas. O Plano anterior, que tinha esta questão centralizada, acabou por resultar bem neste ponto em concreto, sendo as regras bastante claras desde início. Pelo que vimos, acreditamos que possa haver um numero de candidaturas abaixo do anterior mas enquanto não estiver tudo esclarecido, manter-se-á o receio de que “a montanha venha a parir um rato”

Não tenho dúvidas de que, enquanto New Holland, voltaremos a beneficiar deste

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João Bizarro, diretor

Apoio porque temos uma rede de concessionários extremamente ativa, que se mobiliza rapidamente. Além disso, temos stock, temos as fábricas a trabalhar a todo o vapor e sem qualquer limitação de fornecimento. Estamos ainda a reduzir prazos de entrega. A New Holland está preparada para dar resposta às solicitações que apareçam.

A New Holland realizou recentemente uma convenção europeia de concessionários. O que irá mudar na rede de distribuição em Portugal?

A convenção realizada há dois meses teve como slogan “Ready for tomorrow?” (Estás preparado para o amanhã?). Ali ficou bem explícito, por exemplo, que não pretendemos reduzir o número de concessionários no curto prazo. Há, de facto, uma nova realidade no setor e na empresa, e esta pergunta aos concessionários se estão preparados para dar os passos que são precisos. Que passos são esses? São, sobretudo uma modernização na forma de trabalhar, nas equipas, e nos recursos necessários para operar nesta indústria. O concessionário do presente/futuro, tem de ter um amplo conhecimento informático e em eletrónica, quer na área após venda, quer comercial. Os requisitos para se ser concessionário têm vindo a aumentar, de facto, mas fruto daquilo que são as necessidades dos clientes.

A nível técnico, em 2021 lançámos vários tratores e máquinas de colheita com os chamados Serviços Conectados (telemetria), que nos permitem saber o que o trator está a fazer, se tem uma avaria, entre outros, a partir do escritório do cliente, do concessionário ou mesmo do nosso. Isto torna possível que o concessionário possa, sem se deslocar ao local, por exemplo, aferir um sensor. Ao dia de hoje temos cerca de 70 máquinas conectadas em Portugal. Tal pressupõe que, no futuro, exista nas concessões a capacidade de verificar diariamente os tratores e máquinas de colheita que estão em trabalho. Isto permitirá antever situações mais complexas como reparações, avarias,

de tratores da New Holland Portugal

manutenções, ou simples como rendimentos de trabalho e consumos de combustível.

O mesmo se passa a nível comercial, em que temos CRMs (Customer Relationship Management - conjunto de práticas, estratégias de negócio e tecnologias focadas no relacionamento com o cliente) ativos com concessionários e os seus clientes. A grande alteração no paradigma que estas ferramentas permitem é que passemos a ser proativos e rápidos.

Este ano não teremos a oportunidade de ver a New Holland na Agroglobal. Qual a estratégia da marca ao nível dos eventos?

Em 2023 optámos por não estar presentes na Agroglobal, de facto. Decidimos que este era um ano de “irmos para a terra” e, com isto, desafiámos todos os concessionários a comunicaremnos os seus eventos, apoiando-os aí, estando com eles junto dos seus clientes. Começámos pelas visitas ao Centro de Formação que temos em Segóvia, com clientes e concessionários. Depois, tivemos também várias iniciativas locais, o trator demonstrador com a transmissão DynamicCommand que anda a percorrer o país, ou as mais de 20 demonstrações que já fizemos em concessionários. A par disto, vamos organizar uma Demotour New Holland, na segunda quinzena de setembro de norte a sul do país. Mais para o final do ano/início de 2024, faremos também uma grande apresentação da nossa gama de produtos para culturas especializadas.

Algo mais que gostasse de destacar?

Somos a marca onde o cliente procura um parceiro completo. Ao nível do produto, temos:

- Tractores dos 25 aos 435 cv: 25 gamas, 105 modelos, mais de 300 combinações diferentes, muito

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Estou convencido que nós, New Holland, faremos um grande segundo semestre.
A New Holland irá continuar a apostar em 2023 em eventos locais.
comercial

Renting

É umas linhas mestras em que temos vindo a trabalhar dentro da empresa no que toca a serviços alternativos que satisfaçam as necessidades do cliente. Ainda nos encontramos em fase de lançamento do serviço mas estamos a dar passos largos. Já é uma realidade hoje e contamos que cresça muito nos próximos anos.

dificilmente não teremos o tractor que o cliente procura;

- Alfaias/máquinas mobilização de solo: charruas, cultivadores, chiseis, entre outros;

- Forragem: da gadanheira à enfardadeira sem esquecer as ceifeiras e automotrizes;

- Colheita: da vinha ao olival, sem esquecer o amendoal em plantações de grande densidade;

- PLM: larga oferta de agricultura de precisão. “GPS”;

- Máquinas de monda elétrica;

- Máquinas industriais: Temos uma gama bastante alargada que vai da mini escavadora à retroescavadora ou pá carregadora;

- Sustentabilidade: E por fim, temos uma enorme preocupação pelo meio ambiente. Fomos os primeiros a usar biodiesel a 100%, o primeiro tractor a biometano do mercado já está em comercialização há 2 anos. Lançaremos brevemente uma nova gama de tractores a gás natural liquefeito (GNL) e estamos a trabalhar também na eletrificação. Sempre como complemento de tudo o que já comercializamos presentemente.

Ao nível do após venda temos um serviço peças ímpar, extensões de período de garantia, possibilidade de contratos manutenção incluídos, serviço de apoio ao cliente profissional 365 dias por ano.

Muito mais que um fabricante de tractores ou máquinas somos um parceiro onde o cliente encontra a solução para as suas necessidades.

Enquanto marca tudo faremos por continuar a liderar o mercado português mas isso só é possível porque temos claramente a melhor rede de concessionários a operar em Portugal.

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João Oliveira, vice-presidente da TAFE

Investir na Europa para Cultivar o Mundo

Entrevista com João Oliveira, vice-presidente da marca TAFE, para a área de vendas, marketing e pós-venda na Europa. Conheça o projeto europeu da empresa, que tem um propósito maior do que vender tratores.

POR SEBASTIÃO MARQUES

Ver portugueses à frente de grandes projetos europeus é cada vez menos uma raridade. Dos automóveis aos bancos, do desporto à política, e agora, também, nas máquinas agrícolas.

João Oliveira, originário de Gouveia, distrito da Guarda, é um destes casos. Aproveitámos a sua visita à FNA para uma entrevista onde ficámos a conhecer a fundo o projeto europeu da TAFE, que mais do que vender tratores, quer aprender o que de melhor se faz na Europa.

Da Guarda a Madrid, da John Deere à TAFE (passando pela Kubota)

Estudou na Universidade de Évora, trabalhou na área dos equipamentos de rega no Grupo Hubel, e em 2010, ingressa na John Deere, onde começou por assumir uma responsabilidade ibérica mas acabou a coordenar uma equipa internacional através da Suíça. Em 2015, ingressou na Kubota e mudou-se para o Reino Unido e Madrid, onde esteve até ao final de 2022. O percurso foi sendo talhado com um martelo e um escopro: o desafio e a oportunidade de deixar a sua marca.

“Cheguei à John Deere Water, em 2009/2010. Nessa altura contactaram-me para ser responsável de vendas para Portugal e parte de Espanha. Passado um ano, fui convidado para assumir um cargo com responsabilidade europeia, para o desenvolvimento do canal

de distribuição. Em 2012, a John Deere Water é vendida e fui convidado para integrar a John Deere na parte dos tratores, ficando novamente com a responsabilidade de desenvolver o canal de distribuição na John Deere International, Divisão da John Deere que se encarrega dos mercados onde a marca não tem escritórios físicos, nomeadamente norte e centro da Europa, Norte de África e Médio Oriente.”

Em 2015 surge o desafio da Kubotadesenvolver o canal de distribuição -, que pretendia incrementar a sua importância no segmento de alta potência (até 175 cv). “Quando me colocam um desafio onde possa imprimir o meu cunho, fico entusiasmado, e foi isso que me levou a mudar para a Kubota. Assim, mudei também de país, saindo da Suíça e passando para o Reino Unido e, depois, para Espanha. Estive na Kubota até 31 de dezembro de 2022.”

O desafio da TAFE

Depois de trabalhar em duas das maiores empresas do setor das máquinas agrícolas, João Oliveira decidiu abraçar um projeto de uma marca que era, até há bem pouco Tomei esta decisão porque me foi

TAFE. A empresa, apesar da dimensão que tem – é o terceiro maior fabricante mundial de tratores e opera em mais de 100 países –não estava presente na Europa. Foi isto que me foi proposto: lançar a marca na Europa.

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Presença na Agritechnica assegurada

“Foi um orgulho pessoal que o primeiro evento da TAFE na Europa tenha sido em Portugal, na FNA. Foi muito gratificante ver o entusiasmo quer dos agricultores, quer das pessoas do Grupo Auto-Industrial. Em setembro marcaremos também presença na Agroglobal. Em novembro, teremos a Agritechnica onde a TAFE estará presente e marcará a sua entrada a nível continental. A presença num evento desta envergadura é mais uma prova do compromisso da empresa com o mercado europeu. Seja pela dificuldade inerente a conseguir assegurar um lugar (o evento não se realiza desde 2019 e tem uma lista de espera assinalável), seja pelo investimento, bastante avultado, que significa”.João Oliveira, vice-presidente da TAFE para a área de vendas, marketing e pós-venda na Europa

Tendo em conta o meu background em vendas e desenvolvimento de canais de distribuição, a empresa achou que eu tinha as competências necessárias e, da minha parte, vi um projeto muito aliciante, pelo que decidi aceitar”.

180 dias de trabalho

Por altura da publicação da entrevista, completar-se-ão seis meses de trabalho na TAFE. Qual o balanço? “Posso dizer que, além da dimensão e capacidade de investimento da empresa, há um entusiasmo muito grande neste projeto. É visível pelo envolvimento dos mais altos cargos da empresa. Tenho recebido apoio constante da Equipa Sénior da Administração da TAFE em todas as áreas de negócio, desde o Produto, ao I&D, ou no Marketing e Comunicação. Apesar dos volumes de vendas na Europa não serem comparáveis com a Índia (o mercado anda entre as 900.000 e o 1.000.000 de unidades/ ano), este é um projeto estratégico para a empresa, sobretudo pelo know-how que permitirá adquirir”. Lançar uma marca nova nunca é

um processo simples, ainda mais quando falamos do mercado de tratores europeu. Quais foram então as prioridades nestes primeiros seis meses? “Temos estado focados no desenvolvimento da rede de distribuição e criação de uma equipa “da Europa para a Europa”. Este último ponto é fundamental e diferenciador em relação a outras marcas que têm vindo para cá. Este projeto é um compromisso da empresa com os agricultores europeus: estarmos cá com uma verdadeira estrutura, independentemente dos números que façamos nestes primeiros anos”.

Distribuidores locais em vez de filiais

O modelo de distribuição da TAFE para a Europa é o de distribuição indireta, isto é, através de distribuidores locais ao invés de filiais da marca. Serão estes distribuidores que criarão depois a sua rede de concessionários nacional. “Escolhemos empresas altamente capacitadas, como o Grupo Auto-Industrial, para trabalhar nos seus mercados e que serão responsáveis pelo desenvolvimento do seu próprio

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Campos enlamaçados, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pne s Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Aplicados em ários pos de máq inas agrícolas e aptos para n merosas aplicações, os pne s Mitas asseg ram q e os agric ltores profissionais conseg em acompanhar o rápido desen ol imento do m ndo agrícola. Mitas, pne s q e trabalham no d ro desde .
Temos estado focados no desenvolvimento da rede de distribuição e criação de uma equipa “da Europa para a Europa”

canal de distribuição. Neste momento, já iniciámos a atividade em mercados que, no seu todo, representam 50% do mercado de tratores europeu nos segmentos de potência que iremos trabalhar. Desta forma, estamos já em Portugal, Itália, Alemanha, Reino Unido e Polónia. Até ao final do ano contamos chegar a mais países e, em particular, a importantes mercados como Espanha e França, para os quais já temos identificadas empresas de referência que nos permitam ter sucesso nessas localizações. A receção por parte das empresas distribuidoras tem sido bastante positiva, o que nos deixa satisfeitos tendo em conta que apenas temos contactado com empresas estabelecidas e com dimensão assinalável nos respetivos mercados”.

Ainda que seja cedo para avaliar, quisemos saber se os resultados têm sido animadores. “Os resultados iniciais são muito entusiasmantes, temos, por exemplo, uma carteira de encomendas que supera as expectativas iniciais da TAFE. No entanto, como se diz na gíria futebolística “os prognósticos fazem-se no fim do jogo”. Preferimos focar-nos naquele que é o nosso plano a 5 anos, que está plenamente estabelecido e claro para todos dentro da empresa”.

Investir na Europa para cultivar o Mundo

A entrada de marcas indianas na Europa tem vindo em crescendo, tal como a sua aceitação por parte dos clientes. No entanto, para a TAFE, o mercado europeu, mais do que pelas vendas, interessa pelo conhecimento que pode trazer à empresa para trabalhar outros mercados onde os volumes são maiores. “Uma empresa com os números de vendas da TAFE (180.000 unidades/ano) querer vir para a Europa trabalhar volumes

muito inferiores, é, por si só, sinal de que aquilo que move a empresa não é simplesmente a parte comercial”, começou por explicar João Oliveira. “O que a TAFE vê na Europa é uma oportunidade de estar num mercado que, por ser líder em inovação e em tecnologia, permitir-lhe-á aprender e fazer o transfer desse conhecimento para os outros 100 mercados em que a empresa já opera. É por isso que a empresa contratou profissionais como Massimo Ribaldoni, CTO da TAFE a nível global” (trabalhou no Grupo SDF durante 28 anos onde desempenhou funções de vice-presidente executivo da área de Investigação e Desenvolvimento).

Assim, além do já anunciado armazém de peças na Europa, a TAFE investirá ainda num escritório de vendas europeu, além de um novo laboratório de Inovação e Desenvolvimento que terá capacidade para o dobro dos engenheiros do atual (ao dia de hoje são já 10 os engenheiros a trabalhar nas instalações da empresa no Reino Unido).

Tratores e “smart farming” da Europa para a Europa

O projeto europeu da TAFE não se limita, então, à vertente comercial. Além da venda de tratores e do knowhow que possa adquirir, a empresa quer ser sinónimo de Inovação e de Serviços. Para atingir esta visão, a empresa tem na sua composição três áreas diferentes, tal como explicou João Oliveira. “Eu sou o vice-presidente da marca para a área de vendas, marketing e pós-venda, ou seja, toda a parte comercial, mas existem mais duas divisões: Investigação e Desenvolvimento (I&D), e Serviços. O I&D conta com um escritório no Reino Unido, e 10 engenheiros (passarão a 20 nos próximos meses). Esta divisão está focada no desenvolvimento do produto e na compreensão das

necessidades do mercado europeu, que permitem desenvolver máquinas “da Europa para a Europa”. Em relação aos Serviços, estamos a dar passos largos, através de acordos com empresas que não podemos ainda divulgar (serão comunicadas em novembro, na Agritechnica), no desenvolvimento de Serviços Conectados, ou seja, tudo aquilo que envolve o chamado “Smart Farming”, Conectividade, ou telemetria, e que constituirá uma das principais áreas de atuação da TAFE na Europa. “Pretendemos não apenas fornecer máquinas por si só, mas sim a solução completa, começando logo no aconselhamento dos agricultores.” O renting de equipamentos é outro dos serviços que a empresa planeia disponibilizar à sua rede a curto/ médio prazo: “É algo que está incluído na nossa visão estratégica a médio prazo, sobretudo quando iniciarmos a comercialização da gama dos 55 aos 75 cv”.

Tratores: dos 28 aos 75 cv

Se os Serviços Conectados ainda estão na forja, os tratores já são uma realidade. Na FNA já foi possível ver o modelo de entrada, de 28 cv, mas na Agroglobal a marca já terá também os modelos de 55, 65 e 75 cv versão ROPS. As versões cabinadas deverão estar prontas no final de 2023. A cabine será totalmente inovadora, desenvolvida e construída de raiz. Os modelos ROPS serão fabricados na fábrica de Chennai, Índia, e os cabinados na Turquia. Em paralelo, está em marcha um projeto para o desenvolvimento de uma gama dos 30 aos 50 cv.

Ser um especialista nas culturas especializadas

O segmento de potência em que a TAFE se quer focar na Europa vai dos 28 aos 100 cv. A explicação, segundo João Oliveira, está relacionada com o crescimento no Velho Continente de culturas como a vinha, os pomares, os olivais, os amendoais ou as cultivadas em estufa. “O crescimento das áreas de culturas especializadas no continente europeu tem levado à subida da quota de mercado do segmento de potências entre os 50 e os 100 cv em face de outros de maior cavalagem”, explicou. Assim, outro dos projetos em desenvolvimento na TAFE é uma gama de tratores especializados.

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Preferimos focar-nos naquele que é o nosso plano a 5 anos, que está plenamente estabelecido e claro para todos dentro da empresa”.
João Oliveira, vice-presidente da TAFE

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A FNA ESTÁ PRESTES A FAZER 6 ANOS!

A Feira Nacional de Agricultura teve este ano a sua 59ª edição. O evento realizou-se de 3 a 11 de junho, numa área de exposição que ocupou cerca de 44.850 m2. O evento contou com 606 expositores e recebeu um total de 199.606 visitantes ao longo dos nove dias.

“Eggcident” - podemos estrelar ovos neste chão escaldante!

O tema central da FNA23 foi o ovo, uma escolha que ficou assinalada por uma intervenção artística do artista plástico holandês Henk Hofstra- “Eggcident”.

O interessante projeto Eggcident, já exposto em vários pontos do mundo foi criado em 2008 e, na FNA, foi exibido na entrada principal do recinto da feira. Essa intervenção consistia em ovos estrelados gigantes e tinha como objetivo chamar a atenção dos visitantes para as questões do aquecimento global e das alterações climáticas, relevantes para a agricultura e outros setores. No entanto, a exposição pecou por falta de suportes de comunicação adequados para que a mensagem chegasse ao público em geral de forma mais completa.

Aexposição de maquinaria e equipamentos foi um dos destaques do evento pela curiosidade que estes despertam nos visitantes. No entanto, para um espectador mais atento ao mundo da maquinaria agrícola, na maioria dos casos, não se poderá falar de verdadeiras novidades. De notar também a ausência de marcas de referência.

Apesar disso, a FNA continua a ser um importante ponto de encontro para os profissionais do setor, proporcionando oportunidades de troca de informações e networking entre os players do mercado. Em tempos desafiantes como os atuais essa proximidade com clientes e

fornecedores fortalece os laços e gera confiança, impulsionando os negócios e animando o quotidiano dos participantes.

Com base nas experiências de outras feiras e eventos, ficam algumas sugestões para melhorar o evento:

Átrio das Inovações – criação de um espaço onde as empresas expositoras possam mostrar todas as suas novidades, permitindo que os visitantes fiquem atualizados sobre as inovações presentes na feira.

Duração da Feira – A próxima edição, a FNA 24, já está agendada para os dias 8 a 16 de junho de

2024. Embora a organização opte por estender a duração do evento por nove dias, alguns participantes têm reclamado do período excessivo, dos momentos de menor movimento e do aumento do investimento no orçamento de marketing. Algumas empresas têm optado por realizar eventos de campo de apenas um dia, concentrando-se exclusivamente nos clientes e obtendo mais vendas com menos esforço financeiro e de pessoal. Assim, sugere-se a possibilidade de reduzir a duração da feira para apenas três dias, destinados aos profissionais, com um horário igualmente profissional das 9h às 18h. Questionamos se esse período mais curto não seria suficiente para atender aos objetivos do evento.

especial FNA
VEJA O ÁLBUM VEJA O VÍDEO ARQUIVO ABOLSAMIA
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Agricortes

O PRESENTE E O FUTURO NUM ESPAÇO ÚNICO

Da esquerda para a direita: Susana Vieira, Diretora de Marketing da Agricortes, Jorge Alberto, responsável comercial da Agricortes, e Surinderjit, técnico de novos produtos da Solis

presentes com esta marca. Além disso, mantém todas as características que têm contribuído para o sucesso da Solis, nomeadamente o design, a fiabilidade, os consumos reduzidos e os baixos custos de manutenção”.

POR SEBASTIÃO MARQUES

Verdadeiro fenómeno à escala europeia, a Solis tinha um natural destaque no stand da Agricortes. Mas esta não era a única novidade na empresa de Leiria que já acumula mais de 50 anos de atividade. Dos tratores elétricos aos icónicos Carraro passando pelo Zetor e as máquinas Zoomlion, não faltavam motivos de interesse no imenso espaço de exposição da Agricortes.

Sempre acompanhados pela apaixonada Susana Vieira, Diretora de Marketing da Agricortes, a passagem pelo espaço de exposição da Agricortes é uma autêntica viagem ao presente e futuro da maquinaria agrícola e de construção. Não só pelo número de marcas representadas pela Agricortes, mas também pelas novidades presentes na FNA e pela quantidade de máquinas em exposição. Começámos, naturalmente, pela Solis, uma marca que é um autêntico fenómeno de vendas não só em Portugal, mas em toda a Europa. Para Susana Vieira, “o Solis C35 é um novo futuro da marca. Um trator compacto, mas muito polivalente, que entra diretamente para um segmento de mercado de extrema importância em Portugal e onde ainda não estávamos

O C35 é um trator com ou sem cabine, equipado com um motor de 3 cilindros com um potente binário e hidráulicos (1450 kg) muito resistentes.

Quem também reunia uma verdadeira legião de curiosos eram as edições especiais feitas com base nos Solis S26 com caixa 9x9. A Diretora de Marketing da Agricortes explicou que “esta foi uma iniciativa da marca que teve excelentes resultados e que será para continuar. Representam motivos mainstream ou comemorações e destacam-se pela estética, claro, mas também pelo equipamento topo de gama, nomeadamente os bancos premium e comandos. Temos o Panther, em tons de negro e dourado, o Tiger, em vermelho, e a requintada versão 25 anos que combina o cinzento e o negro num acabamento inegavelmente sofisticado”. Mecanicamente, estas séries especiais não sofrem alterações, mantendo o motor diesel de três cilindros, com 26 cv de potência e 76,3 Nm de binário. O Solis S26 pesa 1120 kg e tem uma capacidade máxima de elevação de 600 kg.

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Zetor, mais uma aposta da Agricortes

Reputada marca checa, lançada em 1946, a Zetor já esteve presente em Portugal, mas regressa agora com um vigor redobrado pela mão da Agricortes. Susana Vieira justifica a aposta na marca: “É um produto que teve um significativo upgrade tecnológico. Tratores muito robustos e fiáveis e que têm deixado uma excelente marca entre os clientes europeus. Os agricultores portugueses ainda estão num processo de conhecimento da marca, mas temos tido um excelente feedback dos municípios que já adquiriram tratores Zetor.” No espaço da Agricortes reservado à Zetor destacavam-se os modelos CL 100 e HS 110. A gama Proxima CL é das mais populares da Zetor e a versão mais económica. Estes tratores são equipados com driveline Carraro 12/12 ou 20/4 com creeper. O motor de 4156 cc de quatro cilindros, produzido internamente pela Zetor, tem 70 kW (96 cv) de potência.

Já a gama Proxima HS apresenta a solução com inversor electro-hidráulico (PowerShuttle). O HS 110 tem os quatro cilindros e cilindrada do CL 100, mas, neste caso, com 78,4 kW (107 cv) de potência e 449 Nm de binário.

Outros modelos Zetor equipam motor Deutz, estando na estratégia da Agricortes trabalhar o mercado das potências da fase V até aos 170 Cv para servir todos os setores da economia onde os seus clientes operam.

Solis S26 elétrico chega em outubro

Por fim, um olhar para o futuro através do Solis 26 EV 100% elétrico, um modelo que só estará disponível em Portugal em outubro. Um trator perfeito para os utilizadores que valorizam os baixos custos de utilização e para os profissionais que operam em espaços apertados, o S26 Elétrico apresenta dimensões compactas, uma construção muito resistente e um reduzido raio de viragem. É equipado com um motor de 17,7 kW de potência (26 cv), bateria de lítio, pesa 1290 kg e tem uma capacidade máxima de elevação de 800 kg.

Carraro, uma questão de confiança

A Carraro, até pela ligação de anos com a marca italiana, é uma marca de eleição na Agricortes. Susana Vieira não esconde a emoção quando fala da marca: “A ligação com a Carraro é quase emocional, mas também de extrema confiança no produto. Sendo especialistas na fruticultura e na vinha, são tratores pensados e concebidos tendo em vista esta utilização específica. Temos aqui em exposição uma unidade muito especial do Compact VLB 75 que possui uma decoração exclusiva Around Europe que anda a percorrer os vários países europeus representados no capô.”.

39 www.abolsamia.pt abolsamia julho / setembro 2023 especial FNA
AGRICORTES.COM

Agricortes

Multione, para todas as tarefas

A ideia subjacente ao MultiOne, é oferecer uma ferramenta de trabalho multifuncional que possa maximizar a produtividade e reduzir os custos. Com mais de 170 acessórios originais, a MultiOne pode transformar-se num cortador de relva ou num empilhador, num trator compacto, num carregador telescópico, numa betoneira ou num elevador de pessoal em segundos. As máquinas MultiOne possuem uma estrutura articulada robusta que melhora o equilíbrio e a estabilidade geral. O modelo apresentado 11.6K tem motor Kohler turbo diesel de três cilindros, com 1861 cm3, 57 cv de potência e 225 Nm, tem uma altura de elevação de 3,7 metros e uma capacidade máxima de elevação de 2540 kg..

Zoomlion, um novo

player no segmento

Fundada em 1992, a Zoomlion Heavy Industry Science & Technology Co., Ltd. dedica-se principalmente ao desenvolvimento e fabrico de equipamento de alta tecnologia nas áreas da indústria de engenharia e da indústria agrícola. Como destaca Susana Vieira, da Agricortes, “visitar a fábrica da Zoomlion na China é quase como entrar num outro universo. O nível tecnológico e a capacidade de produção que a marca apresenta vão muito além do que achamos possível”. Com uma gama que compreende propostas para a construção e agricultura, a marca tinha em exposição os modelos ZS090V e ZE18GU. O primeiro é uma mini-carregadora polivalente que opera, principalmente, em obras de engenharia podendo ser equipada com mais de 200 acessórios funcionais. Com um peso em ordem de marcha de 2998 kg, a ZS090V tem 48,6 kW (66 cv) de potência e uma capacidade hidráulica high-flow aos acessórios de 123 lpm. A ZE18GU é uma mini-escavadora destinada a trabalhos de manutenção vegetal que tem um excelente desempenho em termos de segurança, fiabilidade e custos de manutenção. Tem um peso em ordem de marcha de 1800 kg e um motor de 11,8 kW (16 cv) de potência. Equipa três baldes diferentes, engate rápido e hidráulica auxiliar aos acessórios de 45 lpm para a maior versatilidade no serviço oferecido.

Da esquerda para a direita: Eduardo Almeida, comercial AgricortesMáquinas Industriais, Glenn Kan, engenheiro técnico Zoomlion, e Louca Meng, diretor comercial Zoomlion VASTA GAMA DE EQUIPAMENTOS FORRAGEIROS

MODELOS DE 40 E 50CV A CHEGAR

SEBASTIÃO MARQUES

A Agrifaia, empresa especializada na importação, distribuição e prestação de assistência a maquinaria agrícola, com sede em Torres Vedras, voltou a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura. Os tratores das marcas Dong Feng e os VST Fieldtrack, representadas em exclusivo pela Agrifaia, concentraram todas as atenções.

Marco Matos, gerente da Agrifaia, mostrou-se satisfeito com o decorrer do evento, apesar de sentir uma ligeira quebra na procura. “Nota-se o entusiasmo do público, mas, talvez, alguma retração da procura. Na verdade, esta quebra era algo que já esperávamos tendo em conta que este vem sendo um ano ligeiramente mais fraco do que o anterior”, constatou.

Apesar da menor procura sentida no evento, o gerente da empresa espera ultrapassar o número de matriculações alcançadas no ano 2022, sobretudo pelo tipo de cliente a que a Agrifaia se dedica. “Nós estamos muito vocacionados para o agricultor “de fim de semana”, pelo que, apesar de termos sentido uma procura menor no início deste ano, não foi tão acentuada como noutros segmentos mais profissionais. Até ao final do ano prevemos conseguir matricular mais 40 a 50 tratores, superando assim o ano 2022”, confidenciou.

Finalmente, no que a marcas diz respeito, o responsável considera-se

satisfeito, apesar de ainda estar à espera da homologação de modelos de maior potência. “Ao nível do nosso portfólio de marcas, estamos bastante satisfeitos com a Dong Feng e a Fieldtrack. Nesta fase, estamos a trabalhar para conseguir ter em Portugal os modelos de 40 e 50 cv de potência que nos têm feito alguma falta, pois existe procura. Esperamos conseguir ter esse processo finalizado até ao final do ano 2023”, rematou.

Motor Diesel de 3 cilindros, refrigerado a água

Potência (cv) 30 CV

Cilindrada 1.813cm3

Embraiagem dupla

Travões a seco

Caixa de velocidades 8 velocidades p/ frente + 8 p/ trás, com inversor

Transmissão Creeper-helicoidal

TDF (tomada de força) mecânica

PTO (regime de tomada de força) 540/1.000 RPM

Direção Hidroestática

AGRIFAIA.COM

VST FIELDTRACK

Modelo 927

Motor 4 cilindros

Potência 18 e 24 CV

Cilindrada 1.306 cm3

Embraiagem Embraiagem simples/dupla

Travôes Travões de disco imersos em óleo

Caixa de velocidades 6 velocidades p/ frente + 2 p/ trás

Refrigeração Arrefecimento a água

Transmissão Malha deslizante

PTO (Regime de Tomada de Força) 549/810 RPM

Direção Direção hidráulica

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POR
Agrifaia
DONG FENG DF 304 G2 4WD

Herkulis

A Herkulis, referência no mercado português em equipamentos para a floresta e agricultura, voltou a marcar presença na Feira Nacional da Agricultura. Nesta edição, o destaque foi o triturador de pedra FAE STCH.

POR SEBASTIÃO MARQUES

especial FNA

MARTELOS FIXOS PARA PEDRAS DURAS

Omodelo STCH pertence à linha de trituradores de pedra da fabricante italiana FAE e destinase a trabalhar com tratores entre os 280 e os 400 cv de potência, de preferência com superlentas. Disponível em quatro versões, consoante a largura, peso e número de martelos, conta com transmissão dupla, cardan de embraiagem, e diferencial com roda livre. Este triturador de pedras de martelos fixos tem de série um rotor

equipado com martelos STC/3+STC/ FP, patins com lâminas de penetração intercambiáveis e reguláveis em altura, e tampa traseira regulada hidraulicamente. A versão STCH/SD vem equipada com uma lâmina interna anti-desgaste suplementar.

Opcionais:

• Lâmina doseadora

• Kit estrada

• Terceiro ponto hidráulico

• Martelos STC/3/HD ou STC/3/FP

AGRIFAIA.COM
Trator (cv) Largura trabalho (mm) Largura total (mm) Peso (kg) Profundidade máxima (mm) Martelos (STC/3+STC/3/HD) STC 125 80-110 1350 1760 1850 200 26 + 4 STC/DT 150 100-220 1580 2010 2450 200 32 + 4 STC/DT 175 120-220 1820 2250 2690 200 38 + 4 STC/DT 200 130-220 2060 2490 2830 200 42 + 4

No espaço da Auto Industrial, as atenções recaíam sobre a Kuhn ou não fosse a icónica marca francesa umas das preferidas dos agricultores que valorizam a qualidade acima de tudo. Em destaque esteve a enfardadeira de câmara variável VB3155.

QUARTETO DE DESTAQUES DA KUHN DEU NAS VISTAS EM SANTARÉM

Para Miguel Vieira, “a Auto-Industrial nunca falhou uma edição da FNA e apesar de ser uma feira estática, é a mais emblemática do setor. Além disso, há sempre negócio que se pode fazer e temos de dar visibilidade à marca. No caso da Kuhn, aproveitamos para apresentar pela primeira vez as enfardadeiras de câmara variável como a VB3155. Esta foi uma moda que surgiu há uns anos, diluiu-se no tempo, mas parece que está a ressurgir aqui no continente (não tanto nas ilhas). Estas unidades que temos em exposição, destinamse mais a palha e não tanto a feno”.

mobilização ultra-superficial. Esta grade tem um peso total de 1794 kg.

“Também recente na gama da Kuhn é a gadanheira frontal com condicionador de martelos FC3125D, uma máquina que, na minha opinião, além de bonita, é muito funcional”. Esta gadanheira possui um rotor de dedos móveis de aço acionado por uma caixa de velocidades que se adapta perfeitamente a condições difíceis do terreno. Com um diâmetro de 540 mm, proporciona uma capacidade de condicionamento assinalável. Está equipada com a nova barra de corte Optidisc Elite, fácil de usar, isenta de manutenção e possui de série o sistema Fast-Fit de troca rápida de lâmina.

Lovol aposta na relação preço/qualidade

“A marca Lovol tem uma gama pequena, mas com tendência para crescer. O 75 surge pela primeira vez numa feira portuguesa, mas a gama de potências vai dos 25 cv aos 110 cv com homologação europeia. Todos os modelos, desde o 25 ao 75, estão disponíveis em versões plataforma ou cabinada. Dos 90 para cima, só cabinados. Os Lovol são tratores simples, mas robustos, com muito pouca eletrónica. A única exceção são as centralinas destes novos motores que já cumprem as normas de emissões. Os modelos 90, 100 de 110 cv já levam, inclusive, adição de AdBlue”.

Outro dos destaques da Kuhn na FNA foi a grade rápida Optimer L300, com uma largura de trabalho de 3000 mm e 24 discos de 510 mm de diâmetro. A profundidade de trabalho pode variar entre os 3 cm e os 10 cm, o que permite trabalhar com

Ainda em exposição temos o GA 4401, uma nova geração de juntadores de feno de um rotor, com 4,4 metros de largura de trabalho e uma inovadora conceção da tração. Como foi concebido para tratores de pequenas dimensões, foi dada especial atenção à redução do peso e a uma boa ergonomia”.

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Auto Industrial
POR RUI REIS
GRUPOAUTOINDUSTRIAL.PT

VINDIMADORAS AUTOMOTRIZES

Distribuidor PELLENC

GAMA COMPLETA DE MÁQUINAS PARA A VITICULTURA

PREET RENOVA GAMA AVENGER

ATractorluso teve em exposição a gama de tratores

Preet, uma marca indiana fundada em 1980, com os modelos Avenger de 26 cv. Esta é uma nova geração de tratores compactos, com consumos de combustível reduzidos, grande reserva de binário e respeito pelo ambiente. De destacar a nova capota de abertura frontal que facilita a manutenção diária e os controlos de serviço. Como refere Miguel Vieira, “tínhamos a opção de duas cores, verde e laranja, mas para vincarmos a diferença face aos anteriores modelos com as alavancas no meio das pernas que eram num tom verde vivo, optámos pelo laranja. Neste momento, todos os Avenger já vêm com alavancas laterais. A caixa passou a ser 9x3 e os eixos foram remodelados (o frontal é totalmente novo). A outra boa notícia é que, apesar das diferenças e das melhorias, os preços quase não sofreram alterações”.

MAPAS DE RENDIMENTO PARA VITICULTURA

PRÉ-PODADORAS DE PRECISÃO

PRÉ-PODADORAS

VINDIMADORAS REBOCADAS

DESPAMPANADEIRAS DE FACAS

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abolsamia julho/setembro 2023

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especial FNA
TRACTORLUSO.PT

A mini-giratória XCMG XE19E destaca-se pela elevada eficiência na gestão de energia

A RECÉM-CHEGADA XCMG DIVIDIU AS ATENÇÕES COM A CONSAGRADA

HIDROMEK

POR SEBASTIÃO MARQUES

Num espaço muito generoso onde tinha em exposição todas as marcas que representa, a CEPCAR dava natural destaque à XCMG, recém-chegada ao portfólio do grupo, e à consagrada Hidromek, marca turca que não deixa ninguém indiferente pela inegável qualidade e cuidada apresentação das suas máquinas.

AXCMG (Xuzhou Construction Machinery Group) foi fundada em 1943 na China e conta com uma gama de modelos e dimensões muito abrangente e diversificada. Em Portugal, destacam-se as mini-escavadoras, em particular os modelos da gama XE19E, 35E e 55E. O modelo de acesso, XE19E, com apenas 1795 kg de peso, destaca-se pela elevada eficiência na gestão de energia. O potente motor Kubota D782 (Euro V) e o sistema hidráulico são perfeitamente compatíveis, o que ajuda a garantir a fiabilidade da máquina e também contribui para o referido acréscimo de eficiência e economia de combustível. Com peças

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Cepcar
XCMG XE80E, uma escavadora com 8,9 toneladas de peso Ricardo Damião, CEO da Cepcar, e Luciana Marques, diretora financeira da Cepcar

estruturais reforçadas, é especialmente indicada para trabalhos de terraplanagem, construção de estradas e engenharia municipal, e permite realizar fácil e eficazmente operações de escavação e carregamento.

Apesar de só ter assumido a representação da XCMG em outubro de 2022, a CEPCAR já vendeu 110 unidades da marca, provando que esta já é uma aposta ganha. “A relação preço/ qualidade é o principal atributo da XCMG. Com mais de uma centena de unidades vendidas, apraz-nos dizer que não há um problema a registar. Os clientes estão muito surpreendidos com a qualidade do produto, com a robustez e a fiabilidade”, referiu à abolsamia Luciana Marques, uma das responsáveis da CEPCAR. Mas a XCMG não esgota a sua oferta nas mini-escavadoras, um bom exemplo é a XE80E, uma escavadora com 8,9 toneladas de peso com um balde de 0,35m3 de capacidade e uma altura máxima de operação de 8325mm e profundidade máxima de escavação de 3945mm. O motor diesel Common-rail Kubota V3307 Fase 5 com tecnologia EGR, DOC e DPF tem 3,3 litros de cilindrada e anuncia 54,6 kW (74 cv) de potência e 265 Nm de binário.

A XE80E foi concebida para enfrentar o desafio de trabalhar com eficiência mesmo em espaços confinados. A sua versatilidade é reforçada por dois circuitos hidráulicos standard (AUX1 e AUX2) e um controlo preciso do fluxo de óleo. O elevado desempenho de escavação e elevação, juntamente com um desempenho de condução suave,

tornam esta XE80E muito confortável para o operador, que conta com uma cabine com uma porta de entrada larga o que torna o acesso especialmente fácil.

Hidromek: quando a qualidade se alia à fiabilidade

O outro destaque da CEPCAR na FNA era a Hidromek, a reputada marca turca, fundada em 1978, que não deixava ninguém indiferente pela inegável qualidade geral e pelo apurado design das suas propostas. Em destaque no centro do espaço dedicado à marca estava a retroescavadora HMK 102B, um sucesso junto das empresas de construção pelas suas características de conforto e baixo consumo de combustível, graças a uma cabine muito bem equipada, a uma ergonomia estudada ao pormenor e a um motor de 4,4 litros, turbo, que disponibiliza 100 cv de potência e elevados valores de binário desde as mais baixas faixas de regime. A transmissão é totalmente automática e conta com seis marchas para a frente e três para a retaguarda. Opcionalmente, pode contar com uma função automática de lock-up do conversor de binário na 5ª e 6ª marcha. Também conta com um diferencial autoblocante (LSD) no eixo dianteiro e permite o bloqueio do diferencial traseiro, para manter a progressão em superfícies particularmente difíceis em termos de tração.

Uma das características que torna esta Hidromek 102B diferente é o desempenho superior do carregador frontal. O balde de carga 6 em 1 de 1,1 m³ de capacidade proporciona um

nível avançado de desempenho. Graças a uma cuidadosamente concebida geometria do balde, a utilização da sua capacidade total é muito mais eficaz. A lâmina de assentamento, que foi fixada com um sistema aparafusado, pode ser utilizada em ambos os lados através de uma troca fácil pelo operador e sem necessidade de manutenção.

Mais pequena em dimensões, mas não menos impressionante em termos de características e desempenho, a 62T era a novidade em maior destaque no espaço da Cepcar. Com 5,28t de peso, esta compacta retroescavadora conta com um motor turbodiesel com 2434cc, de origem Kubota, capaz de debitar 48 kW de potência (65 cv) e 199 Nm de binário. O balde 4 em 1 conta com 2,095 metros de largura e com uma capacidade de 0,45m3. Já o ator traseiro conta com um balde com uma capacidade de 0,06 m3. Um dado curioso é que a unidade em exposição já estava vendida para uma firma de construção civil e foi a primeira comercializada na Europa.

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Hidromek 102B Hidromek 62T Hidromek 62T
WWW.CEPCAR.PT

Para Bernardo Agria, responsável comercial da Forte, “esta nova gama de tratores 700 oferece mais potência e, acima de tudo, maior manobrabilidade, já que o chassis foi redesenhado de forma a permitir um maior ângulo de viragem. Apesar das dimensões, este trator tem a mesma agilidade de um Fendt 500, por exemplo. O motor de seis cilindros também é novo e deixou de ser Deutz para passar a ser Sisu”

Fendt 700 É UM SUCESSO

A grande atração da Fendt na FNA foram os tratores da gama 700, que vai dos 180 aos 300 cv de potência. Na MTS Sandei, fabricante de equipamentos para a colheita de tomate, nova representada da Forte, a AP180, máquina para abrir ruas, promete operar uma verdadeira revolução.

Fendt Cargo

Outra novidade na Fendt é a nova telescópica. “Esta diferencia-se de toda a concorrência porque permite trabalhar com uma cabine elevada. Esta solução permite uma maior visibilidade e garante uma acrescida facilidade de operação”. O espaço de exposição reservado à Fendt era particularmente “rico” e diversificado. “Temos tratores, enfardadeiras, junta pastos e gadanheiras. Ou seja, temos quase toda a gama de produtos da Fendt”. Se tivesse de escolher os principais atributos da Fendt, a escolha de Bernardo Agria seria muito clara: Esta distingue-se pela qualidade, pela eficiência no consumo de combustível e pela facilidade de utilização, assegurada por uma eletrónica especialmente intuitiva e “amiga” do utilizador, tanto nos tratores como nas alfaias, por exemplo. Tenho testado várias vezes com os clientes e, com muita facilidade e recorrendo apenas à simbologia, eles conseguem operar a máquina em pouco tempo”.

MTS Sandei, mais uma marca no portfólio do Grupo

A italiana MTS Sandei é especializada em máquinas dedicadas à apanha de tomate. A AP180 é específica para a abertura de ruas. Conta com um motor de 72 cv e a posição

de condução central em relação à barra de colheita garante uma visibilidade total. Além disso, é a única máquina de abrir ruas com uma disposição de plantação que varia entre 1,40 m e 1,60 m, graças à possibilidade de instalar uma cabeça de colheita de 1200 a 1500 mm. Pode criar até 6 ruas com uma disposição de plantação de 1500 mm e sem pisar o tomate.

MARCAS.FORTE.PT

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Forte

especial FNA

Recém-chegada ao mercado português, a TAFE é um dos principais fabricantes de tratores a nível mundial. Na FNA, o gigante indiano, representado em Portugal pelo Grupo Auto-Industrial através da empresa Sagar, estreou-se em feiras a nível europeu e apresentou o novo 6028, um mini-trator de 28 cv que se destaca pela qualidade de acabamentos e por alguns detalhes práticos que vincam o seu carácter diferenciador.

TAFE ESTREIA-SE EM FEIRAS EUROPEIAS

Amarca TAFE, que será distribuída em Portugal pelo Grupo AutoIndustrial, pertence à empresa com o mesmo nome, a TAFE –Tractors and Farm Equipment Limited, um dos principais fabricantes indianos de tratores, criado em 1960 em Chennai. Com vendas globais na ordem das 180.000 unidades por ano, a TAFE é o terceiro maior fabricante do Mundo de tratores, estando presente em mais de 100 países, e tendo fábricas na Índia e na Turquia. Curiosamente, apesar de ser um dos principais construtores mundiais, a TAFE esteve, até há pouco tempo, praticamente circunscrita ao mercado indiano e a outros mercados periféricos no sudoeste asiático, em África e em alguns países do leste europeu. No entanto, a estratégia mudou no último ano e foi assim que o encontro com a Auto-Industrial se deu.

A presença da marca na FNA foi a estreia da marca em feiras na Europa (ainda este ano estará presente na Agritechnica, em Hanover), e serviu também para dar a conhecer ao público português o novo TAFE 6028, um trator equipado com um motor Mitsubishi (em versão ROPS) de

três cilindros, 1318 cm3, com 28 cv e uma caixa de velocidades de 9 relações para a frente e 3 para trás. Outro dos argumentos é que o TAFE 6028 atinge os 25 km/h, contra os 20 km/h da concorrência.

Para José Carlos, responsável comercial da Sagar, os principais atributos do novo 6028 são a “superior qualidade dos acabamentos, as dimensões, que tornam o trator muito ágil e prático, e a tomada de força que não é totalmente mecânica, reduzindo o impacto na embraiagem e assegurando uma superior durabilidade e fiabilidade”. Em termos de preço, “os valores ainda não estão totalmente fechados, mas acreditamos que vão ficar muito, muito próximos da concorrência...”

Mas as novidades não se ficam por aqui

e, em setembro de 2023, mesmo a tempo da Agroglobal, deverão chegar os modelos TAFE de 55, 65 e 75 cv já capazes de cumprir as normas Euro V. Como referimos, a empresa responsável pela TAFE dentro do Grupo Auto-Industrial será a Sagar e a rede de concessionários, que está em desenvolvimento, deverá ter, no final de 2024, um total de 24 a 26 distribuidores. Quanto aos objetivos de vendas, a Sagar prevê que, apesar da quebra do mercado, possam rondar as 140 unidades anuais.

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POR RUI REIS
Sagar
WWW.SAGAR.PT

A TECNOLOGIA AO SERVIÇO DO AGRICULTOR

Abrilhantado pelas novidades na Pellenc, o espaço de exposição da J. Inácio reunia muitos curiosos, atraídos ainda pelas campanhas específicas da John Deere e pela crescente aposta nas tecnologias de apoio à agricultura, nomeadamente na utilização de sistemas telemétricos como o JD Link ou na criação de mapas de rendimento de vinhas e no reforço da eficiência da agricultura de precisão.

Séries 5M e 5E da John Deere com campanha especial de financiamento

Chegados ao espaço da J. Inácio na FNA, era impossível não repararmos nos cartazes alaranjados que anunciavam a campanha especial de financiamento para as Séries 5M e 5E da John Deere já com extensão da garantia PowerGard. Esta campanha, que é válida até 31 de dezembro de 2023, está isenta de comissões (abertura, gestão e cancelamento) e é válida para montantes de financiamento até 60% do PVP. Inserida no plano Lusitânia, que foi criado especificamente para o mercado Nacional, visa proporcionar condições de aquisição muito atrativas para os agricultores portugueses.

Igualmente em destaque na exposição da J. Inácio estava o trator Jonh Deere 5105 GF equipado com sistema JD Link e com ligação Isobus. Concebido para as culturas de alto valor, a série 5G está disponível em diferentes versões com distintas larguras, com ou sem cabine, e até mesmo um modelo de baixo perfil para melhor se adaptar aos ambientes agrícolas únicos das vinhas e dos pomares. Este 5105 GF pode vir equipado com um sistema de filtragem de categoria 4 e com as últimas

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J. Inácio
POR RUI REIS

evoluções tecnológicas da John Deere aplicadas à agricultura de precisão. Assim, a unidade exposta dispunha de um recetor de GPS StarFire, que utiliza a sua própria rede mundial de estações de referência e oferece uma excelente precisão de sinal, um monitor tátil com ligação Isobus (certificação AEF) e um sistema telemétrico JD Link, com conetividade bidirecional para o carregamento automático dos dados das culturas e das máquinas no John Deere Operations Center™ e para a monitorização remota em tempo real. Com este sistema, poderá estar ligado em permanência ao trabalho em curso e fazer ajustes atempados para que tudo se mantenha operacional, quer esteja a lavrar, a plantar, a aplicar, a colher, ou a gerir a sua frota de tratores.

Pellenc, eficiência e eficácia nas vindimas

Mantendo a toada do restante espaço criado pela J. Inácio, onde a agricultura de precisão e as máquinas dedicadas à viticultura detinham o protagonismo, a Pellenc mostrava a vindimadora rebocada da linha Grapes Line. Com um controlo muito intuitivo a partir da cabine do trator, a gama Grapes Line inclui ainda uma série de funcionalidades para ajudar o operador (dependendo da versão) como a deteção do solo para permitir colher até ao nível mais baixo, o limite de altura e paragens nas cabeceiras, um contador de hectares, a visualização instantânea da inclinação lateral, a percentagem de inclinação, a altura da máquina ou o nível de enchimento do tegão. Além

disso, esta gama de vindimadoras é mais manobrável e o engate do trator é independente da máquina para facilitar as viragens. A tração Auto-Torque regula automaticamente a potência fornecida às rodas motrizes, mesmo durante as viragens. Já o sistema “Activ” alinha automaticamente a cabeça de colheita na faixa para otimizar a eficácia da sacudidela. Reconhecidas pela sua eficiência, as vindimadoras Pellenc Grapes Line estão equipadas com a função Eco Power que otimiza a velocidade da tomada de força em função das necessidades hidráulicas da máquina, promovendo uma redução evidente do consumo de combustível. Esta geração de vindimadoras, também permite a criação de precisos mapas de rendimento das vinhas, uma ferramenta igualmente essencial na moderna viticultura de precisão, e que tem como objetivo melhorar o rendimento económico quer pelo aumento da produtividade e/ou qualidade quer pela redução dos custos de produção.

Pellenc Optimum

Ao passar pelo stand da J. Inácio não havia curioso ou profissional que não parasse para observar a vindimadora multifunções automotriz Optimum L4. A gama de máquinas de vindimar Optimum oferece-lhe o melhor da tecnologia Pellenc. Disponível em diferentes versões, nesta L4, o impacto visual começa logo na cabine. Espaçosa, ergonómica, climatizada e bem equipada, conta com um banco pneumático Grammer aquecido e ventilado. A cabine panorâmica assegura uma excelente visibilidade sobre a entrada na fila. A capacidade do tegão é de 4.000 litros e a altura de descarga é superior a 3 metros. A L4 conta também com o já abordado sistema Activ.

Em termos de manobrabilidade, a direção Easy Turn permite um ângulo de viragem de 95°.

Por fim, o motor Perkins tem regulação automática do regime em função das necessidades hidráulicas, o que, de acordo com o fabricante, garante uma poupança de combustível de até 43% por hectare.

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JINACIOLDA.PT

Jopauto

A Jopauto apresentou ao público na FNA de 2023 um protótipo que promete revolucionar a segurança no trabalho das vinhas do Douro. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD ) no âmbito do Programa Portugal 2020. Daniel Lopes, responsável comercial da Jopauto e gestor do projeto, explicounos todo o processo de desenvolvimento.

POR SEBASTIÃO MARQUES

SOLUÇÃO ANTI-CAPOTAMENTO PARA VINHATEIROS ESTREITOS

Um protótipo que promete revolucionar a segurança no trabalho dos tratores nos patamares cada vez mais estreitos das vinhas do Douro.

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As rodas montadas nos estabilizadores são maciças, utilizadas normalmente em empilhadores. A escolha deveu-se ao receio de rodas pneumáticas poderem não ter robustez suficiente para suportar todo o peso NORTE-01-0247-FEDER-072628

Regulador de fluxo que permite que o óleo da central hidráulica seja prioritário e na quantidade certa para a ativação do dispositivo anti-capotamento

PROFESSOR

FERNANDO SANTOS DEPARTAMENTO DEAGRONOMIA DA UTAD

C“ada vez mais videiras por hectare”, esta tem sido uma tendência nas vinhas do Douro que obriga a patamares cada vez mais estreitos. Num contexto que já era desafiante para qualquer operador de trator, quer pela falta de espaço para manobras, quer pela inclinação, esta nova realidade tem causado ainda mais acidentes, muitas vezes mortais. Foi pelo convívio diário com estas dificuldades que o professor Fernando Santos, da UTAD, e Daniel Lopes, juntaram esforços para encontrar uma solução. “Há já vários anos que pensava e estudava uma solução que permitisse conferir maior estabilidade aos tratores que trabalham no Douro. Quando surgiu a oportunidade de lançar um projeto inserido no Programa Portugal 2020, desafiei o Daniel e a Jopauto, e avançámos”, contou o Professor.

Daniel Lopes, em contacto diário com operadores, explica em detalhe as dificuldades por estes vividas. “O projeto surgiu da dificuldade que sentíamos em operar tratores estreitos com alfaias montadas à frente, como despontadoras ou pré-podadoras, no Douro. Estas alfaias trabalham em offset e, por isso, nos movimentos de viragem de patamar para patamar, — quando o trator está a trabalhar com a alfaia offset e apanha um relevo acentuado do lado contrário (pedra grande, monte de terra), tem tendência a tombar, porque o centro de gravidade fica completamente desequilibrado

A solução encontrada

Após muitas horas de estudo e testagem, a solução encontrada para trazer maior

O maior desafio foi conseguir montar todo o sistema dentro de uma largura máxima de 1,30m

segurança ao operador, impedindo que o trator capote, foi o protótipo presente na FNA depois de diversos reajustes ao modelo original. Tem como plataforma um trator New Holland T3.80, as jantes e os pneus foram projetados pela Jopauto e construídos pela Vasil Pneus - feitos à medida para se atingir um máximo de 1,30m de largura total. A plataforma foi serrada nos guarda-lamas para que ficassem por dentro do pneu, de forma a evitar que se partissem. O eixo dianteiro foi retificado e ficou mais estreito, aproveitando também para alterar as ponteiras de direção. A transmissão também teve de ser alterada pois aquando da alteração dos pneumáticos, o rapport da transmissão deixou de ser cumprido, sendo ainda necessário alterar o grupo cónico – a relação deste teve de ser feita à medida para esta medida de pneus (320/70 20 atrás e 20070 16 à frente). A cabine é uma Torincab feita à medida, de

Portugal 2020

O consórcio para o desenvolvimento do projeto é composto pela Jopauto e a UTAD, nomeadamente o Departamento de Mecanização Agrícola, encabeçado pelo professor Fernando Santos, e apoio do departamento de Engenharia Mecânica, que investiu num software que permitiu simular a estabilidade do equipamento. O projeto está enquadrado no Programa Portugal 2020. Na Jopauto esteve a equipa técnica, composta por: Henrique Borges, Daniel Santos e Daniel Lopes.

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especial FNA

Pode ser montado em tratores de outras marcas e idades?

Sim, desde que exista uma estrutura de arco de segurança onde se possa fixar a amarração, ou, em caso de tratores cabinados de fábrica, percebendo onde poderá ser fixada esta amarração.

modo a ficar “dentro” da plataforma. A amarração do elemento estabilizador foi feita na estrutura do arco de segurança –numa primeira fase havia a intenção de que os cilindros abrissem lateralmente, mas não existia nenhum ponto na parte de baixo da plataforma do trator onde fosse possível fixar a amarração. Assim, depois de verificada a capacidade de resistência da estrutura do arco de segurança, foi projetada uma peça que aí encaixasse.

Como funciona

O protótipo é composto por dois estabilizadores com rodas localizados um de cada lado do trator, que disparam em direção ao solo quando ativados, evitando que o trator capote. Existem dois modos de trabalho: automático e manual. “Queríamos um sistema que pudesse trabalhar tanto em modo manual como automático. Basicamente, no modo automático, existe um sensor de inclinação, que pode ser programado pelo operador dependendo do tipo de terreno e de alfaia, para que os estabilizadores disparem quando é detetada uma inclinação média superior a 20 ou 25% (dependendo da programação escolhida)”, explicou Daniel Lopes.

“Além do modo de trabalho automático, incluímos um manual. Esta opção destina-se a situações específicas. Por exemplo, dentro de uma vinha muito estreita, se o estabilizador estiver programado para disparar quando o trator fica com um índice de inclinação de 20%, e surgir um buraco que faça com que esse valor seja atingido, mas não coloque o operador em perigo, pode fazer com que o trator fique preso ou que as plantas sejam

A produção em massa deste equipamento é possível e estará apenas dependente de um estudo que permita adaptar a fixação a cada modelo, visto que todo o restante sistema será igual

Salvar vidas:

danificadas. Assim, o operador tem a liberdade de escolha para que o estabilizador não abra em determinadas situações”, resumiu.

Abertura num só movimento

A velocidade de acionamento do sistema é uma das principais condicionantes para que o equipamento seja eficaz e obrigou mesmo a repensar todo o mecanismo. “Numa primeira fase projetámos a abertura do elemento em dois movimentos – lateralmente e, depois, para baixo, em direção ao chão. No entanto, após testarmos em campo o primeiro protótipo acabámos por decidir que teria de abrir de forma mais rápida. Assim, construímos uma articulação mecânica

Quando estará disponível para venda?

O processo de homologação deverá partir da parceria com um fabricante e é nesse sentido que a Jopauto irá trabalhar no futuro para conseguir lançar o kit no mercado.

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“No contexto da vinha de montanha, é muito importante reduzir o número de acidentes mortais que temos todos os anos. O nosso foco em conjunto com a UTAD foi encontrar uma forma de evitar este tipo de acidentes, salvando vidas humanas.”
Jopauto
DANIEL
LOPES RESPONSÁVEL COMERCIAL DA JOPAUTO

Os pneus e as jantes foram feitas à medida e os guardalamas serrados para ficarem por dentro dos pneus

Preço?

Ainda não existe um preço final pois a máquina em exibição tratava-se de um protótipo mas pela estimativa dos responsáveis do projeto, o preço final poderá rondar entre os 7.000 e os 10.000€.

que faz com que, de cada vez que o cilindro hidráulico abre, a articulação faça descer a roda na diagonal com um só movimento. O objetivo é que os estabilizadores abram 70 cm para fora da roda (largura mínima para garantir que o trator não capote), e que, quando recolhido, fique completamente dentro da largura do trator”.

Hidráulico

Além do desenho do mecanismo, a velocidade do mesmo está também dependente do fluxo de óleo disponível, motivo pelo qual a Jopauto recomenda a existência de uma central externa montada na traseira do trator. “A velocidade de acionamento dos estabilizadores depende do regulador de fluxo do óleo, ou seja, quanto maior o fluxo, maior a velocidade de atuação. Tendo isto em conta, acoplámos atrás uma bomba hidráulica independente, que também confere mais estabilidade ao trator, e um refrigerador grande independente, válvula de pressão, e regulador de pressão e fluxo, para garantirmos que os estabilizadores seriam abastecidos de óleo pela central e não pelo trator. A necessidade mínima deste protótipo são 25 litros.”

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Sotrac

AHinomoto foi uma das primeiras marcas japonesas a aparecer no mercado português. Começou a ser demonstrada em Portugal em 1971 e é, desde há 3 anos, detida pela Sotrac para a Europa. No mercado nacional, a Hinomoto tem modelos fabricados na Coreia (os 255 e 395, por exemplo), mas com características específicas para Portugal e que resultam de solicitações da própria Sotrac. Um dos modelos de maior sucesso da marca é o Startrac 263 4WD que, na FNA, estava exposto nos tons de vermelho ou preto. Esta é uma máquina equipada com um motor diesel de 3 cilindros de 25 cv, com uma capacidade de 1319 cm3, com uma caixa de velocidades mecânica e direção assistida. O 263 é o trator ideal para trabalhar na fruticultura, nas plantações, nas vinhas ou nos serviços municipais, graças a uma vasta gama de pneus especializados. Além disso, possui um engate traseiro de 3 pontos com uma capacidade de elevação de 600 kg e controlo automático da profundidade de trabalho. A caixa de velocidades mecânica tem 9 mudanças para a frente e 3 mudanças para trás. O Startrac 263 está ainda equipado com uma barra de segurança, um travão de mão com alavanca, um assento confortável com cinto de segurança e saídas hidráulicas adicionais (2 peças) situadas atrás do banco do condutor.

Ainda durante a Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, a Sotrac apresentou pela primeira vez um modelo Hinomoto sino-japonês, o HM 275, com as características e a tradicional qualidade japonesa, mas produzido na China. Este Mini-trator destaca-se pela ergonomia, com uma plataforma plana, mudanças do lado direito e um painel digital. Com 26 cv de potência, este acabará por ser a escolha de muitos clientes particulares e utilizadores ocasionais.

HINOMOTO DIVIDE O FOCO DE ATENÇÃO COM A HATTAT TRAKTÖR

No chamativo espaço de exposição da Sotrac na FNA, o destaque era dividido entre a Hattat Traktör, uma marca turca com uma gama de tratores entre os 50 e os 125 cv de potência, e a reputada Hinomoto, marca japonesa que é detida pela Sotrac.

Da esquerda para a direita: Severino Olímpio, gerente da Sotrac, Serkan Ergul, diretor de exportação da Hattat, Fernando Martins e Fernando Cunha, responsáveis comerciais da Sotrac

Este é um segmento de mercado de extrema importância em Portugal porque sofre menos flutuações nas vendas, um dado especialmente relevante quando sabemos que o mercado global está a cair quase 30%.

Hattat, o gigante turco

Presente em mais de 80 países, a Hattat Traktör passou a ser representada em Portugal pela Sotrac. Sediado no lado “europeu” de Istambul, o gigante turco tem uma ampla gama de modelos que se diferenciam pela excelente relação preço/ equipamento/qualidade. No espaço da Sotrac, a Hattat tinha em exposição o modelo B3085 4WD, integrado na Série Orchard, um trator de 75 cv (55 kW) de potência e 375 Nm de binário equipado com um motor de quatro cilindros, 2797cm3 de cilindrada, que já cumpre a Fase V. A caixa tem 12 relações para a frente e as mesmas 12 para a retaguarda. O peso é de 2800 kg e a capacidade máxima de levantamento é de 3000 kg. Compacto (3920 mm de comprimento) e muito ágil, o B3085 4WD proporciona condições de trabalho ideais para hortas e jardins, graças à sua elevada distância ao solo, mas baixa altura total. Muito eficiente, graças aos evoluídos motores Perkins com sistema commonrail, esta proposta da Hattat poupa no combustível, mas não no desempenho.

HTTPS://SOTRAC.NET/INDEX.PHP/AGRICOLA/

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Em cima: Hinomoto HM 275; em baixo: Startrac 263 4WD

Tractomoz

ALUGUER DE TRATORES E ALFAIAS À MEDIDA DO CLIENTE

A Rentalmoz, empresa do Grupo Tractomoz especializada no serviço de aluguer de tratores e equipamentos, foi o principal foco das atenções, com uma oferta recheada e adaptável a qualquer tipo de necessidade. Os ATV da CF Moto e da Segway também estiveram presentes com modelos especialmente desenhados para uso profissional.

últimos anos, com a expansão crescente no nosso país das culturas perenes, como vinha, olival e amendoal, a empresa de Estremoz tem vindo a acompanhar a tendência, acrescentando marcas especialistas nestas culturas.

Rentalmoz, aluguer de tratores e alfaias

“O aluguer é um serviço cada vez mais procurado pelos clientes agrícolas, seja na prestação de serviços, seja para situações em que não existe trabalho para o ano inteiro, acabando por ser uma solução financeiramente mais interessante”, explicou Gabriel Brasileiro, comercial da Tractomoz. Dedicada ao aluguer de tratores e alfaias, de curta ou média duração, à medida dos clientes, a oferta da Rentalmoz inclui seguro e pacote de manutenção com extensão de garantia. Tudo sem operador. Entre os conjuntos disponíveis para aluguer presentes no certame contava-se um John Deere 5100G acoplado a um semeador pneumático Maschio Diretta V para sementeira direta em culturas permanentes, como vinha, olival ou amendoal.

ATVs para trabalho em explorações agrícolas

Os ATVs, veículos com cada vez maior procura no nosso país e crescente utilização profissional em explorações agrícolas, a Tractomoz teve em destaque dois modelos “de trabalho”, com

construção mais robusta, menos extras, e excelente relação qualidade/preço: a CForce 450 da CFMoto, com 450 cc e jantes em ferro, e a Segway Snarler AT6 ST, tema de capa da edição 136 da revista.

Gama para culturas especializadas

Na Gregoire, fabricante especialista em equipamentos para colheita e tratamentos da vinha, olival e amendoal, o destaque foi a vindimadora GX9.6, com aptidão para vinha, amendoal e olival. É atualmente a maior máquina que a Gregoire fabrica, com capacidade para colher até 32 toneladas por hectare a uma velocidade de 3,2 km/h.

Também presente esteve a Jumar, fabricante de máquinas para poda e prépoda de olival intensivo e super intensivo, amendoal intensivo e super intensivo.

A Tractomoz sempre contou entre as suas fileiras com um portfólio de marcas rico para todo o tipo de trabalhos agrícolas. Nos

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SEBASTIÃO
POR
MARQUES
FNA
especial
TRACTOMOZ.COM

UMA MARCA QUE

DISPENSA APRESENTAÇÕES

Com um dos espaços de exposição mais impressionantes e completos do recinto da FNA, a Kubota tinha muitas novidades em destaque entre pulverizadores rebocados e os tratores, incluindo uma atrativa campanha de financiamento específica para os tratores da série M6.

Começando exatamente pela campanha que abrange os novos tratores M6, com uma gama de potências entre os 120 cv e os 140 cv, com mais 20 cv de boost, esta compreende a oferta de cinco anos de garantia ou 5 mil horas, quatro anos sem juros (com 50% de entrada). Esta campanha também resulta numa ajuda ao agricultor numa altura em que as taxas de juro continuam a aumentar e penalizam quem pretende adquirir um trator novo.

Em relação à gama M6, este trator não vem substituir nenhum outro, mas antes complementar a oferta. Tem a mesma distância entre eixos e a mesma potência da Série GX, que se passou a chamar M6001 Utility, sendo o M6 um trator muito mais robusto, para trabalhos mais pesados e que se adapta a qualquer grande empresa agrícola. Tecnicamente, este trator dispõe de

suspensão dianteira e na cabine, sendo por isso extremamente confortável, e tem ainda uma caixa de velocidades que lhe permite atingir os 40 km/h.

No caso da unidade exposta, tinha um carregador MX Kubota, fruto de uma parceria com a marca MX, um reconhecido construtor francês. Contava também com um sistema Bi-Speed que permite ao trator um raio de viragem muito mais curto e, logo, uma maior agilidade nas manobras.

Equipado com um motor Diesel de quatro cilindros, com 6124cc, esta gama conta com uma caixa powershift (robotizada) de 24F/24T de série ou, como opcional, com grupo creeper de 32F/32T, com superlentas. Em relação ao boost acima mencionado, esta é uma potência adicional em transporte e resulta da gestão eletrónica da caixa e do motor. Quando estes detetam que os 120

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Tratores Ibéricos
POR RUI REIS

cv estão a precisar de um auxílio “extra”, numa subida por exemplo, a gestão de motor proporciona 20 cv adicionais durante um determinado período de

tempo. O mesmo se passa na versão de 140 cv que pode passar, momentaneamente, para os 160 cv de potência.

Já em relação ao renovado M5, esta geração tem um capot diferente e passa a vir equipado com o motor de fase V com adição de AdBlue. No final do ano passará a estar disponível com suspensão no eixo-dianteiro. A cabine é herdada da anterior geração e o motor mantém as mesmas características em termos de potência e binário, com versões entre os 73 cv e os 105 cv.

Pulverizadores rebocados

A gama de pulverizadores rebocados Kubota, que resultou da aquisição a 100% da marca

Fede, sedeada em Valência, Espanha, é fruto da crença da empresa japonesa de que a tecnologia e as culturas especiais são o futuro da agricultura. A Fede, pela elevada capacidade tecnológica e o knowhow adquirido ao longo dos anos, garante aos utilizadores o acesso a todos os dados sobre o tratamento que está a efetuar e uma poupança significativa de combustível. No caso do modelo XTA 2220, pode trabalhar com uma potência equivalente a 40 cv, uma exigência muito baixa face aos concorrentes, e com isso poupar muito gasóleo ao trator que o vai operar. Além disso, estes pulverizadores dispõem de um sistema H3O que permite uma poupança significativa em termos de deriva ou perda de produto (até menos 50% e uma redução de até 25% no uso de pesticidas). Dependendo da massa foliar em que vai ser feita a aplicação dos fitofármacos, o programa indica exatamente a quantidade de calda a aplicar por hectare. O equipamento tem um chassis próprio, produzido pela Fede que, no caso da unidade em exposição, contava com incorporador de produto, agitador duplo, e um grupo de ar com 90 cm de diâmetro. Tem ainda a possibilidade de ajuste de saída e uma ou duas filas de bicos - todos anti-gota e de débito variável. O próprio grupo de ar tem duas velocidades, podendo esta máquina fazer aplicações a 440 ou 480 rpm. O depósito tem 2000 litros de capacidade, mas a Kubota tem versões com capacidades entre os 1000 e os 4000 litros. Este XTA 2220 é de uma gama média, mas existem versões

mais pequenas, com turbinas reduzidas (80 cm) e um débito mais baixo, especialmente indicadas para as vinhas. Mas também estão disponíveis unidades com grupos de ar de um 1 metro de diâmetro e que permitem fazer pulverizações a 9 metros de altura, em nogueiras, por exemplo. A Kubota também tem ainda nebulizadores (XTA 6320), pensados para as vinhas, que permitem fazer duas linhas de cada vez. Têm um débito mais baixo e o grupo de ar faz a canalização por condutas, permitindo aplicar o produto de uma forma muito eficiente e em duas carreiras em simultâneo. Este também permite a rastreabilidade dos dados, através do mesmo sistema H3O, permitindo saber em que dia foi feita a aplicação, a quantidade, o mapeamento da parcela, a rotação e a velocidade de trabalho. Até permite verificar se o trabalho está a ser bem feito ou não, já que o sistema indica a vermelho as parcelas onde será necessário repetir o procedimento. Isto possibilita criar um caderno de campo digital que, cada vez mais, será uma necessidade ou até uma imposição.

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Kubota M6-142
HTTPS://TRACTORES-IBERICOS.KUBOTADISTRIBUIDOR.PT

Outras presenças

FNA 2023

Foram várias as empresas que expuseram os seus equipamentos no Centro de Exposições de Santarém, com notório destaque para os mais variados clientes abolsamia. Trouxeram as mais recentes novidades, dando ainda mais cor à 59ª edição da Feira Nacional de Agricultura.

COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E AUTOMÓVEIS, S.A. SEDE SÃO JOÃO DA PESQUEIRA T. 254 489 150 FILIAL VILA REAL T. 259 342 147 GERAL@JOPAUTO.PT WWW.JOPAUTO.PT PRÉ-PODADORAS • AMPARADORAS • DESPONTADORAS • MÁQUINA DE TIRAR VIDES • ENTRE CEPAS • ESLADROADORAS CONCESSIONÁRIO DESLADROADORA SRB22 AMPARADORA PA5000S ENTRE CEPAS MULTICLEAN PULVERIZADOR RECICLADOR ENTRE CEPAS RADIUS SL PLUS SEAC SIVA Agroribatejo AJAP Agrimiranda Agrogaspares VEJA O ÁLBUM
FOTOS ABOLSAMIA
especial FNA
Tractoponte Stagric Borrego, Leonor & Irmão ANEFA AFN Prata Expansão Bluemotor Peixoto & Peixoto Dieci Portugal

experiência!

Realizado no final de maio, altura em que os trabalhos de campo concentram todas as atenções dos agricultores, a Ascendum Agro,

iniciativa nasceu em 2015, chegou a Portugal pela primeira vez em 2018, continuou em 2019, e foi interrompida pela pandemia desde aí. Em 2023, aproveitando a passagem do “camião stand” pelo país vizinho, a Ascendum Agro, empresa que representa a marca finlandesa em Portugal, decidiu trazer de novo o Valtra Smart Tour ao nosso país.com o apoio do seu concessionário da zona – a Agrogasparesconseguiu atrair mais de 100 agricultores profissionais. Tal como explicou João Pimenta, Diretor Geral da Ascendum Agro, esta foi a “oportunidade de dar a experimentar as novidades da marca. Com uma amostra do que de melhor a Valtra tem. Acreditamos muito na experiência de condução. Estamos num setor em que o cliente não gosta de comprar sem experimentar. Proporcionar a oportunidade ao agricultor de experimentar os nossos tratores é ótimo para nós e para o cliente”.

VEJA O VÍDEO VEJA O ÁLBUM SÉRIE Q 62 abolsamia julho / setembro 2023 www.abolsamia.pt

FOTOS ABOLSAMIA Smart Tour
Valtra A
O stand interativo sobre rodas da marca finlandesa voltou a Portugal no dia 24 de maio, mais concretamente à Quinta da Cardiga, na Golegã. Acompanhado por cinco tratores, entre os quais se destacou o Série Q, e vários técnicos e especialistas da Valtra, recebeu mais de 100 agricultores profissionais, que aproveitaram para experienciar o que a marca tem de melhor. POR SEBASTIÃO MARQUES

Feiras e Eventos

Presentes estiveram os modelos A, G, N, T e Q. Vasco Pombas, Gestor de Vendas da Ascendum Agro, fez a apresentação de cada um dos tratores que depois se encaminharam para a respetiva pista para que os presentes pudessem ter a experiência de condução Valtra. O N equipava com uma grade rápida Amazone, o T com um semeador Horsch Express, e o Q com uma grade de discos Herculano.

Um trator que chegou para preencher o segmento de potência entre as Séries T e S

Começando nos 230 e indo até aos 305 cv, num total de cinco modelos – Q225, Q245, Q265, Q285 e Q305, o Valtra Q é um trator completamente novo mas que mantém todas as características a que a marca habituou os seus clientes. A propulsão é assegurada por um motor Agco Power Fase V de 6 cilindros, com 7,4 litros de capacidade, que fornece um binário máximo constante entre as 1000 e as 1500 rpm. Uma das principais novidades é transmissão de variação contínua escolhida: apesar da marca dispôr da transmissão Direct (aplicada aos N e T), optou pela transmissão ML260 do Grupo Agco que é usada na Série S da Valtra porque constitui uma solução mais adequada ao escalão de potência que é coberto pela série Q. Esta caixa permite alcançar uma velocidade máxima de 50 km/h. Em modo EcoPower, a mesma velocidade pode ser alcançada a um regime de 1500 rpm. Como opcional, a marca mantém a possibilidade de inversão do posto de condução (TwinTrac), carregador frontal, assim como o eixo dianteiro com suspensão pneumática Aires. Mas a lista de opcionais é muito mais extensa. Um kit para ajuste automático da pressão dos pneus da PTG e, através do Unlimited Studio, a Valtra oferece aos clientes a possibilidade de configurar os Q com um sistema automático de lubrificação central que, através de uma instalação de tubagens, leva massa a todos os pontos de lubrificação. O Valtra Q305 foi candidato ao Tractor of the Year®.

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SÉRIE A SÉRIE G SÉRIE N SÉRIE T

Valtra Smart Tour

1º em Portugal

Já são dois os Valtra Q entregues em Portugal e um deles esteve presente no evento. Com 250 horas de trabalho realizadas, o trator é propriedade de Paulo Caseiro, um dos maiores orizicultores do país e cliente Valtra há mais de 20 anos.

“Já tive mais de 10 tratores Valtra. Comecei com o 4000, passei pelo 6800, 8600, 8950, um T, um S… agora cheguei ao Q. Tentamos estar sempre na “linha da frente” no que aos tratores diz respeito. Já leva 250 horas de trabalho. As principais melhorias que encontro estão na caixa de velocidades e no consumo. É um trator muito equilibrado e de excelência. Temos um S394 e

este, apesar de ter menos 100 cv de potência, não se fica atrás”, contou.

Agricultura de precisão

O evento serviu ainda para a Valtra dar a experimentar toda a tecnologia proposta no seu portfólio, com destaque para: autoguiamento ValtraGuide, telemetria ValtraConnect, gestão de tarefas TaskDoc e gestão de cabeceiras Auto U-Pilot. Mais recentemente, a Valtra adicionou ao seu leque de ferramentas para agricultura de precisão a funcionalidade SmartTurn, que permite fazer a viragem nas cabeceiras de forma totalmente automática, sem que o operador tenha de tocar no volante.

“O Smart Tour começou no ano 2015 e é uma forma de estarmos perto do cliente final, visto que nem todos têm a possibilidade de visitar a nossa fábrica na Finlândia. O intuito é não apenas mostrar os nossos produtos, mas também dar aos clientes a possibilidade de os experimentarem em condições de trabalho. É uma iniciativa anual e que decorre em toda a Europa. Este ano começámos na Finlândia, depois fomos para a Suécia, Noruega, Dinamarca, França, Alemanha, Espanha, Portugal. Depois voltaremos a Espanha e França”.

Paulo Caseiro, comprador do 1º Valtra Q a chegar a Portugal acompanhado de João Pimenta
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Pelarigo

UMA INICIATIVA QUE JÁ COLHE OS SEUS LOUROS

O Grupo Pelarigo realizou, com o apoio de algumas associações e da CM Salvaterra de Magos, a 1ª edição do Open Day da Batata. Um evento que teve a batata como ponto central de análise mas que também contou com algumas demonstrações de colhedoras da Grimme e dos tratores da Kubota.

VEJA O
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FOTOS ABOLSAMIA
ÁLBUM
POR HUGO NEVES

No passado dia 18 de maio realizou-se, em Salvaterra de Magos, a 1ª edição do Open Day da Batata, projeto pioneiro em Portugal idealizado e concretizado pelo Grupo Pelarigo. O evento atraiu mais de 200 pessoas e reuniu representantes da Grimme e da Kubota – marcas de máquinas agrícolas representadas pela empresa de Bruno Pelarigo – entre outras entidades ligadas à produção, como a PorBatata ou o COTHN. O certame foi montado em frente à Estrada Nacional 118 e a afluência de interessados em

Feiras e Eventos

temas como Soluções técnicas na cultura da batata, Campanha da batata portuguesa 2023 ou Perspetivas da produção nacional foi grande.

Especialista nos fatores de produção, a Pelarigo está, segundo o CEO Bruno Pelarigo, “cada vez mais ligada a todo o ciclo das necessidades profissionais”, que inclui também a maquinaria necessária para poder oferecer aos agricultores da zona e restantes clientes o conjunto de soluções “de forma que estes consigam produzir mais com menos”.

A Grimme SV260, colhedora rebocada de 2 linhas, apta para a cultura da batata, cenoura, entre outras, foi uma das novidades apresentadas no evento

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Bruno Pelarigo, CEO da Pelarigo & Filhos, Lda.

Pelarigo

NOVA DINÂMICA

No caso da Grimme, a Pelarigo passou a representar a marca alemã em Portugal e adotou uma estratégia diferente da seguida até então. “Procurámos darlhe uma nova dinâmica, focando-nos num aspeto ao qual devemos dar muita atenção: o timing do escoamento do produto. Temos áreas de batata onde, em certos momentos da campanha, o calor aperta e é crucial que tenhamos um tempo de colheita rápido para a batata não perder qualidade”, explicou Bruno Pelarigo, acrescentando: “Em razão disso, adquirimos e colocámos no mercado três máquinas, uma mais tradicional e duas novidades no nosso país: a SV260, que está preparada não só para a batata, mas também para outras culturas como

sofrer uma transferência de mercado de exportação para indústria. Isto leva a que a batata não tenha de ser acondicionada no campo em sacos pequenos, passase a trabalhar com a batata a granel. A Grimme tem a solução ideal, a RH, que permite ao agricultor colher a batata, descarregá-la para uma banheira lateral, fazendo essa a descarga no bunker. Não é preciso parar para efetuar descargas.” Konrad Broxtermann, representante da Grimme, mostrou-se agradado com o trabalho da equipa Pelarigo. “Vimos de 20 anos neste mercado, o nosso anterior importador fez um grande desenvolvimento da nossa marca. Mas tudo tem o seu tempo. Agora, a mentalidade é nova e a equipa Pelarigo tem feito crescer a nossa marca, mostra uma capacidade forte em mexer com o mercado. As vendas correspondem às expetativas e, nos próximos 5 anos, pretendemos desenvolver essa confiança dos agricultores, juntamente com a Pelarigo, com outras associações importantes como a PorBatata”, explicou.

TER NO CLIENTE UM AMIGO

Já no que toca à Kubota, Bruno Pelarigo considera que a sua empresa ajudou a dar à marca na região “a importância que ela tem.” “A Kubota tem feito um caminho no sentido de aumentar a potência. E aqui foi um juntar de sinergias, o agricultor precisa da Grimme mas também de um trator”, indicou o CEO da Pelarigo, fazendo depois uma avaliação positiva à sua representação da marca: “Os resultados são positivos pois, em dois anos de relação com a Kubota, já ultrapassámos as 30 matrículas. Está a ser tudo muito bem trabalhado, estamos a fazer o nosso caminho e temos aqui uma mais-valia: a nossa relação de proximidade com o agricultor. Nós não temos um cliente, temos um amigo.”

a cenoura, que está cá em exposição; e a outra é a topo de gama da Grimme, a EVO 290, uma máquina com maior tegão, de 9 toneladas, o que irá permitir uma maior eficiência e rapidez na colheita para o agricultor.” Presente no evento esteve também a RH, máquina que vai ao encontro das mudanças abordadas num debate em mesa-redonda realizado durante o evento: “Ouvimos neste Open Day que o mercado da batata está a

CAMINHO A PERCORRER

Um dos presentes no Open Day da Batata foi Bruno Pignatelli, Gerente da Tratores Ibéricos, que fez um balanço positivo do trabalho da Pelarigo com a Kubota. “Precisávamos de uma presença mais forte na zona do Ribatejo, onde estamos agora a estender os nossos braços comerciais. Os resultados estão

dentro do previsto. Vejo a Pelarigo contente com a Kubota e precisamos de seguir em frente”, explicou Pignatelli. Por fim, o gerente da Tratores Ibéricos, que se fez acompanhar no evento do gestor comercial, Paulo Vieira, lembrou que a marca “tem uma gama cada vez mais completa, não só de tratores, mas também alfaias, e está a trabalhar no sentido de ter potências cada vez mais elevadas.”

CONCESSIONÁRIO COM CENTRO TECNOLÓGICO E DE INOVAÇÃO

Em conversa com abolsamia, Bruno Pelarigo foi questionado sobre a aposta da empresa na tecnologia e formação dada aos colaboradores. “A formação e a tecnologia são uma preocupação da Pelarigo e aproveito para dizer que adquirimos instalações para criar em Portugal o primeiro concessionário com um Centro Tecnológico e de Inovação de acompanhamento ao agricultor. Existem marcas de tratores mais lançadas nesse capítulo, mas nós, concessionários, que somos os últimos a entrar no mercado, temos garra para puxar pelas marcas, de forma a darem-nos mais valências, como é o caso da formação. Para podermos apresentar ao agricultor um serviço de excelência e de maior proximidade”, revelou.

68 abolsamia julho / setembro 2023 www.abolsamia.pt
A tremonha de receção Grimme RH foi outro dos equipamentos apresentados que prometem revolucionar o mercado da batata em Portugal

PORTUGAL TRACTORMINHO

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A Rubroprod realizou a 1ª demonstração de colhedoras de batatas ROPA, modelos Keiler I e Keiler II, em Portugal, em Foros de Salvaterra. O evento realizado no final de maio contou com mais de 100 convidados, que aproveitaram para conhecer de perto as qualidades das máquinas fabricadas no sul da Alemanha. abolsamia esteve presente e entrevistou Pedro Batalha, gerente da Rubroprod e Ruben Pitz, responsável técnico da ROPA.

Qualidade alemã à prova no Ribatejo

Há quantos anos a ROPA é representada em Portugal pela Rubroprod?

Iniciámos a representação da ROPA em Portugal há sensivelmente 5 anos. A ROPA é uma marca com reputação mundial criada, inicialmente, para o setor dos equipamentos para a beterraba. Mais tarde, afirmou-se também como um player mundial nas máquinas para a cultura da batata, tendo atingido uma quota de mercado superior a 50% na Alemanha. Em Portugal, estimamos que tenha já 25%

70 abolsamia julho / setembro 2023 www.abolsamia.pt Rubroprod
POR SEBASTIÃO MARQUES ENTREVISTA A PEDRO BATALHA REPÓRTER AMÉRICO RODRIGUES
VEJA O ÁLBUM
FOTOS ABOLSAMIA

de quota de mercado. Seis meses depois de nos lançarmos, fizemos o primeiro negócio de uma máquina ROPA. Foi um passo importante e, daí para cá, todos os anos temos vendido equipamentos da marca, nomeadamente máquinas de 1 linha e, mais recentemente, um equipamento de 2 linhas, com um bunker com capacidade para 8 toneladas. Temos, felizmente, muitos clientes fidelizados e que valorizam a inovação e a qualidade da ROPA, face à concorrência. Além da qualidade do produto, sabem que a marca é um gigante neste mercado, o que, logo à partida, nos facilita a parte comercial. No conjunto de todas as nossas representadas, a Rubroprod já tem mais de 90 equipamentos entregues, ao longo de 24 anos de experiência. Temos primado pela assistência e pela prontidão, o que, ao longo do tempo e como já referi, acabou por fidelizar muitos clientes que, acredito, irão continuar a adquirir ROPA.

Este é o primeiro evento de demonstração que a Rubroprod realiza com a ROPA. Porquê agora?

Há muito tempo que pensávamos fazer um evento de demonstração

com a ROPA. O momento escolhido foi este porque coincide com o início da colheita da batata. Esperamos que a partir de agora, algum desconhecimento ou ceticismo que pudesse existir sobre a marca em virtude das poucas máquinas em trabalho no nosso país, se tenha dissipado.

A Rubroprod gosta de mostrar no campo para que vejam a qualidade da ROPA em trabalho e em como está um passo à frente na inovação das colhedoras de batatas.

O que é que distingue as máquinas da ROPA?

O primeiro contacto que tivemos com os equipamentos da ROPA foi numa Agritechnica, em Hannover. O que nos fascinou de imediato foi a inexistência de cardans, correntes ou, sequer, um carreto. Estava com o meu irmão, João Batalha, que me acompanha nas feiras, e que é o diretor de relações internacionais da empresa, e ambos dissemos de imediato que tínhamos de levar estas máquinas para Portugal. Achámos que a construção e design estava um passo à frente de todas as outras marcas.

A ROPA desenvolveu máquinas 100% hidráulicas em que é o operador

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Além de os técnicos da Rubroprod receberem formação na Alemanha, onde realizam estágios, a empresa conta também com o apoio de técnicos alemães da marca, que se deslocam a Portugal à medida que vão surgindo novos upgrades das máquinas e das entregas realizadas.

A RUBROPROD UNIPESSOAL

Rubroprod Unipessoal, Lda, foi fundada em 2005 e tem a sua sede na E.N. nº3652, 2070-230 Cartaxo. A empresa tem como principal atividade a distribuição/ representação de equipamentos, acessórios e peças para uso industrial e agrícola.

71 abolsamia julho / setembro 2023 Feiras e Eventos
Arlindo Belo Tomás Afonso In
ês Oliveira
João Batalha Pedro Batalha Ruben Pitz José Duarte Rui Pedro
L uisFé Enxofradeiras Cliente S é r gioF x ”Enxofradeiras Clien t e

que comanda todos os tapetes e velocidades, e não a máquina que comanda o operador. No produto final, na batata que chega ao cliente, nota-se a diferença.

Os modelos em demonstração neste evento são os Keiler I e II. Que características destaca?

As máquinas são tecnicamente idênticas, mas com capacidades e dimensões diferentes. Além de a Keiler I ser de uma linha e a 2 de duas, uma tem um bunker de 6 toneladas e a outra de 8. A Keiler I, de 6 toneladas e uma linha, é, no seu segmento de mercado, a de maior capacidade. A Keiler II, modelo de 2 linhas, é um equipamento extraordinário… No modo automático, à medida que vai imprimindo velocidade, os tapetes também aumentam de velocidade gradualmente, para que acompanhem a velocidade do trator, excepto o tapete da mesa de escolha, para que as pessoas que lá vão em cima consigam fazer a seleção da batata, que é ajustado no local.

1300 MÁQUINAS VENDIDAS

É uma boa oportunidade de entrar num mercado competitivo, como o de Portugal, onde estão presentes vários e fortes concorrentes. Queremos, com esta iniciativa, mostrar as nossas máquinas aos agricultores, para que, tanto eles como os que trabalham perto deles, percebam a qualidade dos nossos equipamentos. Ao nível das colhedoras de batata, alcançámos já uma boa posição a nível europeu e podemos dizer que somos um forte player no mercado. Dividindo pelos nossos três modelos, temos mais de 1300 máquinas vendidas em 10 anos de operação, o que prova a força da ROPA.

ROPA: QUALIDADE MADE IN BAVIERA

1972

Em 1972, Hermann Paintner, o fundador da ROPA Fahrzeug- und Maschinenbau GmbH, projetou e construiu a primeira colhedora de beterraba automotriz. Desde então, a empresa sediada em Sittelsdorf, na região alemã da Baviera, tornou-se a principal especialista em máquinas para colheita, limpeza e carregamento de beterrabas.

40 MERCADOS

A ROPA é hoje também um dos principais fabricantes mundiais de máquinas para colheita de batata, contando com 700 colaboradores e operando em mais de 40 mercados.

Rubroprod 72 abolsamia julho/setembro 2023 www.abolsamia.pt
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Tractoponte

TRACTOPONTE, FORÇA EM MOVIMENTO

A Tractoponte é uma empresa com mais de 25 anos de experiência no comércio e exportação de máquinas agrícolas. Sediada em Ponte do Abade, Aguiar da Beira, destaca-se pelo trabalho nas áreas da fruticultura e da viticultura.

Num mercado em constante evolução, a Tractoponte tem no “espírito de trabalho e numa experiente equipa, aliada a marcas com tecnologia de ponta” os seus pontos fortes, como explicou Agostinho Frias, responsável comercial da empresa.

Importador de inúmeras marcas, das quais se destacam a Orizzonti, a Viroc, ou a Lochmann, a empresa é também concessionária dos tratores Antonio Carraro, Kubota e Solis. “Sempre nos pautámos por ter marcas de qualidade e inovadoras, está no nosso ADN”, afirmou o responsável comercial.

Na estratégia da empresa para os próximos anos está o mercado das vinhas do Douro, para o qual se tem vindo a preparar, como explicou Agostinho Frias. “Ao longo do último ano e meio temos vindo a apetrechar-nos das marcas certas para conseguirmos servir os viticultores do Douro. Durante muito tempo estivemos mais concentrados nos pomares e nos equipamentos para essa realidade”.

Sendo importador para todo o país de algumas destas marcas a Tractoponte conta com parcerias estratégicas na distribuição. “Temos a representação de marcas a nível nacional, como a Orizzonti, por exemplo, e contamos com

parceiros estratégicos, como a AFN Prata, que tem feito um trabalho excelente na sua zona de ação”.

Incansável na demonstração das máquinas em campo, Agostinho Frias explica que estes eventos são peças chave para a empresa. “Estes eventos de demonstração pelo país são muito importantes porque nos permite contactar diretamente com os clientes. Ao verem as máquinas a trabalhar nos seus contextos também conseguem perceber a real mais-valia destes equipamentos e se são, ou não, a solução certa para si”.

Uma das parcerias mais antigas da Tractoponte é com a Orizzonti, fabricante italiano de máquinas para a vinha e pomares. Riccardo Raneri, gerente da empresa, descreve a sua satisfação ao fim de quase uma década de trabalho.“Estamos muito satisfeitos com o trabalho da Tractoponte, com quem trabalhamos desde 2014. Posso dizer que temos uma relação de amizade. As empresas cresceram em conjunto, e os números no mercado português são bastante satisfatórios. Quando recebemos um feedback tão positivo por parte dos agricultores portugueses que encontramos nestes eventos, só podemos sentir-nos orgulhosos. Estamos em sintonia na forma como queremos crescer em Portugal”, concluiu.

VEJA O ÁLBUM
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FOTOS ABOLSAMIA TEXTO SEBASTIÃO MARQUES REPÓRTER AMÉRICO RODRIGUES

VIROC: TALHADO PARA AS VINHAS DO ALTO DOURO

A Tractoponte tem-se vindo a apetrechar com marcas que preencham as necessidades dos viticultores do Douro. A mais recente e, provavelmente, mais inovadora é o Viroc. Uma máquina porta-alfaias especializada para vinhas de montanha.

Para apresentar em primeira mão as suas capacidades a algumas das mais reputadas casas vinícolas da região, a Tractoponte organizou quatro demonstrações em campo. Nas palavras de Agostinho Frias, responsável comercial da empresa, “as demonstrações foram bastante impactantes para o público presente. Ficaram surpreendidos com a qualidade e segurança da máquina e, inclusivamente, vendemos um exemplar”, partilhou.

Em relação aos pontos fortes do Viroc, que existe em duas versões, uma de 60 e outra de 75 cv, o responsável destaca a reduzida largura, o baixo centro de gravidade, e a versatilidade. “É bastante estreito (a largura mínima são 90 cm, mas pode chegar aos 115cm consoante os pneus montados), mas confortável ao mesmo tempo. É bastante estável pois é capaz de oscilar (o ângulo de bloqueio das rodas de 35º garante contacto permanente das rodas com o solo) e tem um ângulo de viragem de 82º com um raio de viragem de 1m, devido ao sistema articulado. Em comparação com os tratores de rastos,

danifica muito menos o solo nas viragens nas cabeceiras”, explicou.

O Viroc está equipado com motores Hatz de 60 ou 75 cv e pesa 1.270 kg. A cabine ROPS pressurizada e certificada para categoria 4, gira 180° e a coluna de direção é ajustável em altura e ângulo. O veículo é controlado através de um joystick multifuncional. Existem três pontos para acoplamento de alfaias: frontal, traseiro e ventral. Velocidade máxima de 20km/h.

Em relação a alfaias, a marca disponibiliza todos os implementos essenciais para a viticultura, como um o pulverizador de precisão, triturador e desladroador descentráveis, despampanadeira, prépodadora (também descentráveis), ou portapaletes. Está ainda disponível um kit aplicável ao terceiro ponto do Viroc que permite utilizar alfaias não fabricadas pela marca.

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A Tractoponte realizou quatro eventos no Douro: Quinta do Ventozelo, Symington, Taylor’s, e Quinta da Fonte Santa, em Valongo dos Azeites

Tractoponte

TRACTOPONTE E ORIZZONTI

De novo em movimento

Depois do sucesso da “digressão” realizada em 2022, a Tractoponte voltou à estrada com a Orizzonti, fabricante italiano de máquinas agrícolas para vinhas e pomares que representa desde 2014. Desta feita as paragens foram Pinhel, Torres Vedras e Caldas da Rainha. Se em 2022 a primeira demonstração ocorreu no Oeste, desta vez a ordem inverteu-se e a primeira paragem foi em Pinhel. Tal como no ano anterior, o foco dos trabalhos esteve nos chassis portaalfaias para trabalhos intercepas. Estes sistemas modulares, em que o agricultor adquire um chassis porta-alfaias ao qual pode acoplar diferentes acessórios consoante as suas necessidades, têm vindo a despertar cada vez mais interesse entre os agricultores portugueses. Tanto na vinha, como nos pomares. Assim, ao já conhecido Jolly, juntaram-se os modelos Fast e Energy Dual-P.

Pode ser acoplado na dianteira ou na traseira do trator, com ou sem engate de três pontos frontal, pois a marca tem os seus próprios sistemas hidráulicos frontais. Destinado para o trabalho em vinhas e pomares com espaçamentos de largura mínima de 220 cm, tem como requisitos 180 bar de pressão com um caudal mínimo de óleo de 30 l/min. Apesar de ser controlado pelo joystick da marca italiana, todas as funções podem ser adaptadas ao do trator. Trabalha apenas um dos lados.

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Equipa da Orizzonti, com Agostinho Frias (Tractoponte) e António Prata (AFN Prata) Agostinho Frias, responsável comercial da Tractoponte, e Riccardo Raneri, gerente da Orizzonti
Jolly

É a versão “dupla” do Jolly, ou seja, pode ter implementos montados dos dois lados a trabalhar em simultâneo. Adaptável ao trabalho em vinhas e pomares com uma largura mínima entre filas de 230 cm. Alimentado com o óleo do trator, requer 180 Bar e 20 litros de óleo por minuto. Pode trabalhar à frente ou atrás consoante a versão.

Energy Dual-P

A versão compacta do Fast para trabalhar com uma largura mínima entre filas de 180 cm. Também dupla, a versão P apenas pode ser montada à retaguarda do trator, no entanto, a Orizzonti disponibiliza também as versões T e S, que podem ser montadas na dianteira.

Pinhel, Quinta da Margem Arada, em Olhalvo, Torres Vedras, e Frutas FN, Alvorninha, Caldas da Rainha. No total, estiveram mais de 80 agricultores presentes

A máquina de melhor desempenho da gama agrícola Dieci apresenta as vantagens mecatrónicas da transmissão HVT1: uma transmissão hidromecânica Power Split de variação automática contínua da velocidade. Assim nasceu o Agri Max Power X2. Pela primeira vez no mundo, um manipulador telescópico monta esta inovadora transmissão, única no género.

Graças à parceria com a Dana Inc., a Dieci satisfaz o desejo de versatilidade dos agricultores e oferece uma máquina de alto desempenho como um trator, tanto em velocidade como em tração, superando os limites típicos do sobreaquecimento.

+ 351 969 149 357

geral@dieciportugal.pt

Zona Industrial Monte da Barca, Lote nº54. 2100-051 Coruche

Tractomoz

UM FARMING SHOW À MEDIDA DO CLIENTE

A Tractomoz organizou o seu 1º Farming Show, nos dias 29 e 30 de junho, na Herdade Pestana de Marinela, em Estremoz. Uma exposição de equipamentos e serviços de algumas das suas marcas representadas, que contou com a presença de 250 convidados no total.

Arevista abolsamia esteve presente no 1º dia do Farming Show 2023 que reuniu em 6 estações diferentes, equipamentos e serviços da John Deere, Jumar, TMC Cancela, Kramer e Grégoire. Os clientes tiveram formação com os técnicos das marcas e recolheram informação sobre as máquinas apresentadas, além de as terem visto em demonstração e experimentado a condução em campo. Para quem ia à procura de oportunidades, não faltou uma montra de equipamentos recondicionados ao jeito de uma minifeira de ocasiões.

1ª ESTAÇÃO:

John Deere 5M / 5ML / Carregadores frontais John Deere

O destaque nesta estação foi, quase por inteiro, para a novidade do Farming Show: a apresentação do novo trator John Deere 5ML. “É destinado a culturas de alto valor, para o olival, amendoal e pistacho. É robusto, tem um motor até 134cv, depósito de 135 litros de gasóleo, bomba hidráulica de 117l/min e tem capacidade de carga útil de até 4.900kgs nas bolas; inteligente, com conectividade total, documentação isobus, sistema de AutoTrac integrado e Expert Alerts na atividade; e confortável: cabine de categoria 4, mais espaçosa até devido aos vidros abaulados e concebido para trabalhar entre as árvores”, explicou José Luís Rodrigues, diretor comercial da John Deere em Portugal. Depois, também o “super robusto e super experimentado” 5M mereceu atenção, com o 5115M a ser o trator que mais unidades vendeu entre maio de 2022 e maio de 2023 em Portugal nos tratores acima de 100cv: 63 unidades. Nota ainda para os carregadores frontais John Deere Série M (pesos mais ligeiros) e R (mais robustos).

POR HUGO NEVES
VEJA O ÁLBUM FOTOS TRACTOMOZ 78 abolsamia julho / setembro 2023 www.abolsamia.pt

2ª ESTAÇÃO: Jumar e TMC Cancela

A Jumar e a TMC Cancela apresentaram as suas novidades na mesma estação: na Jumar, o destaque foi a Pré-podadora de disco duplo articulado PF-40.14-D.

“É uma máquina de duplo corte, uma das poucas máquinas que tem o peso repartido entre a parte ventral do trator e a frente. É uma máquina mais pesada, que se diz ser ajustada a três pontos. Assim, reparte o peso entre a frente da cabine e a dianteira do trator. Isso dá mais fiabilidade ao equipamento, pois o trabalho de corte é de alto rendimento e de mais fácil manuseamento. Precisa sempre do sistema de três bombas hidráulicas na traseira, uma para cada corte e outra para os movimentos, com 60 litros, pois desta forma consegue refrigerar os circuitos com a potência suficiente equilibrar o trator”, explicou José María Martínez, responsável

Cancela, mostrando-se agradado com a presença no Farming Show da Tractomoz: “É muito importante estarmos aqui com a Tractomoz, uma casa com uma grande dimensão e uma visão fantástica, e a John Deere. É uma oportunidade para fazermos mais contactos e trazer benefícios para o nosso negócio.”

3ª ESTAÇÃO: Grégoire e Kramer

A 3ª estação encontrava-se junto à barragem improvisada por Luís Mendes, de forma a alimentar o amendoal que ali proliferava perto. E, nem de propósito, foi ali que David Ganau, responsável de produto Grégoire em Espanha e Portugal, apresentou a ex-líbris GX9 5000 Mixta, uma máquina automotriz mista, “capaz de fazer cultivo de amêndoa, azeitona e vinha.”

comercial da Jumar.

Já a TMC Cancela tinha em evidência duas máquinas: a trituradora para restos de podas modelo TOS e a trituradora de pedra TXK. “[A primeira] tem uma capacidade de trituração um pouco fora do normal em relação às concorrentes, que o são apenas na questão do preço. Porque na robustez, na funcionalidade, na qualidade do trabalho que resta depois da máquina intervir, a nossa supera e são os clientes que o dizem. Já a TXK tem tido ultimamente uma procura muito grande em Portugal. Em 2023 já levamos 15 unidades vendidas, o que é um feito”, explicou Marco Lourenço, responsável da área de vendas da TMC

“Tem um motor Deutz de 190 cavalos, 2 tremonhas de 2.500 litros e gestão automática. Através de uma câmara central, estamos em processo de tornar a máquina autónoma na condução”, informou. A Grégoire G3.220 rebocada também esteve em exposição: “Todas as máquinas rebocadas têm uma central hidráulica para que sejam independentes do trator. A G3.220 funciona com um motor hidráulico para ser levantada. Um trator com potência de 70 ou 80 cavalos é suficiente porque as próprias rodas da máquina ajudam. Tem dois depósitos de 1.600 litros de capacidade e o limite do reboque traseiro é de 3 metros”, explicou David Ganau.

Na mesma estação encontrava-se ainda o carregador telescópico KT356 da Kramer, que já leva 2 unidades vendidas em Portugal desde o início do ano. “É uma máquina inteligente e inovadora, disponível para todo o tipo de trabalhos, da pecuária à construção. Tem um alto grau de segurança e flexibilidade. O KT356 tem uma carga útil de 3,5ton e uma altura de empilhamento de 6m. Tanto o motor

como o sistema hidráulico Load Sensing (máx. 140 litros/minuto) garantem alta capacidade de movimentação nas mais diversas aplicações. A manobrabilidade do manipulador telescópico, bem como a placa de engate rápido da Kramer, fornecem flexibilidade máxima nos trabalhos diários”, explicou Alexander Bauer, gestor de produto.

4ª ESTAÇÃO: Agricultura de Precisão

A tecnologia foi um dos fatores mais presentes no Farming Show da Tractomoz e a curiosidade dos agricultores encontrou respostas na explicação sobre a John Deere Precision, um sistema avançado de agricultura de precisão que reúne ecrã, um recetor StarFire e o JD Link. “Podemos comandar

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o trator como se estivéssemos sentados na cabine. Ligando o sistema Isobus, comanda-se o trator através do ecrã, à distância”, explicou Ruben Garcia, especialista da John Deere em Agricultura de Precisão. Por outro lado, os dados que são registados no ecrã pelo operador, são enviados para uma nuvem e, dessa forma, acedendo depois ao John Deere Operations Center (programa gratuito), temos todos os detalhes do trabalho efetuado. Este sistema permite ainda a assistência remota ao trator, em caso de necessidade, podendo este ser resolvido na hora, pois a equipa consegue aceder ao ecrã que está no trator, através do serviço de telemetria instalado no mesmo, tendo Ruben Garcia feito um teste real enquanto estávamos nesta autêntica ‘formação’ de 20 minutos sobre o tema.

5ª ESTAÇÃO:

trator não requeira caudal nem pressão. O 6R250 está em Portugal há 4 anos e tem feito um trajeto ascendente de vendas na Península Ibérica: 2019 (40 unidades), 2020 (80), 2021 (180) e 2022 (250), perspetivando-se números superiores em 2023. É o trator com +200cv com menor consumo de combustível do mercado”, explicou Jesús Arroyo, responsável da John Deere para tecnologia de produto em Espanha e Portugal. Já entre o 7R e o 8R, foi dado destaque ao novo 8RX, um novo conceito com lagartas do que é visto como o especialista do solo. As principais vantagens são “maior flexibilidade de viragem, menor compactação do solo, potencial rendimento adicional, condução muito cómoda e vantagens a fazer cabeceiras com cargas”.

(4,99%). Quanto às prestações, são mensais, trimestrais ou anuais; planos com carência (18 meses) tipo o plano do cereal; ou plano opção: quotas mais baixas e uma maior no final”, explicou Sérgio de Sousa, antes de assinalar os 21 anos do John Deere Financial em Espanha e 20 em Portugal. Depois, foi a vez de Pedro Zacarias, responsável de marketing e vendas da Tractomoz, falar no Powergard, um sinónimo de Extensão de Garantia. “Tem as versões normal - cobre motor e transmissão - ou Plus, que cobre todos os componentes, mesmo os elétricos, excepto peças de desgaste ou má utilização”, explicou. A opção mais pedida pelos clientes é agora de 5 anos de garantia ou de 500 horas/ano.

A finalizar, e por forma a celebrar os 20 anos da John Deere Financial em Portugal, foram feitas duas ofertas a todos os participantes no Farming Show: um cheque desconto de 1.000€ nos juros de um novo financiamento; e ausência de comissão de abertura e amortização antecipada (caso o cliente contrate um novo financiamento de valor superior ao que já possui).

6ª ESTAÇÃO: Financiamento BPI / Powergard John Deere

John Deere 6M e 6R/ 7R /8R

A gama de tratores das séries de alta potência da John Deere foi apresentada no Farming Show da Tractomoz, com destaque para os tratores 6R e 8R. No primeiro caso, as versões que acabam em 0 têm 4 cilindros e as que acabam em 5 têm 6 cilindros. “Dispõe de Command Pro, com 11 botões configuráveis, 40cv extra, e tem Gestão Inteligente da Potência. Possui ainda um sistema hidráulico com bomba de pistão, ou seja, não consome combustível caso o

“Esta é, de longe, a melhor estação de todas as que encontram neste show”. A boa disposição de Sérgio de Sousa, responsável para o mercado português, Galiza e Astúrias da John Deere Financial, cativou desde logo os empresários agrícolas que ali se deslocaram. “Desde os anos 60 do século passado que a John Deere pensou ter uma financeira própria, o que aconteceu nos anos 80, com um programa de financiamento a +40 países, por forma a ajudar clientes na compra de maquinaria agrícola”, explicou. As soluções apresentadas, devido ao acordo com o BPI, são as de um financiamento tradicional, leasing ou renting (em expansão), sob as seguintes condições: “Taxas fixas a 4 anos (3,99%), 5 anos (4,69%) e 6 anos

80 abolsamia julho / setembro 2023 www.abolsamia.pt

SATISFAZER MAIS CLIENTES EM BREVE

Em jeito de balanço do primeiro dia, Luís Mendes ficou agradado com a afluência de clientes e prometeu repetir o evento para dar oportunidade a outras pessoas que também manifestaram interesse em estar presentes neste 1º Farming Show. “A razão deste evento é que a Tractomoz, fundada pelo meu pai, já leva mais de 43 anos e estava na altura de fazer um evento diferente e com alguma dimensão. São dois dias com convidados em que procuramos ter o máximo de equipamentos que representamos para que os agricultores possam usufruir e, se quiserem, depois experimentar”, explicou o CEO da Tractomoz. Ao longo de dois dias, os visitantes do Farming Show percorreram as já mencionadas seis estações, seguidas de um almoço de convívio e demonstrações em campo, da parte da tarde.

E o futuro, ao invés de marcar presenças nas Feiras, passará mesmo pela realização destes eventos. A principal razão está claramente identificada com a audiência do evento. “Esta herdade foi adquirida pela minha família em 2019 e plantámo-la com culturas de alto valor, de forma a podermos demonstrar aqui as nossas máquinas e fazer jornadas técnicas e de portas abertas como a que decorre nestes dois dias.” De certa forma, a Tractomoz preparou aqui vários ‘fatos à medida do cliente’. Para Luís Mendes, CEO da Tractomoz, “será um evento a fazer, idealmente, duas vezes ao ano. ”

81 www.abolsamia.pt abolsamia julho / setembro 2023
Luís Mendes, CEO da Tractomoz

AGROARUIL A CELEBRAÇÃO DA IDENTIDADE SALOIA

Junho é sinónimo de feira agrícola na freguesia saloia de Aruil em Sintra.

POR BRUNO MENESES

Promovida pela Soc. Recreativa e Desportiva Aruilense, o tema central da 5ª edição da Agroaruil, que decorreu entre os dias 16 e 18 de junho, foi a “Celebração da identidade saloia”. O certame contou com mais do dobro dos expositores em comparação com 2022 e uma das áreas que mais contribuiu para este crescimento foi seguramente a da exposição de máquinas.

Foi nesse espaço que tivemos a oportunidade de encontrar e falar com alguns dos concessionários de tratores da região, tais como a Auto Dias de Cipriano Francisco Dias, a Auto Mecânica Central da Igreja Nova, a Pulvilava e a Galucho. Na opinião destes, estas feiras aumentam a aproximação ao cliente final e permitem, de forma espontânea, no terreno, dar resposta a algumas questões.

Um dos momentos mais aguardados da Agroaruil ficou reservado para o último dia. O habitual desfile de tratores percorreu as ruas de Aruil e freguesias vizinhas, com a presença de cerca de 30 participantes que se fizeram notar naquela manhã saloia.

82 abolsamia julho / setembro 2023
Agroaruil

VEJA O ÁLBUM

O seu concessionário John Deere para os distritos de Lisboa, Coimbra, Leiria, Santarém (parcial) e Setúbal

TECNOLOGIA DE AGRICULTURA DE PRECISÃO E MONITORIZAÇÃO

MAPAS DE RENDIMENTO E APOIO À PRESCRIÇÃO

CENTRO DE OPERAÇÕES EM MYJOHNDEERE

GUIAMENTO E AUTOMATIZAÇÃO DE MÁQUINAS

AGRICULTURA ESPECIFICA DE LOCALIZAÇÃO

GESTÃO TELEMÁTICA DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

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FOTOS ABOLSAMIA

A Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra realizou a 12ª edição de uma feira que pretende mostrar o mercado de trabalho agrícola aos alunos e proporcionar a interação destes com as empresas presentes.

POR HUGO NEVES

A BOLSA DE EMPREGO DO FUTURO

Foi no largo da entrada da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) que encontrámos Roberto Oliveira, elemento da Associação de Estudantes da ESAC, um dos grandes dinamizadores da 12ª edição da ExpoAgrya. Após um travão imposto pela pandemia, a Associação de Estudantes da ESAC uniu esforços para ter uma feira bem composta e prova disso é que, além das empresas presentes, houve pela primeira vez uma exposição de tratores agrícolas proporcionada por alguns concessionários de marcas. “O objetivo da ExpoAgrya é promover uma troca de conhecimentos e experiências entre as empresas e os alunos, para que estes fiquem com uma ideia de onde podem vir a trabalhar quando acabarem o curso, e as empresas vejam na feira uma espécie de bolsa de emprego agrícola”, explicou Roberto Oliveira. Diana Crisóstomo, presidente da AEESAC, alinha pelo mesmo discurso. O potencial da Feira leva-a a acreditar que,

VEJA O ÁLBUM
FOTOS ABOLSAMIA

Feiras e Eventos

nos próximos anos, a ESAC continue a formar alunos e a AEESAC forme… uma bolsa de emprego agrária. “O objetivo é que os alunos interajam com empresas ligadas aos cursos que estão a tirar e conheçam o que os espera no mercado de trabalho. Até porque muitas das pessoas que estão aqui nestes stands são ex-alunos da Escola, o que já lhes dá uma perspetiva mais clara para o futuro. Talvez possa surgir daqui uma bolsa de emprego agrária nos próximos anos”, explica.

Interesse é cada vez maior

Enquanto cá fora estavam expostos, pela primeira vez, tratores da Same, Deutz-Fahr, Kioti, Massey Ferguson e Farmtrac, de empresas como Benjamim Limede, AutoMecânica Alvorgense ou Tractogrícola, entre outras, dentro da tenda havia os stands da São José Pneus, Bayer, Nutrofértil, Andermatt ou Cavalor. O interesse nesta feira de emprego cresceu, e a verdade é que houve empresas que não puderam estar presentes e já reservaram espaço em 2024. “Para o próximo ano, já temos mais empresas confirmadas. O objetivo é manter as que já participaram e contar com algumas que não estiveram este ano”, concluiu Roberto Oliveira.

Próxima edição antecipada

Na feira, falámos com Afonso Melo, estudante do último ano de Agricultura Biológica na ESAC, que se mostrou satisfeito com o crescimento da feira em relação a 2022 mas deu sugestões para uma edição mais forte em 2024. “A ideia da Associação de Estudantes é fazer desta uma feira reconhecida, com cada vez maior dimensão, com mais empresas representadas e que não cative apenas os alunos, mas também agricultores mais velhos, para lhes dar a conhecer soluções para enfrentar a crise do mercado. Antecipar a data da feira não seria uma má aposta, pois deveria ocorrer antes das realizações dos estágios em março. Possivelmente em janeiro ou fevereiro, para que os alunos possam informar-se sobre os melhores estágios a fazer e o caminho que devem trilhar”, explicou. Entre as ideias faladas, há outra relacionada com a possibilidade de a feira ser alargada para o campo, para oferecer aos alunos algumas demonstrações dos equipamentos e produtos com que terão de lidar no futuro. Para Roberto Oliveira, só fará sentido se o campo complementar a parte estática: “Precisamos de criar sinergias para realizar um evento que agrade a todos: alunos, empresas que participam e patrocinam, e Direção.” Diana Crisóstomo concorda que a ExpoAgrya pode albergar duas vertentes: “Seria muito mais interessante se houvesse uma ou outra demonstração de equipamentos. Poderá crescer nesse sentido e tentaremos que assim aconteça.”

FOMOS ATÉ AO CORAÇÃO DO MUNDO RURAL

A União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira organizou a 2ª edição da Feira do Mundo Rural, um evento que cresceu bastante este ano e contou com uma ampla exposição de máquinas, bem como a novidade das demonstrações no terreno. Além disso, existiram também workshops sobre produção de carne, técnicas de sementeira e fertilização.

Sérgio Neves, presidente da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, mostrou-se orgulhoso pela organização da 2ª edição da Feira do Mundo Rural. “Este ano fizemos dois dias mais técnicos, para os agricultores profissionais, seja com demonstrações de máquinas, das quais temos aqui algumas das melhores marcas representadas, seja com os animais. Tivemos ainda workshops direcionados para a produção de carne, sementeiras e fertilização”, explicou.

MOSTRAR AOS JOVENS A NOVA AGRICULTURA

Esta feira também cativa a atenção dos jovens, que podem encontrar um caminho profissional através de um contacto feito com as empresas.

“Existe um grande incentivo para os jovens na nossa região: grandes grupos que se têm instalado cá e

que podem oferecer emprego. Por exemplo, o Grupo Campicarn, que está a fazer um investimento muito avultado em produção de carne e procura jovens agricultores. Também a Genia – Bioenergy, que irá instalar uma unidade de produção de biogás em Águeda e procura agricultores que forneçam estrume. E estão em vista outros projetos para breve”, contou. No final da feira, choveram elogios: “Superou as expectativas. O feedback é muito bom, quer dos expositores, quer da gastronomia. Os agricultores elogiaram muito a parte técnica das demonstrações. A prova de carnes também foi sobejamente destacada e há várias empresas nacionais a querer marcar presença no próximo ano.”

A próxima edição decorrerá entre 30 de maio e 2 de junho de 2024, “porque há empresas que querem estar aqui e na Feira da Agricultura e este ano não conseguiram estar nas duas”, resumiu o autarca.

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POR HUGO NEVES Sérgio Neves, presidente da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira
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FOTOS ABOLSAMIA

COMO VALORIZAR ESTRUME, PRODUZIR GÁS, E RECEBER BIOFERTILIZANTE?

A GENIA BIOENERGY EXPLICA

Aempresa especialista em soluções de gás renovável esteve presente na Feira do Mundo Rural em busca de produtores agrícolas e pecuários que queiram reutilizar e valorizar os seus resíduos.

A Genia Bioenergy é a empresa do grupo Genia Global Energy especializada em tecnologia e desenvolvimento de projetos de gás renovável, cujo objetivo é propor novos modelos e tecnologias para geração, uso e gestão de energia. A empresa nasceu em 2010 e hoje emprega mais de 80 engenheiros e

profissionais. Em setembro de 2021 iniciou um processo de análise ao potencial do biogás e biometano em Portugal. Em maio de 2023 é então criada a Genia Bioenergy Portugal. Mário Martins, responsável pelo desenvolvimento do negócio em Portugal, destaca os objetivos a curto prazo. “Até 2025 queremos ter quatro projetos de Biometano com a valorização de efluentes pecuários, subprodutos e coprodutos provenientes do setores da pecuária agrícola e agroindústria em pleno funcionamento e três em processo de licenciamento”.

EM BUSCA DE PRODUTORES AGROPECUÁRIOS

A presença na Feira do Mundo Rural enquadra-se na estratégia delineada pela empresa. “Queremos promover os projetos em curso de forma a atrair sociedades agropecuárias. Todos os produtores agrícolas e pecuários podem ser parceiros do nosso projeto, que visa o tratamento e valorização de milhares de toneladas de subprodutos e efluentes pecuários. Deste processo de biometanização resultarão milhares de toneladas de biofertilizante que poderão retomar aos produtores que necessitem de emendas orgânicas e de biofertilizantes”, explicou.

GRUPO CAMPICARN PARCEIRO POTENCIAL

Com uma ambiciosa estratégia de crescimento na produção de bovinos, o Grupo Campicarn é um parceiro potencial, com grande interesse para ambas as entidades. Como explicou Dora Gaspar, assessora executiva do Grupo Campicarn, “existe uma vontade comum de parceria atendendo ao propósito do Grupo Campicarn em implementar soluções que permitam desenvolver uma atividade ambientalmente sustentável. Nesse sentido, os projetos da Genia para valorização e reutilização dos resíduos agropecuários são uma mais-valia muito considerável.

A transformação dos estrumes em biofertilizantes, para aplicação nas explorações agrícolas do Grupo Campicarn, e a produção de biometano, este enquanto foco de principal interesse da Genia BioGlobal, contribuirão sobremaneira para a mitigação dos GEE e, naturalmente, para a redução da pegada carbónica em toda a cadeia de valor do Grupo Campicarn. Sinónimo de economia circular, poder-se-á acrescentar que estas atividades se incluem igualmente na nossa estratégia de investigação e desenvolvimento para o setor agropecuário”, explicou.

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Mário Martins, responsável da Genia Bioenergy Portugal Dora Gaspar, assessora executiva do Grupo Campicarn
GENIA BIOENERGY PURA ECONOMIA CIRCULAR

HERCULANO APRESENTA GAMA

A partir de 2025, todos os reboques agrícolas deverão estar equipados com travagem pneumática ou hidráulica de linha dupla. A Herculano não perdeu tempo e apresentou a nova linha de produtos “air”, com travagem pneumática. Nesta edição analisamos o reboque HMB 24000 air, a Cisterna 24000 RG air e o reboque HTP 7 air. Mas esta nova gama não ficará por aqui e, em breve, a marca divulgará os restantes modelos abrangidos.

TRAVAGEM PNEUMÁTICA. COMO FUNCIONA?

O sistema de travagem pneumática utiliza o ar comprimido gerado pelo trator para ativar as câmaras de travão. O ar é direcionado de forma totalmente uniforme para as câmaras, que aplicam pressão às pastilhas de travão,

resultando na travagem do reboque. A força de travagem é controlada pelo sistema ALB (auto leveling brake), automaticamente, permitindo a pressão de travagem adequada mediante a carga no reboque.

Resposta rápida e precisa na travagem

Maior eficiência

Maior segurança

Menor tempo de imobilização do reboque e consequente menor distância percorrida em travagem

Menor suscetibilidade a problemas relacionados com o desgaste dos componentes

Custos de manutenção mais baixos

Herculano
REBOQUE HTP 7 AIR
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CISTERNA 24000 RG AIR

Aintrodução da chamada Mother Regulation pela União Europeia em 2013 trouxe requisitos mais rigorosos para a homologação de veículos agrícolas e florestais. No que diz respeito aos travões dos reboques, a partir de 2025, todos os reboques agrícolas deverão estar equipados com travagem pneumática ou hidráulica de linha dupla.

A Herculano, especializada na conceção e fabrico de reboques agrícolas, optou pelo sistema de travagem pneumática nos seus produtos. João Amaro, gestor de produto da empresa, explica que essa opção não se deve apenas às exigências legais impostas

a partir de janeiro de 2025, mas também à eficiência e confiabilidade do sistema. “A Herculano tem-se preparado desde 2020 para cumprir os requisitos de homologação europeia estabelecidos pelo Regulamento (UE) 167/2013, oferecendo equipamentos que atendem aos padrões exigidos”, explicou.

Com esta escolha, a Herculano está alinhada com as regulamentações europeias e as necessidades do mercado, garantindo que seus reboques agrícolas cumprem os requisitos legais e fornecem aos clientes produtos de qualidade que atendam aos mais altos padrões de segurança.

REBOQUE HMB 24000 AIR

AGRADECIMENTOS

•Reptractor

•Tratores ibéricos

•Auto Henrique Braz & Filhos, LDA

•Agro-Pecuária Angejense

•Pedreira ”Pedral”

A MOTHER REGULATION (Regulamento (UE) 167/2013) estabelece requisitos específicos para os sistemas de travagem de reboques agrícolas e florestais. Esses

irequisitos são aplicáveis a partir de 2025 e exigem que todos os reboques agrícolas cumpram as seguintes especificações de travagem:

Travagem pneumática ou hidráulica de linha dupla 1. 2. 3. 4.

Distribuição de carga e travagem

Sistema de controlo eletrónico de travagem (SECV)

Sistemas auxiliares de travagem

Tema de capa
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REBOQUE HMB 24000

POR SEBASTIÃO MARQUES

Com as dimensões interiores da caixa de 8m de comprimento, 2.3m de largura e 1.5m de altura é possível carregar entre 26.6m3 a 41.3m3, dependendo dos taipais suplementares que sejam utilizados. Estes reboques são equipados de série com suspensão tridem e sistema autodireccional. O exemplar em destaque tem equipado roda 600/55 R 26.5, cubos 406x120, caixa de ferramentas 0.5m, sistema hidráulico independente, travão de fuso e travagem pneumática.

A Herculano dispõe de várias possibilidades de escolha de opcionais neste modelo, nomeadamente:

1 Cubos 400x120, 406x120 e 420x180

2 Eixo direcional forçado

3 Rodas desde 425/65R22.5 até à 600/55 R26.5 (nos modelos RG existe a possibilidade de escolha até R30.5)

4 Taipais suplementares de 0.30m, 0.5m e 0.8m

5 Sistema hidráulico independente com motor bomba

6 Lança com suspensão hidropneumática – Garante uma maior estabilidade no trabalho e permite que seja ajustado hidraulicamente em altura

7 Janela frontal XL – Oferece uma maior visibilidade de carga

8 Cabos de segurança de basculamento – Define o limite de inclinação da caixa

9 Cilindros de fixação do eixo traseiro – Fixa o eixo em basculamento

10 Sistema de estabilização do eixo traseiro – Ajuda na operação de basculamento, nivelando a caixa automaticamente independentemente da inclinação do terreno

11 Sistema de pesagem

12 Boquetes de cereal – vários tamanhos

13 Caixas de ferramentas – várias opções

14 Câmara traseira

Na estrada então é incomparável. Confere mais segurança na via pública e facilita-nos o trabalho. No fundo, quando está a vazio, trava quanto baste para o seu peso, mas quando está carregado, trava muito mais.

da Agro-Vale Longo, empresa de Montes Velhos, Aljustrel, especializada na produção de cereais e olival:

“Hoje em dia, toda a maquinaria que adquirimos, tem sistema de travagem pneumática. A segurança é outra.

Outra característica importante é o baixo centro de gravidade – 10 ou 12 cm contam para a colhedora de azeitona e para a segurança no transporte. Outro ponto é a polivalência destes equipamentos, que faz com que vão trabalhar de junho a dezembro. Vamos tentar fazer a colheita da colza, trigo, cevada, milho e da azeitona com estes equipamentos. Os eixos de flutuação também são muito bons, dão uma comodidade ao reboque em estrada ou em caminho velho com buracos, que é extraordinária e também poupa muito os pneus. Ao nível das rodas, ambos vieram com 560/60 -R22,5.“

Herculano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
João Banza, gerente
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CISTERNA CH24000 RG

As cisternas Herculano, são conhecidas pela sua robustez e qualidade de construção. Estes equipamentos têm vindo a superar as expectativas de vendas nos últimos anos, principalmente nas cisternas de maior dimensão. A sua gama vai desde cisternas de 1 eixo com 3000L até cisternas de 3 eixos com capacidade para 24000L. Esta cisterna conta

com suspensão tridem e eixos autodireccionais de série, bomba DL 180 e pneus 600/55 R26.5. Também dispõe de braço lateral de carga hidráulico M, lança e suporte galvanizados, caixa de ferramentas 0.5m, depósito de água, acelerador de carga, kit de purga, amarração para localizadores, inversor hidráulico na bomba, cardan duplo homocinético e travagem pneumática.

Entre os vários opcionais que esta cisterna equipa, identificam-se muitos outros que estão disponíveis:

1 Lança com suspensão hidropneumática - Garante maior estabilidade e conforto do tanque em funcionamento e permite ajustar a altura da lança hidráulica

2 Suspensão hidráulica independente – Oferece ao utilizador mais estabilidade, segurança e é ajustável em altura

3 Elevação do primeiro eixo – Essencial para poupar recursos como pneus e combustível. Apenas disponível para suspensão hidráulica

4 Braços laterais hidráulicos M, L e XL

5 Braço superior de 2 e 3 articulações – Facilita o enchimento de poços ou tanques de difícil acesso, sejam enterrados ou elevados

6 Agitador interno – Recomendado ao transportar chorumes mais densos para permitir uma distribuição mais homogénea

7 Sistema de esvaziamento completo – Para um esvaziamento completo da cisterna, independentemente da inclinação do terreno

8 Sistema de transferência de carga – Favorece a estabilidade da cisterna durante o espalhamento, melhora a tração nas encostas, até que o tanque esteja completamente vazio

9 Funil superior – Funil cada vez mais utilizado em cisternas com o objetivo de drenagem de chorume

10 Localizadores de âncoras tipo chisel com injetores – Permite aplicar o chorume a uma profundidade de aproximadamente 20 cm, ajudando a melhorar a utilização dos nutrientes

11 Vários localizadores hidráulicos com diferentes larguras – Para garantir a aplicação uniforme no terreno

12 Lubrificação centralizada manual e automática – Para que a lubrificação dos pontos críticos seja de fácil acesso (no caso da manual) ou também pode ser feita de forma automática, sem a necessidade de intervenção do utilizador

13 Green Precision Basic, Pro e Pro Plus – Sistema de control e monitorização de chorume

14 Suporte da lança e da bomba galvanizados – Maior proteção e consequente durabilidade do material

15 Vários comandos de funções – Desde 3 a 14 funções

16 Várias opções de bombas – MEC 3000/5000/6500/8000, STAR 60/72/84, PN 140/155 e DL 180/250

17 Sistemas de canhão orientável – GARDA/JULIA/ITALA mediante a bomba selecionada

18 Kit de incêndios motobomba – Conjunto especializado para o combate de incêndios ou outras utilizações

19 Eixo direcional forçado eletrónico – Sistema mais simples, eficaz e mais versátil face ao sistema convencional hidráulico

20 Rodas R22.5, R26.5, R30.5 e R32

21 Cubos 400x120, 406x120 e 420x180

22 Cardans – Várias opções

23 Caixas de ferramentas – Várias opções

24 Câmara traseira

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Tema de capa

REBOQUE HTP 7.0

Os reboques HTP air são conhecidos pela sua versatilidade, dadas as suas características de construção. Utilizando chapa Hardox e com um chassi reforçado, é capaz de lidar com os materiais mais exigentes como o transporte de terra e pedras, por exemplo. Para além destes trabalhos, estes equipamentos também são bastante utilizados nas campanhas de cereais, batata, cenoura ou silagem. As suas dimensões interiores da caixa de 7m de comprimento, 2.3m de largura e 1m de altura possibilitam carregar entre 15.8m3 a 36.6m3, dependendo dos taipais suplementares que sejam utilizados. Este reboque, por

exemplo, conta com o sistema de estabilização dos eixos, garantindo o nivelamento automático da caixa de carga em basculamento. Os seus cubos 420 x 180, o sistema direcional forçado, a travagem pneumática e as rodas 650/55 R26.5 oferecem uma segurança acrescida em andamento. O sistema hidráulico independente, de série nestes reboques (com motor acoplado), garante o basculamento eficiente. A lança hidropneumática, também de série neste modelo, é bastante importante para o conforto nas viagens e permite o ajuste do nivelamento do reboque.

Além dos opcionais associados a este reboque, estão também disponíveis:

1 Cubos 406x120 e 420x180

2 Rodas desde 580/65 R22.5 até à 600/60 R30.5

3 Taipais suplementares de 1.1m e 1.3m

4 Sistema hidráulico independente com motor bomba

5 Cabos de segurança de basculamento – Define o limite de inclinação da caixa

6 Pára-choques rebatível hidráulico

7 Sistema de pesagem

8 Vários pirilampos LED

9 Luzes de trabalho LED

10 Reservatório de água

11 Várias opções de caixas de ferramentas

12 Câmara traseira

“Um dia foi-me apresentado o HTP e fiquei encantado com o que vi. Comprei dois de uma vez. Versatilidade e robustez foram as principais virtudes que me levaram a apostar no HTP. É um reboque que tanto serve para transportes menos pesados, como a silagem, mas, ao mesmo tempo, é robusto e musculado o suficiente para o transporte de materiais mais pesados, como a areia ou terra”.

Herculano
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Grant Barber, prestador de serviço em Foxton, Nova-Zelândia (novembro de 2020, M123)
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A LONG WAY TOGETHER

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Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, a BKT está sempre ao seu lado e oferece-lhe uma extensa gama de produtos para qualquer tipo de aplicação no setor agrícola, do trabalho no campo aos pomares e vinhas, passando pelos tratores de grande potência e pelos atrelados para transporte.

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PARA A PENÍNSULA IBÉRICA

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O ESPECIALISTA EM SEMENTEIRA DIRETA DE PRECISÃO

A utilização da sementeira direta tem vindo a alterar as necessidades dos agricultores, nomeadamente no que aos semeadores diz respeito. Se se tratar de equipamentos de precisão, para culturas como o milho ou o girassol, os requisitos técnicos são ainda maiores. Visitámos duas explorações que adquiriram novos Horsch Maestro 8CX, semeadores desenhados a pensar na sementeira direta.

Foi em abril de 2021, no Ribatejo, que assistimos à estreia da então nova versão dos semeadores monogrão de precisão da Horsch no nosso país. Na altura, e como explicámos na edição 126 da revista, ainda que fossem ambas de 8 linhas, de configuração rebocada, e semelhantes a nível de chassis, eram várias as características técnicas que diferenciavam as duas máquinas. Ambrósio Raposo recebeu um Horsch Maestro 8CV, com sistema de distribuição da semente por vácuo, e João Coimbra um Horsch Maestro 8CX, com sistema de distribuição da semente por sobrepressão.

Desta vez, iremos concentrar atenções em dois Maestros 8CX que, apesar de partilharem bastantes características com a máquina entregue em 2021, também têm algumas novidades,

nomeadamente no que ao sistema AutoForce, que regula a pressão ao solo em função das condições que o semeador vai encontrando ao longo do campo, diz respeito.

Em substituição do 1º Maestro em Portugal

Há nove anos a Agro-Vale Longo, empresa de Montes Velhos, Aljustrel, dos

irmãos Banza, adquiria o primeiro Horsch Maestro em Portugal, um 8CC. Como explicou João Banza, a troca esteve mais relacionada com a atualização tecnológica

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Maestro CX
POR SEBASTIÃO MARQUES
VEJA O ÁLBUM
João Banza, gerente da Agro-Vale Longo FOTOS ABOLSAMIA

do que com a performance. “Para estarmos na “crista da onda” a nível tecnológico temos de ir mudando regularmente de equipamentos. Ainda que a marca nos fosse sempre enviando as atualizações mais recentes, o Maestro 8CC já tinha nove anos, o que, tecnologicamente falando, é significativo. No entanto, com 8000 hectares feitos, continua a trabalhar em perfeitas condições para um vizinho nosso”.

Palha? Soprar em vez de aspirar

A sementeira direta tem vindo a ganhar cada vez mais hectares na Agro-Vale Longo, motivo pelo qual os irmãos Banza vão procurando equipamentos cada vez mais eficientes nesta prática. “Esta versão, além de

ter mais tecnologia, tem um chassis ainda mais adaptado à sementeira direta. Está mais robusto, e ainda mais simples. Ao contrário do semeador anterior, que “aspirava” a semente para o disco, este sopra. Para terrenos como os nossos, sobretudo em sementeira direta – que deixa muita palha fina - é mais interessante, pois a aspiração pode ter tendência a entupir, o que dá origem a faltas e “duplos”. Além disso, este está ainda mais preciso e com maior velocidade de trabalho (por regra, semeia a 9 km/h)”, partilhou João Banza, que leva já mais de 400 hectares feitos com o 8CX. No milho pipoca, semeado em parcelas mobilizadas previamente, a velocidade de trabalho foi de 12 km/h, com zero faltas

e zero duplos. Em Aljustrel, a máquina semeará um total de 800 hectares por campanha, entre milho e girassol. Recorde-se que a Horsch estabelece que a velocidade de trabalho dos semeadores com sistema de sobrepressão pode ir até aos 15 km/h.

“O sistema de sobrepressão permite transportar a semente desde a unidade de distribuição até ao solo por uma corrente de ar na ordem dos 50 km/h. A semente, em vez de ser sugada contra os orifícios do disco, é empurrada. Quando dá a volta no disco, em vez de cair livremente, é empurrada para o solo pela mesma corrente de ar, encaminhada por um tubo condutor mais fino, que induz a uma maior precisão. Existe depois uma

roda de compactação que é indispensável para a semente não ressaltar quando entra em contacto com o solo e estabilizar no local exato pretendido”, concretizou Abílio Pereira, responsável pelos produtos Horsch na Lagoalva.

Tremonhas de semente pressurizadas para cada linha

Uma das diferenças em relação ao 8CX, que foi para a Quinta da Cholda, está nas tremonhas. Ao invés de ter uma tremonha centralizada de 800 litros para semente que abastece as linhas em andamento, este tem tremonhas individualizadas de 70 litros em cada uma

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em foco

Horsch Maestro CX

das linhas de sementeira, ficando a central com o adubo. Esta opção justifica-se pela maior facilidade em realizar ensaios com quantidades mais pequenas e controlando cada uma das linhas. Todas as tremonhas são pressurizadas e hermeticamente fechadas.

Rodado duplo: mais estável, menos compactação na linha

Outra diferença facilmente identificável são as rodas duplas de 270/32, que são opcionais – standard é apenas uma roda de cada lado e mais larga, de 710. Segundo João Banza, a vantagem das rodas duplas é que neste modelo de semeador de oito linhas, permite ter maior estabilidade e não pisar as linhas de sementeira 3 e 6. “Dá-nos maior estabilidade em estrada, o que é importante pois quando o semeador está fechado fica bastante alto. Além disso, por termos bastantes barros, termos a menor compactação possível nas linhas de sementeira torna-se ainda mais importante”.

AutoForce Pro: ser capaz de retirar pressão

Tecnologicamente falando, talvez a maior diferença deste equipamento face aos entregues em 2021, é este semeador equipar com a tecnologia AutoForce Pro. Ao contrário do AutoForce “normal”, que controla de forma automática a pressão ao solo feita pelos corpos de sementeira, este, além disso, é capaz de “retirar pressão”, o que é muito útil em solos bastante leves, como os arenosos, onde até mesmo o peso do corpo de sementeira pode ser excessivo.

“Temos cerca de 100 hectares arenosos, o que nos obriga a tirar pressão em determinadas situações”, comentou João Banza.

Abílio Pereira, realçou a este propósito que “a questão principal é colocar a semente no solo a uma profundidade uniforme e o sistema AutoForce garante que 80 a 90% das sementes emergem em dois dias”.

Recorde-se que o sistema AutoForce

regula a pressão ao solo em função das condições que o semeador vai encontrando ao longo do campo, podendo aplicar uma pressão máxima de 350 kg por linha. “A máquina adapta-se, quer esteja perante uma areia fofa ou uma argila em sementeira direta”, refere Abílio Pereira. É um processo automático e constante, gerido por sensores de pressão instalados em duas linhas de sementeira (a linha 2 e a linha 7).

Corpo de sementeira: em equipa que ganha, não se mexe

Com mais de 8000 hectares semeados com o seu anterior Maestro, a AgroVale Longo definiu a configuração ideal dos corpos de sementeira e

localizadores de adubo. Por isso, decidiu mantê-la no 8CX. Equipado com limpadores de linha (ou “afastapalha”) autorreguláveis – têm um anel exterior em borracha que fazem com que as estrelas trabalhem a uma profundidade previamente estabelecida, impedindo que façam um rego demasiado fundo. As rodas reguladoras de profundidade também não são as standards, uma vez que têm uma configuração diferente, com uma parte central que faz maior pressão ao solo e com um diâmetro menor junto à linha onde é depositada a semente, evitando uma compactação excessiva. Finalmente, as rodas de fecho são de dedos, o que permite um aconchego da semente sem vidrar.

No que toca ao localizador de adubo, vem equipado com alguns extras. É

98 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023
Tremonhas pressurizadas e com distribuição por sobrepressão. Cada unidade de sementeira possui uma caixa com capacidade para 70 litros de semente. A tremonha apresenta capacidade para 3000 litros de adubo e 300 litros de microgranulado

De forma a a mentar a prod idade e o c idado com o meio ambiente, a Trelleborg act ali o o Tm com a tecnologia Progressi eTrac on, q e já ganho ários prémios. Desenhado em conformidade com as normas VF, é m pne ino ador, capa de proporcionar ma capacidade de carga s perior, red indo a compactação do solo e proporcionando ma e celente traçao além de m cons mo de comb s el menor. Protege os te s c l os como se fossem peças preciosas.

Produto em foco

de disco simples e com regulação da profundidade da localização do adubo (a outra opção é disco duplo e sem regulação), visto adaptar-se melhor às condições da sementeira direta. Também permite a regulação da pressão ao solo através de molas.

“Já no nosso anterior semeador tínhamos todas as atualizações possíveis equipadas que a Horsch ia enviando. Por isso, esta configuração do corpo de sementeira e localizador foi aquela que, ao fim de vários anos de experimentação, concluímos ser a que melhor se adapta ao nosso contexto — sementeiras diretas e barros húmidos”, explicou João Banza.

Configuração dos corpos de sementeira e localizadores adubo

Horsch Maestro CX

220 HECTARES SEMEADOS EM SOLOS ARENOSOS

Rui Veríssimo é o gerente da empresa Conqueiros Invest, que gere a Herdade dos Conqueiros, em Alvalade do Sado. São 970 hectares, 630 de regadio, distribuídos por amendoal, olival, girassol e milho. Este ano a empresa decidiu apostar a fundo na sementeira direta e, com esta opção veio também um novo semeador. “Devido à certificação do carbono, decidimos mudar para sementeira direta e as referências que obtivemos sobre o Horsch Maestro para este tipo de sementeira foram muito boas. Além disso, vimos também a possibilidade de redução de tempos de trabalho obtida quer através da maior velocidade de trabalho, quer de características como a tremonha central para adubo de grande autonomia”, explicou Rui Veríssimo

Em Alvalade do Sado, o Maestro 8CX irá semear o girassol (ainda não aconteceu este ano), o milho, e, eventualmente, ervilha - 370 hectares no total - tudo em sementeira direta. Desde que chegou, o semeador leva 220 hectares semeados, em solos arenosos, uma das razões para a opção ter recaído num semeador com a tecnologia AutoForce Pro. “Para já, estamos muito satisfeitos”, concluiu Rui Veríssimo.

Resultado das sementeiras efetuadas pelo Maestro 8CX da Conqueiros Invest e controlo de secções

HORSCH CONNECT

LAGOALVA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS REPRESENTA A HORSCH

Com sede em Alpiarça, a Lagoalva representa a Horsch nos mercados de Portugal e Angola. O processo de venda passa por definir as características adequadas à situação de cada cliente, o que numa marca como a Horsch significa entrar num vasto universo de possibilidades, desde os elementos principais da máquina aos pormenores mais minuciosos, e passa pelo acompanhamento ao cliente a nível de formação e assistência técnica.

utilizador tenha instalada a App Horsch MobileControl, permite fazer atualizações de software, bem como executar diagnósticos remotos. E estão a ser desenvolvidas outras funcionalidades.

A aplicação de taxas variáveis, o controlo automático e constante da pressão ao solo, o controlo de secções, bem como a recolha e a transferência de dados, são conceitos que fazem parte do léxico em torno dos semeadores Horsch Maestro e que foram abordados em profundidade na edição 126 da revista abolsamia.

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TRABALHO OU LAZER? DEPENDE DA OCASIÃO...

Desde a primeira geração, apresentada em 2011, que a Amarok assume sem complexos uma dupla personalidade. Tão depressa pode ser uma ferramenta de trabalho com características ímpares ou uma companheira de diversão que se sente tão à vontade a puxar um reboque com uma parelha de cavalos como a transportar os convidados na herdade. Esta nova geração é tudo isso e muito mais...

AApresentada em 2011, a primeira geração da Amarok distinguia-se pela dose de conforto e sofisticação que acrescentava ao segmento das pick-up. Esta nova geração mantém os atributos que ajudaram a tornar esta VW um sucesso comercial, mas sublima os seus atributos com o recurso a tecnologia e soluções técnicas pouco habituais em automóveis deste tipo. Há muito que as pick-ups deixaram de ser, apenas, ferramentas de trabalho, passando a ser as companheiras ideais nos momentos de lazer. Será que a nova Amarok se aburguesou tanto que perdeu o carácter aventureiro e a robustez que a vocação laboral exige?

É verdade que algumas soluções foram penalizadas pelo novo

enquadramento da Amarok, mas o carácter continua inalterado. Mas já lá vamos. Concebida como um automóvel global (pela primeira vez na história as expetativas de vendas apontam uma percentagem muito maior fora da Europa), a VW constrói a

Amarok na África do Sul e exporta-a de seguida para a Alemanha e só depois vem para Portugal. Para evitar um excessivo tempo de espera (se encomendar uma unidade específica ou o nível de equipamento base “Amarok” pode demorar até 8 meses), a marca

optou por, em Portugal, ter sempre unidades em stock prontas a ser entregues aos proprietários menos exigentes. Outro segredo passa por encolher a gama nacional e centrar as atenções numa única carroçaria (cabine dupla e quatro portas) em

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Volkswagen Amarok
POR RUI REIS

três níveis de equipamento principais (Life, Style e Aventura) e três motores Diesel (2.0 TDI 170, 2.0 BiTDI de 205 cv e 3.0 V6 de 240 cv). Ainda que a transmissão seja sempre integral 4Motion, existem duas caixas de velocidades: uma manual de seis relações e uma automática de dez relações que tem a particularidade de permitir uma programação de forma a adaptar o número de velocidades disponíveis às necessidades do momento. Exemplo: imagine que precisa de tirar o barco da água ou carregar um depósito de 1000l de água (a caixa de carga acomoda facilmente uma euro-palete), poderá regular a caixa de forma a tirar partido de apenas 3 relações e assim garantir sempre uma resposta pujante.

Maior e mais estreita

Como referimos, a mudança de estratégia da VW implicou que a Amarok esteja mais comprida (96 mm), para um total de 5362 mm, mas mais estreita. Esta opção traduz-se num acréscimo de agilidade e manobrabilidade em zonas mais estreitas e sinuosas, particularmente útil em alguns trilhos, mas também penaliza a inclinação lateral que passou de uns referenciais 45o para os 29o. Ainda assim, e em abono da verdade, a abolsamia teve oportunidade de percorrer um obstáculo com 24º de inclinação e pareceu-nos que já era suficientemente intimidante e mais do que

103 www.abolsamia.pt abolsamia julho / setembro 2023

Volkswagen Amarok

suficiente na maioria das situações. De destacar ainda que, apesar de mais sofisticada e tecnologicamente evoluída, a Amarok continua robusta e com excelentes capacidades TT, como o atestam a elevada altura ao solo (230 mm) e os ângulos de ataque (29o), ventral (21o) e de saída (22o a 26o). A capacidade de vau também passou de 500 mm para 800 mm. Outros dados significativos para quem queira utilizar a Amarok como auxiliar no campo são a capacidade de fixar a carga na plataforma através de anéis de fixação que suportam, cada um, até 500 quilos e a carga útil máxima que subiu de uma tonelada para 1,16 toneladas. O peso máximo rebocável também aumentou, de 3200kg para 3500kg. Outro detalhe interessante é que a capacidade de carga estática do tejadilho é de 350 kg. Disponíveis tanto em especificação “de fábrica”, como na gama de acessórios, a nova pick-up Amarok pode estar equipada com jantes de liga leve de até 21 polegadas, pneus de todo-o-terreno (até 18 polegadas) e com uma gama diversificada de suportes para reboques. Outros elementos disponíveis para a caixa de carga incluirão um sistema de transporte multifuncional, uma versão da cobertura que pode ser enrolada manualmente e uma gama muito diversificada de barras. Estará ainda disponível uma cobertura rígida para a caixa de carga, com a qual a  pick-up  se transforma, efetivamente, num SUV com a capacidade de carga de um furgão.

Um habitáculo onde apetece estar

Se a evolução estética no exterior é evidente, mas mantendo a linha da anterior geração, já o interior deu um significativo salto qualitativo

e de sofisticação. A partir de agora, todas as versões incluem o painel de instrumentos digital (8” ou 12”, dependendo do nível de equipamento) e um ecrã central tátil, tipo tablet, que pode assumir as dimensões de 10” ou 12”. Destaque ainda para os excelentes revestimentos e para o conforto que se vive a bordo, não apenas pela quantidade de elementos de conforto e segurança, mas também pelo eficaz desenho dos bancos e por uma suspensão que digere com relativa facilidade todo o tipo de terreno que tenha de enfrentar.

A Amarok está mais comprida, mas mais estreita. Esta opção beneficia a agilidade em zonas apertadas e mais sinuosas, mas prejudica algumas aptidões TT como a inclinação lateral que passa dos anteriores 45º para os 29º. Em opção, a VW propõe vários tipos de cobertura para a caixa de carga

Em Portugal, as maiores expetativas de vendas recaem sobre a variante 2.0 TDI com dois turbos e 205 cv com o nível Style que estará disponível entre nós por 50 833€ (c/IVA). Se optar pela versão Life, que representa oficialmente a base da oferta, com o motor 2.0 TDI de 170 cv e caixa manual, terá de despender 44 524€ (c/IVA). Por fim, se desejar o todopoderoso V6 3.0 TDI de 240 cv com a caixa automática de 10 relações e o nível Aventura, vai ter de abrir mais os cordões à bolsa e avançar com 68 705€ (c/IVA).

104 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023

A nova VW Amarok permite escolher o tipo de tração através de um comando rotativo na consola central. Os modos de condução específicos para determinadas utilizações são selecionados no generoso ecrã central tátil

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Aplicações agrícolas exigem pneus com altos níveis de desempenho em todas as fases do ciclo agrícola. A marca Galaxy do grupo Yokohama O -highway tires desenha produtos com aplicações especí cas e customizados de forma a maximizarem a produtividade, através de pisos que asseguram uma ótima tração, uma condução mais suave e a proteção das culturas. Os pneus Galaxy são fabricados com compostos únicos e de forma robusta, garantindo a redução do tempo de inatividade do veículo e a maximização da sua produtividade, tornando-os assim na primeira escolha para as necessidades agrícolas

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TRATOR DO ANO 2024 ARRANCOU NA ÍNDIA C

om o evento “Let the Challenge begin” começaram as seleções para a 25ª edição do Trator do Ano. O evento teve lugar em Mumbai, na Índia, nos passados dias 30 e 31 de maio, onde os fabricantes apresentaram as suas candidaturas ao júri internacional, constituído por 25 jornalistas europeus, do qual a revista abolsamia faz parte em representação de Portugal.

A BKT volta a ser o patrocinador principal do evento que premeia a inovação aplicada a tratores agrícolas. Os vencedores serão conhecidos no dia 12 de novembro de 2023 durante a feira Agritechnica, na Alemanha em Hanover e, a partir de setembro, teremos oportunidade de testar os vários modelos.

13 candidatos, muitos por desvendar

A tendência do ano anterior mantém-se: a categoria “Melhor Especializado” é a que apresenta o maior número de candidatos, enquanto a categoria “Melhor Utilitário” tem menos candidatos em comparação com o ano passado. Já a categoria para Campo Aberto está ainda envolta em mistério, pois a maioria dos candidatos está sob embargo, e só serão apresentados na Agritechnica. Assim, ainda que até lá testemos estes modelos, apenas poderemos divulgar mais informação depois da Feira.

CAMPO ABERTO

SOB EMBARGO

A designação e as características técnicas ainda estão sob reserva. O modelo proposto pela Valtra posiciona-se no segmento de alta potência e, para já, é tudo o que podemos adiantar.

Também sob reserva, quer o nome do modelo, quer as características técnicas. Para já, podemos apenas dizer que o modelo proposto pela Massey Ferguson se posiciona no segmento de alta potência.

Tratores para campo aberto cuja carga máxima admissível seja superior a 10.500 kg

A designação Xerion e, consequentemente, o facto de ser um trator de alta potência são mesmo as únicas informações que podem ser reveladas neste momento. As características técnicas ainda estão sob reserva.

TRACTOR OF THE YEAR 2023
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1 2 3 SOB EMBARGO SOB EMBARGO

Com 13 diferentes tratores propostos pelas marcas, será ainda feita uma préseleção para apurar os modelos finalistas por categoria. Nesta edição, são dez as marcas participantes: Claas, Fendt, Massey Ferguson, Valtra, McCormick, Landini, Antonio Carraro, Reform, Solis e Farmtrac.

POR SEBASTIÃO MARQUES

O Próximo Aftermarket

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A designação e as características técnicas ainda estão sob reserva. O modelo proposto pela Fendt posiciona-se no segmento de média-alta potência.
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MELHOR UTILITÁRIO

Tratores convencionais com potência acima de 70 e abaixo de 150 cv, com motor com no máximo 4 cilindros, e carga máxima admissível até 10.500kg.

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seguramente mais forte

TRACTOR OF THE YEAR 2023 PROCURA-SE

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MELHOR ESPECIALIZADO

Tratores destinados a pomares, vinhas e zonas montanhosas.

REVENDEDORES
937113695 www.seac.pt geral@seac.pt
Foi apresentado na última EIMA e, além do design mais recente característico dos tratores da marca, integra um motor de 90 cv Stage V. A transmissão é mecânica com inversor sincronizado. Foi apresentado na última EIMA. Tratase de um trator elétrico com 25 cv e transmissão hidrostática de três gamas. O já conhecido X5 120, trator com 114 cv de potência, recebe uma nova transmissão, a P3-Drive. SOLIS S90 STAGE V FARMTRAC 25 GHST A Claas introduz um novo modelo de 100 cv , destinado a explorações mistas, e que se destaca pela versatilidade e trabalho com carregador frontal. CLAAS AXOS 240 McCormick X5.120 P3-DRIVE

REFORM WERKE METRAC H70

2 2 5

TONY 11700 V

HYPERWHEEL

Um trator de 26 cv e transmissão hidrostática que tem como ponto diferenciador as quatro rodas direcionais, o que lhe oferece uma manobrabilidade em espaços apertados acima da média.

O fabricante italiano apresenta um trator com 110 cv de potência máxima, a já conhecida transmissão Tony, e apenas um metro de largura.

Mais sustentável

Este ano verificou-se uma alteração no modo de seleção deste prémio. Até esta edição, todos os modelos concorriam ao prémio Sustainable TOTY, que visa distinguir os avanços tecnológicos em matéria de sustentabilidade. A partir de agora, há uma pré-seleção feita pelo júri (por votação), havendo apenas cinco candidatos selecionados entre todos os modelos de todas as categorias. A lista final ainda não é conhecida.

WWW.AFN-AGRO.PT Roll Bar Exterior / Bases de Guincho / Proteção de Roda / Blindagem de Baterias / Blindagem inferior / Proteção de Óculo Traseiro
e.coelho@afn.pt
/AFNAgro
A nova versão do H70, trator para agricultura de montanha com quatro rodas direcionais, tem um novo motor. A marca austríaca aproveitou ainda para introduzir outras melhorias. A marca italiana apresenta um trator recheado de tecnologia, com muitas novidades dentro e fora da cabine. Um trator de 26 cv e transmissão hidrostática que tem como ponto diferenciador as quatro rodas direcionais, o que lhe oferece uma manobrabilidade em espaços apertados acima da média. LANDINI REX 4-120 GT ROBOSHIFT DYNAMIC SOLIS HST 26 ANTONIO CARRARO
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SOB EMBARGO

Agriduarte na Euroforest 2023, em França

Afeira que se realizou entre os dias 22 e 24 de junho, em Saint-Bonnet-de-Joux, na Borgonha, é uma das mais importantes feiras europeias do setor florestal, dedicando grande importância à inovação tecnológica. A Agriduarte voltou a marcar presença,

tendo aproveitado para receber clientes e visitantes. Carlos Duarte, gerente da empresa, mostrou-se satisfeito com o feedback recolhido durante o certame.

“Para a Agriduarte o cliente é uma peçachave no caminho para a evolução”, começou por referir. “A presença regular em mercados de grande exigência e

dimensão, é importante pois exige de nós uma constante inovação tanto nos produtos como nos serviços”, explicou em relação ao trabalho da marca em França. Recorde-se que o fabricante português foi uma das primeiras marcas a homologar para circulação em via pública reboques florestais com grua no mercado francês.

FLORESTA NA
POR HUGO NEVES

Marca americana quer crescer em Portugal

Especialista em desenvolver ferramentas para jardinagem, floresta e construção civil, a norteamericana Skil foi a primeira marca a lançar no mercado as serras circulares – no início dos anos 20 do século passado – e cresce agora em vários ramos. Depois de ter sido comprada pelo Grupo Bosch em 1996, a Skil passou recentemente para as mãos do Grupo Neoparts, o qual expôs a sua gama de produto na recente Feira Nacional da Agricultura, dando destaque às tecnologias desenvolvidas para baterias. “A KeepCool, que ativa um gel frio que arrefece a bateria quando esta começa a aquecer, permitindo-lhe continuar a trabalhar sem fazer cortes de corrente; e a ActivCell, que gere a carga da bateria, ou seja, carrega só o que é necessário e evita desgaste”, explicou Joaquim Seco, comercial da Neoparts, relevando a qualidade/preço: “O preço é tão acessível que, às vezes, leva o cliente a desconfiar da fiabilidade do equipamento. Temos muitas máquinas na casa dos 100 euros, depois há conjuntos na ordem dos 200€. Se a isto juntarmos o facto de a Skil dar 5 anos de garantia em quase todos os equipamentos e 3 anos nas baterias, o cliente sente-se seguro na aposta.”

Através da Neoparts, a Skil reentrou no mercado ibérico, onde pretende “reforçar a sua posição no mercado”. “Temos motosserras para a floresta, sendo a Skil 0581 a mais potente, apropriada para semi-profissionais e de boa resposta a trabalhos exigentes. Há ainda as máquinas mais pequenas, portáteis, que são autónomas e não têm combustão, ou seja, podem trabalhar em espaços fechados com risco mínimo”, explicou Joaquim Seco, concluindo: “Para a jardinagem, a Skil desenvolve sopradores, aspiradores e motosserras a bateria. Para a construção civil a aposta está nas serras e aparafusadoras com a tecnologia Brushless, motores sem escovas. Sem esquecer ainda a linha das serras de sabre, que servem para cortar árvores e podar videiras, ou os corta-sebes e aparadoras.”

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POR HUGO NEVES

Stihl apresenta o novo varejador a bateria:

SPA 130/140

A Stihl aproveitou a 20ª edição da Expoliva 2023, em Jaén (Espanha), para apresentar um novo equipamento, pensado para profissionais, e que se destaca, segundo a marca, pela ergonomia apresentada, o peso de apenas 2,6 kg e um alto desempenho com motor a bateria.

AStihl marcou presença na 20ª edição da Expoliva - feira dedicada ao setor do olival, azeite e indústrias relacionadas, que decorreu em Espanha (Jaén), de 10 a 13 de maiopara apresentar um novo varejador de azeitona a bateria, o novo SPA 130/140. “Foram seis demonstrações por dia (três pela manhã e três à tarde) para apresentar o novo equipamento aos visitantes. Os pontos fortes do SPA 130/140 são a sua excelente ergonomia, com um peso

A MELHOR GAMA COM A MELHOR ASSISTÊNCIA TÉCNICA DURABILIDADE

FLORESTA NA
POR HUGO NEVES

de apenas 2,6 kg e o seu incrível desempenho com motor a bateria. Além disso, adaptase a qualquer variedade de oliveira e pode trabalhar sozinho ou acompanhado por outros varejadores de gancho como o SP 452. Este novo equipamento, pensado para profissionais pela sua durabilidade e potência, permitirá ao olivicultor colher 100% da azeitona graças ao seu comprimento de 2,20 metros”, explica a marca num comunicado enviado à imprensa.

“Ao longo do evento foi inevitável falar do aumento do preço do azeite devido à falta de água e à escassez da colheita do ano anterior. As altas temperaturas que vivemos e a previsão de um verão ainda mais seco e quente complicam a colheita deste ano e a consequente queda de preços tão ansiada pelos consumidores”, acrescentou ainda a Stihl, que marcou presença no evento com um stand de 112 metros quadrados, e contou com a visita de Juvenal Martins, Gerente da Stihl Portugal.

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Equipa Stihl Portugal e Concessionários

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Usados: Agrifull Jolly 50 • JD 2200 c. front. • NH 45-66S • Same Solaris 25 • Steyr 540 • Armador camalhões C.Magli • Bomba de água Rodatti • Charruas usadas várias • Colh. milho 1L Mengele • Enfard. NH 271 • Reboque fixo • Fresas usadas várias • Sem. Agrovil 2 linhas, Pijuca mec. • Triturador • Volta-fenos 2mts.

Usados: Charrua Galucho 2F 14” • Espalhador de palha morra • Rectrofresa Lemken 3mts • Semeador de erva Amazone

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Usados: New Holland (3) TN 65N, TS 110 DT Cab., TD 4030F • Carraro 7.1000 • Ford 4100 • John Deere 5075 E • Same Silver 95 • Shibaura SP2540 • Enfardadeiras (3): NH 640 fardos redondos, Mascar Corsa 150, Supertino SR70.120

Porto - Aveiro

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Usados: Fresas Pegoraro 3mts. equip. c/rolo packer • Fresa Agrobig 2,20mts • Plantador de hortícolas Sfoggia 3 linhas • Pulverizador Rocha 800L c/barra 12mts hidráulica
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Aveiro - Viseu - Guarda

Guarda - Castelo Branco - Coimbra - Leiria

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Usados: Ford 1700 - 3.500€ • Ford 40006.500€ • New Holland T4.65S - 31.000€ • Kioti LK3054 4RM - 8.500€ • Iseki TL1900 - 4.800€ • Ford 1710 4RM - 6.000€ • New Holland T4.65 PS - 28.500€ • Hürlimann H-305XE - 12.500€
Usados: Fiat 23-66 DT • Ford (2) 4610, 6610 • Iseki (2) 2100 DT, 207 c/ fresa e pala • JD 5400 DT • Kubota (3) B1400, 175, ME 9000 c/cabine • MF 65X, 245 (2) • NH (2) 2120 DT, T4.65V • Vários motocultivadores usados em stock
100T •
X •
600L •
Usados: Claas Axos 340 • Fiat 420
Lamborghini R3
Renault Temis 610
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Usados: Tratores: • NH TN95FA cab. 25.000€ • McCormick C70 LC 17.000€ • Valpadana 3675 p/ peças

Usados:

Tratores: Hinomoto, E-23 • Nibbi, 342 • Solis, 26 • Kubota, L 2900 •

Motoenxada: Gemar, MZ 100 - 1040

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Usados: Ford 6610 • Deutz Agrotron M610 • Lamborghini 774- 70 N • NH TN75 VA • Juntador de fenos Vicon 424 • Gadanheiras várias Usados: A. Carraro DI G c/fresa • Bertolini articulado c/fresa e charrua • Ford 2600 • Kubota 6000 c/fresa • MF (3) 1030 DT, 165, 65 • NH TN60 A • Same 90 Explorer DT

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Usados: Tratores: Fendt Farmer 250 S • Claas Ares 836 RZ • Triturador de palha

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• Volta-fenos Krone Swadro 42 • Chisel

Gil 5 Braços • Cisterna Joper 6000 Lts • Destroç. Serrat 1.80MTS • Enfard. Krone

BIG PACK 1270 • Gadanheiras: Vicon 6 discos - Extra 428 • Krone discos: Active

Mow R200 • Easy Cut r 280 • Grades de discos: Galucho GLHR 24x26 • Fialho

18X26 • Pneus Vredestein: AVR • ABG •

Pulv. Tomix P9 600 • Retro. Case 580SR

• Semeador Sicam 6 L.

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/ setembro 2023 Évora
abolsamia julho
126 abolsamia www.abolsamia.pt julho / setembro 2023
Évora - Beja
127 www.abolsamia.pt abolsamia julho / setembro 2023 Beja - Faro - Açores - Europa ASSINE A REVISTA É FÁCIL ASSINAR ONLINE MAIS INFO+ www.abolsamia.pt/pt/assinaturas

MOMENTOS NEW HOLLAND

New Holland Boomer 50 entregue ao cliente Afonsivil (Évora). Foto esq. p/ dir.: Mário Cananão (Etelgra) e Carlos Gabriel (cliente)

New Holland Boomer 35 entregue ao cliente Sónia Roque. Foto esq. p/ dir.: Mário Cananão (Etelgra), Sónia Roque e Luís Silva (clientes)

Etelgra

Fialho, Correia & Lampreia

New Holland T4.75 S entregue aos clientes Mário Veiga e Sílvia Veiga (Odeceixe). Foto esq. p/ dir.: Mário Veiga, Sílvia Veiga e Glória Caeiro (comercial)

Etelgra

New Holland T3.80Lp ROPS entregue à cliente Eduarda Conde, em Peredo da Bemposta (Mogadouro). Na foto: Luis Bártolo

Varanda & Cordeiro

New Holland Boomer 55 Stage V com carregador frontal Agroramoa R2PH entregue ao cliente António Pereira. Na foto esq. p/ dir.: António Pereira e Manuel Lopes (AAS Viseu)

Auto-Agrícola Sobralense

Auto-Agrícola Sobralense New Holland T4.100F Bassotto entregue ao cliente José Rodrigues
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Varanda & Cordeiro

New Holland T4S.75 Rops entregue à Junta de Freguesia da Horta da Vilariça (Torre de Moncorvo).

Na foto esq. p/dir.: Alexandre Martins (Presidente da junta de Horta da Vilariça), André Martins (Varanda & Cordeiro) e António Rei (operador)

Agromondego

Auto Mecânica Central da Igreja Nova

Foto

Na

Silvagriauto

Silvagriauto

New Holland Boomer 55 cabinado entregue ao cliente Ronald Taylor (Pedrógão Pequeno).

Foto da esq. p/ dir.: Rui Silva (Gerente Silvagriauto) e Ronald Taylor

Miraldino

Ceifeira debulhadora New Holland TC5.90 entregue ao cliente Soc. Agrícola Lobo Varela, Lda (Ponte de Sor). esq. p/ dir.: José Carapinha (encarregado), Filipe Teles (mecânico Miraldino), João Palmar (CNHP), Rui Varela (cliente), Severo Mendes (Miraldino), Juan Cabrero (CNHI), Sixto MontBlanc (CNHI) e Nuno Quintaneiro (operador) A Auto Mecânica Central da Igreja Nova, Lda, concessionário New Holland, marcou presença na AgroAruil 2023, de 16 a 18 de junho, em Aruil (Sintra) New Holland Boomer 50 entregue ao cliente Wim Van Die (Pedrógão Grande). foto esq. p/ dir.: Ricardo Silva (Silvagriauto) e Wim Van Die
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A Agromondego, concessionário New Holland, marcou presença na Expofago 2023, de 7 a 11 de junho, em Guia (Pombal)

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McCormick é uma marca da Argo Tractors S.p.A. mccormick.it
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